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Captação de recursosPor Edson Marqueto Rigonatti e Kellen Fraga da Silva
PROFESSORES
Edson é um dos sócios da Astella Investimentos e serve
nos conselhos da Omie, Resultados Digitais, LojasKD,
Itaro, Smartbill e Clicksign. É um entusiasta de pessoas
talentosas e ideias extraordinárias. Foi sócio da Cicerone
Capital, Vice Presidente da Lucent Technologies e
trabalhou durante muitos anos na empresa de varejo da
família. Crescido em São Paulo, formou-se pela
Columbia Business School.
Possui graduação em Ciências Econômicas pela
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004) e
mestrado em Economia pela Universidade Federal do
Rio Grande do Sul (2008). Atualmente é doutoranda em
Economia na Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, professora da Escola de Negócios e assessora da
Incubadora de Empresas da Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul. Tem experiência na
área de Economia, com ênfase em Crescimento e
Desenvolvimento Econômico, Economia Brasileira,
Internacionalização e Inovação.
Edson Marqueto Rigonatti Kellen Fraga da Silva
Professor convidado Professora PUCRS
DOWNLOADSBaixe os materiais utilizados pelos professores durante a disciplina.
Livro online da disciplina em PDF
Autor(es): Edson Marqueto Rigonatti e Kellen Fraga da Silva.
Apresentação de apoio para 1º e 2º Encontros
Apresentação de apoio para 3º Encontro
ACESSE: http://salavirtual.pucrs.br
Materiais de apoio Bibliografia
Os títulos coloridos são indicados para alunos
interessados em leituras com aprofundamentos
teóricos. Esses títulos podem ser acessados
gratuitamente, pela Editora ou Biblioteca da PUCRS,
basta acessar o livro online da disciplina e clicar nele.
GORINI, M.; TORRES, H. Captação de recursos para startups e empresas de impacto. São Paulo: Atlas, 2015.HISRICH, R.; PETERS, M. Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2004.PROCIANOY, J.; SAITO, R. Captação de recursos de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2008.BERNARDI, L. Manual de empreendedorismo e gestão. São Paulo: Atlas, 2003.DORNELAS, J. Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de Janeiro: Campus, 2001.FERNANDES, F. Empreendedorismo e estratégia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.SIQUEIRA, P. Abertura de capital de pequenas e medias empresas no brasil. Curitiba: Appris, 2014.
EMENTA DA DISCIPLINA
Discutir as principais fontes de financiamento para a expansão dos empreendimentosempresariais, tais como: financiamento por capital próprio, família e amigos (FFF),bancos comerciais, sociedades e participações, aceleradoras, business angels,subsídios públicos e mercado de capital.
Lembre-se que esse Livro organiza de forma resumida todo o
conteúdo da disciplina, possibilitando que você possa acessar com
agilidade e eficiência todos os materiais, fundamentos, identificar os
pontos principais dos vídeos (nos Destaques e Mapas da Aula), e
encontrar os principais tópicos que compõem a avaliação. Para
maiores aprofundamentos teóricos sobre os conteúdos que são base
desse Livro, há uma série de leituras na área BIBLIOGRAFIA, em
DOWNLOADS, inclusive diversos marcados em verde, que têm
acesso gratuito pela Editora ou Biblioteca da PUCRS.
AULA 1Nas próximas páginas, você terá os conteúdos da 1ª aula dessa disciplina.
Os fundamentos são opcionais. Se não sentir
necessidade de vê-los, avance para os outros
conteúdos.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente
EAD para garantir que o conteúdo seja
exclusivo a você.
Os exercícios simulam a
prova online da disciplina.
O que é venture capital?AULA 1, FUNDAMENTO 1
Venture capital, VC ou capital de risco é o financiamento de negócios em fase inicial por investidores. O empreendedor ganha recursos
para levantar o seu negócio do chão e, em troca, o investidor colhe rendimentos no futuro – caso a empresa obtenha sucesso. Capital de risco não
é o mesmo que empréstimo: o empreendedor não precisa devolver o dinheiro, mas pode ter que ceder uma porcentagem da sua participação
societária.
Uma empresa pode ter um só investidor, ou vários; pode receber todo o investimento de uma vez, ou em parcelas. Investidores recebem centenas
de propostas por ano, mas só financiam algumas, e em geral o aporte só acontece após um longo período de contato com o empreendedor.
Existem diversos tipos de investidores de venture capital. Conheça alguns:
Investidor anjoUma pessoa, geralmente um ex-
executivo ou empreendedor de
sucesso, que investe seu dinheiro
numa variedade de projetos
promissores. O acesso a um anjo
é mais árduo quando o
empreendedor não faz parte da
rede de contatos pessoal do
investidor.
AceleradorasCompanhias de apoio a
startups. Dão investimento
inicial, mentoria e, em alguns
casos, até espaço físico.
Apoiam a empresa até ela
conseguir uma nova rodada de
financiamento e, então, vendem
a sua participação.
Fundos de venture capitalFundos que gerenciam o dinheiro de
investidores e o aplicam em negócios
de alto risco em fase inicial. O
pagamento aos investidores é feito
quando o fundo vende a sua
participação. Fundos de VC apostam
numa ampla gama de negócios,
sabendo que apenas uma pequena
parcela trará um retorno de capital
massivo.
O que é product/market fit?AULA 1, FUNDAMENTO 2
Segundo Sean Ellis, autor do livro “Market
Growth”, o indicador de que a empresa chegou
ao PMF é se 40% dos usuários ficarem
desapontados se o produto não existir.
Product/Market fit (PMF) é o ponto no qual um
produto satisfaz uma demanda de mercado.
Atingir esse ponto é o principal objetivo de uma
startup nos seus primeiros 18 meses de vida.
Quando uma startup nasce, ela ainda não tem
um modelo de negócio. Ela pode ter identificado
uma solução para um problema, mas ainda não
teve tempo de adequar o seu produto ao mercado.
O produto é aperfeiçoado com a informação de
uso dos primeiros usuários. Através de
atualizações, a startup vai melhorando a
experiência do usuário, criando valor para o
produto e descobrindo como tornar o negócio
escalável. Aproximando-se, portanto, do PMF.
40%
O que são séries de financiamento (A, B, C)?AULA 1, FUNDAMENTO 3
Para crescer e escalar, um empreendimento necessita de mais do que uma única rodada de investimentos. As séries de financiamento são
classificações da necessidade de capital da empresa, baseadas no momento em que ela se encontra. Conforme a série avança, menor é o risco
associado ao investimento e maior a gama de possíveis investidores.
Conheça mais sobre os diferentes momentos de investimento:
Capital sementeÉ o primeiro capital da
empresa, seja o dinheiro
do próprio bolso do
empreendedor ou de um
empréstimo de parentes,
amigos ou do banco.
Series APrimeira vez que uma
empresa oferece
participação a
investidores. O dinheiro
é usado para
aperfeiçoar o produto e
aumentar a base de
usuários. Varia entre
R$ 15 e 20 milhões.
Series BInvestimento usado
para ampliar equipe e
alcance de mercado.
Como na série A, o
financiamento vem
de empresas de
venture capital,
porém há mais
variedade. Cerca de
R$ 60 milhões.
Series CO dinheiro é usado na
expansão (até mesmo
internacionalmente) e
na aquisição de outras
empresas. Com menos
risco envolvido, mais
investidores são
atraídos.
Após a series
C, a empresa
pode iniciar o
IPO (abertura
de capital na
bolsa).
A B C
“(Captação de recursos) não é um evento único, que vai acontecer uma vez. Ele vai acontecer todo ano.”
“Tudo aquilo que a gente aprendeu na faculdade é equivalente a Newton, e a gente vive num mundo de Einstein.”
“90% do dinheiro que a gente investe vai pra salários.”
“Muito em breve, todas as empresas vão ser empresas de tecnologia.”
“Pra sair do zero e chegar a algum lugar, os empreendedores precisam de uma média de 1 milhão a 1 milhão e meio de reais.”
“Investidor de venture capital é pior que agência de modelo para mulher: exige um padrão de beleza que não existe.”
“A gente tem um conjunto muito grande de investidores externos que olham para o Brasil, mas eles exigem a mesma qualidade de empresa
que eles encontram lá fora.”
“Qualquer oportunidade que um empreendedor tenha de não dar equity é um bom negócio.”
“A melhor maneira de chegar num investidor é através de um empreendedor que ele já investiu.”
“Quando você pede dinheiro, você ganha conselho. Quando você pede conselho, você ganha dinheiro. Então peçam sempre conselho.”
“A gente precisa trazer para todas as nossas narrativas do dia a dia essa perspectiva: que a gente tem que vender número, e a gente tem que
vender uma história.”
“A questão do storytelling é (...) criar narrativas que tornem crível uma coisa que não existe.”
DestaquesVeja nessa página as principais ideias expressas pelo professor.
Mapa da aulaVeja nessa página as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas onde os assuntos são abordados.
Parte 1
6:16 Tópicos da
aula• Para que serve o
dinheiro?
• Tipos de dinheiro e
investidores;
• Storytelling;
• Pitching;
• Processo de
relacionamento;
• Due diligence;
• Criação e negociação de
valor;
• Termos e condições;
• Relação com o
investidor.
12:17 BlitzscalingNo modelo de
blitzscaling, o
empreendedor busca
dinheiro para financiar a
expansão rápida do seu
negócio, mirando num
valor de mercado de
US$ 170 milhões em dez
anos. A maior parte do
valor captado (90%)
serve para expandir a
equipe.
Parte 2
21:16 Estágios do blitzscaling• Família: fase de desenvolvimento do
produto. Equipe enxuta. Requer em média
um ano de trabalho e de R$ 1 a 1,5 milhão.
• Tribo: são necessários mais R$ 5 a 6
milhões para contratar equipe. 18-24 meses.
• Aldeia: R$ 15 a 20 milhões e contratação de
300 a 400 pessoas. 18-24 meses.
• Cidade: R$ 60 milhões. Contratação de mais
300 a 500 pessoas. Capacidade de entregar
o produto em escala. 24-48 meses.
• Nação: em dez anos, o valor da empresa
deve chegar a US$ 170 milhões.
Parte 3
20:26 Empréstimos
bancários versus
private equityO empreendedor deve dar
prioridade a qualquer outra
fonte de financiamento antes
de vender participação
societária da empresa.
Segundo Edson, conseguir
financiamento em bancos,
mesmo com os maiores juros,
é mais econômico a longo
prazo do que vender uma
porcentagem do
empreendimento.
18:18 Product/market fitA primeira rodada de
captação tem como objetivo
captar R$ 1 milhão para
sustentar uma equipe
enxuta (até cinco pessoas)
por um ano e meio, durante
o qual ela desenvolverá um
produto. No final do
período, a equipe deve ter
uma solução viável para o
mercado (product/market
fit), ou não conseguirá mais
financiamento.
26:41 Tipos de
investidores• FFF (friends, family & fools): são
os amigos e parentes, geralmente
os primeiros financiadores. Edson
sugere começar com alguém
próximo, mas não da família –
como o ex-chefe.
• Aceleradoras: buscam ideias mais
bem-acabadas. Empreendedor já
precisa ter um mínimo produto
viável.
• Anjos: difíceis de atingir sem ter
contato pessoal. A melhor maneira
de se conhecer um investidor-anjo
é ser apresentado por alguém em
quem ele já investiu.
15:57 StorytellingNa fase em que a startup
ainda não dispõe de muitos
dados, o storytelling
(narrativa) serve para
convencer o investidor de
que o sucesso não é
apenas possível, mas
provável. O empreendedor
conta a história de como
pretende chegar do ponto A
ao B, comparando a sua
empresa com cases de
sucesso que percorreram
caminhos similares. Cada
tipo de investidor requer
uma narrativa diferente.
0:08 Modelos de customer
fundingQuando ainda não há oferta de capital de
risco, o empreendedor pode tentar financiar o
negócio por meio de:
• Venda de serviços de consultoria:
paralelamente ao desenvolvimento do
produto.
• Matchmaker: promover o encontro entre
demanda e oferta de alguma atividade.
• Pagamento adiantado: se o problema é
relevante, alguns clientes aceitam pagar a
solução adiantado.
• Modelo de assinatura: viável quando a
necessidade do cliente é constante.
• Exclusividade: alguns clientes estão
dispostos a pagar por negócios
exclusivos.
55:05 Personas de
venture capital (1)• Investidor sonhador: investe
em negócios ousados, com
impacto. O empreendedor
precisa conquistá-lo com um
storytelling que apele para esse
lado sonhador. Inexiste no
Brasil.
• Investidor de audiência:
busca negócios com grande
número de clientes. Não exige
um modelo de negócio bem
definido ou uma monetização a
curto prazo, desde que a
audiência continue crescendo.
0:09 Personas de
venture capital (2) • Investidor focado em
tração da receita: decide
pelo investimento baseado
no faturamento mensal do
empreendimento.
• Investidor causa-e-efeito:
quer um negócio com
funcionamento comprovado
para escalá-lo.
7:57 Private
equityO investidor que compra
participação societária da
empresa é diferente de uma
venture porque:
• Se interessa pelo ativo,
não pelo empreendedor.
Quer o controle do
negócio.
• É menos subjetivo e
mais técnico. Quer
números, planilhas.
Aula 1Acesse o ambiente EAD e selecione a aula correspondente.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente EAD para
garantir que o conteúdo seja exclusivo a você.
ExercíciosAULA 1
Resposta: A, A, C.
1. Qual o objetivo da primeira rodada de captação?
A
Levantar cerca de R$ 1 milhão para
sustentar uma equipe enxuta durante o
desenvolvimento do produto.
B
Levantar cerca de R$ 2 milhões para
expansão da equipe.
C
Levantar cerca de R$ 500 mil para
desenvolver um modelo de negócio.
D
Levantar de R$ 15 a 20 milhões para
pesquisa e desenvolvimento.
2. Qual das alternativas abaixo representa a última etapa de evolução da empresa no modelo de blitzscaling?
A
Nação.
B
Reino.
C
Continente.
D
Dinastia.
3. Qual a opinião de Edson a respeito de private equity?
A
É uma necessidade na fase “tribo” da
empresa.
B
É sempre preferível a outras formas de
captação de recursos.
C
É menos econômico do que um
empréstimo no banco.
D
Só é vantajoso quando há um único
investidor.
ExercíciosAULA 1
Resposta: D, B.
4. Qual a melhor maneira de entrar em contato com um investidor anjo?
A
Enviar a proposta de negócio para o seu
email pessoal.
B
Começar o contato pelo seu
assistente.
C
Fazer uma visita pessoal ao seu
escritório.
D
Ser apresentado a ele por quem já
recebeu investimento do anjo.
5. O storytelling é útil na captação de recursos, pois:
A
É capaz de vender uma ideia fraca.B
Ajuda o investidor a visualizar como o
empreendimento chegará ao sucesso.
C
Com um único tipo de narrativa é
possível seduzir os mais variados perfis
de investidor.
D
Todas as alternativas.
AULA 2Nas próximas páginas, você terá os conteúdos da 2ª aula dessa disciplina.
Relação com investidores e sócios.
Os fundamentos são opcionais. Se não sentir
necessidade de vê-los, avance para os outros
conteúdos.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente
EAD para garantir que o conteúdo seja
exclusivo a você.
Os exercícios simulam a
prova online da disciplina.
O que é valuation?AULA 2, FUNDAMENTO 1
MÉTODO 3
Analisar o fluxo de caixa descontado (DCF)
Contrata-se um analista para estimar o fluxo de caixa da
empresa no futuro. Pela própria natureza de uma startup,
previsões de médio a longo prazo para o fluxo de caixa são
arriscadas.
“Valuation” é a avaliação de quanto vale uma empresa. Essa tarefa é especialmente difícil no caso de startups, que geralmente não têm
ativos, geração de lucro e às vezes nem produto, mas que podem se desenvolver num negócio bilionário com o tempo. Existem alguns métodos
para valorar uma companhia em estágio inicial, cada um com seus pontos fortes e fracos:
MÉTODO 1:
Calcular o custo de duplicação
O valor da startup é comparável ao custo para construir
uma companhia idêntica do zero. Este método
desconsidera o potencial de lucro futuro e fatores
intangíveis como o valor de marca.
MÉTODO 2
Comparar a startup a aquisições recentes de
companhias similares no mercado (market
multiple)
Achar um negócio similar pode ser complicado, e os
termos de venda nem sempre são divulgados.
Imagens: Freepik e Smashicons
MÉTODO 4
Avaliar por estágio
O valor da empresa é pré-determinado pelo estágio de
desenvolvimento em que ela se encontra. Quanto mais
avançado, menor o risco para os investidores. É o
modelo mais popular entre investidores anjo.
=
“Não é vendo o seu pitch que alguém vai investir em você. O seu pitch vai simplesmente garantir que você consiga marcar uma reunião.”
“Quanto mais a gente coloca o problema de maneiras em que a outra pessoa se sinta parte do problema, mais fácil é a gente conseguir vender
a nossa ideia.”
“É muito importante ter certeza de que a sua empresa está gerando os dados necessários para as outras pessoas te seguirem.”
“Não vá para uma reunião de pitch debater com o outro lado.”
“Entender a causa e efeito das coisas e saber explicar é a base da replicabilidade, que é a base da escalabilidade.”
“Quando eu estou comprando a participação de uma startup, eu não estou comprando uma empresa. Eu estou comprando um pedaço de uma
promessa.”
“O maior erro (...) ao falar em participação societária é a gente vir para o mundo do negócio achando que participação societária é algo fixo.”
“Cada vez menos a gente (investidor) olha a performance individual e cada vez mais a gente olha time.”
“Sempre que você interagir com o seu investidor, peça alguma coisa. A relação é de duas mãos.”
DestaquesVeja nessa página as principais ideias expressas pelo professor.
Mapa da aulaVeja nessa página as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas onde os assuntos são abordados.
Parte 1
2:13 Estrutura do pitch1. Começar com a proposta da
empresa. Qual a motivação? Onde
o empreendedor quer chegar?
2. Apresentar o problema a ser
resolvido.
3. Apresentar a solução: é um
software? Um serviço?
4. Explicar o produto.
5. Apresentar o time.
6. Apresentar o modelo de negócio por
meio de uma narrativa coerente. O
modelo deve ser factível.
7. Falar dos competidores. Quais os
diferenciais da solução frente às
alternativas já existentes?
8. Apresentar projeções financeiras.
9. Fazer o pedido de financiamento.
Parte 2
45:26 A primeira
reuniãoO objetivo da primeira reunião ou
call é conseguir uma nova
reunião. Não se deve tentar
conseguir financiamento de cara.
Se a primeira reunião vai bem, o
segundo encontro provavelmente
será uma apresentação para
todos os sócios do fundo de
investimento.
Na reunião, o empreendedor não
deve debater com os investidores.
Ele deve colher as críticas e
sugestões e incorporá-las nos
próximos encontros.
Parte 3
8:48 Due diligenceÉ o conjunto de atos investigativos
necessários para o investidor saber
a situação da empresa. Nas
startups, ocorre por partes:
1. Operacional: verifica se a
startup tem tração operacional.
Análise do histórico de
operações dos últimos meses.
2. Receita: investiga o ticket
médio e a faixa de uso do
produto.
3. Cohort: acompanha dados de
comportamento das safras de
usuários (receita, lifetime value,
engajamento, etc.)
4. Contábil: análise técnica dos
contratos, documentos e notas
fiscais.
42:01 Cold calling
2.0Se a única alternativa de
contato é o cold call, o
empreendedor deve pesquisar
quem é o investidor, ler seus
artigos, descobrir onde fez
palestras. O primeiro contato
será menos frio se o
empreendedor trouxer uma
referência a algo que o
investidor falou ou escreveu.
Com base no que pesquisou,
ele deve oferecer um modo de
ajudar o investidor. A primeira
mensagem não deve ser um
pedido direto de financiamento.
26:58 Termos e
condiçõesAs principais questões definidas
nos termos e condições são:
• Como tratar dividendos?
• Preferência na liquidação;
• Direito de recompra;
• Cláusula de conversão;
• Anti-diluição;
• Direito de venda e
preferências na compra da
participação dos outros
sócios;
• Composição do conselho
administrativo.
51:12 O conselho
administrativoO peso do voto no conselho
administrativo não é
proporcional ao controle
acionário da empresa.
Conselhos administrativos em
startups têm de 3 a 5
membros. Os founders devem
estar em maioria. Conselhos
administrativos são uma forma
de dar poder ao investidor em
decisões pontuais, como
financiamento, venda da
empresa e afastamento de
sócio.
28:08 Modos de
contatar investidores• Cold call: achar o contato do
investidor na internet e enviar a
proposta. Menor chance de dar
certo.
• Recomendação: ser
recomendado por um contato do
investidor.
• Eventos: Participar de eventos
de startups.
• Outbound: é quando o investidor
vai atrás do negócio. Existem
bases de dados (Crunchbase,
AngelList) usadas por
investidores para sondar novos
investimentos. As startups devem
se cadastrar nesses serviços.
50:40 ValuationInvestir numa startup
em estágio inicial
significa investir numa
promessa, não num
ativo. O preço da ideia
é mensurado através
de uma construção
matemática que estima
o que precisa
acontecer no futuro
para que a startup se
desenvolva numa
empresa madura.
1:02:48 Relacionamento
investidor-empresaEdson dá dicas de como manter um bom
relacionamento com o investidor após o aporte de
recursos:
• Conheça o tipo de investidor: investidores
financeiros não se envolvem na administração do
negócio, só querem números; conselheiros
querem participar das decisões; operacionais
querem ajudar o empreendedor no dia-a-dia.
• Não dê surpresas: dê visibilidade sobre os
problemas que a empresa enfrenta.
• Mande informações: mantenha o investidor
atualizado com números. Mande um diário de
bordo contando o que foi feito na última semana.
• Reuniões: foque num único tema crítico por
reunião. Envie material sobre o tema antes do
encontro.
50:39 Participação
societáriaA divisão societária não é
permanente, mas sim fluída. A
metodologia empregada deve
permitir que a divisão da
participação societária seja
modificada no futuro, caso um
dos sócios se afaste das
operações, por exemplo.
Aula 2Acesse o ambiente EAD e selecione a aula correspondente.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente EAD para
garantir que o conteúdo seja exclusivo a você.
ExercíciosAULA 2
Resposta: D, B, A.
1. Enviar uma mensagem ao investidor sem ter sido apresentado a ele. Esse tipo de aproximação é chamado de:
A
Outbound.
B
Inbound.
C
Cohort.
D
Cold call.
2. Segundo Edson, qual deve ser o objetivo da primeira reunião com o potencial investidor?
A
Conseguir uma parcela adiantada do
dinheiro.
B
Conseguir uma segunda reunião.
C
Conhecer todos os sócios do fundo de
investimento.
D
Todas as opções.
3. O que é due diligence?
A
É o conjunto de atos investigativos
necessários para o investidor saber a
situação da empresa.
B
É o documento que firma os termos e
condições entre investidor e
empreendedor.
C
É um método de valoração da empresa.
D
É um instrumento contratual que prevê
uma aquisição progressiva de direitos
sobre o negócio.
ExercíciosAULA 2
Resposta: D, C.
4. Os termos e condições firmados entre investidor e empreendedor tratam de várias questões, entre elas:
A
Como tratar dividendos.B
Direito de recompra.
C
Composição do conselho administrativo.
D
Todas as opções.
5. No relacionamento com o investidor, é recomendável que o empreendedor:
A
Faça reuniões abordando diversos
temas.
B
Só entre em contato quando
estritamente necessário.
C
Envie informativos semanais sobre o
seu negócio.
D
Resolva sozinho os problemas da
empresa.
AULA 3Nas próximas páginas, você terá os conteúdos da 3ª aula dessa disciplina.
A captação na ótica do empreendedor.
Os fundamentos são opcionais. Se não sentir
necessidade de vê-los, avance para os outros
conteúdos.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente
EAD para garantir que o conteúdo seja
exclusivo a você.
Os exercícios simulam a
prova online da disciplina.
O que é o Método Lean Startup?AULA 3, FUNDAMENTO 1
O Lean Startup é uma metodologia de desenvolvimento de produto voltada a evitar o desperdício - não só de dinheiro, mas também
de tempo. Primeiramente, desenvolve-se um Mínimo Produto Viável (ou MVP), uma solução minimamente pronta para ser utilizada pelo
público. Ela então é lançada, testada e adaptada continuamente com base nos feedbacks de uso. Esse processo é chamado de validated
learning.
O feedback loopé um ciclo de aprendizado
constante por meio da
validação de experimentos
com o produto. É um ponto
central do método Lean
Startup.
ideia
s
produt
o
dados
produzir
medir
aprender
Imagens: Eucalyp, Roundicons, Smashicons, Vectors Market, Freepik, Prosymbols.
O que é Business Model Canvas?AULA 3, FUNDAMENTO 2
Business model canvas é uma ferramenta de gerenciamento estratégico que consiste em esboçar o modelo de negócio num quadro com
nove campos. Cada campo diz respeito a um item-chave da empresa, como “estrutura de custo” ou “segmento de cliente”. Ao ser completado, o
quadro transforma-se num mapa do negócio, que responde às perguntas “como fazemos”, “o que fazemos”, “para quem fazemos” e “quanto custa
fazer”. Muitos financiadores atualmente exigem a apresentação do business model canvas no lugar do plano de negócio.
Atividades-
chave:
atividades mais
importantes
para criar a
proposição de
valor da
empresa
Recursos-
chave: ativos
necessários
para manter o
negócio
Redes de
parceiros:
parcerias que
complementam
o negócio
Proposição de
valor:
diferencial do
produto ou
serviço
Segmento de
cliente:
o público-alvo
do negócio
Relacionament
o com o
cliente:
atendimento e
relacionamento
com o público
Canais:
meios utilizados
para fornecer os
produtos
Estrutura de custo: o preço dos meios
utilizados
Fluxo de receita: formas de rendimento do
negócio
Modelo do
canvas
como
o quê
para
quem
quanto
“(É preciso desmistificar) a ideia de que o investidor vai fazer de tudo pra tirar o empreendedor do negócio.”
“A gente vive numa realidade de total disrupção de qualquer tipo de processo ou de modelo mental existente.”
“A palavra ‘startup’ já virou uma coisa tão de moda que mesmo o setor de serviços, o setor de hardware (...) está se movendo numa dinâmica
de startup.”
“É perda de tempo eu tornar ele (o meu produto) o mais perfeito possível. Vamos esquecer essa ideia de perfeição.”
“Eu tenho que me direcionar para uma forma de captação que esteja enquadrada com a minha fase de desenvolvimento.”
“Tem muita gente boa tecnicamente, de fazer coisas inacreditáveis... Mas (que) não tem perfil pra tocar negócio.”
“Essa relação (entre empreendedor e investidor) não é tranquila: ela é uma relação tensa.”
“Hoje em dia o anjo não está mais entrando sozinho na startup. Ele está se reunindo com outros anjos.”
DestaquesVeja nessa página as principais ideias expressas pelo professor.
Mapa da aulaVeja nessa página as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas onde os assuntos são abordados.
Parte 1
24:03 Fases de
desenvolvimento da
startupA professora Kellen mostra como a
incubadora Raiar divide as fases de uma
startup:
• Fase 1: brainstorming e experimentação.
Amadurecimento da ideia.
• Fase 2: desenvolvimento do modelo de
negócio e do mínimo produto viável
(MVP).
• Fase 3: validação. Busca do
product/market fit. Teste de hipóteses.
• Fase 4: desenvolvimento da gestão,
capital, tecnologia, mercado e perfil
empreendedor.
• Fase 5: expansão do portfólio de
produtos. Internacionalização do
empreendimento.
30:46 Financiamento
bancário vs
investimento de riscoPara a prof. Kellen, a captação de
recursos via capital de risco é
preferível ao endividamento no
banco a preço de balcão.
Financiamentos são sedutores, mas
startups sem receita recorrente
podem ter dificuldades para quitá-
los. Essa situação pode se arrastar
até a startup ter um modelo de
negócio escalável. A exceção é
quando a empresa consegue
financiamento a condições
negociadas.
Parte 3
16:06 Etapas do ciclo de
investimento• Ideação: startup já tem as primeiras métricas
de resultados. Necessidade: até R$ 500 mil.
Investidores: FFF, capital próprio, anjos e
aceleradoras.
• Prova de conceito: startup tem três anos de
existência e faturamento. Necessidade: R$
500 mil a 2 milhões. Investidores: fundos de
capital semente.
• Decolagem: expansão de portfólio;
necessidade de injeção de capital para saltar
para outro nível de receita. Necessidade: R$
2-10 milhões. Investidores: venture capital.
• Maturidade: startup torna-se empresa de
pequeno/médio porte. Necessidade: R$ 10
milhões ou mais. Investidores: private equity.
22:59 Investidores
na etapa de ideaçãoAnjos: atualmente há duas
tendências: a de anjos investirem
em conjunto e a de diversificarem
os seus investimentos, investindo
pouco num número maior de
negócios.
Aceleradoras: investem em
quem já tem o primeiro lote piloto
de produção e venda. Pedem
pitch e business model canvas à
startup, mas não exigem plano de
negócios. A startup precisa
mostrar performance em até 4
meses.
44:44 Finep StartupFinep Startup é um programa público
de fomento que atua no vácuo de
financiamento existente entre a fase de
prototipagem e a de expansão. O
programa oferece R$ 1 milhão a
startups ainda na fase de prototipagem.
A professora Kellen dá algumas dicas
para startups que querem se inscrever:
• O projeto deve ser claro, apontando
objetivo e o modelo de negócios;
• Deve-se incluir indicadores físicos;
• Mostrar claramente com quem a
startup já captou dinheiro;
• Informar qual contrapartida será
dada.
1:09:36 O Brasil e
o
empreendedorismo
internacionalO Brasil está entre os últimos
colocados nos rankings de
empreendedorismo mundial.
As características brasileiras,
como a diferença entre
regiões e a dependência do
capital inicial familiar, tornam
a nossa realidade única.
Parte 2
15:08 Tipos de capitalCapital próprio: sai do bolso do
empreendedor.
Desvantagem: limitado.
FFF (friends, family & fools): doações
ou empréstimos de familiares e amigos,
que socorrem o negócio em momentos
cruciais.
Desvantagem: ameaça as relações
pessoais.
Bancos: captação de financiamento, a
ser devolvido com juros.
Desvantagem: endividamento.
Subvenção: financiamento a fundo
perdido por meio de editais.
Desvantagem: concorrência de alto
nível.
33:09 Subvenção e
editaisA subvenção estatal ocorre por meio
de financiamento a fundo perdido, com
acesso via edital. É um dinheiro mais
seguro do que o capital de risco, mas
pode demorar meses até ser
disponibilizado ao vencedor do edital.
A concorrência por subvenção é de
alto nível. O projeto que concorre ao
edital deve ser cuidadosamente
elaborado, e cada edital especifica
condições de participação que podem
restringir os tipos de empreendimentos
elegíveis.
1:02:31 DesinvestimentoTodo fundo de venture capital
pretende eventualmente sair do
negócio em que investiu. Nesse
momento, ele revê os termos e
condições firmados no início do
relacionamento, reavaliando,
entre outros aspectos: o objetivo
da empresa com o investimento;
o controle societário; o plano de
investimentos; o valuation do
negócio e suas premissas; e o
uso dos recursos na contratação
de equipe.
Aula 3Acesse o ambiente EAD e selecione a aula correspondente.
O acesso às aulas ocorre dentro do ambiente EAD para
garantir que o conteúdo seja exclusivo a você.
ExercíciosAULA 3
Resposta: C, D, B.
1. Qual a desvantagem em receber dinheiro de parentes e amigos?
A
Raramente a quantidade é suficiente.
B
O aporte só pode ser feito uma vez.
C
Ameaça as relações pessoais.
D
Todas as alternativas.
2. Para a professora Kellen, uma startup contrair dívida com um banco é:
A
Preferível a vender ações para
investidores.
B
Recomendável apenas quando o
empréstimo for a preço de balcão.
C
Uma ação necessária para conseguir o
capital semente.
D
Desaconselhável, pois a startup terá
dificuldades para quitá-la até ter receita
recorrente.
3. Sobre os editais para subvenção de negócios, é correto dizer que:
A
Os recursos a que se referem são
menos seguros do que os do capital de
risco.
B
Exigem a formatação e envio de um
projeto.
C
Exigem sempre contrapartida financeira.
D
O vencedor do edital recebe o dinheiro
rapidamente.
ExercíciosAULA 3
Resposta: B, A.
4. Uma startup com três anos de existência, faturamento constante e necessidade de investimento de R$ 2 milhões está na
etapa de:
A
Ideação.B
Prova de conceito.
C
Decolagem.
D
Maturidade.
5. Qual das alternativas abaixo representa uma tendência atual de comportamento dos empreendedores anjo?
A
Investir em conjunto com outros anjos.
B
Concentrar seus investimentos num
único negócio.
C
Customizar o term sheet de acordo com
o risco do negócio.
D
Envolver-se na gestão direta do
negócio.
CONCLUSÃO
Aula 3As opções de captação para
cada etapa do negócio
Aula 1O uso do capital de risco para
desenvolver negócios
Aula 2Como fazer e manter contato
com os investidores?
Imagens: Roundicons e Eucalyp
AVALIAÇÃOVeja as instruções para avaliação da disciplina.
Teste da DisciplinaJá está disponível no ambiente EAD o teste online
dessa disciplina. O prazo para sua realização é de até
dois meses após o lançamento da disciplina.
Lembre-se que cada disciplina conta com uma
avaliação online de múltipla escolha, na qual você deve
obter uma nota mínima de 6.