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Serviço Público Federal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADEE TECNOLOGIA - INMETRO Diretoria de Metrologia Legal – Dimel Divisão de Articulação e Regulamentação Técnica Metrológica - Diart Endereço: Av. N. Sra. das Graças, 50, Xerém - Duque de Caxias - RJ CEP: 25250-020 Telefones: (21) 2679-9156 ou 2145-3464 - Fax : (21) 2679-1761 - e-mail: [email protected] Portaria Inmetro nº 45, de 27 de janeiro de 2015. CONSULTA PÚBLICA OBJETO: Regulamento Técnico Metrológico – RTM que estabelece os critérios que deverão ser observados por instrumentos de pesagem não automáticos. ORIGEM: Inmetro / MDIC. O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – Inmetro, no uso de suas atribuições, conferidas pelo parágrafo 3º do artigo 4º da Lei n.° 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e tendo em vista o disposto nos incisos II e III do artigo 3° da Lei n.° 9.933, de 20 de dezembro de 1999, no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental do Inmetro, aprovado pelo Decreto nº 6.275/2007 e pela alínea a do subitem 4.1 da Regulamentação Metrológica aprovada pela Resolução n° 11, de 12 de outubro de 1988, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro, resolve: Art. 1º Disponibilizar, no sitio www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria que estabelece os critérios que deverão ser observados por instrumentos de pesagem não automáticos. Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria, o prazo de 60 (sessenta) dias para que sejam apresentadas sugestões e críticas relativas ao texto mencionado no artigo 1º. Art. 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas para os endereços abaixo: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro Diretoria de Metrologia Legal - Dimel Divisão de Articulação e Regulamentação Técnica Metrológica - Diart Av. Nossa Senhora das Graças, nº 50 – Xerém CEP 25250-020 – Duque de Caxias – RJ FAX: (021) 2145-3232 E-mail: [email protected] Art. 4º Declarar que, findo o prazo estipulado no artigo 2º, o Inmetro se articulará com as entidades representativas do setor, que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final. Art. 5º Publicar esta Portaria de Consulta Pública no Diário Oficial da União, quando iniciará a sua vigência. JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA

Port. CP 45-15 IPNA - inmetro.gov.br · base na Portaria Inmetro n° 236, de 22 de dezembro de 1994, não serão aceitas após 12 (doze) meses da ... modelo aprovado com base na Portaria

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR

INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADEE TECNOLOGIA - INMETRO

Diretoria de Metrologia Legal – Dimel Divisão de Articulação e Regulamentação Técnica Metrológica - Diart Endereço: Av. N. Sra. das Graças, 50, Xerém - Duque de Caxias - RJ CEP: 25250-020 Telefones: (21) 2679-9156 ou 2145-3464 - Fax : (21) 2679-1761 - e-mail: [email protected]

Portaria Inmetro nº 45, de 27 de janeiro de 2015.

CONSULTA PÚBLICA

OBJETO: Regulamento Técnico Metrológico – RTM que estabelece os critérios que deverão ser observados por instrumentos de pesagem não automáticos. ORIGEM: Inmetro / MDIC.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – Inmetro, no uso de suas atribuições, conferidas pelo parágrafo 3º do artigo 4º da Lei n.° 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e tendo em vista o disposto nos incisos II e III do artigo 3° da Lei n.° 9.933, de 20 de dezembro de 1999, no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental do Inmetro, aprovado pelo Decreto nº 6.275/2007 e pela alínea a do subitem 4.1 da Regulamentação Metrológica aprovada pela Resolução n° 11, de 12 de outubro de 1988, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro, resolve:

Art. 1º Disponibilizar, no sitio www.inmetro.gov.br, a proposta de texto da Portaria que

estabelece os critérios que deverão ser observados por instrumentos de pesagem não automáticos. Art. 2º Declarar aberto, a partir da data da publicação desta Portaria, o prazo de 60 (sessenta)

dias para que sejam apresentadas sugestões e críticas relativas ao texto mencionado no artigo 1º. Art. 3º Informar que as críticas e sugestões deverão ser encaminhadas para os endereços

abaixo: Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro Diretoria de Metrologia Legal - Dimel Divisão de Articulação e Regulamentação Técnica Metrológica - Diart Av. Nossa Senhora das Graças, nº 50 – Xerém CEP 25250-020 – Duque de Caxias – RJ FAX: (021) 2145-3232 E-mail: [email protected] Art. 4º Declarar que, findo o prazo estipulado no artigo 2º, o Inmetro se articulará com as

entidades representativas do setor, que tenham manifestado interesse na matéria, para que indiquem representantes nas discussões posteriores, visando à consolidação do texto final.

Art. 5º Publicar esta Portaria de Consulta Pública no Diário Oficial da União, quando

iniciará a sua vigência.

JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA

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Anexo: Portaria n.º 45, de 27 de janeiro de 2015.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – Inmetro, no uso de suas atribuições, conferidas pelo parágrafo 3º do artigo 4º da Lei n.° 5.966, de 11 de dezembro de 1973, e tendo em vista o disposto nos incisos II e III do artigo 3° da Lei n.° 9.933, de 20 de dezembro de 1999, no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental do Inmetro, aprovado pelo Decreto nº 6.275/2007 e pela alínea a do subitem 4.1 da Regulamentação Metrológica aprovada pela Resolução n° 11, de 12 de outubro de 1988, do Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – Conmetro,

Considerando que os instrumentos de pesagem não automáticos devem atender às

especificações estabelecidas pelo Inmetro; Considerando a Recomendação Internacional no. 76, edição 2006, da Organização

Internacional de Metrologia Legal – OIML; Considerando que o Regulamento Técnico Metrológico, em anexo, foi elaborado levando-

se em conta a ampla discussão com fabricantes e importadores do mercado nacional, bem como as condições das indústrias brasileiras entidades de classe e organismos governamentais interessados;

Considerando que os atos normativos devem priorizar a competitividade, a política de comércio e guardar consonância com normas internacionais equivalentes, bem como acompanhar a evolução tecnológica industrial, resolve:

Art.1º Aprovar o Regulamento Técnico Metrológico – RTM para instrumentos de pesagem

não automáticos, incluindo seus anexos sobre Requisitos de Software e Compatibilidade Eletromagnética, disponibilizados no sítio www.inmetro.gov.br.

Art. 2° Estabelecer as condições mínimas a serem observadas no controle metrológico

legal de instrumentos de pesagem não automáticos. Art. 3º Estabelecer que as solicitações de apreciação técnica de modelo, bem como as

solicitações de modificações de modelo aprovado, de instrumentos de pesagem não automáticos, com base na Portaria Inmetro n° 236, de 22 de dezembro de 1994, não serão aceitas após 12 (doze) meses da data de publicação da presente portaria.

§ 1º Os requisitos 3.1.1, 3.1.5, 3.1.6, 3.2.2, do Anexo A – Requisitos de Software, do RTM

anexo, deverão ser cumpridos em processo de Apreciação Técnica de Modelo (ATM), a partir de 18 (dezoito) meses após a entrada em vigor da presente Portaria.

§ 2º Os requisitos 3.1.2, 3.1.3, 3.1.4, 3.1.7, 3.1.8, 3.1.9, 3.1.10 e 3.2.3, do Anexo A –

Requisitos de Software, do RTM anexo, deverão ser cumpridos em processo de ATM a partir de 42 (quarenta e dois) meses após a entrada em vigor da presente Portaria.

§ 3º Os requisitos 3.2.4, 3.2.5 e 3.3, do Anexo A – Requisitos de Software, do RTM anexo,

deverão ser cumpridos em processo de ATM, a partir de 60 (sessenta) meses após a entrada em vigor da presente Portaria.

Art. 4° Estabelecer que os processos de ATM, bem como os de modificação de modelo

aprovado, a verificação inicial e verificação subsequente de instrumentos de pesagem não automáticos, deverão seguir a metodologia definida no regulamento técnico metrológico aprovado pela Portaria Inmetro nº 236/1994, até 12 meses após a data de publicação da presente portaria.

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Art. 5° Estabelecer que os instrumentos de pesagem não automáticos que possuem modelo aprovado com base na Portaria Inmetro nº 236/1994, somente poderão ser submetidos à verificação inicial no prazo de até 42 (quarenta e dois) meses após a entrada em vigor da presente portaria, atendendo aos requisitos estabelecidos no RTM ora aprovado.

§ 1° Após o prazo estabelecido no caput do artigo, os instrumentos de pesagem não

automáticos que possuem modelo aprovado com base na Portaria Inmetro n° 236/1994, não poderão ser submetidos à verificação inicial.

§ 2° Os instrumentos de pesagem não automáticos de equilíbrio semiautomático ou não

automático são dispensados de aprovação de modelo, portanto poderão continuar a ser submetidos à verificação inicial após o prazo estabelecido no caput do artigo, mesmo os que porventura possuam modelo aprovado com base na Portaria Inmetro n° 236/1994.

Art. 6° Estabelecer que os instrumentos de pesagem não automáticos que possuem modelo

aprovado com base na Portaria Inmetro nº 236/1994, somente poderão ser submetidos à verificação subsequente, no prazo de até 60 (sessenta) meses após a entrada em vigor da presente portaria, atendendo aos requisitos estabelecidos no RTM ora aprovado.

§ 1° Após o prazo estabelecido no caput do artigo, os instrumentos de pesagem não

automáticos que possuem modelo aprovado com base na Portaria Inmetro n° 236/1994, não poderão ser submetidos à verificação subsequente.

§ 2° Os instrumentos de pesagem não automáticos de equilíbrio semiautomático ou não

automático são dispensados de aprovação de modelo, portanto poderão continuar a ser submetidos à verificação subsequente após o prazo estabelecido no caput do artigo, mesmo os que porventura possuam modelo aprovado com base na Portaria Inmetro n° 236/1994.

Art.7° Cientificar que o cumprimento dos requisitos estabelecidos no RTM aprovado pela

presente portaria não exclui a observância de outros atos normativos pertinentes, emitidos pelo Inmetro, sempre respeitando a hierarquia normativa da legislação brasileira.

Art. 8° Cientificar que a infringência a quaisquer dispositivos do Regulamento Técnico

Metrológico ora aprovado sujeitará os infratores às penalidades previstas no artigo 8.o da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999/1999, alterado pela Lei nº 12.545, de 14 de dezembro de 2011.

Art. 9º Revogar o Regulamento Técnico Metrológico aprovado pela Portaria Inmetro

nº 236/1994 no prazo de 12 (doze) meses após a publicação da presente portaria.

Art. 10° Revogar as Portarias Inmetro n° 002/1995, 101/1995, 033/1998, 261/2002, 070/2003, 200/2004, 224/2005, 166/2007, 266/2009 e 237/2012 no prazo de 12 (doze) meses após a publicação da presente portaria.

Art. 11º Esta Portaria entrará em vigor 12 (doze) meses após a data de sua publicação no

Diário Oficial da União.

JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA

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REGULAMENTO TÉCNICO METROLÓGICO A QUE SE REFERE A PORTARIA INMETRO N.º 45, DE 27 DE JANEIRO DE 2015. 1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 1.1 Objetivo Este Regulamento Técnico Metrológico (RTM) estabelece as condições técnicas, construtivas, metrológicas e o controle metrológico legal aplicado aos instrumentos de pesagem não automáticos (IPNA), doravante denominados instrumentos de medição, a fim de prover a confiabilidade das medições de massa realizadas nas atividades previstas no campo de aplicação. 1.2 Campo de aplicação 1.2.1Este RTM aplica-se a todos os instrumentos de pesagem não automáticos e seus módulos, cujos resultados de medição são utilizados para: a) transações comerciais; b) cálculo de pedágio, tarifa, imposto, prêmio, multa, remuneração, subsídio, taxa ou um tipo similar de pagamento; c) aplicação de uma legislação ou de uma regulamentação, ou para perícias judiciais; d) prática médica no que concerne a pesagem de pacientes por razões de vigilância, de diagnóstico e de tratamento médico; e) fabricação de medicamentos segundo receita em farmácia de manipulação e determinação de massas quando de análises efetuadas nos laboratórios médicos e farmacêuticos; f) determinação do preço em função da massa e de custos diretos e indiretos que influenciem no preço final da mercadoria para venda direta ao público e para a confecção de produtos pré-medidos. 1.2.2 Este regulamento não se aplica aos instrumentos utilizados nas seguintes finalidades: a) Uso doméstico; b) Pesagem de embarcações e aeronaves; d) Uso acadêmico ou pesquisa científica; e) Instrumentos destinados à exportação; f) Instrumentos utilizados à título gratuito. 2. UNIDADES DE MEDIDA 2.1 As unidades de medida de massa autorizadas nos instrumentos são o quilograma (kg), o micrograma (µg), o miligrama (mg), o grama (g) e a tonelada (t). 2.2 Para o comércio de pedras e metais preciosos, o quilate métrico (um quilate igual a 0,2g) pode ser utilizado como unidade de medida, sendo o símbolo do quilate o ct. 3. TERMOS E DEFINIÇÕES 3.1 Para fins deste documento aplicam-se os termos constantes do Vocabulário Internacional de Termos de Metrologia Legal, aprovado pela Portaria Inmetro n° 163, de 06 de setembro de 2005, do Vocabulário Internacional de Metrologia – Conceitos fundamentais e gerais e termos associados, aprovado pela Portaria Inmetro n° 232, de 08 de maio de 2012 e da Portaria Inmetro n° 484, de 07 de dezembro de 2010/2010, ou outros atos normativos que vierem a substituí-las. 3.2 Instrumento de pesagem: instrumento de medição empregado para determinar a massa de um corpo utilizando-se a ação da gravidade sobre este corpo. 3.2.1 Estes instrumentos podem servir igualmente para determinar outras grandezas, quantidades ou características em função da massa. 3.3 Instrumento de pesagem não automático (IPNA): instrumento de pesagem que necessita da intervenção de um operador durante o processo de pesagem por exemplo, para depositar ou remover do receptor a carga a ser medida e também para obtenção do resultado. 3.3.1 Instrumentos de equilíbrio automático: instrumentos nos quais a posição de equilíbrio é obtida sem intervenção do operador.

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3.3.2 Instrumentos de equilíbrio semiautomático: instrumentos que possuem uma faixa de pesagem de equilíbrio automático, no qual o operador intervém para modificar os limites desta faixa. 3.3.3 Instrumentos de equilíbrio não automático: instrumentos nos quais a posição de equilíbrio é obtida inteiramente pelo operador. 3.4 Instrumentos eletrônicos: instrumentos dotados de dispositivos eletrônicos. 3.5 Instrumentos computadores de preço (instrumentos pesos-preço): instrumentos que calculam o preço a pagar baseado na massa indicada e no preço unitário. 3.6 Instrumentos etiquetadores de preço: instrumentos computadores de preço que imprimem o valor do peso, o preço unitário e o preço a pagar para produtos pré-medidos. 3.7 Indicações primárias: indicações, sinais e símbolos que são exigidos neste Regulamento. 3.8 Indicações secundárias: indicações, sinais e símbolos que não são indicações primárias. 3.9 Transações comerciais: interações entre empresas e seus clientes, fornecedores e outros com quem fazem negócios. 3.10 Venda direta ao público: transações comerciais realizadas em estabelecimentos ou locais abertos ao público, onde são utilizados instrumentos de pesagem com Max ≤ 100 kg. 3.11 Dispositivo receptor de carga: parte do instrumento destinada a receber a carga. 3.12 Dispositivo transmissor de carga: parte do instrumento que serve para transmitir ao dispositivo medidor de carga, a força resultante da carga que age sobre o dispositivo receptor de carga. 3.13 Dispositivo medidor de carga: parte do instrumento que serve para medir a massa da carga por meio de um dispositivo de equilíbrio da carga transmitida e por meio de um dispositivo indicador ou impressor. 3.14 Dispositivo receptor de contrapeso: parte do dispositivo medidor de carga destinada a receber os contrapesos, quando o equilíbrio se efetua total ou parcialmente por meio de pesos. 3.15 Módulo: parte de um instrumento que executa uma função específica, que permite ser examinado separadamente e que está sujeito a limites de erros parciais especificados. 3.16 Dispositivo indicador: parte do dispositivo medidor de carga sobre a qual é obtida a leitura direta do resultado. 3.17 Mostrador remoto: módulo que repete as indicações fornecidas pelo dispositivo indicador. 3.18 Dispositivo indicador auxiliar: dispositivo indicador digital cujo último algarismo após o sinal decimal é nitidamente diferenciado dos outros algarismos. 3.19 Órgão indicador: órgão que indica o equilíbrio e/ou o resultado. 3.19.1 Para os instrumentos de uma única posição de equilíbrio, indica somente o equilíbrio, também conhecido como “zero” do instrumento. 3.19.2 Para os instrumentos de várias posições de equilíbrio, indica simultaneamente o equilíbrio e o resultado. 3.19.3 Para um instrumento eletrônico, o órgão indicador se constitui no mostrador. 3.20 Marcas da escala: traços, entalhes ou outros sinais no órgão indicador correspondente a valores determinados de massa. 3.21 Base da escala: linha não materializada que une os pontos médios das marcas menores da escala. 3.22 Cavaleiro: peso amovível, de pequena massa que pode ser colocado e movimentado sobre uma haste graduada solidária ao travessão ou sobre o próprio travessão. 3.23 Dispositivo de interpolação de leitura (vernier ou nônio): dispositivo ligado ao órgão indicador que subdivide a escala analógica do instrumento sem ajuste especial. 3.24 Dispositivo indicador complementar: dispositivo regulável que permite avaliar o valor, em unidades de massa, correspondente à distância entre uma marca da escala e o órgão indicador. 3.25 Dispositivo indicador com um valor de divisão diferenciado: dispositivo indicador digital cujo último algarismo após o sinal decimal é nitidamente diferenciado dos outros algarismos. 3.26 Dispositivo de nivelamento: dispositivo que permite colocar um instrumento na sua posição de referência. 3.27 Dispositivo de retorno à zero: dispositivo que permite levar a indicação a zero quando não há carga no dispositivo receptor de carga.

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3.28 Dispositivo não automático de retorno à zero: dispositivo que permite o retorno à zero por um operador. 3.29 Dispositivo semiautomático de retorno a zero: dispositivo que conduz automaticamente a indicação a zero segundo um comando manual. 3.30 Dispositivo automático de retorno à zero: dispositivo que conduz automaticamente a indicação a zero sem intervenção de um operador. 3.31 Dispositivo de retorno à zero inicial: dispositivo que conduz automaticamente à indicação a zero, ao ligar o instrumento e antes que ele esteja pronto para uso. 3.32 Dispositivo de manutenção do zero: dispositivo que mantém automaticamente a indicação zero dentro de certos limites. 3.33 Dispositivo de tara: dispositivo que permite conduzir a indicação do instrumento a zero quando uma carga está sobre o dispositivo receptor de carga: a) sem restringir a sua faixa de pesagem para cargas líquidas (dispositivo aditivo de tara); b) reduzindo a faixa de pesagem das cargas líquidas (dispositivo subtrativo de tara). 3.33.1 O dispositivo de tara pode funcionar como: a) dispositivo não automático (carga equilibrada por um operador); b) dispositivo semiautomático (carga equilibrada automaticamente somente após um comando manual único); c) dispositivo automático (carga equilibrada automaticamente sem intervenção de um operador). 3.34 Dispositivo de equilíbrio de tara: dispositivo de tara sem indicação do valor da tara quando o instrumento está carregado. 3.35 Dispositivo de pesagem de tara: dispositivo de tara que memoriza o valor da tara, indicando ou imprimindo este valor quer o instrumento esteja ou não carregado. 3.36 Dispositivo de pré-determinação da tara: dispositivo que permite subtrair um valor de tara pré-determinado de um valor de peso, bruto ou líquido, indicando o resultado do cálculo. 3.36.1 A faixa de pesagem das cargas líquidas é reduzida consequentemente. 3.37 Dispositivo de trava: dispositivo que permite imobilizar todo ou parte do mecanismo de um instrumento. 3.38 Dispositivo de seleção dos dispositivos receptores e medidores de carga: dispositivo que permite acoplar um ou vários dispositivos receptores de carga a um ou vários dispositivos medidores de carga, quaisquer que sejam os dispositivos de transmissão de carga intermediários utilizados. 3.39 Contrapesos: massa auxiliar padrão cuja finalidade é a de modificar a faixa de pesagem dos instrumentos. 3.40 Carga máxima (Max): capacidade máxima de pesagem, sem considerar a capacidade aditiva de tara. 3.41 Carga mínima (Min): valor da carga abaixo do qual os resultados das pesagens podem estar sujeitos a um erro relativo excessivo. 3.42 Faixa de pesagem: intervalo compreendido entre a carga mínima (Min) e a carga máxima (Max). 3.43 Efeito máximo de tara (T=+ ..., T=– ...): capacidade máxima do dispositivo aditivo de tara ou do dispositivo subtrativo de tara. 3.44 Carga limite (Lim): carga estática máxima que o instrumento pode suportar sem alterar de modo permanente suas qualidades metrológicas. 3.45 Comprimento de uma divisão (para instrumentos de indicação analógica): distância, medida ao longo da base de escala, entre duas marcas consecutivas. 3.46 Valor de divisão real (d): valor expresso em unidades de massa: a) da diferença entre os valores correspondentes a duas marcas de escala consecutivas, para uma indicação analógica, ou b) da diferença entre duas indicações consecutivas, para uma indicação digital. 3.47 Valor de divisão de verificação (e): valor expresso em unidades de massa utilizado para a classificação e a verificação de um instrumento. 3.48 Número de divisões de verificação (instrumento de um único valor de divisão): quociente da carga máxima pelo valor de divisão de verificação.

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n = Max / e 3.49 Instrumento de múltiplos valores de divisão: instrumento que possui uma só faixa de pesagem a qual é dividida em faixas parciais de pesagem, cada uma com valor de divisão diferente, sendo a faixa de pesagem determinada automaticamente conforme a carga aplicada, tanto para cargas crescentes como decrescentes. 3.50 Instrumento de múltiplas faixas: um instrumento possuindo duas ou mais faixas de pesagem com diferentes cargas máximas e diferentes valores de divisão para o mesmo receptor de carga, cada faixa estendendo-se de 0 (zero) a sua respectiva carga máxima. 3.51 Sensibilidade: para um dado valor da massa medida, quociente da variação da resposta de um instrumento “1” pela variação correspondente da massa medida M.K = ∆1/∆M. 3.52 Mobilidade: aptidão de um instrumento para responder a pequenas variações do valor da carga. O limiar de mobilidade de uma dada carga é o valor da menor sobrecarga que depositada ou retirada, sem choque, sobre o receptor de carga, provoca uma variação perceptível na indicação. 3.53 Fidelidade: aptidão de um instrumento para fornecer resultados concordantes entre si, para uma mesma carga depositada várias vezes e de maneira praticamente idêntica sobre o receptor de carga, sob condições de ensaio razoavelmente constantes. 3.54 Durabilidade: aptidão de um instrumento para conservar inalterável o desempenho correspondente às suas características, durante um certo tempo de utilização específico. 3.55 Tempo de pré-aquecimento: tempo entre momento que o instrumento é colocado sob tensão (energizado) e o momento no qual ele é capaz de satisfazer as exigências deste RTM. 3.56 Equilíbrio por pesos e contrapesos: valores dos pesos metrologicamente controlados que (considerando a relação de redução de carga), equilibram a carga. 3.57 Indicação analógica: indicação que permite a avaliação da posição de equilíbrio em frações do valor de divisão. 3.58 Indicação digital: indicação na qual as marcas, geralmente compostas de uma sequência de algarismos alinhados, não permitem a interpolação em frações do valor de divisão. 3.59 Valor bruto (B): indicação do peso de uma carga colocada sobre um instrumento quando nenhum dispositivo de tara ou dispositivo de pré-determinação da tara foi colocado em operação. 3.60 Valor líquido (L): indicação do peso de uma carga colocada sobre um instrumento após o acionamento de um dispositivo de tara. 3.61 Valor de tara (T): valor do peso de uma carga determinada por um dispositivo de pesagem da tara. 3.62 Valor de tara pré-determinado (TP): valor numérico representando um peso que é introduzido no instrumento. 3.62.1 O termo “introduzido” abrange procedimentos como, por exemplo: a digitação, a obtenção após um armazenamento de dados, ou a introdução por uma “interface”. 3.63 Valor líquido calculado: valor da diferença entre um valor de peso bruto ou líquido e um valor de tara pré-determinado. 3.64 Valor total de peso calculado: soma calculada de vários valores de peso e/ou de valores líquidos calculados. 3.65 Leitura por simples justaposição: leitura do resultado de uma pesagem por simples justaposição dos algarismos sucessivos que fornecem o resultado da pesagem sem necessitar de cálculo. 3.66 Erro de arredondamento de uma indicação digital: diferença entre a indicação e o resultado que forneceria o instrumento se a indicação fosse analógica. 3.67 Distância mínima de leitura: menor distância que um observador pode se aproximar livremente do dispositivo indicador para efetuar uma leitura nas condições normais de utilização, as quais são cumpridas quando existir em frente ao dispositivo indicador um espaço livre com pelo menos 0,80 m. 3.68 Erro de indicação: indicação de um instrumento menos o valor verdadeiro (convencional) da massa. 3.69 Erro intrínseco: erro de um instrumento utilizado nas condições de referência. 3.70 Erro intrínseco inicial: erro intrínseco de um instrumento determinado antes dos ensaios de desempenho e estabilidade da amplitude da faixa nominal. 3.71 Falha: diferença entre o erro de indicação e o erro intrínseco de um instrumento.

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3.71.1 Uma falha é principalmente o resultado de uma alteração não desejada nos dados contidos ou processados por um instrumento eletrônico. 3.72 Falha significativa: falha superior a e. 3.72.1 Para os instrumentos com múltiplos valores de divisão, o valor de e é aquele que corresponde à faixa de pesagem parcial. 3.72.2 As falhas seguintes não são consideradas como significativas, mesmo se superiores a e. a) falhas provenientes de causas simultâneas e mutuamente independentes, no próprio instrumento ou em seu sistema de controle; b) falhas que tornam impossível a realização de qualquer medição; c) falhas importantes que são notadas facilmente por todos aqueles interessados no resultado da pesagem. d) falhas transitórias constituídas de variações momentâneas da indicação, que não podem ser interpretadas, memorizadas ou transmitidas como resultados de medição. 3.73 Erro de durabilidade: diferença entre o erro intrínseco após certo tempo de utilização e o erro intrínseco inicial de um instrumento. 3.74 Erro de durabilidade significativo: erro de durabilidade superior a “e”. 3.74.1 O conceito de erro de durabilidade significativo aplica-se somente às partes eletrônicas. 3.74.2 Para os instrumentos de múltiplos valores de divisão, o valor de e é aquele corresponde a faixa de pesagem parcial. 3.75 Estabilidade da amplitude da faixa nominal: capacidade de um instrumento de manter a diferença entre a indicação de peso na sua carga máxima e a indicação de zero, ao longo de um período de uso, dentro de limites especificados. 3.76 Fator de influência: grandeza de influência cujo valor se situa nas condições de utilização especificadas para o instrumento. 3.77 Perturbação: grandeza de influência cujo valor se situa nos limites especificados neste regulamento, mas fora das condições de utilização especificadas para o instrumento. 3.78 Condições de utilização: condições que estabelecem a faixa de valores das grandezas de influência para as quais se admite que as características metrológicas mantêm-se dentro dos erros máximos admissíveis especificados. 3.79 Condições de referência: conjunto de valores especificados dos fatores de influência fixados para assegurar comparações válidas entre os resultados de medições. 3.80 Posição de referência: posição do instrumento na qual a regulagem de seu funcionamento é efetuada. 3.81 Ensaios de desempenho: ensaios que permitem verificar se o equipamento submetido ao ensaio (ESE) é capaz de satisfazer às funções para as quais foi previsto.

4. REQUISITOS METROLÓGICOS 4.1 Classes de exatidão 4.1.1São estabelecidas na Tabela 1 as seguintes classes de exatidão e seus símbolos:

Tabela 1

Nome Símbolo marcado no instrumento

Denominação usada em documentação

Classe Especial I Classe Fina II Classe Média III Classe Ordinária IIII

4.1.2 As classes de exatidão devem apresentar as seguintes características metrológicas, de acordo com a Tabela 2.

Tabela 2

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Classe de Exatidão

Valor de divisão de verificação(e)

Número de valores de divisão de verificação (n=Max/e)

Carga Mínima (Min) (limite inferior) mínimo máximo

Especial (I)

0,001g ≤ e 50.000 100e

Fina (II)

0,001g ≤ e≤ 0,05g 0,1g≤ e

100 5.000

100.000 100.000

20e 50e

Média (III)

0,1g ≤ e ≤ 2g 5g ≤ e

100 500

10.000 10.000

20e 20e

Ordinária (IIII)

5g ≤ e 100 1.000 10e

4.2 Valores de divisão 4.2.1 Os valores de divisão devem ser da forma 1 x 10k, 2 x 10k ou 5 x 10k unidades nas quais o resultado é expresso, onde k é um número inteiro positivo, negativo ou igual a zero. 4.2.2. Instrumentos sem dispositivo indicador auxiliar: d = e 4.2.3Instrumentos com dispositivo indicador auxiliar 4.2.3.1O valor de divisão de verificação “e” é determinado pela relação: d < e ≤ 10 d, e= 10k, sendo k um número inteiro positivo, negativo ou zero. 4.2.3.1.1Este requisito não se aplica aos instrumentos da classe I com d < 1mg, para os quais e= 1mg. 4.2.3.2 Somente os instrumentos das classes I e II podem possuir um dispositivo indicador auxiliar. 4.3 Carga mínima 4.3.1 A carga mínima de um instrumento deve ser determinada de acordo com os limites inferiores estabelecidos na Tabela 1. 4.3.3 Para os instrumentos com dispositivo indicador auxiliar, o limite inferior da carga mínima é determinado conforme as condições estabelecidas na Tabela 1, na qual o valor de divisão de verificação “e” é substituído pelo valor de divisão real “d”. 4.4 Instrumentos de múltiplas faixas 4.4.1 Cada faixa deve ser tratada como um instrumento de faixa única, atendendo aos requisitos do item 4. 4.4.2 As faixas de pesagem devem ser claramente identificadas. 4.5 Instrumentos com múltiplos valores de divisão de verificação 4.5.1Cada faixa parcial (índice i = 1,2,...) é definida por: a) sua carga máxima Maxi ; b) seu valor de divisão de verificação ei, ei + 1>ei .

4.5.2 O número ni de valores de divisão de verificação, para cada faixa parcial, deve ser iguala ni =

4.5.3 Instrumentos com múltiplos valores de divisão de verificação não podem ser dotados de valor de divisão real diferenciado. 4.5.4 Classe de exatidão Cada faixa parcial de pesagem deve satisfazer as condições estabelecidas na Tabela 2, em função da classe de exatidão do instrumento. 4.5.5 Carga máxima das faixas parciais de pesagem A exceção da última faixa, cada faixa parcial de pesagem deve satisfazer as condições estabelecidas na Tabela 3, de acordo com a classe de exatidão do instrumento.

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Tabela 3

Classe I II III IIII

≥ 50.000 ≥ 5.000 ≥ 500 ≥ 50

4.5.6 Dispositivo de tara As condições concernentes às faixas de um instrumento de múltiplos valores de divisão se aplicam à carga líquida para todo valor possível da tara. 4.6 Erros máximos admissíveis 4.6.1 Valores dos erros máximos admissíveis. Os erros máximos admissíveis no controle metrológico legal dos instrumentos são estabelecidos na Tabela 4.

Tabela 4

Erros máximos admissíveis (EMA)

Para as cargas m, expressas em valores de divisão de verificação e

Classe I Classe II Classe III Classe III

Apr. VI/VS/Sup.

± 0,5 e ± 1,0 e 0 ≤ m ≤ 50.000 0 < m ≤ 5.000 0 ≤ m ≤ 500 0 ≤ m ≤ 50

± 1,0 e ± 1,0 e 50.000<m≤200.000 5.000 < m ≤ 20.000 500 < m ≤ 2.000 50 < m ≤ 200

±1,5 e ± 2,0 e 200.000 < m 20.000 < m ≤ 100.000 2.000 < m ≤ 10.000 200 < m ≤ 1.000

Onde:

Apr.: Aprovação de Modelo VI.: Verificação Inicial VS.: Verificação Subsequente Sup.: Supervisão Metrológica

4.6.2 Determinação dos erros 4.6.2.1Exatidão (pesagem) O erro em cada resultado individual de pesagem não pode ultrapassar o erro máximo admissível para a carga correspondente. 4.6.2.2 Fidelidade A diferença entre os resultados obtidos ao curso de várias pesagens de uma mesma carga não pode ser superior ao valor do erro máximo admissível para esta carga. 4.6.2.3 Excentricidade de cargas As indicações para diferentes posições de uma carga devem se situar dentro do erro máximo admissível. 4.6.2.4 Dispositivos de Tara (pesagem com tara) O erro em cada resultado individual de pesagem durante a utilização de um dispositivo de tara não pode ultrapassar o erro máximo admissível para a carga líquida correspondente. 4.6.2.5 Diferentes posições de equilíbrio A diferença entre dois resultados deve ser menor ou igual ao valor do EMA para a carga aplicada. 4.7 Mobilidade 4.7.1 Instrumentos de equilíbrio não automático

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A retirada ou colocação de uma carga adicional equivalente a 0,4 vezes o valor absoluto do EMA para a carga aplicada sobre o instrumento em equilíbrio deve provocar um movimento visível do órgão indicador. 4.7.2 Instrumentos de equilíbrio semiautomático ou automático 4.7.2.1 Indicação analógica A retirada ou colocação de uma carga adicional equivalente ao valor absoluto do EMA para a carga aplicada deve provocar um deslocamento permanente do órgão indicador correspondente a, pelo menos, 0,7 vezes o valor desta carga adicional. 4.7.2.2 Indicação digital A retirada ou colocação de uma carga adicional equivalente a 1,4 vezes o valor de divisão real sobre o instrumento em equilíbrio deve modificar a indicação inicial em 1 d. 4.8 Variações em função de grandezas de influência e do tempo 4.8.1. Nivelamento 4.8.1.1 Para instrumentos das classes II, III e IIII, o valor absoluto da diferença entre a indicação do instrumento em sua posição de referência e a indicação na posição inclinada, em cada direção de inclinação, não pode exceder: a) sem carga: duas divisões de verificação; b) com carga: erro máximo admissível para a carga aplicada. 4.8.1.2 Limites de inclinação a) Os instrumentos devem ser avaliados até o limite do seu indicador de nível; b) Instrumentos sem indicador de nível devem ser avaliados em uma inclinação de 50/1000. 4.8.1.3 Fixação do indicador de nível O indicador de nível deve ser fixado no instrumento em local visível durante a sua operação. 4.8.1.3.1 Caso isso não seja possível, deve ser instalado em local acessível ao usuário sem que haja a necessidade de uso de ferramentas, caso em que deve haver um aviso claramente visível que aponte ao usuário a localização do indicador de nível. 4.8.2 Temperatura 4.8.2.1 Limites de temperatura regulamentares Os instrumentos devem satisfazer aos requisitos metrológicos dentro dos limites de temperaturas especificados pelo fabricante. 4.8.2.1.1 O valor desse intervalo deve, no mínimo, ser igual a: a) 5°C para os instrumentos da classe I; b) 15°C para os instrumentos da classe II; c) 30°C para os instrumentos da classe III e IIII. 4.8.2.2 Na ausência de especificação do fabricante, aplica-se o intervalo de temperaturas de – 10°C a + 40°C. 4.8.2.3 Efeito da temperatura sobre a indicação sem carga 4.8.2.3.1A indicação em zero ou próxima a zero não pode variar mais do que uma divisão de verificação para uma variação da temperatura ambiente de 1 °C para instrumentos da classe I e 5 °C para as outras classes. 4.8.2.3.2 Para instrumentos de múltiplos valores de divisão ou múltiplas faixas isto se aplica o menor valor de divisão de verificação do instrumento. 4.8.3 Alimentação de energia elétrica 4.8.3.1 Os instrumentos que utilizam energia elétrica para seu funcionamento devem atender aos requisitos metrológicos, se a alimentação variar da tensão nominal, Unom, ou da faixa de tensão, Umin, Umax, do instrumento em: a) corrente alternada (C.A): Limite inferior = 0,85 Unomou 0,85 Umin Limite superior = 1,10 Unomou 1,10 Umax b) Dispositivo de alimentação externa ou conectável (C.A ou C.C), incluindo bateria recarregável, se a carga ou a recarga das baterias for possível durante a operação do instrumento:

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Limite inferior = Umin Limite superior = 1,20 Unom ou 1,20 Umax c) Alimentação por bateria não recarregável (C.C), incluindo alimentação por bateria recarregável se a carga ou recarga da bateria não for possível durante a operação do instrumento. Limite inferior = Umin Limite superior = Unom ou Umax d) Alimentação por bateria automotiva de 12 V ou 24 V: Limite inferior = Umin Limite superior = 16 V (12 V bateria) ou 32 V (24 V bateria) 4.8.3.2 Instrumentos eletrônicos devem continuar funcionando corretamente ou indicar valor nenhum de pesagem se a voltagem estiver abaixo da especificada pelo fabricante, sendo essa última maior ou igual à tensão mínima de funcionamento. 4.8.4 Tempo Os instrumentos das classes II, III e IIII devem satisfazer as exigências a seguir. 4.8.4.1 Variação da Indicação em função do tempo Quando uma carga é mantida no instrumento, a diferença entre a indicação obtida imediatamente após o carregamento e a indicação registrada durante os 30 minutos seguintes não pode exceder 0,5 e. 4.8.4.1.1 Adicionalmente, a diferença entre as indicações obtidas em 15 (quinze) minutos e 30 (trinta) minutos não pode exceder 0,2 e. 4.8.4.1.2 Caso estas condições não sejam atendidas, a diferença entre a indicação obtida imediatamente após o carregamento e a indicação registrada durante as 4 (quatro) horas seguintes não pode exceder o valor absoluto do erro máximo admissível para a carga aplicada. 4.8.4.2 Retorno a zero A indicação do instrumento deve retornar a zero após a remoção de qualquer carga que tenha permanecido no instrumento por 30 minutos e seu desvio não pode ser superior a 0,5e. 4.8.4.3 O erro de durabilidade devido ao uso e ao desgaste não pode ser superior ao valor absoluto do EMA e o atendimento a esta exigência deve ser efetuado em instrumentos com carga máxima de até 100kg, inclusive. 4.9 Padrões de ensaio 4.9.1 Pesos padrão Os pesos padrão utilizados no controle metrológico legal devem estar rastreados aos padrões nacionais e o seu erro não pode ser superior à fração do erro máximo admissível para a carga em ensaio, conforme a etapa do controle metrológico em execução: a) 1/5 – para aprovação de modelo; b) 1/3 – para verificação; c) 1/3 – para inspeção e demais etapas de supervisão metrológica e perícia metrológica. 4.9.2 Substituição de pesos padrão Para os ensaios dos instrumentos com carga máxima maior que 100 kg, no lugar de pesos padrão, pode ser usado qualquer outro material de massa constante, desde que sejam usados pelos menos 50% de Max. 4.9.2.1 No lugar de 50% de Max a fração de pesos padrão pode ser reduzida a: a) 35% de Max se o erro de fidelidade não for maior que 0,3e; b) 20% de Max se o erro de fidelidade não for maior que 0,2e. 5. REQUISITOS TÉCNICOS PARA OS INSTRUMENTOS DE EQUILÍBRIO AUTOMÁTICO OU SEMIAUTOMÁTICO 5.1 Adequação Os instrumentos devem ser fabricados de maneira a atender às disposições deste Regulamento em seu local de utilização, bem como permitir a execução dos ensaios estabelecidos pelo Inmetro. 5.1.1 Os receptores de carga devem ser construídos de tal modo que seja possível depositar os pesos padrão sem dificuldade e com total segurança. 5.1.2 Se a colocação dos pesos for impossível, pode ser exigido um sistema receptor de carga adicional.

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5.2 Segurança 5.2.1 Os instrumentos não podem apresentar características suscetíveis a facilitar seu uso fraudulento. 5.2.2 Os instrumentos devem ser construídos de tal maneira que um defeito ou desregulagem eventual que venha a comprometer seu correto funcionamento não possa ocorrer sem que haja informação evidente. 5.2.3 Os componentes que permitem alterar as características metrológicas ou o ajuste devem ser protegidos do acesso pelo usuário. 5.2.4 Influências externas não são permitidas após a selagem. 5.3 Indicação dos resultados de pesagem 5.3.1 Qualidade da leitura O dispositivo indicador deve permitir uma leitura clara, fácil e não ambígua. 5.3.2 Forma das indicações 5.3.2.1 O resultado da pesagem deve ter o nome ou o símbolo da unidade de massa na qual ele é expresso. 5.3.2.2 Todos os dispositivos indicadores, impressores ou de pesagem de tara de um instrumento devem apresentar o mesmo valor de divisão. 5.3.2.3 Para uma indicação de peso, apenas uma unidade de massa pode ser utilizada. 5.3.3 Limites de indicação 5.3.3.1 Dispositivos indicadores digitais A indicação não é permitida acima de Max + 9e. 5.3.3.2 Dispositivos indicadores analógicos O movimento do órgão indicador deve ser limitado e permitir seu deslocamento de pelo menos quatro valores de divisão para antes de zero e acima da carga de indicação automática. 5.4 Dispositivos indicadores digitais 5.4.1 Mudança de indicação Após uma mudança de carga a indicação anterior não pode persistir por mais de 1 (um) segundo. 5.4.2 Usos múltiplos de dispositivos indicadores Outras indicações além das indicações primárias podem ser mostradas sobre o mesmo dispositivo indicador desde que: a) as grandezas sejam identificadas pela unidade de medida apropriada, ou seu símbolo ou um sinal especial; b) os valores do peso, que não são resultados de pesagem sejam claramente identificados, ou só possam aparecer temporariamente sob comando manual sem que possam ser impressos. 5.4.3 Quando o modo de pesagem se torna inoperante, devido a um comando, não se aplica nenhuma restrição. 5.4.4 Dispositivos de armazenamento de dados O armazenamento das indicações primárias para posterior indicação, transferência de dados e totalizações não é permitido quando o equilíbrio não é estável. 5.5 Dispositivos impressores 5.5.1 A impressão deve ser clara e permanente e o nome ou símbolo das unidades de medida deve figurar após o valor ou acima da coluna dos valores. 5.5.2A impressão não é permitida se o equilíbrio não for estável. 5.6 Dispositivo de retorno a zero e dispositivo de manutenção do zero. 5.6.1 Efeito máximo 5.6.1.1 O efeito não pode alterar a carga máxima do instrumento. 5.6.1.2 O efeito total dos dispositivos de retorno a zero e de manutenção de zero não pode ser superior a 4% da carga máxima, e 20% da carga máxima para o dispositivo de retorno a zero inicial. 5.6.2 Instrumentos de múltiplas faixas O retorno a zero deve ser igualmente efetivo em todas as faixas de pesagem. 5.6.3 Comando do dispositivo de retorno a zero 5.6.3.1 Se um instrumento comporta um dispositivo de retorno a zero e um dispositivo de pesagem de tara, o comando do dispositivo de retorno a zero deve ser diferenciado do comando do dispositivo de pesagem de tara.

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5.6.3.2 Um dispositivo de retorno a zero semiautomático só pode funcionar em equilíbrio estável, e deve anular toda operação anterior de tara. 5.6.4 Dispositivo automático de retorno a zero O dispositivo automático de retorno a zero deve operar somente quando: a) o equilíbrio é estável, e b) a indicação tenha permanecido estável, abaixo de zero durante pelo menos 5 (cinco) segundos. 5.7 Dispositivo de tara 5.7.1 Faixa de operação Os dispositivos de tara só podem operar em valores acima de zero e abaixo do seu limite superior. 5.7.2 Indicação de operação 5.7.2.1 No caso de instrumento de indicação digital, o valor de peso líquido deve ser indicado acompanhado da expressão “líquido”, cuja expressão deve desaparecer enquanto o valor bruto é mostrado. 5.7.2.2 Este requisito não se aplica a instrumentos dotados de dispositivo de retorno a zero semiautomático e dispositivo de equilíbrio de tara semiautomático combinados. 5.7.3 Dispositivo de tara subtrativa Instrumentos dotados de dispositivo de tara subtrativa não podem ser utilizados além da sua carga máxima bruta. 5.7.4 Instrumentos de múltiplas faixas O funcionamento do dispositivo de tara deve ser igualmente efetivo em todas as faixas de pesagem. 5.7.5 Dispositivos automático ou semiautomático de tara Estes dispositivos devem funcionar somente quando o instrumento estiver em equilíbrio estável. 5.7.6 Operações sucessivas de tara Se mais de um dispositivo de tara está em funcionamento ao mesmo tempo, os valores de peso de tara devem ser claramente identificados quando indicados e impressos. 5.7.7. Impressão dos resultados da pesagem 5.7.7.1 Os valores de pesos brutos podem ser impressos sem identificação e para uma identificação através de um símbolo, deve ser utilizada a letra “B”. 5.7.7.2 Se somente os valores de peso líquido forem impressos, sem os valores correspondentes de pesos brutos ou de tara, eles podem ser impressos sem identificação e o símbolo para identificação deve ser a letra “L”. 5.7.7.3 Se os valores de peso líquido forem impressos junto com os valores correspondentes de peso bruto e/ou de tara, pelo menos os valores de peso líquido e de tara devem ser identificados pelos símbolos correspondentes “L” e “T”. 5.7.7.4 É permitido substituir os símbolos B, L e T, pelas palavras, bruto, líquido e tara, respectivamente. 5.7.7.5 Se os valores de peso líquido e os valores de tara determinados através de dispositivos diferentes de tara forem impressos separadamente, eles devem ser identificados adequadamente. 5.8 Dispositivos de pré-determinação de tara 5.8.1 Valor de divisão 5.8.1.1 O valor de divisão da tara pré-determinada deve ser igual ou automaticamente arredondado para o valor de divisão do instrumento. 5.8.1.2 Em um instrumento de múltiplas faixas um valor de tara pré-determinado deve somente ser transferido de uma faixa de pesagem para outra com um valor de divisão maior. 5.8.1.3 Para instrumentos de múltiplos valores de divisão, o máximo valor pré-determinado de tara não pode ser superior à Max1 e o valor líquido calculado, indicado ou impresso, deve ser arredondado ao valor de divisão do instrumento para o mesmo valor de peso líquido. 5.8.2 Modo de funcionamento 5.8.2.1 Quando operado em conjunto com outros dispositivos de tara, o dispositivo de pre-determinação de tara deve atender ao estabelecido em 5.7.6. 5.8.2.2 Uma operação de pre-determinação de tara não pode ser modificada ou cancelada enquanto outro dispositivo de tara ainda estiver em uso.

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5.8.3 Indicação de funcionamento Para o dispositivo indicador deve ser observado o subitem 5.7.2. 5.8.3.1 O valor de tara pre-determinado deve permanecer indicado enquanto estiver em uso. 5.8.4 Impressão dos resultados da pesagem 5.8.4.1 Aplicam-se os requisitos estabelecidos em 5.7.7. 5.8.4.2 Os valores de tara pré-determinados devem ser identificados pelo símbolo “TP” ou pela expressão “tara pré-determinada”. 5.9 Posições de travamento As posições, “travado” e “pesagem” devem ser claramente indicadas. 5.10 Seleção das faixas de pesagem em um instrumento de múltiplas faixas. 5.10.1 A faixa em funcionamento deve ser claramente indicada. 5.10.2 A seleção manual da faixa de pesagem é permitida nos seguintes casos: a) de uma faixa inferior para uma faixa superior, em qualquer carga; b) de uma faixa superior para uma faixa inferior, quando não existe carga sobre o dispositivo receptor e a indicação seja zero ou um valor líquido negativo. b1) A operação de tara deve ser cancelada, sendo ambas as operações, realizadas automaticamente. 5.10.3 A mudança automática é permitida nos seguintes casos: a) de uma faixa inferior para a faixa superior quando a carga ultrapassa o peso bruto máximo da faixa em operação; b) somente de uma faixa superior para a menor das faixas quando não existir carga no dispositivo receptor e a indicação seja zero, ou um valor líquido negativo; b1) A operação de tara deve ser cancelada, sendo ambas as operações realizadas automaticamente. 5.11 Dispositivos de seleção ou comutação entre diversos dispositivos receptores e/ou transmissores e dispositivos medidores de carga. 5.11.1 Impossibilidade de pesagem A pesagem não é permitida enquanto os dispositivos de seleção estiverem em uso. 5.11.2 Identificação das combinações utilizadas Devem ser facilmente identificáveis. 5.12 Falha significativa Quando for detectada falha significativa deve ser acionado um alarme visível ou audível ao consumidor e a transmissão de dados para qualquer dispositivo deve ser impedida e este sinal deve continuar até que a causa desapareça. 5.13 Instrumentos destinados à venda direta ao público 5.13.1 Dispositivo de retorno à zero O dispositivo de retorno a zero não automático só deve ser operado com uma ferramenta. 5.13.2 Dispositivos de tara 5.13.2.1 Requisitos gerais 5.13.2.1.1Instrumentos mecânicos com receptor de pesos padrão não podem ser dotados de dispositivos de tara. 5.13.2.1.2. Somente um dispositivo de tara pode estar em operação a qualquer tempo. 5.13.2.1.3 O valor bruto não pode ser indicado durante a pesagem. 5.13.2.2Dispositivo não automático de tara Um deslocamento de 5 mm de um ponto do dispositivo de comando deve ser no máximo igual a um valor de divisão de verificação. 5.13.2.3 Dispositivo semiautomático de tara 5.13.2.2.1 O acionamento do dispositivo de tara não pode alterar um valor de tara em operação. 5.13.2.2.2 O efeito do dispositivo de tara só pode ser anulado quando instrumento estiver totalmente descarregado. 5.13.2.2.3 Os instrumentos devem atender também pelo menos um dos seguintes requisitos: a) O valor da tara deve ser indicado permanentemente em um mostrador separado;

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b) O valor da tara deve ser indicado acompanhado de um sinal “-” (menos), quando não houver carga no dispositivo receptor, ou c) O efeito do dispositivo é automaticamente anulado e a indicação retorna a zero quando se descarrega o dispositivo receptor após ter sido indicado um resultado estável de pesagem líquida superior à zero. 5.13.2.4 Dispositivo automático de tara Os instrumentos não podem possuir dispositivos automáticos de tara. 5.13.3 Dispositivo de pre-determinação de tara 5.13.3.1 Permitido se o valor pré-determinado de tara for indicado num mostrador separado e que seja claramente distinguido do mostrador de pesos. 5.13.3.2 Não é permitida a operação do dispositivo de pre-determinação de tara quando um dispositivo de tara estiver em funcionamento. 5.13.4 Visibilidade 5.13.4.1 Todas as indicações primárias devem ser claramente e simultaneamente visíveis, tanto para o vendedor como para o consumidor. 5.13.4.2 Nos instrumentos usados com pesos o valor destes pesos deve ser claramente identificável e devem seguir a regulamentação vigente para pesos padrão. 5.13.5 Instrumentos computadores de preço 5.13.5.1 O preço a pagar deve ser calculado por multiplicação do peso pelo preço unitário, como indicados pelo instrumento, e arredondado para o intervalo de preço a pagar, satisfazendo a legislação aplicável à transação comercial. 5.13.5.1.1 O dispositivo que realiza o cálculo é considerado como parte integrante do instrumento. 5.13.5.2 Após a estabilização da indicação do peso, bem como após qualquer inserção de preço unitário as indicações primárias devem permanecer visíveis por pelo menos 1 (um) segundo e enquanto a carga permanecer no dispositivo receptor de carga. 5.13.5.3 Após a retirada total da carga, com a indicação em zero, as indicações primárias devem permanecer visíveis durante no máximo 3 (três) segundos, não sendo permitida a introdução ou modificação do preço unitário. 5.13.5.4 Se as transações realizadas pelo instrumento são impressas, as indicações primárias devem ser impressas. 5.13.5.4.1 Os mesmos dados não podem ser impressos duas vezes no tíquete ou etiqueta destinada ao consumidor. 5.13.5.5 Instrumentos que possam ser usados para etiquetagem de preços devem estar de acordo com 5.13também. 5.13.5.6 É permitido aos instrumentos computadores de preços efetuarem operações adicionais destinadas a facilitar o comércio e a gerência somente se todas as operações realizadas pelo instrumento ou por dispositivos a ele conectados forem impressas em tíquetes ou etiquetas destinados ao consumidor. Estas funções não podem levar à confusão quanto aos resultados da pesagem e do preço a pagar. 5.13.6 Artigos não pesados 5.13.6.1 Os instrumentos podem aceitar e registrar preços a pagar de artigos não pesados desde que a indicação do resultado do peso seja zero ou o modo de pesagem seja mantido inoperante. 5.13.6.2 A indicação dos valores de preço dos artigos não pesados não pode ser confundida com os valores de preços associados ao resultado de uma medição de massa e o preço a pagar para esses artigos deve ser indicado no mostrador do preço a pagar. 5.13.6.3 Se o preço a pagar for calculado para mais de um artigo idêntico, o número de artigos deve ser indicado no mostrador do resultado do peso sem ser tomado como resultado de uma medição de massa, e o preço para um artigo deve ser indicado no mostrador do preço unitário, a não ser que estes dados sejam indicados em mostradores suplementares, utilizados para fornecer o número de artigos e o preço do artigo. 5.13.7 Totalização

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5.13.7.1 O preço total deve ser indicado no mostrador do preço a pagar e impresso acompanhado de uma palavra ou símbolo especial, ou na extremidade da coluna do preço a pagar ou em um tíquete ou etiqueta separada com referências apropriadas dos produtos cujos preços a pagar tenham sido totalizados. 5.13.7.2 Todos os preços a pagar que sejam totalizados devem ser impressos e o preço total deve ser a soma algébrica de todos os preços conforme impressos. 5.13.7.3 Um instrumento pode totalizar transações realizadas em outros instrumentos ligados a ele diretamente ou por periféricos metrologicamente controlados e sob as condições estabelecidas no subitem 5.13.5 e se os valores de divisão do preço a pagar de todos os instrumentos conectados forem idênticos. 5.13.8 Informações adicionais Os instrumentos podem imprimir informações adicionais, caso estas sejam claramente referentes à transação realizada e não interfiram na relação do valor da pesagem com o símbolo da unidade. 5.14 Instrumentos similares àqueles normalmente utilizados para venda direta ao público, quando estes não atenderem aos requisitos exigidos no subitem 5.13 devem trazer perto do mostrador, de maneira indelével a seguinte inscrição: “interditado para venda direta ao público”. 5.15 Instrumentos etiquetadores de preços 5.15.1 Os instrumentos etiquetadores de pesos devem possuir pelo menos um mostrador para o valor do peso. 5.15.2 Durante a utilização do instrumento, deve ser possível verificar os valores reais do preço unitário e da tara pré-determinados. 5.15.3 A impressão de valores abaixo da carga mínima não é permitida. 5.15.4 A impressão de etiquetas com valores fixos de peso, preço unitário e preço a pagar é permitida desde que o módulo de pesagem seja mantido inoperante. 6. REQUISITOS PARA INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS 6.1 Requisitos gerais 6.1.1 Os instrumentos eletrônicos devem ser projetados e fabricados de modo que, quando expostos a perturbações: a) não ocorram falhas significativas; ou, b) as falhas significativas sejam detectadas e evidenciadas. b1) Indicações de falhas significativas no mostrador não podem ser confundidas com outras mensagens apresentadas no mostrador. b2) Uma falha igual ou inferior a e é tolerada, qualquer que seja o valor do erro de indicação. 6.1.2 Os requisitos dos subitens 4.6, 4.8, 4.9 e 6.1.1 devem ser satisfeitos ao longo do tempo de acordo com a utilização prevista para o instrumento. 6.2 Atuação em falhas significativas Quando uma falha significativa é detectada, o instrumento deve se tornar inoperante automaticamente ou emitir automaticamente e deve persistir até que a falha desapareça. 6.3 Requisitos quanto ao funcionamento 6.3.1 Quando da energização do instrumento (ou da indicação) devem ser exibidos todos os sinais relevantes do indicador em seus estados ativo e não ativo com duração que permita ao operador observá-los. 6.3.2 Além dos requisitos do subitem 4.8, os instrumentos eletrônicos devem satisfazer às exigências sob uma umidade e temperatura máximas especificadas pelo fabricante do instrumento dentro do especificado em 4.8.2. 6.3.2.1 Este requisito não se aplica aos instrumentos eletrônicos da classe I se e for inferior a 1g (um grama). 6.3.3 Instrumentos eletrônicos, exceto os de classe I, devem ser submetidos ao ensaio de amplitude da faixa nominal, especificado em 6.4.4. 6.3.3.1 O erro próximo à carga máxima não pode exceder o erro máximo admissível e o valor absoluto da diferença entre os erros obtidos para quaisquer duas medições não deve exceder metade da divisão de verificação ou metade do erro máximo admissível, o que for maior.

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6.3.4 Quando um instrumento eletrônico estiver sujeito as perturbações especificadas em 6.4.3, a diferença entre a indicação do resultado do peso devido a esta perturbação e a indicação do resultado da pesagem sem perturbação (erro intrínseco), não deve exceder o valor de e, senão o instrumento deve detectar e evidenciar uma falha significativa. 6.3.5 Durante o tempo de aquecimento de um instrumento eletrônico não pode haver indicação nem transmissão do resultado da pesagem. 6.3.6 As interfaces de um instrumento eletrônico não podem permitir que as funções metrológicas e os dados de medição sejam influenciados de maneira não admissível por equipamentos periféricos ou outros instrumentos interligados ou perturbações agindo sobre a interface. 6.3.6.1 As funções efetuadas ou iniciadas via interface devem satisfazer as exigências e condições aplicáveis do item 5 (cinco). 6.3.6.2 Não é permitido introduzir em um instrumento, através de interface, instruções ou dados para: a) mostrar dados que não são claramente definidos e podem ser confundidos com um resultado de pesagem; b) falsificar resultados de pesagem - alterar quaisquer parâmetros de ajuste; c) falsificar indicações primárias mostradas no caso de vendas diretas ao público. 6.3.6.3 Uma interface através da qual as funções mencionadas em 6.3.6.1 não puderem ser realizadas ou iniciadas não necessita ser selada. 6.3.6.4 Outras interfaces devem ser seladas de acordo com 5.2.3. 6.3.7 Os instrumentos eletrônicos alimentados por baterias devem continuar a funcionar corretamente ou não indicar qualquer valor de peso quando a tensão elétrica estiver diferente da especificada pelo fabricante. 6.4 Ensaios de desempenho sob perturbações e estabilidade da amplitude da faixa nominal 6.4.1 Considerações sobre os ensaios Todos os instrumentos eletrônicos de uma mesma categoria devem ser submetidos ao mesmo programa de ensaio de desempenho. 6.4.2 Estado do instrumento submetido aos ensaios Os ensaios de desempenho devem ser efetuados num equipamento completamente operacional, na sua configuração normal de funcionamento ou em estado tão similar quanto possível deste. 6.4.3 Ensaios de desempenho sob perturbações Os ensaios de desempenho sob perturbações devem ser executados de acordo com o Anexo B – Ensaios de Compatibilidade Eletromagnética.

Tabela 5

Ensaios Natureza

Interrupção de curta duração de alimentação Perturbação Transientes elétricos Perturbação

Descargas eletrostáticas Perturbação Susceptibilidade eletromagnética Perturbação

6.4.4 Ensaios de estabilidade de amplitude da faixa nominal 6.4.4.1 Capacidade de um instrumento de manter a diferença entre a indicação de peso na sua carga máxima e a indicação de zero, ao longo de um período de uso, dentro de limites especificados. 6.4.4.2 Os ensaios de estabilidade de amplitude da faixa nominal devem ser executados de acordo com normas Inmetro. 6.4.4.3 Este ensaio não se aplica aos instrumentos da classe I.

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7. REQUISITOS TÉCNICOS PARA OS INSTRUMENTOS DE EQUILÍBRIO NÃO AUTOMÁTICO Os instrumentos de equilíbrio não automático devem atender aos requisitos dos itens 4 (quatro) e 5 (cinco), enquanto aplicáveis. 7.1 Sensibilidade mínima A colocação sobre o instrumento em equilíbrio de uma carga adicional equivalente ao valor absoluto do erro máximo admissível na carga aplicada deve provocar um deslocamento permanente do órgão indicador de pelo menos: a) 1 mm, para um instrumento da classe I ou II ; b) mm, para um instrumento da classe III ou IIII, com Max ≤ 30 kg; c) 5 mm, para um instrumento da classe III ou IIII, com Max >30 kg. 7.2 Dispositivos indicadores 7.2.1 Disposições gerais 7.2.1.1 Órgão indicador de equilíbrio Os dois índices devem ser de mesma espessura e a distância entre eles não deve exceder esta espessura, qual deve ser no mínimo de 1 mm. 7.2.1.2 Proteção Os cursores, as massas removíveis e as cavidades de ajustagem ou compartimentos desses dispositivos devem ser protegidos. 7.2.1.3 Impressão Se o dispositivo permite impressão, esta somente deve ser possível se os pesos cursores ou reguetas ou mecanismo de comutação de massas estão em uma posição correspondente a um número inteiro de divisões de escala. 7.2.1.3.1 Exceto para pesos ou reguetas cursores aparentes, a impressão deve ser possível somente se o órgão indicador do equilíbrio estiver na posição de referência a menos de metade do valor de divisão. 7.2.2 Dispositivo de peso cursor 7.2.2.1 Forma das marcas de escala 7.2.2.1.1 Sobre as réguas nas quais o valor de divisão é o valor de divisão de verificação do instrumento, as marcas de escalas devem consistir de traços de espessura constante. 7.2.2.1.2 Sobre outras réguas (ou reguetas) as marcas de escala devem consistir de entalhes. 7.2.2.2 Comprimento da escala As distâncias entre as marcas de escala não podem ser inferiores a 2 mm (dois milímetros)e ser de suficiente comprimento de forma que as tolerâncias normais de usinagem de entalhes ou marcas de escalas não causem um erro no resultado da pesagem que exceda 0,2 do valor de divisão de verificação. 7.2.2.3 Batentes O deslocamento de pesos cursores e reguetas devem ser limitados à parte graduada das réguas e reguetas. 7.2.2.4 Órgão indicador Cada peso cursor deve possuir um órgão indicador. 7.2.2.5 Dispositivos de pesos cursores aparentes 7.2.2.5.1 Não pode haver partes móveis em pesos cursores, excetuando-se reguetas. 7.2.2.5.2 Não pode haver cavidades em pesos cursores que possam conter corpos estranhos. 7.2.2.5.3 As peças suscetíveis de serem desmontadas devem ser protegidas. 7.2.2.5.4 O deslocamento de pesos cursores e reguetas deve exigir certo esforço. 7.2.3 Indicação por pesos controlados metrologicamente 7.2.3.1 A relação de redução deve ser da forma 10k, sendo k um número inteiro ou zero. 7.2.3.2 Para um instrumento destinado à venda direta ao público, a altura da borda da plataforma de recepção de pesos não deve exceder 1/10 da maior dimensão da plataforma, sem ser superior a 25 mm (vinte e cinco milímetros). 7.3 Condições de construção 7.3.1 Órgão indicador de equilíbrio 7.3.1.1 Os instrumentos devem ser constituídos de dois indicadores móveis ou de um órgão indicador móvel e de uma referência fixa, cujas posições respectivas indicam a posição de referência de equilíbrio.

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7.3.1.2 Para os instrumentos da classe III e IIII destinados à venda direta ao público, os indicadores e referências devem permitir se constatar o equilíbrio dos dois lados opostos do instrumento. 7.3.2 Cutelos, coxins e batentes 7.3.2.1 Tipos de conexão As alavancas devem comportar somente cutelos; estes devem ser articulados com coxins. 7.3.2.1.1 A linha de contato entre os cutelos e os coxins deve ser uma linha reta. As contra vigas devem ser articuladas em cutelos. 7.3.2.2 Cutelos 7.3.2.2.1 Os cutelos devem ser fixos em alavanca, de tal maneira que se garanta a invariabilidade da relação entre os braços, os quais não podem ser soldados, selados ou colados. 7.3.2.2.2 As arestas dos cutelos de uma mesma alavanca devem ser praticamente paralelas e se situarem num mesmo plano. 7.3.2.3 Coxins 7.3.2.3.1 Os coxins não podem ser soldados ou colados aos seus suportes ou nas partes nas quais são montados. 7.3.2.3.2 Os coxins das básculas decimais e das básculas romanas devem poder oscilar em todas as direções sobre seus suportes ou nas partes nas quais são montados. 7.3.2.3.1.1 Nestes instrumentos dispositivos anti-desconexão devem impedir a desconexão de partes articuladas. 7.3.2.4 Batentes 7.3.2.4.1 O deslocamento longitudinal entre cutelos deve ser limitado por batentes. 7.3.2.4.1.1 Os cutelos só podem tocar pontualmente os batentes; este ponto deve se situar no prolongamento da linha de contato entre cutelo e coxim. 7.3.2.4.2 Os batentes devem formar, em redor do ponto de contato com o cutelo, um plano perpendicular à linha de contato entre o cutelo e o coxim, os quais não podem ser colocados ou soldados aos coxins ou seus suportes. 7.3.4 Revestimento de proteção Pode ser aplicado um revestimento protetor nas partes em contato de componentes unidos. 7.3.5 Dispositivo de tara Estes instrumentos não podem comportar dispositivos de tara. 7.4 Balanças de braços iguais 7.4.1 Simetria do travessão O travessão da balança deve possuir dois planos de simetria, transversal e longitudinal e deve estar em equilíbrio com ou sem os receptores de carga. 7.4.1.1 As peças removíveis que podem atuar indiferentemente sobre uma ou outra extremidade do travessão devem ser intercambiáveis e ter massas iguais. 7.4.2 Se um instrumento da classe III ou IIII apresenta um dispositivo de retorno à zero, este deve ser constituído de uma cavidade sob o dispositivo receptor de carga e essa cavidade deve ser selada. 7.5 Balanças simples de relação 1/10. 7.5.1 Indicação de relação A relação deve ser indicada de maneira legível e inalterável sobre o travessão, na forma 1:10 ou 1/10. 7.5.2 Simetria do travessão O travessão deve apresentar um plano de simetria longitudinal. 7.5.3 Aplicam-se às balanças simples de relação 1/10 as mesmas disposições do subitem 10.4.2. 7.6 Instrumentos de pesos cursores simples 7.6.1 Disposições gerais 7.6.1.1 Marcas de escalas 7.6.1.1.1 As marcas de escala devem ser constituídas de traços ou entalhes sobre a borda ou sobre a superfície do braço gravado. 7.6.1.1.2 O comprimento mínimo entre os entalhes é de 2 (dois) mm e de 4 (quatro) mm entre os traços. 7.6.1.2 Articulação

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7.6.1.2.1 A carga linear sobre os cutelos deve ser no máximo de 10 (dez) kg/mm. 7.6.1.2.2 A parte interna dos coxins em forma de anel deve ter um diâmetro mínimo igual a 1,5 vezes a maior dimensão da seção transversal do cutelo. 7.6.1.3 Órgão indicador de equilíbrio O comprimento do indicador de equilíbrio, considerado a partir da aresta do cutelo de suspensão do instrumento, deve ser, pelo menos, igual a 1/15 do comprimento da parte graduada do travessão principal. 7.6.1.4 Sinal de modificação Quando o cursor é removível, a balança e o cursor devem possuir o mesmo sinal de identificação. 7.6.2 Instrumentos de uma única carga máxima 7.6.2.1 Distância mínima entre os cutelos A distância mínima entre os cutelos é de: a) 25 mm (vinte e cinco milímetros), para as cargas máximas menores ou iguais a 30 (trinta) kg; b) 20 mm (vinte milímetros), para as cargas máximas maiores que 30 (trinta) kg. 7.6.2.2 Graduação A graduação deve se estender do zero até a carga máxima. 7.6.2.3 Retorno a zero Se um instrumento da classe III ou IIII possui um dispositivo de retorno a zero, este dispositivo deve ser do tipo parafuso sem fim ou porca sem fim, de efeito máximo de 4 valores de divisão de verificação por volta. 7.6.3 Instrumentos com dupla carga máxima 7.6.3.1 A distância mínima entre os cutelos é de: a) 45 mm, para a menor carga; b) 20 mm, para a maior carga. 7.6.3.2 Os órgãos de suspensão do instrumento devem se diferenciar dos órgãos de suspensão da carga. 7.6.3.3 As escalas correspondentes a cada carga máxima do instrumento devem permitir a pesagem do zero até a carga máxima, sem interromper a continuidade, seja: a) sem que as duas escalas tenham uma parte comum, ou b) com uma parte comum de valor não superior a 1/5 do maior valor da menor escala. 7.6.3.4 Valores de divisão O valor dos valores de divisão de cada uma das escalas deve ser constante. 7.6.3.5 Dispositivos de retorno à zero Os dispositivos de retorno a zero são proibidos. 7.7 Balanças Roberval e Berenger 7.7.1 Simetria As peças removíveis simétricas que se apresentam aos pares devem ser permutáveis entre si e possuir massas iguais. 7.7.2 Retorno a zero Se o instrumento apresenta um dispositivo de retorno a zero, este deve ser constituído de uma cavidade de ajuste situada sob o suporte de um dos dispositivos receptores de carga e essa cavidade deve ser selada. 7.7.3 Comprimento dos cutelos 7.7.3.1 Para os instrumentos que comportam um travessão simples: a) a distância entre as extremidades dos cutelos de carga deve ser no mínimo, igual ao diâmetro do fundo do dispositivo receptor de carga. b) a distância entre as extremidades do cutelo central deve ser no mínimo igual a 0,7 vezes o comprimento dos cutelos de carga. 7.7.3.2 Os instrumentos de travessão duplo devem apresentar estabilidade dos órgãos equivalentes à estabilidade obtida com os instrumentos de travessão simples. 7.8 Instrumentos de plataforma de relação 1/10 7.8.1 Carga máxima A carga máxima dos instrumentos deve ser superior a 30 (trinta) kg. 7.8.2 Indicação de relação

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A relação entre a carga pesada e a carga de equilíbrio deve ser indicada de maneira legível e inalterável, sobre o travessão, na forma 1:10 ou 1/10. 7.8.3 Retorno a zero O instrumento deve apresentar um dispositivo de retorno à zero, constituído: a) por uma cápsula com tampa convexa, ou, b) por um dispositivo de parafuso ou porca irremovível, cujo efeito máximo é de 4 (quatro) valores de divisão de verificação por volta. 7.8.4 Dispositivo complementar de equilíbrio Se o instrumento possui um dispositivo complementar de equilíbrio, para evitar o uso de pesos de pequeno valor em relação a carga máxima, esse dispositivo deve ser constituído por uma haste graduada, munida de um cursor, de efeito aditivo máximo de 10 (dez) kg. 7.8.5 Trava do travessão O instrumento deve possuir um dispositivo manual de trava do travessão e a ação do mesmo deve impedir que os indicadores de equilíbrio coincidam quando travados. 7.8.6 Requisitos relativos às peças de madeira Quando certas peças desses instrumentos, tais como, a base, a plataforma ou o apoio da plataforma, são de madeira, esta deve ser seca e sem imperfeições e a madeira deve ser revestida de uma pintura ou verniz protetor eficaz. 7.8.6.1 Não é permitida a utilização de pregos para a construção definitiva das peças de madeira. 7.9 Instrumentos de pesos cursores aparentes 7.9.1 Disposições gerais As provisões do subitem 7.2 relativas a dispositivos medidores de carga com pesos cursores aparentes devem ser observadas. 7.9.2 Faixa de escala A escala numerada do instrumento deve permitir a pesagem sem descontinuidade do zero à carga máxima. 7.9.3 Comprimento mínimo de uma divisão O comprimento mínimo de uma divisão ix das diferentes hastes (x=1, 2, 3, ...), correspondente ao valor de divisão de dx dessas hastes, deve ser tal que: ix ≥ dx/e .0,05 mm, com ix ≥ 2 mm. 7.9.4 Quando o instrumento tem um suporte de contrapeso, que permite a ampliação da faixa de indicação da escala numerada, a relação entre o valor dos contrapesos colocados no seu suporte para equilibrar uma carga e essa carga deve ser 1/10 ou 1/100. 7.9.4.1 Essa relação deve ser indicada de maneira legível e inalterável sobre o travessão perto do suporte de contrapesos e na forma: 1:10; 1:100; ou 1/10; 1/100 7.9.5 Aplicam-se aos instrumentos de pesos cursores aparentes as mesmas disposições dos subitens 7.8.3, 7.8.5 e 7.8.6. 8. MARCAÇÃO DOS INSTRUMENTOS E MÓDULOS 8.1 Inscrições descritivas Os instrumentos devem trazer as seguintes indicações: 8.1.1 Obrigatória em todos os casos: a) Marca ou nome do requerente da aprovação de modelo ou da verificação inicial, no caso de instrumentos de equilíbrio não automático; b) Número de série e ano de fabricação; c) Marca de identificação de cada dispositivo dos instrumentos constituídos de instrumentos separados, porém associados; d) Classe de exatidão, na forma estabelecida na tabela1; e) Carga máxima, na forma: Max ...; f) Carga mínima, na forma: Min ...;

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g) Valor de divisão de verificação, na forma: e=...; h) Identificação da aprovação de modelo na forma: Portaria Inmetro/Dimel nº xxx/yyyy. 8.1.2 Obrigatórias, se aplicável: a) Marca ou nome do fabricante, quando o requerente não é o fabricante. b) valor de divisão real, se d < e, na forma: d =; c) efeito máximo aditivo de tara, na forma: T = +...; d) efeito máximo subtrativo de tara, se diferente de Max, na forma: T = –...; ( * ) e) carga limite, na forma: Lim ...; (se o fabricante providencia uma carga limite maior do que Max + T) f) Limites particulares de temperatura, na forma: .....ºC/ .....ºC. 8.1.3 Inscrições obrigatórias aos dispositivos indicadores a) Marca ou nome do requerente da aprovação de modelo ou da verificação inicial, no caso de instrumentos de equilíbrio não automático; b) Número de série e ano de fabricação; c) Classe de exatidão, na forma estabelecida na tabela 1; d) Número máximo de divisões de verificação, na forma: n (Max) = ......; e) Limites particulares de temperatura, na forma: .....ºC/ .....ºC, se aplicável; f) Identificação da aprovação de modelo na forma: Portaria Inmetro/Dimel nº xxx/yyyy. 8.1.4 Inscrições adicionais 8.1.4.1 Outras inscrições podem ser exigidas pelo Inmetro e descritas na portaria de aprovação de modelo. 8.1.4.2 Instrumentos destinados à venda direta ao público devem apresentar suas instruções para uso, serviço e supervisão cuja inclusão for exigida, assim como indicações de uso, designações e inscrições escritas na língua portuguesa. 8.1.4.3Os instrumentos que não se enquadrem nas atividades previstas no presente regulamento devem ter a inscrição: “Instrumento não submetido ao controle metrológico, destinado somente afins pessoais sendo vedado o uso comercial” aposta no seu corpo e na embalagem, em local visível. 8.1.4 Apresentação das inscrições descritivas 8.1.4.1 As inscrições descritivas devem ser indeléveis e ter uma dimensão, forma e clareza que permitam fácil leitura. 8.1.4.2As inscrições: Max ...; Min ...; e ...; e d ..., se d ≠ e, devem ser repetidas próximas à indicação do resultado se elas já não se encontram localizadas lá. 8.1.4.3Se uma placa de identificação é utilizada, deve ter qualidade suficiente para não ser removida ou apagada facilmente. 8.1.4.4 Instrumentos compostos por dispositivos indicadores e plataformas construídos separadamente 8.1.4.4.1 As inscrições descritivas do dispositivo indicador e do instrumento completo devem ser mantidas concomitantemente, na superfície do dispositivo indicador. 8.1.4.4.2 Em caso de substituição do dispositivo indicador, as inscrições do instrumento devem ser transportadas para o novo dispositivo indicador. 8.1.4.4.3 O número de série e o ano de fabricação do instrumento devem ser repetidos na plataforma. 8.2 Marcas de verificação 8.2.1 Posição Os instrumentos devem ter um local que permita a aposição das marcas de verificação. 8.2.2 Este local deve: a) ser de tal maneira que a peça na qual ele se encontra, não possa ser retirada do instrumento sem destruir as marcas de verificação; b) possibilitar uma colocação fácil das marcas de verificação sem alterar as qualidades metrológicas do instrumento; c) ser visível sem que seja necessário deslocar o instrumento, quando em uso. 9. CONTROLE METROLÓGICO LEGAL Os instrumentos devem ser submetidos ao controle metrológico legal para comprovação do atendimento aos requisitos deste regulamento.

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9.1. Controle legal dos instrumentos de medição Consiste nas seguintes etapas: a) Aprovação de modelo; b) Verificação inicial; c) Verificação subsequente; 9.1.1 Aprovação de modelo 9.1.1.1 Obrigatoriedade da aprovação de modelo Os instrumentos que se enquadram no subitem 1.2 deste regulamento só podem ser utilizados se estiverem em conformidade com um modelo aprovado pelo Inmetro. 9.1.1.2 Os dispositivos indicadores destinados a utilização com instrumentos de pesagem devem ser submetidos à aprovação de modelo específica. 9.1.1.3São dispensados da aprovação de modelo: a) os instrumentos destinados à exportação; b) os instrumentos de equilíbrio não automático de que trata o item 7 (sete) deste regulamento; c) os instrumentos a equilíbrio semiautomático; d) os instrumentos em demonstração em exposição, feiras ou salões, que devem ter modelo aprovado, mas não tem essa aprovação, devem trazer de maneira aparente e legível a menção: “Instrumento sujeito a aprovação pelo Estado”; d1) A disposição a que se refere a alínea “d” aplica-se também à publicidade feita sobre estes instrumentos. 9.1.1.4 Solicitação de aprovação de modelo A solicitação de aprovação de modelo deve seguir os procedimentos e critérios estabelecidos em regulamentação técnica metrológica específica sobre apreciação técnica de modelo, bem como as normas Inmetro. 9.1.1.5 Apreciação técnica do modelo 9.1.1.5.1 A apreciação técnica do modelo deve ser executada em pelo menos um instrumento completo, em condições normais de uso, que represente todo o escopo da solicitação de aprovação de modelo. 9.1.1.5.2 No caso de modelos de uma mesma família, os instrumentos devem ser escolhidos de acordo com critérios do Inmetro, estabelecidos em norma Inmetro. 9.1.1.5.3 Os documentos apresentados devem ser examinados para verificar a conformidade com os requisitos deste regulamento. 9.1.1.5.4 Deve ser realizado exame para atestar que o instrumento está de acordo com documentação apresentada. 9.1.1.6 Exames e ensaios 9.1.1.6.1 Devem ser realizados exames e ensaios de desempenho para atestar o atendimento aos requisitos deste regulamento. 9.1.1.6.1.1 Os erros máximos admissíveis são aqueles estabelecidos na tabela 4. 9.1.1.6.2 Quando necessário, o requerente deve disponibilizar os pesos, materiais e toda a estrutura necessária para a execução dos ensaios. 9.1.1.7 Decisão de aprovação de modelo A decisão de aprovação de modelo é formalizada pela portaria de aprovação de modelo emitida pelo Inmetro. 9.1.1.8 Modificação de modelo aprovado 9.1.1.8.1 O requerente da aprovação de modelo deve informar ao Inmetro todas as modificações que ele pretende fazer no modelo aprovado. 9.1.1.8.2 Modificações de características descritas na portaria de aprovação de modelo devem ser autorizadas pelo Inmetro 9.1.1.9 Revogação da aprovação de modelo A aprovação de modelo pode ser revogada se for constatado que os instrumentos colocados em uso não estão de acordo com o modelo aprovado, ou por motivo de conveniência ou oportunidade da

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Administração, respeitados os direitos adquiridos, ou ainda, por solicitação do requerente da aprovação de modelo. 9.1.2 Verificação inicial 9.1.2.1Os instrumentos devem ser submetidos à verificação inicial pelos órgãos da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade-Inmetro (RBMLQ-I), antes do início da sua utilização, para comprovar a conformidade do instrumento com sua portaria de aprovação de modelo. 9.1.2.2 Os dispositivos indicadores destinados à utilização com instrumentos de pesagem devem ser submetidos ao exame preliminar onde devem ser realizados os exames cujos procedimentos constam em normas Inmetro. 9.1.2.3 Na verificação inicial devem ser realizados os exames e ensaios estabelecidos em Norma-Inmetro. 9.1.2.3.1 Os erros máximos admissíveis são o dobro daqueles estabelecidos na tabela 4. 9.1.2.4 O órgão da RBMLQ-I deve atestar a verificação por meio de da aposição da marca de verificação e da selagem dos pontos previstos na portaria de aprovação de modelo. 9.1.2.5 São dispensados da verificação inicial: a) os instrumentos em demonstração que são apresentados ou expostos nas exposições, feiras ou salões; b) os instrumentos destinados à exportação. 9.1.2.6 Meios para verificação O requerente que consta na portaria de aprovação de modelo deve colocar à disposição do órgão da RBMLQ-I, os meios, materiais e o pessoal necessário à execução da verificação inicial. 9.1.2.7 Documentos, marcas de verificação e selagem Os procedimentos para emissão de documentos, características das marcas de verificação e selagem devem seguir a legislação metrológica pertinente. 9.1.3 Verificação subsequente 9.1.3.1 Os detentores dos instrumentos em uso devem submetê-los às verificações periódicas e após reparo, sendo esta decorrente de manutenção, reparo ou reprovação do instrumento. 9.1.3.2 Na verificação subsequente devem ser realizados inspeção visual e ensaios estabelecidos em Norma-Inmetro. Os erros máximos admissíveis são o dobro daqueles estabelecidos na tabela 4. 9.1.3.2.1 Os erros máximos admissíveis são os mesmos considerados para verificação inicial. 9.1.3.3 O órgão metrológico competente deve atestar a verificação por meio de da aposição da marca de verificação e da selagem dos pontos previstos na portaria de aprovação de modelo. 9.1.3.4 São dispensados da verificação subsequente os instrumentos enquadrados nas seguintes situações: a) instrumentos não em uso e mantidos com o objetivo da sua venda; b) mantidos em locais exclusivos de habitação que não estão sendo utilizados, mesmo ocasionalmente, para uma das finalidades previstas no campo de aplicação deste regulamento. 9.1.3.5A decisão de dispensar de verificação subsequente é concedida pelo órgão da RBMLQ-I da jurisdição do detentor do instrumento, condicionada à aposição sobre o instrumento referido, em local de fácil visibilidade e legível, de uma informação com os seguintes dizeres: "Não verificado e não pode ser utilizado, mesmo ocasionalmente, em aplicações do campo regulamentado pelo Inmetro". 9.1.3.6 Validade da verificação 9.1.3.6.1 A validade da verificação é determinada em anos após a expiração do ano calendário no qual o instrumento foi verificado pela última vez. A marca de verificação indica o ano em que a nova verificação é devida. 9.1.3.6.2 A validade da verificação expira prematuramente se: a) O instrumento não cumpre com os erros máximos admissíveis; b) São feitas modificações, sem a permissão do Inmetro, as quais podem influenciar as propriedades metrológicas do instrumento ou dilatar ou restringir sua destinação de uso; c) As designações prescritas do instrumento são trocadas ou é aplicada uma designação, inscrição, grandeza ou graduação indevida ou não permitida; d) A marca de verificação principal ou uma marca de selagem está irreconhecível, obliterada ou removida do instrumento; e) O instrumento está conectado a um equipamento acessório cuja junção não é permitida;

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f) A venda e colocação em operação do modelo do instrumento são proibidas naquele momento; ou g) O instrumento não está condizente com sua portaria de aprovação de modelo. 9.1.4 Ensaios Os ensaios a serem realizados nas etapas do controle metrológico legal são relacionados na Tabela 6:

Tabela 6 Ensaios Aprovação de Modelo Verificação Inicial Verificação Subsequente

Ensaio de exatidão (pesagem)

X X X

Ensaio de excentricidade

X X X

Ensaio de Mobilidade X X

Ensaio de Fidelidade X X X

Variação da indicação em função do tempo

X

Fatores de influência X

Ensaio de durabilidade X

Ensaio de Estabilidade de Equilíbrio

X

Variação de tensão X

Ensaios de desempenho sob fatores de influência

X

Ensaios de desempenho sob perturbações

X

Ensaio de estabilidade de amplitude da faixa nominal

X

Sensibilidade de um instrumento de equilíbrio não-automático

X

9.2 Supervisão metrológica 9.2.1 Inspeção Os instrumentos são sujeitos à inspeção, na qual devem ser realizados ensaios cujos procedimentos constam em Norma-Inmetro.

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9.2.1 Os erros máximos admissíveis são o dobro daqueles estabelecidos na tabela 4. 9.2.1.1 As marcas de verificação e selagem podem permanecer sem modificação ou serem renovadas de acordo com o subitem 9.1.3. 9.2.2 Os instrumentos estão sujeitos a outras modalidades da supervisão metrológica, conforme programação definida pelo Inmetro. 9.2.2.1 Os erros máximos admissíveis são o dobro daqueles estabelecidos na tabela 4. 9.2.3 Ensaios Para a supervisão metrológica podem ser realizados quaisquer ensaios constantes da Tabela 6. 10. Instalação, uso e manutenção. 10.1 Aquele que utiliza ou mantém a disposição um instrumento de acordo com o subitem 1.2 deste regulamento deve: a) Observar as exigências para instalação, uso e manutenção do instrumento e cumprir as obrigações quanto à revisão dos resultados de medição as quais forem fixadas por ocasião da aprovação de modelo e recomendações do requerente da aprovação de modelo; b) Reter as instruções para manutenção e uso do instrumento de forma que elas estejam disponíveis enquanto este estiver em uso. 10.2 Aquele que utiliza um instrumento para venda direta ao público deve instalar e usar um instrumento de forma que o comprador possa observar, simultaneamente e claramente, a pesagem das mercadorias e o peso indicado. 10.3 Nenhuma pessoa deve usar um instrumento que: a) esteja montado em uma base frouxa, fraca ou instável; b) não esteja nivelado se sua construção o exige; c) esteja exposto a ventos e correntes de ar os quais afetam a indicação; d) não está de acordo com sua portaria de aprovação de modelo. 10.4 Aquele que utilizar um instrumento para pesagem de veículos rodoviários em atividades oficiais e comerciais não poderá determinar o peso total do veículo por pesagem separada dos eixos se as seções da pista, antes e depois da plataforma, não estão no mesmo nível da plataforma e não estão projetadas de forma reta e horizontal. 10.5 Nenhuma pessoa deve usar um instrumento quando qualquer parte móvel está total ou parcialmente submersa em líquido, exceto se isto for especificado na decisão de aprovação de modelo. 10.6 Todo instrumento deve ser instalado de maneira que, durante uma operação de pesagem, a carga que está sendo pesada esteja estática em relação ao receptor de carga e suportada somente pelo receptor de carga. 10.7 Exceto se especificado na decisão de aprovação de modelo, todo instrumento deve ser instalado de maneira que o operador possa, não obstante a natureza do instrumento ou seus arredores, prontamente ocupar uma posição única da qual ele possa: a) ver, diretamente ou com a ajuda de espelhos, circuitos fechados de televisão ou outras facilidades adequadas permanentemente instaladas, a totalidade do receptor de carga descarregado; b) operar os comandos do instrumento, e; c) obter uma leitura do peso do instrumento. 10.8 Todo instrumento deve ser corretamente equilibrado ou ajustado a zero antes de ser utilizado, exceto se na decisão de aprovação de modelo for descrito que o instrumento não é construído para ser equilibrado quando descarregado. 10.9 Somente os instrumento da classe de exatidão I e II podem realizar as transações comerciais a seguir, desde que estas não se configurem como venda direta ao público: a) com ouro, prata ou outros metais preciosos; b) com pedras preciosas; c) em joalheria, ou; d) por venda a varejo, destinadas a aviar prescrições médicas. 10.10 Nenhuma pessoa deve usar um instrumento de classe de exatidão IIII para fins comerciais com propósitos outros que:

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a) para pesar lastro, material de construção ou lixo, exceto lixo especial; b) para pesar outros produtos, de acordo com a decisão de aprovação de modelo; ou c) para uso como instrumento disponível a qualquer futuro comprador de mercadorias de forma que ele possa conferir seu peso antes de decidir comprar. 11. Obrigações quanto à verificação 11.1 Antes da verificação, os instrumentos devem ser limpos e adequadamente instalados. 11.1.1 Instrumentos que não são verificados no local de uso devem ser apresentados para verificação à autoridade competente ou no local indicado por ela e recolhidos novamente após a verificação. 11.2 Instrumentos que são verificados no local de uso devem ser acessíveis livremente sem risco. 11.2.1 O detentor tem que proporcionar um ambiente de trabalho adequado para a verificação do instrumento. 11.3 O órgão da RBMLQ-I, responsável pelas verificações, pode requerer que o detentor do instrumento providencie, ou torne disponíveis, meios de ensaio especiais.

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ANEXO A – REQUISITOS DE SOFTWARE

1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO 1.1 Este Regulamento Técnico Metrológico objetiva: a) Estabelecer os requisitos técnicos necessários ao processo de aprovação de modelo de instrumentos de pesagem não automáticos controlados por software. b) Garantir que o software legalmente relevante proporcione medidas corretas e dentro dos erros máximos admissíveis estabelecidos para os instrumentos de pesagem não automáticos nas condições previstas neste Regulamento. c) Garantir que o software legalmente relevante não seja afetado por outros softwares ou partes não legalmente relevantes. d) Garantir que a arquitetura de software e hardware do instrumento impossibilite ou minimize a possibilidade de intrusões indevidas que comprometam seu funcionamento metrológico. 1.2 Para efeito de aplicação deste Regulamento, um instrumento de pesagem não automático controlado por software é composto por todos os elementos envolvidos na captura, processamento e publicação do resultado da medição, através de um dispositivo mostrador, ao usuário final. 1.3 Os elementos do instrumento de pesagem não automático controlados por software diretamente envolvidos ou que de alguma forma interfiram nos processos de captura, processamento e publicação do resultado da medição ao usuário final, são ditos “legalmente relevantes” e devem satisfazer à totalidade dos requisitos técnicos de software gerais e, também, aos requisitos técnicos de software específicos elegíveis em função da tecnologia empregada e/ou funcionalidades disponíveis. 1.4 É de responsabilidade do Inmetro determinar quais partes do software, hardwares e dados são considerados legalmente relevantes. 1.5 As evidências para cumprimento dos requisitos técnicos de software estabelecidos no presente Regulamento devem ser providas pelo requerente e/ou fabricante. 2. TERMINOLOGIA 2.1 Legalmente relevante Software/hardware/dados que interferem nos requisitos regulamentados pela metrologia legal. 2.2 Cadeia legalmente relevante Processo que compreende a captura, processamento e publicação do resultado da medição ao usuário. 2.3 Interface de comunicação Qualquer tipo de interface que habilite a transferência de informações entre os dispositivos componentes do instrumento de pesagem não automático, ou com dispositivos externos. 2.5 Integridade Propriedade que assegura que dados, software ou parâmetros não foram alterados em relação a um estado prévio. 2.8 Ataque Qualquer ação não autorizada que possa comprometer a segurança de dados, software ou parâmetros. 2.9 Carga de software Processo de transferência automática de software para o instrumento de pesagem não automático usando qualquer meio apropriado, local ou remoto. 2.10 Identificador de software Sequência de caracteres legíveis atribuída univocamente a um software. 2.11 Interface de usuário Dispositivo de comunicação que permite a troca de informações entre o operador/usuário e o instrumento de pesagem não-automático ou seus componentes de hardware e software. 2.12 Validação Procedimento que verifica se o instrumento, incluindo seu software, atende a requisitos estabelecidos. 2.13 Hash

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Função matemática, que mapeia valores de um bloco de dados, em um número de tamanho fixo e reduzido (código hash) com as seguintes propriedades: a) A mudança em qualquer bit de um bloco de dados implica em um código hash diferente; b) Não é viável a partir de um código hash retornar ao bloco de dados original; c) Não é viável encontrar dois blocos que gerem o mesmo código hash. 2.14 Assinatura digital Código univocamente atribuído a um arquivo de texto, dados ou software, de forma a provar a sua integridade e autenticidade quando da transmissão ou armazenamento. 2.14.1 Uma assinatura digital é gerada em duas etapas: a) Calcula-se inicialmente o código hash do arquivo e; b) Codifica-se este código usando uma chave privada. 3. REQUISITOS GERAIS 3.1 Requisitos gerais Os requisitos gerais compreendem: a) Características básicas do instrumento de pesagem não-automático; b) Identificação de software; c) Integridade do software; d) Exatidão dos algoritmos e funções de medição; e) Influência da interface de entrada de dados; f) Proteção contra mudanças acidentais/não-intencionais; g) Proteção contra mudanças intencionais não autorizadas; h) Proteção dos parâmetros; i) Detecção de falha; j) Validação do software. 3.1.1 Características básicas do instrumento de pesagem não-automático: 3.1.1.1 O instrumento de pesagem não-automático dentro do escopo deste Regulamento é um instrumento de medição que possui software embarcado, caracterizando-se por: a) Todo o software legalmente relevante foi desenvolvido para medição ou suporte à medição; b) A interface do usuário é normalmente dedicada à aplicação de medição; c) O software e o seu ambiente são invariáveis: a carga de software somente é permitida quando os requisitos descritos noitem3.2.4 forem atendidos; d) Interfaces para a transmissão dos dados das medições através de redes de comunicação são permitidas desde que atendam aos requisitos descritos no item 3.1.5. 3.1.1.2 Documentação requerida a) Descrição completa do hardware contemplando: arquitetura em módulos, diagrama de blocos de cada módulo, tipo de processador/microcontrolador, interfaces de comunicação/usuário; b) Descrição funcional do sistema/instrumento de pesagem não-automático; c) Descrição da arquitetura de software do instrumento; c) Descrição da interface do usuário, menus e diálogos, onde aplicável; d) Manual operacional. 3.1.2 Versionamento do software 3.1.2.1 As versões do software embarcado no instrumento de pesagem não-automático devem ser univocamente identificadas. 3.1.2.2 Cada mudança no software, legalmente relevante ou não, deverá possuir um novo versionamento. 3.1.2.3 O fabricante deverá dispor de uma interface, de usuário ou de comunicação, para publicar a versão do software, no momento em que o instrumento for ligado, ou sob comando específico. 3.1.2.3 Na ausência de uma interface adequada, a versão do software deverá ser afixada sobre o instrumento de pesagem não-automático. 3.1.2.4 Se for adotada separação de software, as versões do software legalmente relevante e não legalmente relevante deverão ter versionamentos próprios e diferentes entre si.

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3.1.2.4 Documentação requerida A documentação fornecida deve descrever os versionamentos, a forma como foram criados, como podem ser acessados e como eles estão estruturados. 3.1.3 Integridade de software Os softwares legalmente relevantes devem ser indissoluvelmente ligados a um identificador baseado em função de hash. 3.1.3.1 O fabricante deve disponibilizar procedimento e/ou equipamento para a verificação da integridade do software legalmente relevante. 3.1.3.2 A interface de comunicação que permitir a identificação do versionamento do software deverá também habilitar a verificação de integridade do software. 3.1.3.3 Caso não seja disponível uma interface de comunicação, o fabricante deverá fornecer um mecanismo de verificação de integridade de software. 3.1.3.4 Documentação requerida A documentação fornecida deve descrever os procedimentos disponíveis para a verificação de integridade. 3.1.4 Exatidão dos algoritmos e funções de medição Os algoritmos e funções de medição devem ser adequados e funcionalmente corretos para o instrumento de pesagem não-automático. 3.1.4.1 Deve ser possível analisar algoritmos e funções, tanto por ensaios metrológicos como por ensaios de software. 3.1.4.2 Documentação requerida Descrição dos algoritmos e funções de medição (cálculo, exatidão e arredondamentos dos resultados). 3.1.5 Influência da interface de entrada de dados Nenhuma entrada de dados deve influenciar o software legalmente relevante, nem os parâmetros de ajuste e/ou os dados das medições, de forma não prevista na descrição apresentada no processo de apreciação técnica de modelo. 3.1.5.1 Deve haver uma correlação unívoca e não ambígua entre de cada comando e seu efeito no instrumento de medição. 3.1.5.1.1 Toda entrada de dados deve ser explicitamente declarada e documentada. 3.1.5.2 Documentação requerida A inexistência de comandos deve ser comprovada através da completa ausência de “portas” de entrada para a interface de usuário no esquemático. 3.1.5.2.1 Na existência de comandos, ou na impossibilidade de comprovação da inexistência de comandos pelo esquemático, o requerente da aprovação de modelo deve fornecer: a) O código fonte completo e comentado do instrumento; b) Lista completa de todos os comandos existentes junto com uma declaração de completude; c) Descrição do significado de cada comando e seus efeitos nas funções e dados do instrumento de pesagem não-automático; d) Descrição dos procedimentos realizados para validar a completude dos comandos; e) Descrição dos ensaios realizados para provar a funcionalidade declarada dos comandos; f) Descrição dos mecanismos de controle de acesso e proteção contra intrusão não-autorizada. 3.1.6 Proteção contra mudanças acidentais/não-intencionais O software legalmente relevante e os dados de medição devem ser protegidos contra modificações acidentais ou não intencionais. 3.1.6.2 Documentação requerida Descrição das medidas que foram tomadas para proteger o software/dados contra alterações não intencionais. 3.1.7 Proteção contra mudanças intencionais não autorizadas 3.1.7.1 O software legalmente relevante deve ser protegido contra modificações inadmissíveis, cargas não autorizadas e substituição física da memória e/ou processador. 3.17.2 O gabinete do instrumento de pesagem não-automático deve ser seguro e possuir lacre ou selo com

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plano específico de selagem, de forma que sua violação seja impedida ou produza evidências reconhecíveis. 3.1.7.3 Documentação requerida A documentação deve fornecer garantias de que o software legalmente relevante é protegido contra modificações inadmissíveis, destacando os meios de proteção. 3.1.8 Proteção dos parâmetros Os parâmetros que fixam as características legalmente relevantes do instrumento de pesagem não automático devem ser protegidos contra modificações não autorizadas. 3.1.8.1 Todas as modificações em parâmetros relevantes deverão ser registradas em memória não volátil. 3.1.8.2 O fabricante deve disponibilizar interface adequada para visualização dos registros de alterações de parâmetros. 3.1.8.3 Documentação requerida A documentação necessária compreende a descrição de todos os parâmetros legalmente relevantes pertinentes, incluindo: a) Valores nominais e margens de variação; b) Onde são armazenados; c) Como podem ser visualizados; d) Como são protegidos; e) Em que condições podem ser alterados. 3.1.9 Detecção de falha O instrumento de pesagem não-automático deve possuir função de detecção de falhas. 3.1.9.1 Tanto o processo de detecção, quanto a reação à falha, deve estar de acordo com o descrito na documentação constante do processo de aprovação de modelo. 3.1.9.2 Documentação requerida Documentação contendo a lista de falhas que são detectáveis, os respectivos algoritmos de detecção e as reações desencadeadas. 3.1.10 Validação do software O software legalmente relevante deve ser validado pelo fabricante. 3.1.10.1 Documentação requerida Descrição dos procedimentos de teste realizados para a validação do software frente aos requisitos do presente Regulamento e os resultados obtidos. 3.2 Requisitos específicos Os requisitos específicos tratam de aspectos técnicos referentes a tecnologias empregadas na concepção do instrumento de pesagem não automático ou inserção de funcionalidades complementares. 3.2.1 Se algum requisito específico for aplicável ao instrumento de pesagem não automático é necessária a disponibilização ao Inmetro de todo o código fonte comentado do software legalmente relevante. Os requisitos específicos compreendem: a) Separação das partes legalmente relevantes; b) Transmissão de dados através de rede de comunicação; c) Carga rastreada de software legalmente relevante; e) Arquiteturas baseadas em assinatura digital. 3.2.2 Separação das partes legalmente relevantes 3.2.2.1 Os instrumentos de pesagem não-automáticos controlados por software podem conter módulos legalmente relevantes e módulos não legalmente relevantes. 3.2.2.2 A carga de software não legalmente relevante é permitida a qualquer momento. 3.2.2.1.1 As partes legalmente relevantes do instrumento de pesagem não automático não devem ser influenciadas por outras partes do mesmo instrumento de pesagem não-automático. 3.2.2.1.2 Deve haver uma parte do software englobando todos os módulos e parâmetros legalmente relevantes, claramente separada dos outros componentes de software. 3.2.2.1.3 Caso não haja separação de software todo ele será considerado legalmente relevante. 3.2.2.2 Pertencem ao software legalmente relevante, no caso de separação de baixo nível, todas as

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unidades de programa (sub-rotinas, procedimentos, funções, classes) e, no caso de separação de alto nível, todos os programas e bibliotecas que contribuem para: a) Desempenho das funções da cadeia legalmente relevante; b) As funções auxiliares tais como: a exibição de dados, segurança de dados, armazenamento de dados, integridade de software, carga de software, transmissão ou armazenamento de dados, checagem ou armazenamento de dados recebidos. 3.2.2.3 Pertencem ainda ao software legalmente relevante todas as variáveis, arquivos temporários e os parâmetros que tenham impacto sobre os valores das medições ou funções legalmente relevantes. 3.2.2.4 O software não legalmente relevante inclui as unidades de programa restantes e os dados ou parâmetros não incluídos nas categorias anteriores. 3.2.2.5 A troca de dados entre os softwares legalmente relevantes e não relevantes deve ser realizada através de uma interface protetora que abranja todas as interações e fluxos de dados. 3.2.2.6 Os componentes da interface de software protetora também são parte do software legalmente relevante. 3.2.2.7 Deve haver uma atribuição inequívoca de cada comando enviado através da interface de software para uma função ou uma alteração de dados do software legalmente relevante. 3.2.2.8 Quaisquer informações geradas pelo software não legalmente relevante só podem ser exibidas pelo sistema/instrumento de instrumento de pesagem não automático caso elas não possam ser confundidas com as informações que se originam a partir da parte legalmente relevante. 3.2.2.9 Documentação requerida a) Descrição da implementação da separação de software, contendo sua arquitetura. b) Diagrama esquemático completo do instrumento de pesagem não automático, apontando as partes legalmente relevantes e não legalmente relevantes. c) Descrição de todas as funções de programa e estruturas de dados relevantes, não devendo existir nenhuma função não documentada. d) Descrição de todos os componentes que pertencem ao software legalmente relevante e sua inter-relação com as funções de interface. e) Descrição da interface do software contendo: lista completa de todos os comandos juntamente com uma declaração de completude, e descrição dos comandos e os seus efeitos sobre as funções e os dados do software legalmente relevante. f) No caso da existência de apresentação compartilhada de informações, entre o software legalmente relevante e o software não legalmente relevante no instrumento de pesagem não automático, deve ser explicitamente descrito: f1) o conjunto de informações passível de apresentação; f2) como é feita a apresentação; f3) o software que realiza a apresentação. 3.2.3 Transmissão dos dados através de redes de comunicação O conjunto de requisitos técnicos descritos a seguir se aplica apenas quando o instrumento de pesagem não automático utiliza internamente à cadeia legalmente relevante, uma rede de comunicação pública para transmitir e receber dados das medições: a) Completude dos dados transmitidos: os dados transmitidos devem incluir todas as informações necessárias à apresentação, ou processamento da medição no dispositivo receptor de acordo com a documentação específica constante do processo de aprovação de modelo; b) Integridade dos dados transmitidos: os dados legalmente relevantes transmitidos devem ter sua integridade verificada e somente podem ser usados se esta for constatada; c) Autenticidade dos dados transmitidos: é necessário identificar a origem, sem ambiguidade dos dados transmitidos e, para fazer frente aos possíveis atrasos da transmissão dos dados, é necessário que o instante da medição seja registrado junto ao valor da medição; d) Confidencialidade das chaves: caso seja utilizada criptografia para assegurar confidencialidade, as chaves criptográficas devem ser tratadas como dados legalmente relevantes e devem ser mantidas em segredo e protegidas para que não sejam corrompidas;

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e) Manipulação de dados corrompidos: os dados que forem detectados como corrompidos não devem ser utilizados; f) Atraso de transmissão: uma medição não pode ser influenciada pela comunicação, deve-se garantir que, mesmo sob as piores condições do meio de comunicação, a mesma não invalidará as medições; g) Disponibilidade dos serviços de transmissão: mesmo que os serviços de rede de comunicação se tornem indisponíveis, não deve haver perda de dados das medições e o dispositivo mostrador instalado deve sinalizar tal situação. 3.2.3.1 Documentação requerida a) O protocolo de comunicação; b) O método de verificação de integridade dos dados; c) Os mecanismos que garantem a correta atribuição do valor de uma medição a um instrumento de pesagem não automático específico; d) Os principais mecanismos de geração, manipulação e gerência das chaves para mantê-las secretas; e) Os mecanismos usados para descarte dos dados corrompidos; f) Como a medição é protegida contra atrasos decorrentes da comunicação; g) Os procedimentos de proteção contra a interrupção da transmissão ou outros erros. 3.2.4 Carga rastreada de software legalmente relevante 3.2.4.1 O conjunto de requisitos técnicos descritos neste item se aplica apenas quando o instrumento de pesagem não automático utiliza a sua interface de comunicação para carregar e instalar software legalmente relevante: a) A carga rastreada de software pode ser realizada localmente ou remotamente. b) A atualização do software deve ser registrada em memória não volátil. c) A carga e a subsequente instalação de software devem garantir o não comprometimento do ambiente de proteção do software no final do processo. d) O dispositivo alvo deve ter um software legalmente relevante permanentemente residente e invariável, com todas as funções necessárias para verificar os requisitos definidos neste item. e) Devem ser empregados meios técnicos para garantir a autenticidade do software carregado. e1) Se a autenticidade não puder ser verificada, o software deve ser descartado e o instrumento deve utilizar a versão anterior ou entrar em estado inoperante, emitindo mensagem de erro. f) Devem ser empregados meios técnicos para garantir a integridade do software carregado. f1) Se a integridade não puder ser verificada, o software deve ser descartado e o instrumento deve utilizar a versão anterior ou entrar em estado inoperante, emitindo mensagem de erro; g) Outras falhas de carga de software devem ser detectadas se ocorrerem e neste caso, o instrumento deve utilizar a versão anterior do software ou entrar em estado inoperante, emitindo mensagem de erro; h) Devem ser empregados meios técnicos para garantir que somente softwares verificados e aprovados pelo Inmetro possam ter a carga realizada com sucesso; i) Se a carga ou a instalação de software fracassar, ou se for interrompida, o instrumento de pesagem não automático deve retornar a usar a versão anterior do software ou entrar em estado inoperante, emitindo mensagem de erro; j) No caso de uma instalação bem sucedida, todas as formas de proteção devem ser restauradas para o seu estado original, a menos que o software carregado tenha a devida autorização para alterá-las; k) Durante a carga e a instalação de novo software as funções de medição do instrumento de pesagem não automático devem ser impedidas, caso não possam ser completamente garantidas; l) Os meios pelos quais o software identifica a sua autorização prévia devem ser protegidos. 3.2.4.2 Mesmo que os requisitos descritos em 3.2.4.1 não possam ser cumpridos, ainda assim é possível fazer a carga da parte do software não legalmente relevante, desde que as seguintes exigências sejam cumpridas: a) Exista uma clara separação entre o software legalmente relevante e o não legalmente relevante, de acordo com os requisitos do item 3.2.2; b) Toda a parte do software legalmente relevante seja permanente e invariável, isto é, não possa ser carregada ou alterada sem o rompimento de lacre ou selo.

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3.2.4.3 Documentação requerida a) Descrição do processo automático da carga, do processo de verificação e instalação, como o nível de proteção é garantido no final, e o que acontece quando ocorre uma falha; b) Descrição de como a autenticidade do software é garantida; c) Descrição de como a integridade do software é garantida; d) Descrição de como a autenticidade da aprovação prévia é garantida; e) Descrição de como as cargas de software são rastreadas e como rastreabilidade é implementada e protegida. 3.2.5. Arquiteturas baseadas em assinatura digital 3.2.5.1 O instrumento de medição poderá fazer uso de mecanismo de assinatura digital para assegurar a autenticidade e irrefutabilidade das informações de medição. 3.2.5.2 Poderão ser assinadas as grandezas de saída ou grandezas de entrada juntamente com informações que permitam reconstituir o valor da grandeza de saída. 3.2.5.3. Para instrumentos de pesagem não automáticos cujas grandezas de entrada sejam assinadas digitalmente antes da aplicação da função de medição: a) O Inmetro, após análise da arquitetura do instrumento de medição, poderá dispensar a entrega de parte da documentação a que se referem os itens 3.1.4.2, 3.1.5.2.1, alínea a, e 3.2.1.; b) Todas as grandezas de entrada assinadas digitalmente deverão ser tratadas como parte do resultado completo da medição. 3.2.5.4. Para instrumentos de medição cujas grandezas de saída sejam assinadas digitalmente após a aplicação da função de medição: a) O Inmetro, após análise da arquitetura do instrumento de medição, poderá dispensar a entrega de parte da documentação a que se refere o item 3.1.4.2, item 3.1.5.2.1, alínea a, e item 3.2.1.; b) A assinatura digital da grandeza de saída dever ser tratada como parte do resultado completo da medição. 3.2.5.5 Documentação requerida A documentação necessária compreende a descrição de todos os dados legalmente relevantes pertinentes juntamente com a descrição dos algoritmos de assinatura digital utilizados, bem como dos mecanismos de criação e manutenção das chaves criptográficas. 3.3 Comportamento dinâmico A coexistência de software não legalmente relevante não pode influenciar negativamente no comportamento dinâmico do processo de medição. 3.3.1 Caso haja um compartilhamento de recursos de processamento, o software legalmente relevante deve sempre ter prioridade sobre ao software não legalmente relevante. 3.3.2 Documentação requerida Descrição de como é garantida a disponibilidade necessária para a execução correta do software legalmente relevante: a) hierarquia de interrupção; b) diagrama temporal das tarefas de software; c) limite de tempo de execução destinado às tarefas não legalmente relevantes. 4. DISPOSIÇÕES FINAIS 4.1 Nas verificações inicial e subsequentes deverão ser registrados, para cada instrumento verificado, a versão do software instalado e o identificador unívoco a que se referem os itens 3.1.2 e 3.1.3. 4.2 Para instrumentos de pesagem não automáticos classe I são exigidos apenas os requisitos 3.1.1, 3.1.2, 3.1.4, 3.1.5 (exceto 3.1.5.2.1.a), 3.1.6, 3.1.7 e 3.1.8.

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ANEXO B – REQUISITOS DE ENSAIOS DE COMPATIBILIDADE ELETROMAGNÉTICA (EMC) 1. CONDIÇÕES GERAIS 1.1. Os ensaios de compatibilidade eletromagnética descritos a seguir aplicam a todos os instrumentos de pesagem não-automático (IPNA) e seus dispositivos periféricos (dispositivos indicadores, impressoras, dispositivos de armazenamento, etc.). 1.1.1 Entende-se como Equipamento sob Ensaio (ESE) o IPNA e seus dispositivos periféricos. 1.2. Se o instrumento possuir interfaces, o fabricante deverá fornecer os cabos dos dispositivos periféricos apropriados a ser conectados a cada tipo de interface durante os ensaios de EMC. 1.3. Os cabos a ser fornecidos pelo fabricante deverão ter um comprimento mínimo de 2 m (dois metros). 1.4. Durante os ensaios de EMC o ESE será energizado com tensão nominal e de acordo com as condições de instalação estipuladas pelo fabricante. 1.5. Para que possam ser realizados os ensaios de EMC, deverá ser verificado que a mudança de indicação seja inferior a 1 s, conforme estabelecido no item 8.5.1 do RTM. 1.6. Independente do tipo da fonte de alimentação do instrumento, os seguintes ensaios devem ser realizados: 1.6.1. Imunidade a descargas eletrostáticas. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-2. 1.6.2. Imunidade a campos eletromagnéticos de radio frequência conduzidos na linha de alimentação e na linha de sinais e controle. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-6. 1.6.3. Imunidade a campos eletromagnéticos de radio frequência irradiados. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-3. 1.7. Para instrumentos alimentados com corrente alternada (CA) devem ser realizados os seguintes ensaios: 1.7.1. Imunidade ao impulso combinado na linha de alimentação (aplicável unicamente a balanças rodoviárias ou ferroviárias). Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-5. 1.7.2. Imunidade a variação na tensão de alimentação CA. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão do item 13.2 do documento D11 da OIML. 1.7.3. Imunidade a transientes elétricos rápidos na linha de alimentação e na linha de sinais e controle. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-4. 1.7.4. Imunidade a curtas interrupções, quedas e variações de tensão na fonte de alimentação CA. Utiliza-se como referência para este ensaio a última versão da norma IEC 61000-4-11. 1.8. ENSAIO DE IMUNIDADE A DESCARGAS ELETROSTÁTICAS (Independente do tipo de alimentação) 1.8.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de descargas eletrostáticas por contato (diretas e indiretas) ou pelo ar. 1.8.2. Condições específicas O ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.8.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.8.2.2. Usando como carga de ensaio uma pequena carga. 1.8.2.3. ESE não equipados com terminal de terra de proteção (PE) deverão ser plenamente descarregados após a aplicação de cada descarga eletrostática. 1.8.3. Nível de severidade O nível de severidade do ensaio é nível 3 conforme descrito a seguir: 1.8.3.1. Descargas por contato (diretas e indiretas): Pelo menos 10 (dez) descargas de 6 kV, em cada polaridade (positiva e negativa);

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1.8.3.2. Descargas pelo ar: Pelo menos 10 (dez) descargas de 8 kV , em cada polaridade (positiva e negativa); 1.8.3.3. As descargas diretas por contato devem ser aplicadas nas superfícies condutoras do ESE, enquanto as descargas indiretas por contato devem ser aplicadas no plano de acoplamento horizontal e nos planos de acoplamento verticais colocados nas proximidades do ESE conforme norma de referência. 1.8.3.4. As descargas pelo ar devem ser aplicadas nas superfícies isolantes do ESE. 1.8.3.5. As descargas eletrostáticas devem ser aplicadas em superfícies do ESE que sejam acessíveis ao operador durante utilização normal do instrumento 1.8.3.6. O intervalo de tempo entre descargas sucessivas deve ser de pelo menos 10s (dez segundos). 1.8.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.8.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. 1.8.4.2. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição . 1.8.4.2.1 O congelamento do mostrador será considerado falha significativa mesmo que não seja possível imprimir o resultado da medição. 1.9. ENSAIO DE IMUNIDADE A CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS DE RADIO FREQÜÊNCIA (RF) IRRADIADOS (Independente do tipo de alimentação) 1.9.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de campos eletromagnéticos de RF irradiados. 1.9.2. Condições específicas O ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.9.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.9.2.2. Usando como carga de ensaio uma pequena carga. 1.9.3. Nível de severidade O nível de severidade do ensaio é nível 3 (três) tanto para irradiação de campos eletromagnéticos de origem geral como para campos provenientes de rádio-telefones, conforme descrito a seguir: 1.9.3.1. Intensidade do campo: 10 V/m; 1.9.3.2. Faixa de frequência: 80 MHz a 2000 MHz; caso o instrumento não possua nenhum cabo de alimentação ou de sinais e controle, a faixa de frequência será de 26 MHz até 2000 MHz; 1.9.3.3. Modulação: 80 % AM, 1 kHz onda senoidal, polarização horizontal e vertical; 1.9.3.4. Tempo de parada em cada frequência (dwelltime): 3 s. 1.9.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.9.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. Indicações instáveis também serão consideradas falhas significativas. 1.9.4.2. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição. 1.10. ENSAIO DE IMUNIDADE A CAMPOS ELETROMAGNÉTICOS DE RADIO FREQÜÊNCIA (RF) CONDUZIDOS (Independente do tipo de alimentação) 1.10.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de campos eletromagnéticos de RF conduzidos nas linhas de alimentação, ou de sinais e controle. 1.10.2. Condições específicas Caso o instrumento não possua nenhum cabo de alimentação ou de sinais e controle que possam conduzir os campos eletromagnéticos de RF, este ensaio não é aplicável. 1.10.2.1 Quando aplicável, o ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir:

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1.10.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.10.2.2. Usando como carga de ensaio uma pequena carga. 1.10.2.3. O cabo entre a célula de carga e o ESE é considerado como uma linha de sinal e controle. 1.10.2.4. Para a aplicação de campos eletromagnéticos de RF conduzidos pela linha de sinal e controle (quando existente), o distúrbio pode ser aplicado através de um alicate acoplador conforme especificado na norma de referência. 1.10.3. Nível de severidade O nível de severidade do ensaio é nível 3 (três), conforme descrito a seguir: a) Faixa de freqüência: 150 kHz a 80 MHz; b) Modulação: 80 % AM, 1 kHz onda senoidal; c) Tensão do campo induzida: 10 V; e d) Tempo de parada em cada frequência (dwell time): 3 s (três segundos). 1.10.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.10.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. Indicações instáveis também serão consideradas falhas significativas. 1.10.4.2. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição. 1.11. ENSAIO DE IMUNIDADE AO IMPULSO COMBINADO (Aplicável só para balanças rodoviárias ou ferroviárias) 1.11.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de impulsos, originados por descargas elétricas atmosféricas, acoplados na linha de alimentação. 1.11.2. Condições específicas Este ensaio é realizado exclusivamente em IPNA usados na medição de peso de veículos (balanças rodoviárias ou ferroviárias), cujos componentes estão instalados em ambientes externos e nestes casos o ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.11.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.11.2.2. Usando como carga de ensaio uma pequena carga. 1.11.2.3. Para facilitar o ensaio em laboratório é permitido o uso de uma célula de carga reduzida que simule a plataforma veicular. 1.11.2.3.1 A impedância da célula de carga reduzida deve ser pelo menos 3 (três) vezes menor do que a máxima impedância da plataforma veicular especificada pelo fabricante . 1.11.3. Nível de Severidade O nível de severidade é nível 2 (dois), conforme descrito a seguir: 1.11.3.1. Na linha de alimentação devem ser aplicados impulsos com amplitude de 0,5 kV entre as linhas de alimentação (modo diferencial) e de 1 kV entre as linhas de alimentação e o aterramento do ESE (modo comum). 1.11.3.2. A aplicação dos impulsos em modo comum deve ser feita seqüencialmente entre cada linha de alimentação e o aterramento. 1.11.3.2.1 Caso o instrumento não possua aterramento aplicar os impulso apenas no modo diferencial. 1.11.3.3. Para instrumentos alimentados por CA, devem ser aplicados no mínimo 3 (três) impulsos positivos e 3 (três) impulsos negativos nos ângulos de 0°, 90°, 180° e 270° (ou seja, 6 (seis) impulsos em cada ângulo de fase da tensão de alimentação). 1.11.3.4. A taxa de repetição deve ser de 1 impulso por minuto. 1.11.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.11.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”.

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1.11.4.2. O congelamento do mostrador será considerado falha significativa mesmo que não seja possível imprimir o resultado da medição. 1.11.4.3. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição. 1.12. ENSAIO DE IMUNIDADE A TRANSIENTES ELÉTRICOS RÁPIDOS (Apenas para instrumentos alimentados com CA) 1.12.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de transientes elétricos rápidos na fonte de alimentação ou nas linhas de sinais e controle. 1.12.2. Condições específicas O ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.12.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.12.2.2. Usando como carga de ensaio a uma pequena carga. 1.12.2.3. O ensaio deverá ser aplicado separadamente na linha de alimentação e na(s) linha(s) de sinal e controle quando existentes. 1.12.2.4. O cabo entre a célula de carga e o ESE é considerado como uma linha de sinal e controle. 1.12.2.5. A duração do ensaio não deverá ser menor a 1 (um) minuto em cada polaridade (positiva e negativa) e em cada amplitude. 1.12.2.6. Para a aplicação de transientes elétricos na linha de sinal e controle (quando existente), o distúrbio pode ser aplicado através de um alicate acoplador capacitivo conforme especificado na norma de referência. 1.12.3. Nível de severidade O nível de severidade é nível 2 (dois), conforme descrito a seguir: 1.12.3.1. Na fonte de alimentação: ± 1 kV de tensão pico e taxa de repetição de 5 kHz. 1.12.3.2. Nas linhas de sinais e controle: ± 0,5 kV de tensão pico e taxa de repetição de 5 kHz. 1.12.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.12.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. 1.12.4.2. O congelamento do mostrador será considerado falha significativa mesmo que não seja possível imprimir o resultado da medição. 1.12.4.3. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição. 1.13. ENSAIO DE VARIAÇÃO NA TENSÃO DE ALIMENTAÇÃO CA (Apenas para instrumentos alimentados com CA) 1.13.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de variações na tensão de alimentação. 1.13.2. Condições específicas O ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.13.2.1. Energizado nos limites descritos no item 1.15.3, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento. 1.13.2.2. Usando como carga de ensaio uma pequena carga. 1.13.3. Nível de severidade O nível de severidade do ensaio é nível 1 (um), conforme descrito a seguir: 1.13.3.1. Limite superior: 110 % da tensão nominal declarada pelo fabricante; 1.13.3.2. Limite inferior: 85% da tensão nominal declarada pelo fabricante. 1.13.3.3. Quando o fabricante especificar uma faixa de tensão, este ensaio deverá ser feito primeiro energizando o instrumento no limite superior da faixa especificada e depois no limite inferior da faixa especificada.

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1.13.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.13.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. 1.14. ENSAIO DE IMUNIDADE A CURTAS INTERRUPÇÕES, QUEDAS E VARIAÇÕES DE TENSÃO NA FONTE DE ALIMENTAÇÃO CA (Apenas para Instrumentos alimentados com CA) 1.14.1. Objetivo Verificar que o ESE não apresenta falhas significativas na presença de curtas interrupções, quedas e variações de tensão na fonte de alimentação CA. 1.14.2. Condições específicas O ESE deve ser ensaiado conforme descrito a seguir: 1.14.2.1. Energizado com tensão nominal, com os cabos dos dispositivos periféricos conectados ao instrumento e nas condições de operação especificadas pelo fabricante. 1.14.2.2. Usando como carga de ensaio a uma pequena carga. 1.14.2.3. O fabricante deverá especificar no manual de instruções a tensão nominal do ESE, sendo tomado este valor como tensão de referência. 1.14.2.3.1 Quando especificada uma faixa de tensão, este ensaio deverá ser feito usando como tensão de referência, qualquer tensão dentro da faixa especificada. 1.14.3. Nível de severidade O nível de severidade do ensaio é nível 3, sendo que deverão ser aplicadas as seguintes perturbações: a) Queda de tensão 1: Amplitude da tensão de referência: 0%, durante 9 ms (0,5 ciclo); b) Queda de tensão 2: Amplitude de tensão de referência: 0%, durante 17 ms (1 ciclo); c) Queda de tensão 3: Amplitude de tensão de referência 40%, durante 200 ms (12 ciclos); d) Queda de tensão 4: Amplitude de tensão de referência 70%, durante 500 ms (30 ciclos); e) Queda de tensão 5: Amplitude de tensão de referência 80%, durante 5 s (300 ciclos); f) Curta Interrupção: Amplitude de tensão de referência 0%, durante 5 s (300 ciclos ). 1.14.3.1. Cada perturbação deverá ser repetida 10 vezes, com um intervalo de tempo entre repetições de no mínimo 10 s. 1.14.4. Resultado O ESE é considerado aprovado se: 1.14.4.1. Durante e após a aplicação da perturbação o ESE não apresenta diferenças de pesagem superiores a “e”. 1.14.4.2. É admissível que o instrumento fique susceptível à perturbação, mas sem produzir resultados de medição. 1.14.4.3. Caso o instrumento reinicie retornando a zero de forma automática, esta situação não será considerada falha significativa.