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Nº 83, quinta-feira, 2 de maio de 2013 66 ISSN 1677-7042 Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 00012013050200066 Documento assinado digitalmente conforme MP n o - 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. 1 d) nota fiscal de atividade produtiva, de pelo menos um exercício anterior aos últimos cinco anos, onde deverá constar o endereço do posseiro coincidente com a área por ele ocupada; e) declaração da Companhia fornecedora de Energia Elétrica de que o posseiro é o responsável pelo pagamento da energia for- necida à área ocupada ou ainda o comprovante de pagamento das faturas não emitidas em seu nome, com data anterior aos últimos 05 (cinco) anos; ou f) declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP, de pelo menos um exercício anterior aos últimos cinco anos, e que conste o endereço do posseiro e/ou de seus descendentes coincidente com o da área ocupada. Subseção III DOS BENEFICIÁRIOS DOS GRUPOS 2 E 3 Art. 8º A contratação dos beneficiários qualificados como Grupos 2 ou 3, na forma definida pela Portaria Interministerial do PNHR, unicamente a partir de operações de financiamentos, obser- varão: I - a proporção e os critérios de alocação de recursos, entre os Estados e o Distrito Federal, para fins de concessão de descontos nos financiamentos a pessoas físicas, lastreados nos recursos do FGTS; e II - os critérios de enquadramento, hierarquização, seleção e contratação de propostas de operação de crédito, definidos para os programas de aplicação do FGTS, vinculados à área orçamentária de Habitação Popular. Subseção IV DOS AGENTES FINANCEIROS Art. 9º São atribuições dos agentes financeiros habilitados no âmbito do PNHR: I - recepção das propostas de participação no PNHR, for- muladas pelas Entidades Organizadoras, na forma coletiva, exclu- sivamente; II - análise documental da Entidade Organizadora e do em- preendimento; dos projetos de engenharia e arquitetura, e do trabalho social referente à execução das obras e serviços; III - contratação das operações com os beneficiários do Pro- grama, contemplando subvenção e, quando for o caso, financiamen- to; IV - liberação dos recursos da subvenção e, quando for o caso, do financiamento, bem como o acompanhamento da execução das obras e serviços; V - prestação de contas dos recursos repassados pela Caixa Econômica Federal, na qualidade de gestor operacional do PNHR, a título de subvenção; VI - formalização de parceria com a Entidade Organizadora, de natureza pública ou privada, representativas dos grupos de be- neficiários; VII - disponibilização à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades de dados e informações, na forma e pe- riodicidade que venham a ser solicitados, que permitam o acom- panhamento e avaliação do PNHR; VIII - providenciar o cadastramento dos beneficiários con- tratados, no Cadastro Nacional de Mutuários - CADMUT, e IX - outras atividades que lhes venham a ser atribuídas pelo Ministério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal, na qualidade de Gestor Operacional do PNHR e Agente Operador do FGTS. Subseção V DAS METAS FÍSICAS Art. 10 As metas físicas de contratação do PNHR encon- tram-se distribuídas entre as Regiões, na forma do Anexo II desta Portaria. § 1º A distribuição entre as Regiões foi efetuada de acordo com a estimativa do déficit habitacional, para as áreas rurais, con- siderando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, referentes ao ano de 2008. § 2º É facultado à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades efetuar remanejamentos de recursos entre as Regiões, em função da demanda qualificada para contratação, a partir de solicitação fundamentada formulada pelo Gestor Operacional do PNHR. § 3º No mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da meta física global deverá ser atingida com contratações na modalidade de re- forma de unidades habitacionais. § 4º A meta física de contratação do Programa Nacional de Reforma Agrária - PNRA está estabelecida no Anexo III desta Por- taria e a sua distribuição regional será de acordo com a prioridade de atendimento, aos assentamentos, estabelecida pelo INCRA. DAS SUBVENÇÕES ECONÔMICAS Art. 11 As subvenções econômicas do PNHR para paga- mento dos custos da assistência técnica e execução das obras serão desembolsados pelos Agentes Financeiros, conforme previsto no cro- nograma físico-financeiro global do empreendimento, observados os itens 10 e 11 do Anexo I desta Portaria. Parágrafo único: As subvenções econômicas do PNHR, para pagamento do Trabalho Social, serão desembolsadas pelos Agentes Financeiros, conforme entrega e aprovação de quatro produtos, na forma do item 25 do Anexo I desta Portaria. Seção II DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 12 O Anexo I desta Portaria detalha as condições ope- racionais para o conjunto do PNHR. Art. 13 A Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades definirá, em ato específico, os dados e informações que permitam o monitoramento e a avaliação do Programa. Parágrafo único. O Gestor Operacional encaminhará men- salmente relatório relativo às unidades habitacionais contratadas, con- cluídas e em análise nas Instituições Financeiras descriminadas por Unidade da Federação, Município e Entidade Organizadora. Art. 14 Fica revogada a Portaria nº 406, de 2 de setembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União em 5 de setembro de 2011, seção 1, páginas 92 a 94. Art. 15 Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu- blicação. AGUINALDO RIBEIRO ANEXO I PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - PMCMV PROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL - PNHR CONDIÇÕES OPERACIONAIS I. DA FORMA DE ATENDIMENTO 1. Os agricultores familiares e trabalhadores rurais serão atendidos sob a forma coletiva, distribuídos em agrovilas ou unidades dispersas no território rural, por intermédio de Entidades Organi- zadoras - EO, de natureza pública ou privada, representativa do grupo de beneficiários. 1.1 Os grupos de beneficiário serão de no mínimo 04 (qua- tro) e de no máximo 50 (cinquenta) participantes, com exceção dos beneficiários do Grupo III, cujo acesso poderá se dar de forma in- dividual. 1.1.1 Nos casos de assentamentos de reforma agrária poderão ser aprovados projetos coletivos acima de 50 (cinquenta) partici- pantes, observando-se critérios de conveniência, custo do projeto, localização, capacidade de organização e mobilização das famílias. 1.2 No caso de agrovila, a área mínima de gleba rural per- mitida é de 250 m², sendo que para condomínios rurais a área mínima permitida é de 1.000 m². Para aglomerados rurais pré-existentes ad- mite-se área inferior. 1.3 Todas as unidades habitacionais vinculadas ao projeto devem estar localizadas no mesmo Município ou, no máximo, em três Municípios distintos, desde que limítrofes. 1.4 Serão atendidas com a construção de cisternas para o armazenamento da água da chuva, com recursos provenientes do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, as famílias enquadradas no Grupo 1, que estejam localizadas em regiões afetadas por estiagens prolongadas ou onde o abastecimento de água seja irregular não garantindo a segurança alimentar. 1.4.1 As cisternas poderão ser construídas concomitantemen- te às modalidades de construção e de reforma do PNHR, ou como complementação dessas operações já finalizadas. 1.5 É vedada a participação de EO que possua fins lu- crativos, restrição cadastral junto ao CADIN, bem como atraso na execução de obras superior 180 (cento e oitenta) dias ou obras pa- ralisadas por mais de 90 (noventa) dias em contratos firmados no âmbito do PNHR, na qualidade de partícipes ou intervenientes, com os Agentes Financeiros. 1.5.1 A participação de EO que possua obras em atraso ou paralisadas, conforme definição do item 1.5, ocorrerá mediante apre- sentação de um Plano de Ação com cronograma de conclusão das obras, acompanhado de justificativa técnica do atraso e aprovado pelo Agente Financeiro, que comunicará à Secretaria Nacional de Ha- bitação do Ministério das Cidades. II. DAS ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE ORGANIZADO- RA 2. Constituem-se atribuições das Entidades Organizadoras participantes do PNHR: 2.1 Encaminhar aos Agentes Financeiros do PNHR, na forma e condições ora estabelecidas, os projetos de arquitetura e engenharia, do Trabalho Social, a documentação das propriedades ou dos terrenos e a documentação dos beneficiários para fins de participação no Programa; 2.2 Apresentar aos Agentes Financeiros do PNHR, sempre que solicitados, seus atos constitutivos e elementos que comprovem seu regular funcionamento; 2.2.1 A documentação exigida da Entidade Organizadora, seja pública ou privada, constitui-se dos documentos da Entidade Organizadora; dos seus representantes legais; dos responsáveis téc- nicos pelos projetos de arquitetura/engenharia e de Trabalho Social; 2.3 Gerenciar as obras e serviços necessários à consecução do objeto dos contratos firmados no âmbito do PNHR, responsa- bilizando-se pela sua conclusão e adequada apropriação das obras e serviços pelos beneficiários finais; 2.4 Fixar critérios de seleção e hierarquização da demanda, os quais deverão ser divulgados nos meios de comunicação do Mu- nicípio observando o art. 3º, § 1º, do Decreto nº 7.499, de 2011; 2.4.1 Nos assentamentos de reforma agrária, o INCRA é o responsável pela seleção e hierarquização da demanda a ser repas- sada, por intermédio da Relação de Beneficiários - RB, à Entidade Organizadora; 2.5 Responsabilizar-se, quando necessário, pelo aporte adi- cional de recursos necessários à produção ou reforma da unidade habitacional; 2.6 Prestar contas aos beneficiários e Agentes Financeiros do PNHR dos recursos de subvenção e financiamento repassados; 2.7 Fornecer à Secretaria Nacional de Habitação, ao Gestor Operacional e aos Agentes Financeiros do PNHR e, aos beneficiários, sempre que solicitadas, informações sobre as ações desenvolvidas referentes aos recursos de subvenção e financiamento repassados; 2.8 Convocar assembleia dos beneficiários para constituição da Comissão de Representantes do Empreendimento - CRE; 2.9 Consultar o órgão gestor dos projetos de reforma agrária e solicitar cópia de mapas, plantas de localização e parcelamento, estudos, planos, licenças e suas condicionantes e demais documentos de planejamento ou de organização espacial e social dos projetos de assentamento; 2.10 Articular com as equipes existentes de assistência téc- nica dos projetos de assentamento de reforma agrária, na mobilização social e elaboração dos projetos habitacionais; 2.11 Solicitar ao Gestor Local do Cadastro Único para Pro- gramas Sociais do Governo Federal - CADÚNICO, o Distrito Federal ou o Município, a inserção ou atualização dos beneficiários sele- cionados; 2.11.1 Os beneficiários atendidos a partir da constituição de operação de financiamento não precisarão ser cadastrados no CA- DÚNICO; 2.11.2 Nos casos em que não seja possível a inserção ou alteração no CADÚNICO no prazo hábil para contratação, o ofício de solicitação da Entidade Organizadora, com o ateste de recebimento pelo Gestor Local do CADÚNICO, será suficiente para a contra- tação; 2.11.3 A Entidade Organizadora fica responsável pelo acom- panhamento da inserção ou da atualização dos beneficiários sele- cionados no CADÚNICO junto ao Distrito Federal ou ao Muni- cípio; 2.12 Informar o Conselho Gestor do Fundo Local ou Es- tadual de habitação de Interesse Social sobre os projetos contratados no PNHR; 2.13 Outras que lhes venham a ser atribuídas pela Secretaria Nacional de Habitação, pelo Gestor Operacional do PNHR ou pelo Agente Operador do FGTS, no âmbito de suas respectivas com- petências. III. Da Composição e Atribuições da Comissão de Repre- sentantes do Empreendimento. 3 A Comissão de Representantes do Empreendimento - CRE será eleita em assembleia e registrada em ata. 3.1 A CRE será composta por no mínimo 03 (três) inte- grantes, sendo 2 (dois) eleitos dentre os beneficiários participantes do projeto e 01 (um) representante indicado pela Entidade Organiza- dora. 3.2 Cumpre à CRE a gestão dos recursos financeiros, a prestação de contas aos demais beneficiários, e a coordenação do conjunto da obra. IV. DAS ATRIBUIÇÕES DO gestor do Programa de Re- forma Agrária 4. Nos projetos de habitação realizados em assentamentos da reforma agrária, caberá ao órgão público gestor do Programa de Reforma Agrária fornecer aos Agentes Financeiros e às Entidades Organizadoras o perímetro da área que poderá ser destinada à cons- trução das unidades habitacionais, dentro do planejamento do as- sentamento. V. DOS PROJETOS DE ENGENHARIA E ARQUITETU- RA E DA EXECUÇÃO FÍSICA 5. Na produção da unidade habitacional, os projetos ob- servarão as especificações técnicas mínimas disponíveis para consulta no endereço eletrônico do Ministério das Cidades: http://www.ci- dades.gov.br/images/stories/ArquivosSNH/ArquivosPDF/Especifica- coes_Minimas_PNHR.pdf. 6 A assistência técnica será fornecida por profissionais cre- denciados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU ou no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, incluindo os engenheiros agrônomos, os engenheiros agrícolas e os técnicos em edificações, que atuarão no limite de suas atribuições. 7. O projeto de arquitetura e engenharia será constituído no mínimo por: planta baixa, croquis, projetos complementares da edi- ficação, especificações, quantitativos, orçamento e cronograma físico- financeiro. A localização da edificação terá pelo menos 01 (um) ponto de coordenada geográfica. 8 Para as obras de reforma, a exigência de projeto de en- genharia ficará condicionada a avaliação da sua necessidade pelo Agente Financeiro. Os demais documentos obrigatórios são os se- guintes: a) Proposta de reforma com laudo do responsável técnico indicando as intervenções necessárias para cada habitação do grupo formado; b) Pelo menos 1 (um) ponto de coordenada geográfica de cada unidade habitacional que receberá a reforma; c) Fotografias da inadequação ou da condição insalubre da unidade habitacional; d) Orçamento (material, mão de obra e serviços); e) Cronograma de execução das obras; f) Documentos complementares necessários à compreensão e à análise da proposta, de acordo com a natureza de cada intervenção e segundo a avaliação do Agente Financeiro. 8.1 Nas reformas das unidades habitacionais serão permitidas obras e serviços que atendam à: a) segurança da edificação; b) salubridade; c) melhoria das condições de habitabilidade; e d) redução do adensamento excessivo, assim considerado quando há mais de três moradores por dormitório, computando-se os cômodos que servem, em caráter permanente, de dormitório aos mo- radores do domicílio. 9. O prazo para conclusão das obras e serviços de produção ou reforma será de no máximo 12 (doze) meses, a contar da con- tratação das operações do grupo de beneficiários, de acordo com o item 1.1 deste Anexo. 9.1 O prazo para conclusão das obras e serviços de produção ou reforma poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 6 (seis) meses, pela Secretaria Nacional de Habitação, desde que so- licitado pela Entidade Organizadora ao Gestor Operacional do PNHR, até sessenta dias antes do término do prazo inicial.

Portaria 194 - PNHR - 2-3

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Nº 83, quinta-feira, 2 de maio de 201366 ISSN 1677-7042

Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html ,pelo código 00012013050200066

Documento assinado digitalmente conforme MP no- 2.200-2 de 24/08/2001, que institui aInfraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil.

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d) nota fiscal de atividade produtiva, de pelo menos umexercício anterior aos últimos cinco anos, onde deverá constar oendereço do posseiro coincidente com a área por ele ocupada;

e) declaração da Companhia fornecedora de Energia Elétricade que o posseiro é o responsável pelo pagamento da energia for-necida à área ocupada ou ainda o comprovante de pagamento dasfaturas não emitidas em seu nome, com data anterior aos últimos 05(cinco) anos; ou

f) declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP, de pelo menosum exercício anterior aos últimos cinco anos, e que conste o endereçodo posseiro e/ou de seus descendentes coincidente com o da áreaocupada.

Subseção IIIDOS BENEFICIÁRIOS DOS GRUPOS 2 E 3Art. 8º A contratação dos beneficiários qualificados como

Grupos 2 ou 3, na forma definida pela Portaria Interministerial doPNHR, unicamente a partir de operações de financiamentos, obser-varão:

I - a proporção e os critérios de alocação de recursos, entreos Estados e o Distrito Federal, para fins de concessão de descontosnos financiamentos a pessoas físicas, lastreados nos recursos doFGTS; e

II - os critérios de enquadramento, hierarquização, seleção econtratação de propostas de operação de crédito, definidos para osprogramas de aplicação do FGTS, vinculados à área orçamentária deHabitação Popular.

Subseção IVDOS AGENTES FINANCEIROSArt. 9º São atribuições dos agentes financeiros habilitados no

âmbito do PNHR:I - recepção das propostas de participação no PNHR, for-

muladas pelas Entidades Organizadoras, na forma coletiva, exclu-sivamente;

II - análise documental da Entidade Organizadora e do em-preendimento; dos projetos de engenharia e arquitetura, e do trabalhosocial referente à execução das obras e serviços;

III - contratação das operações com os beneficiários do Pro-grama, contemplando subvenção e, quando for o caso, financiamen-to;

IV - liberação dos recursos da subvenção e, quando for ocaso, do financiamento, bem como o acompanhamento da execuçãodas obras e serviços;

V - prestação de contas dos recursos repassados pela CaixaEconômica Federal, na qualidade de gestor operacional do PNHR, atítulo de subvenção;

VI - formalização de parceria com a Entidade Organizadora,de natureza pública ou privada, representativas dos grupos de be-neficiários;

VII - disponibilização à Secretaria Nacional de Habitação doMinistério das Cidades de dados e informações, na forma e pe-riodicidade que venham a ser solicitados, que permitam o acom-panhamento e avaliação do PNHR;

VIII - providenciar o cadastramento dos beneficiários con-tratados, no Cadastro Nacional de Mutuários - CADMUT, e

IX - outras atividades que lhes venham a ser atribuídas peloMinistério das Cidades e pela Caixa Econômica Federal, na qualidadede Gestor Operacional do PNHR e Agente Operador do FGTS.

Subseção VDAS METAS FÍSICASArt. 10 As metas físicas de contratação do PNHR encon-

tram-se distribuídas entre as Regiões, na forma do Anexo II destaPortaria.

§ 1º A distribuição entre as Regiões foi efetuada de acordocom a estimativa do déficit habitacional, para as áreas rurais, con-siderando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios- PNAD, da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -IBGE, referentes ao ano de 2008.

§ 2º É facultado à Secretaria Nacional de Habitação doMinistério das Cidades efetuar remanejamentos de recursos entre asRegiões, em função da demanda qualificada para contratação, a partirde solicitação fundamentada formulada pelo Gestor Operacional doPNHR.

§ 3º No mínimo 25% (vinte e cinco por cento) da meta físicaglobal deverá ser atingida com contratações na modalidade de re-forma de unidades habitacionais.

§ 4º A meta física de contratação do Programa Nacional deReforma Agrária - PNRA está estabelecida no Anexo III desta Por-taria e a sua distribuição regional será de acordo com a prioridade deatendimento, aos assentamentos, estabelecida pelo INCRA.

DAS SUBVENÇÕES ECONÔMICASArt. 11 As subvenções econômicas do PNHR para paga-

mento dos custos da assistência técnica e execução das obras serãodesembolsados pelos Agentes Financeiros, conforme previsto no cro-nograma físico-financeiro global do empreendimento, observados ositens 10 e 11 do Anexo I desta Portaria.

Parágrafo único: As subvenções econômicas do PNHR, parapagamento do Trabalho Social, serão desembolsadas pelos AgentesFinanceiros, conforme entrega e aprovação de quatro produtos, naforma do item 25 do Anexo I desta Portaria.

Seção IIDAS DISPOSIÇÕES FINAISArt. 12 O Anexo I desta Portaria detalha as condições ope-

racionais para o conjunto do PNHR.Art. 13 A Secretaria Nacional de Habitação do Ministério

das Cidades definirá, em ato específico, os dados e informações quepermitam o monitoramento e a avaliação do Programa.

Parágrafo único. O Gestor Operacional encaminhará men-salmente relatório relativo às unidades habitacionais contratadas, con-cluídas e em análise nas Instituições Financeiras descriminadas porUnidade da Federação, Município e Entidade Organizadora.

Art. 14 Fica revogada a Portaria nº 406, de 2 de setembro de2011, publicada no Diário Oficial da União em 5 de setembro de2011, seção 1, páginas 92 a 94.

Art. 15 Esta Portaria entra em vigor na data de sua pu-blicação.

AGUINALDO RIBEIRO

ANEXO I

PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA - PMCMVPROGRAMA NACIONAL DE HABITAÇÃO RURAL -

PNHRCONDIÇÕES OPERACIONAISI. DA FORMA DE ATENDIMENTO1. Os agricultores familiares e trabalhadores rurais serão

atendidos sob a forma coletiva, distribuídos em agrovilas ou unidadesdispersas no território rural, por intermédio de Entidades Organi-zadoras - EO, de natureza pública ou privada, representativa do grupode beneficiários.

1.1 Os grupos de beneficiário serão de no mínimo 04 (qua-tro) e de no máximo 50 (cinquenta) participantes, com exceção dosbeneficiários do Grupo III, cujo acesso poderá se dar de forma in-dividual.

1.1.1 Nos casos de assentamentos de reforma agrária poderãoser aprovados projetos coletivos acima de 50 (cinquenta) partici-pantes, observando-se critérios de conveniência, custo do projeto,localização, capacidade de organização e mobilização das famílias.

1.2 No caso de agrovila, a área mínima de gleba rural per-mitida é de 250 m², sendo que para condomínios rurais a área mínimapermitida é de 1.000 m². Para aglomerados rurais pré-existentes ad-mite-se área inferior.

1.3 Todas as unidades habitacionais vinculadas ao projetodevem estar localizadas no mesmo Município ou, no máximo, em trêsMunicípios distintos, desde que limítrofes.

1.4 Serão atendidas com a construção de cisternas para oarmazenamento da água da chuva, com recursos provenientes doMinistério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, as famíliasenquadradas no Grupo 1, que estejam localizadas em regiões afetadaspor estiagens prolongadas ou onde o abastecimento de água sejairregular não garantindo a segurança alimentar.

1.4.1 As cisternas poderão ser construídas concomitantemen-te às modalidades de construção e de reforma do PNHR, ou comocomplementação dessas operações já finalizadas.

1.5 É vedada a participação de EO que possua fins lu-crativos, restrição cadastral junto ao CADIN, bem como atraso naexecução de obras superior 180 (cento e oitenta) dias ou obras pa-ralisadas por mais de 90 (noventa) dias em contratos firmados noâmbito do PNHR, na qualidade de partícipes ou intervenientes, comos Agentes Financeiros.

1.5.1 A participação de EO que possua obras em atraso ouparalisadas, conforme definição do item 1.5, ocorrerá mediante apre-sentação de um Plano de Ação com cronograma de conclusão dasobras, acompanhado de justificativa técnica do atraso e aprovado peloAgente Financeiro, que comunicará à Secretaria Nacional de Ha-bitação do Ministério das Cidades.

II. DAS ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE ORGANIZADO-RA

2. Constituem-se atribuições das Entidades Organizadorasparticipantes do PNHR:

2.1 Encaminhar aos Agentes Financeiros do PNHR, na formae condições ora estabelecidas, os projetos de arquitetura e engenharia,do Trabalho Social, a documentação das propriedades ou dos terrenose a documentação dos beneficiários para fins de participação noPrograma;

2.2 Apresentar aos Agentes Financeiros do PNHR, sempreque solicitados, seus atos constitutivos e elementos que comprovemseu regular funcionamento;

2.2.1 A documentação exigida da Entidade Organizadora,seja pública ou privada, constitui-se dos documentos da EntidadeOrganizadora; dos seus representantes legais; dos responsáveis téc-nicos pelos projetos de arquitetura/engenharia e de Trabalho Social;

2.3 Gerenciar as obras e serviços necessários à consecuçãodo objeto dos contratos firmados no âmbito do PNHR, responsa-bilizando-se pela sua conclusão e adequada apropriação das obras eserviços pelos beneficiários finais;

2.4 Fixar critérios de seleção e hierarquização da demanda,os quais deverão ser divulgados nos meios de comunicação do Mu-nicípio observando o art. 3º, § 1º, do Decreto nº 7.499, de 2011;

2.4.1 Nos assentamentos de reforma agrária, o INCRA é oresponsável pela seleção e hierarquização da demanda a ser repas-sada, por intermédio da Relação de Beneficiários - RB, à EntidadeO rg a n i z a d o r a ;

2.5 Responsabilizar-se, quando necessário, pelo aporte adi-cional de recursos necessários à produção ou reforma da unidadehabitacional;

2.6 Prestar contas aos beneficiários e Agentes Financeiros doPNHR dos recursos de subvenção e financiamento repassados;

2.7 Fornecer à Secretaria Nacional de Habitação, ao GestorOperacional e aos Agentes Financeiros do PNHR e, aos beneficiários,sempre que solicitadas, informações sobre as ações desenvolvidasreferentes aos recursos de subvenção e financiamento repassados;

2.8 Convocar assembleia dos beneficiários para constituiçãoda Comissão de Representantes do Empreendimento - CRE;

2.9 Consultar o órgão gestor dos projetos de reforma agráriae solicitar cópia de mapas, plantas de localização e parcelamento,estudos, planos, licenças e suas condicionantes e demais documentosde planejamento ou de organização espacial e social dos projetos deassentamento;

2.10 Articular com as equipes existentes de assistência téc-nica dos projetos de assentamento de reforma agrária, na mobilizaçãosocial e elaboração dos projetos habitacionais;

2.11 Solicitar ao Gestor Local do Cadastro Único para Pro-gramas Sociais do Governo Federal - CADÚNICO, o Distrito Federalou o Município, a inserção ou atualização dos beneficiários sele-cionados;

2.11.1 Os beneficiários atendidos a partir da constituição deoperação de financiamento não precisarão ser cadastrados no CA-DÚNICO;

2.11.2 Nos casos em que não seja possível a inserção oualteração no CADÚNICO no prazo hábil para contratação, o ofício desolicitação da Entidade Organizadora, com o ateste de recebimentopelo Gestor Local do CADÚNICO, será suficiente para a contra-tação;

2.11.3 A Entidade Organizadora fica responsável pelo acom-panhamento da inserção ou da atualização dos beneficiários sele-cionados no CADÚNICO junto ao Distrito Federal ou ao Muni-cípio;

2.12 Informar o Conselho Gestor do Fundo Local ou Es-tadual de habitação de Interesse Social sobre os projetos contratadosno PNHR;

2.13 Outras que lhes venham a ser atribuídas pela SecretariaNacional de Habitação, pelo Gestor Operacional do PNHR ou peloAgente Operador do FGTS, no âmbito de suas respectivas com-petências.

III. Da Composição e Atribuições da Comissão de Repre-sentantes do Empreendimento.

3 A Comissão de Representantes do Empreendimento - CREserá eleita em assembleia e registrada em ata.

3.1 A CRE será composta por no mínimo 03 (três) inte-grantes, sendo 2 (dois) eleitos dentre os beneficiários participantes doprojeto e 01 (um) representante indicado pela Entidade Organiza-dora.

3.2 Cumpre à CRE a gestão dos recursos financeiros, aprestação de contas aos demais beneficiários, e a coordenação doconjunto da obra.

IV. DAS ATRIBUIÇÕES DO gestor do Programa de Re-forma Agrária

4. Nos projetos de habitação realizados em assentamentos dareforma agrária, caberá ao órgão público gestor do Programa deReforma Agrária fornecer aos Agentes Financeiros e às EntidadesOrganizadoras o perímetro da área que poderá ser destinada à cons-trução das unidades habitacionais, dentro do planejamento do as-sentamento.

V. DOS PROJETOS DE ENGENHARIA E ARQUITETU-RA E DA EXECUÇÃO FÍSICA

5. Na produção da unidade habitacional, os projetos ob-servarão as especificações técnicas mínimas disponíveis para consultano endereço eletrônico do Ministério das Cidades: http://www.ci-d a d e s . g o v. b r / i m a g e s / s t o r i e s / A r q u i v o s S N H / A r q u i v o s P D F / E s p e c i f i c a -coes_Minimas_PNHR.pdf.

6 A assistência técnica será fornecida por profissionais cre-denciados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo - CAU ou noConselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA,incluindo os engenheiros agrônomos, os engenheiros agrícolas e ostécnicos em edificações, que atuarão no limite de suas atribuições.

7. O projeto de arquitetura e engenharia será constituído nomínimo por: planta baixa, croquis, projetos complementares da edi-ficação, especificações, quantitativos, orçamento e cronograma físico-financeiro. A localização da edificação terá pelo menos 01 (um)ponto de coordenada geográfica.

8 Para as obras de reforma, a exigência de projeto de en-genharia ficará condicionada a avaliação da sua necessidade peloAgente Financeiro. Os demais documentos obrigatórios são os se-guintes:

a) Proposta de reforma com laudo do responsável técnicoindicando as intervenções necessárias para cada habitação do grupoformado;

b) Pelo menos 1 (um) ponto de coordenada geográfica decada unidade habitacional que receberá a reforma;

c) Fotografias da inadequação ou da condição insalubre daunidade habitacional;

d) Orçamento (material, mão de obra e serviços);e) Cronograma de execução das obras;f) Documentos complementares necessários à compreensão e

à análise da proposta, de acordo com a natureza de cada intervençãoe segundo a avaliação do Agente Financeiro.

8.1 Nas reformas das unidades habitacionais serão permitidasobras e serviços que atendam à:

a) segurança da edificação;b) salubridade;c) melhoria das condições de habitabilidade; ed) redução do adensamento excessivo, assim considerado

quando há mais de três moradores por dormitório, computando-se oscômodos que servem, em caráter permanente, de dormitório aos mo-radores do domicílio.

9. O prazo para conclusão das obras e serviços de produçãoou reforma será de no máximo 12 (doze) meses, a contar da con-tratação das operações do grupo de beneficiários, de acordo com oitem 1.1 deste Anexo.

9.1 O prazo para conclusão das obras e serviços de produçãoou reforma poderá ser prorrogado uma única vez, por no máximo 6(seis) meses, pela Secretaria Nacional de Habitação, desde que so-licitado pela Entidade Organizadora ao Gestor Operacional do PNHR,até sessenta dias antes do término do prazo inicial.