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    Portaria n 3.523De 28 de agosto de 1998

    O Ministro de Estado da Sade, no uso de suas atribuies que lhe confere o artigo 87, Pargrafo nico,item II, da Constituio Federal e tendo em vista o disposto nos artigos 6, I, "a", "c", V, VII, IX, 1. I e II,3, I a VI da Lei n. 8080, de 19 de setembro de 1990;considerando a preocupao mundial com a Qualidade do Ar de Interiores em ambientes climatizados ea ampla e crescente utilizao de sistemas de ar condicionado no pas, em funo das condiesclimticas;considerando a preocupao com o bem-estar, conforto, produtividade e o absentesmo ao trabalho, dosocupantes dos ambientes climatizados e a sua inter-relao com a varivel qualidade de vida;considerando que o projeto e a execuo da instalao, inadequados, a operao e a manutenoprecrias dos sistemas de climatizao, favorecem a ocorrncia e o agravamento de problemas desade;considerando a necessidade de serem aprovados procedimentos que visem minimizar o risco potencial sade dos ocupantes, em face da permanncia prolongada em ambientes climatizados, resolve:

    Art. 1 - Aprovar Regulamento Tcnico contendo medidas bsicas referentes aos procedimentos deverificao visual dos procedimentos de limpeza, remoo de sujidades por mtodos fsicos emanuteno do estado de integridade e eficincia de todos os componentes dos sistemas de

    climatizao, para garantir a Qualidade do Ar Interiores e preveno de riscos sade dos ocupantes deambientes climatizados.

    Art. 2 - Determinar que sero objeto de Regulamento Tcnico a ser elaborado por este Ministrio,medidas especficas referentes a padres de qualidade do ar em ambientes climatizados, no que dizrespeito definio de parmetros fsicos e composio qumica do ar de interiores , a identificao dospoluentes de natureza fsica, qumica e biolgica, suas tolerncias e mtodos de controle, bem comopr-requisitos de projetos de instalao e de execuo de sistemas de climatizao.

    Art. 3 - As medidas aprovadas por este Regulamento Tcnico aplicam-se aos ambientes climatizados deuso coletivo j existentes e aqueles a serem executados e, de forma complementar, aos regidos pornormas e regulamentos especficos.Pargrafo nico - Para os ambientes climatizados com exigncias de filtros absolutos ou instalaesespeciais, tais como aquelas que atendem a processos produtivos, instalaes hospitalares e outros,aplicam-se as normas e regulamentos especficos, sem prejuzo do disposto neste Regulamento

    Tcnico, no que couber.Art. 4 - Adotar para fins deste Regulamento Tcnico as seguintes definies:a. ambientes climatizados: ambientes submetidos ao processo de climatizao.b. ar de renovao: ar externo que introduzido no ambiente climatizado.c. ar de retorno: ar que recircula no ambiente climatizado.d. boa qualidade do ar interno: conjunto de propriedades fsicas, qumicas e biolgicas do ar que noapresentem agravos sade humana;e. climatizao: conjunto de processos empregados para se obter por meio de equipamentos em recintosfechados, condies especficas de conforto e boa qualidade do ar, adequadas ao bem estar dosocupantes.f. filtragem absoluta: sistema de climatizao que utiliza filtros das classes A1 at A3, conformeespecificaes do Anexo II.g. limpeza: procedimento de manuteno preventiva que consiste na remoo de sujidades dos

    componentes do sistema de climatizao, para evitar a sua disperso no ambiente interno.h. manuteno - atividades tcnicas e administrativas destinadas a preservar as caractersticas dedesempenho tcnico dos componentes ou sistemas de climatizao, garantindo as condies previstasneste Regulamento Tcnico.i. Sndrome dos Edifcios Doentes: consiste no surgimento de sintomas que so comuns populao emgeral, mas que, numa situao temporal, pode ser relacionado a um edifcio em particular. Umincremento substancial na prevalncia dos nveis dos sintomas, antes relacionados, proporciona arelao entre o edifcio e seus ocupantes.

    Art. 5 - Todos os sistemas de climatizao devem estar em condies adequadas de limpeza,manuteno, operao e controle, observadas as determinaes, abaixo relacionadas, visando a

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    preveno de riscos sade dos ocupantes:a. limpar os componentes do sistema de climatizao, tais como: bandejas, serpentinas, umidificadores,ventiladores e dutos, de forma a evitar a difuso ou multiplicao de agentes nocivos sade humana emanter a boa qualidade do ar interno.b. utilizar, na limpeza dos componentes do sistema de climatizao, produtos biodegradveisdevidamente registrados no Ministrio da Sade para esse fim.c. verificar periodicamente as condies fsicas dos filtros e mant-los em condies de operao.Promover a sua substituio quando necessria.d. restringir a utilizao do compartimento onde est instalada a caixa de mistura do ar de retorno e ar derenovao, ao uso exclusivo do sistema de climatizao. proibido conter no mesmo compartimentomateriais, produtos ou utenslios.e. preservar a captao de ar externo livre de possveis fontes poluentes externas que apresentem riscos sade humana e dot-la no mnimo de filtro classe G1(um), conforme as especificaes do Anexo II.f. garantir a adequada renovao do ar de interior dos ambientes climatizados, ou seja no mnimo27m3/h/pessoa.g. descartar as sujidades slidas, retiradas do sistema de climatizao aps a limpeza, acondicionadasem sacos de material resistente e porosidade adequada, para evitar o espalhamento de partculasinalveis.

    Art. 6 - Os proprietrios, locatrios e prepostos, responsveis por sistemas de climatizao comcapacidade acima de 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000 BTU/H), devero manter um responsvel tcnico

    habilitado, com as seguintes atribuies:a. implantar e manter disponvel no imvel um Plano de Manuteno, Operao e Controle - PMOC,adotado para o sistema de climatizao. Este Plano deve conter a identificao do estabelecimento quepossui ambientes climatizados, a descrio das atividades a serem desenvolvidas, a periodicidade dasmesmas, as recomendaes a serem adotadas em situaes de falha do equipamento e de emergncia,para garantia de segurana do sistema de climatizao e outras de interesse, conforme especificaescontidas no Anexo I deste Regulamento Tcnico.b. garantir a aplicao do PMOC por intermdio da execuo contnua direta ou indireta deste servio.c. manter disponvel o registro da execuo dos procedimentos estabelecidos no PMOC.d. divulgar os procedimentos e resultados das atividades de manuteno, operao e controle aosocupantes.

    Pargrafo nico. O PMOC dever ser implantado no prazo mximo de 180 dias, a partir da vigncia

    deste Regulamento Tcnico.

    Art. 7 - O PMOC do sistema de climatizao deve estar coerente com a legislao de Segurana eMedicina do Trabalho. Os procedimentos de manuteno, operao e controle dos sistemas declimatizao e limpeza dos ambientes climatizados, no devem trazer riscos sade dos trabalhadoresque os executam, nem aos ocupantes dos ambientes climatizados.

    Art. 8 - Os rgos competentes de Vigilncia Sanitria faro cumprir este Regulamento Tcnico,mediante a realizao de inspees e de outras aes pertinentes, com o apoio de rgosgovernamentais, organismos representativos da comunidade e ocupantes dos ambientes climatizados.

    Art. 9 - O no cumprimento deste Regulamento Tcnico configura infrao sanitria, sujeitando oproprietrio ou locatrio do imvel ou preposto, bem como o responsvel tcnico, quando exigido, s

    penalidades previstas na Lei n 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuzo de outras penalidadesprevistas em legislao especfica.

    Art. 10 - Este Regulamento Tcnico entra em vigor na data da sua publicao, revogadas asdisposies em contrrio.JOS SERRA

    MINISTRIO DA SADE

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    AGNCIA NACIONAL DE VIGILNCIA SANITRIARESOLUO-RE N 176, DE 24 DE OUTUBRO DE 2000

    O Diretor da Diretoria Colegiada da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, no uso da atribuio que lhe conferea Portaria n 724, de 10 de outubro de 2000, c/c o art. 107, inciso II, alnea "a" e seu 3,considerando o interesse sanitrio na divulgao do assunto;

    considerando a preocupao com a sade, a segurana, o bem-estar e o conforto dos ocupantes dos ambientesclimatizados;considerando a disponibilidade dos dados coletados, analisados e interpretados e o atual estgio de conhecimento dacomunidade cientfica internacional, na rea de qualidade do ar ambiental interior, que estabelece padresreferenciais e/ou orientaes para esse controle;considerando o disposto no Art. 2 da Portaria GM/MS n. 3.523, de 28 de agosto de 1998;considerando que a matria foi submetida apreciao da Diretoria Colegiada que a aprovou em reunio realizadaem 18 de outubro de 2000, resolve:Art. 1 Determinar a publicao de Orientao Tcnica elaborada por Grupo Tcnico Assessor, sobre PadresReferenciais de Qualidade do Ar Interior, em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo, emanexo.Art. 2 Esta Resoluo entra em vigor na data de sua publicao.

    GONZALO VECINA NETO

    ANEXOOrientao Tcnica elaborada por Grupo Tcnico Assessor sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interiorem ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo

    I HISTRICO

    O Grupo Tcnico Assessor de estudos sobre Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientesclimatizados artificialmente de uso pblico e coletivo, foi constitudo pela Agncia Nacional de Vigilncia SanitriaANVISA, no mbito da Gerncia Geral de Servios da Diretoria de Servios e Correlatos e institudo por membrosdas seguintes instituies:Sociedade Brasileira de Meio Ambiente e de Qualidade do Ar de Interiores/BRASINDOOR, Laboratrio Noel

    Nutels , Instituto de Qumica da UFRJ, Ministrio do Meio Ambiente, Faculdade de Medicina da USP, OrganizaoPanamericana de Sade/OPAS, Fundao Oswaldo Cruz/FIOCRUZ, Fundao Jorge Duprat Figueiredo deSegurana e Medicina do Trabalho FUNDACENTRO/MTb, Instituto Nacional de Metrologia Normalizao eQualidade Industrial/INMETRO, Associao Paulista de Estudos e Controle de Infeco Hospitalar/APECIH e,Servio de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade/RJ, Instituto de Cincias Biomdicas ICB/USP e Agncia

    Nacional de Vigilncia Sanitria.Reuniu-se na cidade de Braslia/DF, durante o ano de 1999 e primeiro semestre de 2000, tendo como metas:1. estabelecer critrios que informem a populao sobre a qualidade do ar interior em ambientes climatizadosartificialmente de uso pblico e coletivo, cujo desequilbrio poder causar agravos a sade dos seus ocupantes;2. instrumentalizar as equipes profissionais envolvidas no controle de qualidade do ar interior, no planejamento,elaborao, anlise e execuo de projetos fsicos e nas aes de inspeo de ambientes climatizados artificialmentede uso pblico e coletivo .II ABRANGNCIAO Grupo Tcnico Assessor elaborou a seguinte Orientao Tcnica sobre Padres Referenciais de Qualidade do ArInterior em ambientes climatizados artificialmente de uso pblico e coletivo, no que diz respeito a definio devalores mximos recomendveis para contaminao biolgica, qumica e parmetros fsicos do ar interior, a

    identificao das fontes poluentes de natureza biolgica, qumica e fsica, mtodos analticos ( Normas Tcnicas001, 002, 003 e 004 ) e as recomendaes para controle ( Quadros I e II ).Recomendou que os padres referenciais adotadas por esta Orientao Tcnica sejam aplicados aos ambientesclimatizados de uso pblico e coletivo j existentes e aqueles a serem instalados. Para os ambientes climatizados deuso restrito, com exigncias de filtros absolutos ou instalaes especiais, tais como os que atendem a processos

    produtivos, instalaes hospitalares e outros, sejam aplicadas as normas e regulamentos especficos.

    III - DEFINIES

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    Para fins desta Orientao Tcnica so adotadas as seguintes definies, complementares s adotadas na PortariaGM/MS n. 3.523/98:

    a) Aerodispersides: sistema disperso, em um meio gasoso, composto de partculas slidas e/ou lquidas. O mesmoque aerosol ou aerossol.b) ambiente aceitvel: ambientes livres de contaminantes em concentraes potencialmente perigosas sade dosocupantes ou que apresentem um mnimo de 80% dos ocupantes destes ambientes sem queixas ou sintomatologia dedesconforto1,2c) ambientes climatizados: so os espaos fisicamente determinados e caracterizados por dimenses e instalaes

    prprias, submetidos ao processo de climatizao, atravs de equipamentos.

    ________________________1 World Health Organization. Indoor air quality: biological contaminants; Copenhagen, Denmark, 1983(European Series n 31).2 American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers,Inc. ANSI/ASHARAE 62-1989.Standard-Ventilation for Acceptable Indoor Air Quality, 1990.

    d) ambiente de uso pblico e coletivo: espao fisicamente determinado e aberto a utilizao de muitas pessoas.e) ar condicionado: o processo de tratamento do ar, destinado a manter os requerimentos de Qualidade do ArInterior do espao condicionado, controlando variveis como a temperatura, umidade, velocidade, material

    particulado, partculas biolgicas e teor de dixido de carbono (CO2).f) Padro Referencial de Qualidade do Ar Interior: marcador qualitativo e quantitativo de qualidade do arambiental interior, utilizado como sentinela para determinar a necessidade da busca das fontes poluentes ou dasintervenes ambientaisg) Qualidade do Ar Ambiental Interior: Condio do ar ambiental de interior, resultante do processo de ocupaode um ambiente fechado com ou sem climatizao artificial.h) Valor Mximo Recomendvel: Valor limite recomendvel que separa as condies de ausncia e de presena dorisco de agresso sade humana.

    IV PADRES REFERENCIAIS

    Recomenda os seguintes Padres Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes climatizados de usopblico e coletivo.

    1 - O Valor Mximo Recomendvel para contaminao microbiolgica deve ser 750 ufc/m3 de fungos, para arelao I/E 1,5, onde I a quantidade de fungos no ambiente interior e E a quantidade de fungos no ambienteexterior.3Quando este valor for ultrapassado ou a relao I/E for> 1,5, necessrio fazer um diagnstico de fontes para umainterveno corretiva. inaceitvel a presena de fungos patognicos e toxignicos.

    2 Os Valores Mximos Recomendveis para contaminao qumica so:2.1 - 1000 ppm de dixido de carbono ( CO2 ), como indicador de renovao de ar externo, recomendado paraconforto e bem-estar22.2 - 80 mg/m3 de aerodispersides totais no ar, como indicador do grau de pureza do ar e limpeza do ambienteclimatizado.4

    3 Os valores recomendveis para os parmetros fsicos de temperatura, umidade, velocidade e taxa de renovao doar e de grau de pureza do ar, devero estar de acordo com a NBR 6401 Instalaes Centrais de Ar Condicionado

    para Conforto Parmetros Bsicos de Projeto da ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas.53.1 - a faixa recomendvel de operao das Temperaturas de Bulbo Seco, nas condies internas para vero, devervariar de 230C a 260C, com exceo de ambientes de arte que devero operar entre 210C e 230C. A faixa mxima deoperao dever variar de 26,50C a 270C, com exceo das reas de acesso que podero operar at 280C. A seleoda faixa depende da finalidade e do local da instalao. Para condies internas para inverno, a faixa recomendvelde operao dever variar de 200C a 220C.3.2 - a faixa recomendvel de operao da Umidade Relativa, nas condies internas para vero, dever variar de

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    40% a 65%, com exceo de ambientes de arte que devero operar entre 40% e 55% durante todo o ano. O valormximo de operao dever ser de 65%, com exceo das reas de acesso que podero operar at 70%. A seleo dafaixa depende da finalidade e do local da instalao. Para condies internas para inverno, a faixa recomendvel deoperao dever variar de 35% a 65%.3.3 - a faixa recomendvel de operao da Velocidade do Ar, no nvel de 1,5m do piso, dever variar de 0,025 m/s a0,25 m/s. Estes valores so considerados mdios quando medidos com instrumento de alta sensibilidade.

    ___________________________3Kulcsar Neto, F & Siqueira, LFG. Padres Referenciais para Anlise de Resultados de QualidadeMicrobiolgica do Ar em Interiores Visando a Sade Pblica no BrasilRevista da Brasindoor. 2 (10): 4-21,1999.4 Conselho Nacional do Meio Ambiente CONAMA, Resoluo n. 03 de 28/06 / 1990.5 ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas, NBR 6401 Instalaes Centrais de Ar Condicionado paraConforto Parmetros Bsicos de Projeto, 1980.

    3.4 - a Taxa de Renovao do Ar adequada de ambientes climatizados ser, no mnimo, de 27 m3/hora/pessoa,exceto no caso especfico de ambientes como lojas, centros comerciais, bancos e outros, onde a taxa de ocupao de

    pessoas por m2 crtica. Nestes casos a Taxa de Renovao do Ar mnima ser de 17 m3/hora/pessoa, no sendoadmitido em qualquer situao que os ambientes possuam uma concentrao de CO2, maior ou igual a estabelecidanesta Orientao Tcnica como Valor Mximo Recomendvel.

    3.5 - o Grau de Pureza do Ar nos ambientes climatizados ser obtido utilizando-se, no mnimo, filtros de classe G-3nos condicionadores de sistemas

    Os padres referenciais adotados complementam as medidas bsicas definidas na Portaria GM/MS n. 3.523/98, de28 de agosto de 1998, para efeito de reconhecimento, avaliao e controle da Qualidade do Ar Interior nosambientes climatizados. Deste modo podero subsidiar as decises do responsvel tcnico pelo gerenciamento dosistema de climatizao, quanto a definio de periodicidade dos procedimentos de limpeza e manuteno doscomponentes do sistema, desde que asseguradas as freqncias mnimas para os seguintes componentes,considerados como reservatrios, amplificadores e disseminadores de poluentes.

    Componente Periodicidade

    Tomada de ar externo mensal

    Unidade filtrante mensal

    Serpentina de aquecimento mensal

    Serpentina de resfriamento mensal

    Umidificador mensal

    Ventilador semestral

    Plenum de mistura/casa de mquinas semestralInspeo semestral

    V FONTES POLUENTESRecomenda que sejam adotadas para fins de pesquisa e com o propsito de levantar dados sobre a realidade

    brasileira, assim como para avaliao e correo das situaes encontradas, as possveis fontes de poluentes

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    informadas nos Quadros I e II.

    QUADRO I

    Possveis fontes de poluentes biolgicos

    Agentes biolgicos Principais fontes em ambientesinteriores

    Principais Medidas de correo emambientes interiores

    Bactrias Reservatrios com gua estagnada,torres de resfriamento, bandejas decondensado, desumificadores,umidificadores, serpentinas decondicionadores de ar e superfciesmidas e quentes.

    Realizar a limpeza e a conservao dastorres de resfriamento; higienizar osreservatrios e bandejas de condensadoou manter tratamento contnuo paraeliminar as fontes; eliminar asinfiltraes; higienizar as superfcies.

    Fungos Ambientes midos e demais fontes demultiplicao fngica, como materiais

    porosos orgnicos midos, forros,

    paredes e isolamentos midos; arexterno, interior de condicionadores edutos sem manuteno, vasos de terracom plantas.

    Corrigir a umidade ambiental; mantersob controle rgido vazamentos,infiltraes e condensao de gua;

    higienizar os ambientes e componentesdo sistema de climatizao ou mantertratamento contnuo para eliminar asfontes; eliminar materiais porososcontaminados; eliminar ou restringirvasos de plantas com cultivo em terra,ou substituir pelo cultivo em gua(hidroponia); utilizar filtros G-1 narenovao do ar externo.

    Protozorios Reservatrios de gua contaminada,bandejas e umidificadores decondicionadores sem manuteno.

    Higienizar o reservatrio ou mantertratamento contnuo para eliminar asfontes.

    Vrus Hospedeiro humano. Adequar o nmero de ocupantes por m2

    de rea com aumento da renovao dear.; evitar a presena de pessoasinfectadas nos ambientes climatizados

    Algas Torres de resfriamento e bandejas decondensado.

    Higienizar os reservatrios e bandejasde condensado ou manter tratamentocontnuo para eliminar as fontes.

    Plen Ar externo. Manter filtragem de acordo com NBR-6401 da ABNT

    Artrpodes Poeira caseira. Higienizar as superfcies fixas emobilirio, especialmente os revestidoscom tecidos e tapetes; restringir oueliminar o uso desses revestimentos.

    Animais Roedores, morcegos e aves. Restringir o acesso, controlar osroedores, os morcegos, ninhos de avese respectivos excrementos .

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    QUADRO II

    Possveis fontes de poluentes qumicos

    Agentes qumicos Principais fontes em ambientesinteriores

    Principais medidas de correo emambientes interiores

    CO Combusto (cigarros, queimadores defoges e veculos automotores).

    Manter a captao de ar exterior combaixa concentrao de poluentes;restringir as fontes de combusto;manter a exausto em reas em queocorre combusto; eliminar ainfiltrao de CO proveniente de fontesexternas; restringir o tabagismo emreas fechadas.

    CO2 Produtos de metabolismo humano e

    combusto.

    Aumentar a renovao de ar externo;

    restringir as fontes de combusto e otabagismo em reas fechadas; eliminara infiltrao de fontes externas.

    NO2 Combusto. Restringir as fontes de combusto;manter a exausto em reas em queocorre combusto; impedir a infiltraode NO2proveniente de fontes externas;restringir o tabagismo em reasfechadas.

    O3 Mquinas copiadoras e impressoras alaser . Adotar medidas especficas para

    reduzir a contaminao dos ambientesinteriores, com exausto do ambienteou enclausuramento em locaisexclusivos para os equipamentos queapresentem grande capacidade de

    produo de O3.

    FormaldedoMateriais de acabamento, mobilirio,cola, produtos de limpezadomissanitrios

    Selecionar os materiais de construo,acabamento e mobilirio que possuamou emitam menos formaldedo; usar

    produtos domissanitrios que nocontenham formaldedo.

    Material particulado Poeira e fibras. Manter filtragem de acordo com NBR-6402 da ABNT; evitar isolamentotermo-acstico que possa emitir fibrasminerais, orgnicas ou sintticas para oambiente climatizado; reduzir as fontesinternas e externas; higienizar assuperfcies fixas e mobilirios sem ouso de vassouras, escovas ouespanadores; selecionar os materiais deconstruo e acabamento com menor

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    porosidade; adotar medidas especficaspara reduzir a contaminao dosambientes interiores (vide biolgicos);restringir o tabagismo em reasfechadas.

    Fumo de tabaco Queima de cigarro, charuto,cachimbo, etc.

    Aumentar a quantidade de ar externoadmitido para renovao e/ou exaustodos poluentes; restringir o tabagismoem reas fechadas.

    COV Cera, mobilirio, produtos usados emlimpeza e domissanitrios, solventes,materiais de revestimento, tintas,colas, etc.

    Selecionar os materiais de construo,acabamento, mobilirio; usar produtosde limpeza e domissanitrios que nocontenham COV ou que noapresentem alta taxa de volatilizao etoxicidade.

    COS-V Queima de combustveis e utilizaode pesticidas.

    Eliminar a contaminao por fontespesticidas, inseticidas e a queima de

    combustveis; manter a captao de arexterior afastada de poluentes.

    COV Compostos Orgnicos Volteis.COS-V Compostos Orgnicos Semi- Volteis.

    Observaes - Os poluentes indicados so aqueles de maior ocorrncia nos ambientes de interior, de efeitosconhecidos na sade humana e de mais fcil deteco pela estrutura laboratorial existente no pas.

    Outros poluentes que venham a ser considerados importantes sero incorporados aos indicados, desde que atendam

    ao disposto no pargrafo anterior.

    VI AVALIAO E CONTROLE

    Recomenda que sejam adotadas para fins de avaliao e controle do ar ambiental interior dos ambientesclimatizados de uso coletivo, as seguintes Normas Tcnicas 001, 002, 003 e 004.

    Na elaborao de relatrios tcnicos sobre qualidade do ar interior, recomendada a NBR-10.719 da ABNT -Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    Norma Tcnica 001

    Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise de Bioaerosol em Ambientes Interiores.

    Mtodo AnalticoOBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle ambiental da possvel colonizao, multiplicao e disseminao

    de fungos em ar ambiental interior.

    DEFINIES:Bioaerosol: Suspenso de microorganismos (organismos viveis) dispersos no ar.Marcador epidemiolgico: Elemento aplicvel pesquisa, que determina a qualidade do ar ambiental.

    Aplicabilidade:Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupaes comuns (no especiais).

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    Marcador Epidemiolgico: Fungos viveis.

    MTODO DE AMOSTRAGEM:Amostrador de ar por impactao com acelerador linear.

    PERIODICIDADE: Semestral.

    FICHA TCNICA DO AMOSTRADOR:

    Amostrador: Impactador de 1, 2 ou 6 estgios. Meio de Cultivo: Agar Extrato de Malte, Agar Sabouraud Destrosea 4%, Agar Batata Dextrose ou outro, desde que cientificamente validado.Taxa de Vazo: 25 a 35 l/min, recomendado 28,3 l/min. Tempo de Amostragem: 10 min. Em reas altamentecontaminadas um tempo de amostragem menor pode ser recomendvel.Volume Mnimo: 140 lVolume Mximo: 500 l Embalagem: Rotina de embalagem para proteo da amostra com nvel de biossegurana 2(recipiente lacrado, devidamente identificado com smbolo de risco biolgico) Transporte: Rotina de embalagem

    para proteo da amostra com nvel de biossegurana 2 (recipiente lacrado, devidamente identificado com smbolode risco biolgico)

    Calibrao: Semestral Exatido: 0,02 l/min.Preciso: 99,92 %

    ESTRATGIA DE AMOSTRAGEM:selecionar 01 amostra de ar exterior localizada nas proximidades da entrada da tomada de ar externo na altura de1,50 m do solo.selecionar ao menos 01 amostra de ar interior por andar ou de cada rea servida por um equipamento condicionadorde ar. Para grandes reas recomenda-se :

    rea construda (m2

    ) Nmero mnimo de amostras

    3.000 a 5.000 8

    5.000 a 10.000 12

    10.000 a 15.000 15

    15.000 a 20.000 18

    20.000 a 30.000 21

    Acima de 30.000 25

    o amostrador deve estar localizado na altura de 1,50m do solo, no centro do ambiente ou em zona ocupada.

    PROCEDIMENTO LABORATORIAL: Mtodo de cultivo e quantificao segundo normatizaes universalizadas.Tempo mnimo de incubao de 7 dias a 250C., permitindo o total crescimento dos fungos.

    BIBLIOGRAFIA:"Standard Methods for Examination of Water and Wastewater".

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    17 th ed. APHA, AWWA, WPC.F; "The United States Pharmacopeia". USP, XXIII ed., NF XVIII, 1985.NIOSH- National Institute for Occupational Safety and Health, NIOSH Manual of Analytical Methods (NMAM),BIOAEROSOL SAMPLING (Indoor Air) 0800, Fourth Edition.IRSST Institute de Recherche en Sant et en Securit du Travail du Quebec, Canada, 1994.Members of the Thecnicae Advisory Committee on Indoor Air Quality, Commission of Public Health Ministry ofthe Environment Guidelines for Good Indoor Air Quality in Office Premises, Singapore.

    Norma Tcnica 002

    Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise da Concentrao de Dixido de Carbono emAmbientes Interiores.

    Mtodo Analtico

    OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle do processo de renovao de ar em ambientes climatizados.

    APLICABILIDADE:Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo.

    MARCADOR EPIDEMIOLGICO: Dixido de carbono ( CO2 ) .

    MTODO DE AMOSTRAGEM:Equipamento de leitura direta.

    PERIODICIDADE: Semestral.

    FICHA TCNICA DOS AMOSTRADORES:

    Amostrador: Leitura Direta por meio de sensor infravermelho no dispersivo ou clula eletroqumica.

    Calibrao: Anual ou de acordo com especificao dofabricante.

    Faixa: de 0 a 5.000 ppm.Exatido: 50 ppm + 2% do valor medido

    ESTRATGIA DE AMOSTRAGEM:selecionar 01 amostra de ar exterior localizada nas proximidades da entrada da tomada de ar externo na altura de1,50 m do solo.selecionar ao menos 01 amostra de ar interior por andar ou de cada rea servida por um equipamento condicionadorde ar. Para grandes reas recomenda-se :

    rea construda (m2) Nmero mnimo de amostras

    3.000 a 5.000 8

    5.000 a 10.000 1210.000 a 15.000 15

    15.000 a 20.000 18

    20.000 a 30.000 21

    Acima de 30.000 25

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    o amostrador deve estar localizado na altura de 1,50m do solo, no centro do ambiente ou em zona ocupada.

    PROCEDIMENTO DE AMOSTRAGEM: As medidas devero ser realizadas em horrios de pico de utilizao doambiente.

    Norma Tcnica 003

    Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem. Determinao da Temperatura, Umidade eVelocidade do Ar em Ambientes Interiores.

    Mtodo Analtico

    OBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle do processo de climatizao de ar em ambientes climatizados.

    APLICABILIDADE:Ambientes interiores climatizados, de uso coletivo.

    MARCADORES: Temperatura do ar ( C )

    Umidade do ar ( % )Velocidade do ar ( m/s ) .

    MTODO DE AMOSTRAGEM:Equipamentos de leitura direta. Termo-higrmetro e Termo-anemmetro.

    PERIODICIDADE: Semestral.

    FICHA TCNICA DOS AMOSTRADORES:

    Amostrador: Leitura Direta Termo-higrmetro. Princpio de operao: Sensor de temperatura do tipo termo-resistncia. Sensor de umidade do tipo capacitivo ou por condutividade eltrica.

    Calibrao: Anual Faixa: 0 C a 70 C de temperatura5% a 95 % de umidade Exatido: 0,8 C detemperatura 5% do valor medido de umidade

    Amostrador: Leitura Direta Termo-anemmetro.Princpio de operao: Sensor de velocidade do ar do tipo fio aquecido ou fio trmico.

    Calibrao: Anual Faixa: de 0 a 10 m/s

    Exatido: 0,03 m/s 4% do valor medido

    Norma Tcnica 004

    Qualidade do Ar Ambiental Interior. Mtodo de Amostragem e Anlise de Concentrao de Aerodispersides emAmbientes Interiores.

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    Mtodo AnalticoOBJETIVO: Pesquisa, monitoramento e controle de aerodispersides totais em ambientes interiores climatizados.

    Aplicabilidade:Ambientes de interior climatizados, de uso coletivo, destinados a ocupaes comuns (no especiais).

    Marcador Epidemiolgico: Poeira Total (mg/m3 ).

    MTODO DE AMOSTRAGEM:Coleta de aerodispersides por filtrao (MB-3422 da ABNT).

    PERIODICIDADE: Semestral.

    FICHA TCNICA DO AMOSTRADOR:

    Amostrador: Unidade de captao constituda por filtros de PVC, dimetro de 37 mm e porosidade de 5 mm dedimetro de poro especfico para poeira total a ser coletada; Suporte de filtro em disco de celulose; Porta-filtro em

    plstico transparente com dimetro de 37 mm. Aparelhagem: Bomba de amostragem, que mantenha ao longo doperodo de coleta, a vazo inicial de calibrao com variao de 5%.Taxa de Vazo: 1,0 a 3,0 l/min, recomendado 2,0 l/min.Volume Mnimo: 50 l

    Volume Mximo: 400 lTempo de Amostragem: 50 l 17 min ; 400 l 133 minEmbalagem: RotinaTransporte:

    Calibrao: Em cada procedimento de coleta Exatido: 5% do valor medido

    PROCEDIMENTO DE COLETA: MB-3422 da ABNT.PROCEDIMENTO DE CALIBRAO DAS BOMBAS: NBR- 10.562 da ABNTPROCEDIMENTO LABORATORIAL: NHO 17 da FUNDACENTRO

    VII - INSPEO

    Recomenda que os rgos competentes de Vigilncia Sanitria com o apoio de outros rgos governamentais,organismos representativos da comunidade e dos ocupantes dos ambientes climatizados, utilizem esta OrientaoTcnica como instrumento tcnico referencial, na realizao de inspees e de outras aes pertinentes nosambientes climatizados de uso pblico e coletivo.

    VIII RESPONSABILIDADE TCNICA

    Recomenda que os proprietrios, locatrios e prepostos de estabelecimentos com ambientes ou conjunto deambientes dotados de sistemas de climatizao com capacidade igual ou superior a 5 TR (15.000 kcal/h = 60.000BTU/h), devam manter um responsvel tcnico com as seguintes atribuies:

    a) realizar a avaliao biolgica, qumica e fsica das condies do ar interior dos ambientes climatizados;b) proceder a correo das condies encontradas, quando necessria, para que estas atendam ao estabelecido noArt. 4 desta Resoluo;c) manter disponvel o registro das avaliaes e correes realizadas; ed) divulgar aos ocupantes dos ambientes climatizados os procedimentos e resultados das atividades de avaliao,correo e manuteno realizadas.

    Considera como responsvel tcnico, o profissional que tem competncia legal para exercer as atividades descritasnas anlises preconizadas, em conformidade com a regulamentao profissional vigente no pas.

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    A responsabilidade tcnica pelas anlises laboratoriais realizadas dever estar desvinculada da responsabilidadetcnica pela realizao dos servios de limpeza e manuteno do sistema de climatizao.

    (Of. El. n 370/2000)