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Porteiro e vigilante indenização e acúmulo de função Por VALMIR AR/5T1DE5 Veja o que diz a convenção do Sin- dicato dos empregados de edificios comerciais e residenciais de São Paulo sobre o trabalho do porteiro: Parágrafo Segundo - Porteiro ou Vigia (diurno e noturno) é o empregado que executa os serviços de portaria, tais como: a) Receber e distribuir a correspondência destinada aos condôminos ou inquilinos; (sem sair da portaria); b) Transmitire cumprir as ordens do zelador; c) Fiscalizar a entrada e saída de pessoas; d) Zelar pela ordem e respeito entre os usu- ários e ocupantes de unidades autônomas; e) Dar conhecirnento ao zelador de todas as reclamações que ocorrerem durante a suajornada. São muitos os condomínios e indústrias que se utilizam dos porteiros (ou vigias), para que durante à noite façam vigilância a pé ou motorizado em todo o perímetro do patrimônio. Todos sabem que a função. de VIGILANTE só é autorizada pela POLICIA FEDERAL e se for oferecida por empresa terceirizada, a mesma tem que ser autorizada e regis- trada pela POLÍCIA FEDERAL. Mas o fato é que as pessoas que contra- tam fazem vista grossa para a exigência da lei e acabam por pagar caro por isso, visto que sujeitam todos os moradores do condomínio a arcar com multas altíssimas, além de indenizações estratosféricas para os porteiros, pois para estes, que tem o salário na categoria de porteiro e executam rondas no condomínio, significa dinheiro em caixa quando quiserem processar o condomínio por acÚffiulo de função e equi- paração salarial para a função de vigilante. Não obstante disso estão as empresas de administração de portaria que oferecem funcionários registrados como porteiros e os colocam para atuar também como vigilantes. É fatal que na hora de um pro- cesso trabalhista, o condomínio acaba como co-responsável pela quebra da lei e poderá ter que arcar' com indenizações. Até porque não são raros os casos de fun- cionários que processam a empresa que o contratou, concomitante ao condomínio ou indústria onde exercia o trabalho. O fato é que todo mundo quer economizar e isto acaba sendo um prato cheio para algumas empresas 'de administração de condomínio, que para não perder negócios, não informam o contratante sobre estas peculiaridades da lei e atuam contando com a sorte da falta de fiscalização e com o receio dos funcionários em denunciar ou abrir processos trabalhistas. Não se pode deixar de fora incidentes, tragédias ou crimes que ·possam ocorrer no local. É onde tudo vem à tona e todo/) ,poderão pagar pelos danos. Também não são raros os casos onde o condomínio fica amarrado com os pro- fissionais de portaria, pois se tiver que dispensar alguém, a indenização poderá inviabilizar a dispensa. Estou acostumado a ver condomínios que utilizam os porteiros como vigilantes, ou como jardineiros ou como caseiros, e tudo vai bem até haver algum descontentamento de qualquer das partes. Numa entrevista a um candidato soube que no curso de porteiro e de vigilante que ele havia feito, os professores falavam sobre as funções de cada cargo e sobre os acúmulos de função. E concomitante a isso, os professores orientavam para que os alunos ficassem tranquilos quando ocorresse esta situação e prolongassem o maior tempo possível amealhando com- provações, pois, num processo trabalhista isto era dinheiro garantido. Talvez seja esse o motivo para tanta procura para cursos de porteiro e vigilante. Costumo aconselhar síndicos/empresários para que façam contratação direta de por- teiros e contratem à parte uma consultoria e assessoria para treinamento e acompa- nhamento dos assuntos e problemas de segurança do condomínio ou indústria. Garante-se com isso uma grande econo- mia, com uma enorme segurança, pois a consultoria e assessoria acompanhada de apoio jurídico fazem com que o síndico/ industrial não tenha que se descabelar para resolver os problemas dia e noite. Se o objetivo do condomínio é ter vigilantes para rondas, é melhor contratar profissio- nais com curso de vigilante e registrar o condomínio e o profissional na POLÍCIA FEDERAL, e novamente uma assessoria poderá ajudar. O que se vê é que os condomínios acabam por deixar nas costas do síndico toda a carga de trabalho e solução de problemas e nem sempre o sindico tem a disponi- bilidade de tempo e conhecimento legal das exigências que regem este segmento. Se o sindico faz algo errado e acaba em prejuízo, todos acabam pagando, pois é mais dificil pedir ressarcimento ao síndico, que fatalmente é um amigo/Vizinho que está dispondo do seu tempo para ajudar a todos do condomínio. O síndico teria que exercer o papel de in- terlocutor, fiscal e cobrador da assessoria, que de forma especializada e responsável, deverá prestar contas às solicitações que o sindico apontar. Seria até interessante montar uma empresa i específica para assessoria administrativa, operacional,jurídica e trabalhista, dedi- cada aos condomínios e empresas, pois o Cidade está carente. . Fica aí uma bela dica para profissionais de segurança com formação e estrutura adminis11rativa e jurídica que queiram fortalecer nossa cidade e região com tamanho porte de solução. Normalmente os condomínios terceirizam por receio de que algum funcionário venha a faltar e deixar a portaria na mão. Atualmente é muito fácil resolver com um simples planejamento estratégico de suporte avulso. É incrível o número de candidatos à procura do emprego de segurança, portaria, vigia e vigilante. Basta colocar um anúncio no jornal e esteja preparado para uma fila enorme à sua porta. Até a próxÍma! VaImir Aristides, consultor de segurança e fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda- Empresa especializada em tecnologias e soluções em segurança. Formado em Eletrônica, tendo atuado na área técnica nas Enipresas mM-International Business Machines e ITT-Internatiortal Telegraphs & Telecomunications, foi o FUndador-Presidente daREB-PM -Rede de Emergência Bragantina na Polícia Militar e atuou por 2 anos como Diretor do SPC - Serviço de Proteção ao Crédito na Câmara de Dirigentes Lojistas de Bragança Paulista (CDL).;

Porteiro e vigilante indenização e ... - Sistema COP · fundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda

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Porteiro e vigilanteindenização e acúmulo de função

Por VALMIR AR/5T1DE5

Veja o que diz a convenção do Sin­dicato dos empregados de edificioscomerciais e residenciais de SãoPaulo sobre o trabalho do porteiro:

Parágrafo Segundo - Porteiro ou Vigia(diurno e noturno) é o empregado queexecuta os serviços de portaria, tais como:a) Receber e distribuir a correspondênciadestinada aos condôminos ou inquilinos;(sem sair da portaria);b) Transmitire cumprir as ordens do zelador;c) Fiscalizar a entrada e saída de pessoas;d) Zelar pela ordem e respeito entre os usu­ários e ocupantes de unidades autônomas;e) Dar conhecirnento ao zelador de todasas reclamações que ocorrerem durante asuajornada.São muitos os condomínios e indústriasque se utilizam dos porteiros (ou vigias),para que durante à noite façam vigilânciaa pé ou motorizado em todo o perímetrodo patrimônio.Todos sabem que a função. de VIGILANTEsó é autorizada pela POLICIA FEDERALe se for oferecida por empresa terceirizada,a mesma tem que ser autorizada e regis­trada pela POLÍCIA FEDERAL.Mas o fato é que as pessoas que contra­tam fazem vista grossa para a exigênciada lei e acabam por pagar caro por isso,visto que sujeitam todos os moradores docondomínio a arcar com multas altíssimas,além de indenizações estratosféricas paraos porteiros, pois para estes, que tem osalário na categoria de porteiro e executamrondas no condomínio, significa dinheiroem caixa quando quiserem processar ocondomínio por acÚffiulo de função e equi­paração salarial para a função de vigilante.Não obstante disso estão as empresas de

administração de portaria que oferecemfuncionários registrados como porteirose os colocam para atuar também comovigilantes. É fatal que na hora de um pro­cesso trabalhista, o condomínio acabacomo co-responsável pela quebra da leie poderá ter que arcar' com indenizações.Até porque não são raros os casos de fun­cionários que processam a empresa que ocontratou, concomitante ao condomínioou indústria onde exercia o trabalho.O fato é que todo mundo quer economizare isto acaba sendo um prato cheio paraalgumas empresas 'de administração decondomínio, que para não perder negócios,não informam o contratante sobre estaspeculiaridades da lei e atuam contandocom a sorte da falta de fiscalização e como receio dos funcionários em denunciar ouabrir processos trabalhistas.Não se pode deixar de fora incidentes,tragédias ou crimes que ·possam ocorrerno local. É onde tudo vem à tona e todo/),poderão pagar pelos danos.Também não são raros os casos onde ocondomínio fica amarrado com os pro­fissionais de portaria, pois se tiver quedispensar alguém, a indenização poderáinviabilizar a dispensa.Estou acostumado a ver condomínios queutilizam os porteiros como vigilantes, oucomo jardineiros ou como caseiros, e tudovai bem até haver algum descontentamentode qualquer das partes.Numa entrevista a um candidato soubeque no curso de porteiro e de vigilanteque ele havia feito, os professores falavamsobre as funções de cada cargo e sobre osacúmulos de função. E concomitante aisso, os professores orientavam para que

os alunos ficassem tranquilos quandoocorresse esta situação e prolongassemo maior tempo possível amealhando com­provações, pois, num processo trabalhistaisto era dinheiro garantido. Talvez sejaesse o motivo para tanta procura paracursos de porteiro e vigilante.Costumo aconselhar síndicos/empresáriospara que façam contratação direta de por­teiros e contratem à parte uma consultoriae assessoria para treinamento e acompa­nhamento dos assuntos e problemas desegurança do condomínio ou indústria.Garante-se com isso uma grande econo­mia, com uma enorme segurança, pois aconsultoria e assessoria acompanhada deapoio jurídico fazem com que o síndico/industrial não tenha que se descabelarpara resolver os problemas dia e noite.Se o objetivo do condomínio é ter vigilantespara rondas, é melhor contratar profissio­nais com curso de vigilante e registrar ocondomínio e o profissional na POLÍCIAFEDERAL, e novamente uma assessoriapoderá ajudar.O que se vê é que os condomínios acabampor deixar nas costas do síndico toda acarga de trabalho e solução de problemase nem sempre o sindico tem a disponi­bilidade de tempo e conhecimento legaldas exigências que regem este segmento.Se o sindico faz algo errado e acaba emprejuízo, todos acabam pagando, pois émais dificil pedir ressarcimento ao síndico,que fatalmente é um amigo/Vizinho queestá dispondo do seu tempo para ajudara todos do condomínio.O síndico teria que exercer o papel de in­terlocutor, fiscal e cobrador da assessoria,que de forma especializada e responsável,

deverá prestar contas às solicitações queo sindico apontar. ,Seria até interessante montar uma empresa iespecífica para assessoria administrativa,operacional,jurídica e trabalhista, dedi­cada aos condomínios e empresas, pois oCidade está carente. .Fica aí uma bela dica para profissionaisde segurança com formação e estruturaadminis11rativa e jurídica que queiramfortalecer nossa cidade e região comtamanho porte de solução.Normalmente os condomínios terceirizampor receio de que algum funcionário venhaa faltar e deixar a portaria na mão.Atualmente é muito fácil resolver comum simples planejamento estratégicode suporte avulso. É incrível o númerode candidatos à procura do empregode segurança, portaria, vigia e vigilante.Basta colocar um anúncio no jornal eesteja preparado para uma fila enormeà sua porta.

Até a próxÍma!

VaImir Aristides, consultor de segurança efundador da Eco Sistema Eletrônico Ltda­Empresa especializada em tecnologias esoluções em segurança.Formado em Eletrônica, tendo atuado naárea técnica nas Enipresas mM-InternationalBusiness Machines e ITT-InternatiortalTelegraphs & Telecomunications, foi oFUndador-Presidente daREB-PM -Rede deEmergência Bragantina na Polícia Militare atuou por 2 anos como Diretor do SPC- Serviço de Proteção ao Crédito naCâmara de Dirigentes Lojistas deBragança Paulista (CDL).;