p. o. Ator de rua de palco, performer multimidia com trabalhos independentes, que após experimentar a linguagem teatral na Escola de Teatro da UFPA, inicia uma pesquisa em performance. Em 2003 dedica-se a observar/conhecer o mercado do Ver-o-Peso - maior feira livre da América Latina. No ano seguinte participa de uma oficina voltada ao estudo do contemporâneo, que resulta no I Encontro de Performance e Performers, e é a partir daí que o artista inicia sua produção na linguagem da performance.

BARATO É AQUI! 2004

Um vendedor ambulante carrega sua barraca/gaiola.O produto: agressões para se fazer ao vendedor.Por preços acessíveis o fregues pode agredir a vontade.

Este trabalho é resultado da observação do mercado do ver-o-peso somado a inconformidade do artista com a exploração da violência pelos meios de comunicação.

BARATO É AQUI! 2006

O multiplicidade 2006 foi um encontro de intervenção urbana em Vitória-ES, organizado pelo coletivo entretantos. Vivência em outra cidade.Experiência Coletiva.Produção Independente.

Jogos de luta e guerra, vale-tudo, noticiários sobre violência, imagens de brigas. Tudo isso vende!

BARATO É AQUI! 2007

Após a intervenção em Vitória, retornando a Belém, p.o. se reúne com amigos e juntos idealizam o primeiro encontro do coletivo arRUAssa, e nesse encontro, a performance é experienciada pela terceira vez

A gaiola é o sistema que o aprisiona.Os preços da tabela são valores referenciais de despesas do artista com a obra e taxas de mercado de produtos como dólar, ouro e petróleo.

O CANTO DA VACA 2008 – 2010O consumo de carne animal. O consumo de seres humanos.

Esta performance foi concebida em 2007, mas só executada em 2008 no corredor polonês, ateliê de arte em Belém.

HormôniosRemédiosSeleçãoAbateComerProduto

O CANTO DA VACA 2010

A SDDH (Sociedade de Defesa dos Direitos Humanos) organizou o Café com Direitos: evento na rua com ações imersivas e cineclubismo.

Em um canto de uma avenida da metrópole o homem-vaca entoa um canto.

ELE FAL(H)OU 2008Reflexões sobre o ser humano e o lixo que cada um produz levaram o performer a conceber esta ação, que foi apresentada pela primeira vez na UFPA no ENEL (Encontro Nacional de Estudantes de Letras) em 2008.

ELE, profeta/mendigo/anjo, FALOU os útimos ditos proféticos já ditos, referindo-se a um trecho do livro Os Irmãos Karamazóv de Dostoiévsky, em que o stáriets Zósima admoesta sobre a sua aparente total liberdade e poder do homem , que na verdade é dependnte e escravo de suas necessidades cada vez maiores criadas por ele mesmo.

ELE, o homem como ser humano vivente deste meio/logos/espaço, FALHOU em vários aspectos, mas principalmente em sua relação com a natureza.

Estar no Fórum Social Mundial, no Acampamento Intercontinental da Juventude, e executar esta ação foi uma experiencia única para p.o.

ELE FAL(H)OU 2009

O transito de pessoas era grande, a quantidade de lixo espalhada maior ainda.

Ele ia amarrando o lixo a sua roupa, adorando ao deus-lixeira e exaltando à mãe natureza.

DE_LEITE 2010Ao completar 33 anos, no dia 12 de novembro de 2010, o artista convida os amigos para juntos celebrarem seu aniversario de uma forma diferente.

A primeira personagem de rua construida por p.o. foi Sophia Mezzo, cyberdragtransqueer, que transitava pela noite paraense e suas boites.

O artista, com auxilio de seus amigos construiu novamente a personagem, desfilou rumo ao mercado do Ver-o-Peso, ao encontro de seu balde de leite.

E derramou leite sobre signos lavou de leite a pedra do Ver-o-Pesotomou banho de leitedeleite o leite

e disse mãe:“e ao pores uma como adorno cabeça, ‘com baldes não se brinca’, logo disse e teimosamente enfiaste aos teus sensores pueris trama de se querer quedar em brincadeiras gostosas sobre leite. que mistura afã.(...)talvez a condenação ao que se desperdiça a tenha dominado de tal forma que nem ele se dê conta de tamanhos baldes que em risco se põe a balançar!”