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PORTIFOLIO
ARQUITETO ADRIANO CARNEVALE DOMINGUES
E-mail: [email protected]
mailto:[email protected]
RESIDENCIA SHANGRI-L 01
Devido ao formato do terreno e a inteno de deixar a maior rea livre
possvel, a residncia foi implantada no fundo do lote, liberando a perspectiva de
seu entorno.
Assim implantada, a fachada frontal fica voltada para o sudeste, ficando
prejudicado o aproveitamento de grande parte de seu interior da luz e ventilao
naturais, levando soluo de fragmentar a cobertura afim de deixa-la
visualmente permevel, criando assim, pontos de tenso e ruptura da unidade.
A construo tem um s nvel; com salas de estar, jantar e TV, cozinha,
despensa, rea de servio, 02 dormitrios, 01 banheiro social, sute de casal,
oficina, atelier e churrasqueira.
Nesta arquitetura, as partes intercomunicam-se, interferem-se e se unem,
descaracterizando os limites do programa; propositalmente quebram ngulos e
em relao ao reticulado ortogonal do piso, invadem e movimentam os espaos.
As partes truncadas por prgolas e planos movimentados
descompassadamente que geram aberturas em suas extenses; (continuidade
vertical) cobrem como uma pele que no s envolve mas descasca, abre o interior
e d vida a sua essncia; aproveitando e interagindo com a natureza, captando a
luz solar, tornando-a de certa forma, uma unidade autnoma poupando gastos de
eletricidade, assim como as placas solares que aquecem as guas.
O telhado de cermica com poucas guas dialoga com o contexto da
regio remetendo a tipologia presente no entorno. Uma vez inserida neste
contexto, a residncia quebra a repetio, criando em si, relaes de oposio que
marcam uma identidade no comparativa.
Fazendo uma analogia msica, cito Stravinsky ao descrever sua obra:
Em minha msica, no me interessa a harmonia, mas a intensidade dos
intervalos; reforo a intruso, mesmo que funcional, de um novo ritmo na
cobertura at ento harmnico com o entorno.
A arquitetura agora rompida, no une mais geometrias para qualificar os
espaos e os justificar como ambientes, mas movimenta os limites e muda a
percepo.
PUBICAO NO ARCHDAILY BRASIL:
http://www.archdaily.com.br/br/01-32538/residencia-shangri-la-01-adriano-carnevale-
domingues
http://www.archdaily.com.br/br/01-32538/residencia-shangri-la-01-adriano-carnevale-domingueshttp://www.archdaily.com.br/br/01-32538/residencia-shangri-la-01-adriano-carnevale-domingues
IGREJA COMUNITRIA
Olho para o cu buscando a Deus e sinto que minha f quebra a realidade
quando vejo o movimento das coisas que me cercam e que s existem para mim da
forma em que posso percebe-las. Para cada um o mundo feito, no para todos. Crio a
dimenso e a enquadro.
Olho para o cho buscando a Deus e sinto meus ps parte dele; pois s me
descolo por um instante para logo encontra-lo, quem sabe talvez at com minhas mos.
Cada pessoas se conhece subjetivamente por EU e se analisa por partes de
uma total complexidade que existe pela relao entre inmeros EUS.
S apenas nos seres humanos esta relao chega ao ponto da filosofia que em
todo o resto se caracteriza por um ciclo de coao irracional com a mesma classificao
de EUS.
Ento, sinto a somatria de indivduos, de percepes diferentes, de um ser s,
de EU, de EUS, de DEUS. Ento se olho para o cu, busco puramente contemplao e
se no cho me encontro, movimento-me para a percepo de D(EU)S.
A obra ser implantada de modo que no separe a natureza presente no local e
permita que os fiis e padres criem relaes das partes em que a construo enquadrar
da criao divina.
De formato retangular, uma marquise plana perifrica, 4,00 metros de altura,
delimitar, a uma primeira viso, o corpo construdo. Esta marquise, simbolicamente,
coroar a cobertura que levemente inclinada apontar tanto para o solo quanto para o
cu; como em sinal de respeito, esta cabea, agora coroada, louva e se une a toda a
criao.
Esta cobertura central permitir que a nave e o altar da igreja tenham a luz solar
como principal iluminao e a perspectiva do cu como fundo ou parte da nossa viso.
O altar tem ao fundo duas paredes desencontradas de 2,50 metros de altura e 30
centmetros de distncia que as separam no eixo central da igreja.
Esta distncia, criada pelo desencontro, forma a haste vertical da cruz tendo o
sacrrio como nico ponto de encontro destas paredes e base da mesma cruz.
No topo destas paredes, no sentido do seu desencontro central (haste vertical)
para os seus lados, h um desnvel de aproximadamente 30 centmetros a fim de formar
a haste horizontal da cruz; e por fim, uma coroa de espinhos pendurada sobre todo o
conjunto.
Atrs do altar, seguindo o mesmo eixo central, fica uma rea reservada para o
confessionrio. Do lado esquerdo fica a sacristia/sala de reunies com acesso tanto
interno da igreja como externo para o sanitrio de uso exclusivo do padre e acesso aos
confessionrios. Do lado direito esto os sanitrios masculino e feminino, sendo um,
dimensionado para a utilizao de deficientes fsicos; e um sanitrio de uso exclusivo do
padre, todos com acesso externo igreja.
Envolvendo toda a igreja, um sinuoso fechamento de estrutura metlica circular
com distncia de 1,20 metros cada, com placas de perfil de madeira revestido de juta tratada filtram a luminosidade e viso, permitindo quando destravadas, seu movimento
ao vento e percepo ao tempo enquadrado em imagens da complexa criao. Estas
placas de madeira e juta podero ser manufaturadas pela prpria comunidade, a fim de
reduzir o custo da obra e incentivar a unio comunitria.
Este revestimento de juta tratada acolhe os fiis junto natureza e remete
vestimenta e manto de Cristo; uma vez que a cruz posta no exterior, inclinada junto ao
solo, indica a sua presena e quem sabe sua passagem.
Os bancos de madeira esto dispostos nas laterais da nave a fim de liberar o eixo
central que liga o exterior ao altar e que ser revestido com cimento queimado
facilitando a locomoo dos fiis; uma vez que o piso sob os bancos ser de pedras de
paraleleppedos sobre o solo sem a utilizao de cimento para o seu travamento,
propositalmente far com que cada indivduo preste ateno ao solo em que pisa, na
vida em que brota espontaneamente sob seus ps, alterando seu ritmo e o levando a
respeitar nossas prprias fragilidades.
Os sentidos levaro percepo individual da obra e o que a emoldura.
A viso criar focos de luz, sombras, infinito, fragmentos e totalidade. A audio
ampliar o volume daquilo que existe mas nos por vezes invisvel. Os materiais que s
atravs do tato nos mostrar a identidade daquilo que nos cerca de vrias texturas e
movimentos; filtrando em nosso olfato, cheiros trazidos pelos ventos.
E por fim, receberemos o corpo de Cristo em nossas bocas e todos os sentidos
nos levaro percepo de d(EU)s.
RESIDNCIA SHANGRI-L 02
Este projeto foi encomendado por uma famlia constituda de 04 pessoas; 02 adultos e
02 crianas. O terreno de 1.200,00m2 fica na regio de Campinas, interior de So Paulo
em um condomnio fechado, na esquina da rua Dr. Jos Mrcio com a rua Raul Guedes
de Melo
A idia do projeto, surgiu no apenas do programa comum uma residncia, mas da
ocupao fluida de um abrigo que indica um percurso, um caminho, uma continuidade
espacial que parte do solo ocupado e se projeta ao cu como se explicssemos as formas
sinuosas da natureza, de uma montanha, atravs do movimento mmico, silencioso.
Da mesma maneira que ao arrancarmos algo do solo, trazemos parte dele junto; trago
junto este movimento, ligaes ao seu plano de origem, mostrando a raiz submersa
que estrutura o movimento sinuoso de um gesto natural e que desenvolve a essncia e o
programa do projeto.
Este percurso caracterizado por lajes inclinadas, abre o bloco convencional livre
escolha de circulao e evita a hierarquizao dos espaos.
A residncia formada por 03 dormitrios retangulares com seus respectivos banheiros,
intercalados por ambientes de apoio, tais como dormitrio de hospedes, biblioteca, sala
de brinquedos, etc..., sendo caracterizado dependendo da necessidade.Garagem para 04
autos, cozinha com despensa, rea de servio externa e grande salo com sala de
televiso. Parte da cozinha, em diagonal, uma mesa em direo ao salo com funo de
bancada para cuba e fogo, e apoio s refeies. Esta mesa/bancada, filtra o espao
comum do espao privado/intimo caso seja de interesse.
Os quadrantes norte e leste so fechados para proteo trmica, tendo abertura apenas
nos dormitrios de muxarabis de madeira, permitindo a ventilao e o acesso externo.
No quadrante oeste, um grande painel de muxarabi de madeira, garante a sombra e a
intimidade do salo em relao a rua. Este painel de madeira possui abertura para acesso
externo, onde a continuidade do jardim retomada.
Estas lajes inclinadas, sero revestidas de pedra portuguesa referente s caladas
urbanas, continuando assim a idia da no interrupo do percurso, mesmo que apenas
visual, em lote privado, alm de auxiliar na impermeabilizao e conforto trmico.
A apresentao de um projeto, para alguns, no representa arquitetura, j que no se
trata de objeto construdo; mas pretende-se aqui, por um instante, abstrair a futura
construo ou proprietrios, como as casas sem donos de Lcio Costa, evidenciando
mais uma vez a idia decorrente da liberdade de criao, da dissoluo do cubo rgido e
nem sempre racional que hoje se repete como soluo preguiosa, imediata e decorativa.
Os cubos de concreto e vidro que se opunham s casas de estilos, hoje, se tornam as
mesmas.
ABRIGO / MANIFESTO Arquiteto Adriano Carnevale Domingues
Sai da tua infncia, amigo, desperta !
Jean-Jacques Rousseau
A justia social no um princpio de massa, mas sim, de indivduos. Mesmo que a
massa se satisfaa com seu estado, h sempre um indivduo que sofre. Poderia haver
justia humana nisso? Se respondermos que sim, justificaramos a opresso... Para
construir uma sociedade justa preciso que essas pessoas exiladas, recebam
primeiramente justia. Chama a esta pessoa, o habitante. Chama a esta pessoa de voc,
voc mesmo.
Trecho extrado do texto Anarquitetura: A arquitetura uma ao poltica. do
arquiteto americano Lebbeus Woods.
Final do ano de 2004, os automveis ainda continuam sobre a terra, o tempo
ultrapassa a sua relao com o espao, transformando a imagin(ao) em virtualidade. A
pobreza aumenta e a grande maioria vive mal, dos ricos aos pobres, das casas s
cidades; ns arquitetos estaremos fadados, ao total desprezo e mal entendimento por
parte de quem nos contrata, enquanto ficarmos pensando na massa como constituio
social, incentivando cpia, inutilidade, repetio de estilos globais e fotognicos,
esquivando-nos das resolues e questionamentos pontuais.
Estamos presenciando um Classicismo de segunda patrocinado por pessoas que
enriqueceram no mundo moderno mas fingem viverem como lordes em uma
sociedade feudal.
Estamos deixando apagar os rastros deixados pelos grandes arquitetos, devemos
abrir as portas de nossas reunies profissionais, devemos por nas ruas as nossas
percepes, para que a sociedade civil entenda e veja pelos nossos olhos.
Talvez a arquitetura no seja realmente importante, como diz o Arq. Oscar
Niemeyer, e que o importante mudar este mundo injusto; mas utilizaremos ento a
arquitetura como uma de nossas ferramentas , j que est na ao, inteno e inveno a
diferena que nos qualifica.
Moraramos nas cidades, no como quem ocupa casulos com vista para o cu e
ignora o cho sujo. O ABRIGO / MANIFESTO foi criado para, primeiramente, proteger seres
humanos que se encontrem em lugares diversos e depois alterar a percepo daqueles
que passam e no enxergam nada alm de seus celulares.
Este abrigo constitudo de duas bases de ripas de madeira dispostas
paralelamente com distncia de aproximadamente 1,00 metro (varivel de acordo com a
necessidade) por onde saem fios de arame de ao revestidos por mangueiras de
borracha, permitindo mobilidade e maleabilidade.
Este conjunto de mangueira / arames estrutural possui trs comprimentos
distintos, criando trs camadas para afixar materiais de cobertura. Nas duas camadas
mais altas esto duas placas compostas de alumnio para o lado externo, refletindo o
calor , e juta resinada para o lado interno, criando uma fibra de maior resistncia para o
material. Estas placas ficaro uma em cima da outra com vo livre para circulao de ar
e podero deslizar sobre as mangueiras/arames estruturais a fim de um melhor
isolamento trmico. Abaixo destas placas, seguido por mais um espao para circulao
de ar, uma cobertura impermevel de PVC com fibra de nylon envolve o morador tanto
por cima quanto o isola do cho mido.
As extremidades maleveis pelo arame e mangueira possibilitam o aumento da
rea interna do abrigo.
Erguendo uma das bases de madeira, o abrigo at ento em forma de arco, se
transforma em uma letra C , permitindo que o morador coloque seus pertences dentro
da cobertura de PVC que o envolvia. Seguindo a transformao, o morador continua
enrolando o conjunto, agora em forma de caracol; amarrando-o
Duas pequenas rodas localizadas na outra base de madeira, possibilitam sua
locomoo.
A forma no deriva da funo, pois esta j est caracterizada por si s, mas sim
pela fragmentao e movimentao de suas partes em busca da ao desejada.
Vivemos em uma democracia cada vez mais fortalecida em uma sociedade que
se vangloria a cada eleio como seu nico grande ato cvico.
Grande democracia onde um mendigo se confunde com seus pertences
embalados em sacos plsticos, desumanamente invisvel, o que para a sociedade bom,
pois no precisa enxergar a decadncia de seu poder, sofrendo ataques e aes
autoritrias.
Departamentos governamentais e sociedade aprovam e compram construes
especulatrias onde os espaos encolhem proporcionalmente ao nmero de ornamentos
inteis de suas fachadas, sem tomarem tais aes extremas.
Parabns , continuaremos calados at a prxima eleio ou ordem social.
Vamos encarar a urgncia de tomarmos frente daqueles que degradam nossa
profisso.
Que a arquitetura saia destas imagens inteis, pensamentos e frases acadmicas e
se ligue multido.
Vamos leva-la a srio.
PUBLICAO JORNAL FOLHA DE SO PAULO:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0502200922.htm
PUBLICAO NA REVISTAS PORTUGUESA ARQA ARQUITETURA E
ARTES:
http://www.revarqa.com/content/1/477/abrigo-manifesto-sao-paulo/
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0502200922.htmhttp://www.revarqa.com/content/1/477/abrigo-manifesto-sao-paulo/
MUSEU DA TOLERNCIA
Observou-se mal a vida, se ainda no se descobriu a mo que,
piedosamente, mata. Friedrich W. Nietzsche
Vamos celebrar a estupidez humana ... Renato Russo
Evolumos como esperado? Racionalizamos a espontaneidade ou atrofiamos nossa
percepo?
H tempos, aqueles que um dia nos foram apresentados como primitivos/ selvagens se
uniam com seus iguais e com o espao ocupado, com o mesmo respeito seres
animados e seres inanimados ao ponto de ritualizar suas aes como se as dessem vozes
para um ouvido onipresente. A terra no era ocupada e sim sua parte integrante, talvez a
mais superiora delas, com foras por vezes delimitadoras. Crescia no homem o sentido
de respeito e limites.
A natureza dava o alimento nas mos at o dia em que comearam a estocar, ato de
aparente conforto uma vez que comeavam a se socializar mesmo agrupando em
casulos seletivos. Uma vez com reserva nutricional, poderiam distanciar-se da natureza, ponto esse que comeariam a altera-la, sobrepondo-se a ela.
O respeito desaparecia na proporo de um pseudo crescimento scio-cultural
patrocinado por um ego insatisfeito, que ciclicamente clamava por competio.
A percepo enfraquecida pelo atrofiamento dos sentidos, uma vez vtima de nossas
prprias criaes, fez-se um campo frtil para o individualismo egosta a ponto da raa
humana no se tolerar mutuamente.
Uma vez detectado o empobrecimento da percepo humana, caracterizando inmeros
exemplos de intolerncia, historicamente j citados, o Museu da Tolerncia ter sua
concepo arquitetnica baseada no universo transitrio da ao humana. A dualidade
do bem e do mal, no apenas no sentido cristo de seus significados, mas na fora
muitas vezes ditatorial de transformao dos valores de uma sociedade; afetando
profundamente o stio de sua implantao.
O estrangulamento da rea em razo das leis urbanas de recuos, afastamentos e altura,
obriga a alterao do solo a fim de respeitar o programa pr-estabelecido.
O acesso se dar ao nvel da rua sem interrupo entre os espaos. Neste ponto cria-se
um estranho desequilbrio j que o raciocnio da implantao, propositalmente explicita
os limites legais para ocupao, sendo fortemente marcado pela estrutura perifrica e
externa s vedaes; esta marcao uma aluso aos campos de concentrao nazista,
com cabos de ao travando o bloco delimitador mesmo que visualmente permevel.
Estes cabos de ao sero rompidos apenas nas reas de acesso, abrindo a conexo, como
uma praa, onde ficar a recepo e o acesso para todo o museu.
A rea de exposio temporria comea em declive, do acesso (nvel da rua) at o piso
plano a 4,00 metros abaixo pertencente a mesma exposio temporria. Esta interveno
no terreno, simula novas curvas de nveis em lajes descoladas da laje de piso, com a
inteno de ventilar e iluminar parte da rea da exposio permanente logo abaixo,
alm de recriar um terreno artificial baseado na eroso de lugares esquecidos.
Nos vales de eroso, geralmente os dejetos so jogados, corpos abandonados, usaremos
ento este fosso como o epicentro, o grande exemplo de alterao ambiental para
mostrarmos nas exposies as aes humanas positivas e/ou negativas, pois toda ao
repercute, reverbera, altera.
Para a percepo daqueles que passam pelas reas prximas, haver na rea de maior
perspectiva do terreno, voltada para a praa Prof Jorge Americano, um bloco de
concreto oco, inclinando para o grande fosso como se estivesse sendo tragado, abriga a
loja e o caf no mezanino; tendo os elevadores de acesso do pblico s exposies, alm
de servir como cobertura da recepo.
Externo e revestindo este bloco de concreto, havero vrias placas de barro queimado
(como telhas) com distncias diferentes presas em espinhos de ferro, como se
descascassem de seu corpo, remetendo ao solo seco do nordeste e agora da Amaznia.
Tais placas de barro sero moldadas pelos trabalhadores da obra em loco, agregando
valor e diferena de forma em suas superfcies, uma vez que a absoro individual das
informaes , no necessariamente resultam na igualdade das respostas.
No fosso (nvel 4,00 metros) ficaro alm das exposies temporrias,a rea de
montagem com uma sala para coordenao, reserva tcnica, cinema e sanitrios.
Descendo mais 4,00 metros (de piso a piso) ficaro o auditrio com sanitrios e o
espao para a exposio permanentes aonde painis estaro dispostos de maneira a
formar aparentes salas convencionais , separadas em dois grupos de acordo com o tema
da exposio ( aes benficas e malficas ). Separando estes dois grupos, no sentido
longitudinal, ter uma parede sinuosa transparente de meia altura, contnua, permitindo
que, visualmente, o antagonismo dos temas expostos, sejam sempre comparados.
No lado do grupo que expem aes humanas negativas, um tecido na cor de sangue
tornar o teto flcido, interferindo na apreenso total dos espaos. Os painis nos quais
ficaro os documentos, quadros, fotos, etc.., a serem expostos, rotacionaro em torno de
um eixo central na velocidade lenta, a fim de quebrar o percurso lgico de visitao,
causando desconforto nos visitantes.
No outro lado, o grupo de exposio sobre aes humanas positivas, ficar sob a rea do
pavimento superior em que as lajes descoladas recriam uma nova topografia, dando uma
sensao de desafogo, dando vida s imagens e liberando a perspectiva para o cu.
Restando os vestirios, copa, almoxarifado, manuteno e reservatrio de gua logo
abaixo.
cima do grande fosso das tolerncias e intolerncias humanas, suspenso 6,00 metros
do nvel da rua, ficaro os espaos destinados a aprendizagem, com salas de aula,
laboratrios, biblioteca; rea administrativa e coordenao das exposies e
alimentao, com restaurante na cobertura, num total de quatro andares.
Cada andar estar desencontrado do andar seguinte para melhor captao da luz natural,
seja pelas aberturas horizontais ou por clarabias resultantes dos espaos destes
desencontros.
Estes quatro andares rompero os limites da estrutura perifrica, como se almejasse no
mais interferir o espao comum.
Entre a estrutura perifrica e as lajes suspensas, ter um tecido para vedao e
sinalizao de temas sobre diversos assuntos expostos ou em pauta para interao at
mesmo daqueles que s passam e comeariam a interagir. Este tecido representa uma
cortina que ao invs de esconder as atrocidades, refora o peso dos assuntos abordados.
Fica assim ento repartido e confrontando a polaridade da falta de limites aliada a
alterao nefasta por propsitos pequenos, contra o respeito e at mesmo a excluso
contemplativa do estado natural das coisas como entendimento da extenso de cada um.
LATVIAN NATION REFLECTING SOULS MEMORIAL
Inclino-me no rio Daugava, como sinal de respeito, ajoelho sua margem e
percebo que toda gua sua no tem o propsito de saciar minha sede; talvez inundar
minha razo inquieta. To logo percebo minha imagem em sua superfcie confusa com
tudo que at ento estaria atrs de mim criando um novo quadro.
Sinto-me, ento, parte de uma realidade transitria, mas que me liga percepo
e a reflexo do tempo alm do espao.
O cu agora embaixo de mim, pe-me cara a cara com a imaterialidade.
Olho para o horizonte, ainda ofuscado pelo reflexo da luz solar na superfcie do
rio Daugava, e levo fragmentos do que ficou registrado em minha mente e povo a ilha
com memrias de toda nao unida.
Lembro do ano de 1989, milhares de pessoas de mos dadas confirmando o
sentimento de unio que nunca foi destrudo ou retirado fora.
Esta imagem ainda forte em minha mente, norteia a idia de um memorial que
celebre a alma unida de todo o povo da Latvia.
Tubos metlicos subiro e descero ao longo de seu percurso tendo suas
extremidades por vezes no solo da ilha, no rio ou no ar.
Ao longo deste tubos metlicos existiro placas de espelhos (ou qualquer outro
material reflexivo) onde sero gravados os nomes de todos os cidados mortos ou
desaparecidos da Latvia durante as ocupaes. O espelho inclinar levemente para o
cu, levando a imaterialidade e reflexo,assim que o espelho volta para a posio
vertical, nossa imagem se une ao entorno e milhares de nomes dos antepassados, mais
uma vez pondo enfrente de ns o que at ento estava trs e me recordo do Daugava que
me trouxe este fragmento de reflexo.
Quando inclinadas, as placas de espelhos refletiro o sol criando pontos de
brilho intenso, ofuscando por vezes os visitantes, que apelam memria na falta da
viso ntida; alm de dar vida ilha quando vista de longe.
noite, luzes no topo das colunas inclinadas, faro o papel da luz solar,
recriando os mesmos efeitos de brilho ofuscante, alm de criar fachos de luzes no cu;
protegendo ento, a nao contra qualquer noite de terror, como as de 13 e 14 de julho
de 1941.
Na parte da ilha estrangulada pelos dois lotes que no pertencem Fundao
KOKNESES, ficaro as salas para explicaes e informaes, ponto escolhido, pois
com o estreitamento, a concentrao de visitantes ser maior, facilitando a propagao
das idias, alm de mostrar que a unio desta nao nunca ser rompida mesmo sobre
presso externa.
Para que a ilha no fique apenas para visitao, nas grandes reas abertas
proponho atividades sociais, tais como cinema e concertos ao ar livre, exposies de
artes e literatura para que se torne um ponto de convvio e reflexo de vidas.
NOVA SEDE DO IPHAN
Comeo minhas intenes, citando o arquiteto Lcio Costa e parte do seu
relatrio do plano piloto de Braslia.
... Cidade planejada para o trabalho ordenado e eficiente mas ao mesmo tempo
cidade viva e aprazvel prpria do devaneio e especulao intelectual capaz de torna-
se, com o tempo, alm de centro de governo e administrao, num foco de cultura dos
mais lcidos e sensveis do pas...
... Nasceu do gesto primrio de quem assinala um lugar ou toma posse: dois
eixos cruzando-se em ngulo reto, ou seja, o prprio sinal da cruz. ...
Parto deste princpio e assinalo o lugar, mas desta vez no como quem toma
posse, o sinal da cruz, mas quem indica um percurso, um caminho, uma continuidade
espacial que parte do solo ocupado e se projeta ao cu como se explicssemos as formas
sinuosas da natureza, de uma montanha, atravs do movimento mmico, silencioso.
Da mesma maneira que ao arrancarmos algo do solo, trazemos parte dele junto;
trago junto ao movimento, ligaes ao seu plano de origem, mostrando a raiz submersa
que estrutura o movimento sinuoso de um gesto natural e que desenvolve a essncia e o
programa do projeto.
Este percurso caracterizado por uma laje, parte do sul junto ao terreno e se eleva
em direo ao norte, liberando suas laterais para iluminao natural, alm de proteger
dos ventos predominantes do mesmo quadrante. 45 deste eixo norte - sul no
quadrante nordeste, um prolongamento que abriga o setor de Interao, serve como
barreira, protegendo os acessos dos ventos vindos do leste que predominam ao longo do
ano.
O projeto se desenvolve em dois subsolos, trreo, 1 e 2 pavimentos. O nvel
trreo est na cota 1.035,50m e ser destinado utilizao de todas as pessoas, inclusive
visitantes do IPHAN, contendo o estacionamento descoberto, os acessos verticais e o
setor de interao/eventos com auditrio e biblioteca com cafeteria, loja, recepo, rea
de leitura, acervo, reserva, arquivos e sanitrios.
O sistema virio cortar o conjunto, permitindo o desembarque coberto, alm do
acesso ao 2 subsolo para o estacionamento coberto. Um brao lateral, ligar o trreo
com o 1 subsolo onde estar a entrada de funcionrios, ambulatrio (permitindo o
acesso de uma ambulncia) e, onde se faro o abastecimento da cozinha.
O partido adotado, que tem grande parte do programa em subsolos, deriva da inteno de proteger as pessoas das intempries.
No 1 pavimento, na cota +4,00m, sobre a biblioteca, estaro o salo de
exposies, centro de memria e reserva tcnica, seguido do 2 pavimento, na cota +
7,00m, reservado para o arquivo intermedirio e permanente; caracterizando o setor de
Interao como uma unidade independente.
O 1 subsolo ser acessado por elevadores e escada, alm da rampa de uso misto
para automveis e pedestres. Neste piso, um grande vazio central propiciar insolao e
ventilao aos ambientes e ter apenas num dos lados espao para circulao de
automveis, ligando-o ao 2 subsolo.
Os ambientes sero destinados laboratrios, com acesso ao exterior (caso
necessitem), salas de coordenao com divisrias de vidro, permitindo iluminao e
maleabilidade no espao futuramente, diretoria administrativa e administrao da sede
,alm da rampa de acesso ao 2 subsolo, tanto para pedestres como para automveis.
Nas reas destinadas coordenao e diretoria administrativa, divisrias de
vidro estaro dispostas de maneira que cada gerente esteja ladeado de suas respectivas
divises, alm de no bloquear a luz no ambiente de trabalho. Vale ainda ressaltar, que a
laje de cobertura das reas de coordenao e laboratrios, sero inclinadas e protegidas
por vegetao, ajudando no conforto trmico e na iluminao.
No 2 subsolo, seguindo a projeo do vazio central do 1 subsolo, estar um
jardim ladeado, da mesma forma, pelas salas da diretoria, sala para grandes reunies e o
acesso ao estacionamento coberto. Este pavimento ter os acessos por meio de rampa,
elevadores e escada. Da mesma maneira, divisrias de vidro estaro dispostas de forma
que cada diretor esteja ladeado de suas respectivas divises, alm de facilitar a
iluminao nas reas de trabalho.
O setor da administrao da sede, alm do vazio central, ter acesso ao exterior
com rua direta, possibilitando a entrada e sada dos funcionrios, ambulncia e facilitar
o funcionamento da cozinha e restaurante. O restaurante ter , na rea das refeies,
uma clarabia auxiliando na iluminao e ventilao.
As circulaes horizontais nestes dois subsolos, se daro pelo permetro do vazio
central externo aos ambientes e, paralelo ao mesmo, no interior entre as divisrias.
Suspenso, sobre parte do conjunto na cota +6,50m, ficar o pavimento da
presidncia, com acesso de elevadores e escada. Um dos elevadores poder ser
exclusivo do presidente devido a sua localizao prxima ao gabinete. Este conjunto
tem a fachada oeste fechada, evitando o calor da tarde em contra partida do resto que
ser envidraada.
A sinuosidade mencionada no incio do texto, se dar por uma laje contnua que
ora servir de percurso, ora de apoio e ora de cobertura. Percurso- na ligao entre
partes do pavimento trreo e rampa de ligao ao 1 subsolo e consequentemente ao 2
subsolo. Apoio- quando suporta e suspende o bloco da presidncia e solta-o em balano.
Cobertura- a rea da biblioteca/setor de Interao ter seus pavimentos superiores
atirantados nela, a fim de liberar a planta; por fim no auditrio e foyer, retorna ao piso,
estendendo-se ao cu. Esta laje ser revestida de mosaico de pedra portuguesa criando
desenhos de obras tombadas pelo patrimnio, caracterizando a idia de percurso,
calada ou at mesmo de linha do tempo, de onde se faz e tem a histria preservada.
CLNICA MVEL HIV FRICA
A clnica mvel para tratamento de hiv/aids composta por dois boxes retangulares (
5,15m x 2,22m x 3,25m ) chamados de "ncleo", e seis independentes estruturas
multifuncionais mveis chamadas de "rvores".
Cada "ncleo" possui uma rea de armazenamento de at trs "rvores", equipamento
mdico ou banheiro dos mdicos.
Quando as "rvores" so retiradas dos "ncleos", a rea em que estavam armazenadas se
transformam em dormitrios dos mdicos, com camas fixas nas paredes (como cabines
de trem). As aberturas das portas e janelas asseguram a circulao do ar.
O "ncleo" composto por uma estrutura leve de ao coberta por isolante trmico entre
painis de madeira prensada reciclada, formando as paredes de vedao e cobertura.
As "rvores" possuem estrutura tubular leve de ao com caixas de madeira prensada que
rotacionam ( 12 ) e guardam painis retrateis translucidos que criam reas para
atendimento individual ou em grupo.
A cobertura das "rvores" se movimentam para captao de luz e ventilao naturais.
Assim como os painis dos "ncleos", as "rvores" possuem tambm isolante trmico
entre painis de madeira prensada reciclada.
Estas "rvores" podem ser teis para a comunidade local, servindo como rea para
comrcio, escola ou para outras necessidades transitrias.
CONCURSO BAIRRO NOVO SO PAULO
Ao levantarmos a questo sobre criar, ordenar e dispor uma populao ou parte dela em
uma rea caracterizada por um vazio urbano decorrente do reflexo da ambiciosa e
nefasta especulao imobiliria, no basta apenas apresentarmos um desenho de formas,
que ao decorrer dos tempos sero transformados em estilos neo inconsequente,
homogeneizando-se com o resto at perder seu foco para uma nova rea, mas pensarmos
num suporte de ocupao que receba e integre o movimento das mutantes necessidades,
resultando em uma arquitetura de acomodao e de identificao de seu real valor
social.
O urbanismo em geral pensa em diretrizes para assentamento populacional de uma
massa, um bloco de um s costume e vontade que dever respeitar uma s ordem.
Ao analisarmos a populao, a ento chamada massa, devemos enxergar a sua
existncia como a somatria de indivduos que possuem vontades distintas,
necessidades muitas vezes imprevisiveis e assegurarmos um balisamento para sua
sobrevivencia.
Esta proposta que apresento aqui, visa atender no s uma ocupao que o presente
concurso apresenta, mas viabilizar futuras mudanas de interresses e de perfil social,
preservando o mximo possvel a adequao individual desencadeando, quem sabe,
incentivos pluralistas e/ou espontaneos.
O sistema virio seguir o raciocnio de manter as avenidas principais como a av.
Marques de so vicente, av. Nicolas boer, marginal tite em suas configuraes atuais
apenas requalificando seu calamento e paisagismo, criando para o interior da rea em
questo um ramificado de ruas de mesma largura onde a hierarquisao se dar pelo
rodzio de utilizaes que tero ao longo do dia e da semana.
Estas ruas propostas, tero 12,00 metros de leito carroavel e dois sentidos de trfego,
sendo possivel a utilizao junto e ao longo das guias das caladas como
estacionamento. As caladas tero largura de 4,00 metros para o plantio de rvores e
rea confortvel para os pedestres ; as guias sero baixas para suavizar obstculos desnecessrios. Ao longo da av. Marques de so vicente e marginal tite haver uma
faixa no edificante destinada uma densa vegetao rasteira e de porte arbreo para
filtrar o grande fluxo de poluio visual e sonora alm de permeabilizar o solo nestas
reas de fcil alagamento.
Nesta mesma poro da av. Marques de so vicente, visando melhorar a drenagem,
sero feitas fossas fundas de aproximadamente 6,00 metros, fechadas ao nivel da rua
por grelhas metlicas e paredes de concreto furado e com o fundo de areia, terra e brita
para o escoamento e absoro natural das guas pluviais.
Ao longo da av. Nicolas boer haver acesso para veculos e a criao de um arruamento
paralelo de servido rea interna e seus equipamentos.
Os acessos de veculos dos lotes junto marginal tite sero transferidos para uma rua
projetada ao fundo dos mesmos, a fim de eliminar lentido do fluxo causado pela
entrada e sada de carros e caminhes.
A ordenao e funes da ocupao, uma vez implantado o sistema virio, ser de
aproximar e mesclar todos os usos e demandas. No nvel trreo, e tendo a av. Nicolas
boer como ilusria espinha dorsal, reas destinadas ao comrcio e servio, estaro
dispostos em semi-crculos aonde concavo e convexo acolhero e expandiro atividades
de cunho comercial e de abastecimentos com incentivo ao funcionamento de tempo
integral. Tal soluo se espelha para o sentido oposto a mesma avenida gerando uma
rea interna entre os semi-crculos que ser permeada por ruas e caladas que sofrero
rodzio de utilizaes, gerando lazer e segurana para o uso dos pedestres, moradores e
reduo de barulho nas horas de descanso familiar, no sentido norte-sul, lajes passaro
sobre a av. Marques de so vicente a fim de ligar e dar continuidade aos calades, alm
de servir como passarela para o canteiro central aonde esto os pontos de nibus deste
corredor.sobre estas lajes o uso parcial de comercio ser permitido.
No extremo sul, junto a ferrovia, ficar uma grande rea verde destinada a prtica de
esportes, picnic, com construo de apoio e no extremo norte junto a nova rea de
concesso ao so paulo futebol clube, uma rea destinada a futura implantao de
estao intermodal local com acesso margem do rio tite , caso haja alguma linha
frrea como a exemplo do rio pinheiros e para quando o rio se tornar navegavel.
Nas extremidades leste e oeste sero implantadas quadras com lotes para residencias
unifamiliares de trreo mais um pavimento, com rea livre de 30% do lote podendo
apenas anexar e nunca desmembrar. Junto com os lotes, na extremidade oeste, ficar a
nova rea de concesso ao palmeiras futebol clube.
a aproximadamente 8,00 metros de altura, acompanhando o formato de semi-crculo da
rea comercial/servio do trreo, fica a laje de lazer e convivncia privativa das torres
residenciais e de escritrios. Nestas lajes, reas de esporte e reunies sociais sero
ligadas por pontes que unem os semi_crculos sobre o arruamento pblico e calado
mencionados anteriormente. Com isso a separao do pblico e do privado se dar pela
diferena de nveis com o mnimo de obstculos.
As torres de habitao, escritrios e hoteis partiro do mesmo principio aonde o espao
no decorrente de sua funo no tempo em que se apresenta, mas o prprio tempo
em mutao que algumas vezes se congela por alguns usos, como no exemplo desta
proposta.
Esta idia se materializa com a criao de lajes planas como terrenos. Torres externas
com elevadores, escadas e abastecimento de gua, luz, gs, telefone e esgoto sero
ligados s lajes terrenos por pontes. Sob piso elevado, o abastecimento vindo das
torres externas, diversificar o resultado da ocupao e responder aos desejos
individuais que um averdadeira planta livre foi concebida. Desta foma estaremos
tratando honestamente nossos espaos e nossas pessoas, j que hoje, a pssima
qualidade dos espaos comercializados para habitao e trabalho, foram s obras de
melhoria e expanso de cubiculos.
Estas lajes devero ser tratadas como terrenos, aonde o incentivo reas livres para o
plantio, caracterizaro a nova ocupao; que poder ser comercializada em sua rea
total ou fracionada em reas de no mnimo 265,00m2 por proprietrio aonde 15%
dever ser destinadoa rea livre ( vegetao ) acima mencionada.
O fechamento externo ser feito por elementos de proteo e captao solar, mveis e
homogneos , a fim de no gerar poluio visual devido a possivel diversidade de
ocupao interna.
na rea reservada para futura estao de ligao com o aeroporto de guarulhos sero
contruidos hoteis com comercio e servio em seu trreo junto com a rea de embarque e
desembarque. Uma ponte sobre a linha frrea existente conduz os novos visitantes ao
teatro do bairro novo, para que tenham contato com a nossa arte e cultura e depois iro
interagir com o povo nos calades.
As habitaes de interesse social sero implantadas junto av. Marques de so vicente
para que a populao de baixa renda esteja prxima ao corredor de nibus existente.
Os prdios tero 4 pavimentos mais trreo livre para convivncia e/ou estacionamento .
Os apartamentos tero 45,00m2 construido cada com ligao vertical por meio de
escadas. Dentro dos apartamentos , as plantas sero moduladas por paineis moveis
aonde apenas o sanitrio, cozinha e os armrios estariam perfilados e fixos, lugar este
onde os painis sero guardados. No lado de fora, um pedao de laje ligado ao interior
possibilita o recreio familiar. Estas lajes sero alternadas entre os pavimentos de modo
que as mesmas fiquem descobertas, absorvendo a luz natural.
Um dos pontos importantes desta proposta de utulizar as reas sob os viadutos para
acolher os mendigos que l hoje procuram abrigo, assumindo e tratando uma realidade
consolidada.
Este espao ter um pequeno ncleo de sanitrios e gerenciamento, alm de pequenos e
individuais casulos sobrepostos e ligados por rampas com a finalidade de dormitrios.
Externamente o espao ser revestido de forma a valorizar a sua importncia.
AT QUE A ARTE NOS SALVE!
MANIFESTO ARTSTICO NOS ESPAOS PBLICOS
AT QUE A ARTE NOS SALVE
O manifesto intitulado At que a arte nos salve! consiste em duas etapas de
uma s concepo criado por mim.
Primeiro, a produo domesticada da pintura a leo sobre tela cuja imagem
nasce de uma reflexo literria. O texto como parte e formao da imagem de cena, j
que a pintura, direta e solitria, dialoga com o ttulo impresso, sem segundo plano
pictrico.
A segunda etapa consiste em, aps concluda a produo anterior, estas telas so
fotografadas e impressas sobre lona em grandes formatos (2,50X3,00 metros) e
espalhadas pela cidade de So Paulo; ruas, parques, avenidas. Esta ao urbana
itinerante intitulada de At que a arte nos salve! .
Esta ao parte / continuao da ao do Abrigo/Manifesto uma ao de
re-HUrbManismo, de autoria do mesmo artista.
O re-HUrbManismo tenta re-humanizar as cidades e/ou re-urbanizar as pessoas atravs
de atos/aes em espaos pblicos com o intuito de re-valorizar e reverter o fenmeno
de dependncia destes mesmos espaos em relao aos espaos privados ou particulares.
At que a arte nos salve! uma interveno cujo foco o processo de analise do ser
humano e suas co-relaes.
A arte como o processo de analise e entendimento humano e no apenas a produo de
imagens decorativas. A pintura como construo literria. A imagem direta sem
paisagens para distrao.
uma ao individual e independente, sem patrocnios ou interlocutores.
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