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Publicidade Portugal Post - Burgholzstr 43 - 44145 Do PVST Deutsche Post AG - Entgelt bezahlt K25853 ANO XVI • Nº 198 • Janeiro 2011 • Publicação mensal • 2.00 € Portugal Post Verlag, Burgholzstr. 43 • 44145 Dortmund • Tel.: 0231-83 90 289 • Telefax 0231- 8390351• E Mail: [email protected] •www. portugalpost.de •K 25853 •ISSN 0340-3718 PORTUGAL POST Eleições Presidenciais 2011 Às urnas cidadãos! Cavaco Siva Manuel Alegre Defensor Moura Fernando Nobre Francisco Lopes O leitor inscrito nos cadernos Eleitorais dos Consulados espalha- dos pela Alemanha pode exercer seu direito de voto nos dias 22 e 23 de Janeiro deste novo ano. As mesas de voto estarão abertas ininterruptamente entre as 8 horas e as 19, no dia 22, e entre as 8 e as 19 horas, no dia 23. Uma nova lei aprovada em 2009, determina a comparência física do votante. Págs. 18 e 19 Comunidades Professores que faltam vão ser contratados brevemente. Página. 5 Imigração Número de imigrantes em Portugal mantém-se acima dos 440 mil . Página 5 Terceira idade Situação dos idosos preocupa Vice-Cônsul em Osnabrück. Página 8 Saudosismo Quase metade dos alemães quer retorno do Deutsche Mark Pagina 3 TAP lança voo directo entre Düsseldorf e Lisboa A TAP vai lançar, em 2011, novas rotas para seis desti- nos europeus, um dos quais será o aeroporto em Düssel- dorf muito utlizado por pas- sageiros nacionais. Página. 17

Portugal Post Janeiro 2011

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ANO XVI • Nº 198 • Janeiro 2011 • Publicação mensal • 2.00 €

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PORTUGAL POST

Eleições Presidenciais 2011

Às urnas cidadãos!

Cavaco Siva

Manuel Alegre

Defensor Moura Fernando Nobre

Francisco Lopes

O leitor inscrito nos cadernos Eleitorais dos Consulados espalha-dos pela Alemanha pode exercer seu direito de voto nos dias 22 e23 de Janeiro deste novo ano. As mesas de voto estarão

abertas ininterruptamente entre as 8 horas e as 19, no dia 22, eentre as 8 e as 19 horas, no dia 23. Uma nova lei aprovada em2009, determina a comparência física do votante. Págs. 18 e 19

ComunidadesProfessores que faltam vão sercontratados brevemente.Página. 5

ImigraçãoNúmero de imigrantes em Portugal mantém-se acima dos440 mil .Página 5

Terceira idadeSituação dos idosos preocupaVice-Cônsul em Osnabrück.Página 8

Saudosismo

Quase metade dos alemães quer retorno do Deutsche MarkPagina 3

TAP lança voo directo entre Düsseldorf e LisboaA TAP vai lançar, em 2011,novas rotas para seis desti-nos europeus, um dos quaisserá o aeroporto em Düssel-dorf muito utlizado por pas-sageiros nacionais.Página. 17

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 20112

DIRECTOR: MÁRIO DOS SANTOS

REDACÇÃO E COLABORADORESCRISTINA KRIPPAHL: BONAFRANCISCO ASSUNÇÃO: BERLIMFERNANDO A. RIBEIRO: ESTUGARDAJOAQUIM PEITO: HANNOVERLUÍSA COSTA HÖLZL: MUNIQUE

CORRESPONDENTESALFREDO CARDOSO: MÜNSTERANTÓNIO HORTA: GELSENKIRCHENJOÃO FERREIRA: SINGENJORGE MARTINS RITA: ESTUGARDAJOSÉ PINTO NASCIMENTO: DÜSSELDORFKOTA NGINGAS: DORTMUNDMANUEL ABRANTES: WEILHEIM -TECKMARIA DOS ANJOS SANTOS - HAMBURGOMICHAELA AZEVEDO FERREIRA: BONAZULMIRA QUEIROZ: GROß-UMSTADT

COLUNISTASANTÓNIO JUSTO: KASSELCARLOS GONÇALVES: LISBOADORA MOURINHO: ESSENFERNANDA LEITÃO: TORONTOHELENA GOUVEIA: BONAJOSÉ EDUARDO: FRANKFURTJOSÉ VALGODE: LANGENFELDLAGOA DA SILVA: LISBOALUIS BARREIRA, LUXEMBURGOMARCO BERTOLOSO: COLÓNIAMARIA DE LURDES APEL: BRAUNSCHWEIGPAULO PISCO: LISBOARUI MENDES: AUGSBURGRUI PAZ: DÜSSELDORFTERESA COLAÇO: COLÓNIA

ASSUNTOS SOCIAISJOSÉ GOMES RODRIGUES: ASSISTENTE SOCIALCONSULTÓRIO JURIDICOCATARINA TAVARES: ADVOGADAMICHAELA A. FERREIRA: ADVOGADAMIGUEL KRAG: ADVOGADO

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ais um ano que temos pela frente,um ano que, segundo nos dizem atorto e a direito, será mais um ano decrise, especialmente para aqueles

que vivem em Portugal e que pagarão a doera factura do privilégio de pertencermos aoclube da moeda única, o euro.

As coisas não vão estar bem para Portu-gal e boas para os portugueses. E Portugalnão tem pedalada para acompanhar os seuspaíses, digamos, colegas. Não tem pedaladaporque não tem indústria, não tem agricul-tura, tem mar e não tem pescas, em sumanão produz logo não há riqueza e se não háriqueza não há trabalho, tão simples quantoisto.

Em 2011, não faltará quem aconselhe aque Portugal entregue a pasta ao FMI e ospaíses “torneira”, como a Alemanha, vão so-frer pressões da opinião publica e publicadapara que os países como Portugal abando-nem o euro e formem uma outra zona demoeda, como, aliás, já se discute na Ale-manha.

Para já, metade dos alemães querem devolta o “saudoso” Marco. Daqui a temposserá mais de metade e bastará que Portugal“caia” como consequência do efeito dominóda crise financeira para que os alemães exi-gem o retorno do velho DM.

Já que se está com a mão na massa,como soi dizer-se, lembre-se que Portugaljá teve uma economia, ou para facilitar acompreensão, um aparelho produtivo bas-tante consistente, como era o caso das pes-cas, cujas frotas foram abatidas contrasubsídios a pagar aos armadores; já teveagricultura e agricultores; industria e indus-triais e por aí adiante.

Pensava-se então que Portugal en-quanto país de serviços e de turismo davapara ir vivendo e, então, vaidosos, já se diziaque pertencíamos ao restrito clube dos paí-ses mais desenvolvidos da Europa.

Seria verdade?Esse luxo das aparências de riqueza

com alguém, neste caso a Europa, a enviar-nos dinheiro para parar a actividade produ-

tiva em troca de subsídios, pagar-se-ia umdia muito caro, como, de resto, veio a acon-tecer.

Passada a fase das vacas gordas em queo país se dava ao luxo de não se trabalharnos trabalhos duros, entregado essa tarefaa imigrantes africanos, romenos, russos,brasileiros e etc., hoje, os portuguesesandam à procuram daqueles que são os au-tores que levaram o país ao estado em quese encontra.

E os culpados não são apenas José Só-crates e os seu governos. Lembramo-nosque Cavaco Silva foi primeiro ministro eque, também a ele, lhe cabem pesadas cul-pas no cartório.

Não basta atirar as culpas aos “políticos”de agora, como faz o actual presidente ecandidato. Ele, Cavaco Silva, tem uma bio-grafia política feita no tempo em que Portu-gal vivia dos cheques da Europa e que nãose preparou para o futuro, isto é, para a glo-balização da economia e para os tempos di-fíceis que hoje vivemos.

MDois mil onze será mais um ano de crise

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Destaque 3

De acordo com uma pesquisapublicada na edição de fim deano do Bild Zeitung, 49% dosalemães desejam o retorno domarco, a antiga moeda nacio-nal. Segundo a sondagem rea-lizada por um institutoColónia, 41% dos entrevistadosafirmaram não querer umavolta da moeda alemã e 51%declararam-se insatisfeitoscom o euro.

Apenas 17% têm a sensaçãode que foram beneficiados coma entrada do euro, enquanto77% responderam à perguntade forma negativa. Na sonda-gem, 67% dos entrevistadosdisseram-se preocupados coma estabilidade do euro, en-quanto 56% temem uma infla-ção.

Os alemães continuammuito ligados à sua antigamoeda: quase 14 bilhões emnotas e moedas ainda não

foram trocados pelo euro, se-gundo informações do Bun-desbank.

Depois que a Irlanda teveque recorrer ao fundo de res-gate do euro, economistas e ospolíticos discutem o que acon-teceria se a zona do euro sedesmoronasse. Em princípio,um retorno do Marco alemãonão seria tecnicamente umgrande problema, já que noBundesbank trabalham cercade 10 mil profissionais bemtreinados. As autoridades mo-netárias introduziram o Marcoalemão à antiga Alemanha Ori-ental, experiência que poderiagarantir que o euro estivessedisponível em toda a Ale-manha da noite para o dia, ta-refa hoje considerada umgrande desafio.

Se a união monetária umdia se pulverizasse, a Ale-manha estaria entre os paísespossuidores de moeda forte,juntamente com Bélgica, Ho-landa e Finlândia. O que signi-fica que, em comparação como escudo, a dracma, a peseta ea lira, o marco subiria bastantede valor.

O consumidor alemão,então, poderia comprar vinhosda Itália, azeitonas da Grécia epassar férias na Espanha porum preço muito mais baixo doque hoje. Por outro lado, osprodutos alemães no exteriortornar-se-iam mais caros. Au-tomóveis, máquinas e equipa-mentos made in Germanysairiam a preços proibitivospara os compradores de Portu-gal, Irlanda e talvez até mesmoda França.

„Hoje, o euro está umpouco super valorizado. No en-tanto, o marco seria muitomais forte, por isso o grau decompetitividade dos preços daindústria alemã seria muitomais baixo do que é hoje“, ava-lia Klaus Schrüfer, economistachefe do banco SEB.

Os países de moeda fracateriam ainda um outro pro-blema: a inflação galgaria as-sustadoramente, logoalcançando os dois dígitos.Isso lhes tornaria impossívelpagar suas dívidas, que seriam,em parte, calculadas emmarco. Isso teria como conse-quência a falência de alguns

Estados.A economia alemã actual-

mente beneficia de taxas dejuro baixas que, na verdade,não reflectem mais a força daeconomia local. „A Alemanhaestá actualmente lucrandocom o facto de estarmos nazona do euro. Sem o euro, ascondições para a economiaalemã estariam muito piores“,acredita Schrüfer.

Com um retorno do Marco,provavelmente alguns preços

subiriam. O cappuccino certa-mente não teria seu preço de2,50 euros reconvertido para4,88 euros, mas sim arredon-dado para 5 euros. Esse seriaum preço pela volta do Marcoque muitos alemães pagariamcom gosto, se bem que afactura seria bem mais altapara despesas correntes.PP Com agências

Quase metade dos alemães quer retorno do Deutsche Mark

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Um estudo indica que 49% dos alemães querem oMarco de volta. Segundo alguns especialistas,com um retorno do Marco, a Alemanha teria umamoeda mais forte, mas a sua indústria perderiacompetitividade na exportação.

Agora pode também fazer a as-sinatura digital do PORTUGALPOST e e ter acesso às ediçõesdos últimos três meses.Veja em www.portugalpost.de

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Comunidade4

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É neste sentido que apontamos dados mais recentes do Obser-vatório da Emigração, que antesdesta data indicavam a saída de 70a 80 mil portugueses por ano.

Rui Pena Pires, coordenadordo Observatório em declarações

recentes, lembrou que não há con-tudo dados fiáveis já que as saídasdo país não são controladas.

O boletim de estatísticas de-mográficas do Instituto Nacionalde Estatística (INE), publicado emNovembro, estima que em 2009tenham deixado Portugal 16 899pessoas, contra as 20 357, em2008.

Destas, 10 409 teriam comodestino outro país da União Euro-peia e 6 490 um país terceiro.

„Com excepção de Angola”,tem havido “uma quebra” desde2008, porque “os destinos priori-tários de emigração portuguesa” -Espanha e Reino Unido - regista-ram um aumento do desempregoe deixaram de ter capacidade para“absorver emigrantes portuguesesao ritmo que estavam a ser absor-vidos”, explicou o sociólogo.

Rui Pena Pires rejeitou a ideiade que a crise esteja a gerar umaonda de emigração semelhante àdos anos sessenta, sublinhandoque o „crescimento para númerospróximos dessa década é anteriorà crise e não consequência dacrise. A crise veio travar este mo-vimento“.

A contrastar com esta leitura,o director da Obra Católica Portu-guesa de Migrações, Frei Fran-cisco Sales Diniz, disse, duranteum encontro de sacerdotes, quecontinuam a ir muitos emigrantesportugueses para a Europa, amaioria jovens qualificados semoportunidades profissionais emPortugal.

Suíça, Luxemburgo, ReinoUnido e França são os principaisdestinos embora seja difícil quan-tificar devido à não inscrição dosemigrantes nos consulados.

Também Álvaro Santos Pe-reira, investigador da universi-dade canadiana Simon Fraser,sustenta que há uma nova vaga deemigração portuguesa.

Santos Pereira apoia-se em in-dicadores preliminares que reve-lam que a emigração continuou aevoluir em 2009, perante a criseeconómica e financeira e o elevadodesemprego.

Como exemplo apontou o casode Angola, em que o número devistos para portugueses mais doduplicou de 2008 para 2009, pas-sando de cerca de 20 mil para 46mil.

Por seu lado, Jorge Arroteia,coordenador da Academia Virtualda Emigração - Emigrateca, acre-dita que a situação actual do paísgerará „um acréscimo dos fluxosemigratórios, a menos que a situa-ção na Europa e noutros destinosde emigração, o não venha a per-mitir”.

Engrácia Leandro, da Univer-sidade do Minho, considera queno contexto actual „a emigraçãopode afigurar-se um recursomuito plausível“.

A catedrática de Sociologiaalerta para o facto de estarmoslonge do período dourado da emi-gração portuguesa.

„Não vivemos hoje em „anosgloriosos“ como acontecia nosanos 1960 e 1970 em que se faziainsistentemente apelo à emigração(…), o que não é o caso actual-mente, em que se procura portodos os meios fechar as portas“.

Ainda assim, acredita que nãoserá por isso que os desemprega-dos portugueses „deixarão deestar à espreita (…) das melhoresoportunidades“.

Dados evidenciam desaceleração de emigração mas portugueses continuam a encarar estrangeiro como solução

A crise internacional está a causar umadesaceleração dos fluxos migratóriosdesde 2008, com os tradicionais desti-nos da emigração a enfrentarem pro-blemas de emprego e dificuldades emabsorver trabalhadores portugueses,que continuam porém a encarar o es-trangeiro como solução.

“Entendemos que era útil e impor-tante a existência de dois repre-sentantes no Conselho Nacionalde Educação (CNE)”, disse o de-putado por Fora da Europa àLusa.

O PSD entregou um projectode lei na Assembleia da República,mas uma carta do Ministério dosNegócios Estrangeiros (MNE) in-dica que “não se afigura oportunaa proposta de introdução de dois

representantes do CCP no CNE”.“A acção do CNE está intima-

mente ligada ao sistema educativogerido pelo Ministério da Educa-ção (…) a responsabilidade do en-sino do português no estrangeiroé da tutela do MNE e constituiuma modalidade especial de edu-cação”, lê-se no documento.

Na carta, é ainda relembradoque o Instituto Camões, que tutelao ensino do português no estran-geiro, tem um Conselho Consul-tivo e um Conselho Estratégico.

O MNE alega ainda que “aacção do CNE reporta ao sistemaeducativo nacional”, enquanto “noestrangeiro não há um sistemaeducativo, mas sim modalidadesde ensino da língua e cultura por-tuguesa”.

Para José Cesário, esta justifi-cação “não é plausível” porque oCCP “é mais do que um simples

órgão de consulta do Governo”.“Encaramo-lo com caráter

também representativo, e é nessaóptica que entendemos que eraútil e importante a existência dedois representantes no CNE. Asquestões da educação tambémdizem respeito aos portuguesesque vivem lá fora”, defendeu.

O social-democrata afirmouainda que o CNE ocupa-se de“todo o sistema de educação queengloba o EPE, a rede de leitoradoe o ensino de adultos no estran-geiro”.

“A questão essencial é esta: seo sistema educativo português en-globa esses subsistemas, faz todoo sentido que alguém representelá essa realidade”, sublinhou.

Contactada pela Lusa, a secre-taria de Estado das Comunidadesremete uma posição sobre estamatéria para o parecer do MNE.

Ensino: PSD lamenta a não integração de conselheiros dascomunidades no Conselho Nacional de Educação

O deputado do PSD pela Emigração,José Cesário, lamentou a não inte-gração de conselheiros das comuni-dades portuguesas no ConselhoNacional de Educação, defendendoque seria importante a representa-ção do ensino do português no es-trangeiro naquele órgão.

Quatro conselheiros das comuni-dades portuguesas voltaram apedir uma audiência ao primeiro-ministro, José Sócrates, para de-baterem questões que preocupamos portugueses residentes no es-trangeiro..

Este novo pedido surge depoisde não terem obtido resposta po-sitiva à solicitação de audiênciaque fizeram em Setembro pas-sado.

“Compreendemos a sua faltade disponibilidade para nos rece-ber, mas entendemos ser inaceitá-vel que uma audiência solicitadaao Governo tenha sido substituídapor um encontro com uma delega-ção do Partido Socialista”, lê-se nacarta que enviaram ao primeiro-ministro.

A chefiar essa delegação estavao ex-secretário de Estado das Co-munidades José Lello, que revelouestar “alheado das políticas do Go-verno para as comunidades”, afir-mam os conselheiros AntónioFonseca, Alcides Martins, AmadeuBatel e Manuel Beja.

Na carta, os conselheiros sub-

linham que consideram “inaceitá-veis” os grandes objectivos estabe-lecidos pelo Governo para avalorização dos portugueses noestrangeiro.

“O desenvolvimento dos direi-tos de cidadania centrados numavertente documental, como se auniversalidade dos seus direitosde cidadania se limitasse à facili-dade em conseguir um cartão docidadão”, afirmam.

Os conselheiros criticam tam-bém a inclusão da língua portu-guesa (não materna) noscurrículos do ensino básico e se-cundário dos países de acolhi-mento, afirmando que a “políticalinguística do Governo conduzirá,inevitavelmente à morte da línguaportuguesa enquanto língua iden-titária na diáspora”.

Além da política do Governopara as comunidades, os consel-heiros querem debater com JoséSócrates o relacionamento entre oConselho das Comunidades Por-tuguesas e o Executivo e o futurodo CCP.

Conselheiros insistem numa audiência com o primeiro-ministro

O secretário de Estado das Comu-nidades, António Braga, destacouna sua mensagem do último Natalque pretende aproximar mais Por-tugal das comunidades, através dalíngua portuguesa e de programaseconómicos envolvendo empresá-rios da diáspora.

“O Governo continuará a de-senvolver esforços, tendo em vistaaproximar mais Portugal das co-munidades portuguesas, designa-damente através da crescenteimplementação e promoção dalíngua portuguesa, de programaseconómicos envolvendo os empre-sários da Diáspora, estreitando orelacionamento com os luso-elei-tos, promovendo a aproximaçãocom os cientistas, intelectuais edemais áreas de influência”, afir-mou o governante.

Para António Braga, “as comu-nidades portuguesas podem faci-litar a comunicação de Portugalcom o mundo, quer nos cenáriosda política internacional, quer napromoção das relações económi-cas e comerciais, apoiando ainternacionalização do tecido em-presarial português, ou no inter-câmbio de experiências altamenteespecializadas, indispensáveis aoprogresso das sociedades”.

“As emergentes modalidadesde envolvimento económico, a ur-gente e incontornável internacio-nalização da economia nacionalfazem recrudescer o desafio à con-stituição de uma frente alargada eorganizada de Portugal nessas so-ciedades”.

Sublinhando o trabalho desen-

volvido pelas comunidades portu-guesas “na procura de soluçõesdiante das dificuldades e dos desa-fios”, o secretário de Estado saúdao “empenho e o excelente trabalhosocial desenvolvido pela generali-dade das associações”.

António Braga refere-se aindaaos jovens que procuram umaoportunidade na União Europeiapara lhes dizer que “o país não osesquece” e acompanha-os “moder-nizando e dotando de mais quali-ficados instrumentos, emprogresso constante, as estruturasconsulares e diplomáticas”.

Há, apesar de tudo, uma men-sagem de esperança na sua saídados jovens com a expectativa doseu regresso, enriquecidos já deoutras experiências que certa-mente colocarão ao serviço do paísnum futuro próximo, acrescentou.

Secretário de Estado, António Braga, das pretendeaproximar mais Portugal das comunidades

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Comunidade 5

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Sou uma fã incondicional dachanceler alemã. Portanto se onome Angela Merkel lhe fizerurticária, não continue a ler estacrónica.

A mulher mais poderosa daEuropa, já estou a ouvir algunsengasgarem-se, não sofre, feliz-mente, da síndrome PIB (Pa-drão Inatingível de Beleza), já oPIB alemão continua a crescersaudavelmente.

Enquanto a Europa está afo-gada na crise, esbracejando paramanter a cabeça à tona deágua, a economia germânicadisparou ( não apenas devido àsexportações como alguns gos-tam de notar). E é por isso queme irrita o teor de algumas de-clarações que vão surgindo naimprensa portuguesa. Para mui-tos em Portugal a “senhora Mer-kel” é uma espécie de“madrasta” dos europeus pobre-zinhos. Já lhe ouvi criticar tudo,agora só faltava criticarem aforma como se veste.

Diz Helena Carmona, asses-sora de imagem, numa entre-vista à Pública, que a imagem deAngela Merkel funciona mal.“Não tem cuidado com o corpo,é demasiado forte, a roupa nãolhe cai bem, os fatos são dema-siado quadrados. Não tem bomgosto e não tem assessores deimagem; ou tem, e não segue osconselhos que lhe dão. É umamulher que não tem graça nen-huma. Será que, para os ale-mães, isto não tem grandeimportância?”

Minha cara: não, não tem.Tal como não tiveram os confor-táveis casacos de malha de Hel-mut Kohl, o chanceler dareunificação e do euro, ou oeterno pulôver amarelo do mi-nistro dos Negócios estrangei-ros, Hans-Dietrich Genscher, ohomem que mais tempo foi mi-nistro na Alemanha.

Os alemães preocupam-semais com o Sein ( ser) doque com o Schein (o parecer). Eisso explica porque é que estepaís é como é. E para muitapena minha explica tambémporque é que os países do sul daEuropa são como são.

Sein und Schein

Segundo a análise geral sobremigração internacional de 2010,apresentada em Lisboa, em 2008chegaram 32 300 imigrantes aPortugal, registando-se um au-mento do número de romenos, 16por cento do fluxo migratório paraPortugal.

Os números da OCDE indicamque 5300 romenos chegaram aPortugal em 2008, um númerooito vezes superior ao registado

nos três anos anteriores.A seguir aos romenos, regista-

ram-se, em 2008, 3500 entradasde cabo-verdianos, 3500 brasilei-ros e 2700 cidadãos do ReinoUnido.

Do total de imigrantes em Por-tugal, os brasileiros continuam aser os mais dominantes, com 24por cento da população imigrante,seguidos dos cabo-verdianos (14,7por cento) e dos ucranianos (11,8por cento).

O número de vistos de perma-nência atribuídos a cidadãos defora da União Europeia desceu de21 082 em 2007 para 17 548 em2008, atribuídos a brasileiros (20por cento), cabo-verdianos (20por cento), moldavos (12 porcento) e, em número crescente,chineses (4,1 por cento).

O número de estrangeiros queadquiriram nacionalidade portu-guesa mais do que triplicou em2008, de 6020 registados em2007 para 22 408 em 2008, 27

por cento dos quais cabo-verdia-nos, 18 por cento brasileiros e 10por cento moldavos.

A OCDE atribui esta subida ànova lei da nacionalidade que en-trou em vigor no fim de 2006.

No que toca à força laboral, em2008 a OCDE contou em 497 500trabalhadores em Portugal nasci-dos fora do país, equivalentes a9,4 por cento da força laboraltotal.

Depois de o desemprego entreestrangeiros ter descido 10 porcento de 2006 para 2007, em2008 registou-se um aumento de24 por cento em relação ao anoanterior.

Quanto aos pedidos de asilo, orelatório da OCDE regista umadescida dos 224 de 2007 para ape-nas 161 em 2008.

Destes, os maiores númerosvieram do Sri Lanka e da Colôm-bia (26), da República do Congo(20) e da Bósnia-Herzegovina(10).

Número de imigrantes em Portugal mantém-se acima dos 440 mil

O número de imigrantes regis-tados em Portugal desceu li-geiramente de 2007 para2008, situando-se nos 443 mil,contra os anteriores 446 mil,indica um relatório da Organi-zação para a Cooperação e De-senvolvimento Económicosrecentemente divulgado.

CrónicaPor Helena Ferro de Gouveia

São perto de seiscentos,osprofessores de Ensino Portu-guês no Estrangeiro.

São eles que leccionamtodas as semanas alunos do 1°ao 12 ° ano,muitas vezes emnúmero superior a cem, emgrupos mais ou menos mistos.

São também eles que dia-riamente preparam aulas paravários níveis diferentes efazem quilómetros sobre qui-lómetros de deslocações,paraensinarem em vários cursos eem várias localidades.

São eles que regressam acasa noite fechada, cansados,com escasso tempo para sipróprios e para as suas famí-lias.

São estes os professoresque nunca tiveram o seu tra-balho e o seu esforço real-mente reconhecidos,poistanto eles como os seus alu-nos não passam de númerosque, no caso dos últimos, têmforçosamente de atingir umpatamar mínimo para que oensino seja “rentável”.Sempretrabalharam sem direito a re-dução de horário para deslo-cações,excepto em casosisolados, e até ao passado anolectivo, sem direito a subsídiode refeição.

E são agora estes professo-res que vão sofrer uma redu-ção salarial, a terceira emcerca de trinta anos, o que oscoloca em patente desvanta-gem relativamente aos profes-sores em Portugal, para quemessa redução terá lugar pelaprimeira vez.

A tutela do Instituto Ca-mões não trouxe, até ao pre-sente momento, qualquermelhoria da situação.Pelocontrário, e com base em afir-mações da Presidente do refe-rido instituto,temem-se parao próximo ano lectivo novasmedidas economicistas, porexemplo um aumento do nú-mero mínimo de alunos porgrupo, facto que resultará emredução do número de horá-rios existentes,levando pro-fessores ao desemprego etornando as condições de tra-balho daqueles que continua-rem em funções ainda maisdifíceis.

A precariedade e a instabi-lidade sempre foram duas tó-nicas do ensino do EPE, paraas quais parece não haver re-médio a breve prazo.

Segundo ainda a Presi-dente do IC,muitas vezes onosso ensino no estrangeiro

não atinge os resultados queseriam de esperar, não dandoporém definição concreta dosmesmos.

.Se uma das metas for oaumento do número de alu-nos, pode sem dúvida dizer-seque foi atingida, pois há nopresente ano mais luso-des-cendertes a frequentar os cur-sos de português.

Como sempre, o nosso en-sino continua sem directrizesdirectas e definidas.As entida-des responsáveis focam-se emmedidas de carácter economi-cista, passando, no caso doIC, pela venda de cursos deformação aos professores deEPE.Deve ser a primeira vezque, no mundo dotrabalho,uma entidade patro-nal lucra com a formação dosassalariados,quando na reali-dade é sua obrigação legaldisponibilizar gratuitamente amesma assim como o temponecessário para a fazer.

Passa-se o contrário noEPE.Depois de um dia de tra-balho muitas vezes extenu-ante,espera-se que oprofessor vá para casa trabal-har na sua formação nashoras em que deveria ter umrepouso bem merecido.

O Ensino Português noEstrangeiro está ameaçado, ascondições de trabalho dosseus professores também.Pordesinteresse, por má orienta-ção,por medidas de poupançaque acabam por não trazerquaisquer resultados positi-vos.

Sabemos que os responsá-veis contam com a boa von-tade e a consciênciaprofissional dos professores,empenhados em fazer bomtrabalho apesar de toda umaconjuntura negativa.Sabemosque apostam também na si-tuação familiar e afectiva demuitos deles como garantiade docentes a baixo preçodesde que possam permane-cer no estrangeiro.

Premissas erradas. Umtrabalhador angustiado, semreconhecimento do seu tra-balho e sujeito a pressões vá-rias ficará sempre aquém darentabilidade desejada.

Por agora, ainda se podecontar com os professores deboa vontade. Fica apenas apergunta: Até quando?

Um Bom Ano cheio de boavontade – mas não unica-mento dos professores -paratodos!

Os professores de boa vontade

Maria Teresa Duarte Soares

Page 6: Portugal Post Janeiro 2011

6 PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011

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OpiniãoMaria de Lurdes Apel

s europeus em gerale neste momentomuito especialmenteos portugueses se-guem as notícias e osacontecimentos polí-ticos em Portugalcom atenção. A si-

tuação é crítica. Os mercados fi-nanceiros utilizam a especulaçãocomo arma de uma guerra deguerrilha que do anonimato vaiderrubando peão após peão sobreo tabuleiro de xadrez europeu. Oobjetivo é ganhar o jogo pondo a“rainha“ Merkel em xeque e a Eu-ropa de rastos.

Os trabalhadores da nossa Re-pública têm toda a razão paraestarem descontentes. As medidasde austeridade têm uma dimensãonunca antes atingida. Mas cos-tuma-se dizer que quando duaspartes entram em litígio a culpa éde ambas. O governo não conse-guiu implementar as medidas ne-cessárias para aumentar aeficiência no trabalho, as exigên-cias no ensino, diminuir a crimi-

nalidade, condicionar os abusosdos “senhores“ e “senhoras“ queestão um pouco por todo o lado,reduzir a um mínimo a corrupçãoe disciplinar o comportamentodos cidadãos. Há que meterordem na casa! Sem disciplina etrabalho a economia não pode re-cuperar e Sócrates tem-se esfor-çado para conseguir mudaralgumas coisas. Temos que fo-mentar a iniciativa privada paraque após as falências que se suce-dem como pedras de dominó acair em cadeia, os trabalhadoresdespedidos tomem as rédeas nasmãos e tentem organizar-se fun-dando novas empresas. No setorpúblico não podemos dar-nos aoluxo de pagar e sustentar “pesosmortos“. Quem é negligente e se“balda“ no trabalho deve ser ad-vertido e sofrer as consequênciasinevitáveis se não modificar a suaatuação (a começar pela hierar-quia).

O princípio da responsabili-dade tem que ser imposto nos ser-viços. Há documentos que

desaparecem (??!!), subitamentefalta dinheiro, falsos testemunhos,investigações tardias e sem osmeios necessários, uma justiçaque traz processos “com barbas“às costas durante muitos anos dei-xando os criminosos impunes. Notrânsito há falta de respeito pelosemelhante e atropelam-se as re-gras e a verdade para safar a pele.Porque não pôr mais armadilhasradar SEM AVISO?. Tenho a cer-teza que toda a aparelhagem ne-cessária seria amortizada logo noprimeiro dia! Somos campeões emacidentes de viação o que causaenormes prejuízos materiais aopaís para além das multas que nãosão pagas (a propósito, naEspanha as multas são direta-mente cobradas do salário).

Quando é que se impõempenas dracónicas aos criminososque põem o nosso país a ardertodos os verões? Para o cálculo dapena têm de se considerar não sóos danos materiais das florestas,fauna e flora incluídas, como tam-bém temos de contabilizar os

danos causados ao meio ambiente,os custos de reflorestação, da pro-priedade estatal e privada, indem-nização por danos moraiscausados à população afetada, oscustos da água, viaturas, saláriosde bombeiros e acima de tudo in-demnizações pela perda de vidashumanas ou lesões corporais.Tenho a certeza que depois decontabilizar tudo isto os autoresdestes crimes ficariam atrás dasgrades toda a vida. Talvez entãoisto pudesse servir de lição a ou-tros e soltar a língua dos queforem apanhados dizendo quemlhes pagou para fazer o “serviço“.Temos de proibir imediatamente aplantação desenfreada do euca-lipto se não quisermos implantaro deserto no nosso país. A agricul-tura tem hipóteses especialmenteno âmbito dos produtos agrícolasbiológicos e de frutos e legumespara os quais o nosso clima é ideal.Porque razão temos flores tãocaras importadas da Holanda?Será que a Holanda tem terra eclima melhor que o nosso? Isto

parece uma anedota.Os “tachos“ e empregos favor-

ecendo os primos, os amigos, oscompadres são corrupção.

A política do “deixa andar“ e“cada um que se amanhe“ tem deser decididamente combatida. Aincompetência, a ineficiência, a le-targia nos serviços médicos, esta-tais e de ensino têm que sereliminadas. Há muita gente quequer trabalhar! Nos últimos anostem-se notado uma melhoria masapenas pontualmente.

Acima de tudo tem que se as-sumir e exigir responsabilidade. Ajustiça tem que trabalhar melhor emais depressa. As exigências nasescolas e nas universidades têmque aumentar, também para osprofessores. As crianças devem sereducadas no interesse por apren-der e no respeito pelos outros epelo meio ambiente.

Apesar de tudo isto os portu-gueses têm razão e direito de pro-testar, mas então façam-no aodomingo para não aumentarainda mais os prejuízos.

OAi Portugal, Portugal, se fosses apenas três sílabas

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Comunidade 7

A candidatura de Cavaco Silvapreferiu juntar numa só lista dasua Comissão de Honra apoiantesprovenientes dos mais diversospaíses, enquanto a de Manuel Ale-gre preferiu promover Comissõesde Honra por países, como, porexemplo, a Alemanha. Já a candi-datura de Francisco Lopes tam-bém promove listas de apoio,preferindo denominar as listas deComissões de Apoio em vez de Co-missões de Honra. (ver caixa embaixo)

Seja como for, as candidaturasbatem-se por integrar nas suas lis-

tas personalidades da vida da co-munidade.

No caso concreto da candida-tura de Cavaco Silva, o candidatodiz que “sempre reconheceu a im-portância das Comunidades Por-tuguesas no estrangeiro naprojecção da imagem de Portugalno mundo e sempre defendeu quePortugal não pode deixar de apro-veitar todo este potencial, dandouma merecida visibilidade às suasComunidades, mobilizando-aspara colaborarem no esforço demodernização e desenvolvimentodo país e salientando o papel dosPortugueses que residem fora dopaís, enquanto verdadeiros em-baixadores de Portugal e primeirogarante da defesa e afirmação dacultura lusa além-fronteiras”.

Na lista que inclui a Comissãode Honra das comunidades docandidato Cavaco Silva contam-se

10 personalidades da comunidadelusa na Alemanha. Empresários,professores e personalidades queexercem profissões liberais fazemParte da Comissão de Honra docandidato da direita.

Já a candidatura do candidatoManuel Alegre preferiu nomearum mandatário para a Alemanha,sendo o escolhido o ex-membrodo Conselho das ComunidadesPortuguesas Nelson Rodriguesque, por sua vez criou uma Co-missão de Honra de apoio ao can-didato da esquerda.

Para justificar o voto em Ma-nuel Alegre Nelson Rodrigues,elogia, num comunicado endere-çao ao PP, “a dimensão huma-nista, de luta permanente pelajustiça social, a dimensão culturale a defesa da cidadania por partedo candidato Manuel Alegre”, di-zendo também que Manuel Alegre

Candidatos presidenciais com comissões de apoio na Alemanha

Os apoiantes na Alemanha dos candidatos presidenciais“tem uma preocupação genuína eespontânea pelas comunidades,tendo já enviado varias mensa-gens e feito deslocações para estarcom os portugueses fora de Portu-gal”.

O mandatário de Manuel Ale-gre enviou ao PP uma lista quecompõe a Comissão de Honra deapoio ao candidato por cerca de 50elementos.

Professores, empresários, tra-balhadores e estudantes são osgrupos profissionais que dão oapoio a Manuel Alegre na Ale-manha.

Já Francisco Lopes, o candi-dato apoiado pelo Partido Comu-nista, também anuncia umaComissão de Apoio à sua candida-tura composta por dirigentesassociativos, trabalhadores, pro-fessores e dois membros do Con-selho das Comunidades

Personalidades da Alemanha na Comissão de Honra de Cavaco SilvaArtur Amorim EmpresárioArtur Rodrigues Dirigente AssociativoBerta Antunes Secretária da Missão Católica Portuguesa de UlmCarlos Dias da Silva BancárioCarlos Violante EmpresárioJoão Mendes Professor de portuguêsJorge Figueiredo Professor de portuguêsJosé Almeida Tecnico de Seguros e serviços bancáriosJosé Morais Maria do Céu Campos  Delegada para Emigração-RavensburgMário Viana Empresário

Algumas das cinquenta personalidades que Integram a Comissão de Honra de Manuel AlegreAndré Cruz da Silva,   Estudante Antonio Julio Alves Monteiro,    Funcionario Publico Bernardo Jorge Resende Garcia,    Engenheiro Bruno Livio Alves,    Promotor de Vendas Carlos Adalberto Rio Maior Pereira,   Bancario Carlos Beleza Lobo, , Fisioterapeuta / Bailarino Profissional Daniel Alexandre Aguiar Alves ,   Estudante  Denis Martins Cardoso, , Estudante Dora Mourinho,    Socióloga Fernando da Silva Ferreira,    Comerciante

As candidaturas à presidênciada república de Aníbal CavacoSilva, Manuel Alegre e FranciscoLopes anunciaram a criação deComissões de Honra e de apoionas Comunidades.

„A Igreja é formada por homens emulheres que crêem em Deus eaceitam Jesus como seu salvador.Essas pessoas de fé formam a As-sembleia, o povo de Deus, a comu-nidade dos seguidores de JesusCristo, tendo como missão anun-ciar e construir o Reino de Deusno Mundo. Ela é o corpo de Cristo,do qual Cristo é a cabeça e todosnós somos seus membros. Éguiada pelo Espírito Santo e for-mada por nós que somos pecado-res, chamados á santidade. Paraassistir e cumprir a sua missão elaprecisa de uma organização admi-nistrativa: diocese, paróquia e co-munidade. A paróquia é administrada peloPároco com a ajuda do ConselhoPastoral Paroquial que deve cola-borar, trabalhar para que tudoaconteça conforme a vontade deDeus e para o bem de todos“.

Foi inspirado neste texto que a

missão católica portuguesa deHamburgo, pediu a colaboraçãode seus paroquianos, exortando-os a inscreverem-se como eleitorou candidato ao Conselho Paro-quial. Durante todo o mês de Ou-tubro, foram recolhidas todas asinscrições, que na opinião de mui-tos foi lenta e desprovida de inte-resse.

No entanto, no dia das elei-ções, a 7 de Novembro último, aafluência à urna foi satisfatória,registando-se 281 votos dos 331recenseados. Uma boa participa-ção. portanto.

De salientar o bom ambientegerado à volta do processo de vo-tação, apesar de uma outra falhaaqui e ali registada.

Já com data marcada para estemês, a tomada de posse do novoConselho Paroquial será no decor-rer duma das habituais eucaristiasde Domingo. Maria dos Anjos

José Pires Pinto Eduardo, Conselheiro das Comunidades - CCP  Jorge da Silva,   Informático | IT Business Manager Luísa Costa Hölzl,   Docente de português Manuel Francisco Lisboa,   Professor reformado Manuel Ribeiro Francisco,   Conselheiro de Empresa na Reforma ( Sindicalista) Nelson Paulo Monteiro de Oliveira, Médico Nelson Rodrigues,    Conselheiro de Assuntos de Migracao e Integração 

Alguns membros da Comissão de Apoio à candidatura de Francisco Lopes à Presidência da República.Caetano da Rosa, Professor metodólogoTeresa Soares, Professora e sindicalistaJosé Araújo, Empregado e ex-membro do CCP José Filie Caseiro, ProfessorJoão Correia, Dirigente associativo Alfredo Stoffel , Conselheiro das Comunidades - CCPFernando Genro, conselheiro das comunidades e dirigente associativoFernando Oliveira , Dirigente associativoRui Paz , Professor Arménio Fortunato, EmpresárioFrancisco Velho, Empresário Francisco Guerreiro, EmpresárioAna Vieira, Assistente de biologiaRuben Peixoto, Estudante Francisco Rodrigues, Dirigente associativoAntónio Rodrigues, Dirigente associativo

HAMBURGO Comunidade católica elegeu Conselho Paroquial

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Comunidade8

Para além da cônsul e dacoordenadora, o PP contou 21 onúmero de participantes nareunião: nove professores e re-presentantes dos encarregadosde educação de Düsseldorf,Essen, Gelsenkirchen, Rem-scheid, Soligen e Colónia. Tam-bém entre os presentes estavammembros da FAPA (Federaçãodas Associações Portuguesas naAlemanha) e um membro doCCP (Conselho das Comunida-des Portuguesas)

Uma das novidades do en-contro foi a apresentação donovo Docente de Apoio Pedagó-gico junto do consulado emDüsseldorf, o professor RogérioSousa Almeida que vai estarquatro horas por semana aoserviço da comunidade e dosprofessores, com horário aindapor fixar.

Recorde-se que este lugarestava vago desde 2009, o quemotivou durante esse períodoalgum descontentamento pro-veniente de professores, demembros do CCP, de associa-ções e até do próprio ex- cônsulJoão Bernardo Weinstein.Sobre este capítulo, causougrande surpresa quando foianunciado que o Docente de

Apoio estaria apenas disponíveldurante apenas quatro horassemanais. Alguém, justamente,duvidou que o novo Docente deApoio consiga dar vazão ao tra-balho em apenas quatro horaspor semana.

Resignados, ouviu-se um“mais vale pouco do que nada”típico no nosso jeito para acei-tar as coisas como se ao destinopertencessem.

Um dos problemas quemuito preocupa a comunidadetem a ver com a eterna questãodo atraso da colocação de pro-fessores nas respectivas áreas,professores que muitas dasvezes são colocados com atrasode seis meses.

Para explicar esta “doençacrónica” do ensino do Portu-guês na Alemanha, a coordena-dora Sílvia Pfeifer disse que oatraso se deve ao facto do re-crutamento de professores serfeito a nível mundial com asmais diferentes datas de iníciodo ano escolar. Além disso, háalgumas condições que têm queser preenchidas pelos concor-rentes, tais como o conheci-mento da língua do país ondevão ser colocados, etc.

Uma das razões dos atrasos

à colocação atempada de pro-fessores tem a ver com o factoda língua alemã ser um idiomade pouca oferta em Portugal,disse a coordenadora.

O problema da falta de al-guns professoras às aulas foi le-vantado por um encarregado deeducação que referiu o seu pro-blema ao denunciar a falta con-tínua de uma professora àsaulas em Dusseldorf porque“infelizmente adoece com muitafrequência“ . Para além desta si-tuação concreta, foi denunciadoa inadequada matéria escolar oque leva as crianças a perderemo interesse em frequentarem asaulas.

Por seu turno, uma profes-sora de Colónia disse, com vozbem firme, que os professoresestão fartos de lutarem contra amaré, denunciando as carênciassentidas e apelando para queensino da língua portuguesa sefaça de modo estruturado emprol da língua, dos alunos, di-zendo que o Instituto Camõesdeve ser chamado à responsabi-lização sempre que as coisasnão funcionem .

Espera-se agora que a novacônsul faça eco de todas aspreocupações a quem de di-reito. E os presente levarão,com certeza, à letra as palavrasda cônsul quando disse que“nada ficará nas paredes doconsulado”. António Horta, Correspondente

Reunião no Consulado de Portugal em Dusseldorf sobre o ensino

Novos rostos, velhos problemasO Consulado-Geral em Düsseldorf foi palco de mais uma reu-nião em que os presentes se debruçaram sobre o ensino. Oencontro foi promovido pela novíssima Cônsul-Geral MariaManuela Durão que, por sua vez, convidou para estar presentea também nova responsável pelo ensino na Embaixada dePortugal, a coordenadora Sílvia Melo Pfeifer.

O Vice-Cônsul em Osnabrück,Manuel Silva, manifesta-se “muitopreocupado como facto de lhe pa-recer haver um aumento significa-tivo de idosos que vivem naAlemanha em situação de po-breza, isolamento e solidão”.

Esta preocupação de ManuelSilva foi manifestada num encon-tro que realizou com o ConselhoConsultivo junto do Vice-Consu-lado.

Ao PORTUGAL POST, ManuelSilva anunciou algumas iniciativasque venham a contribuir para sen-sibilizar a Comunidade Portu-guesa, pois segundo o mesmo “assituações agora detectadas exis-tem, não por falta de solidariedadedos portugueses, mas sim por faltade conhecimento”.

Manuel Silva disse que “porexperiência sabe que a Comuni-dade Portuguesa está semprepronta a prestar um apoio social aquem necessita e as situaçõesagora detectadas resultam do iso-lamento de alguns idosos e nãopor falta de solidariedade da Co-munidade Portuguesa”.

Uma das iniciativas que oVice-Cônsul já começou a pôr emprática são visitas a nacionais quese encontram a viver em lares deterceira idade, “muitas vezes semconhecimentos mínimos da línguaalemã”, disse. O responsáveladiantou que “o anonimato dequem mora numa cidade alemã,provoca o isolamento e a difícilidentificação de casos de carên-cia”.

Estando convencido que assuas visitas esporádicas não são asolução do problema, o Vice-Côn-sul disse ao PORTUGAL POSTque as mesmas visam “lembrar esensibilizar a Comunidade Portu-guesa para este facto”, além de

pretender “dar voz às pessoas ido-sas que vivem isoladas”, dando-lhes força e estimulo para sedirigirem ao Vice-Consulado e àsdiferentes agremiações e missõescatólicas portuguesas.

“Numa recente visita a um lar,onde vive um casal completa-mente isolado, sem filhos ou fami-liares na Alemanha, os idososemocionaram-se várias vezes”disse-nos o Vice-Cônsul. “Tomeiconhecimento que duas senhorasportuguesas visitam regularmenteaquele casal de idosos, dando-lhesa atenção e o carinho que bem me-recem”, adiantou Manuel Silva,afirmando que esse trabalho devoluntariado merece o seu maiorreconhecimento.

Ainda na reunião com osmembros do Conselho Consultivo,que se realizou na cidade deMünster, Manuel Silva informouos presentes sobre algumas activi-dades do posto, destacando a in-trodução e emissão do Cartão deCidadão no Vice-Consulado a par-tir do passado dia 14 de Julho de2010.

O Vice-Cônsul relembrouainda a realização das eleiçõespresidenciais, as quais terão lugara 22 e 23 de Janeiro de 2011, exor-tando os presentes eleitores acumprir o seu dever cívico.

Para além da preocupaçãosobre a situação dos idosos, ospresentes debruçaram-se sobre oproblema de sobrevivência queafecta um número crescente dascolectividades portuguesas, “querpor falta de meios humanos, querpor falta de líderes capazes dereestruturar as mesmas e assimtorná-las mais atractivas para asegunda e terceira gerações, de-vendo-se tentar inverter essa ten-dência”.

Reunião entre o Vice-Cônsul em Osnabrück e o Conselho Consultivo

Situação dos idosos no centro das preocupações

O Governo vai contratar breve-mente os professores que faltamem França e na Alemanha, ondemais de mil alunos estão semaulas de português, anunciou o se-cretário de Estado das Comunida-des, António Braga.

Entretanto, já será publicadaem Diário da República a portariaque permite a contratação local deprofessores.

“O modelo de colocação deprofessores baseou-se, por con-curso, na criação de uma bolsa dedocentes disponíveis para ocuparos lugares que pudessem vir avagar.

A bolsa esgotou-se e foi neces-sário desenvolver outro procedi-mento para a contratação.

O governante ressalvou aindaque o Instituto Camões (IC), quetutela o ensino do português noestrangeiro, “tem vindo a desen-volver todos os procedimentospara que sejam preenchidos esseslugares”.

Desde o início do ano escolar,em Agosto ou Setembro, conformeos países, que tem sido denun-ciado que cerca de mil alunos emFrança e outros tantos na Ale-manha estão sem aulas.

Em Outubro, a dirigente doSindicato dos Professores das Co-munidades Lusíadas, Teresa Soa-res, explicou que isso se devia aum atraso na contratação local,causado pela falta de uma porta-ria.

Professores que faltam Alemanhavão ser contratados brevemente

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Comunidade 9

GENTEALEXENDER ALVARO, nascido em1975, é deputado ao Parlamento Euro-peu e pertence, desde 2003, à direcçãonacional do partido FDP. Este luso descendente, que tem a duplanacionalidade, é uma das raras perso-nalidades com passaporte português naAlemanha que exerce um alto cargo navida politica alemã, isto é, para além desua actividade de parlamentar, Alexen-der Alvaro é vice-presidente do FDP.Alexender Alvaro conclui o liceu (abi-tur) em Düsseldorf, no Görres-Gymna-sium, e estudou direito nasuniversidades de Bremen, Mannheim,Lausanne und Düsseldorf.De 2000 a 2005, pertenceu também àdirecção nacional dos jovens liberais(JuLis), tendo sido eleito para o Parla-mento Europeu em 2004, cargo queainda exerce.

O deputado do PSD pela EuropaCarlos Gonçalves alertou para a“escassez de pessoal” no consu-lado de Hamburgo, na Alemanha,e quer saber se o Governo vai re-solver esta situação.

Numa pergunta ao Governo , odeputado afirma que a situaçãonaquele posto “traduz-se numaprogressiva incapacidade de daruma resposta cabal, em termos derecursos humanos e em termosadministrativos, aos utentes”.

“Em várias reuniões com o Mi-nistro dos Negócios Estrangeiroschamei a atenção para este quadrode dificuldade, que agora acabapor se agravar devido à doença dealguns funcionários que ocupamas chefias intermédias”, lê-se napergunta.

“A comunidade portuguesa re-sidente na área consular de Ham-burgo necessita de que estasituação seja resolvida rapida-mente pelo Governo”, sublinhou osocial-democrata.

Carlos Gonçalves disse aindaque tem recebido “alguns relatos equeixas da parte de portugueses aíresidentes” acerca do funciona-mento do consulado.

Nesse sentido, o deputadoquer saber se o Governo “está apar das dificuldades por que passao Consulado Geral de Portugal emHamburgo, nomeadamente emtermos de recursos humanos” e seestá a “ponderar tomar algumamedida para resolver a situação”desse posto.

Segundo o PP apurou, a distri-

buição de funcionários pelos con-sulados na Alemanha faz-se da se-guinte maneira: Vice-Consuladoem Frankfurt, para além do titulardo posto, com cinco funcionários(abriu, entretanto, concurso paramais um). Consulado-Geral emEstugarda tem sete funcionários.Consulado-Geral em Dusseldorf,com oito funcionários. Vice-Con-sulado em Osnabrück, com trêsfuncionários, sem contar com o ti-tular do posto. Consulado-Geralem Hamburgo, com seis (abriu,entretanto, concurso para a colo-cação de mais um funcionário).

Contactada pelo PORTUGALPOST, a secretaria de Estado dasComunidades, não quis comentarpedido de esclarecimento que en-viamos por e-mail.

PSD alerta para “escassez de pessoal” noconsulado de Hamburgo

Às vezes a Embaixada de Portugalem Berlim é motivo de notícia.Desta vez, porém, não é de notíciarelevante mas sim de uma notaque tem como objectivo informarpequenas alterações sobre o quevai na mais alta missão diplomá-tica portuguesa na Alemanha.

A primeira nota tem a vez como novo visual do Site da embai-xada (www.botschaftportugal.de).Novo, dizemos, em termos deimagem. No que se refere ao con-teúdo a embaixada oferece-nos, deforma diferente, o mesmo.

Vale, no entanto, a pena daruma olhadela para ficarmos a con-hecer o que a embaixada pretendecomunicar. Por exemplo, no botão“serviço aos portugueses”, a em-baixada informa, em termos ge-rais, os serviços prestados pelosconsulares aos portugueses quesão aqueles que todos os consula-dos no mundo podem fazer pelosportugueses.

Clicando no botão “Comuni-dade Portuguesa”, a embaixadadá-nos a ler um documento es-tudo intitulado “Caracterização daComunidade” compilado pelo ex-Conselheiro Social Rebelo Coelho,documento este editado em 2004com dados estatísticos sobre aevolução da comunidade até ao2000/03.

No que diz respeito ainda à in-formação sobre a comunidade, aembaixada insiste em publicar um“link” desactualizado que dáacesso ao Site do CCP /Conselhodas Comunidades Portuguesas oqual induz em erro as pessoas queconsultam aquela informação on-line.

Sobre uma outra nota prove-niente da embaixada é a cessaçãode funções do Conselheiro de Im-prensa Luís Tibério que esteve aoserviço da Embaixada de Portugalna capital alemã durante cerca denove anos

Novas da Embaixada

Site da embaixada com novo visual

O dia 3 de Outubro, feriado naAlemanha, tem sido uma data fixapara um encontro convívio de ex-militares onde se fala e recorda assuas aventuras enquanto militarespor terras das ex-colónias.

O primeiro encontro ocorreuem 2007. Desde então para cá, osresponsáveis têm promovido o en-contro em diversas agremiaçõeslusas na região de Münster(Münsterland), a quem os organi-zadores agradecem através doPORTUGAL POST.

O encontro vai, portanto, noseu quarto ano consecutivo.

Nestes jantares de convívio, osex-militares fazem-se acompan-har das respectivas famílias e ami-gos, o que torna o convívio quasenuma festa que de ano para anovem ganhando a adesão de muitagente.

Este ano, foi exibido um DVDde fotografias dos ex-militares,que acordou a comoção dos pre-sentes, tendo sido este um dosmomentos mais emotivos de todasas saudades que cada um gosta derecordar.

Outro momento alto do últimoencontro, foi o encontro ocasionalde dois ex-militares (Alceu Car-doso de Münster e António Fer-nandes de Borghorst) queestiveram em zona de combate naGuiné-Bissau e que residem a uns

escassos quilómetros um do outrona região de Münster e que já nãose viam há 38 anos.

Os dois, durante o jantar re-conheceram-se, e, para espanto demuitos, caíram nos braços um dooutro bastante comovidos.

Em Outubro de 2011, festejar-se-ão os 5 anos de convívio, sendoque, a este propósito, a organiza-ção já está a planear o encontropara essa altura, com um maiornúmero de pessoas.

Uma novidade do próximo en-contro será o lançamento de umacampanha de recolha de dinheiropara apoiar os mutilados das ex-colónias.

Para isso, a organização vaisensibilizar instituições privadaspara se associarem à iniciativa.

No final, os presentes deramvivas à república e divertiram-seao som de música e cantigas doDuo de Guitarras e do Trio deConcertinas que actuaram deforma solidária.

Os organizadores (AlfredoCardoso, António Dias, AntónioCardoso e António Fernandes),agradecem via PORTUGAL POSTe lembram o próximo convíviodeste ano dos ex-militares dos trêsramos das forças armadas portu-guesas.Para mais informações: [email protected]

Ex-militares encontram-se para convívio e recordacões

Entre lágrimas e saudades

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Comunidade10

Fala o LeitorUm obrigado ao PP

Exmo. Senhor Director,Quero felicitá-lo pelo trabalho que tem feito em prol dos emigrantesportugueses aqui na Alemanha. Há alguns anos que compro o jornale desde aí tenho coleccionado os jornais. A informação do jornal é muito útil para quem vive aqui. Graças à in-formação social do jornal tenho-me podido defender sobre direitos edeveres que desconhecia.Leio e aprecio tudo o que o jornal escreve. Também quero dar-lhe osparabéns pelos artigos sobre a história de Portugal. São de fácil lei-tura, informativos e muito instrutivos. E como são em português ealemão, os meus filhos podem compreender melhor quando têm o ar-tigo em alemão à mão.Também quero deixar aqui os meus parabéns aos advogados e ao se-nhor José Gomes Rodrigues que escrevem sobre assuntos muito im-portantes para todos nós. Enfim, peço ao senhor Director Mário dos Santos para continuar atéaqui, porque creia que o jornal apesar de ser mensal é uma grandecompanhia que penso não ser só para mim.Muito obrigado.Ricardo Valdemar Santos,Mannheim

O Círculo de Amigos de Herigoyen(CAH) desmente um texto do perió-dico mensal “Portugal Post”, publi-cado na edição de Dezembro de 2010,assinado por F.A. Ribeiro, com o qualse pretendeu fazer o rescaldo da co-memoração dos duzentos anos da no-meação régia do arquitecto portuguêsManuel José de Herigoyen (1746-1817) como Alto-Comissário dasObras Régias da Baviera.

Nesse texto os factos são sistema-ticamente subvertidos de modo a ali-mentar uma polémica, meramentejornalística e sem fundamento. Cabe-nos ainda chamar a atenção para ofacto de, por razões que nos são des-conhecidas, o estilo escolhido pelo re-dactor do texto ser, por vezes,tendencioso e ofensivo.

Porque somente nos identifica-mos com um jornalismo isento e ob-jectivo, não poderíamos deixar deemitir este desmentido.

1) “(...) uma troca de galhardetesentre os principais responsáveis (...)”

O CAH desconhece os “galharde-tes” em causa, bem como os “princi-pais responsáveis” referidos. Para aconcretização do referido evento es-teve envolvida uma equipa com cercade uma dezena de pessoas. Nenhumadessas pessoas foi remunerada, tendosido demonstrado por todos umaenorme dedicação e entrega. Even-tuais incompatibilidades ou diferen-ças de opiniões que possam tersurgido ao longo do processo, foramresolvidas dentro da equipa e não sãodo domínio público. Qualquer infor-mação em contrário é uma tentativaabusiva e irresponsável para denegrirum trabalho conjunto de elevadovalor e mérito.

2) “ O PORTUGAL POST - que seassociou à iniciativa - reclamoudados (...) juntos dos dois mais altosrepresentantes da Liga dos Amigos(...) Não obteve resposta (...)”

O PORTUGAL POST (PP) é ummeio de comunicação muito prezadoentre a Comunidade Portuguesa resi-dente na Alemanha, pelo que noscongratulámos pela sua presença nonosso evento. Tal como todos os ou-tros meios de comunicação socialportugueses e bávaros, o PP recebeuum comunicado de imprensa a 18 deOutubro anunciando e enquadrandoo referido evento. O CAH descon-hece, mais uma vez, quem são os“mais altos responsáveis” da “Ligados Amigos”, pelo simples facto denão existir nenhuma “Liga”, mas simum Círculo de Amigos, e de não exis-tir uma estrutura hierárquica rígida

que permita qualificar, em termos derelevância, as pessoas envolvidas. Asuposta “reclamação de dados” nuncachegou aos nossos endereços postal, e-mail ou fax, pelo que naturalmentenunca poderia ser respondida.

3) “(...) o teor da divergência pro-tocolar surgida e muito comentada.”

No ambiente de festa que acom-panhou o evento não tivemos conheci-mento de nenhuma “divergênciaprotocolar”, a qual, supostamente, ti-vesse sido “muito comentada”.

4) “Apurámos, a nosso custo e en-cargo, que a presença da RTP era umdado certo.”

Tal como referido no ponto 2),todos os meios de comunicação socialportugueses e bávaros receberam umcomunicado de imprensa a 18 de Ou-tubro. Em nenhuma ocasião nos foiconfirmada a presença da RTP nonosso evento, pelo que a sua ausênciase deve a opções de redacção ou de di-recção que nos são totalmente alheias.

5) “Os erros e o branqueamento dacomunicação não se ficaram por aqui.”

O CAH não reconhece qualquer le-gitimidade ao Sr. F.A. Ribeiro paraacusar as pessoas envolvidas na con-cretização do evento de cometerem“erros e branqueamento da comunica-ção”. Existiu por parte de cada umadas pessoas que integraram a equipauma enorme vontade em dar o seumelhor. Não negamos a existência desituações pontuais que poderiam tersido melhor resolvidas, as quais jáforam internamente identificadas edebatidas. A avaliação da prestação dodesempenho de cada uma das pessoasfoi feita dentro da equipa e não é dodomínio público.

6) “ (...) o auto-intitulado presi-dente da Liga dos Amigos de Heri-goyen, José Rodrigues dos Reis (...)”

O Sr. Rodrigues dos Reis dedica-se, juntamente com o Dr. HermannReidel, à divulgação da vida e da obrade Herigoyen há mais de 25 anos.Sendo o Círculo de Amigos de Heri-goyen uma entidade que se propõefazer a ponte entre a Baviera e Portu-gal, faz todo o sentido que o Sr. Rodri-gues dos Reis, pela sua vivência emambos os estados, tenha sido indicadocomo Presidente. O desplante na utili-zação da expressão “auto-intitulado” éainda maior, quando o próprio Sr.Rodrigues dos Reis apresentou inicial-mente bastante resistência em aceitaro referido título. Como se referiu an-teriormente não existe uma organiza-ção vertical no CAH, cabendo a todosos membros da equipa o direito à pa-lavra e à decisão, obedecendo aos prin-

cípios da transparência e do respeito. 7) “(...) dez dias antes do dia da

cerimónia, (o Sr. Rodrigues dos Reis)deslocou-se a Lisboa para tentar con-tactar as autoridades culturais (...)”

A deslocação a Lisboa do Sr.Rodrigues dos Reis, juntamente coma Princesa Sissy zu Bentheim undSteinfurt e com o Dr. Hermann Rei-del fez-se a 11 de Julho, ou seja, trêsmeses e meio antes do evento. Nessaocasião, em reunião no Ministério daCultura, foi efectuado o convite pes-soal ao Sr. Secretário de Estado daCultura e ao Sr. Director do IGE-SPAR, os quais confirmaram a suapresença a 25 e a 16 de Agosto, re-spectivamente, em carta redigida aoPresidente do CAH. Os contactoscom a Sra. Ministra da Cultura foramfeitos por intermédio do Sr. Secretá-rio de Estado da Cultura e directa-mente por cartas redigidas eassinadas pelo Presidente do CAH.

8) (...) Parece que propositada-mente se esqueceu de referir a acçãodecisiva do Consulado na abertura dacerimónia de Munique. (...)”

Estas afirmações, atribuídas aoSr. Cônsul Geral de Portugal em Es-tugarda, Dr. Gomes Samuel, não nosparecem plausíveis. Má fé e necessi-dade de protagonismo são caracterís-ticas que não reconhecemos no nossoestimado Cônsul Geral. Se na cerimó-nia de abertura, por lapso e sem ma-lícia, não foi feito o devidoagradecimento ao Consulado, talomissão foi corrigida no final da ceri-mónia. O aproveitamento deste inci-dente para alimentar uma intriga sópoderá ser interpretado como umacto de gravíssima irresponsabili-dade. O papel desempenhado peloDr. Gomes Samuel na comemoraçãodos duzentos anos da nomeação régiado arquitecto português Manuel Joséde Herigoyen como Alto-Comissáriodas Obras Régias da Baviera revelou-se de primordial relevância para aconcretização do evento. Mais umavez tornamos públicos os nossosagradecimentos e enorme considera-ção.

Quanto à cronologia dos factos,feita pelo Sr. F.A. Ribeiro, esta é de-masiado simplista e imprecisa. Porrespeito a todos os envolvidos, demodo a assegurar a sua privacidade ebom nome, não nos parece conve-niente rebater os factos apresenta-dos.

Munique, 10 de Dezembro de 2010 Círculo de Amigos de Herigoyen München,

Com pedido de publicação ao abrigo da lei de Imprensa

Desmentido

Brevíssima RespostaO PORTUGAL POST (PP) empe-

nhou-se a fundo na defesa dos supe-riores interesses da Comunidadelusa de Munique durante a maiorparte do ano de 2009. Estava emcausa o modelo de gestão consulardinamizado pelo cônsul honoráriode Portugal em Munique, JürgenAdolff, que o Governo portuguêsacabou por exonerar no início doVerão do ano que agora findou.Nesse relacionamento e troca de In-formações destacaram-se dois ele-mentos da comunidade lusa deMunique, o sr. Reis e o sr.. PedroCastro, mais ou menos visivelmente,acabando o sr. Castro por ficar sóem cena através de declarações e arealização de um blogue. Eu própriomultipliquei os contactos com a Im-prensa Portuguesa, acabando umarepórter do semanário Sol, Sónia

Balesteiros, por dar alguma visibili-dade à justa luta da comunidade lusade Munique. É neste contexto que apa-rece como altamente discutível aforma usada pelo Círculo dos Amigosde Herigoyen para noticiar publica-mente o Simpósio. Ao contrário doque escrevem - e já foi reposta a ver-dade por troca de informações a an-teceder a publicação deste alegado „desmentido“- o PP enviou e-mailspara os dois principais responsáveisdo evento, a 18 e 22 de Setembro, a so-licitar material vasto de enquadra-mento para o Simpósio do Herigoyen.Até essa data desconhecíamos o e-mail do CAH, por falta de Informaçãoveiculada do mesmo. E para se de-monstraro nosso bem intencionado e operosopropósito, tentámos via telefone e smsalcançar um módulo eficaz de agen-ciamento de Informação. Acabaram

por declarar que receberam os cita-dos e-mails, o que destrói toda a ar-gumentação reunida à lufa-lufa semrigor neste „ desmentido“. E acresceo facto, por alta curiosidade, de o sr.Reis, ter evitado (?) usar o e-mail doCAH para nos enviar um outro coma fotografia da princesa Sissi, a 12 deNovembro pp, por intermédio de umPC de um técnico do staff da SSF In-genieure de Munique, o eng° P San-tos. O outro ponto polémico do „desmentido „, relaciona-se com a vi-sita a Lisboa de uma comitiva noVerão passado de três elementos doCírculo de Amigos de Herigoyen ,que nos abstemos de comentar pordeliberada intenção. Nada há maisa dizer e recusamos alimentar maisuma qualquer outra polémica.

O RedactorF.Almeida Ribeiro

Para nós, Portugueses no estrangeiro, Natal é um tempo emque estão mais presentes os valores da Paz, da Família, da So-lidariedade e do que nos une ao nosso País. É-me assim espe-cialmente grato dirigir à Comunidade Portuguesa eluso-descendente, residente na Alemanha, os meus vivosvotos de Boas Festas e de um Feliz Ano Novo.

O ano que agora termina foi marcado por uma grave criseeconómica e financeira. Acabou por ser, como todos sabemos,também um ano muito difícil para Portugal, que, medianteum diversificado conjunto de medidas, está a proceder à con-solidação orçamental e ao relançamento da economia.

Mantém-se o capital de confiança nas capacidades dos portu-gueses, e na forma como têm, ao longo de séculos, dado mos-tras de saber enfrentar os grandes desafios, comdeterminação, criatividade e engenho, para construir um fu-turo melhor. Disso tem sido exemplo também a ComunidadePortuguesa e luso-descendente aqui residente, no contributoque tem dado para o desenvolvimento deste país e de Portu-gal.

Manter vivo esse sentimento de portugalidade passa igual-mente por uma activa participação cívica, designadamentepelo exercício do direito de voto nos actos eleitorais de Portu-gal. Será o caso, já no próximo dia 23 de Janeiro, da eleiçãodo Presidente da República, cuja nova legislação veio alargaro universo dos eleitores.

Pela nossa parte, a Embaixada irá, em coordenação comtodos os Postos Consulares na Alemanha, continuar a empe-nhar-se na defesa dos interesses de Portugal e dos portugue-ses aqui residentes, incluindo a promoção e afirmação daLíngua e da Cultura Portuguesas, marcas indeléveis da nossaidentidade e da nossa presença no Mundo.

A todos, os meus votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

José Caetano da Costa PereiraEmbaixador de Portugal

Mensagem à Comunidade Portuguesa na Alemanha

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Comunidade 11

JANEIROÁ O programa “Boa Tarde Portugal”, transmitido todos os sábados pela Rádio Dreyeck-land em Freiburg e realizado por emigrantes portugueses, comemora 19 anos de exis-tência. O PP dá a conhecer a iniciativa e fala com os radialistas que nos contam comotudo começou.Á O ex-cônsul em Dusseldorf, João Weinstein, convoca uma reunião com os professorespara os informar sobre a inexistência de um coordenador pedagógico, abrindo, assim,uma guerra com a Coordenação de Ensino na embaixada sobre as competências de unse outros.Á O conselheiro Rui Paz abandona o CCP por razões pessoais e dá o lugar a FernandoGenro que assume oficialmente o cargo de conselheiro.Á Na edição de Janeiro, o PP notícia mais uma reunião havida entre os conselheirosdo CCP, Embaixador de Portugal e cônsules. Na reunião é manifestado o desejo de sepromover as celebrações do Dia de Portugal (10 de Junho) num “evento com nível edignidade”, desejo este não concretizado.Á O grupo folclórico “Coração do Minho” muda de nome e passa a ser “Grupo EtnográficoCoração do Minho”.

FEVEREIROÁ Abílio Ferreira, vice-cônsul em Frankfurt, fala ao PP sobre a sua intenção em “sim-plificar alguns procedimentos consulares.Á Vice-cônsul em Osnabrück nomeia e anuncia o nome das personalidades que passama constituir o Conselho Consultivo junto daquela posto. Á As permanências consulares em Munique e Singen são reactivadas após o PP tercontacto a secretaria de Estado das Comunidades colocando a questão como prioritáriapara os portugueses ali residentes.

MARÇOÁ A TAP anuncia o nome de Frank Zehle como seu novo delegado na Alemanha.Á Reportagem no PP sobre os portugueses em Freiburgo e a “sua igreja”, ponto de en-contro das famílias lusas naquela cidade.Á Centro Português em Felbach é contemplado com uma verba de três mil euros con-cedida pelo Estado português para as suas actividades.Á Cônsul-Geral em Hamburgo nomeia e empossa o Conselho Consultivo formado porpersonalidades residentes na sua área de jurisdição.Á O deputado pela emigração do PSD, Carlos Gonçalves, visita o Centro Cultural e Des-portivo em Arnsberg.Á O banco Santander Totta entrega um donativo ao consulado em Estugarda para aqui-sição de leitores de CDs para os professores naquela área. O material será utilizado nasaulas de português.Á Nas eleições para os Conselhos de Integração na NRW são eleitos dez portuguesesem diversas cidades do mais populoso Estado da Alemanha.

ABRILÁ O PP publica artigo sobre o jornalista alemão Günter Wallraff onde revela que o ge-neral Spínola queria eliminar fisicamente adversários políticos em 1976.Á Rui Paz, músico e professor, concede entrevista ao PP onde fala da sua carreira e doseu itinerário na actividade cívica e social em que se empenha.Á O deputado socialista Paulo Pisco participa num encontro luso-angolano promovidopela VPU (Federação de empresários Portugueses na Alemanha)Á O grupo folclórico Etnográfico Coração do Minho festeja o seu 9 aniversário.Á Vítor Estradas, presidente da FAPA, revela tristeza pelos seus projectos não seremlevados em conta pelas entidades oficiais. Em causa está o projecto de apoio à formaçãodos dirigentes associativos que não é apoiado apesar da insistência da FAPA.Á Vice-Cônsul em Frankfurt nomeia e empossa o Conselho Consultivo junto do posto.Os nomeados são conhecidas personalidades residentes na área. Á O cônsul português em Estugarda diz em entrevista ao PP que “o consulado honorárioem Munique está bem”, afirmação esta surpreendente quando já se sabia que o postohonorário estava por um fio devido às alegadas ligações do ex-cônsul honorário aocaso dos submarinos.Á Cônsul Honorário em Munique é suspenso pelo Governo português devido às suasalegadas ligações ao caso dos submarinos.

MAIOÁ Artur Amorim, presidente do PSD-Alemanha, é eleito para o Conselho Nacional dopartido.Á Governo prescinde das instalações do consulado honorário em Munique para fazerassistência consular.

JUNHOÁO Deutsche Bank Portugal anuncia a sua vinda para a Alemanha para competir com

os bancos portugueses no mercado da comunidade.Á O PORTUGAL POST publica uma brochura de informação sobre o Hartz IV.Á Por iniciativa da conselheira Piedade Frias é anunciada a criação de uma Federaçãode Ranchos Folclóricos na Alemanha.Á É nomeado o Conselho Consultivo da área consular de Berlim.Á Conselheiro do CCP voltam a Berlim para mais uma reunião com o embaixador ecônsules.Á Contrariamente ao que se esperava, Dia de Portugal não é festejado com um grandeevento como tinha sido anunciado pelo CCP após uma reunião com o embaixador emBerlim, em Dezembro de 2009.Á A Federação das Associações Portuguesas na Alemanha (FAPA) anuncia a eleição dasua direcção regional do norte. Para presidente é eleito Artur Rodrigues pertencente àassociação em Gutersloh.

JULHOÁ Uma jovem Luso descendente , Tatjana Pinto, residente em Münster é consideradauma “jóia do atletismo alemão. Á A Associação Portuguesa em Solingen anuncia mudar para novas e condiganas ins-talações.Á O PORTUGAL POST anuncia que a emigração portuguesa para a Alemanha está amudar com a chegada de muitos jovens licenciados para este pais.ÁA VPU (Federação de Empresários Portugueses na Alemanha) anuncia cooperaçãocom a AICEP.Á Com o apoio do Centro Português de Essen, um Projecto de Intercâmbio põe criançasa dialogar em português.

AGOSTOÁ Os membros do CCP Fernando Genro e Alfredo Stoffel promovem, em Dusseldorf,uma sucessão de reuniões sobre ensino, associativismo e terceira-idade. Os professores,as associações, assistentes sociais e cônsul foram convidados para os encontros. Á Dortmund lembra e festeja os 40 anos de ensino português numa escola primária,a Nordmarktschule.Á É colocada uma placa alusiva aos 90 anos da Amália Rodrigues na rua com o nomeda fadista em Hamburgo.Os iniciadores são a Associação Luso-Hanseática.Á A Federação das Associações (FAPA) ameaça promover manifestações de rua contraa falta de Docente Pedagógico no consulado em Dusseldorf.

SETEMBROÁ O escultor Filipe Mirante inaugura um atelier e espaço para exposições após comanos de reconstrução e adaptação do espaço, um antigo celeiro.

Á É anunciado que o cartão de cidadão é emitido nos consulados em Dusseldorf, Frank-furt e Osnabrück.ÁJoão Weinstein, cônsul em Düsseldorf é exonerado pelo Governo.Á O sindicato dos Professores revela ao PP que são nove os professores de portuguêsem risco de perder o vínculo ao Estado.Á A Portugal Post Verlag (casa editora deste jornal) anuncia a publicação do DirectórioEmpresarial Luso-Alemão.

OUTUBROÁ Vice-Cônsul em Osnabrück, Manuel Silva, anuncia poder iniciar permanências con-sulares em Bremerhaven.Á É anunciado projecto para a fusão das associações, clubes e ranchos em Hagen.Á Sindicato dos Professores diz ao PP que há professores na Alemanha sem assistênciamédica.Á Sílvia Melo – Pfeifer é a nova responsável pelo ensino do Português na Alemanha.Á A comunidade portuguesa na Baviera diz-se sem acesso a serviços mínimos consu-lares após o encerramento do consulado honorário.Á Maria Manuel Durão é a nova cônsul em Dusseldorf.Á Emigrantes portugueses deixam a Espanha para vir à procura de vida na Alemanha.

NOVEMBRO

Á José Gomes Rodrigues, assistente social em Neuss, anuncia a sua saída para ir gozara reforma. O apoio social aos portugueses fica, assim, mais pobre.Á Mais uma reunião entre os membros (neste caso um membro) e o embaixador e ocônsules.Á Candidatos presidenciais nomeiam mandatários para a Alemanha.Á Embaixador de Portugal responde a três perguntas colocadas pelo PP sobre questõesque dizem respeito à comunidade.Á A Federação de Empresários Portugueses (VPU) elege nova direcção.Á Extingue-se a associação Lar dos Portugueses em LudwigsburgÁ Grupo de portugueses em Munique organiza simpósio sobre um arquitecto portu-guês, Manuel José Herigoyen, que viveu na Baviera entre 1798 e 1817.

DEZEMBROÁ É anunciada a criação da União Portuguesa Cultural e Desportiva de Hagen que ar-ranca numa mega sede com 2300 metros quadrados.Á Padre da Missão Católica em Hamburgo diz que está arrependido de ter assumido aresponsabilidade da paróquia portuguesa naquela cidade.Á José Pinto, colaborador e correspondente durante alguns anos, deixa a Alemanha eparte definitivamente para Portugal.

Comunidade Retrospectiva 2010O PORTUGAL POST reúne aqui alguns dos destaques que foram notícia durante o ano de2010 naquilo que diz somente à realidade da comunidade lusa na Alemanha. Sinceramente, notícias de grande parangonas não houve. Foi, em nosso entender, umano pobre de iniciativas ou acontecimentos de grande relevo.

Mesmo assim reunimos aquelas notícias que merecem ficar aqui registadas para a pos-teridade. Também à semelhança do que algumas vezes temos feito, o PP elege as figuras do anoque, em nosso entender, são aquelas que nos merece essa honra.

A jovem atleta velocista luso-alemã Tatjana Pinto foi uma dasnomeadas ao prémio Talento nacategoria de Desporto, prémioeste instituído pela Secretaria deEstado das ComunidadesA nomeação da jovem atleta foiconcretizada no mês de Julhopela iniciativa de alguns compa-triotas residentes em Münsterque apresentaram a proposta denomeação ao vice-consulado emOsnabrück.Tatjana Pinto, 17 anos, que re-presenta cores da Alemanha emtorneio internacionais , era se-nhora do melhor tempo das atle-tas juniores A da Alemanha na

disciplina dos 100 metros com 11,46 segundos.Tatjana Pinto é um exemplo para muitos jovens luso-descendentes.

O coreógrafo e bailarino português, Hugo Vieira,residente na Alemanha encontrou o sucessoneste país para onde veio há cerca de 11 anos.A razão para a sua nomeação como figura doano masculina 2010 prende-se pelo facto de termantido em palco um musical-bailado intitu-lado “FADO=DESTINO”.Hugo Viera é natural de Lisboa onde, de resto,iniciou os estudos em bailado na Escola deDança do Conservatório Nacional e posterior-

mente no Centro de Dança Internacional de Rosella Hightower em Cannes.Como Bailarino foi membro da Companhia Nacional de Bailado, Braunschweig Ballete Karlsruhe Ballet. Ao longo da sua carreira dançou em peças de diversos coreógrafostais como Forsythe, Galili, Wellenkamp, Naharin, Duato, Horta, Bill T. Jones, Alston,Wyss, Gomes e Roriz entre outros.Hugo Viera foi finalista no concurso internacional de coreografia em Hannover. Parti-cipou no Solo-Tanz Festival em Estugarda e no Festival de Artes de Macau e criou "Pointsof You" para o programa de Jovens coreógrafos do Ballet de Estugarda.Hugo Viera encenou e coreografou a ópera "Triumphierende Liebe" para o festival MusikTage Hannover. Criou a coreografia para o musical Frankenstein na Alemanha e paraJesus Cristo Superstar na Austria.Hugo Viera tem criado peças para o Ballet Karlsruhe, Ballet Braunschweig, HannoverOpera House, CeDeCe, Dançarte, Theater Ingolstadt, Tiroler Landestheater Innsbruck eThüringen Ballet.

A personalidade feminina do ano 2010

A personalidade masculina doano 2010

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Alemanha12

Uma equipa médica alemãacredita ter curado um homem in-fectado com o vírus da sida, apósum transplante de medula ósseapara tratar uma leucemia de quetambém sofria.

„Os nossos resultados sugeremque o paciente se curou do VIH,indicam os autores do estudo pu-blicado na edição de Dezembro darevista científica Blood.

Timothy Ray Brown, um ame-ricano de cerca de 40 anos, tam-bém conhecido como o „pacientede Berlim“, foi submetido em2007 a um complicado tratamentopara combater uma leucemia mie-lóide aguda, um tipo de cancroque afecta o sistema imunitário.

O tratamento incluiu umtransplante de células estaminaisde um doador portador de umgene hereditário pouco comum,associado à redução do risco decontrair o VIH.

Os médicos, liderados porKristina Allers e Gero Hutter doHospital Médico Universitário deBerlim, seleccionaram células es-taminais sem o receptor CCR5, ne-cessário para que o vírus sepropague no organismo.

Antes do transplante, Brownrecebeu altas doses de quimiotera-pia e radioterapia e deixou detomar os anti-retrovirais contra oVIH. Treze meses mais tarde, odoente teve uma recaída de leuce-mia e foi submetido a um novotransplante de medula com célulasdo mesmo doador.

O caso foi relatado pela pri-meira vez durante uma conferên-cia em Boston em 2008 pelosmédicos que aplicaram o trata-mento proposto pelo médico Gero

Huetter. Em 2009, o New Eng-land Journal of Medicine noti-ciava que após 20 meses semtomar os anti-retrovirais nãohavia sinais do VIH e o artigoagora publicado no Blood asse-gura que, três anos depois dotransplante, „o seu sistema imuni-tário recuperou uma saúde nor-mal“.

Os médicos continuam a ob-servar a evolução do paciente, masacreditam que este caso poderiaabrir o caminho para uma curapermanente do VIH através de cé-lulas estaminais geneticamentemodificadas. No entanto, especia-listas advertem que se trata deuma terapia muito cara e arris-cada, que não se pode aplicar atodos os pacientes e não é umacura definitiva para a sida.

Michael Saag, da Universidadede Alabama em Birmingham, nosEUA, disse à CNN que „é umaprova interessante sobre comomedidas extremas podem levar àcura do VIH“. Mas considerou que„é demasiado arriscada para seconverter numa terapia comum“.

Recordou que as células usa-das no caso de Timothy RayBrown eram provenientes de umdoador com uma mutação gené-tica pouco frequente, pelo queseria muito difícil encontrar doa-dores compatíveis. Além disso, ad-vertiu, um tratamento tãoagressivo só se justifica em casoscomo o de Brown, que além doVIH tinha cancro.

A revista Blood é uma publica-ção da Sociedade Americana deHematologia. Segundo a ONU,33,3 milhões de pessoas em todoo mundo vivem hoje com o VIH.

Sida: Médicos alemães acreditam tercurado um homem com o VIH

A União Democrata Cristã(CDU), da chanceler Angela Mer-kel, e seu partido-irmão bávaro, aUnião Social Cristã (CSU), já tin-ham dado sinais que apontavamnesse sentido.

O Partido Liberal (FDP), par-ceiro de coligacão, já tinha in-cluído a proposta no seu programade governo, divulgado durante aseleições parlamentares do anopassado.

O plano prevê ainda a redu-ção do contingente militar dosquase 250 mil soldados, que ospaís actualmente possui, para 185

mil. Destes, 170 mil seriam solda-dos profissionais, sendo os restan-tes composto por voluntários.Entretanto, a suspensão do ser-viço militar obrigatório pode criaralguns problemas novos. O serviçocomunitário prestado por aquelesque se recusam a servir as ForçasArmadas também seria prejudi-cado.

Instituições sociais e de assis-tência temem que a medida leve àfalta de pessoal, já que essas enti-dades dependem em grande parteda mão de obra de jovens quecumprem o serviço civil como al-ternativa ao serviço militar obriga-tório.

A suspensão significa tambémque o número de estudantes tendea crescer, o que eventualmentecausaria problemas para as uni-versidades.

O período do serviço militarobrigatório na Alemanha fora en-curtado em 2010, ficando com a

duração de seis meses. A obrigato-riedade aplicava-se apenas aos ra-pazes. As mulheres podiamingressar nas Forças Armadas ale-mãs, a Bundeswehr, como profis-sionais ou voluntárias, não sendoobrigadas a alistarem-se.

A proposta apresentada peloministro da Defesa, Karl-Theodorzu Guttenberg, é uma das maioresreformas da história da Bundes-wehr. Será a primeira vez que nãohaverá alistamento militar obriga-tório desde a reintrodução do ser-viço militar, em 1957.

Durante a Guerra Fria, a Bun-deswehr tinha cerca de 500 milsoldados, e o chamado ExércitoNacional do Povo, da AlemanhaOriental, dispunha de cerca de 170mil homens. Após a queda doMuro de Berlim, o exército orien-tal foi dissolvido e parcialmenteintegrado nas forças da Alemanhareunificada. Estas foram inicial-mente reduzidas para 370 mil.

Alemanha reduz Forças Armadas e suspende serviço militar obrigatórioOs líderes da coligação gover-namental alemã concordaramem suspender o serviço militarobrigatório a partir de 1° deJulho de 2011. A proposta doministro da Defesa, Karl Theo-dor zu Guttenberg, foi aceitepelo governo.

A ministra da Justiça alemã, Sa-bine Leutheusser-Schnarrenber-ger, considerou que a proposta dedividir os passageiros de aviõesem perfis de risco, com base nasua origem ou religião, pode con-duzir a uma “estigmatização” depessoas.

“Estamos bem apetrechadosnos aeroportos”, disse a ministra,rejeitando assim a proposta avan-çada pelo presidente da Associa-ção dos Aeroportos Alemães,Christoph Blume, para tornarmais eficazes as medidas contra oterrorismo.

Na opinião da ministra da Jus-tiça, que é do Partido Liberal, a di-visão de passageiros em perfis derisco viola o princípio da igual-dade a nível nacional e europeu.

Em declarações ao matutinoFrankfurter Rundschau, SabineLeutheusser-Schnarrenberger re-jeitou a criação de perfis de passa-geiros com base numa gigantescarecolha de dados.

“O pessoal dos aeroportos, quetem uma boa formação e muita ex-periência, está em condições dedecidir com bom senso quem deveser controlado e como”, sublinhoua ministra.

O Ministério do Interior tam-bém manifestou reservas à pro-posta de Blume, que invocou anecessidade de tornar os controlosnos aeroportos mais eficazes e denão terem de se introduzir con-stantemente novas medidas de se-gurança, sempre que há um novoincidente.

Um porta-voz do MinistériodoInterior garantiu que os aeropor-tos alemães “estão bem apetrecha-

dos” para efectuar os controlos eque estes são revistos regular-mente, para avaliar da necessi-dade de os melhorar.

A proposta de Blume teve ori-gem na prática já em vigor nos ae-roportos israelitas, onde ospassageiros são controlados deforma diferente, consoante a suaorigem, idade, religião ou situaçãosocial, por exemplo.

Autocolantes diferentes na ba-gagem de cada passageiro, masapenas interpretáveis pelas forçasde segurança, mostram em que ca-tegoria de risco este foi incluído ecom que rigor deve ser controlado.

O delegado do Governo ale-mão para a proteção de dados,Peter Schaar, também já tinhaconsiderado a divisão dos passa-geiros em perfis de risco “ilegal”,garantindo que esta prática nãoserá seguida no maior país daUnião Europeia.

Schaar acrescentou que a pro-posta da Associação dos Aeropor-tos “tem um carácter claramentediscriminatório e é inaceitável“.

Políticos de vários quadrantesrejeitaram também a ideia, lem-brando que a Alemanha já está atestar a utilização dos chamados„scanners“ corporais nos aeropor-tos.

Outros especialistas, comoVolker Zintel, ex-chefe da segu-rança do aeroporto de Frankfurt,sublinharam que o aeroporto deTelavive não é comparável aosgrandes aeroportos europeus,considerando “impossível” a apli-cação do modelo israelita no VelhoContinente.Francisco Assunção

Governo alemão rejeita proposta de divisão de passageiros dos aeroportosem perfis de risco

Caro/a Leitor/a:

Se é assinante,avise-nos se mudouou vai mudar de residência

Page 13: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Alemanha 13

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A 25 de Dezembro de 1952 aemissora pioneira da AlemanhaOcidental entrava no ar com atransmissão de seu primeiro tele-jornal. E quatro dias antes, a Ale-manha Oriental (RDA), já haviainiciado suas transmissões.

O noticiário alemão ocidental„das oito“ – o Tagesschau – viria atornar-se o mais tradicional da TVno país, mesmo depois da reunifi-cação em 1990. A primeiraemissão contou com cerca de 10mil telespectadores. Na época,havia apenas 1.500 aparelhos deTV registados.

A transmissão, marcada inici-almente pela improvisação, nãoprimava pela qualidade. O tele-spectador, se quisesse melhorar aqualidade da imagem recebida,era obrigado a girar sua antenamanualmente. Uma mera mu-dança de canal poderia levar até

20 minutos.Como os telespectadores de

outros países, também os alemãeshabituaram-se, a passar horasà frente da TV. O novo meio decomunicação desencadeouuma revolução silenciosa noslares, transformando a famíliaem uma espécie de „minipú-blico“, como observou o filó-sofo Günther Anders em 1956.Com o tempo, a agenda socialpassou a ser guiada pelos horá-rios da TV.

No início, a TV alemã eraum privilégio de elite. No finalda década de 50, apenas 3,4milhões de lares possuíam apa-relhos receptores. Aconteci-mentos de interesse popular,como a coroação da rainha daInglaterra, em 1953, ou o Cam-penato do Mundo de futebolem 1954, realizado na Suíça,

impulsionaram a venda de equi-pamentos e sua consequente mas-sificação.

No início dos anos 80 foi ad-mitida a primeira televisão comer-cial no país. Teoricamente as

emissoras de direito público se-riam responsáveis por oferecer àpopulação programas de con-teúdo mais educativo e informa-tivo, cabendo aos canaisprivados uma linha direcionadaao entretenimento. Devido àluta pela audiência, os últimosanos mostram que as emissorasde direito público voltam-secada vez mais a programas dedivertimento mais fácil e digerí-vel, nos moldes das TVs priva-das.

No decorrer de sua história,a TV alemã, de uma ou outraforma, serviu de testemunha dahistória do país, documentando,por exemplo, desde a construçãodo Muro de Berlim, em 1961, atésua queda, em 1989. A trans-

missão do grande acontecimentoda década de 80 é relembrada porRüdiger Steinmetz, professor daUniversidade de Leipzig:

„Depois das primeiras notí-cias, ficou claro para todos o quetinha acontecido. O Muro tinhacaído! Às 22 horas e 42 minutos, oentão apresentador de notícias daARD, Hans-Joachim Friedrichs,anunciava: ‘Este 9 de Novembro éum dia histórico. As portas doMuro estão abertos’.“

Hoje, o mercado televisivo ale-mão é partilhado por duas emisso-ras nacionais (ZDF e ARD) e 11emissoras regionais de direito pú-blico, além de uma série de canaiscomerciais. Apesar da ascensão dainternet, as crianças do país entretrês e 14 anos de idade vêm televi-são cerca de duas horas por dia,em média.Cortesia DW

1952: O ano da primeira transmissão televisiva na Alemanha

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Sociedade1616

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Portugal é um dos países da UniãoEuropeia onde mais se morre porfalta de condições de isolamento eaquecimento nas casas, segundoum estudo de especialistas da Uni-versidade de Dublin que compa-rou 14 países europeus.

A falta de condições de isola-mento das habitações poderá terestado na origem da morte de qua-tro idosos em Lisboa, uma situa-ção que a PSP já admitiu poderdever-se às baixas temperaturasque se fazem sentir.

De acordo com a investigação,que analisou as potenciais causasda mortalidade no inverno em 14países europeus, „Portugal tem amaior taxa (28 por cento) de ex-cesso de mortalidade no inverno“,seguido de Espanha e Irlanda,ambos com 21 por cento.

O trabalho sublinha um dosparadoxos da mortalidade no in-verno: „As maiores taxas de mor-talidade ocorrem geralmente empaíses onde o inverno é menos se-vero e onde deveria haver menospotencial/tendência para casos degripe e para a mortalidade relacio-nada com a gripe“.

„Os países com climas maistemperados tendem a ter baixaeficiência térmica nas habitaçõese por isso é mais difícil manterestas casas quentes quando chegao inverno“, refere a investigação.

„Este é em particular o caso dePortugal, Espanha e Irlanda, ondeas temperaturas no inverno sãocomparativamente mais tempera-das e as taxas de excesso de mor-talidade nesta estação muitoelevadas“, conclui.

A investigação da Universi-

dade de Dublin, publicada em2003, analisou durante 10 anos osíndices de mortalidade de 14 paí-ses, cruzando os dados com infor-mação sobre os factoresambientais, estilo de vida, presta-ção de cuidados de saúde e gastosnesta área, desigualdades sociais e

eficiência energética/isolamentodas habitações.

O estudo conclui que a altataxa de mortalidade nos países dosudoeste da Europa „poderia serreduzida melhorando a protec-ção/isolamento das casas ao frio,aumentando o investimento pú-

blico em cuidados de saúde e mel-horando as condições socioeconó-micas da população paraconseguir uma melhor distribui-ção da riqueza“.

A investigação aponta ainda„níveis exemplares“ de eficiênciatérmica no interior das casas empaíses com Invernos rigorososcomo a Finlândia e a Suécia, ondea totalidade das habitações têm vi-dros duplos e isolamento térmiconas coberturas, paredes e pisos.

Portugal participou no pro-jecto ‘Habitação e Saúde’, promo-vido pela Organização Mundial deSaúde e que pretendeu estabeleceras relações existentes entre a ha-bitação e a saúde das populações.

Através deste estudo, os muni-cípios podem diagnosticar os prin-cipais problemas locais e elaborarplano de acção para reduzir osproblemas detectados e melhorara saúde e a qualidade de vida daspopulações.

De acordo com os compromis-sos assumidos pelos oitenta e trêsministros das Saúde que partici-param em 2004 na conferênciaem Budapeste sobre a matéria,ficou definida a elaboração de umestudo alargado em Portugal paraapontar os problemas específicosdas habitações portuguesas e asconsequências na saúde dos cida-dãos .

Habitação

Morre-se de frio em Portugal por falta de isolamento das casas

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PORTUGAL POSTNº 198 • Janeiro 2011 Economia & Negócios 17

O Escritório da Caixa Geral de De-pósitos na Alemanha, que se situaem Berlim, oferece em comple-mento um atendimento presencialem mais 4 cidades: Estugarda,Hamburgo Frankfurt e Colónia.

O atendimento em Cóloniapassa, a partir deste mês, a serefectuado nas instalações da agên-cia central da SPARKASSE KÖLN-BONN na Hahnenstr. 57, 50667Köln. O novo espaço fica no 1°andar deste edifício moderno quese centra num átrio amplo e lumi-noso e beneficia de uma localiza-ção central entre RUDOLFPLATZe NEUMARKT, a 2 estacões demetro da Hauptbahnhof/ Dom. Oatendimento presencial conti-nuará a ocorrer às quartas-feiras,das 10h às 16 horas, sendoefectuado pelo delegado da CGD,Carlos Pereira (na foto).

“O Escritório de Berlim estávocacionado para o aconselha-mento dos clientes residentes emqualquer parte da Alemanha epara a prestação dos principaisserviços bancários, mesmo à dis-tância. Mas continuamos a pensar

que é importante, sempre quepossível, aliar a competência àproximidade: pelo serviço tele-fónico gratuito CaixadirectaInternacional e, através do atendi-mento presencial em Portugal e naAlemanha. O mercado financeirooferece oportunidades, cá e lá, àsquais devemos estar atentos. E,em igualdade de opções, sabemosque podemos continuar a contarcom a preferência dos portuguesesresidentes na Alemanha.”, afirmaa responsável do Escritório, Gi-selle Ataíde.

A transportadora nacional vaiainda iniciar ligações a Dussel-dorf, Bordéus, Manchester e Du-brovnik, aumentando em 17 porcento a extensão da sua rede euro-peia, para um total de 49 destinos.Assim, a TAP reforça significativa-mente a sua oferta, aumentando oesforço de captação de turistaspara Portugal, ao mesmo tempoque oferece ao mercado nacionalnovas e importantes rotas.

As novas rotas potenciam aimportância estratégica do hub deLisboa e promovem o crescimentodo sector nacional do turismo,destacando-se, neste aspecto, aaposta em ligações a novas cida-des na Alemanha, Inglaterra eFrança, três dos principais merca-dos emissores para Portugal.

Na Alemanha, a TAP já voapara Frankfurt, Munique e Ham-burgo e, com Dusseldorf, atingeum total de 54 ligações semanais.

Para França, a TAP já opera paraParis, Nice, Toulouse, Marselha eLyon, alcançando com a aberturada linha para Bordéus um total de154 frequências por semana. NoReino Unido, a ligação a Manches-ter vai juntar-se às 70 ligaçõesactualmente existentes a Londres,fazendo ascender o total de fre-quências para 75 semanais.

As novas linhas são inaugura-das no próximo ano, com cincofrequências iniciais por semanapara Manchester, que passam aseis no pico de Verão, seis paraBordéus, que aumentam depoispara sete, cinco para Dusseldorf,quatro para Viena, subindo pos-

teriormente para cinco, e três fre-quências para Atenas, que passama cinco em período de pico. ParaDubrovnik, a TAP vai realizar umvoo por semana, apenas na esta-ção alta.

A abertura de ligações para osnovos destinos na Europa resultade uma profunda análise aos po-tenciais de mercado e de rentabi-lidade das rotas, o que permitirá àTAP ampliar a sua cobertura geo-gráfica, aumentando os fluxos depassageiros e carga entre Portugale a Europa, África e Américas emelhorando os resultados de ex-ploração, factores que reforçam asua posição competitiva.

TAP lança voo directo entre Düsseldorf e Lisboa

Novas instalações do atendimentoda CGD em Colónia

Vai ser lançado em Janeiro o pro-grama ‘Netinvest’, para atrair o in-vestimento de empresáriosportugueses no estrangeiro e pro-mover a internacionalização deempresas portuguesas. O anúnciofoi feito pelo Secretário de Estadodas Comunidades Portuguesas,António Braga.

“As condições orçamentaispara que arranque estão estabili-zadas e a partir do mês de Janeirolançaremos o programa que é umaespécie de via verde entre empre-sários da diáspora e empresáriosque têm a ambição de internacio-nalizar o produto ou as suas em-presa em Portugal”, disse ogovernante.

Lançado no final de 2007,

após ter sido estudado pelo Go-verno cerca de dois anos, o ‘Netin-vest’ tem sido sucessivamenteadiado. Está atribuída uma verbainicial de quatro milhões de eurosno âmbito do Quadro de Referên-cia Estratégico Nacional, para oprograma.

“Não há tradição de haver pro-gramas e políticas públicas dirigi-das a este sector muito especial eessa dificuldade acrescentoualgum tempo de maturação aoprograma”, explicou AntónioBraga. O Secretário de Estado de-fende que este programa é “inova-dor” e faz uma “ruptura com todasas formas e modelos de colabora-ção com os empresários da di-áspora.”

Governo lança programa Netinvest

As remessas dos emigrantes por-tugueses diminuíram 3,6 porcento em 2009, para 559 milhõesde euros, uma quebra de 21 mi-lhões de euros face a 2008, reve-lou o Eurostat.

Este valor representa 0,33 porcento do Produto Interno Bruto(PIB) português em 2009, que sefixou em 167,6 mil milhões deeuros, num ano em que a econo-mia portuguesas se contraiu 2,7por cento.

Em 2008, as remessas prove-nientes do exterior representaram0,34 por cento do PIB, que sefixou em 171,9 mil milhões deeuros, representando mais 0,01pontos percentuais para a criaçãode riqueza do país.

De acordo com o gabinete deestatísticas da UE, o total de saí-das dos 27 países que integram aUnião Europeia, as remessas dosimigrantes totalizaram 30,3 milmilhões de euros em 2009, umqueda de 7 por cento face ao anoanterior, cuja soma foi de 32,6 mil

milhões de euros.Já em 2009 o fluxo das remes-

sas dos trabalhadores foi maiorem Espanha (7,1 mil milhões deeuros, 22 por cento do total das re-messas UE a 27), Itália (6,8 milmilhões, 21 por cento), Alemanha(3,0 mil milhões, 9 por cento),França (2,8 mil milhões, 9 porcento) e Holanda (1,5 mil milhõesde euros, 5 por cento).

O dinheiro enviado pelosemigrantes aos seus países de ori-gem tinha registado um aumentoconstante nos últimos anos emtodos os Estados-membros, umatendência interrompida pela criseeconómica e financeira, segundo oEurostat. Em 2009, a maioria dosEstados membros registaram umadiminuição do fluxo de remessasdos trabalhadores em relação a2008, com a maior queda obser-vada em Espanha (de 7,9 mil mil-hões de euros para 7,1 mil milhõesde euros)e França (de 3,4 mil mil-hões de euros para 2,8 mil milhõesde euros).

Eurostat revela que remessas dos emigrantes portugueses caem 3,6% em 2009

A TAP vai lançar, em 2011,novas rotas para seis desti-nos europeus, entre os quaisse destacam Atenas e Viena,que marcam a presença dacompanhia nas capitais daGrécia e da Áustria.

A pastelaria PORTUGÁLIA emHagen é uma das casas de fabricoe distribuição de pastelaria portu-guesa que consegue a tradição e asatisfação dos seus clientes desdeque foi fundada há 11 anos.

Com um mestre pasteleiro(com carteira profissional) perfei-tamente habilitado para corres-ponder às exigências da mais purapastelaria lusitana, a pastelariaPORTUGÁLIA pratica um atendi-mento personalizado de modo queo produto seja aquele que o clienteexige.

Vocacionada para servir e for-necer festas de famílias, festas deempresas, eventos vários, casa-mentos, baptizados, aniversários,etc., a PORTUGÁLIA tem umaestrutura que lhe permite fazer adistribuição domiciliária para res-taurantes, cafés, associações e

“Catereing”.Numa curta conversa com o

PP, o mestre pasteleiro Adélio Oli-veira convida todos aqueles queainda não se tornaram seus clien-tes a experimentarem a sua paste-laria e os seus serviços.

A pastelaria Portugália fica si-tuada na Karlstr, 32, 58135Hagen. Tel.: 02331-484804

A Pastelaria Portugália (em Hagen) há 11anos a adocicar a mesa dos seus clientes

A Fundação Calouste Gulbenkianvai pedir aos emigrantes ideiaspara tornar Portugal um “sítio me-lhor para viver”. O anúncio foifeito durante o colóquio Migra-ções, Minorias e Diversidade Cul-tural, em Lisboa.

A iniciativa FAZ, do verbofazer, pede aos emigrantes que“pensem em comunidade, queestreitem os laços com os que fica-ram”, explica Luísa Valle, di-rectora do Programa Gulbenkiande Desenvolvimento Humano. Aintenção é lançar um concurso deideias, em que o melhor projectode empreendedorismo social sejaconcretizado em território portu-guês. A Gulbenkian financia mas,para já, não avança valores. “Lá sepensam, cá se fazem”, resumeLuísa Valle que considera queexiste um “potencial espalhadopelo mundo que não tem sidoaproveitado”. Por isso, é precisomotivar “a diáspora” para ser maispró-activa e contribuir para tornarPortugal um “sítio melhor paraviver”, apela.Luísa Valle esperaque esta iniciativa se transformenum movimento da sociedadecivil. No início de Janeiro, a Gul-benkian vai lançar o regulamentoda iniciativa FAZ. “Importa refor-çar e consolidar os laços entre Por-tugal e os portugueses espalhadospelo mundo, aproveitar a sua ex-periência e desafiá-los para resol-vermos em conjunto as questãoque são de todos”, diz a fundaçãoem comunicado.

É emigrante? Tem um projecto? A Gulbenkian ajuda-o

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Eleições Presidenciais18Realização das eleições para a

Presidência da República(Postos Consulares na Alemanha)

Data de realização e horáriodas mesas de voto:

Sábado, 22 de Janeiro 2011(das 8.00h às 19h) e

Domingo, 23 de Janeiro 2011(das 8.00h às 19h)

A actualização do recenseamento dos portugueses no estrangeiropermitiu registar um total de 228 232 eleitores, informou a Direcção-Geral da Administração Interna (DGAI).

Daquele total, o maior número de eleitores inscritos está radicadonas Américas (106 782), seguindo-se a Europa (95 671).

Vêm depois a Ásia/Oceânia (14 966) e África (11 413).No que diz respeito à Alemanha, a embaixada em Berlim, a quem so-

licitamos a informação sobre o número de eleitores neste país, não nossoube dizer o exacto número de recenseados “porque os consuladosainda não tinham enviado o número de eleitores de cada área”, disse-nos, por telefone, Lúcia Portugal Núncio, encarregada da Secção Consu-lar em Berlim, Lúcia Portugal Núncio, dois antes do fecho de redacçãodesta edição, a 27 de Dezembro.

Recorde-se que o número de eleitores inscritos na Alemanha divul-gado nas últimas eleições legislativas, em Setembro de 2009, era de10.223

O recenseamento eleitoral terminou no passado dia 24 de Novem-bro.

Estes eleitores estão, assim, habilitados a poder exercer o seu direitode votar nas eleições presidenciais portuguesas, marcadas para o pró-ximo dia 23 de Janeiro.

O voto dos emigrantes nas presidenciais é presencial.

Estão habilitados a votartodos os cidadãos portuguesesque constavam dos cadernoseleitorais existentes no estran-geiro para a eleição da Assem-bleia da República em 8 deSetembro de 2005 ou poster-iormente a esta data:; se votouna última eleição da Assem-bleia da República, a27/9/2009; ou promoveu asua inscrição no estrangeiropor ter atingido a maioridadede 18 anos; ou estando inscritocomo eleitor antes de 2005,promoveu a transferência deinscrição para o estrangeiro,neste caso preciso a Alemanha.Na Comissão Recenseadoraque funciona nos Consulados-Gerais, Consulados, SecçõesConsulares das Embaixadas,vice-Consulados e ConsuladosHonorários cujos titulares seencontrem autorizados a prati-car operações de RenseamentoEleitoral, que para este actoeleitoral devia ter sido concre-tizado até fins de Novembro.p.p.

Se não tiver nenhum docu-mento de identificação podesempre votar desde que a suaidentidade seja reconhecidaunanimemente pela mesa oupor dois eleitores devidamenteidentificados. No entanto, éaconselhável que se façaacompanhar de qualquer do-cumento oficial de Identifica-

ção que contenha asua fotografia actualizada(

bilhete de identidade; cartãode cidadão, passaporte, cartade condução,etc).

Tem ainda de conhecer oseu número de eleitor e é reco-mendável que, se os tiver, levetambém o cartão, a certidão oua ficha de eleitor emitidos pelaComissão Recenseadora..

Quando chegar à mesa dasecção de voto, deve dizer o seunúmero de eleitor e apresentaro documento de Identificação,se o tiver, a quem esteja a pre-sidir à mesa. Depois de verifi-cada a sua inscrição noCaderno Eleitoral, o presidenteda Mesa entrega-lhe o Boletimde Voto. Seguidamente, dirija-se à câmara de voto e, com aesferográfica que lá se encon-tra à sua disposição, faça dois

riscos que se cruzem dentro doquadrado que está na mesmalinha do candidato em que pre-tende votar.

Há casos em que o exercí-cio de voto pode ser efectuadoacompanhado por outrém. Se-gundo determina a Lei, só setiver uma deficiência física no-tória e impeditiva de exercer ovoto sózinho( invisual, defi-ciente motor,etc). Se a Mesanão reconhecer a deficiência,exige que seja apresentadoatestado comprovativo da im-possibilidade de praticar só-zinho o acto de votação.

O eleitor deverá antecipa-damente obter o atestado com-provativo de deficiência físicajunto das instituições de Saúdedo país de residência. Não épermitido o voto acompan-hado a idosos, reformados ouanalfabetos que não sejamportadores de deficiência, nemé autorizada a deslocação daurna/ e ou dos membros daMesa para fora da Assembleiade Voto, para facilitar o acto devotação.

Informação curial e indis-pensável para terminar sobre osentido secreto do voto indivi-dual e seu exercício. A lei de-termina que dentro daAssembleia de Voto e nas suasimediações, ninguém pode re-velar em qual candidato vaivotar ou votou, salvo no casode sondagens autorizadas.Ninguém pode ser, sob qual-quer pretexto, obrigado a reve-lar o sentido do seu voto nemser perguntado sobre ele porqualquer autoridade.F.A.R.

Eleições Presidenciais 20111

Votar presencialmente a 22 e 23 de JaneiroO leitor inscrito nos cadernos Eleitorais dos Consulados espalhadospela Alemanha pode exercer  seu direito de voto nos dias 22 e 23de Janeiro deste novo ano. As mesas de voto estarão abertas  inin-terruptamente entre as 8 horas e as 19, no dia 22, e entre as 8 e as20 horas(TMG) de Lisboa, no dia 23. Uma nova lei aprovada em2009, determina a comparência física do votante.

Recenseamento portugueses no estrangeiro aponta para total de 228 232 eleitores

Como votar

Depoimentos dos CandidatosNota da redaccãoComo nos compete, damos aqui a nossa contribuição parauma maior participação dos eleitores na Alemanha nas elei-ções presidenciais a realizar este mês.Solicitamos a cada um dos candidatos um depoimento (verpágina ao lado) sobre as razões da sua candidatura para pu-blicação no nosso jornal.

Esta nossa solicitação foi enviada aos candidatos CavacoSilva, Defensor Moura, Fernando Nobre, Francisco Lopese Manuel Alegre.De todos, responderam-nos Cavaco Silva, Francisco Lopese Manuel Alegre, respostas essas que publicamos para queos leitores retenham o mais importante e que contribuapara um esclarecimento de modo a facilitar o voto nos can-didatos.

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Mesas de votoSecção Consular da Embaixadade Portugal em BerlimZimmerstrasse, 56, 1º andar –10117 BerlimUma assembleia / mesa de votoTel: 030 - 590063500

Consulado-Geral em Düssel-dorfFriedrichstrasse, 20 40217 – DüsseldorfUma assembleia / mesa de votoTel: 0211/13878-11;12;13

Consulado-Geral em EstugardaKönigstrasse, 20 70173 EstugardaUma assembleia / mesa de votoTel. 0711/2273974

Em Munique (Posto Comple-mentar, dependente do Consu-lado-Geral em Estugarda):Missão Católica PortuguesaLandsberger Strasse, 39 80339 MuniqueUma assembleia / mesa de votoTel. 0711/2273974

Consulado-Geral em HamburgoBüschstrasse 7 – I 20354 HamburgoUma assembleia / mesa de votoTel: 040/3553484

Vice-Consulado em FrankfurtZeppelinallee 15 60325 Frankfurt-am-MainUma assembleia / mesa de votoTel: 069/979880-44;45

Vice-Consulado em OsnabrückSchlosswall 2 – 49080 OsnabrückUma assembleia / mesa de votoTel:0541/40 80 80

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PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 Eleições Presidenciais 19

Decidi candidatar-me, sa-bendo que, com a minhaexperiência e com os meusconhecimentos, posso aju-dar o País a encontrar umrumo de futuro e vencer asdificuldades com que estáconfrontado. Submeto-me,pois, ao julgamento sobe-rano dos meus concida-dãos. Faço-o comhumildade e confiança. Seique posso ser útil a Portu-

gal e aos portugueses. Move-me a consciência da gravi-dade dos problemas que todos temos pela frente.

A dignidade estará sempre presente na minha cam-panha. Ao longo da minha vida pública sempre conside-rei que a elevação e o respeito são essenciais para que osportugueses confiem nos seus representantes. Em nen-huma circunstância me deixarei arrastar para uma lin-guagem imprópria de um candidato a Presidente daRepública. A dignidade de Portugal está primeiro.

O cargo de Presidente da República é particular-mente exigente e já demonstrei que sei exercê-lo com be-nefício para Portugal. Pela minha formação e pelaexperiência que tenho da vida pública, conheço em pro-fundidade os assuntos de Estado, a situação económicado País e as dificuldades que os Portugueses vivem noseu dia-a-dia. Conheço a realidade internacional, em par-ticular o quadro da União Europeia em que nos situa-mos. Vivemos uma situação internacional muitocomplexa.

Exige-se de um Presidente isenção e imparcialidadeperante as diversas forças partidárias, de modo a favor-ecer o diálogo, a negociação e a procura de consensos.Para exercer esta função, o Presidente tem de ser vistocomo um árbitro independente, tem de ser uma perso-nalidade responsável e credível. Só assim poderá actuarcomo moderador da vida nacional, como amortecedor deconflitos e como garantia de segurança do sistema polí-tico em caso de crise grave.

Exige-se ao Presidente da República bom senso, rea-lismo, serenidade e ponderação, que não ceda à tentaçãofácil do palco mediático. Muitas vezes, um Presidentedeve actuar com discrição e reserva para que a sua ma-gistratura de influência possa produzir resultados efecti-vos. Um Presidente da República que faça uma leituraséria e responsável dos seus poderes deve empenhar-sena promoção da estabilidade e na afirmação de uma cul-tura de diálogo e de compromisso por parte das forçaspolíticas e dos agentes económicos e sociais. Estas exi-gências são particularmente intensas nos tempos difíceisem que vivemos.

Sendo certo que ao Presidente da República não cabegovernar ou legislar, não deve, contudo, deixar de exerceruma magistratura activa que favoreça a modernização dasociedade e o crescimento da economia, a criação deemprego, melhores condições para os jovens, que favor-eça o combate à precariedade do trabalho e à pobreza e apreservação da coesão social.

Darei todo o meu esforço para defender a eficiência ea credibilidade da justiça, a qualidade ambiental, a exce-lência no ensino. Temos de olhar em frente. Portugal tempotencialidades e devemos saber aproveitá-las. Temosempresários dinâmicos, trabalhadores activos, jovensempreendedores, funcionários públicos qualificados, co-munidades no estrangeiro que são um exemplo paratodos nós.

Extractos da declaração pública de candidaturarealizada em Lisboa, em 26 Outubro pp.

Estão em causa várias ques-tões decisivas para a nossademocracia em Portugal.Na situação de crise que vi-vemos na Europa e em Por-tugal, estou convencido deque um Presidente da Re-pública (PR) pode fazer adiferença e ser um factor demudança. Pode até ser umaalternativa, não de governo,porque o PR não governa,mas de atitude, de pensa-

mento, de palavra. Candidato-me por isso por uma outravisão do nosso país e do seu papel no mundo e na Europa.

No meu Contrato Presidencial elenco os eixos das mi-nhas propostas, das quais destaco o meu compromissopara com o Estado Social e a necessidade de um novo fô-lego para a construção Europeia. Em Portugal, vivemosuma crise sem paralelo, mas apesar das medidas de aus-teridade os mercados financeiros não acalmaram. A crisetem também um fundamento económico, mas não pode-mos viver sob a ameaça de ciclos sucessivos de recessãoe austeridade. A questão é que a crise é essencialmenteuma crise de organização política, que se transformounuma crise social graças à ausência de regulação dosmercados financeiros, ao desemprego elevado e ao ata-que ao Estado Social. Por isso a resposta à crise não é sóeconómica, tem de ser política. A recuperação durante ospróximos anos só será possível com a cooperação insti-tucional de um PR mais activo e que tenha o poder da pa-lavra. O papel de um PR é fundamentalmente o demediador, político e social, papel ainda mais prementenuma situação de crise económica e social. Portugal pre-cisa de um plano de crescimento económico, de melhoraproveitamento do mar, da terra, dos seus recursos en-dógenos; de políticas de emprego e investimento, de cria-tividade, inovação tecnológica e social. Precisa deaumentar e diversificar as exportações, sobretudo emprodutos com valor acrescentado. E de recuperar e valo-rizar os seus diferentes patrimónios, a cultura, a língua,as paisagens, a fauna, a flora, a biodiversidade, tudoaquilo que afirma a singularidade de um país que é muitomaior do que o seu pequeno território, mas que, pela lín-gua e pela História, pode e deve ser no Mundo um actorglobal.

É preciso também compreender que cabe ao PR seruma voz portuguesa na Europa. Quando aderimos à Eu-ropa - e fizemos bem em aderir à Europa - aderimos auma Europa com coesão social, uma Europa como pro-jecto de cidadania. Não a uma Europa regida por lógicasmonetaristas, em que o império dos mercados se sobre-põe à própria democracia de cada país. Não está escritoem lado nenhum que a superação do drama da crise eu-ropeia não possa iniciar-se com vozes vindas das perife-rias. A Europa tem de voltar a ser um projecto político,um projecto de sociedade e civilização. É necessário umnovo fôlego para a construção europeia.

O PR tem de considerar de igual modo tanto os Por-tugueses que vivem no país como todos os que estão es-palhados pelos quatro cantos do mundo, mas nãoesquecem a sua pátria e as suas origens e anseiam porum reconhecimento mais expressivo por parte de Portu-gal. As nossas Comunidades espalhadas pelo mundoconstituem um potencial riquíssimo para Portugal, umelo de ligação que precisa de ser mais valorizado pelanossa sociedade e poderes públicos. Na construção Eu-ropeia, no desenvolvimento socioeconómico de cada paíse no fomento proactivo dos laços com Portugal, os por-tugueses a viver e a trabalhar no estrangeiro têm desem-penado um papel fulcral. Assumo, por isso, ocompromisso de representar os Portugueses que se en-contram a viver e a trabalhar no estrangeiro, defender osseus interesses e valorizar e reconhecer as suas múltiplasdimensões - social, económica, cultural e política. Em de-mocracia somos todos chamados a construir, permanen-temente, esta grande nação que é Portugal. Confio porisso no vosso patriotismo e apelo à vossa participação napróxima eleição presidencial.

Caros compatriotas, No encontro que ainda re-centemente tive na Alema-nha com a comunidadeportuguesa, verificámoscomo a emigração está a serfortemente atingida pelapolítica anti-comunidadesdos sucessivos governos e,sobretudo, pelas decisõesdo Governo PS/ Sócrates,com a cumplicidade do ac-tual Presidente da Repú-

blica, Cavaco Silva. A despromoção de dois consuladosem Osnabrück e Frankfurt, o perigo de encerramento oucolapso de mais consulados, nomeadamente por falta defuncionários, assim como a desvalorização da situaçãoprofissional dos professores de português no estrangeiro,são linhas de ataque constantes contra os direitos das co-munidades consagrados na Constituição. Esta política dedireita é acompanhada pela redução dos orçamentos des-tinados à emigração e pelo objectivo de calar e paralisaros órgãos representativos das comunidades, como é ocaso do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP).

A minha candidatura, como sabeis, visa derrotar acandidatura de Cavaco Silva mas, ao contrário da de Ma-nuel Alegre, não é apoiada por Sócrates, cuja nefasta po-lítica tem aumentado o desemprego e imposto salários demiséria, provocando o protesto massivo dos trabalhado-res portugueses.

Não podem ser os trabalhadores a pagar a crise, pro-vocada por anos e anos de política de direita orientadapara os interesses dos banqueiros e do grande capital. Asolidariedade com os vossos familiares, que em Portugalsofrem as nefastas consequências desta política, exige daparte dos portugueses que vivem e trabalham no estran-geiro uma votação consciente na minha candidatura paraque Portugal possa avançar para uma sociedade maisjusta, democrática e solidária.

Os graves problemas que a comunidade portuguesana Alemanha atravessa neste momento são o resultadode políticas antipatrióticas que vêem nos emigrantes ape-nas uma fonte de receita, desprezando as suas necessida-des reais relativas ao ensino do português, ao movimentoassociativo, à sua ligação a Portugal e à nossa cultura.Neste contexto, a defesa da soberania nacional é umaquestão vital para assegurar o futuro do nosso País e dascomunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Étriste que Sócrates e Cavaco e Silva se comportem comovassalos e executores das decisões tomadas em Berlim,em Paris ou em Bruxelas, esquecendo que foi o povo por-tuguês quem os elegeu. Sem um Portugal soberano, livree independente as comunidades portuguesas correm orisco de, num futuro mais ou menos próximo, não dispo-rem de um Estado capaz de proteger os seus direitos.

Votar na minha candidatura é reforçar a luta por umamudança política patriótica, democrática e de esquerdapara o nosso País.

É essa a razão porque apelo a toda a comunidade por-tuguesa na Alemanha, aos trabalhadores, aos pequenos emédios empresários, aos professores, aos funcionáriosconsulares e assistentes sociais, aos dirigentes do movi-mento associativo e das comissões de pais nas escolas, aosintelectuais e artistas, aos reformados, aos desemprega-dos, às mulheres e aos jovens para que votem na minhacandidatura.

EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO PELO FUTURO DE PORTUGAL 

UMA NOVA ESPERANÇA PARA PORTUGAL NÃO PODEM SER OS TRABALHADORES A PAGAR A CRISE

Aníbal Cavaco Silva Manuel Alegre Francisco Lopes

Page 20: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Comunidade2020Catarina Tavares

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Claus Stefan Becker AdvogadoCarlos A. Campos MartinsDireito alemãoConsultas em português por marcação

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O consultório jurídico tem a colaboraçãopermanente dos advogados

Catarina Tavares, Lisboa, Michaela Azevedo dos Santos, Bona, Miguel Krag, Hamburgo

Miguel Krag, AdvogadoPortugal HausBüschstr.7 - 20354 HamburgoLeopoldstr. 1044147 DortmundTelf.: 040 - 20 90 52 74

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Direito de Trabalhoconsultoria fiscal contabilistica e jurídica para empresas

Deverá entretanto ser do conheci-mento geral que é proibido usar otelemóvel enquanto se conduz.Até que ponto vai esta proibição ecom que consequências terá ocondutor de contar no caso de vio-lação da mesma, é uma questãoque se põe frequentemente. Eis arazão do presente artigo.

O parágrafo 23, alínea 1a doCódigo de Estrada prescreve emque casos o condutor terá de con-tar com uma sanção, se utilizar otelemóvel enquanto vai ao volante.O teor de tal parágrafo é o se-guinte:

“É vedado a todo o condutorde veículos a utilização de um te-lemóvel ou de um telefone de au-tomóveis, sempre que para taltenha de segurar o telemóvel ou oauscultador do telefone de auto-móveis. A proibição deixará depersistir, se o veículo estiver pa-rado e se, no caso de automóveis,

o motor estiver desligado.”A prescrição é, portanto, per-

feitamente óbvia. Logo que seligue o motor do veículo, deixaráde ser permitido usar telefonesmóveis.

Nos termos deste parágrafo, autilização do telemóvel refere-se atodas as funções possí-veis do mesmo em queseja necessário segurá-lo na mão. Assim, se-gundo a lei, talutilização incluirá igu-almente, a título deexemplo, a leitura deuma mensagem me-morizada ou, simples-mente, a consulta dashoras.

A única possibili-dade de se telefonarenquanto se conduz, éa utilização de umequipamento “mãos li-vres”. Ao contrário do telemóvel,este encontra-se instalado no veí-

culo e não necessita de ser segu-rado na mão quando está a serusado. É esta a diferença decisiva.

No Outono do ano passado, oTribunal da Relação de Hammproclamou uma sentença que veionovamente comprovar a forma se-vera com que é punida a violação

do parágrafo acima referido. Nestecaso, um motorista de camiões

tinha pegado no telemóvel paraprocurar um número de telefoneque queria depois marcar no dis-positivo “mãos livres”. Poderáconcluir-se da sentença em causaque o simples facto de se pegarnum telemóvel e de se o segurarna mão, constitui já uma violação

do Código de Estrada.Os tribunais san-

cionam com o mesmorigor a questão doveículo parado com omotor a trabalhar. Amulta que recebeuum condutor poratender o telemóvelquando estava paradonos semáforos, foiconfirmada pelo tri-bunal. Os juízes cha-maram a atençãopara o facto de quenão será suficienteparar-se. No re-

spectivo parágrafo do Código deEstrada está prescrito que, antes

Utilização do telemóvel ao volante

Sanções severas por parte dos tribunaisMiguel Krag, Advogado de se poder telefonar, terá de se

desligar o motor.Assim, antes de se usar o tele-

móvel para fazer um telefonema,será conveniente parar-se naberma da estrada e desligar omotor. Desta forma, evitar-se-áuma multa que comportará geral-mente 40 euros, assim como umponto em Flensburg.

Será também interessantesaber-se que, no caso de um aci-dente, se correrá o risco de o se-guro não pagar, se se tiver usado otelemóvel enquanto se conduzia.

Finalmente, uma pequena in-formação para as suas férias emPortugal. Evidentemente que tam-bém aí é proibido telefonar-se aovolante. Mas, em comparação comas leis portuguesas, a sançãoalemã é relativamente suave. Se sefor apanhado pela GNR com o te-lemóvel no ouvido enquanto seconduz, a multa poderá comportaro triplo da que é passada na Ale-manha.

Page 21: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 21

3José Gomes Rodrigues

Assistente Social DiplomadoEspecialista para as questões sociais do

PORTUGAL POST

PEDIMOSAOS NOSSOS LEITORES para nos coloca-

rem as suas perguntas e sugestões por escrito usando

o correio ou, melhor ainda, o correio electrónico. Pe-

dimos também para mencionarem o vosso número de

telefone fixo para, sendo necessário, entrarmos em contacto con-

vosco. As questões e sugestões dos leitores podem ser enviadas

para as seguintes direcções:

[email protected] ou [email protected] 0231 8390351

Ou ainda para a morada do nosso jornal

Obrigado.

i

De que modo é feito o cálculodesta ajuda social?Esta ajuda compreende a ajuda àrenda de casa com os gastos suple-mentares. Todos os gastos relacio-nados com a habitação sãosuportados pela câmara ou peloconcelho da cidade. Além destesuporte financeiro, receberá umasoma de dinheiro de sobrevivênciapara cada membro da família.Esta difere conforme a idade. Atéaos 6 anos recebe 215 €, a partirdos 7 aos 14 anos receberá 251 € edos 15 aos 25 anos 287 €. Paramaiores dessa idade incluindo ados os cônjugues a quantia socialé de 322 €. Sendo um só o respon-sável pela educação, é o caso decasais separados ou divorciados,essa quantia sofre um aumento de359 €, além da inclusão dum pe-queno subsídio de educação. A esposa, e todos os membros dafamília, são, a partir do requeri-mento, considerados tambémcomo desempregados e terão deobedecer às condições que acimareferimos. É obrigatório declarartodos os recursos financeiros quese possui. Mesmo o ordenado dasua esposa, mesmo que seja sempapeis, como o senhor afirma.Hoje com a comunicação informa-tizada e com o cruzamento de in-formações entre as diversasinstituições estatais torna-se fáciluma averiguação. Se não declararos rendimentos e for descoberto,deverá não só devolver parte dodinheiro pago, como terá de pagaruma multa por, segundo o tribu-nal público, ter procurado burlaro Estado.

Existe alguma isenção no cál-culo das fontes de rendi-mento?Para os rendimentos que não pro-venham duma actividade depen-dente são-lhe tidos em conta comorendimentos normais na sua tota-lidade. É o caso dos juros e pré-mios bancários que possausufruir, assim como do arrenda-mento de apartamentos ou congé-neres.

E como é com o Abono de Fa-mília? É considerado tam-bém?Sim, é considerado como entradasfinanceiras, e reduz nesse valor aajuda. Contudo a ajuda que recebedo instituto de trabalho é bastantesuperior ao abono de família

sendo escalada conforme as ida-des, como comentámos já.O abono de família dos filhosmaiores de idade e que não vivamno agregado familiar, não são con-siderados como recursos financei-ros para os pais, se estescomprovem que os devolvem nasua totalidade aos filhos. É o casodos pais que têm os filhos que es-tudam em Portugal.

Terei direito, após a reformalegal, a uma ajuda que derivadum seguro da empresa.Terei de o declarar em casodesta ajuda e, se assim for, al-terará a ajuda social?Não são levadas em consideração,caso possa beneficiar deste segurosó na altura de receber a pensãolegal e se este seguro tenha o capi-tal acumulado somente a dispen-sas da empresa. Para as outrasformas de capitalizações, deveráser apresentado e será analisado edecidido caso a caso. O institutoterá em conta se foi também fi-nanciado pelo próprio e se existe apossibilidade de rescindir a partepaga pelo próprio e se, atravésdeste processo, se possa transfor-mar em recursos financeiro ime-diato.

Devo desfazer - me dumaconta de poupança do meufilho?Em principio não necessita de ofazer, já que cada elemento doagregado familiar, incluindo os fi-lhos podem possuir o equivalenteum capital no valor de 3.100 €,sem que lhe seja abolida ou redu-zida esta ajuda. É uma quantia su-jeita a protecção. Além, dessaquantia é reconhecida outra par-cela adicional de 750€. Se o valorda poupança ultrapassar essaquantia, então não receberá aajuda até que gaste a quantia queexceda esse montante.

Devo mesmo vender a minhacasa onde habito ou o meuapartamento?Se for uma casa ou um aparta-mento que não é habitado, estessão considerados património enão é protegido e não receberáqualquer ajuda até que o valordesse património seja gasto até àquantia que lhe é reconhecidopossuir e que está protegida porlei. Esta quantia conforme a legis-lação em vigor corresponde aomáximo de 9.750 € ou seja odobro para o casal: 19. 500 €.Se a família vive no imóvel, e se

está ainda a pagá-lo e este imóvelfor adequado. Ou seja se não ul-trapassar os 130 m2. Se tiver umasuperfície maior habitável, poderáacontecer que a instituição estudea possibilidade de ser vendida aparte que ultrapasse essa dimen-são ou que estudem a possibili-dade de alugar a essa parte. Nestecaso a fonte de recursos do alu-guer abaterá a ajuda social a rece-ber. Se ainda houver débitos sobre oimóvel, o organismo poderá assu-mir os juros que advêm do crédito,mas nunca o crédito em si. Os con-domínios e outros compromis-sos possíveis assim como oaquecimento, serão assumidosparcialmente pela entidade.

Tenho um seguro de vidaque foi fechado há muitosanos. Teria de o dissolvere revertê-lo em capital?O capital acumulado num se-guro de vida poderá ser consi-derado também comopatrimónio. Para qualquer pa-trimónio é reconhecida umadeterminada quantia, comoafirmámos anteriormente.Essa quantia é consideradacomo protegida e não pode serconsiderado ou tido em conta parao cálculo de ajuda social, até essevalor. Esta quantia vai de 3.100 €como mínimo e não pode ultra-passar os 9.750 € para os elemen-tos da família maiores de idade.Corresponderiam, segundo o le-gislador a 150 € por cada ano devida. Para as pessoas em questão quetiverem nascido antes do 1, de Ja-neiro de 1948 a quantia isenta eprotegida corresponde a 520 € porcada ano de vida não podendo ul-trapassar os 33.800 €. Um seguro de vida pode tambémnão entrar neste cálculo se a suadissolução for considerada comouma grande dano financeiro, ouseja se a sua extinção significassea perda de 90% do capital pago.Se houver um seguro de vida queesteja de tal forma Bloqueado ,que só pode usufruir do seu capi-tal após a sua reforma legal, entãopode muito bem constituir um ca-pital protegido.

De que forma é feito o cálculopara a ajuda social ao desem-prego quando há uma ocupa-ção remunerada?Um montante fixo no valor 100 €do ordenado não são consideradosno apuramento da ajuda, indepen-dentemente de qual possa ser o

seu ordenado. Esta quantia é sem-pre considerada como livre, atéque não se ultrapasse os 800 € ilí-quidos. Além dessa quantia, sãoconsiderados também livres 20%do ordenado bruto. A partir dos800 e até 1200 € brutos alémdessa quantia, ficam isentos docálculo uma outra no valor de 10%duma determinada soma.Para os que auferem um ordenadobruto entre os 800 € e os 1. 500 €o cálculo torna-se mais complexo.Como orientação geral, Incluímosa seguir uma tabela actualizada:

Como complemento, se o venci-mento ultrapassar os 400 €, esendo as despesas inerentes aotrabalho mais de 100 €, podemfazer-se valer esses gastos. Estãoincluídos entre outros, os seguroslegais do automóvel, os bilhetesdos transportes públicos, o contri-buto para a “Riesterente”. Se usaro seu automóvel ou uma motosão-lhe reconhecidos 0, 20 € porquilómetro.

Nota final

Se lhe assistir o direito a recebertal subvenção, não receie em arequerer. Procure, isso sim, usartodos meios disponíveis para sairdessa subordinação. Coloque-se àdisposição do Instituto Nacionaldo Emprego da sua zona para

que lhe sejam facilitadas medidasadequadas ao seu perfil profissio-nal, para que possa enquadrar-semelhor no mercado de trabalho.Seja activo e não permaneça sim-plesmente passivo à espera queoutros o libertem dessa sujeição.Procure ser útil investindo o seutempo livre num trabalho volun-tário em alguma instituição.Deste modo possibilita-se a alar-gamento dos seus horizontes pro-fissionais. O sentimento desentir-se útil à sociedade poderáemprestar-lhe uma óptima dosede auto estima, ingrediente essen-

cial para não cair numa inde-sejada depressão. Ao mesmotempo, o conhecimento dumleque mais alargado de pes-soas diferentes, poderá servirde ponte para se integrar numserviço devidamente remune-rado. A atmosfera familiar esocial melhorarão e a quali-dade de vida terá uma outraperspectiva.

Não aceite, nesta situação,qualquer trabalho mal remu-nerado e que possa até contra-dizer os bons costumes e a éticalaboral. Refiro-me aqui a em-

presas que se servem desta situa-ção para engrossarindevidamente os seus lucros. Atéo convidam a recorrer à ajuda so-cial de Desemprego para que oseu ordenado seja subsidiado. Os-tentar riqueza à custa do suor edo sangue dos outros é uma in-justiça senão um roubo que deve-ria bradar aos céus.

Procure manter sempre um bomcontacto pessoal e de mútua con-fiança para com as entidades pa-gadoras. Mantenha-os informados e mos-tre que deseja assumir o seu fu-turo financeiro! O único objectivodos funcionários é limpar as ares-tas que possam existir de forma apoder integrar-se no mercado detrabalho! Colabore sempre comeles.

Ainda a ajuda social aos desempregados (Hartz IV)Continuação da anterior edição

Ordenado bruto:100 € ficam isentos do calculo 100 € 200 € “ „ 120 €400 € “ „ 160 €800 € “ ” 240 €900 € “ ” 250 €

1. 000 € ” ” 260 €1. 100 € “ ” 270 €1. 200 € “ ” 240 €1. 300 € “ ” 290 €1. 400 € “ ” 300 €1. 500 € com um filho ou mais 310 €

Page 22: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 201122

Todo o tipo deinstrumentos paragrupos musicais,

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de cada mês Tel.: 0231 - 83 90 289 Fax :0231-8390351 Email: [email protected]

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02.01.2011 – BERLIM. Ac-tuação do grupo Trio Fado.Local: Spiegelsaal in ClärchensBallhaus, Auguststraße 24,10117 Berlin. Início: 19h00

Até ao dia 19.01.2011- HAM-BURGO – Cinema lusófonotodas as quartas-feiras.Local:Centro de Língua Portu-guesa (Instituto Camões), Phi-losophenturm, Raum 663 (6.Stock), Von-Melle-Park 6, HH-Rotherbaum.

22.01.2011 – HAMBURGO -Grande festa organizada peloSporting Clube de Hamburgo.Local: Wandalenweg 4, 20097

Hamburg abrilhantadopelo Conjunto BANDALUSITANAInfo: 040/35704721 ouwww.bandalusitana.de

22 e 23. 01.2011 –ELEIÇÕES PRESI-DENCIAIS. Os eleito-res devem deslocar-seaos postos consularesentre as 8h00 e as19h00.

Até 31.01.2011 –HAMBURGO – Ex-posição “Oque é o teatro”. Local: Centro de Língua Portuguesa(Instituto Camões), Philosophenturm, Raum 663 (6. Stock),Von-Melle-Park 6, HH-Rotherbaum.

Embaixada de PortugalZimmerstr.56 10117 Berlin

Tel: 030 - 590063500Telefone de emergência (fora do horário normal

de expediente): 0171 - 9952844

Consulado -Geralde Portugal em Hamburgo

Buschstr 7 20354 - Hamburgo

Tel: 040/3553484

Vice-Consulado de Portugal em Osnabruck

Schloßwall 2 49080 Osnabruck

Tel:0541/40 80 80

Consulado-Geralde Portugal em Dusseldorf

Friedrichstr, 20 40217 -Dusseldorf

Tel: 0211/13878-12;13

Vice-Consuladode Portugal em Frankfurt

Zeppelinalle 15 60325- Frankfurt

Tel: 069/979880-44;45

Consulado-Geralde Portugal em Stuttgart

Königstr.20 70173 Stuttgart

Tel. 0711/2273974

Conselho das ComunidadesPortuguesas:

Alfredo Cardoso,Telelefone: 0172- 53 520 47

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Alfredo StoffelTelefone: 0170 24 60 [email protected]

José Eduardo,Telefone: 06196 - 82049

[email protected]

Maria da Piedade FriasTelefone: 0711/[email protected]

Fernando GenroTelefone: 0151- 15775156

[email protected]

AICEP PortugalZimmerstr.56 - 10117 Berlim

Tel.: 030 254106-0

Federação de EmpresáriosPortugueses (VPU)

Hanauer Landstraße 114-11660314 Frankfurt

Tel.: +49 (0)69 90 501 933Fax: +49 (0)69 597 99 529

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(FAPA)Postfach 10 01 05

D-42801 Remscheid

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Page 23: Portugal Post Janeiro 2011

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Anónio Lobo AntumesOs Cus de JudasPreço: € 11.50António Lobo Antunes nasceu em Lisboa, em 1942.Estudou na Faculdade de Medicina de Lisboa e espe-cializou-se em Psiquiatria. Exerceu, durante váriosanos, a profissão de médico psiquiatra. Em 1970 foimobilizado para o serviço militar. Embarcou para An-gola no ano seguinte, tendo regressado em 1973. Em1979 publicou os seus primeiros livros, Memória deElefante e Os Cus de Judas, seguindo-se, em 1980,Conhecimento do Inferno. Estes primeiros livros são

marcadamente biográficos, e estão muito ligados ao contexto da guerra colonial; ime-diatamente o transformaram num dos autores contemporâneos mais lidos e discutidos,no âmbito nacional e internacional.

Miguel TorgaBichosPreço: € 11.50«Querido leitor:São horas de te receber no portaló da minha pequena Arca deNoé. Tens sido de uma constância tão espontânea e tão pura avisitá-la, que é preciso que me liberte do medo de parecerufano da obra, e venha delicadamente cumprimentar-me umavez ao menos. Não se pagam gentilezas com descortesias, eeu sou instintivamente grato e correcto (…)»

Manuel AlegrePreço: € 11,50As memórias de infância. Os cheiros,as vozes, as emoções de um tempoem que o tempo não tem fim e o sig-nificado está presente nas mais pe-quenas coisas. Todas elas ficamsempre, como marcas na alma, princí-pios que norteiam a vida. A nostalgiados lugares mágicos da infância. DeAlma, vila encantada onde convive

tradição e subversão, melancolia e audácia, crendices, ideolo-gia e futebol... Pela voz audaciosa de quem não receia dar-sea conhecer, chegam-nos ecos de um Portugal dividido entre aRepública e a Monarquia, um país que era, á época, o mundode uma criança expectante e atenta. De Alma, partiu toda asua vida.

Ler + português

Eça de QueirósA CIDADE E AS SERRASPreço: 11.50

A Cidade e as SerrasEça de QueirosO romance foi publicado em 1899 (um anoantes da morte de Eça) na Revista Moderna, esaiu em livro em 1901. Pertence à última fasedo escritor, quando Eça se afasta do realismo edeixa a crítica dura que fazia à sociedade por-tuguesa da época.

CONTOS POPULARES PORTUGUESESPreço: 11.50Contos Populares Portugueses sãocontos de todos os tempos e de todasas idades. Uma obra que nos devolveo imaginário e o maravilhoso danossa cultura popular, e de que fazparte, entre outras, «História da Caro-chinha», «A Formiga e a Neve», «O Co-

elhinho Branco», «A Raposa e o Lobo», «O Compadre Loboe a Comadre Raposa» e «Os Dois Irmãos».

A CASA DA RÚSSIAJohn le CarréPreço: 13,50 Publicado em 1989, apresenta os meandos de espionagem e con-tra-espionagem entre o Ocidente e a antiga União Soviética.John le Carré arrasta-nos, uma vez mais, para o seu mundo secretoe faz dele o nosso.Em Moscovo, Leninegrado, Londres e Lisboa, numa ilha da costa doMaine que pertence à CIA, e no coração do próprio Barley Blair, Carré

desenvolve não apenas uma história de espionagem, mas uma alegoria do amor individualconfrontado com atitudes colectivas de beligerância.

TRAVESSIA DE VERÃOTruman CapotePREÇO: 11.50Obra póstuma e inédita, Travessia de Verão é um primeiro romance precocee seguro que mostra o sentido implacável da narração de um dos maioresescritores do século XX. Os seus fraseados imaculados, a sua crua ironia ea sua visão das subtilezas das diferenças de classe anunciam os futurostriunfos de Capote. Digno de um lugar em qualquer estante de um leitor

de Capote, este é, em todos os sentidos, um tesouro perdido e reencontrado.

AVENTURAS DE SHERLOCK HOLMESPreço: 11.50Aventuras de Sherlock Holmes é uma colectânea de 12 con-tos de aventuras publicada em 1892. Os contos foram origi-nalmente publicados na revista Strand Magazine, nos anosde 1891 e 1892.

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Page 24: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011Vidas2424

Memória futura

Nós queremos publicar aqui as fotografias que fazemviver as suas recordações das férias, na associação, no tra-balho, com os amigos, no restaurante, nas festas, etc. Oenvio das fotos pode ser feito por e-mail ou por carta (coma garantia de restituirmos todas as fotos que recebermos)

Há 15 anos Eusébio da Silva Ferreira visitouHagen e Iserlonh para participar na inaugu-ração de uma casa do Benfica em Iserlohn.Foi uma visita que não apenas mobilizou acomunidade como entusiasmou os adeptosbenfiquistas.Um dia antes da inauguração da Casa do Ben-fica (entretanto extinta), o Pantera Negra es-teve a jantar no Restaurante Algarve, emHagen, a convite da proprietária, a senhoraMaria Lopes. Foi um jantar inesquecível emque o PORTUGAL POST participou para ouviras proezas futebolísticas de Eusébio.Na Foto: o sr conchinha, responsável pelaentão Casa do Benfica, a senhora Maria Lopese um outro convidado. Foto: PP

1995

Pedimos aos leitores que nos en-viam correspondência para estarubrica para não se alongaremmuito nos textos que escrevem.A redacção reserva o direito decondensar e de trabalhar os tex-tos.Obrigado.

Eis aqui alguns momentos daminha vida que espero que sejamdignos de serem publicados navossa página VIDAS.

Em 1969 acabei, ferido semgravidade, o meu serviço militarapós dois anos de Angola numaguerra que vista a esta distânciafoi mantida em vão, sem trazernada para o país. Na altura, Portu-gal teria muito mais a ganhar seentregasse aqueles territórios aosseus nativos e, assim, escusáva-mos de ter lá deixado sangue,muito sangue, suor e lágrimas.Outros deixaram lá os ossos, mor-tos de um maneira que não era ne-cessária. Mas, enfim, passou estápassado e o país é outro.

De Angola não vim muito sau-dável, não. Hoje estou a pagar como corpo e a (falta) saúde aqueletempo em que nos tornaram ram-bos e, pior ainda, carne para can-hão.

Em Portugal as coisas estavammuito más. Éramos seis irmãos evivíamos numa casa (se é que sepode chamar casa a um buracoonde comíamos e dormíamosquase uns em cima dos outros).Em casa não tínhamos luz, nemgás. A única tecnologia que tínha-mos o privilégio possuir era umatorneira de água lá fora no pátioonde a minha mãe lavava a roupae nós tomávamos banhos com ba-cias de água pela cabeça abaixofosse verão ou inverno. Tambémnão tínhamos casa de banho,havia sim uma retrete para todosos habitantes daquilo que se cha-mava uma “ilha”, que era um aglo-merado de casas miseráveis ondeviviam famílias de gente trabalha-dora, no nosso caso, de gente domar, estivadores e homens quetrabalhavam nas docas.

Eu, o meu pai e mais quatro ir-mãos (o mais novo tinha dozeanos) andamos todos na pesca.Era o nosso trabalho. Tínhamos

ordenado se pescávamos. Se nãopescávamos ou se não saíamospara o mar não víamos xeta.

Fome verdadeiramente nãotínhamos. A minha mãe tinhasempre na salgadeira peixe. A sal-gadeira era uma caixa em formade pipo onde se conservava peixesalgado. Normalmente eram sar-dinhas, cavalas e carapaus que aminha mãe cozinhava com couvesque plantava numa nesga de terraatrás da casa. Carne e outrosluxos não havia. Aos domingos àsvezes, a minha mãe fazia umasopa com “couros”, como ela dizia.Couros era a pele de porco que de-pois de comprada também iampara a salgadeira. Carnes, sobre-mesa, entradas e essas iguarias dehoje não conhecíamos. Para se teruma ideia a primeira vez que comicarne foi na tropa.

Os nossos pés andavam meti-dos em “socos” ou tamancos. Du-rante o trabalho, no mar,tirávamos os socos e trabalháva-mos descalços. Na roupa com queandávamos via-se sempre os re-mendos que serviam para taparpartes rotas pelo tempo.

Nessa altura, quando vim datropa, a preocupação da minhamãe era que eu arranjasse rapa-riga para juntar os trapos e sair dacasa para que houvesse maisespaço para os meus irmãos.

Disse-lhe que não arranjavarapariga nenhuma mas que saiade casa para emigrar. Nessetempo havia muita gente que iaprocurar vida noutros países. AFrança era o “eldorado” de mui-tos” e na terra quando aparecia al-guém que tinha emigrado aspessoas andavam com o credo naboca, pois não era que esses emig-rantes apareciam bem vestidos,bem comidos, com cordão de ouroao pescoço e, quem soubesse con-duzir, com carro! Para muitos denós era um espanto a assistir a

estas riquezas de alguns que tin-ham sido tão miseráveis quantonós. Por isso, só tínhamos na ca-beça conseguir o mesmo destinodo que esses novos peraltas.

Isto sempre quando era Verão.Depois os “franceses” volta-

vam para a vida deles e nós ànossa, que era a de ter enfrentar amiséria todos os dias.

Um dia em conversa com doisamigos (um deles já tinha datapara se apresentar na recruta), al-guém colocou no ar a ideia deirmos para o estrangeiro procurarnova vida e fugir àquela situaçãodanada de guerra e de miséria. Oproblema é que não tínhamos din-heiro, passaportes ou outras coi-sas assim para se poder viajar nascalmas. Eu por mim não haviaproblema. Já tinha a cédula mili-tar e uma cédula de identidade(antigo BI que era assim um liv-rinho com capa negra e formatode um Sparbuch). Os outros ami-gos não tinham nada disso a nãoser a cédula de pescador que osidentificava como sendo o Jaime eo Avelino nascidos a tantos de talem determinada terra e que eramfilhos de fulano e beltrano e bas-tava.

Em suma, decidimos partirsem nada porque nada tínhamos.Como ir, por onde, até onde e quefazer para passarmos as fronteiraslevávamos na cabeça sugestões dealguém que já tinha feito essa em-preitada com êxito.

Corria então o ano de 1971. Erao mandão de Portugal um politicode nome Marcelo Caetano e tinhana presidência um velhote senilque se chamava Américo Tomás eque durou até à revolução de 1974.

Reunimos pois alguns haveresnum único saco de ombro que eutinha do tempo da tropa e lá fomoscom algum dinheiro para as pas-sagens até à cidade de Chaves.Quando chegados, lá fomos a pé

por caminhos em direcção aOrense. A certa altura saímos daestrada e metemo-nos por carrei-ros em direcção a Espanha. Demo-rou uma noite aquilo que foi anossa primeira aventura até quevimos lá muito distante umasluzes de um povoamento que jul-gávamos ser em Espanha. E era.

O resto foi difícil, cruel, peri-goso e hoje inimaginável. Quandopenso no que passamos até chegarà fronteira entre Espanha eFrança, onde chegamos esfomea-dos, meios esgazeados, sujos comovagabundos sem eira nem beira,sem certezas e diria mesmo semdestino que se visse, indo ao deus-dará na esperança de que maisnada podia ser pior do que o quetínhamos na terra ou do queaquilo estávamos a passar.

Sem dinheiro, sem pão, co-mendo eu sei lá o quê que apanhá-vamos e roíamos para enganar afome, tínhamos pela frente o obs-táculo que se chamava fronteirada Espanha para aquilo que pen-sávamos ser o paraíso: a França.

Bem tentamos passar este obs-táculo por várias maneiras e fei-tios. Mas nada. Foi quandoandávamos pela cidade de Irun jáquase sem esperanças e tomadospelo desespero que encontramosum passador português que, sen-sibilizado com a nossa situação,nos fez a esmola de passar a fron-teira de um modo até bastantesimples.

No lado de lá, andamos tam-bém ao deus-dará sem sabermuito bem o que fazer.

Mas naquela altura não éra-mos apenas os únicos portuguesesque andavam por ali numa situa-ção bem desgraçada.

Como era aí por Setembro,dois outros compatriotas ajuda-ram-nos e todos fomos até à re-gião de Bordéus onde arranjamoso nosso primeiro emprego nas vin-

dimas com comida e alojamentonuma localidade que francamentejá esqueci.

O trabalho não era tão duro edávamos graças a deus por o ter emais por estarmos comidos, lava-dos e agasalhados.

Findo as vindimas, já com din-heiro no bolso e condignamenteapresentados, rumamos a Parisonde pensávamos encontrar emp-rego o que aconteceu. Morávamosnos arredores de Paris e trabalhá-vamos, eu e um dos meus camara-das da aventura, numa empresade construção de piscinas.

Como não tínhamos documen-tos, como o passaporte, por exem-plo, para a nossa legalizaçãoenquanto trabalhadores, diri-gimo-nos ao consulado e aíderam-nos um passaporte com va-lidade para três meses que servia,de acordo com o funcionário, pararegressarmos a Portugal.

Graças a esse passaporte e aotrabalho, lá conseguimos a per-missão de estadia.

Dois anos mais tarde, umgrupo de portugueses, entre osquais eu me incluía, chegou à Ale-manha já com quase um contratode trabalho para uma empresa emDuisburgo, cidade onde eu vivicerca de 10 anos para depoismudar para perto de Offenburfg,Schwarzwald, onde me encontrocom uma grande família que con-struí. Mas essa é outra história,uma história feliz. Antonio Marques

Em busca da dignidade e da felicidade

Sabemos que há mulheres e homens que desejam comunicar as suas aventurasou até mesmo histórias sobre a sua vida ou que querem relatar experiênciase contar casos de que foram testemunhas ou os principais protagonistas. Todos, uns mais que outros, temos uma história para contar, como por exemplo,como cá chegamos; a nossa dificuldade em compreender a língua; os sonhosque acalentamos para aguentar estar num país tão diferente; o choque cultural,o primeiro dia de trabalho e, porque não, as dificuldades por que passamos.Nós queremos contar a sua vida, o bom e o mau. Escreva-nos como sabe e pode e a sua história poderá ser um valioso testemunhoda nossa presença neste país.Não se esqueça de nos enviar as fotografias que deseja ver publicadas.Morada: PORTUGALPOSTBurgholzstr.43 • 44145 Dortmund • Fax: (0231) 83 90 351 • E mail: [email protected]

ESCREVA-NOS e conte-nos a história da sua vida

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Passar o TempoPORTUGAL POSTNº 198 • Janeiro 2011 25

CONSULTÓRIO ASTROLÓGICOE-mail: [email protected]: 00 351 21 318 25 91

Por Maria Helena Martins Previsões para Janeiro de 2011CARNEIROAmor: deverá adoptar uma novaatitude para superar as provascom que se pode ter de deparar aeste nível.Saúde: deverá dormir maishoras.Dinheiro: procure dar um novoimpulso à sua vida profissional,diversifique as suas fontes de ren-dimentos.

TOUROAmor: Evite ter qualquer tipo deatitude egoísta ou egocêntrica,pense duas vezes para não magoaro seu par.Saúde: Cultive a sua boa formaatravés de gestos simples: esta-cione o carro um pouco mais longee ande a pé, troque o elevadorpelas escadas, etc.Dinheiro: Tente conter-se umpouco mais nos seus gastos.

GÉMEOSAmor: O seu charme e simpatiapossibilitam-lhe alcançar a har-monia afectiva à sua volta.Saúde: Não tenha medo de acei-tar aquilo que lhe parece novo oudiferente. Dinheiro: Deixe os seus investi-mentos darem frutos.

CARANGUEJOAmor: Ao enfrentar algum pro-blema lembre-se que este só po-derá ser resolvido se forabertamente discutido pelos doiselementos do casal.Saúde: Cuidado com a alimenta-ção hiper-calórica, não abuse.Dinheiro: Lembre-se que umbom líder deve ser capaz de culti-var o bom-humor, pois num am-biente agradável as pessoas

procuram dar o seu melhor.

LEÃOAmor: Reconheça que ninguémconsegue dominar as suas emo-ções em todos os momentos e nãose recrimine quando não reagecomo gostaria. Admitir que não éperfeito é o primeiro passo para sesentir em paz. Saúde: Cuidado com as quedas,anda muito distraído.Dinheiro: Tudo irá correr pelolado mais favorável neste sector.

VIRGEMAmor: lembre-se que quando nãoarriscamos, por medo de perder aestabilidade que conseguimos, es-tamos a deixar de viver.Saúde: Com disciplina e auto-controlo melhorará certamente dequalquer situação difícil.Dinheiro: Uma pessoa amiga vaiprecisar da sua ajuda, não lhefalhe.

BALANÇAAmor: É importante agir no mo-mento certo, enfrentar os proble-mas sem lhes dar demasiadovalor. Saúde: Procure com mais regula-ridade o seu médico assistente.Dinheiro: Não é o momentoideal para contrair nenhum em-préstimo.

ESCORPIÃOAmor: Seja mais carinhoso com oseu par.Saúde: Procure mais vezes o seudentista.Dinheiro: Não se deixe abaterpor uma maré menos positivanesta área da sua vida, pois nemtudo está perdido.

SAGITÁRIOAmor: Este é um momento favo-rável para a conquista.Saúde: Vigie o seu estômago.Dinheiro: Observe e oiça o que orodeia, procure conhecer e experi-mentar sempre mais, tome umaatitude perante as situações!

CAPRICÓRNIOAmor: Dê mais atenção aos seusamigos, dedique-se mais àquelesque ama e que o amam, não tenhamedo de começar coisas novas!Saúde: Lute contra a rotina. Nãoseja hipocondríaco, consulte o mé-dico mas sem dramatismos.Dinheiro: Cuidado com os gastossupérfluos, corte com as despesasque não são realmente necessá-rias.

AQUÁRIOAmor: lembre-se que estamossempre a tempo de começar denovo, de fazer mudanças, vencer omau humor, as frustrações e a im-paciência. Saúde: está mais sujeito a doresde garganta.Dinheiro: tenha força para agar-rar a vida com coragem!

PEIXESAmor: Em vez de culpar os outrospor aquilo que nos acontece, lem-bre-se que podemos escolher ul-trapassar os obstáculos com quenos deparamos, utilizando-os paraamadurecer e evoluir.Saúde: Valorize mais as suas qua-lidades.Dinheiro: Cuidado com as intri-gas no local de trabalho, afaste-sede boatos. Em cada circunstânciafaça sempre o que lhe parece maiscerto.

Questão de ParentescoO miúdo chega à esquadra esbaforido, e diz: -Senhor guarda, venha já depressa. Um patife está a querer matar o meu pai. O polícia corre e vê dois homens apertando as goelas um ao outro. - Eu vou separá-los — diz o guarda. Mas qual é o teu pai? -É isso mesmo que eu não sei. E é por isso que eles se querem matar

Sinal VermelhoO polícia de trânsito: - O senhor não viu a luz encarnada do sinal? -Vi, sim, senhor guarda. O que não vi foi que o senhor estava aí.

A Sua Esposa não me Agrada NadaUma senhora muito feia está gravemente doente e o marido chama o médico. - A sua esposa não me agrada nada — diz o médico. -Nem a mim, tão-pouco — responde o marido.

Perder o ComboioO carcereiro para o preso: Porque te prenderam? - Porque perdi o comboio. - Só por causa disso? - Sim... Se o tivesse apanhado, teria passado a fronteira! Cupão de Encomenda a: PORTUGAL POST SHOP na Pág.23

Encomenda de Livros

Astrologia, Karma e FelicidadePreço, 20,99 €Autor: Cristina CandeiasA astróloga residente do programa "Praça da Ale-gria", de Jorge Gabriel, tornouse um fenómeno nacio-nal, com as suas previsões em directo. Este é o seuprimeiro livro. O livro que nos ensina a atravessar odeserto para encontrar o oásis e a felicidade plena. Énecessário reflectir sobre quem fomos, o que somos eo que temos de vir a ser. Só depois de aceitarmos osnossos processos demudança a vida se nos revelará.

Como Cortar Trabalhos de BruxariaFormato: 14x21cmPáginas: 152Preço: 25,00 €Um ritual de magia negra posto em acção contra alguémpode prejudicar avítima e destruir a sua vida de formabrusca e surpreendente. Todas as áreasestão sujeitas aficar afectadas. Tudo à sua volta parece ruir. E, mais gra-veainda, a vítima de magia negra não consegue encontrarforças para reagir. Neste livro de carácter prático, a autora

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Aprenda a Proteger-seContra a Inveja e Mau-OlhadoFormato: 15,5 X 23 cmPaginas: 156Preço: 19,90 €Nas alturas de maior fragilidade, há que criar uma pro-tecção efectiva contra os possíveis efeitos das energiasnegativas.Neste livro damos-lhe conhecimento de mantigos amule-tos, fórmulas, rituais práticos, orações e rezas especiais

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Orações aos Anjos da GuardaFormato: 14 X 21 cm.Páginas: 144Preço: 25,00 €Na primeira parte desta obra encontrará um vasto nú-mero de orações aos anjos da guarda, que certamenteserão do seu inteiro agrado.Na segunda parte deliciar-se-á com a listagem completados 72 anjos protectores. Cada um destes anjos conferecaracterísticas particulares mao modo de ser e de amardos seus protegidos.

Orações para Todos os MalesFormato: 14x21cmPáginas: 90Preço: 22,00 €Por razões de saúde, familiares, afectivas, mate-riais ou espirituais, todos mpassamos em algummomento por situações difíceis. Nesta obra encon-trará uma centena de orações adequadas a cadacaso. Orações para encontrar mcompanheiro/a,para conseguir casar-se com o seu namorado, pelapaz da família, contra doenças, etc.

Page 26: Portugal Post Janeiro 2011

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Page 27: Portugal Post Janeiro 2011

PORTUGAL POST Nº 198 • Janeiro 2011 27Prova de Vinhos

Segundo a empresa de estudosde mercado Nielsen Bookscan,que faz o registo das vendas delivros desde 1998, o único autora ultrapassar esta marca foi J.K.Rowling, com a saga “Harry Pot-ter”.

Jamie Oliver é publicado emPortugal pela Civilização, queacaba de lançar mais um títuloseu e que edita também os dabritânica Nigella Lawson, doischefs que, além de estarem nostops de vendas de vários países,lideram ainda audiências de te-levisão com os respetivos pro-gramas.

Um fenómeno com tendên-cia para alastrar a Portugal,onde, só nesta época pré-natalí-cia, foram publicados quatro liv-ros de culinária de autoresnacionais: “Curso de Cozinha deHenrique Sá Pessoa” (Esfera dosLivros), “Portugal Revisitado”(Oficina do Livro), do luso-ar-

gentino Chakall, cujo exotismojá lhe valeu fama internacional,“Tudo Isto é Fado” (Planeta), deClara Azevedo e Luís ChimenoGarrido, e “Receituário – O Pra-zer de Cozinhar” (Objectiva), deHelena Sacadura Cabral.

Por sua vez, a Porto Editorarelançou o clássico “O Tesourodas Cozinheiras”, de Mirene, e aBabel acaba de reeditar outroclássico, de Maria de LourdesModesto, o álbum de iniciação àcozinha “A Colher de Pau”, cujaprimeira edição data de 1966 eque foi um dos maiores êxitos detodos os tempos da gastronomianacional, já para não falar doPantagruel, uma espécie de “bí-blia” para as donas-de-casa quetem sido alvo de reedições su-cessivas e continua a ser umêxito de vendas.

Há mesmo casos como o deuma editora recém-nascida, aMatéria-Prima Edições, cujo pri-meiro título no mercado é umlivro de culinária, “Os Truquesda Filipa”, de Filipa Vacondeus,e que tem utilizado para o pro-mover, na rede social Facebook,vídeos do humorista HermanJosé a imitá-la.

Os livros de culinária têm

uma feira internacional anualque lhes é exclusivamente dedi-cada, em Paris, e prémios espe-cíficos atribuídos com a mesmaperiodicidade em França: osGourmand World CookbookAwards.

Na última edição, cujos fina-listas foram há poucos diasanunciados, foram selecionadoscinco livros de autores portugue-ses: “Os Dias de Saturno”, dePaulo Moreiras, e “Doce Lisboa– Guia e Receitas das MelhoresPastelarias”, de Clara Azevedo eLuís Chimeno Garrido (Quid-novi), “Fialho – GastronomiaAlentejana”, de Alberto Franco(Althum), e “Taberna 2780”, deNuno Barros e Bernardo Men-donça, e “Todos para a Mesa”,de Helena Cid (Bertrand).

Até a Bimby, um robot de co-zinha que entrou recentementenas casas das pessoas, já tem umlivro no top de vendas. Chama-se “Bimby – Receitas com Histó-ria” e é também uma edição daBertrand.

O que têm todos em comum?São sempre edições cuidadas,com fotografias apelativas, empapel de boa qualidade e enca-dernações de capa dura.

O preço é, na maioria doscasos, elevado, a condizer com aqualidade da edição, mas nemassim as pessoas, apesar da ap-regoada crise, resistem a levá-lospara casa e experimentar as re-ceitas.

Sejam de cozinha tradicio-nal, de fusão ou de sabores maisexóticos, os livros de gastrono-mia estão em alta, compro-vando, mais uma vez, a máximade que “os olhos tambémcomem”.

Livros de gastronomia multiplicam-se e batem recordes de vendasOs livros de receitas do chef bri-tânico Jamie Oliver já renderamquase 120 milhões de euros,numa época em que se multi-plicam as obras de gastrono-mia, alvo de um interesse semprecedentes.

Tesouro das CozinheirasMais de 2000 receitas, 850 páginasPreço: € 70É livro de cozinha mais vendido em Portugal.Pela sua clareza, simplicidade e variedade constitui um precioso auxiliar na elaboraçãodas suas ementas diárias.

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Page 28: Portugal Post Janeiro 2011