3
Igualdade entre Homens e Mulheres ▪ Eliminação das diferenças salariais entre homens e mulheres ▪ Igualdade entre homens e mulheres na proteção social e combate à pobreza (as mulheres tendem a ter carreiras profissionais mais curtas ou com interrupções, adquirindo, por conseguinte, menos direitos do que os homens, facto que aumenta o risco de pobreza, em especial para as famílias monoparentais, as mulheres mais velhas ou as que trabalham em empresas familiares, designadamente na agricultura) ▪ Combate das discriminações múltiplas, em especial contra as mulheres imigrantes e oriundas de minorias étnicas ▪ Flexibilidade na organização do trabalho para homens e mulheres ▪ Multiplicar as estruturas de cuidados (oferta de mais estruturas de acolhimento de crianças mais baratas) Participação feminina na política ▪ Eliminação da violência em razão do sexo ▪ Eliminação do tráfico de seres humanos ▪ Eliminação dos estereótipos de género na educação, formação e cultura ▪ Eliminação dos estereótipos de género nos meios de comunicação Portugal cai no ranking sobre igualdade de género Portugal cai 18 posições no ranking do Fórum Económico Mundial sobre Igualdade de Género, em seis anos, numa lista de 136 países. No relatório, disponível no site do Fórum Económico Mundial, Portugal aparece em 51.º lugar no índice geral, em 66.ª posição ao nível da participação das mulheres na economia, em 56.º lugar no ranking da educação, em 83.º, em matéria de saúde, e em 46.º, ao nível do poder político. Ao nível do emprego, o relatório mostra que a taxa de desemprego das mulheres adultas é de 13%, enquanto nos homens é de 12%. Já a percentagem de mulheres em empregos parciais é de 14%, enquanto nos homens é de 9%. Na lista dos 136 países, a Islândia aparece em primeiro lugar, logo seguida da Finlândia e da Noruega. Aliás, o grupo dos 10 países mais bem classificados é quase preenchido por países europeus, à exceção das Filipinas (5.º), Nova Zelândia (7.º) e Nicarágua (10.º). Já em último lugar está o Iémen, imediatamente precedido pelo Paquistão, o Chade, a Síria e a Mauritânia. Lusa, novembro de 2013 Islândia é o melhor país para se ser mulher Há cincos anos que a Islândia é sinalizada no ranking do Fórum Económico Mundial como o país com menos desigualdade de género, de acordo com a BBC. Atualmente, no país que teve a primeira presidente eleita democraticamente no Mundo, 82,6% das mulheres em idade economicamente ativa trabalham e respondem por 45,5% da força de trabalho. As mulheres islandesas têm, também, uma das taxas de fertilidade mais altas da Europa, com 2,1 filhos por mulher. A explicação pode estar no acesso a creches de baico custo e ampliação da licença de paternidade aquando do nascimento de um filho. No total, o casal tem nove meses de licença. Mas ainda há muito a fazer: "A diferença de salários entre homens e mulheres é de cerca de 10% e uma pesquisa recente com três mil mulheres revelou que 24% delas dizem ter sido vítimas de violência sexual pelo menos uma vez desde os 16 anos”. Notícias ao Minuto, novembro de 2013

Portugal)cai)no)ranking)sobre) Igualdade(entre(Homens(e(Mulheres( igualdade)de)género) · 2013. 11. 19. · Segundo os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV),

  • Upload
    others

  • View
    1

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Portugal)cai)no)ranking)sobre) Igualdade(entre(Homens(e(Mulheres( igualdade)de)género) · 2013. 11. 19. · Segundo os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV),

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

   

 

 

 

 

mmmm  

 

 

 

 

 

 

 

Igualdade  entre  Homens  e  Mulheres  

▪  Eliminação  das  diferenças  salariais  entre  homens  e  mulheres  

▪   Igualdade   entre   homens   e  mulheres   na   proteção   social   e   combate   à  

pobreza   (as   mulheres   tendem   a   ter   carreiras   profissionais   mais   curtas   ou   com  

interrupções,  adquirindo,  por  conseguinte,  menos  direitos  do  que  os  homens,  facto  

que  aumenta  o   risco  de  pobreza,  em  especial  para  as   famílias  monoparentais,   as  

mulheres   mais   velhas   ou   as   que   trabalham   em   empresas   familiares,  

designadamente  na  agricultura)  

▪  Combate  das  discriminações  múltiplas,  em  especial  contra  as  mulheres  

imigrantes  e  oriundas  de  minorias  étnicas  

▪  Flexibilidade  na  organização  do  trabalho  para  homens  e  mulheres  

▪   Multiplicar   as   estruturas   de   cuidados   (oferta   de   mais   estruturas   de  

acolhimento  de  crianças  mais  baratas)  

▪  Participação  feminina  na  política  

▪  Eliminação  da  violência  em  razão  do  sexo  

▪  Eliminação  do  tráfico  de  seres  humanos  

▪   Eliminação   dos   estereótipos   de   género   na   educação,   formação   e  

cultura  

▪  Eliminação  dos  estereótipos  de  género  nos  meios  de  comunicação  

 

Portugal  cai  no  ranking  sobre  

igualdade  de  género  Portugal   cai   18   posições   no   ranking   do   Fórum  

Económico  Mundial   sobre   Igualdade   de   Género,   em  

seis  anos,  numa  lista  de  136  países.  

No  relatório,  disponível  no  site  do  Fórum  Económico  

Mundial,   Portugal   aparece   em   51.º   lugar   no   índice  

geral,   em   66.ª   posição   ao   nível   da   participação   das  

mulheres  na  economia,   em  56.º   lugar  no   ranking   da  

educação,  em  83.º,  em  matéria  de  saúde,  e  em  46.º,  ao  

nível  do  poder  político.  

Ao  nível  do  emprego,  o  relatório  mostra  que  a  taxa  de  

desemprego   das   mulheres   adultas   é   de   13%,  

enquanto  nos  homens  é  de  12%.  Já  a  percentagem  de  

mulheres  em  empregos  parciais  é  de  14%,  enquanto  

nos  homens  é  de  9%.  

Na   lista   dos   136   países,   a   Islândia   aparece   em  

primeiro   lugar,   logo   seguida   da   Finlândia   e   da  

Noruega.   Aliás,   o   grupo   dos   10   países   mais   bem  

classificados   é   quase   preenchido   por   países  

europeus,  à  exceção  das  Filipinas  (5.º),  Nova  Zelândia  

(7.º)  e  Nicarágua  (10.º).  

Já   em   último   lugar   está   o   Iémen,   imediatamente  

precedido   pelo   Paquistão,   o   Chade,   a   Síria   e   a  

Mauritânia.  

Lusa,  novembro  de  2013  

 

 

 

Islândia  é  o  melhor  país  para  se  ser  mulher  Há   cincos   anos   que   a   Islândia   é   sinalizada   no   ranking   do   Fórum  Económico  Mundial  como  o  país  com  menos  desigualdade  de  género,  de  acordo  com  a  BBC.  Atualmente,   no   país   que   teve   a   primeira   presidente   eleita  democraticamente   no   Mundo,   82,6%   das   mulheres   em   idade  economicamente  ativa  trabalham  e  respondem  por  45,5%  da  força  de  trabalho.   As   mulheres   islandesas   têm,   também,   uma   das   taxas   de  fertilidade  mais  altas  da  Europa,  com  2,1  filhos  por  mulher.  A   explicação   pode   estar   no   acesso   a   creches   de   baico   custo   e  ampliação  da   licença  de  paternidade   aquando  do  nascimento  de  um  filho.  No  total,  o  casal  tem  nove  meses  de licença. Mas  ainda  há  muito  a   fazer:  "A  diferença  de  salários  entre  homens  e  mulheres   é   de   cerca   de   10%   e   uma   pesquisa   recente   com   três   mil  mulheres  revelou  que  24%  delas  dizem  ter  sido  vítimas  de  violência  sexual  pelo  menos  uma  vez  desde  os  16  anos”.    

Notícias  ao  Minuto,  novembro  de  2013      

Page 2: Portugal)cai)no)ranking)sobre) Igualdade(entre(Homens(e(Mulheres( igualdade)de)género) · 2013. 11. 19. · Segundo os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV),

 

   

Constituição  da  República  Portuguesa  Artigo  1º  O  direito  à  vida,  à  liberdade  e  à  segurança  pessoal,  constitui  um  direito  inalienável  e  inerente  à  dignidade  da  pessoa  humana.    Artigo  13º  (Princípio  da  igualdade)  1.  Todos  os  cidadãos  têm  a  mesma  dignidade  social  e  são  iguais  perante  a  lei.  2.  Ninguém  pode  ser  privilegiado,  beneficiado,  prejudicado,  privado  de  qualquer  direito  ou   isento  de  qualquer  dever   em   razão   de   ascendência,   sexo,   raça,   língua,   território   de   origem,   religião,   convicções   políticas   ou  ideológicas,  instrução,  situação  económica,  condição  social  ou  orientação  sexual.    

Declaração  Universal  dos  Direitos  do  Homem  Artigo  1.º  Todos  os  seres  humanos  nascem  livres  e  iguais  em  dignidade  e  em  direitos.  Dotados  de  razão  e  de  consciência,  devem  agir  uns  para  com  os  outros  em  espírito  de  fraternidade.  Artigo  2.º  Todos  os   seres  humanos  podem   invocar  os  direitos  e   as   liberdades  proclamados  na  presente  Declaração,   sem  distinção  alguma,  nomeadamente  de  raça,  de  cor,  de  sexo,  de  língua,  de  religião,  de  opinião  política  ou  outra,  de  origem  nacional  ou  social,  de   fortuna,  de  nascimento  ou  de  qualquer  outra  situação.  Além  disso,  não  será   feita  nenhuma   distinção   fundada   no   estatuto   político,   jurídico   ou   internacional   do   país   ou   do   território   da  naturalidade   da   pessoa,   seja   esse   país   ou   território   independente,   sob   tutela,   autónomo   ou   sujeito   a   alguma  limitação  de  soberania.      

 

 

 

 

 

 

 

 

Crime invisível: Homens vítimas de violência doméstica não apresentam queixa

As estatísticas mostram que a maioria das vítimas de violência doméstica são mulheres, facto também explicado pela vergonha de os homens apresentarem queixa ou pela dificuldade em reconhecerem-se como vítimas. Segundo os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), mais de 80% das vítimas de violência doméstica são mulheres, mas, segundo a investigadora Andreia Machado, da Escola de Psicologia da Universidade do Minho, tem havido uma feminização do fenómeno, o que levou à invisibilidade da violência contra os homens. As estimativas internacionais apontam para que entre 25% a 50% das vítimas de violência na intimidade sejam homens e sublinhou que, relativamente a Portugal, os dados oficiais para 2012 revelam que 15,5% das 26.084 queixas por violência doméstica foram apresentadas por homens.

Lusa/ Diário Digital 18 de novembro de 2013

 

Código  Penal  Artigo  152  –  Violência  doméstica  Quem,   de  modo   reiterado   ou   não,   infligir  maus   tratos   físicos   ou   psíquicos,  incluindo  castigos  corporais,  privações  da  liberdade  e  ofensas  sexuais:      

 a)   Ao   cônjuge   ou   ex-­‐cônjuge;    b)  A  pessoa  de  outro  ou  do  mesmo  sexo  com  quem  o  agente  mantenha  ou   tenha  mantido  uma  relação  de  namoro  ou  uma  relação  análoga  à  dos  cônjuges,  ainda  que  sem  coabitação;    c)  A  progenitor  de  descendente  comum  em  1.º  grau;  ou      d)   A   pessoa   particularmente   indefesa,   nomeadamente   em   razão   da   idade,  deficiência,  doença,  gravidez  ou  dependência  económica,  que  com  ele  coabite;    

 é  punido  com  pena  de  prisão  de  um  a  cinco  anos,  se  pena  mais  grave  lhe  não  couber   por   força   de   outra   disposição   legal.            

Page 3: Portugal)cai)no)ranking)sobre) Igualdade(entre(Homens(e(Mulheres( igualdade)de)género) · 2013. 11. 19. · Segundo os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV),

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

VIOLÊNCIA  ENTRE  OS  JOVENS  DO  SEXO  MASCULINO  A   violência   nos   relacionamentos   entre   jovens   e,   segundo   um   estudo,   de   4667   estudantes   do   ensino  secundário,   profissional   e   universitário,   25%   afirmou   ter   sido   vítima   e   30%   agressor   numa   situação   de  violência  entre  jovens.  De  uma  forma  geral,  “os  jovens  condenam  a  violência,  mas  tendem  a  desculpar”.  A  banalização  das  formas  ditas  “menores”  de  violência  e  a  desculpabilização  da  agressão  em  determinadas  circunstâncias  faz  com  que  a   maioria   dos   jovens   não   procure   ajuda   na   solução   dos   seus   problemas,   muitas   vezes     por   falta   de  conhecimento   dos   recursos   existentes.   Os   jovens   precisam   de   ter   mais   informação   acerca   dos   recursos  formais  de  apoio.   “Bater  e  pontapés”  é  considerado  agressão,  mas  muitos   jovens  pensam  que  controlar  o  telemóvel   não   é”,   o   que   constitui   uma   certeza   de   que   é   necessário   haver   um   trabalho   sobre   o   que  caracterizou  como  os  “níveis  normativos  de  violência”.    

VIOLÊNCIA  ENTRE  PESSOAS  DO  MESMO  SEXO  Só  muito  recentemente  o  código  penal  português  passou  a  reconhecer  como  violência  doméstica  um  ato  de  agressão  ocorrido  entre  pessoas  do  mesmo  sexo.  Até  2007,  a  invisibilidade  LGBT  (lésbica,  gay,  bissexual  e  transgénero)  tinha  contornos  legais.  A  violência  entre  mulheres  lésbicas  foi  objeto  de  uma  campanha  por  parte  da  APAV  em  2008,  mas  ainda  há  muito  por  fazer  naquilo  que  classificou  como  a  “dupla  discriminação  das  mulheres  lésbicas  e  o  duplo  armário  de  que  são  vítimas”.  Se   já   existe   uma   dificuldade   numa   relação   heterossexual,   esta   dificuldade   aumenta   nas   relações   entre  pessoas   do   mesmo   sexo.   O   entender   social   das   relações   heterossexuais   como   a   norma   dificulta:   “a  heteronormatividade  coloca  as  vítimas  numa  relação  de  fragilidade”.  Para  além  do  estigma  da  agressão,  a  invisibilidade  das  relações  lésbicas  acentua  “a  opressão  e  o  isolamento”.    A  violência  doméstica  atinge  todos  os  géneros,  sexos  e  estratos  da  sociedade  e  é  urgente  lutar  contra  aquilo  que  definiu  como  o  “amor  que  se  transforma  em  controlo  e  medo”.  

 Público,  18  de  novembro  de  2013  

 

Tráfico de Seres Humanos

O  Tráfico  de  Seres  Humanos  tem  assumido  proporções  preocupantes   à   escala   mundial.   Constitui   uma   grave  violação  dos  direitos  humanos,  privando  as  pessoas  dos  seus   direitos   de   cidadania   mais   elementares,   com   um  impacto   dramático   nas   suas   dimensões   física,  psicológica   e   emocional,   configurando   mesmo   uma  forma   moderna   de   escravatura.                                                                                                                                                                CIG

 

 

 

 

Mutilação  Genital  Feminina  A  Mutilação  Genital  Feminina  compreende  todos  os  procedimentos  que  envolvam  a  remoção  parcial  ou   total  dos  órgãos  genitais   femininos,  ou  provoquem   lesões   nos   órgãos   genitais   da   mulher,   por   razões   não  médicas.    Segundo   a   OMS   –   Organização   Mundial   de   Saúde   -­‐   entre   100   a   140  milhões   de   meninas,   raparigas   e   mulheres   em   todo   o   mundo   foram  submetidas   à   prática   da   Mutilação   Genital   Feminina.   Todos   os   anos,  cerca   de   3   milhões   de   meninas   e   mulheres   estão   em   risco   de   sofrer  algum  tipo  de  mutilação.  A  MGF  enquanto  ato  de  violência  com  base  no  género   faz  parte  de  um  conjunto  de  práticas  tradicionais  nefastas  que  persistem  na  atualidade  e  cujo   enquadramento   é   dado   por   um   conjunto   diversificado   de  convenções  e  acordos  internacionais  e  nacionais.  A  MGF  é  uma  violação  clara   dos   Direitos   Humanos,   dos   Direitos   das  Mulheres   e   dos   Direitos  das  Crianças.  

CIG  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2000) Portugal é um país de risco no que concerne a esta prática. O cálculo deste risco baseia-se na assumpção de que as comunidades migrantes

Cidadania  e  Igualdade  de  Género  

.  Guião  Género  e  Cidadania  –  Pré-­‐escolar  http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/preescolar/    .  Guião  Género  e  Cidadania  –  1º  Ciclo  http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/1ciclo/guiao_educa_1ciclo.pdf    .  Guião  Género  e  Cidadania  –  2º  Ciclo  http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/2ciclo/guiao_educa_2ciclo.pdf    .  Guião  Género  e  Cidadania  –  3º  Ciclo  http://www.cig.gov.pt/guiaoeducacao/3ciclo/