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    Saudaes, prezado aluno!

    Em nossa terceira aula, estudaremos a regncia de alguns

    nomes e verbos, os casos de ocorrncia (ou no) da crase e a redao de

    correspondncias oficiais. Em relao regncia, digo de alguns nomes

    e verbos porque a grande quantidade deles no lxico da nossa Lngua no

    nos permite estudar o assunto em sua inteireza. Ficaremos, ento, no

    estudo da regncia de um grupo de nomes e verbos cujo conhecimento no

    pode faltar a voc.

    REGNCIA NOMINAL

    Regncia nominal a relao entre um substantivo, adjetivo

    ou advrbio transitivo e seu respectivo complemento nominal. Essa relao

    intermediada por uma preposio. Vejamos trs exemplos do que acabei

    de falar:

    (1) Os cursos do Ponto tm sido teis a muitos candidatos.

    (2) Por causa dos cursos do Ponto, muitos candidatos esto

    mais perto da aprovao.

    (3) Todos vocs tm capacidade para passar no concurso!

    (...) noite, o cu se abre limpo e estrelado.

    8 um convite contemplao da natureza. (...)

    poca, 9/5/2005 (com adaptaes).

    ADJ. COMP. NOMINAL

    PREP.

    ADV. COMP. NOMINAL

    PREP. (de + a)

    SUBST. COMP. NOMINAL

    PREP.

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    1. (Cespe/Ibama/Analista Ambiental/2005) Na linha 8, o emprego do sinal

    indicativo de crase em contemplao indica que esse termo regido

    pelo substantivo convite; mas se a opo fosse por uma orao com o

    verbo convidar o uso do sinal de crase seria opcional.

    Comentrio A primeira parte da declarao est correta. Realmente, o

    substantivo convite tem seu significado semntico completado pelo termo

    contemplao. Note a fuso que ocorreu entre a preposio a exigida

    pela regncia transitiva do substantivo convite e o artigo feminino a que

    acompanha o substantivo contemplao. Esse fenmeno justifica o

    emprego do acento grave indicativo de crase ().

    E o que dizer da parte final da declarao? Antes de

    responder pergunta, experimente reescrever a passagem empregando o

    verbo convidar. Tenha em mente que o verbo convidar tambm

    transitivo (direto e indireto) e pede complemento. Na questo da prova,

    esse verbo estaria tambm complementado explicitamente por termo regido

    pela preposio a, justificando a presena obrigatria do acento grave

    indicativo de crase.

    Resposta Item errado.

    Abaixo est uma relao de nomes e suas regncias que

    merecem sua ateno, j que o emprego deles frequente em concursos

    das mais diversas bancas examinadoras:

    Acessvel a

    Acostumado a ou

    com

    Alheio a

    Aluso a

    Ansioso por

    Ateno a ou para

    Atento a ou em

    Benfico a

    Compatvel com

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    Cuidadoso com

    Desacostumado a ou

    com

    Desatento a

    Desfavorvel a

    Desrespeito a

    Estranho a

    Favorvel a

    Fiel a

    Grato a

    Hbil em

    Habituado a

    Inacessvel a

    Indeciso em

    Invaso de

    Junto a ou de

    Leal a

    Maior de

    Morador em

    Natural de

    Necessrio a

    Necessidade de

    Nocivo a

    dio a ou contra

    Odioso a ou para

    Posterior a

    Preferncia a ou por

    Prefervel a

    Prejudicial a

    Prprio de ou para

    Prximo a ou de

    Querido de ou por

    Residente em

    Respeito a ou por

    Sensvel a

    Simpatia por

    Simptico a

    til a ou para

    Versado em

    Ateno especial deve ser dada aos nomes que regem

    preposio A, por possibilitarem a ocorrncia de crase. Foi explorando esse

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    conhecimento que uma questo apareceu na prova elabora pelo Cespe, para

    o cargo de tcnico judicirio do Supremo Tribunal Federal, em 2008.

    1 O consumo das famlias dever crescer 7,5% neste

    ano, tornando-se um dos principais responsveis pelo

    crescimento do produto interno bruto, previsto em 5%. A

    4 nova estimativa do consumo das famlias uma das

    principais mudanas nas perspectivas para a economia

    brasileira em 2008 traadas pela Confederao Nacional da

    7 Indstria em relao s previses apresentadas em dezembro

    do ano passado, quando o aumento do consumo foi estimado

    em 6,2%.

    (...)

    O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptaes).

    2. (Cespe/STF/Tcnico Judicirio/2008) Na linha 7, o emprego do sinal

    indicativo de crase em s previses justifica-se pela presena de

    preposio, exigida pela locuo em relao, e pelo emprego de artigo

    definido feminino plural antes de previses.

    Comentrio Note que a locuo em relao a possui em sua parte final

    a preposio a. Essa expresso exige sim um complemento, que no caso em

    estudo est pluralizada e acompanhada de artigo definido: as previses

    apresentadas em dezembro do ano passado. O encontro de a (preposio)

    com as (artigo) desencadeia a fuso desses dois vocbulos, que na escrita

    evidenciada pelo emprego do acento grave indicativo de crase.

    Resposta Item certo.

    Verifique a partir de agora outras questes de provas anteriores.

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    1 Uma antiga preocupao dos legisladores do

    passado era a de assegurar o direito dos povos de manter

    os costumes da terra. (...)

    Mauro Santayana. Jornal do Brasil, 24/11/2006.

    3. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) No que diz respeito aos

    sentidos e a aspectos gramaticais do texto acima, julgue a assertiva

    abaixo.

    Na expresso era a de assegurar (l. 2), a presena da preposio de

    decorre da regncia de preocupao (l. 1).

    Comentrio Possivelmente, a dificuldade de alguns candidatos em julgar

    este item ocorreu por causa da ausncia do vocbulo preocupao na

    expresso em destaque. Analise novamente o enunciado e perceba que

    ocorre a elipse do substantivo preocupao. Note: Uma antiga

    preocupao dos legisladores do passado era a [preocupao] de assegurar

    o direito dos povos de manter os costumes da terra. Ficou melhor agora?

    Tanto diante de os legisladores, quanto de assegurar, a preposio de se

    faz presente em virtude da regncia do substantivo preocupao. Res-

    posta Item certo.

    1 Folha O sr. concorda que muitas das restries

    impostas pelo Estado so impostas por pensamen-

    tos puritanos de parte da sociedade?

    (...)

    Folha de S. Paulo, 23/10/2005. Trecho da entrevista concedida

    pelo economista Eduardo Giannetti (com adaptaes).

    4. (Cespe/Anatel/Analista Administrativo/2006) Atenderia s regras

    prescritas pela gramtica a seguinte formulao da pergunta feita ao

    entrevistado: O senhor concorda com a idia de que, entre as restries

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    estabelecidas pelo Estado, muitas so impostas por pensamentos

    puritanos de parte da sociedade?

    Comentrio Deve chamar a sua ateno o surgimento da orao

    subordinada substantiva completiva nominal regida corretamente pela

    preposio de, que surgiu agora por imposio do substantivo idia.

    Resposta. Item certo.

    (...) Mas foi a partir do sculo

    XIX que a expanso mundial do capitalismo deu origem

    13 conscincia de que uma cultura mundial estava

    verdadeiramente em via de surgir.

    Srgio Paulo Rouanet. Do fim da cultura ao fim do livro. In:

    Eduardo Portella (Org.). Reflexes sobre os caminhos do livro.

    SoPaulo: UNESCO/Moderna, 2003, p. 63 (com adaptaes).

    5. (Cespe/Minist. da Integ. Nacion./Bibliotecrio/2006) Em conscincia de

    que (l. 13), o emprego da preposio de decorrente da regncia de

    conscincia.

    Comentrio O substantivo conscincia pertence orao Mas a partir

    do sculo XIX a expanso mundial do capitalismo deu origem

    conscincia. Voc deve estar curioso, querendo saber onde foram parar

    as palavras foi e que, no mesmo? Repare que elas so meras palavras

    de realce. Podem ser retiradas da orao sem qualquer prejuzo para o

    enunciado. Tanto verdade que eu as retirei sem que qualquer problema

    acontecesse, percebeu? Pois bem, semanticamente o vocbulo conscincia

    no se esgota. Ele precisa de um termo que lhe complete o sentido. com

    essa finalidade que surge a orao de que uma cultura mundial estava

    verdadeiramente em via de surgir. Junte os dois segmentos e observe

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    que a articulao entre eles possibilitada pela presena da preposio de,

    que decorre da regncia do prprio substantivo conscincia.

    Resposta Item certo.

    1 A Cmara dos Deputados brasileira aprovou, por

    265 votos favorveis e 61 contrrios, a adeso da Venezuela

    ao MERCOSUL, bloco regional formado por Brasil,

    4 Argentina, Paraguai e Uruguai.

    O protocolo de adeso, assinado em julho de 2006,

    ainda precisa ser aprovado pelo Senado para entrar em vigor.

    7 Os congressos do Uruguai, da Argentina e da prpria

    Venezuela j votaram pela entrada do pas no MERCOSUL.

    Apenas o Paraguai e o Brasil ainda no chancelaram o

    10 acordo. Dados da Comisso de Relaes Exteriores e Defesa

    Nacional mostram que a entrada do pas resultar em um

    bloco com mais de 250 milhes de habitantes, rea de

    13 12,7 milhes de km2, PIB superior a U$ 1 trilho

    (aproximadamente 76% do PIB da Amrica do Sul) e

    comrcio global superior a US$ 300 bilhes.

    (...)

    Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo, 18/12/2008.

    6. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) O emprego de preposio em ao

    MERCOSUL (l.3) justifica-se pela regncia de contrrios (l.2), que

    exige preposio a.

    Comentrio Na verdade, a preposio a exigida pela regncia do nome

    adeso (adeso de quem a qu?): a adeso da Venezuela ao

    MERCOSUL.

    Resposta Item errado.

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    7. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) Nas duas ocorrncias de superior a

    (l.13 e 15), a funciona como artigo definido.

    Comentrio O vocbulo a preposio exigida pelo nome superior

    (superior a qu?), que seguido por complemento: superior a U$ 1 trilho

    e superior a US$ 300 bilhes.

    Resposta Item errado.

    Como voc est indo at agora? Caso no tenha entendido

    alguma explicao, sugiro que volte a ela imediatamente. No prossiga sem

    que as dvidas tenham sido esclarecidas. Ao entrarmos no tpico sobre

    regncia verbal (faremos isso nas prximas linhas), recomendvel que

    voc esteja seguro em relao ao que acabamos de estudar. Outras

    informaes sero acrescentadas. No deixe que as dvidas se acumulem.

    REGNCIA VERBAL

    O que o que ?

    1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

    de quem no gosto como se chama o que sinto? Uma

    pessoa de quem no se gosta mais e que no gosta mais da

    4 gente como se chama essa mgoa e esse rancor? Estar

    ocupado, e de repente parar por ter sido tomado por uma

    desocupao beata, milagrosa, sorridente e idiota como se

    7 chama o que se sentiu? O nico modo de chamar perguntar:

    como se chama? At hoje s consegui nomear com a prpria

    pergunta. Qual o nome? e este o nome.

    Clarice Lispector. A descoberta do mundo.

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    VTD

    Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

    8. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) No ttulo do texto, as duas ocorrncias da

    forma verbal so sintaticamente equivalentes.

    Comentrio No possvel responder questo sem antes perceber que

    a distino entre as duas ocorrncias da forma verbal leva em conta esse

    tpico da nossa Lngua: transitividade verbal. Na verdade, a questo requer

    noes semntico-sintticas, e no apenas sintticas.

    Verbos cujos complementos (objetos diretos ou objetos

    indiretos) lhes integram os sentidos so classificados como transitivos.

    Esto divididos em:

    a) transitivos diretos: seus complementos (objetos diretos)

    no so introduzidos obrigatoriamente por preposio;

    (4) Quero gua.

    (5) A mdico, confessor e letrado nunca enganes.

    Em (9), a preposio A empregada simplesmente por motivo

    de nfase, e no pela exigncia da transitividade do verbo. Nesse caso, o

    complemento vem preposicionado; contudo permanece como objeto direto.

    b) transitivos indiretos: seus complementos (objetos

    indiretos) so necessariamente introduzidos por uma preposio, exceto

    quando empregado um pronome oblquo tono (me, te, se, nos, vos, lhe);

    (6) Gosto de gua.

    (7) Custou-me entender o assunto.

    VTD OD

    ODP

    VTI OI

    VTI OI

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    c) transitivos diretos e indiretos: renem, ao mesmo tempo,

    objetos diretos e indiretos;

    (8) Deram-lhe um presente.

    H tambm verbos considerados de sentidos completos, por no

    exigirem complementos que lhes integrem os significados. So conhecidos

    como intransitivos.

    (9) Infelizmente, a vtima do acidente morreu.

    Todos esses verbos so considerados nocionais (possuem valor

    semntico, denotam acontecimento, fenmeno natural, desejo, atividade

    mental).

    Existe ainda uma categoria de verbos que precisa ser

    mencionada aqui. a dos verbos de ligao, tambm considerados no

    nocionais ou copulativos. Esses verbos, de significados indefinidos (ou

    predicaes incompletas), unem (ligam, servem de ponte) o sujeito da

    orao a seu predicativo (funo esta desempenhada por adjetivos,

    substantivos ou pronomes).

    (10) Maria feliz.

    Verbos de ligao denotam situao permanente, situao

    transitria, mudana de situao.

    (11) Joo estudioso. (situao permanente)

    (12) Joo est cansado. (situao transitria)

    (13) Joo ficou alegre. (mudana de situao)

    VTDI OI OD

    VI

    Suj. VL Pred.

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    11

    Estaria tudo muito bom se as coisas fossem to certinhas assim,

    no mesmo? O fato que a classificao de um verbo em transitivo

    direto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto, intransitivo ou

    de ligao depender das relaes semntico-

    -sintticas entre os termos da orao.

    (14) Joo anda cansado.

    (15) Joo anda depressa.

    Em (18), o verbo (anda) denota o estado de Joo no

    momento da fala e liga o sujeito da orao (Joo) ao seu predicativo

    (cansado). , pois, verbo de ligao (copulativo, no nocional).

    Em (19), o mesmo verbo agora indica a ao exercida pelo

    sujeito. , pois, verbo nocional. Notem que o vocbulo depressa no

    integra o significado do verbo, mas indica a circunstncia (de modo) em que

    a ao desenvolvida.

    Creio que agora podemos responder questo da prova do IRBr.

    Perceba, preliminarmente, que o ttulo do texto composto por duas

    oraes:

    (16) O que o...

    (17) ...que ?

    Notoriamente, trata-se de um perodo composto por

    subordinao. A primeira orao a principal; a segunda, subordinada. Esta

    repare bem introduzida pelo pronome relativo que. Portanto, uma

    orao subordinada adjetiva.

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    O verbo da primeira orao () liga o predicativo o (pronome

    demonstrativo substantivo) ao sujeito que. Em uma anlise semntico-

    -sinttica, portanto, ele ocorre como verbo de ligao, copulativo, no

    nocional. O mesmo verbo, na segunda orao, no faz esse tipo de ponte.

    Ressalte-se que nela nem existe adjetivo, substantivo ou pronome

    substantivo desempenhando a funo de predicativo do sujeito. Em (21), o

    verbo tomado como intransitivo, nocional.

    Resposta Item errado.

    Uma vez entendido o porqu da classificao de um verbo em

    transitivo (direto; indireto; direto e indireto), intransitivo ou de ligao,

    j estamos aptos a tratar especificamente da regncia de alguns verbos.

    Diga-se ainda que a regncia verbal pretende estabelecer os diversos

    regimes com que um verbo pode ser empregado, como nos ensina o

    eminente professor Dcio Sena.

    1 Na atualidade, em qualquer parte do mundo, podem

    desenvolver-se atividades de apoio logstico ou de

    recrutamento ao terrorismo. Isso se deve sua prpria lgica

    4 de disseminao transnacional, que busca continuamente

    novas reas de atuao e, tambm, s vantagens especficas

    que cada pas pode oferecer a membros de organizaes

    7 extremistas, como facilidades de obteno de documentos

    falsos ou de acesso a seu territrio, alm de movimentao,

    refgio e acesso a bens de natureza material e tecnolgica.

    (...)

    Paulo de Tarso Resende Paniago. O desafio do terrorismo internacional. In: Revista

    Brasileira de Inteligncia. Braslia: ABIN, v. 3, n. 4, set./2007, p. 36.

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    9. (Cespe/Abin/Agente de Inteligncia/2008) Em s vantagens (l.5), o

    sinal indicativo de crase justifica-se pela regncia de deve (l.3) e pela

    presena de artigo definido feminino plural.

    Comentrio Repare que o verbo analisado indica, no contexto analisado,

    a causa do que declarado no perodo anterior. Nesse sentido, transitivo

    indireto e exige preposio A, que, ao lado do artigo definido feminino plural

    AS que inicia seu complemento, faz surgir o fenmeno lingustico conhecido

    como crase.

    Resposta Item certo.

    Observao. J foi dito aqui que alguns verbos podem ter sua

    transitividade mudada conforme o contexto. Tal o caso tambm do verbo

    que estamos analisando. Na frase O marido devia satisfaes esposa, o

    verbo (no sentido de ter de pagar; ter dvidas ou obrigaes) agora

    transitivo direto e indireto. Note que o vocbulo satisfaes completa o

    sentido do verbo sem a necessidade de preposio, enquanto o termo

    esposa outro complemento do mesmo verbo surge regido pela

    preposio a, que se fundiu com o artigo feminino singular a (repare o

    acento indicativo de crase).

    1 Assistimos dissoluo dos discursos

    homogeneizantes e totalizantes da cincia e da cultura. No

    existe narrao ou gnero do discurso capaz de dar um

    4 traado nico, um horizonte de sentido unitrio da

    experincia da vida, da cultura, da cincia ou da

    subjetividade. H histrias, no plural; o mundo tornou-se

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    14

    7 intensamente complexo e as respostas no so diretas nem

    estveis. (...)

    Dora Fried Schnitman. Introduo: cincia, cultura e subjetividade. In: Dora Fried

    Schnitman (Org.). Novos paradigmas, cultura e subjetividade, p. 17 (com adaptaes).

    10. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligncia/2008) O emprego do sinal indicativo

    de crase em dissoluo (l. 1) deve-se dupla possibilidade de

    relaes sinttico-semnticas para o verbo assistir.

    Comentrio Vamos aproveitar esta questo de prova para conhecer as

    acepes do verbo ASSISTIR.

    a) Transitivo indireto com sentido de VER, OBSERVAR;

    seu complemento regido pela preposio A: Assistimos ao final do

    campeonato.

    b) Transitivo indireto com sentido de COMPETIR, CABER,

    TER DIREITO; seu complemento tambm regido pela preposio A: No

    assiste ao professor reclamar tanto.

    c) Transitivo direto ou transitivo indireto (neste caso,

    exige preposio A) com sentido de SOCORRER, PRESTAR ASSISTNCIA: O

    mdico assistiu a vtima. Igualmente correta estaria a construo: O mdico

    assistiu vtima. Repare o acento grave indicativo de crase (fuso da

    preposio A com o artigo feminino A(S) que antecede substantivo de

    mesmo gnero gramatical).

    d) Intransitivo com sentido de MORAR, RESIDIR: H cinco

    anos resido em Braslia. Observe a presena da preposio em exigida

    pelo verbo e que introduz o adjunto adverbial de lugar (no confunda esse

    termo com objeto indireto).

    Agora j podemos dar incio ao comentrio da questo

    propriamente dito. O gabarito oficial considerou este item anulado. Por qu?

    A parte final da declarao traz um conceito discutvel. A ocorrncia da

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    15

    crase, muito embora dependa realmente da regncia do verbo ASSISTIR,

    deve-se ainda pela presena do artigo feminino A que acompanha o

    substantivo dissoluo.

    No obstante, a admisso do verbo ASSISTIR como

    transitivo direto ou indireto s faz sentido se o tomarmos com os valores

    semnticos indicados em c). No contexto em que surge, essa concepo

    alteraria o sentido do que se pretende comunicar. Portanto, melhor seria a

    interpretao do verbo ASSISTIR como transitivo indireto, indicando a

    observao do fato exposto no perodo em que surge.

    Resposta Item realmente ruim; melhor mesmo foi ter sido anulado.

    1 Um homem do sculo XVI ou XVII ficaria espantado

    com as exigncias de identidade civil a que ns nos submetemos

    com naturalidade. Assim que nossas crianas comeam a falar, 4 ensinamos-lhes seu nome, o nome de seus pais e sua idade. (...)

    Philippe Aris. Histria social da criana e da famlia.

    Dora Flaksman (Trad.), p. 1-2 (com adaptaes).

    11. (Cespe/Abin/Oficial de Inteligncia/2008) O emprego da preposio

    antes do pronome, em a que (l. 2), atende regra gramatical que

    exige a preposio a regendo um dos complementos do verbo

    submeter.

    Comentrio A resoluo deste item precisa considerar dois ensinamentos

    importantes. O primeiro a prpria razo de ser desta aula e tratada nesta

    seo: regncia verbal. Realmente, o significado da forma verbal

    submetermos tomado como transitivo direto e indireto exige um

    complemento sem preposio (nos, pronome pessoal oblquo tono) e

    outro complemento regido pela preposio A (o objeto indireto). Mas qual

    mesmo esse complemento que deve ser preposicionado? o pronome

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    16

    relativo que, substituto semntico da expresso nominal as exigncias de

    identidade civil. O segundo ensinamento diz respeito colocao da

    preposio exigida pelo verbo que integra oraes subordinadas adjetivas

    (a que ns nos submetemos com naturalidade). Sim, a preposio exigida

    pelo verbo deve, em casos semelhantes, anteceder o pronome relativo

    introdutrio dessas oraes.

    Resposta Item certo.

    12. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opo que

    apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto.

    a) Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema que

    preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor, destacou. O presidente

    lembrou de que a expectativa inicial era de chegar ao patamar de 90%

    dos votos totalizados em todo o pas s 22 horas, mas o ndice foi

    alcanado s 19 h 30 min.

    b) Ao responder uma questo sobre os resultados apontados na apurao

    do segundo turno presidencial, o ministro Marco Aurlio considerou que,

    sem dvida alguma, a diferena maior de votos resulta por

    legitimidade para o candidato eleito. O ministro Marco Aurlio

    congratulou aos eleitores brasileiros que, mais uma vez, compareceram

    s urnas para exercer esse direito inerente cidadania, que o direito

    de escolher os representantes.

    Comentrio Alternativa A: apresenta dois problemas de regncia verbal.

    O primeiro deles o emprego da preposio de para reger o complemento

    da forma verbal lembrou. comum que algumas pessoas se atrapalhem

    com o uso dos verbos LEMBRAR/ESQUECER. Isso ocorre porque esses

    verbos apresentas variados regimes. Vamos a eles!

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    17

    a) Transitivos diretos quando conjugados sem auxlio do

    pronome (parte integrante do verbo): Esqueci o livro. Lembrou cada

    detalhe. Temos aqui: I) sujeito oculto: eu e ele; II) objeto direto: o livro e

    cada detalhe.

    b) Transitivos indiretos quando conjugados

    pronominalmente (parte integrante do verbo): Esqueci-me do livro.

    Lembrou-se de cada detalhe. O que temos agora? I) parte integrante do

    verbo: me e se; II) objeto indireto: do livro; de cada detalhe.

    c) Transitivos indiretos quando em construes nas quais a

    coisa esquecida assume a funo de sujeito e a pessoa (normalmente

    representada pelo pronome oblquo) representa o objeto indireto:

    Esqueceu-me o livro. Lembrou-me cada detalhe. Perceba: I) sujeito: o

    livro e cada detalhe; II) objeto indireto: me.

    De acordo com a explicao em A, voc pode entender que o

    verbo lembrou transitivo direto e a preposio de que o segue est

    sobrando no enunciado. Tambm est sobrando a preposio de que

    rege a orao subordinada substantiva predicativa chegar ao patamar de

    90% dos votos totalizados em todo o pas. A redao correta deve ser a

    seguinte: Estamos num caminho certo, no caminho que consagra o sistema

    que preserva, acima de tudo, a vontade do eleitor, destacou. O presidente

    lembrou que a expectativa inicial era chegar ao patamar de 90% dos votos

    totalizados em todo o pas s 22h, mas o ndice foi alcanado s 19h30min.

    Voltemos agora nossas atenes para a alternativa B, em que

    h trs problemas de regncia verbal. A primeira diz respeito ao regime do

    verbo RESPONDER, que pode ser empregado como:

    a) Transitivo direto e indireto (exige preposio A) com

    objeto direto representado por coisa e objeto indireto representado por

    pessoa: Respondi o telegrama ao amigo.

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    18

    b) Transitivo indireto (exige preposio A) com relao

    pergunta feita: Ele respondeu ao interrogatrio.

    c) Transitivo direto com relao ao que foi respondido ou

    resposta dada: Ele respondeu que no iria praia.

    Notem a ausncia da preposio A antes do complemento do

    verbo responder na passagem em surge, indicando erroneamente seu

    emprego como transitivo direto.

    E no s isso: o verbo RESULTAR, transitivo indireto, rege

    preposio EM e no por como est no texto. Por ltimo, o verbo

    CONGRATULAR transitivo direto, isto , seu complemento no necessita de

    preposio. Mas ele foi utilizado como verbo transitivo indireto. Caso seu

    emprego se desse com aspecto pronominal (congratular-se), seria tambm

    transitivo indireto, porm regendo preposio COM. O emprego da

    preposio a completamente descabido.

    Resposta Itens errados.

    (...) Desde ento,

    7 vm se impondo, entre especialistas ou no, a compreenso

    sistmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos e

    a necessidade de uma mudana nos comportamentos

    10 predatrios e irresponsveis, individuais e coletivos, a fim de

    permitir um desenvolvimento sustentvel, capaz de atender

    s necessidades do presente, sem comprometer a vida futura 13 sobre a Terra.

    Paulo Marchiori Buss. tica e ambiente.

    In: Desafios ticos, p. 70-1 (com adaptaes).

    13. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo) O emprego do sinal indicativo

    de crase em s necessidades (l. 12) obrigatrio; a omisso desse

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    19

    sinal provocaria erro gramatical por desrespeitar as regras de regncia

    estabelecidas pelo padro culto da linguagem.

    Comentrio A regncia aludida a do verbo atender (l. 11). Ento,

    voc precisa conhecer o regime dele para responder corretamente

    questo. ATENDER trnasitivo direto ou indireto (neste caso, exige

    preposio A), indiferentemente. Por exemplo: Atendi o chamado

    imediatamente. ou Atendi ao chamado imediatamene. Portanto, ao se

    empregar a crase na expresso s necessidades, esse verbo foi tomado

    como transitivo indireto. Igualmente correta estaria a construo as

    necessidades (sem sinal indicativo de crase), se o mesmo verbo fosse

    empregado com regncia transitiva direta.

    Resposta Item errado.

    Ateno! Seguem o mesmo regime de ATENDER os verbos SATISFAZER

    e PRESIDIR. O diretor presidiu a() reunio. Satisfarei (a)o teu desejo.

    1 O real no constitudo por coisas. Nossa

    experincia direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar

    que o real feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas),

    4 isto , de objetos fsicos, psquicos, culturais oferecidos

    nossa percepo e s nossas vivncias. (...)

    Marilena Chaui. O que ideologia, p. 16-8 (com adaptaes).

    14. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se as relaes de coerncia e

    a correo gramatical do texto ao se inserir a preposio de logo depois

    da forma verbal imaginar (l.2), escrevendo-se: (...) imaginar de que o

    real (...).

    Comentrio No difcil perceber que o verbo imaginar transitivo

    direto e que, por isso mesmo, seu complemento no vem regido por

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    20

    preposio (quem imagina, imagina algo). Logo, a preposio de no tem

    vez no segmento.

    Resposta Item errado.

    1 O poder poltico produto de uma conveno, no

    da natureza, como postulava Aristteles, e nasce juntamente

    com a sociedade, quando os homens decidem abrir mo de

    4 toda a sua liberdade natural, a fim de protegerem os seus

    direitos naturais, consubstanciados na propriedade, na vida,

    na liberdade e em outros bens. (...)

    Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituio e voto. In: Filosofia,

    cincia&vida. Ano III, n. 27, p. 40-1 (com adaptaes).

    15. (Cespe/Anatel/Analista/2009) Preservam-se a correo gramatical do

    texto e a coerncia entre os argumentos ao se substituir

    consubstanciados (l.5) por que consubstanciam.

    Comentrio A melhor maneira de perceber o equvoco reescrever a

    passagme como a banca indica: que consubstanciam na propriedade, na

    vida, na liberdade e em outros bens. Antes, o adjetivo-particpio exigia a

    preposio em (consubstanciados em qu?). Agora, a forma verbal

    consubstanciam (consubstanciam o qu?) possui regncia transitiva direta

    e dispensa a preposio.

    Resposta Item errado.

    Precisamos ainda conhecer a regncia de mais alguns verbos.

    ASPIRAR

    a) VTD = sorver, respirar: Gosto de aspirar o ar puro do campo.

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    b) VTI (prep. A) = desejar, almejar: O escriturrio aspira ao cargo de

    gerente.

    CHAMAR

    a) VTD = convocar, solicitar a presena: Chamei o professor.

    b) VTI (prep. POR) = invocar, pedir ajuda: Chamei por Deus.

    c) VTD ou VTI = qualificar, nomear, apelidar: Chamei-o patriota (de

    patriota) // Chamei-lhe patriota (de patriota).

    CUSTAR

    a) VTI (conjugado na 3 pessoa) = ser difcil, ser penoso: Custou-me

    entender este assunto.

    b) VTDI = acarretar: A imprudncia custou-lhe lgrimas amargas.

    c) VI = estabelecer preo: Este rdio custou vinte reais.

    IMPLICAR

    a) VTD = acarretar, trazer conseqncia: Teu nervosismo implicou a tua

    reprovao.

    b) VTI (prep. COM) = contender: Ela implica muito com o seu irmo.

    c) VTI (prep. EM) = pronominal: Implicou-se em situaes delicadas.

    INFORMAR/AVISAR/CIENTIFICAR/NOTIFICAR

    a) VTDI: Informei a prova ao aluno. Informei o aluno da (de + a) prova.

    1 A Organizao dos Estados Americanos (OEA)

    naufraga em um mar de alternativas regionais, cujo acento

    maior a excluso dos EUA. o caso da proposta de uma 4 nova organizao de pases da Amrica Latina e Caribe, que

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    22

    se junta a outras iniciativas do mesmo teor, como o Grupo do

    Rio e a UNASUL. O poder de Washington j fora avisado

    7 por instituies acadmicas norte-americanas de que a OEA

    corre o risco de perder vigncia. (...)

    Newton Carlos. Folha de S.Paulo, 18/12/2008 (com adaptaes).

    16. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) Em de que a OEA (l.7), o emprego

    de preposio de se deve regncia de avisado (l.6).

    Comentrio Usou-se o particpio do verbo avisar em construo de voz

    passiva. Perceba que O poder de Washington fora avisado de algo, ou

    seja, de que a OEA corre o risco de perder vigncia.

    Resposta Item certo.

    PREFERIR

    a) VTDI (seu complemento indireto regido pela preposio A): Prefiro

    cinema a televiso. Prefiro o cinema (a + a) televiso. (CERTO).

    Prefiro mais cinema do (de + o) que televiso. (ERRADO).

    Obs.: O significado de PREFERIR no admite gradaes (mais... que;

    menos... que; tanto... quanto). Alm disso, a preposio que rege seu

    complemento indireto , obrigatoriamente, A.

    VISAR

    a) VTD = mirar, ver: O caador visou o tigre.

    b) VTD = rubricar, dar visto: O gerente visou o cheque.

    c) VTI (prep. A)= almejar, ter como objetivo: Visamos ao bom ensino da

    linguagem.

    MORAR/RESIDIR/SITUAR

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    a) VI (prep. EM): Ela reside na (em + a) rua Dr. Nilo Peanha. (CERTO) /

    Ela reside (a + a) rua Dr. Nilo Peanha. (ERRADO)

    OBEDECER/DESOBEDECER

    a) VTI (prep. A): Obedeo a meu pai. No desobedea a seus pais.

    CRASE

    Vamos agora estudar os casos de ocorrncia (ou no) de

    crase, um fenmeno lingustico que consiste na pronncia de vogais

    idnticas e sequenciais em uma mesma slaba. Observe como isso se d nos

    versos do poeta Casemiro de Abreu:

    Teu pensamento como o Sol que morre

    H de cismando mergulhar-se em mgoas

    Durante a noite quando o orvalho desce.

    Entretanto, o que nos interessa nesta aula so apenas os casos

    de crase envolvendo a preposio A e a vogal A, que recebem notao

    grfica especfica (acento grave): .

    (18) Fomos (a + a) festa de aniversrio do nosso vizinho.

    Como regra geral, toda vez que um termo regente (seja nome,

    seja verbo) exigir preposio A e o termo regido vier determinado pelo

    artigo feminino A(S), a crase surgir e dever ser indicada pelo acento

    grave (`), como no exemplo acima. Analise estas questes de prova:

    17. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Hoje, o que funciona em

    Educao indicar professora o que realizar, dando-lhe a

    oportunidade de escolher os prprios mtodos.

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    24

    Comentrio Note que o verbo indicar requer dois complementos: um

    regido sem preposio (o que realizar) e outro regido pela preposio a

    (a professora), a qual se une ao artigo definido feminino a integrante do

    complemento indireto. Em outras palavras, vale o velho e bom

    ensinamento: indicar algo a (preposio) algum.

    Resposta Item certo.

    1 O real no constitudo por coisas. Nossa

    experincia direta e imediata da realidade leva-nos a imaginar

    que o real feito de coisas (sejam elas naturais ou humanas),

    4 isto , de objetos fsicos, psquicos, culturais oferecidos

    nossa percepo e s nossas vivncias. (...)

    Marilena Chaui. O que ideologia, p. 16-8 (com adaptaes).

    18. (Cespe/Anatel/Analista/2009) O sinal de crase em oferecidos nossa

    percepo e s nossas vivncias (l.4-5) indica que oferecidos tem

    complemento regido pela preposio a.

    Comentrio Sim, verdade o que foi declarado. O adjetivo-particpio

    oferecidos reclama preposio a para reger seu complemento (oferecido a

    quem?). Como os termos regidos admitem a presena do artigo feminino

    (singular no primeiro caso e plural no segundo), a crase surge

    naturalmente: a + a = ; a + as = s.

    Resposta Item certo.

    1 O Brasil e o Paraguai vo discutir a reviso do

    Tratado de Itaipu e uma possvel renegociao da dvida de

    US$ 19,6 bilhes da hidreltrica com o Tesouro Nacional. 4 A deciso foi tomada durante um encontro entre os

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    25

    presidentes Luiz Incio Lula da Silva e o paraguaio Fernando

    Lugo, paralelamente Cpula da Amrica Latina e Caribe.

    (...)

    Denise Chrispim Marin e Tnia Monteiro. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptaes).

    19. (Cespe/IRBr/Bolsa-prmio/2009) O sinal indicativo de crase em

    Cpula (l.6) justifica-se pela regncia de paralelamente, que exige

    preposio a, e pela presena de artigo definido feminino singular.

    Comentrio isso mesmo. O advrbio paralelamente requer

    a preposio a (paralelamente a que?), que se aglutina com o artigo

    singular a que determina a expresso Cpula da Amrica Latina e Caribe.

    Resposta Item certo.

    1 A Alemanha vai enfrentar a pior recesso desde a

    2. Guerra Mundial e j planeja, para 2009, um novo pa-

    cote de estmulo economia. (...)

    Jamil Chade. O Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptaes).

    20. (Cespe/IRBr/Bolsa-prmio/2009) O sinal indicativo de crase em

    economia (l.3) justifica-se pela regncia de planeja (l.2) e pela

    presena de artigo definido feminino.

    Comentrio Aqui o motivo outro. A regncia no do verbo planeja

    (que sequer pede preposio, pois transitivo direto); mas, sim, do

    substantivo estmulo (linha 3).

    Resposta Item errado.

    Tambm merecem destaque os casos de crase que surgem do

    encontro da preposio A com a letra A que inicia os pronomes

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    26

    demonstrativos AQUELA(S), AQUELE(S) e AQUILO, bem como com o A (=

    aquela) pronome demonstrativo.

    (19) O aluno referia-se quela questo anulada da prova.

    (20) O prmio foi dado que chegou primeiro.

    Em (23), a forma verbal referia-se (se parte integrante do

    verbo) transitivo indireto. Seu complemento regido pela preposio A,

    que se une ao A inicial do pronome demonstrativo aquela.

    Em (24), o complemento indireto de dado regido tambm

    pela preposio A, que se funde com o pronome demonstrativo A (=

    aquela).

    Vejamos outra questo de prova:

    21. (Cespe/CEF/Tcnico Bancrio/2006) Julgue os seguintes itens quanto

    concordncia e regncia.

    12% de desconto no IR, incidente sobre os rendimentos alcanados

    com a aplicao dos recursos, so permitidos aqueles contribuintes que

    tem aplicao no PREVINVEST da CAIXA.

    Comentrio Comentarei apenas o que se refere ocorrncia da crase

    neste exerccio. A expresso so permitidos deve fazer surgir um

    complemento indireto regido pela preposio A: algo permitido a algum.

    O termo que lhe serve de complemento indireto (aqueles... da CAIXA)

    iniciado pelo pronome demonstrativo aqueles. Pois bem, o encontro da

    preposio A com a letra A inicial do pronome demonstrativo implica a

    ocorrncia da crase: quelas, que no foi indicada no texto.

    Resposta Item errado.

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    27

    Passarei explicao de outros casos obrigatrios de emprego

    do acento grave indicativo de crase.

    1. Nas locues adverbiais femininas

    (21) Sairs s pressas.

    (22) Todos, uma, aplaudiram a deciso do professor.

    2. Nas locues prepositivas femininas

    (23) Vivia s expensas do (de + o) tio.

    (24) A polcia saiu procura da (de + a)quadrilha.

    Observao: a crase ser de rigor quando uma locuo

    prepositiva terminada por a estiver diante de artigo feminino que

    acompanha substantivo. Veja um exemplo abaixo.

    1 Creio que h evidncia contundente em favor do

    argumento de que os investimentos pblicos em pesquisa

    cientfica tm tido um retorno bastante compensador em

    4 termos da utilizao para o bem-estar social dos progressos

    cientficos obtidos. Por outro lado, creio tambm que se

    pode questionar, no somente quanto aplicao de

    7 conhecimentos cientficos com finalidades destrutivas ou

    nocivas humanidade e natureza, mas tambm quanto

    distribuio desses benefcios entre diferentes setores da sociedade.

    (...)

    Samuel Macdowell. Responsabilidade social

    dos cientistas. In: Estudos Avanados, vol. 2, n. 3,

    So Paulo, set.-dez./1988 (com adaptaes).

    22. (Cespe/Inpe/Tecnologista/2009) As ocorrncias de crase em

    aplicao (l.6) e humanidade e natureza (l.8) justificam-se pelo

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    28

    uso obrigatrio da preposio a nos complementos de questionar

    (l.6).

    Comentrio As ocorrncias da crase justificam-se por outro motivo. Na

    linha 6, o a final da locuo prepositiva quanto a contraiu-se com o artigo

    definido feminino da expresses a aplicao (repare que caso semelhante

    corre em quanto distribuio, nas linhas 7 e 8). Na linha 8, a crase suge

    em razo da regncia do adjetivo nocivas (nocivas a qu?) e da presena

    do artigo definido feminino das expresses a humanidade e a natureza.

    Resposta Item errado.

    3. Nas locues conjuntivas femininas

    (25) medida que estudo, mais aprendo.

    (26) proporo que vocs estudam, mais se aproximam da

    aprovao.

    4. Antes de pronome possessivo feminino substantivo (retornem

    aula 2, pgina 4, se vocs tiverem dvidas quanto ao que seja pronome

    substantivo)

    (27) Sou favorvel proposta dele e no sua.

    (28) Refiro-me a sua proposta e minha.

    5. Antes de nomes masculinos quando possamos subentender as

    palavras MODA, MANEIRA

    (29) Cortou cabelo (maneira de) prncipe Danilo.

    (30) Usava sapatos (moda) Lus XV.

    23. (Cespe/TSE/Analista Administrativo/2007) Assinale a opo que

    apresenta fragmento de texto gramaticalmente correto.

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    29

    O presidente do TSE, Marco Aurlio de Mello, atribuiu ao

    aprimoramento do processo eleitoral eletrnico avelocidade da

    totalizao dos votos. Nesta ltima eleio, oTSE bateu o recorde

    histrico, alcanando a totalizao de 90% dos votos s 19 h. s 21 h

    15 min, j haviam sido apuradas 99% das urnas.

    Comentrio No existe erro de natureza gramatical no fragmento em

    anlise. Ainda que haja outros aspectos gramaticais dignos de nota,

    ressaltarei somente o emprego correto e obrigatrio dos dois acentos graves

    indicativos de crase nas locues adverbiais s 19 h e s 21 h 15 min.

    Resposta Item certo.

    Obs.: As demais alternatias foram omitidas propositalmente, por no

    atenderem ao propsito desta aula. Peo que se acostumem com esta

    metodologia de estudo.

    H construes em que o fenmeno da crase pode ou no

    ocorrer. So casos facultativos de emprego do acento grave.

    1. Antes de nome prprio feminino (se for personagem histrica, o uso

    proibido)

    (31) Refiro-me a () Joana.

    (32) Refiro-me a Joana dArc.

    2. Antes de pronome possessivo feminino adjetivo.

    (33) Dedico a () minha irm todo o meu trabalho.

    Convm ressaltar que o emprego facultativo do acento deriva da

    possibilidade de se omitir o artigo feminino A que antecede pronomes

    possessivos femininos que acompanham substantivos.

    3. Quando o A (artigo) vem precedido pela preposio AT.

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    30

    (34) Correu at a () rvore.

    Se pensarmos na frase Correu at o poste, por exemplo,

    perceberemos que a preposio A (...at ao poste) no foi empregada

    comcomitantemente preposio at. Da vem a alegao de que o

    emprego da preposio A facultativo em casos semelhantes.

    Trabalho escravo:

    longe de casa h muito mais de uma semana

    (...) No conseguia dormir

    direito por no conseguir juntar dinheiro sequer para retornar

    19 minha cidade e rever a famlia, relatou. Quando uma

    fazenda no municpio paraense de Piarras foi fiscalizada em

    junho deste ano, Copaba foi localizado pelo Grupo Mvel,

    22 resgatado e recebeu de indenizao trabalhista mais de

    R$ 5 mil.

    Revista Trabalho. Braslia: MTE, ago./set./out./2008, p. 40-2 (com adaptaes).

    24. (Cespe/MTE/Administrador/2008) O sinal indicativo de crase em

    retornar minha cidade (l. 18-19) facultativo e a sua omisso

    preservaria os sentidos do texto e a correo das estruturas lingsticas.

    Comentrio O verbo retornar assim como outros verbos que indicam

    movimento, deslocamento rege as preposies a, de e para, conforme o

    significado da mensagem que se quer transmitir. Na passagem analisada,

    empregou-se a preposio A. Ao seu lado, consta um pronome possessivo

    feminino adjetivo (minha), que faculta a presena do artigo feminino A

    sem que haja prejuzo algum para os sentidos do texto.

    Resposta Item certo.

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    E h ainda os casos de crase proibida.

    1. Antes de nomes masculinos (35) Comprou a prazo.

    (36) Dei aquela cala a este homem.

    2. Antes de verbo. (37) Comeou a chover.

    3. Antes de pronome de tratamento (excees: SENHORA,

    SENHORITA, MADAME)

    (38) Referiu-se a Vossa Excelncia.

    4. Antes de pronomes oblquos (39) Dedico o meu trabalho a ela.

    5. Antes de pronomes indefinidos (40) Ofereci um presente a algum desta sala.

    6. Antes de artigo indefinido (41) Concedeu a bolsa de estudos a uma menina pobre.

    Voc deve comparar este exemplo com o (26), que traz uma

    locuo adverbial feminina e constitui-se em caso obrigatrio de crase.

    7. Quando o A precede palavras femininas no plural (42) Respondeu a cartas pouco elogiosas.

    Aqui, existe apenas a preposio A, em decorrncia da regncia

    da forma verbal Respondeu. A ausncia do artigo feminino plural (as)

    precedendo o substantivo cartas amplia, generaliza, indetermina o alcance

    semntico dele. Em resumo, o seguinte: nunca use crase na seguinte

    estrutura: singular (a) + plural (cartas).

    8. Quando a preposio A se encontra entre palavras idnticas

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    32

    (43) Perdeu o gol cara a cara com o goleiro.

    9. Com o pronome relativo CUJO(S), CUJA(S) (44) A pessoa a cuja filha me refiro estuda neste colgio.

    O a que surge antes do pronome relativo simplesmente a

    preposio exigida pela regncia do verbo pronominal REFERIR-SE. Como o

    pronome relativo CUJO (e suas variaes) no admite o uso de artigo que o

    acompanhe, no h o encontro de dois sons iguais.

    10. Com pronome relativo QUEM (45) A pessoa a quem me refiro estuda neste colgio.

    Vale tambm para este caso a explicao dada anteriormente.

    ATENO! necessrio ter cuidado com os pronomes relativos

    QUE e A QUAL. Em relao ao primeiro, a crase ocorrer se o termo

    anterior a ele (seja verbo, seja nome) reger preposio A e o termo

    seguinte for um dos pronomes demonstrativos A(S), AQUELA(S),

    AQUELE(S), AQUILO

    (46) Dirigi-me s que estavam de servio na recepo.

    Perceba que existe a contrao da preposio A, exigida pelo

    verbo DIRIGIR-SE, com o pronome demonstrativo AS (= aquelas).

    (47) Sou favorvel que chegou primeiro.

    Em relao ao pronome relativo A QUAL, a crase surgir se o

    termo posterior a ele reger preposio A, que dever ocupar posio

    imediatamente anterior ao pronome, contraindo-se com o A inicial que o

    integra.

    (48) A festa qual nos dirigimos comear agora.

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    11. Diante de qualquer preposio diferente de AT (49) Ele o esperava desde as oito horas.

    (50) O trabalho ficar pronto aps as seis horas.

    12. Diante de nome prprio feminino que designe personagens

    histricas, ilustres, celebridades ou entidades religiosas

    (51) Refiro-me a Joana dArc.

    (52) Rogou a Nossa Senhora que o ajudasse.

    13. Antes dos pronomes demonstrativos ESTA, ESSA (53) Chegamos a esta cidade h cinco anos.

    14. Quando se atribui ao substantivo valor semntico indefinido (54) Cristo no fazia jus a morte to humilhante.

    15. Antes da palavra DISTNCIA usada sem qualquer especificao (55) A vtima reconheceu o ladro a distncia.

    25. (Cespe/ME/Agente Administrativo/2008) Julgue os fragmentos de texto

    apresentados nos prximos itens com relao regncia e ao emprego

    do sinal indicativo de crase.

    a) Parece que a Educao anda bem atrasada em relao outras reas

    do conhecimento.

    b) Antigamente, dizia-se uma mestra exatamente o que ela deveria fazer

    e como deveria de proceder; existia um currculo bem especfico e

    fechado.

    Comentrio O fenmeno da crase no deve ocorrer em construes

    sintticas do tipo: preposio A seguida de palavra no plural, como em

    outras. Na dvida, volte ao ponto 7, exemplo (46). Tambm indevido o

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    34

    ancento grave indicativo de crase diante de artigo indefinido ( uma).

    Revise, se precisar, o ponto 6.

    Resposta Itens errados.

    (...)

    10 O aumento do emprego e os programas

    de transferncia de renda continuam a beneficiar mais as

    famlias que ganham menos, cujo consumo tende a aumentar

    13 proporcionalmente mais do que o das famlias de renda

    mais alta. A oferta de crdito, igualmente, atinge mais

    diretamente

    essa faixa. O Estado de S. Paulo, 7/4/2008 (com adaptaes).

    26. (Cespe/STF/Tcnico Judicirio/2008) Em tende a aumentar (l. 12),

    no h sinal indicativo de crase porque antes de forma verbal no se

    emprega artigo definido feminino.

    Comentrio Sim, isso mesmo. Esse a que surge entre os verbos

    simplesmente uma preposio, que articula a locuo verbal.

    Convm esclarecer que no se deve empregar artigo diante

    de verbo, exceto quando o propsito for substantiv-lo.

    Resposta Item certo.

    (...) Pelo acordo, denominado Registro

    7 Mundial de Gases que Causam o Efeito Estufa, as

    multinacionais passam a informar o seu grau de poluio do meio

    ambiente, atendendo a expectativas de acionistas, que

    10 cobram mais transparncia sobre o tema. Juntas, essas

    empresas so responsveis pela emisso de 800 milhes de

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    toneladas de dixido de carbono por ano, o que representa

    13 cerca de 5% das emisses mundiais.

    O Globo, 23/1/2004, p. 30 (com adaptaes)

    27. (Cespe/TCU/Tcnico de Controle Externo/2004) Caso se optasse por s

    expectativas em lugar de a expectativas (l. 9), o perodo em que se

    encontra essa expresso continuaria atendendo s exigncias da norma

    culta escrita.

    Comentrio Quando tratei de regncia verbal, expliquei que o verbo

    ATENDER admite complemento sem ou com preposio (neste caso, a

    preposio exigida A). Na passagem atendendo a expectativas de

    acionistas, optou-se pela regncia transitiva indireta desse verbo. No

    difcil perceber que o a empregado uma preposio; caso fosse artigo

    definido feminino, deveria flexinar-se em nmero para concordar com o

    substantivo expectativas. Tal o que ocorre na alterao proposta:

    atendendo s expectativas de acionistas. Como o verbo ATENDER continua

    com regncia transitiva indireta, o encontro da preposio A com o artigo

    definido AS d origem ao fenmeno da crase.

    Resposta Item certo.

    Obs.: Apesar de preservada a correo gramatical do perodo, a altero

    proposta acarreta a ele leve desvio semntico. Estando o artigo definido

    ausente, o substantivo expectativas tomado com valor indefinido:

    quaisquer expectativas. O emprego do artigo AS determina, define,

    restringe o alcance do significado do substantivo expdctativas.

    28. (Cespe/TCU/Tcnico de Controle Externo/2004) Sero respeitadas as

    regras gramaticais se for utilizado o sinal indicativo de crase no a que

    precede informar (l. 8).

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    Comentrio Quer saber de uma coisa? O Cespe adora elaborar questo

    de crase envolvendo a ocorrncia dela diante de verbo. J disse e repito:

    diante de verbo no deve existir crase. Trata-se de mais um caso proibido!

    Resposta. Item errado.

    1 opinio unnime entre os analistas polticos que, at agora,

    o melhor desempenho do governo Luiz Incio Lula da

    Silva est se dando no campo diplomtico. O primeiro

    4 grande xito foi a intermediao do conflito entre o

    presidente venezuelano Hugo Chves e seus opositores. O

    segundo grande xito dessa poltica refere-se s negociaes

    7 para a criao da rea de Livre Comrcio das Amricas

    (ALCA). Na ltima conferncia da Organizao Mundial do

    Comrcio (OMC), realizada no balnerio mexicano de Cancun,

    10 o Itamaraty, manobrando habilmente nos meandros da

    diplomacia internacional, impediu que os Estados Unidos da

    Amrica (EUA) escondessem seu protecionismo ferrenho atrs

    13 da propaganda do livre comrcio, que constitui a justificativa

    para a formao da ALCA. O mais recente xito de Lula na

    ordem internacional foi o discurso proferido na Assemblia

    16 Geral da Organizao das Naes Unidas (ONU), em Nova

    Iorque, quando props a criao de um comit de chefes de

    Estado para dinamizar as aes de combate fome e misria 19 em todo o mundo.

    Plnio de Arruda Sampaio. Poltica externa independente. In:

    Famlia Crist, ano 69, n. 815, nov./2003, p. 28-9 (com adaptaes).

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    29. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodovirio Federal/2004) Na linha 6, o sinal

    indicativo de crase deve ser mantido, caso se prefira a redao

    refere-se negociaes.

    Comentrio Voc j sabe que no pode haver crase em construes

    sintticas do tipo: singular (a) + plural (negociaes). Nesses casos, o a

    que surge preposio exigida pelo termo regente. Para haver crase,

    necessrio que o substantivo surja acompanhado pelo artigo feminino as,

    semelhantemente ao que ocorre no texto original.

    Resposta Item errado.

    30. (Cespe/MJ/DPRF/Policial Rodovirio Federal/2004) Os sinais indicativos

    de crase em combate fome e misria (l. 18) podem ser eliminados

    sem prejuzo para a correo do perodo.

    Comentrio Antes de tudo, observe que agora o termo regente no

    mais um verbo, e sim um nome: combate (substantivo derivado do verbo

    combater). No texto original, o significado semntico dos seus

    complementos (a fome e a misria) esto determinados pelo artigo feminino

    a que antecede cada um deles. A contrao desse artigo com a preposio

    a exigida pela regncia do nome combate faz surgir a crase, indicada

    pelo acento grave em fome e misria. Ao se prefrir indeterminar o

    valor semntico dos substantivos fome e misria, deve-se retirar deles o

    artigo a que os acompanha, elimando assim a ocorrncia de crase. Dessa

    forma, o perodo continuaria gramaticalmente correto; porm com leve

    desvio semntico.

    Resposta Item certo.

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    Considerando que os fragmentos apresentados nos prximos dois itens

    constituem partes sucessivas de um texto de Jamil Chade (O Estado

    de S. Paulo, 18/12/2008), julgue-os quanto correo gramatical.

    31. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) A notcia obrigou a chanceler Angela

    Merkel anunciar um novo pacote de incentivo a economia que ser

    implementado partir de janeiro. O pacote incluiria bilhes de euros

    para obras de infraestrutura, comunicaes e renovaes de escolas.

    Comentrio No trecho incentivo a economia houve omisso do acento

    grave indicativo de crase, que se justifica pela contrao da preposio a

    regida pela nome incentivo (incentivo a qu?) e pelo artigo definido

    feminino a que acompanha o substantivo economia.

    Na expresso partir, a crase desautorizada, pois o

    vocbulo paritr verbo. Diante de verbo no h crase.

    O verbo obrigar foi usado como bitransitivo (obrigou

    algum a algo..). Seu objeto direto o termo a chanceler Angela Merkel;

    seu objeto indireto (regido pela preposio a) a orao iniciada pelo verbo

    anunciar. Note a ausncia da preposio.

    Resposta Item errado.

    32. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) Ataques Merkel esto fazendo que

    ela perca popularidade, mesmo diante do pacote de mais de US$ 60

    bilhes e incentivos fiscais anunciados em novembro. Ela ainda vista

    como tendo hesitando em apoiar um estrategismo europeu de combate

    a crise.

    Comentrio A crase no deveria ocorrer diante do nome Merkel. Apesar

    de ser nome feminino, ele se refere a uma personagem ilustre. Mas a crase

    tem lugar na expresso combate a crise. O termo regente pede preposio

    a e o substantivo admite o artigo a.

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    Resposta Item errado.

    Considerando que o fragmento constitui parte de um texto adaptado de

    O Globo (18/12/2008), julgue-o quanto correo gramatical.

    33. (Cespe/IRBr/Bolsas-prmio/2009) Em nota, a OPEP justificou o corte,

    afirmando que o volume de petrleo que entra no mercado continua

    bem acima da demanda atual. Alm disso, o impacto da grave

    retrao da economia global levou a destruio da demanda, resultando

    em uma presso de queda com os preos sem precedentes.

    Comentrio O verbo levar transitivo indireto no sentido de acarretar ou

    conduzir e requer preposio a para reger seu complemento: a destruio

    da demanda. Como esse complemento admitiu o artigo definido a, a crase

    deveria ter sido indicada por meio do acento grave.

    Resposta Item errado.

    REDAO DE CORRESPONDNCIAS OFICIAIS

    Reservei para este encontro todas as questes sobre redao de

    correspondncias oficiais cobradas na prova que o Cespe elaborou para o

    concurso de analista do DETRAN/DF em 2009. A escolha deve-se

    abrangncia das questes. Alm delas, h tambm questes mais recentes

    de outros concursos organizados pela mesma banca examinadora.

    Texto para os itens 34 a 42

    Considere que Juarez Alencar Cabral, candidato ao cargo de Analista de

    Trnsito do DETRAN/DF, desejando dedicar-se integralmente ao estudo

    dos contedos que seriam exigidos nas provas do respectivo concurso,

    tenha redigido, em tom gracioso, a seguinte carta para sua noiva.

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    BSB, 8/3/2009.

    Excelentssima Senhorita:

    1. O abaixo-assinado, aluno compulsivo de cursos

    preparatrios para concursos pblicos, dotado da esperana

    frrea de se tornar brevemente um eminente funcionrio

    pblico, vem, mui respeitosamente, por meio desta informar

    a Vossa Senhoria que se inscreveu para o provimento de

    vaga no cargo de Analista de Trnsito do DETRAN/DF, e, por

    esse relevante motivo, suspende por tempo indeterminado o

    noivado que mantm com a Excelentssima Senhorita, para

    se dedicar integralmente ao estudo das matrias constantes

    do respectivo edital.

    2. Aproveito o ensejo para manifestar-lhe tambm,

    outrossim, a inteno de retomar, to logo seja aprovado,

    minhas funes de noivo junto a Vossa Excelentssima, haja

    visto o grande amor que te devoto.

    3. Reitero protestos de estima e considerao.

    J.A.Cabral JUAREZ ALENCAR CABRAL

    34. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A forma de identificao do signatrio

    da carta coincide com a recomendada para as comunicaes oficiais,

    que deve conter os seguintes elementos: a assinatura do remetente, a

    linha contnua para se apor a assinatura, o nome da autoridade que

    expede a comunicao grafado em maisculas e o alinhamento

    centralizado.

    Comentrio EXCETO QUANDO SE TRATAR DE DOCUMENTOS

    ASSINADOS PELO PRESIDENTE DA REPBLICA, a identificao do

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    41

    signatrio nas correspondncias oficiais deve trazer digitados o nome e o

    cargo da autoridade que as expede, abaixo do local de sua assinatura. Veja

    o modelo abaixo:

    (espao para assinatura) NOME

    Ministro de Estado da Justia

    Note que no se deve usar um trao acima do nome para

    assinatura. O nome da pessoa escrito com todas as letras em maisculas.

    O cargo escrito apenas com as iniciais maisculas. Tudo centralizado na

    folha.

    Observao: recomenda-se no deixar a assinatura em

    pgina isolada e transferir para essa pgina pelo menos a ltima frase

    anterior ao fecho.

    Resposta Item errado.

    35. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) O fecho que consta na carta

    empregado durante muito tempo em expedientes oficiais de variada

    natureza permitido, atualmente, somente em mensagens cujo

    signatrio seja servidor que se dirija a ocupante de cargo

    imediatamente superior.

    Comentrio O fecho mencionado encontra-se no terceiro pargrafo e tem

    a finalidade de marcar o final do texto e saudar o destinatrio. Acontece que

    ele, o fecho, no numerado como os demais pargrafos. Alm disso, os

    fechos utilizados atualmente nos documentos oficiais so os seguintes:

    Respeitosamente, para autoridades superiores, inclusive

    quando se tratar do presidente da Repblica;

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    Atenciosamente, para autoridades de mesma hierarquia

    ou de hierarquia inferior.

    Ficam excludas as comunicaes dirigidas a autoridades

    estrangeiras, que atendem a rito e tradio prprios.

    Resposta Item errado.

    36. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A variedade de tratamento verificada

    na carta, tanto no emprego de pronomes pessoais quanto no de

    pronomes de tratamento, no deve ocorrer em documentos oficiais,

    pois compromete a modalidade de linguagem que deve ser empregada

    em redao oficial.

    Comentrio Abaixo, apresento um quadro-resumo das formas de

    tratamento convenientes redao oficial.

    AUTORIDADES FORMA DE

    TRATAMENTO ABREVIATURA VOCATIVO ENVELOPE

    Presidente da Repblica; Presidente do Congresso Nacional; e Presidente do Supremo Tribunal Federal.

    Vossa ou Sua Excelncia

    V. Ex. Excelentssimo Senhor + cargo

    A Sua Excelncia o Senhor Presidente da(o)... Nome Instituio Cep Cidade. UF

    Vice-Presidente; Ministros de Estado; Chefe do Gabinete de Segurana Institucional; Advogado-Geral da Unio; Chefe da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica; Chefe da Corregedoria Geral da Unio; Chefe da Casa Civil da Presidncia da Repblica; Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal; Oficiais-Generais das Foras Armadas; Embaixadores; Secretrios-Executivos de Ministrios e demais ocupantes de cargos de natureza especial; Secretrios de Estado dos Governos Estaduais; Prefeitos Municipais; Deputados Federais e Senadores; Membros de Tribunais; Ministro do Tribunal de Contas da Unio; Deputados Estaduais e Distritais;

    Vossa ou Sua Excelncia

    V. Ex. Senhor + cargo

    A Sua Excelncia o Senhor Nome Cargo Instituio Endereo Cep Cidade. UF

    Para Ministros: A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal Ministro de Estado (seguido da respectiva pasta) Cep Cidade. UF

    Para Deputados e Senadores: A Sua Excelncia o Senhor Deputado ou Senador Fulano de Tal Cmara ou Senado Federal Cep Cidade. UF

    Para Juzes: A Sua Excelncia o Senhor Fulano de Tal

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    43

    Presidentes das Cmaras Legislativas e Municipais; Juzes; Auditores da Justia Militar; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Ministros dos Tribunais Superiores.

    Juiz de Direito da 2 Vara Cvel Endereo

    Demais autoridades e particulares

    Vossa ou Sua Senhoria V.S.

    Senhor + cargo ou para autoridade que no possuir cargo: Senhor Fulano de Tal

    Ao Senhor Nome Cargo (quando houver) Endereo

    Reitores de Universidades Vossa ou Sua Magnificncia

    V.M. Magnfico Reitor

    Ao SenhorNome Magnfico Reitor Universidade de.... Endereo

    Papa Vossa ou Sua Santidade

    V.S. Santssimo Padre

    Santssimo Padre Papa Fulano de Tal Palcio do Vaticano Endereo

    Cardeais

    Vossa ou Sua Eminncia ou Vossa Eminncia Reverendssima

    V.Em. ou

    V.Em. Revm.

    Eminentssimo Senhor Cardeal ou Eminentssimo e Reverendssimo Senhor Cardeal

    A Sua Excelncia Reverendssima o Senhor Nome Cargo seguido da instituio Endereo

    Arcebispos e Bispos Vossa ou Sua Excelncia Reverendssima

    V. Ex. Revm. Excelentssimo ou Reverendssimo Senhor + ttulo

    A Sua Excelncia Reverendssima o Senhor Nome Cargo + instituio Endereo

    Sacerdotes, Clrigos e demais religiosos

    Vossa ou Sua Reverncia

    V. Rev. Reverendo Ao Reverendo Senhor (nome) Endereo

    Quanto ao tratamento protocolar, o inciso I do artigo 41 da lei n

    8.625/93 equipara os membros do MPU aos do Poder Judicirio

    (Vossa/Sua Excelncia).

    Como voc pode perceber, as formas Excelentssima Senhorita

    e Vossa Excelentssima destoam completamente do padro admitido nas

    correspondncias oficiais.

    Note ainda o tom jocoso da mensagem. Na redao oficial, a

    linguagem deve caracterizar-se pela sobriedade; a uniformidade de

    tratamento, pela polidez.

    Resposta Item certo.

    37. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A carta, apesar de escrita em tom

    jocoso, segue a norma de numerao que deve ser aplicada aos

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    pargrafos contidos no texto do padro ofcio, princpio que tem o

    objetivo de facilitar a aluso a qualquer informao do documento.

    Comentrio Antes de tudo, voc sabe o que padro ofcio? Eu explico.

    Existem trs tipos de documentos que se DIFERENCIAM ANTES PELA

    FINALIDADE do que pela forma: o ofcio, o aviso e o memorando. Com o

    intuito de uniformiz-los, pode-se adotar uma diagramao nica, que siga o

    que chamamos de padro ofcio.

    A respeito da numerao dos pargrafos, realmente ela deve

    existir, exceto nos casos em que os pargrafos estejam organizados em

    itens ou ttulos e subttulos.

    O problema est, como j disse anteriormente, no fato de

    ter-se numerado o fecho, assemelhando-o aos pargrafos anteriores. Res-

    posta Item errado.

    38. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Caso se tratasse de ofcio expedido

    em repartio pblica, a carta teria de sofrer vrias alteraes. Uma

    delas a necessidade de fazer constar, margem esquerda superior, o

    tipo e o nmero do expediente, seguidos da sigla do rgo que o

    expede.

    Comentrio Uma das partes que o aviso, o ofcio e o memorando

    devem conter justamente o tipo e o nmero do documento, seguido da

    sigla do rgo que o expede, tudo alinhado esquerda. Veja abaixo alguns

    exemplos.

    Memorando n 123/2002-MF

    Aviso n 123/2002-SG Ofcio

    n 123/2002-MME

    Resposta Item certo.

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    39. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A indicao de local e data da carta

    est em conformidade com as normas do padro ofcio expostas no

    Manual de Redao da Presidncia da Repblica.

    Comentrio Nos documentos que seguem o padro ofcio, a indicao do

    local e da data de assinatura feita por extenso e com alinhamento

    direita, conforme o exemplo abaixo:

    Braslia, 28 de abril de 2010.

    Resposta Item errado.

    Em relao a expresses e palavras empregadas na carta, julgue os

    itens seguintes.

    40. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo pargrafo, seria

    adequado substituir haja visto por qualquer uma das seguintes

    expresses: dado, tendo em vista, haja vista.

    Comentrio Mesmo em se tratando de documentos oficiais, a linguagem

    dos textos deve sempre pautar-se pelo padro culto, formal da lngua. No

    aceitvel, portanto, que neles constem coloquialismos ou expresses de uso

    restrito a determinados grupos, que comprometeriam sua prpria

    compreenso pelo pblico. Acrescente-se que indesejvel tambm a

    repetio excessiva de uma mesma palavra quando h outra que pode

    substitu-la sem prejuzo ou alterao de sentido.

    A expresso haja visto no est de acordo com as normas de

    concordncia da Lngua Portuguesa. O segundo elemento, visto,

    invarivel e permanece vista, independentemente do termo a que se refere.

    Sendo assim, a substituio por haja vista mais do que adequada. Ela

    necessria.

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    46

    As demais expresses sugeridas pela banca examinadora tambm

    trazem a noo de causa ou motivo daquilo que declarado anteriormente.

    Portanto so equivalentes semanticamente expresso haja vista.

    Note ainda a concordncia em masculino singular do vocbulo

    dado com o substantivo amor.

    Resposta Item certo.

    41. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) No segundo pargrafo, o advrbio

    outrossim, frequente em expedientes oficiais, est empregado de

    forma redundante por estar antecedido do advrbio tambm.

    Comentrio Um bom texto deve ser pautado tambm pela conciso e

    objetividade, caractersticas importantes das correspondncias oficiais.

    Conciso e objetivo o texto que transmite um mximo de

    ideias com um mnimo de palavras. Significa dizer que o redator deve

    eliminar palavras inteis, redundantes, passagens que nada acrescentam ao

    que j foi dito.

    Isso diz respeito economia lingustica, que no deve ser

    confundida com a economia de pensamento. Logo, as informaes

    essenciais de um texto no devem ser suprimidas simplesmente para

    torn-lo menor.

    Ressalte-se ainda que chaves, jarges, clichs e outras

    repeties suprfluas devem ser evitados, tais como:

    - Aproveitamos o ensejo/a oportunidade;

    - Estamos a sua inteira disposio para quaisquer

    esclarecimentos;

    - Sem mais nada para o momento;

    - Tem a presente a finalidade de;

    - Vimos por meio desta;

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    - Outrossim/destarte/mui

    - De posse de seu ofcio.

    Resposta Item certo.

    42. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) A expresso vem (...) por meio

    desta, utilizada no primeiro pargrafo, apesar de ser considerada

    redundante em comunicaes oficiais, tem seu emprego recomendado

    quando se quer assegurar o entendimento correto do texto.

    Comentrio Releia o que foi dito no comentrio anterior e saiba que o

    que contribui para o correto entendimento do texto so a clareza, a

    conciso, a observncia das normas gramaticais, a coerncia das

    informaes transmitidas, a preferncia pela construo de perodos curtos e

    de frases na ordem direta.

    Resposta Item errado.

    Julgue os itens de 43 a 47 quanto ao emprego da norma escrita formal

    em comunicaes oficiais.

    43. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Ambas as construes sero tidas

    como corretas, se figurarem em um expediente oficial: 1. Esses so os

    recursos de que o Estado dispe. 2. O Governo insiste que a negociao

    importante.

    Comentrio Como j comentei aqui, a escrita correta dos vocbulos e as

    construes sintticas em conformidade com as normas gramaticais devem

    nortear a elaborao de qualquer texto. Isso inclui os textos elaborados pela

    Administrao Pblica.

    O primeiro perodo apresentado no comando da questo est

    correto em todos os aspectos. Note o emprego da preposio de antes do

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    pronome relativo que. Ela surge para atender a regncia da forma verbal

    dispe (quem dispe, dispe de algo). Nas oraes subordinadas

    adjetivas, a preposio exigida pelo verbo deve anteceder o pronome

    relativo, a exemplo do que ocorreu em 1.

    Correto tambm est o segundo perodo. Observe agora a

    ausncia da preposio regida pela forma verbal insiste (quem insiste,

    insiste em algo). Ocorre que a preposio exigida pelo verbo da orao

    principal (O governo insiste) tem seu emprego facultado diante de oraes

    subordinadas substantivas objetivas indiretas (que a negociao

    importante).

    Resposta Item correto.

    44. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Considerando-se que a mesclise

    desaconselhvel em expedientes oficiais, prefervel iniciar perodo

    com a construo Lhe enviaremos mais informaes oportunamente a

    inici-lo com a construo Enviar-lhe-emos mais informaes

    oportunamente.

    Comentrio Toda regra contida na gramtica normativa emprega-se

    tambm nos documentos oficiais. As regras que tratam de colocao dos

    pronomes oblquos tonos so exemplos disso.

    Lembre-se de que a mesclise o emprego do pronome

    oblquo tono no interior do verbo, assinalado na escrita pela presena de

    dois hifens, um antes e outro depois (Enviar-lhe-emos). Ocorre com

    verbos flexionados no futuro do presente e no futuro do pretrito do modo

    indicativo, desde que no haja palavra atrativa que force o pronome a

    ocupar posio anterior ao verbo, isto , posio procltica (No lhe

    enviaremos...)

    Resposta Item errado.

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    45. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Foram empregadas com correo

    semntica todas as palavras sublinhadas nos seguintes perodos:

    Optou-se por uma dissenso lenta e gradual ao se reintroduzir o pas ao

    Estado de Direito. Tratar o pblico com distino obrigao de todo

    atendente de repartio pblica. A discusso do projeto de lei tornou-se

    acirrada quando afloraram as distenses nas hostes oposicionistas.

    Comentrio Devemos tomar cuidado com palavras parecidas na grafia e

    na pronncia, mas com sentidos diferentes. Elas so conhecidas por

    parnimos.

    A primeira palavra sublinhada (dissenso) significa, de

    acordo com o dicionrio Houaiss:

    1 falta de concordncia a respeito de (algo); divergncia,

    discrepncia

    2 estado de litgio; desavena, conflito, disputa

    Ex.: as d. entre os nobres na Idade Mdia prejudicavam o

    povo

    3 caracterstica daquilo que discrepa; oposio

    Para ter coerncia, a informao transmitida deveria trazer a

    palavra desceno, cujo significado , ainda de acordo com o mesmo

    dicionrio:

    ato, processo ou efeito de descer; descenso, descida

    1 movimento descendente; descida, deposio

    2 efeito desse movimento

    Ex.: a D. da Cruz (falando de Jesus Cristo, p.ex.)

    3 Estatstica: pouco usado.

    decrescimento, decrscimo, diminuio

    Ex.: a d. de um ndice econmico

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    4 ato ou efeito de declinar, cair

    Ex.: d. do sol no horizonte

    5 Rubrica: geografia.

    O vocbulo distino, que expressa as ideias abaixo, est

    empregado adequadamente:

    3 boa educao; elegncia, finura, discrio

    Ex.: todos elogiaram a simpatia e a d. da anfitri

    4 maneira honesta, correta e impecvel de proceder

    Ex.: pode confiar nesta oficina, o dono age sempre com a

    maior d.

    Por ltimo, a palavra distenses, em um contexto

    scio-poltico, significa diminuio ou trmino das tenses entre pases,

    entre a populao, ou parte dela, e o governo, entre grupos dentro de uma

    sociedade etc. Melhor seria, portanto, empregar o vocbulo dissenses.

    Resposta Item errado.

    46. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Na elaborao de texto oficial, como

    norma geral, deve ser evitada a repetio de palavras, buscando-se

    sinnimo ou termo mais preciso para substituir a palavra repetida. No

    entanto, se a substituio comprometer a inteligibilidade e a coeso do

    texto, recomenda-se manter a repetio.

    Comentrio A inteligibilidade do texto oficial diz respeito clareza e

    objetividade da linguagem usada. A necessidade de empregar determinado

    nvel de linguagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado, do

    prprio carter pblico desses atos e comunicaes; de outro, de sua

    finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos como atos de carter normativo,

    ou estabelecem regras para a conduta dos cidados, ou regulam o

    funcionamento dos rgos pblicos, o que s alcanado se, em sua

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    elaborao, for empregada a linguagem adequada. O mesmo se d com os

    expedientes oficiais, cuja finalidade precpua a de informar com clareza e

    objetividade.

    As comunicaes que partem dos rgos pblicos devem ser

    compreendidas por todo e qualquer cidado brasileiro. Para atingir esse

    objetivo, h que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados

    grupos. No h dvida que um texto marcado por expresses de circulao

    restrita, como a gria, os regionalismos vocabulares ou o jargo tcnico, tem

    sua compreenso dificultada.

    Ressalte-se que h necessariamente uma distncia entre a

    lngua falada e a escrita. Aquela extremamente dinmica, reflete de forma

    imediata qualquer alterao de costumes, e pode eventualmente contar com

    outros elementos que auxiliem a sua compreenso, como os gestos, a

    entoao, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores responsveis por

    essa distncia. J a lngua escrita incorpora mais lentamente as

    transformaes, tem maior vocao para a permanncia, e vale-se apenas

    de si mesma para comunicar.

    A lngua escrita, como a falada, compreende diferentes

    nveis, de acordo com o uso que dela se faa. Por exemplo, em uma carta a

    um amigo, podemos nos valer de determinado padro de linguagem que

    incorpore expresses extremamente pessoais ou coloquiais; em um parecer

    jurdico, no se h de estranhar a presena do vocabulrio tcnico

    correspondente. Nos dois casos, h um padro de linguagem que atende ao

    uso que se faz da lngua, a finalidade com que a empregamos.

    O mesmo ocorre com os textos oficiais: por seu carter

    impessoal, por sua finalidade de informar com o mximo de clareza e

    conciso, eles requerem o uso do padro culto da lngua. H consenso de

    que o padro culto aquele em que

    a) se observam as regras da gramtica formal, e

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    b) se emprega um vocabulrio comum ao conjunto dos

    usurios do idioma.

    importante ressaltar que a obrigatoriedade do uso do

    padro culto na redao oficial decorre do fato de que ele est acima das

    diferenas lexicais, morfolgicas ou sintticas regionais, dos modismos

    vocabulares, permitindo, por essa razo, que se atinja a pretendida

    compreenso por todos os cidados.

    Lembre-se de que o padro culto nada tem contra a

    simplicidade de expresso, desde que no seja confundida com pobreza de

    expresso. De nenhuma forma o uso do padro culto implica emprego de

    linguagem rebuscada, nem dos contorcionismos sintticos e figuras de

    linguagem prprios da lngua literria.

    Pode-se concluir, ento, que no existe propriamente um

    padro oficial de linguagem; o que h o uso do padro culto nos atos e

    comunicaes oficiais. claro que haver preferncia pelo uso de

    determinadas expresses, ou ser obedecida certa tradio no emprego das

    formas sintticas, mas isso no implica, necessariamente, que se consagre a

    utilizao de uma forma de linguagem burocrtica. O jargo burocrtico,

    como todo jargo, deve ser evitado, pois ter sempre sua compreenso

    limitada.

    A linguagem tcnica deve ser empregada apenas em

    situaes que a exijam, sendo de evitar o seu uso indiscriminado. Certos

    rebuscamentos acadmicos, e mesmo o vocabulrio prprio a determinada

    rea, so de difcil entendimento por quem no esteja com eles

    familiarizado. Deve-se ter o cuidado, portanto, de explicit-los em

    comunicaes encaminhadas a outros rgos da administrao e em

    expedientes dirigidos aos cidados.

    Resposta Item certo.

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    47. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Esto corretamente empregados os

    homnimos destacados em negrito no seguinte perodo: A

    administrao de um medicamento raramente prescrito no Brasil

    acabou de ser proscrita nos EUA.

    Comentrio Recorramos novamente ao dicionrio Houaiss. O vocbulo

    prescrito foi adequadamente empregado com a acepo de ordenado

    explicitamente, que se prescreveu. A expresso proscrita significa a

    qualidade daquilo que foi proibido, censurado, interdito. Portanto, tambm

    coerente com o significado do texto.

    Fao aqui apenas uma observao. Essas palavras no so

    homnimos, mas sim parnimos. Lembre-se de que homnimos tm a

    pronncia ou a grafia iguais.

    ascender (elevar-se) / acender (atear fogo): homnimos

    homfonos (mesma pronncia)

    pelo (forma verbal, pronncia aberta) / pelo (substantivo,

    pronncia fechada) homnimos homgrafos

    H ainda os homnimos perfeitos, palavras que possuem a

    pronncia e a grafia iguais, mas continuam com significados distintos.

    so (forma verbal) / so (qualidade de quem est bem de

    sade)

    Parnimos so palavras que possuem tudo distinto:

    pronncia, grafia e significado, exatamente como ocorre em relao s

    palavras em negrito no enunciado.

    Resposta O gabarito oficial informou item certo. Julgo que a anulao

    seria melhor.

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    A respeito da redao de expediente, julgue os prximos itens.

    48. (Cespe/Detran-DF/Analista/2009) Em ofcio dirigido a uma senadora e

    cujo signatrio seja um diretor de um rgo pblico, devero ser

    empregados o vocativo Senhora Senadora, e o pronome de

    tratamento Vossa Excelncia, devendo estar flexionados no feminino

    os adjetivos que se refiram destinatria, com