PortugUES FCC Superior Prova1 PACCO

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    Marcos Pacco

    glria alves

    Questes Comentadasde Portugus

    PROVAS FCC

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    TODOS OS DIREITOS RESERVADOS De acordo com a Lei n. 9.610, de 19.02.1998, nenhuma

    par te deste liv ro pode ser otocopiada, gravada , rep rod uzida ou arm azenad a em um sistema derecuperao de inormaes ou transmitida sob qualquer orma ou por qualquer meio eletrnico

    ou mecnico sem o prvio consentimento do detentor dos direitos autorais e do editor.

    Editora Sintagma SIG, Quadra 1, Lote 985 a 1.050, Braslia/DFCentro Empresarial Parque Braslia Sala 21SE CEP: 70610-410 Tel.: (61) 3344 7258

    Editor

    Marcos Pacco

    Conselho Editorial

    Renata Ribeiro

    Lucas Ribeiro

    Ronaldo Silva

    DiagramadorSdney Baptista

    Capa

    Guilherme Alcntara

    Reviso

    Viviane Novais

    Ficha catalogrfca

    Kassandra Trindade CRB-1 / 1979

    P114Pacco, Marcos, 1974-.

    Questes comentadas de portugus : provas FCC / Marcos Pacco,Glria Alves. Braslia : Sintagma, 2012. (Coleo questes comentadas ;

    v. 7).

    246 p. ; 23 cm.

    ISBN: 978-85-65306-12-6

    1. Lngua portuguesa Brasil. 2. Lngua portuguesa Problemas,questes, exerccios Brasil. I. Ttulo. II. Alves, Glria.

    CDU: 811.134.3(079.1)(81)

    CDD: 469.7

    07/2012 Editora Sintagma

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    Ao meu Mestre, Jesus Cristo, minha fonte de vida.Aos meus familiares, minha fonte de apoio.

    Aos meus alunos, minha fonte de inspirao.

    Marcos Pacco

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    Ao meu Dono e Senhor de minha vida, Jesus Cristo.A Henrique Alves, meu amado esposo, grande amigo e

    incentivador.

    A minha linda famlia, e em especial ao jovem Daniel Seiert, e a

    meus pais, que, como echa, lanaram-me aqui.

    A minha Riqueza, por cuidar com carinho de meus pequeninos

    Isaac e Gabriela.

    Ao querido amigo Pacco, grande professor, pela oportunidade

    de trabalhar ao seu lado

    Glria Alves.

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    ndice POR PROVAS

    1Apresentao, 11

    2 Precio, 13

    3COPERGS/Analista Administrador/2011, 17

    4 TCE-SE/Analista de Controle Externo/Coordenadoria de Engenharia/2011, 49

    5 Nossa Caixa/Analista de Sistemas I/ 2011, 85

    6 TRE-AP/Analista Judicirio Administrativa/2011, 105

    7 TRE-RN/Analista Judicirio Administrativo/2011, 131

    8 TRE-TO/Analista Judicirio Administrativo/2011, 163

    9 TRF 1/Analista Judicirio Administrativo/2011, 177

    10 TRT 23/Analista Judicirio Administrativo/2011-3, 211

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    APReSentAO

    E ste livro o stimo volume da Coleo QUESTES COMENTADAS.Nesta oportunidade, comentamos algumas provas de uma das melhorese maiores bancas examinadoras do Brasil: Fundao Carlos Chagas.Acreditamos que, assim como um atleta profssional precisa dedicar-se

    profcuamente aos treinos sicos para obter xito nas competies, os

    concursandos e vestibulandos precisam dedicar-se ao treino intelectual

    para alcanarem a to sonhada vaga no servio pblico ou na universidade,

    respectivamente.

    Resolver questes de provas anteriores , comprovadamente, um dos

    mtodos mais efcazes de preparao para concursos e vestibulares. A fm deauxiliar os candidatos na busca pela aprovao, a Editora Sintagma convidou

    proessores de Lngua Portuguesa, dos melhores cursos preparatrios do Brasil,

    para resolver e comentar questes de diversas bancas que realizam concursos

    em nosso pas.

    Destarte, concursandos e vestibulandos tero acesso a questes comentadas

    do Cespe, da Consulplan, da Universa, da FVG, da FCC, da Cesgranrio e de

    algumas outras bancas, em conormidade com o contedo programticocomumente divulgado nos editais.

    Cremos ter eito um bom trabalho. Entretanto, quaisquer crticas e sugestes

    que visem ao apereioamento desta obra sero bem-vindas.

    Bons estudos!

    O Editor

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    H quinze anos, tenho-me dedicado ao ensino de Lngua Portuguesa para

    candidatos a concursos pblicos e vestibulares, em algumas regies dopas, principalmente na Capital da Repblica. No incio de minha carreira,

    percebia a difculdade dos alunos para ter acesso a provas anteriores, a fm de

    conhecer o estilo da banca realizadora de um determinado concurso.

    Com o advento da Internet, sanou-se, em grande parte, essa difculdade.

    Prolieraram sites com questes, exerccios, provas. Nos ltimos anos, porm,

    com o profssionalismo a que os concursos pblicos chegaram, os alunos

    comearam a sentir alta de materiais com questes anteriores comentadas,

    j que, algumas vezes, acertavam ou erravam questes, mas no sabiam o

    porqu nem de uma coisa nem de outra. Esta obra veio sanar tal difculdade.

    o stimo volume da Coleo Questes Comentadas. Contm mais de 100

    questes de Gramtica e Texto, classifcadas por provas e por assunto, de uma

    banca que realiza concursos em todo o Brasil: FCC.

    Para me ajudar nessa empreitada, convidei uma pessoa muito especial, a

    amiga proessora Glria Alves, uma grande proessora por quem os alunos

    tm prounda admirao. O convite resultou numa boa escolha, como vero aseguir. A proessora Glria, conhecida pelo carisma nico e pela versatilidade

    no ensino do Vernculo, comenta, com muita acuidade, as questes alusivas s

    matrias de Texto, Redao e Gramtica.

    Toda a obra oi objeto de exame conjunto e troca de sugestes entre seus

    autores. Cumpre-nos, no entanto, inormar, para resguardar a responsabilidade

    de autoria, que todas as questes relativas a Texto e Redao oram comentadas

    pela proessora Glria Alves, como tambm parte dos comentrios relativoss questes de Gramtica. Ao autor Marcos Pacco, devem-se comentrios

    relativos Gramtica e superviso da obra.

    PRefciO

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    Tenha um panorama das 15 provas da FCC, antes de comear a resolv-las.Observe que tanto em texto quanto em gramtica h inmeras questes recorrentes.Assim, segue um quadro que destaca os enunciados mais recorrentes e os principaisassuntos aos quais voc deve se dedicar com mais nfase.

    Texto Gramtica Resgate das ideias principais e das

    palavras-chaves: reescritura textual semmudana de sentido; resumo; sntese;

    Percepo da linha argumentativa decertos trechos (relao de sentido): causa econsequncia; nalidade; oposio...

    Semntica: sentido de palavras ou trechos.

    Gneros textuais mais recorrentes Artigos e editoriais publicados em

    peridicos de grande circulao (O Estadode S. Paulo, Folha de So Paulo, Veja, ...);

    Artigos cientcos publicados em diversas

    obras sobre assuntos gerais de interessepblico.

    Gneros espordicos Crnica; Conto;

    Poema.

    Concordncia verbal e nominal; Valor semntico (conjunes,

    preposies, expresses); Classes gramaticais: nfase em verbos

    (conjugao, correlao); transposiode vozes; pronomes: emprego dospronomes oblquos tonos; processode referenciao; pronomes relativos epreposio;

    Regncia; Crase; Redao: ortograa; acentuao;

    coeso: uso adequado de conjunese de pronomes relativos; clareza;objetividade; coerncia.

    Pontuao: principalmente vrgula

    Enunciados mais recorrentes Enunciados mais recorrentes Segundo o texto, O segmento cujo sentido est corretamente

    expresso em outras palavras Considerando-se o contexto, traduz-se

    adequadamente o sentido de um segmentoem

    O principal assunto do texto est expresso

    no seguinte segmento Em relao ao texto, est correto

    SOMENTE o que se arma em

    Evidencia-se no texto Na organizao do texto, apresentado

    como causa o seguinte segmento:

    A frase acima se encontra corretamentereescrita na voz passiva em

    preciso corrigir um equvoco deredao da seguinte frase:

    Est clara e correta a redao deste livrecomentrio sobre o texto:

    Est plenamente adequada a articulao

    entre tempos e modos verbais na frase: As normas de concordncia verbal esto

    observadas em: Est correto o emprego de ambos os

    elementos sublinhados em: Est plenamente adequada a pontuao

    da seguinte frase: Esto empregados no texto com idntica

    regncia os verbos grifados em: Em relao ao acento grave, preenchem

    corretamente as lacunas da frase acima,na ordem dada,

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    Qusscomaas

    Porugus

    7fccVolume

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    COPERGS/Analista Administrador/2011

    Ateno: Considere o texto a seguir para responder s questes de nmeros1 a 5.

    [Joaquim] Nabuco sentiu que, sendo produtor de riqueza, e portanto

    esteio da sociedade, o escravo era um trabalhador submetido espoliao

    mxima; e que os interesses da oligarquia levavam no apenas a querer manter

    o regime escravista, mas a transform-lo numa espcie de modelo permanente

    do trabalho. Esta verdadeira descoberta levou-o a sentir que os projetos de

    imigrao, sobretudo chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para

    trabalho rural a prazo xo, eram manifestaes de uma mentalidade que

    procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas caractersticas a

    todo trabalhador, considerado como mquina humana disposio integral do

    senhor, ou do patro.

    Ele viu que, sendo a massa produtora, o trabalhador escravo era o grosso

    do povo, e portanto tinha direito de atuar na vida poltica. Ora, este direitolhe era negado no s porque ele estava excludo da cidadania, mas porque

    mesmo o trabalhador livre, portanto um cidado, cava excludo do voto pelos

    requisitos censitrios, que restringiam ao mximo o alistamento eleitoral.

    Segundo Nabuco, o trabalhador no era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

    Essa viso lcida e avanada correspondia a uma concepo realista da

    sociedade brasileira, que era ento composta na maioria de negros e mestios,

    isto , escravos, antigos escravos, descendentes totais ou parciais de escravos.(Fragmento extrado de Antonio Candido. Radicalismos. Vrios escritos.

    3.ed. S.Paulo: Duas Cidades, 1995. p.271-2)

    1PROVA

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    QUESTO 1

    Segundo Antonio Candido, Joaquim Nabuco considerava que

    (A) o trabalho do imigrante e do homem livre, em funo da maior produti-vidade em relao ao trabalho escravo, conduzia ao m da propriedadebaseada no sistema escravista.

    (B) a oligarquia objetivava estender ao trabalhador livre, proveniente dosprojetos de imigrao ou recrutado para trabalho a prazo xo, a explora-o desumana a que os escravos eram submetidos.

    (C) as restries impostas aos escravos quanto participao na vida polticajusticavam-se plenamente na medida em que nem mesmo os trabalha-

    dores livres podiam votar.(D) a prpria oligarquia j havia defendido o m do trabalho escravo, que

    deveria ser substitudo pelo trabalho de homens livres, a quem seriamfranqueados todos os direitos polticos.

    (E) a superao das condies desumanas a que era submetido o escravosomente poderia se dar com a imigrao de trabalhadores de outros pasesou o recrutamento dos homens livres no Brasil.

    QUESTO 2

    O segmento cujo sentido est corretamente expresso em outras palavras :

    (A) requisitos censitrios = ociais dos cartrios eleitorais

    (B) viso lcida e avanada = concepo intuitiva e previdente

    (C) submetido espoliao mxima = vtima da maior crueldade(D) interesses da oligarquia = demandas da burguesia

    (E) esteio da sociedade = sustentculo da coletividade

    QUESTO 3

    O verbo que admite transposio para a voz PASSIVA est em:

    (A) ... que restringiam ao mximo o alistamento eleitoral.

    (B) ... que os projetos de imigrao [...] eram manifestaes...

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    (C) ... no s porque ele estava excludo da cidadania ...

    (D) Essa viso lcida e avanada correspondia a uma concepo realista ...

    (E) ... mesmo o trabalhador livre [...]fcava excludo do voto ...

    QUESTO 4

    Os segmentos que apresentam verbos conjugados nos mesmos tempo e modoesto em:

    (A) mas deveria ser tudo no futuro ... / que restringiam ao mximo o alista-mento eleitoral.

    (B) Nabuco sentiu que ... / ele estava excludo da cidadania...

    (C) Essa viso lcida e avanada correspondia a uma concepo ... / o traba-lhador escravo era o grosso do povo ...

    (D) Esta verdadeira descoberta levou-o ... / e portanto tinha direito de atuarna vida poltica.

    (E) Segundo Nabuco, o trabalhador no era nada ... / Ele viu que, sendo amassa produtora, o trabalhador escravo ...

    QUESTO 5

    A substituio do elemento grifado pelo pronome correspondente, com osnecessrios ajustes, foi realizada de modo INCORRETO em:

    (A) manter o regime escravista = mant-lo

    (B) procurava extrapolar o sistema escravista = procurava extrapol-lo(C) restringiam o alistamento eleitoral= restringiam-no

    (D) atuar na vida poltica = atu-la

    (E) estender as suas caractersticas = estend-las

    Ateno: Considere o texto a seguir para responder s questes de nmeros6 a 10.

    As artes plsticas apresentam-se a ns no espao: recebemos umaimpresso global antes de detectar os detalhes, pouco a pouco e em nosso

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    ritmo prprio. A msica, porm, baseia-se numa sucesso temporal, e exigeuma memria alerta. Sendo assim, a msica uma arte cronolgica, assimcomo a pintura uma arte espacial. A msica pressupe, antes de tudo, certaorganizao do tempo, uma crononomia, se me permitem esse neologismo.

    As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presena de umvalor mensurvel e constante: a mtrica, elemento puramente material, atravsdo qual o ritmo, elemento puramente formal, se realiza. Em outras palavras, amtrica resolve a questo de em quantas partes iguais ser dividida a unidademusical que denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questo decomo essas partes iguais sero agrupadas dentro de um determinado compasso.[...]

    Vemos portanto que a mtrica j que intrinsecamente oferece apenaselementos de simetria, sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais necessariamente utilizada pelo ritmo, cuja funo estabelecer a ordem nomovimento dividindo as quantidades fornecidas pelo compasso.

    (Fragmento extrado de Igor Stravinsky. Potica musical. Trad.Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35)

    QUESTO 6

    Atente para as seguintes armaes.

    I A apreciao da pintura d-se sempre de modo global, ao passo que afruio da msica s ocorre nos detalhes.

    II A mtrica est para a segmentao e a quantidade assim como o ritmoest para o arranjo e a disposio.

    III O ritmo o elemento que propicia que o compasso possa ser dividido em

    partes iguais.

    De acordo com o texto, est correto SOMENTE o que se arma em

    (A) I.

    (B) II.

    (C) I e II.

    (D) I e III.

    (E) II e III.

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    QUESTO 7

    Com relao pontuao empregada no texto, correto armar:

    (A) Os travesses que isolam o segmento j que intrinsecamente oferece ...

    quantidades iguais (terceiropargrafo) poderiam ser substitudos por

    parnteses,sem prejuzo para o sentido original e a correo.

    (B) EmAs artes plsticas apresentam-se a ns no espao: recebemos ... (in-

    cio do primeiro pargrafo), asubstituio dos dois-pontos pelo travesso

    implicariaprejuzo para a lgica e a correo.

    (C) Em As leis que regulam o movimento dos sons exigem a presena deum valor mensurvel e constante (segundo pargrafo), a insero de uma

    vrgulaimediatamente depois da palavrasons manteriaa correo e daria

    maior clareza frase.

    (D) A substituio por travesses das vrgulas que isolam o segmento antes

    de tudo (nal do primeiro pargrafo) redundaria em prejuzo para a cor-

    reo da frase.

    (E) Em utilizada pelo ritmo, cuja funo estabelecer a ordem no movimento(terceiro pargrafo), a vrgulapoderia ser retirada sem prejuzo para o

    sentidooriginal e a correo.

    QUESTO 8

    A msica pressupe, antes de tudo, certa organizao do tempo ...

    O verbo que tambm empregado com a mesma regncia do grifado acima

    est em:

    (A) A msica, porm, baseia-se numa sucesso temporal ...

    (B) ... cuja funo estabelecer a ordem no movimento...

    (C) ... sendo inevitavelmente composta de quantidades iguais ...

    (D) ... recebemos uma impresso global antes de ...

    (E) ... se me permitem esse neologismo.

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    QUESTO 9

    As artes plsticas apresentam-se a ns no espao.

    A msica, porm, baseia-se numa sucesso temporal.

    As frases acima articulam-se em um nico perodo, com lgica e correo em:

    (A) Apresentando-se a ns no espao, as artes plsticas so o contrrio damsica que se baseia numa sucesso temporal.

    (B) Ao passo em que a msica baseia-se numa sucesso temporal, as artesplsticas, contudo, apresentam-se a ns no espao.

    (C) Conquanto se apresentem a ns no espao, as artes plsticas no sebaseiam numa sucesso temporal como a msica.

    (D) No se apresentando a ns no espao, a msica, como as artes plsticas,baseando-se, entretanto, numa sucesso temporal.

    (E) Diferentemente das artes plsticas, que se apresentam a ns no espao, amsica baseia-se numa sucesso temporal.

    QUESTO 10

    A frase redigida inteiramente de acordo com as normas de concordncia verbale nominal est em:

    (A) A diferena fundamental entre as artes plsticas e a msica, a que serefere Stravinsky, no implica a inexistncia de anidades entre as duas

    formas de expresso, como o sugere o ttulo de uma composio de outrocompositor russo, Quadros de uma exposio.

    (B) Com todas as diferenas existentes entre a msica e as artes plsticas,no h como imaginar msicos, qualquer que seja o estilo, indiferente pintura, e pintores, de qualquer poca, que no tenha se encantado coma msica.

    (C) No devem haver muitos compositores que, como Stravinsky, aliam agenialidade na criao musical ao talento para falar sobre a msica, de

    modo a se fazer entendido at mesmo por quem nada entende de ritmo e

    compasso.

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    (D) A meno de Stravinsky s leis a que se submetem o movimento dos sonss podem surpreender aqueles que ingenuamente acreditam na sucin-cia do espontanesmo e da inspirao na criao musical.

    (E) Nem mesmo um campo to estruturado como a msica, sobre a qual temsido escritos tantos tratados, por um sem-nmero de diferentes tericos,podem dispensar um neologismo, como aquele que Stravinsky prope.

    Ateno: Considere o texto a seguir para responder s questes de nmeros11 a 15.

    Texto I

    A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto de

    ateno dos analistas sociais ao longo da histria. Mesmo que os principaisndices econmicos do progresso tendam a se concentrar no melhoramento deobjetos inanimados de convenincia (por exemplo, no produto interno bruto,PIB), essa concentrao poderia ser justicada, em ltima instncia, apenas

    atravs do que esses objetos produzem nas vidas humanas que podem diretaou indiretamente inuenciar. Temos excelentes razes para no confundir os

    meios com os ns, e para no considerarmos os rendimentos e a opulncia

    como importantes em si, em vez de valoriz-los pelo que ajudam as pessoas a

    realizar, incluindo uma vida boa e que valha a pena.A opulncia econmica e a liberdade substantiva, embora no sejam

    desconectadas, frequentemente podem divergir. Mesmo com relao liber-dade de viver vidas longas (livres de doenas evitveis), notvel que o graude privao de grupos socialmente desfavorecidos em pases muito ricos podeser comparvel ao das regies mais pobres. A liberdade de evitar a morteprematura incrementada por uma renda elevada (isso no se discute), masela tambm depende de outros fatores, em particular da organizao social,

    incluindo a sade pblica e a garantia de assistncia mdica. Faz diferenase olharmos apenas para os recursos nanceiros, em vez de considerarmos as

    vidas que as pessoas conseguem levar.Ao avaliarmos nossas vidas, h razes para estarmos interessados na

    liberdade que realmente temos para escolher entre diferentes estilos de vida. Oreconhecimento de que a liberdade importante tambm pode ampliar nossaresponsabilidade. Poderamos usar nossa liberdade para investir em muitosobjetivos que no so parte de nossas prprias vidas em um sentido restrito

    (por exemplo, a preservao de espcies ameaadas). Trata-se de um temaimportante na abordagem de questes como o desenvolvimento sustentvel.

    (Adaptado de Amartya Sen. A ideia de Justia. So Paulo, Cia. das Letras, 2011. p.259-61)

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    QUESTO 11

    Segundo o texto,

    (A) a liberdade de escolher um determinado modo de viver est diretamenteligada ao poder econmico do pas em que se vive.

    (B) uma vida que possa ser considerada saudvel, em que se tenha acessoirrestrito sade, est garantida a partir de uma renda mensal considervel.

    (C) quanto maior for o PIB de uma nao, maior a expectativa de vida, o graude educao e a satisfao pessoal de seus habitantes.

    (D) os indicadores econmicos, isoladamente, demonstram ser insucientes

    para medir o grau de satisfao da vida das pessoas em uma nao.(E) o desenvolvimento sustentvel e a preservao da fauna dependem de

    as pessoas terem a liberdade de fazer um melhor investimento em suasvidas.

    QUESTO 12

    O principal assunto do texto est expresso no seguinte segmento:

    (A) A natureza das vidas que as pessoas podem levar tem sido objeto deateno dos analistas sociais ao longo da histria.

    (B) A liberdade de evitar a morte prematura incrementada por uma rendaelevada...

    (C) A opulncia econmica e a liberdade substantiva (...) frequentementepodem divergir.

    (D) ... notvel que o grau de privao de grupos socialmente desfavorecidosem pases muito ricos pode ser comparvel ao das regies mais pobres.

    (E) O reconhecimento de que a liberdade importante tambm pode ampliarnossa responsabilidade.

    QUESTO 13

    Temos excelentes razes para no confundir os meios com os ns, e para noconsiderarmos os rendimentos e a opulncia como importantes em si, em vezde valoriz-los pelo que ajudam as pessoas a realizar... (1 pargrafo)

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    Com o uso do pronome grifado, evita-se a desnecessria repetio de

    (A) objetos inanimados.

    (B) os rendimentos e a opulncia.(C) os meios.

    (D) os fns.

    (E) os principais ndices econmicos.

    QUESTO 14

    Poderamos usar nossa liberdade para investir em muitos objetivos que no

    so parte de nossas prprias vidas em um sentido restrito.

    A frase acima se encontra corretamente reescrita na voz passiva em:

    (A) Muitos objetivos que no so parte de nossas prprias vidas em umsentido restrito poderiam ser usados para melhorar nossa liberdade.

    (B) Nossa liberdade poderia ser usada para investirmos em muitos objetivosque no so parte de nossas prprias vidas em um sentido restrito.

    (C) Nossa liberdade poderia ser investida para usar em muitos objetivos queno so parte de nossas prprias vidas em um sentido restrito.

    (D) Muitos objetivos poderiam ser usados para investirmos em nossa liber-dade, que no so parte de nossas prprias vidas em um sentido restrito.

    (E) Nossa liberdade seria usada em um sentido restrito para investirmos emmuitos objetivos que no so parte de nossas prprias vidas.

    QUESTO 15

    Considere o Texto II abaixo e tambm o Texto Ipara responder questo denmero 15.

    Texto II

    Em uma entrevista, o professor de economia Jos Eli da Veiga armou:

    O PIB usado como indicador de qualidade de vida, de bem-estar, de prosperi-dade, de progresso um equvoco. Um pas do Oriente Mdio, com PIB muitoalto porque tem petrleo, pode apresentar maus indicadores em educao, pelo

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    fato de discriminar as mulheres. Quando se substitui uma energia fssil poruma renovvel, o tamanho da economia pode no estar aumentando, necessa-riamente, mas a sociedade est melhorando.

    (http://www.institutoagropolos.org.br/blog/editorias/categoria/noticias/pib-para-medir-qualidade-de-vida-

    e-um-equivoco-total, com adaptaes. Acessado em 12/10/11)

    I Se comparadas, as opinies expostas no Texto I e as de Jos Eli da Veigaapresentam grande semelhana a respeito da ocasional divergncia entreos indicadores abstratos de riqueza e a real qualidade de vida das pessoas.

    II Ao contrapor a discriminao das mulheres prosperidade advinda daexplorao do petrleo no Oriente Mdio, para exemplicar o seu ponto

    de vista, Jos Eli da Veiga adota um posicionamento semelhante ao

    daquele expresso no Texto I quanto aos efeitos nem sempre positivos dariqueza de um pas sobre a qualidade de vida de seu povo.

    III Para Jos Eli da Veiga, aes que se traduzam em um desenvolvimentosustentvel constituem o meio mais ecaz para aumentar o poderio eco-nmico e, portanto, a qualidade de vida da populao de uma determi-nada nao.

    Est correto o que se arma SOMENTE em

    (A) I.

    (B) II.

    (C) II e III.

    (D) I e II.

    (E) I e III.

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    GABARITO COMENTADO

    Anlise da Prova!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! ! ! !!

    47%$53%$

    FCC$$COPERGS/Analista$Administrador/2011$

    $

    7!questes!

    de!Texto!

    8!questes!de!

    Gramtica!

    Note, nesta prova, o equilbrio entre o nmero de questes de texto e onmero de questes de gramtica. Esta prova trouxe quatro textos.

    O primeiro texto dissertativo-expositivo acerca da viso social deJoaquim de Nabuco. Em relao a esse texto o examinador produziu cincoquestes: duas sobre as ideias principais do texto e outras trs sobre contedosgramaticais diversos identicao do verbo que admite voz passiva;

    identicao de tempos e modos verbais; e substituio de complementos por

    pronomes oblquos tonos.O segundo texto um fragmento da obra Potica Musical, traduzida por

    Luiz Paulo Horta. um texto dissertativo-informativo sobre a pintura e a

    msica. Da mesma maneira, o examinador separou cinco questes relativasa esse texto. Duas questes de texto: uma sobre a relao semntica entrefragmentos textuais e a outra sobre reescritura de duas frases em um nicoperodo, levando-se em considerao a articulao lgica, coerncia, coesoe a manuteno dos sentidos originais. As questes gramaticais exigirampontuao; emprego de regncia verbal; e reconhecimento do perodo corretocom enfoque nas concordncias verbal e nominal.

    O terceiro texto dissertativo-argumentativo, com temtica central acerca

    da incongruncia em se avaliar a qualidade de vida das pessoas mediante ndices

    econmicos de progresso, por exemplo, o PIB. Quatro questes so retiradas

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    deste texto: duas delas referentes interpretao e percepo das ideias prin-

    cipais e as outras duas questes que avaliavam, gramaticalmente, o processo

    de referenciao textual feito por intermdio de pronomes oblquos tonos e

    o reconhecimento de perodos corretos e incorretos com foco na voz passiva.O quarto texto um fragmento de entrevista, retirado da internet, no qual

    o professor de economia Jos Eli da Veiga arma ser um equvoco usar o PIB

    como indicador de qualidade de vida. Como os dois ltimos textos possuem o

    mesmo contedo, ou seja, a mesma temtica central, a ltima questo da prova

    de intertextualidade, comparando-os.

    Antes de cada texto, faremos uma anlise de suas caractersticas e um esquemacom as principais ideias.

    As questes relativas ao texto exigem do candidato leitura perceptiva das

    ideias principais, por isso para no perder tempo sempre muito importante,

    j em uma primeira leitura, sublinhar as palavras mais importantes formadoras

    da ideia central. Voc poder observar com ateno que essa ideia perpassar

    o texto, sendo retomada aqui e ali. Dessa maneira, ser possvel at mesmo

    montar um esquema sobre a interligao dessas ideias.

    ATENO: cuidado com seu posicionamento pessoal sobre o texto. Deixe suasprprias concepes de mundo guardadas no bolso e, pelo amor de Deus, siga tosomente a concepo formada pelo texto. Entenda, assim, que a FCC tem cobradoas ideias inseridas no texto. Trata-se, ento, de inmeros enunciados que tendem aexigir parfrase, ou seja, as questes trazem alternativas de reescritura das ideiastextuais e, assim, exigem:

    percepo das ideias principais; resumo; sntese; signicado estabelecido pelas palavras ou trechos.

    A dica esta: esteja sempre atento ao que o texto diz!

    Segue um esquema capaz de clarear as ideias do texto e evidenciar o

    entrelace delas. Logo em seguida as questes relativas a esse texto e as alter-

    nativas comentadas.

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    Gabarito Comentado

    O texto e suas caractersticas

    Texto extrado de Antonio Candido do artigo Radicalismos.

    Texto dissertativo-expositivo

    Anlise da viso lcida, realista e avanada de Joaquim Nabuco

    sobre a sociedade oligrquica e escravista em que vivia. Segundo

    Nabuco, o trabalhador no era nada, mas deveria ser tudo no futuro.

    (linha 16).

    escravos:

    esteio da sociedade;

    massa produtora;

    submetido expoliaomxima;

    o grosso do povo.

    Sem direito ao acessopoltico

    oligarquia:

    inteno de manter osistema escravistae estend-lo a todo

    trabalhador

    trabalhador livre:

    projetos de imigrao;

    recrutamento paratrabalho rural a prazo xo.

    Tambm excludo do votopor requisitos censitrios.

    QUESTO 1

    Alternativa (B)

    (A) Incorreta. O texto, nosegundo perodo do primeiro pargrafo, mostra a

    percepo de Nabuco dos projetos de imigrao e do recrutamento paratrabalho rural a prazo xo como manifestaes de uma mentalidadeque procurava extrapolar o sistema escravista e estender as suas

    caractersticas a todo trabalhador, considerado como mquina humana

    disposio integral do senhor, ou do patro. (grifo nosso). A alternativa,dessa forma, representa um erro de contradio ao armar que otrabalho do imigrante e do homem livre conduziria ao m da propriedade

    cuja base era o sistema escravista. Ainda, h de se notar o erro de

    extrapolao em relao ao texto original, que no tece comentriosacerca de a produtividade do trabalho dos homens livres ser maior do quea produtividade do trabalho escravo.

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    Gabarito Comentado

    A primeira contradio a de armar que a prpria oligarquia j havia

    defendido o m do trabalho escravo. Leia as linhas 3 a 5: os inte-

    resses da oligarquia levavam no apenas a querer manter o regime

    escravista, mas a transform-lo numa espcie de modelo permanentedo trabalho..

    A segunda contradio armar que o trabalho escravo deveria

    ser substitudo pelo trabalho de homens livres. Leia com ateno o

    fragmento nas linhas 5 a 10: ...os projetos de imigrao, sobretudo

    chinesa, ou os de recrutamento do homem livre para trabalho rural

    a prazo fxo, eram manifestaes de uma mentalidade que procu-

    rava extrapolar o sistema escravista e estender as suas caracte-

    rsticas a todo trabalhador, considerado como mquina humana

    disposio integral do senhor, ou do patro.(grifo nosso).

    A terceira contradio a de que aos homens livres seriam franque-

    ados todos os direitos polticos. Ora, o texto arma que ...mesmo

    o trabalhador livre, portanto um cidado, fcava excludo do voto

    pelos requisitos censitrios, que restringiam ao mximo o alista-

    mento eleitoral. (grifo nosso).

    (E) Incorreta. Erros de contradio. Um erro de raciocnio pode levar a

    outros. O examinador, muitas vezes, aposta nisso para pegar voc.

    Primeiro erro de raciocnio: o texto no fala de superao das condi-

    es desumanas a que era submetido o escravo, pelo contrrio o texto

    arma o interesse da oligarquia em manter esse sistema escravista e

    at estend-lo para todo trabalhador. Segundo erro de raciocnio: novas formas de trabalho (projetos de

    imigrao; recrutamento para trabalho rural a prazo xo) no leva-

    riam ao m do trabalho escravo, mas representariam, novamente, de

    acordo com o texto,segundo perodo do primeiro pargrafo, mani-

    festaesdeuma mentalidade que procurava extrapolar o sistema

    escravista e estender as suas caractersticas a todo trabalhador,

    considerado como mquina humana disposio integral do senhor,

    ou do patro. (grifo nosso).

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    QUESTO 2

    Alternativa (E)

    Para se fazer a questo 2, preciso entender a carga semntica o sentido das palavras e expresses utilizadas em cada alternativa. Leva-se em contaa parfrase exigida pelo avaliador por intermdio do jogo de denies de

    palavras.

    Dimp

    Para resolver questes como esta, relacione o signifcado das palavras eexpresses aos signifcados do texto.

    (A) Incorreta. No vlida a reescritura.

    requisitos censitrios ofciais dos cartrios eleitorais

    Concede-se o voto apenas ao indivduo que

    preencha determinada qualicao econmica.servidores dos cartrios eleitorais

    (B) Incorreta.No vlida a reescritura.

    viso lcida e avanada concepo intuitiva e previdente

    Em foco, o sentido dos adjetivos - lcida e avan-

    ada:

    No texto, viso racional repleta de observaes

    crticas e at avanadas para a poca. Com

    essas observaes, Nabuco obtm verdadeiras

    descobertas, correspondendo ao que o autor

    chama de concepo realista da sociedade.

    Em foco, o sentido dos adjetivos:

    Intuitiva Previdente

    adj.1. Relativo a

    intuio.2. Recebido por

    intuio

    adj. 2 g.1. Que prev.2. Precavido;

    acautelado;

    prudente;sensato.

    (C) Incorreta.No vlida a reescritura.

    submetido espoliao mxima vtima da maior crueldade

    Em foco, o sentido do substantivo espoliao:- desvio de um direito de algum.

    Cuidado: no texto, os escravos so vtimas,no se aborda a questo da crueldade

    contra eles. Compare, sempre, as palavrase expresses aos sentidos produzidos pelotexto original.

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    Gabarito Comentado

    (D) Incorreta.No vlida a reescritura.

    interesses da oligarquia demandas da burguesia

    Em foco, o sentido de dois substantivos:

    interesse oligarquia

    No texto, intento,inteno,propsito.

    Forma de governo emque o poder est nasmos de um pequenogrupo de indivduos oude poucas famlias.

    Em foco, o sentido de dois substantivos:

    demanda burguesia

    Petio,exigncia

    classe social com origemno m da Idade Mdia(sculos XI e XII), como renascimento comerciale urbano. Dedicava-se aocomrcio de mercadoriase prestao de servios.

    (E) Correta. vlida a reescritura.

    Perceba que, na verdade, trata-se de um item de parfrase dos trechos:

    reescritura textual, sem mudana de sentido!

    esteio da sociedade = sustentculo da coletividade

    Em foco, o sentido de dois substantivos:

    esteio sociedade

    Apoio,

    sustentao

    Conjunto relativamente

    complexo de indivduos.

    Em foco, o sentido de dois substantivos:

    sustentculo coletividade

    Apoio,

    sustentao

    Conjunto de indivduos que

    constituem um corpo cole-

    tivo.

    QUESTO 3

    Alternativa (A)

    (A) Correta. A orao que restringiam ao mximo o alistamento eleitoral

    est na voz ativa. Podemos observar que restringiam um verbo tran-

    sitivo direto (verbo que admite transposio para voz passiva). A orao

    correspondente na voz passiva seria: que o alistamento eleitoral era res-

    trito ao mximo.

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    (B) Incorreta. A forma verbal eram classica-se, quanto transitividade,

    em verbo de ligao. Esse tipo de verbo no admite transposio para a

    voz passiva, assim como VTI e VI.

    (C) Incorreta. A orao ele estava excludo da cidadania j est na voz pas-siva, portanto no admite transposio. Devemos observar que a voz pas-

    siva analtica construda, geralmente, com sujeito paciente + verbos ser

    ou estar + particpio.

    (D) Incorreta. A forma verbal correspondia contextualmente um verbo

    transitivo indireto. Esse verbo, juntamente com VI ou VL, no admite

    transposio para a voz passiva.

    (E) Incorreta. Podemos fazer duas anlises do perodo. Na primeira, conside-

    ramos a forma verbal cava como verbo de ligao. Na segunda, con-

    sideramos tal verbo como auxiliar de excludo, o que corresponderia

    voz passiva. Seja qual for a anlise, este perodo no admite transposio

    para a voz passiva.

    Dimp

    S admitem transposio para a voz passiva VTD e VTDI, pois so os nicos

    verbos que exigem objeto direto. Sabe-se que o objeto direto da voz ativa ser o

    sujeito da voz passiva. Deve-se observar, porm, que os verbos haver e querer

    no admitem a voz passiva analtica, apesar de poderem ser VTD.

    QUESTO 4

    Alternativa (C)

    (A) Incorreta. A forma verbal deveria pertence ao futuro do pretrito; j a

    forma restringiam pertence ao pretrito imperfeito do indicativo. Note

    que a desinncia ria indica o futuro do pretrito e as desinncias va, ia,

    nha normalmente indicam o pretrito imperfeito do indicativo.

    (B) Incorreta. A forma verbal sentiu pertence ao pretrito perfeito do indi-cativo, mas a forma verbal estava pertence ao pretrito imperfeito do

    indicativo.

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    Gabarito Comentado

    (C) Correta. As desinncias va, ia, nha normalmente indicam o pretrito

    imperfeito do indicativo. Praticamente, a nica exceo ocorre com o

    verbo ser, cuja forma de pretrito imperfeito era. Portanto, esta a

    alternativa correta, j que correspondia e era pertencem ao mesmo

    tempo (pretrito imperfeito) e modo (indicativo).

    (D) Incorreta. A forma verbal levou-o pertence ao pretrito perfeito do in-

    dicativo; j a forma tinha est exionada no pretrito imperfeito do

    indicativo.

    (E) Incorreta. A forma verbal era pertence ao pretrito imperfeito do indi-

    cativo; j a forma viu est exionada no pretrito perfeito do indicativo.

    QUESTO 5

    Alternativa (D)

    (A) Correta. Na expresso manter o regime escravista, o verbo transitivo

    direto e o complemento (o regime escravista) funciona como objeto

    direto. O pronome pessoal adequado para substituir tal complemento

    o. A gramtica arma que tal pronome (assim como os, as, a) sofretransformao aps verbos terminados em -r, -s, -z. Assume a forma -lo.Portanto, a alternativa est correta.

    (B) Correta. A forma verbal extrapolar transitiva direta e o sintagma o sis-

    tema escravista funciona como objeto direto. O pronome pessoal adequa-do para substituir tal complemento o.Os pronomes pessoais oblquos o,os, a, as assumem as formas -lo, -los, -la, las, respectivamente, aps verbos

    terminados em -r, -s, -z. Portanto, a alternativa est correta.(C) Correta. Na expresso restringiam o alistamento eleitoral, a forma ver-bal se classica como verbo transitivo direto e a expresso o alistamento

    eleitoral funciona como objeto direto. O pronome pessoal adequado parasubstituir tal complemento o.Os pronomes pessoais oblquos o, os, a,

    as assumem as formas -no, -nos, -na, nas, respectivamente, aps verbosterminados emsom nasal (m, e). Portanto, a alternativa est correta.

    (D) Incorreta. No trecho atuar na vida poltica, a forma verbal se classica

    como transitiva indireta. Logo, a expresso na vida poltica funciona

    como objeto indireto e no pode ser substituda pela forma pronominal -la.

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    (E) Correta. A forma verbal estender transitiva direta; a expresso as suas

    caractersticas funciona como objeto direto. Sabemos que o pronome

    pessoal adequado para substituir tal complemento o.Os pronomes pessoais

    oblquos o, os, a, as assumem as formas -lo, -los, -la, las,respectivamente,

    aps verbos terminados em -r, -s, -z. Portanto, a alternativa est correta.

    Segue esquema para facilitar a percepo e o entendimento das principais

    ideias do prximo texto da presente prova.

    Logo em seguida questes relativas ao texto com as alternativas comen-

    tadas.

    O texto e suas caractersticas

    Fragmento extrado de Igor Stravinsky. Potica musical. Trad.Luiz Paulo Horta. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1996. p.35

    artes plsticas - pintura msica

    Apresentam-se a ns no espao:primeiro vem uma impressoglobal e depois, os detalhes.

    Baseia-se numa sucesso temporal, e exige uma

    memria alerta.

    pintura uma arte espacial a msica uma arte cronolgica

    Mtrica Ritmo

    resolve a questo de emquantas partes iguais

    ser dividida a unidademusical que denominamos

    compasso.

    resolve a questo de comoessas partes iguais seroagrupadas dentro de umdeterminado compasso.

    QUESTO 6

    Alternativa (B)

    A questo 6 dividida em assertivas I, II e III. Estilo muito usado emprovas da FCC. Note que a exigncia a percepo do entrelace das ideias do

    texto.

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    Gabarito Comentado

    I Assertiva incorreta

    Dois erros.

    Primeiramente, note que h na alternativa um entrelace de ideiasdiferente do proposto no texto original. O texto relaciona s artes

    plsticas (especicamente a pintura) tanto uma primeira impresso

    global, quanto a posterior percepo dos detalhes. Observe o primeiro

    perodo do texto: As artes plsticas apresentam-se a ns no espao:

    recebemos uma impresso global antes de detectar os detalhes, pouco

    a pouco e em nosso ritmo prprio..

    Segundo, siga esta dica: esteja atento ao uso de advrbios e suasignifcao. Como, por exemplo, no seguinte trecho da assertiva I A

    apreciao da pintura d-se sempre de modo global.... Ora, a segunda

    incongruncia em relao ao texto original, visto ser a pintura apre-

    ciada em um primeiro momento por uma impresso global e, gradati-

    vamente, so detectados os detalhes.

    II Assertiva correta

    A armao pode ser entendida como uma parfrase, uma sntese da

    segunda orao do segundo pargrafo: Em outras palavras, a mtrica resolve

    a questo de em quantas partes iguais ser dividida a unidade musical que

    denominamos compasso, enquanto o ritmo resolve a questo de como essas

    partes iguais sero agrupadas dentro de um determinado compasso..

    Observe melhor a parfrase pelo esquema abaixo:

    Assertiva Texto

    Mtrica:segmentao e a quantidade

    Mtrica:resolve a questo de em quantas partes iguais serdividida a unidade musical que denominamoscompasso.

    Ritmo:arranjo e a disposio Ritmo:resolve a questo de como essas partes iguais seroagrupadas dentro de um determinado compasso.

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    III Assertiva incorreta

    Assertiva Texto

    Ritmo:

    propicia que o compasso possa ser divididoem partes iguais.

    Mtrica:

    resolve a questo de em quantas partesiguais ser dividida a unidade musical quedenominamos compasso.

    Pelo esquema, comparando as informaes da assertiva III e as informa-

    es do texto, percebe-se que a mtrica o elemento que propicia ao compassoa diviso em partes iguais e, no, o ritmo como aborda a assertiva III.

    QUESTO 7

    Alternativa (A)

    (A) Correta. Os travesses tm a funo de intercalar ou isolar comentrios,termos explicativos, enumerativos. Os parnteses tambm. No contexto,observamos que a expresso intercalada tem valor explicativo. Portanto,a substituio estaria correta.

    (B) Incorreta. O travesso tambm pode ter a funo de introduzir termos enu-merativos ou explicativos, e nisso se assemelha aos dois-pontos. Como notrecho foi utilizado o sinal de dois-pontos para introduzir uma explicao,no haveria prejuzo algum para a lgica e para a correo do perodo.

    (C) Incorreta. Uma das regras bsicas de pontuao que no se deve separaro sujeito do verbo. Se inserssemos uma vrgula aps o vocbulo sons,infringiramos tal regra, uma vez que a expresso As leis funcionacomo sujeito de exigem.

    (D) Incorreta. Os travesses tm a funo de intercalar ou isolar comentrios,termos explicativos, enumerativos. A vrgula tambm. Logo, contextual-mente eles podem ser permutados sem prejuzo gramatical.

    (E) Incorreta. O pronome relativo cuja introduz uma orao subordinadaadjetiva. Sabemos que existem dois tipos de oraes adjetivas: a) res-tritivas limitam a signicao de um substantivo ou pronome e noadmitem vrgula; b) explicativas acrescentam um comentrio em rela-

    o a um substantivo ou pronome anterior, sem delimitar-lhes o sentidoe devem ser separadas por vrgula. A retirada da vrgula empregada notexto no causaria erro gramatical, mas implicaria prejuzo para o sentido.

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    Gabarito Comentado

    QUESTO 8

    Alternativa (D)

    (A) Incorreta. A forma verbal pressupe presente no enunciado classi-ca-se como VTD, ou seja, exige um complemento sem preposio obriga-tria. J a forma verbal baseia-se VTI. Quem se baseia se baseia emalgo. Logo, no temos a mesma regncia.

    (B) Incorreta. A forma verbal estabelecer classica-se como VTD: Quemestabelece, estabelece algo. Causou-nos estranheza o fato de a Bancano ter considerado esta alternativa como verdadeira. Imaginamos queos examinadores consideraram estabelecer como VTDI, considerandotambm a expresso no movimento como objeto indireto. A nosso ver,porm, tal expresso funciona como adjunto adverbial.

    (C) Incorreta. A expresso sendo composta uma locuo verbal de vozpassiva. Sabe-se que no existe objeto direto na voz passiva. Portanto,esta forma verbal no tem a mesma regncia de pressupe.

    (D) Correta. A forma verbal recebemos exige um complemento sem pre-posio obrigatria: o termo uma impresso global que funciona

    como objeto direto. Dessa forma, esta alternativa a correta, j que re-cebemos e pressupe tm a mesma regncia.

    (E) Incorreta. Na orao se me permitem esse neologismo, a forma verbalsublinhada exige dois complementos: o sintagma esse neologismo(objeto direto) e o pronome pessoal oblquo me (objeto indireto). Quempermite, permite algo a algum. Portanto, esta alternativa no a resposta questo.

    QUESTO 9

    Alternativa (E)

    Enunciado muito comum a respeito das articulaes lgicas em umperodo.

    Dimp

    Estude bastante o valor semntico das conjunes e locues conjuntivas.

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    (A) Incorreta.A alternativa faz uma parfrase inadequada ao acrescentar aideia de contrrio, no existente no texto original. A alternativa propeque as artes plsticas, por basearem-se no espao, seriam o contrrio damsica, que se baseia numa sucesso temporal.

    (B) Incorreta. Entre outras inadequaes, verica-se, rapidamente, o erro pelaexpresso ao passo em que. O correto ao passo que.

    Aproveitemos para uma dica em relao polissemia (mais de umsentido) desta expresso conjuntiva. Observe o quadro e cuidado l nas provascom tais sentidos!

    Ao passo que Ao passo que

    no Perodo Composto porSubordinao

    no Perodo Composto porCoordenao

    locuo conjuntiva adverbialproporcional

    locuo conjuntiva coordenativaadversativa

    indica a proporo entre as ideiasindica o contraste, a oposio entre duas

    ideias

    equivale a proporo que equivale a enquanto

    Ficavam mais tranquilos, ao passo queestudavam pelo mtodo certo.

    Ficavam mais tranquilos, proporo queestudavam pelo mtodo certo.

    Celso Cunha e Lindley Cintra, naNovaGramtica do Portugus Contemporneo.

    Ao passo que voc ia, eu vinha.

    Enquanto voc ia, eu vinha.

    Napoleo Mendes de Almeida, na GramticaMetdica da Lngua Portuguesa.

    (C) Incorreta. Este enunciado de parfrase, no pode haver erro grama-tical, mas tambm no pode haver mudana de sentido. Portanto, noadianta apenas estar a alternativa correta do ponto de vista gramatical.Este enunciado requer que as duas frases sejam corretamente estrutura-das em um nico perodo, mas necessrio manter a lgica que haviaentre elas, ou seja, a mesma linha argumentativa, o mesmo sentido dasfrases originais. Dessa maneira, importante notar que o texto originalno traz a negativa proposta pela alternativa: as artes plsticas no se

    baseiam numa sucesso temporal como a msica. Assim, a alternativac est inadequada em relao manuteno do sentido. H aqui umerro deextrapolaodo sentido original.

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    Gabarito Comentado

    (D) Incorreta. Texto mal estruturado, mal articulado e no objetivo implicaum texto desconexo e incoerente.

    Dimp

    Atente para o uso desnecessrio de gerndio.

    (E) Correta. Parfrase perfeita do texto: sem prejuzo gramatical, semprejuzo semntico. Resultado da leitura cautelosa das frases originaise da escolha certa de palavras. Observe, por exemplo, o uso oportunodo advrbio diferentemente para marcar a exata relao entre as duasfrases originais:Diferentemente das artes plsticas, que se apresentama ns no espao, a msica baseia-se numa sucesso temporal..

    QUESTO 10

    Alternativa (A)

    (A) Correta. No h erros de concordncia no perodo. Devemos observarque a forma verbal refere est no singular para concordar com o sujeito

    simples Stravinsky; a forma verbal implica concorda com o ncleodo sujeito diferena; a forma verbal sugere est no singular estabele-cendo concordncia com o termo ttulo.

    (B) Incorreta. No perodo, h erros de concordncia nominal e verbal. Sabemosque os artigos, adjetivos, pronomes e numerais devem concordar com osubstantivo a que se referirem. No o que ocorre, contextualmente, como adjetivo indiferente, que deveria estar no plural para concordar commsicos. J a forma verbal tenha deveria estar no plural para estabelecer

    concordncia com o termo pintores que est no plural. Portanto,alternativa incorreta.

    (C) Incorreta. H dois erros de concordncia no perodo: a) a forma verbaldevem obrigatoriamente deveria car no singular, j que funciona

    como auxiliar de um verbo impessoal verbo que no possui sujeito.A regra diz que o verbo haver, no sentido de existir e acontecer, nopossui sujeito. Por isso, deve car no singular. Caso esteja antecedido

    por um verbo auxiliar, este tambm deve car no singular, j que recebe

    a impessoalidade do verbo principal; b) a forma verbal fazer-se e oadjetivo entendido devem ir para o plural fazerem entendidos ,estabelecendo concordncia com muitos compositores.

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    (D) Incorreta. H no fragmento grave erro de concordncia verbal. No frag-mento "s leis a que se submetem o movimento dos sons". O sujeito daforma verbal "se submetem" "o movimento". Assim, deve o verbo car

    no singular.

    (E) Incorreta. H dois erros de concordncia verbal. O primeiro percebidono fragmento "sobre a qual tem sido escritos tantos tratados". Ora, o su-jeito da forma verbal perifrstica "tem sido escrito" "tantos tratados".Dessa maneira, necessrio que o verbo auxiliar "ter" concorde no plural,resultando em "tm sido escritos". O segundo erro na forma verbal "po-dem dispensar" que traz como sujeito "um campo to estruturado como amsica". necessrio, para que haja a perfeita concordncia, que a locu-o verbal acompanhe o singular, resultando na forma "pode dispensar".

    Segue um esquema comparando as principais ideias do Texto I e as doTexto II.

    Logo em seguida as questes relativas a esses dois textos com as alterna-tivas comentadas.

    O texto e suas caractersticas

    Texto I Texto II - Jos Eli da Veiga

    A opulncia econmica e a liberdadesubstantiva (...) podem divergir.

    Exemplo: a existncia de grau de privaodos socialmente desfavorecidos empases muito ricos.

    um equvoco o PIB como indicador dequalidade de vida.

    Exemplo: discriminao das mulheres noOriente Mdio.

    QUESTO 11

    Alternativa (D)

    As questes 11 e 12 ainda so relativas unicamente ao Texto I. Vocperceber, no entanto, que a questo 15 exige a anlise dos Textos I e II.

    (A) Incorreta. Observe, por meio do quadro comparativo, como as ideias tra-zidas pela alternativa a e as ideias trazidas pelo Texto I representamuma contradio.

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    Gabarito Comentado

    Texto I Alternativa (A) Resultado

    A opulncia econmica e aliberdade substantiva fre-quentemente podem diver-

    gir.

    Escolha do modo de viverdiretamente ligada ao podereconmico do pas em que se

    vive.

    Errode

    contradio

    (B) Incorreta. Observe as ideias do Texto I e as ideias trazidas pela alternativa

    b e perceba os erros de extrapolao e de contradio.

    Texto I Alternativa (B) Resultado

    liberdade de viver vidas longas

    (livres de doenas evitveis).A liberdade de evitar a morteprematura incrementada poruma renda elevada (...), masela tambm depende de outrosfatores, (...) sade pblica e agarantia de assistncia mdica.

    vida saudvel,acesso irrestrito sade,est garantida a partirde uma renda mensalconsidervel.

    Erros de extrapolao ede contradio

    (C) Incorreta. Observe o erro de contradio em relao temtica principal

    do Texto I e a alternativa c.

    Texto I Alternativa (C) Resultado

    A opulncia econmica e aliberdade substantiva frequente-mente podem divergir.

    Exemplo: a existncia de grau de

    privao dos socialmente desfa-vorecidos em pases muito ricos.

    Quanto maior for o PIB,maior a expectativa devida, o grau de educaoe a satisfao pessoal

    Erro decontradio

    (D) Correta.Trata-se de uma parfrase, em forma de sntese, que corrobora

    a ideia central do texto, iniciada no primeiro pargrafo, retomada com

    nfase no primeiro perodo do segundo pargrafo e salientada em outras

    diversas partes do texto.

    (E) Incorreta.Segue mais um quadro comparativo que evidencia erros graves

    de extrapolao e de contradio em relao s ideias originais.

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    Perceba que o Texto I, de fato, aborda os temas "desenvolvimento susten-tvel e preservao de espcies ameaadas". Isso uma forma de o exami-nador enganar o candidato, pois coloca partes transcritas do texto. Porm,esteja atento s articulaes lgicas trazidas pela reescritura. Perceba se h ou

    no mudana de lgica, ou seja, mudana de sentido!Note, por exemplo, que, de acordo com o Texto I, a liberdade pode ser

    usada para (com a fnalidade de) investir na preservao de espcies e nodesenvolvimento sustentvel, ou seja, a linha argumentativa do texto a denalidade, ligada a uma possibilidade de isso acontecer, visto que o indivduo

    tambm possui liberdade para investir ou no.Ao passo que, a alternativa e extrapola essa ideia de liberdade, ao

    armar que o desenvolvimento sustentvel e a preservao da fauna dependem

    de as pessoas terem liberdade. Dessa maneira, a alternativa muda a linha argu-mentativa original de nalidade para outra linha argumentativa de causa

    e consequncia. Ter liberdade seria a causa e o desenvolvimento susten-tvel e a preservao da fauna seriam o resultado, o efeito, a consequnciade ter liberdade. Ora, o texto original no traz essa abordagem de dependncia(isso erro de raciocnio, erro de extrapolao). E um erro de raciocnio podelevar a outros erros, por exemplo, o texto original no traz a ideia de causa ede efeito (isso erro de contradio com a linha argumentativa inicialmenteproposta).

    Texto I Nos dois ltimos perodos do texto

    Alternativa (E) Resultado

    desenvolvimento sustentveldesenvolvimento

    sustentvelParfrase

    a preservao de espciesameaadas

    preservao da fauna Parfrase

    XXXXXXXXXXXXXXX Dependem de as pessoasterem liberdade Erro deextrapolao

    Poderamos usar nossa liberdade parainvestir em muitos objetivos que noso parte de nossas prprias vidas emum sentido restrito (por exemplo, apreservao de espcies ameaadas).Trata-se de um tema importantena abordagem de questes como o

    desenvolvimento sustentvel.

    liberdade para: nalidade

    Causa: liberdade

    Efeito-consequncia:desenvolvimento

    sustentvel+

    preservao da fauna

    Erro deContradio

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    Gabarito Comentado

    QUESTO 12

    Alternativa C

    Comentrio nico:

    Como a questo pede para buscar o principal assunto do texto, no setrata de vericar a veracidade de cada alternativa, at porque cada trecho foi

    transcrito do texto original. preciso estar atento, sim, separao daquiloque se congura como ideia principal e quilo que serve como argumento

    secundrio. No caso do Texto I, a abordagem principal a conscientizao deque a opulncia econmica e a liberdade substantiva podem divergir.

    QUESTO 13

    Alternativa (B)

    Comentrio nico:

    No trecho Temos excelentes razes para no confundir os meios comos ns, e para no considerarmos os rendimentos e a opulncia como impor-tantes em si, em vez de valoriz-los pelo que ajudam as pessoas a realizar,a forma pronominal destacada retoma, por coeso, os termos rendimentose opulncia. O primeiro um substantivo masculino e o segundo um subs-tantivo feminino. Neste caso, prevalece a concordncia no masculino plural.Ressalte-se que opulncia signica abundncia de bens, riqueza. Pode-senotar que o pronome -los se refere a tais termos pela interpretao do trecho.

    So os rendimentos e a opulncia que ajudam as pessoas a realizar algo.

    QUESTO 14

    Alternativa (B)

    Dimp

    A questo pede que se marque alternativa em que o trecho Poderamos usarnossa liberdade para investir em muitos objetivos que no so parte de nossasprprias vidas... esteja corretamente reescrito na voz passiva. Para isso, vamos

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    Marcos Pacco / Glria Alves

    analis-lo. Sabemos que um verbo s pode ser transposto para a voz passiva seor VTD ou VTDI. Desse modo, a orma so e investir no sorero alterao uma vez que se classifcam como VL e VTI, respectivamente. Resta-nos a locuoverbal Poderamos usar. Numa locuo verbal, deve-se analisar apenas o verbo

    principal. Contextualmente, a orma verbal usar transitiva direta. Logo, admite avoz passiva. Faamos uma anlise simples:

    (Ns) Poderamos usar nossa liberdade. (voz ativa)suj. oculto VTD OD

    Nossa liberdade poderia ser usada. (voz passiva analtica)suj. paciente locuo verbal passiva

    Devemos observar, ainda, que a voz passiva analtica se constri geral-

    mente com verbo ser ou estar + particpio. Portanto, uma locuo verbal comdois verbos a voz ativa ter trs verbos na voz passiva. Alm disso, no podemos

    alterar, de forma alguma, o tempo verbal. Se tiver sido empregado o tempo

    presente na voz ativa, dever ser empregado o mesmo tempo na voz passiva.

    (A) Incorreta. Observe que a forma verbal poderiam ser usados estabelececoncordncia com Muitos objetivos, mas isso altera substancialmente

    o trecho presente no enunciado. A expresso muitos objetivos objeto

    indireto da forma verbal transitiva indireta investir. Logo, no poderia

    ser sujeito paciente de poderiam ser usados.

    (B) Correta.Observe que esta alternativa que se assemelha anlise que

    zemos no incio dos comentrios desta questo. A forma verbal poderia

    ser usada concorda corretamente com o termo Nossa liberdade

    sujeito paciente. Alm disso, no houve alterao no tempo verbal das

    oraes: em ambas, foi empregado o futuro do pretrito do indicativo.

    (C) Incorreta. A reescritura cou totalmente diferente do trecho presente no

    enunciado. A forma verbal investir , contextualmente, transitiva indi-

    reta. Logo, no poderia ser transposta para a voz passiva.

    (D) Incorreta. Alternativa muito semelhante alternativa (A). Na verdade,

    estabeleceu-se indevidamente uma relao entre poderiam ser usados e

    Muitos objetivos, como se percebe na anlise presente na nossa DIMP

    Dica Importante que est no incio do comentrio desta questo.

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    Gabarito Comentado

    (E) Incorreta. Praticamente, o nico erro desta questo est no emprego inde-

    vido de seria usada. Quando tivermos dois verbos na voz ativa, teremos

    trs na voz passiva. Portanto, a forma correta poderia ser usada.

    QUESTO 15

    Alternativa (D)

    Dimp

    Os examinadores adoram este tipo de questo com assertivas, pois enquanto nasquestes normais eles tm de alsear quatro alternativas, aqui, geralmente alseiam

    uma ou duas assertivas. bem mais cil para eles, examinadores. Para voc, na

    verdade, no az tanta dierena, basta estar atento s ideias do texto.

    I Assertiva correta. Assertiva que reete a ideia principal compartilhada

    pelos dois textos, como demonstra o esquema abaixo.

    Texto I Texto II - Jos Eli da Veiga

    A opulncia econmica e aliberdade substantiva (...)

    frequentemente podem divergir.

    um equvoco o PIBcomo indicador de qualidade de vida,

    de bem-estar, de prosperidade, de progresso

    II Assertiva correta. O item aponta que os dois textos se assemelham quantoaos efeitos nem sempre positivos da riqueza de um pas sobre a qualidade

    de vida de seu povo. Isso pode ser comprovado pela problematizao,

    descrita no Texto II, em relao discriminao das mulheres no Oriente

    Mdio e raticado, no Texto I, no segundo pargrafo: notvel que o

    grau de privao de grupos socialmente desfavorecidos em pases muito

    ricos pode ser comparvel ao das regies mais pobres.

    O esquema a seguir serve para clarear a comparao entre os dois textose, dessa forma, validar a assertiva II.

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    Texto I Texto II - Jos Eli da Veiga

    notvel que o grau de privao de grupossocialmente desfavorecidos em pases muitoricos pode ser comparvel ao das regies

    mais pobres.

    Um pas do Oriente Mdio, com PIB muitoalto porque tem petrleo, pode apresentarmaus indicadores em educao, pelo fato de

    discriminar as mulheres.

    III Assertiva incorreta. Erro de contradio em relao ao texto original.Observe o quadro.

    Texto I I -Jos Eli da Veiga

    Assertiva III Resultado

    Quando se substitui uma ener-

    gia fssil por uma renovvel

    Aes de desenvolvimento susten-

    tvel Parfase

    o tamanho da economia podeno estar aumentando, mas asociedade est melhorando.

    meio mais ecaz para aumentar opoderio econmico

    Errode

    contradio