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SUMÁRIO
1. REGISTRO FORMAL E INFORMAL DA LÍNGUA PORTUGUESA.
1.1 -Linguagem e Comunicação
1.2 – linguagem Conotativa
1.3 - Linguagem Denotativa
1.4 - Níveis da Linguagem
1.5 - Coerência e coesão textuais
2. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
2.1 –Asfunções da Linguagem
3. O TEXTO E SEUS FORMATOS
3.1 – Narração
3.2 Descrição
3.3 Dissertação
4. TRABALHOS CIENTÍFICOSNAS NORMAS DA ABNT
4.1 – Técnica de Leituras
4.2 - Fichamento
4.3 - Resumo
4.4 - Relatórios
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LINGUAGEM NA REDAÇÃO
VERBOS GENÉRICOS
DAR
-Era necessário dar uma solução. (apresentar)
-Eles deram atenção ao menor abandonado. (dedicaram)
FAZER
- O sistema capitalista faz suas vítimas. (produz, cria)
- Um sistema educacional forte faz uma nação. (constrói forma)
SER
- Tirar o menor da rua é imprescindível. (torna-se)
- A reforma agrária não é apenas um problema do governo. (pertence)
TER
- O governo não tem alternativas. (possui)
- Todo cidadão tem direito a ter suas horas de lazer. (possui); (merece); (obter, gozar)
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
A ênfase num elemento do circuito de comunicação determina a função de linguagem que lhe
corresponde:
ELEMENTO FUNÇÃO
contexto → referencial
emissor → emotiva
receptor → conativa
canal → fática
mensagem → poética
código → metalinguística
Cada um desses seis elementos determina uma função de linguagem. Raramente se encontram mensagens
em que haja apenas uma; na maioria das vezes o que ocorre é uma hierarquia de funções em que
predomina ora uma, ora outra. A classificação das funções da linguagem depende das
relações.Estabelecidas entre elasos elementos do circuito da comunicação. Esquematicamente, temos:
1. REGISTRO FORMAL E INFORMAL DA LÍNGUA
PORTUGUESA.
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FUNÇÃO REFERENCIAL OU DENOTATIVA
Certamente a mais comum e mais usada no dia-a-dia, a função referencial ou informativa,
também chamada denotativa ou cognitiva, privilegia o contexto. Ela evidencia o assunto, o objeto, os
fatos, os juízos. É a linguagem da comunicação. Faz referência a um contexto, ou seja, a uma informação
sem qualquer envolvimento de quem a produz ou de quem a recebe. Não há preocupação com estilo; sua
intenção é unicamente informar. E a linguagem das redações escolares, principalmente dasdissertações,
das narrações não- fictícias e das descrições objetivas. Caracteriza também o discurso científico, o
jornalístico e a correspondência comercial.
Exemplo:
- Todo brasileiro tem direito à aposentadoria. Mas nem todos têm direitos iguais. Um milhão e meio de
funcionários públicos, aposentados por regimes especiais, consomem mais recursos do que os quinze
milhões de trabalhadores aposentados pelo INSS. Enquanto a média dos benefícios aos aposentados do
INSS é de 2,1 salários mínimos, nos regimes especiais tem gente que ganha mais de 100 salários mínimos.
(Programa Nacional de Desestatização)
Função conativa ou de apelo
A função conativa é aquela que busca mobilizar a atenção do receptor, produzindo um apelo ou uma
ordem. Pode ser volitiva, revelando assim uma vontade (“Por favor, eu gostaria que você se retirasse.”), ou
imperativa, que é a característica fundamental da propaganda. Encontra no vocativo e no imperativo sua
expressão gramatical mais autêntica.
Exemplos:
Antônio, venha cá!
Compre um e leve três.
Beba Coca-Cola.
Se o terreno é difícil, use uma solução inteligente:
Mercedes-Benz
Observe:
Para expressar o mesmo fato, foram utilizadas duas linguagens diferentes:
a) Linguagem Não-Verbal. Qualquer código que não utiliza palavras
b) ; b) LinguagemVerbal. Códigoque utiliza a palavra falada ou escrita;
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OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO
a) O emissor ou destinador: é o que emite a mensagem; pode ser um indivíduo ou um grupo (firma,
organismo de difusão, etc.)
b) O receptor ou destinatário: é o que recebe a mensagem; pode ser um indivíduo, um grupo, ou mesmo
um animal ou uma máquina (computador). Em todos estes casos, a comunicação só se realiza efetivamente
se a recepção da mensagem tiver uma incidência observável sobre o comportamento do destinatário (o
que não significa necessariamente que a mensagem tenha sido compreendida: é preciso distinguir
cuidadosamente recepção de compreensão).
c) A mensagem é o objeto da comunicação; ela é constituída pelo conteúdo das informações transmitidas.
d) O canal de comunicação é a via de circulação das mensagens. Ele pode ser definido, de maneira geral,
pelos meios técnicos aos quais o destinador tem acesso, a fim de assegurar o encaminhamento de sua
mensagem para o destinatário:
Meios sonoros: voz, ondas sonoras, ouvido...
Meios visuais: excitação luminosa, percepção da retina...
e) O código: é um conjunto de signos e regras de combinação destes signos; o destinador lança mão dele
para elaborar sua mensagem (esta é a operação de codificação). O destinatário identificará este sistema de
signos (operação de decodificação) se seu repertório for comum ao do emissor for comum ao do emissor.
Este processo pode se realizar de várias maneiras (representaremos por dois círculos os repertórios de
signos do emissor e do receptor):
PADRÃO FORMAL CULTO E PADRÃO COLOQUIAL
De maneira geral, podemos distinguir o padrão coloquial do padrão formal culto.
Padrão Formal Culto – é a modalidade de linguagem que deve ser utilizada em situações que exigem maior
formalidade,sempre tendo em conta o contexto e o interlocutor. Caracteriza-se pela seleção e combinação
das palavras, pela adequação a um conjunto de normas, entre elas, a concordância, a regência, a
pontuação, o emprego correto das palavras quanto ao significado, a organização das orações e dos
períodos, as relações entre termos, orações, períodos e parágrafos.
Padrão Coloquial – faz referência à utilização da linguagem em contextos informais, íntimos e familiares,
que permitem maior liberdade de expressão. Esse padrão mais informal também é encontrado em
propagandas, programas de televisão ou de rádioetc.
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
As funções da linguagem são seis:
a) Função referencial ou denotativa;
b) Função emotiva ou expressiva;
c) Função fática;
d) Função conativa ou apelativa;
e) Função metalinguística;
f) Função poética,
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Figuras de Linguagem
São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de
som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção.
Classificação das Figuras de Linguagem
Observe:
1) Fernanda acordou às sete horas, Renata às nove horas, Paula às dez e meia.
2) "Quando Deus fecha uma porta, abre uma janela."
3) Seus olhos eram luzes brilhantes.
Nos exemplos acima, temos três tipos distintos de figuras de linguagem:
Exemplo 1: há o uso de uma construção sintética ao deixar subentendido, na segunda e na terceira frase,
um termo citado anteriormente - o verbo acordar. Repare que a segunda e a última frase do primeiro
exemplo devem ser entendidas da seguinte forma: “Renata acordou às nove horas, Paula acordouàs dez e
meia”. Dessa forma, temos uma figura de construção ou de sintaxe.
Exemplo 2: a ideia principal do ditado reside num jogo conceitual entre as palavras fecha e abre que
possuem significados opostos. Temos, assim, uma figura de pensamento.
Exemplo 3: a força expressiva da frase está na associação entre os elementos olhos e luzes brilhantes. Essa
associação nos permite uma transferência de significados a ponto de usarmos "olhos" por "luzes
brilhantes". Temos, então, uma figura de palavra.
Figura de Palavra
A figura de palavra consiste na substituição de uma palavra por outra, isto é, no
emprego figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contiguidade), seja por uma associação,
uma comparação, uma similaridade. Esses dois conceitos básicos - contiguidade e similaridade - permitem-
nos reconhecer dois tipos de figuras de palavras: a metáfora e a metonímia.
Metáfora
A metáfora consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão em lugar de outra, sem que haja uma
relação real, mas em virtude da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende entre elas
certas semelhanças. É importante notar que a metáfora tem um caráter subjetivo e momentâneo; se a
metáfora se cristalizar, deixará de ser metáfora e passará a ser catacrese (é o que ocorre, por exemplo, com
"pé de alface", "perna da mesa", "braço da cadeira").
Obs.: toda metáfora é uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece.
Observe a gradação no processo metafórico abaixo:
2. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
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Seus olhos são como luzes brilhantes.
O exemplo acima mostra uma comparação evidente, através do emprego da palavra como.
Observe agora:
Seus olhos são luzes brilhantes.
Nesse exemplo não há mais uma comparação (note a ausência da partícula comparativa), e sim um símile,
ou seja, qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo:
As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Essa é a verdadeira metáfora.
Observe outros exemplos:
1) "Meu pensamento é um rio subterrâneo." (Fernando Pessoa)
Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta estabelece relações de semelhança entre um
rio subterrâneo e seu pensamento (pode estar relacionando a fluidez, a profundidade, a inatingibilidade,
etc.).
2) Minha alma é uma estrada de terra que leva a lugar algum.
Uma estrada de terra que leva a lugar algum é, na frase acima, uma metáfora. Por trás do uso dessa
expressão que indica uma alma rústica e abandonada (e angustiadamente inútil), há uma comparação
subentendida: Minha alma é tão rústica, abandonada (e inútil) quanto uma estrada de terra que leva a
lugar algum.
Metonímia
A metonímia consiste em empregar um termo no lugar de outro, havendo entre ambos estreita afinidade
ou relação de sentido. Observe os exemplos abaixo:
1 - Autor pela obra: Gosto de ler Machado de Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)
2 - Inventor pelo invento: Édson ilumina o mundo. (As lâmpadasiluminam o mundo.)
3 - Símbolo pelo objeto simbolizado: Não te afastes da cruz. ( Não te afastes da religião.)
4 - Lugar pelo produto do lugar: Fumei um saboroso havana. (Fumei um saboroso charuto.)
5 - Efeito pela causa: Sócrates bebeu a morte. (Sócrates tomouveneno.)
6 - Causa pelo efeito: Moro no campo e como do meu trabalho. (= Moro no campo e como o alimento que
produzo.)
7 - Continente pelo conteúdo: Bebeu o cálice todo. (Bebeu todo o líquidoque estava no cálice.)
8 - Instrumento pela pessoa que utiliza: Os microfones foram atrás dos jogadores. ( Os repórteres foram
atrás dos jogadores.)
9 - Parte pelo todo: Várias pernas passavam apressadamente. (Váriaspessoas passavam apressadamente.)
10 - Gênero pela espécie: Os mortais pensam e sofrem nesse mundo. (= Os homens pensam e sofrem
nesse mundo.)
11 - Singular pelo plural: A mulher foi chamada para ir às ruas na luta por seus direitos. (As mulheres foram
chamadas, não apenas uma mulher.)
12 - Marca pelo produto: Minha filha adora danone. (Minha filha adora o iogurte que é da marca danone.)
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13 - Espécie pelo indivíduo: O homem foi à Lua. (Alguns astronautas foram à Lua.)
14 - Símbolo pela coisa simbolizada: A balança penderá para teu lado. (A justiça ficará do teu lado.)
Saiba que:
Atualmente, não se faz mais a distinção entre metonímia e sinédoque (emprego de um termo em lugar de
outro), havendo entre ambos relação de extensão. Por ser mais abrangente, o conceito de metonímia
prevalece sobre o de sinédoque.
Catacrese
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando,
por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro "emprestado". Assim,
passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido original.
Exemplos:
"asa da xícara" "batata da perna"
"maçã do rosto" "pé da mesa"
"braço da cadeira" "coroa do abacaxi"
Perífrase
Trata-se de uma expressão que designa um ser através de alguma de suas características ou atributos, ou
de um fato que o celebrizou. Veja o exemplo:
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de antonomásia.
Exemplos:
O Divino Mestre (Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
O Poeta dos Escravos (Castro Alves) morreu muito jovem.
O Poeta da Vila (Noel Rosa) compôs lindas canções.
Sinestesia
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.
Exemplos:
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = auditivo; áspero = tátil)
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (silêncio = auditivo; negro = visual)
Figuras de Pensamento
Dentre as figuras de pensamento, as mais comuns são:
Antítese
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Consiste na utilização de dois termos que contrastam entre si. Ocorre quando há uma aproximação de
palavras ou expressões de sentidos opostos. O contraste que se estabelece serve, essencialmente, para dar
uma ênfase aos conceitos envolvidos que não se conseguiria com a exposição isolada dos mesmos. Observe
os exemplos:
"O mito é o nada que é tudo." (Fernando Pessoa)
O corpo é grande e a alma é pequena.
"Quando um muro separa, uma ponte une."
"Desceu aos pântanos com os tapires; subiu aos Andes com os condores." (Castro Alves)
Felicidade e tristeza tomaram conta de sua alma.
Paradoxo
Consiste numa proposição aparentemente absurda, resultante da união deideias contraditórias. Veja o
exemplo:
Na reunião, o funcionário afirmou que o operário quanto mais trabalha mais tem dificuldades econômicas.
Eufemismo
Consiste em empregar uma expressão mais suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar alguma
coisa áspera, desagradável ou chocante.
Exemplos:
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor (morreu)
O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (roubou )
Fernando faltou com a verdade. ( mentiu )
Ironia
Consiste em dizer o contrário do que se pretende ou em satirizar, questionar certo tipo de pensamento
com a intenção de ridicularizá-lo, ou ainda em ressaltar algum aspecto passível de crítica. A ironia deve ser
muito bem construída para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode passar uma ideia
exatamente oposta à desejada pelo emissor.
Veja os exemplos abaixo:
- Como você foi bem na última prova, não tirou nem a nota mínima!
- Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que estão por perto.
Hipérbole
É a expressão intencionalmente exagerada com o intuito de realçar uma ideia. Exemplos:
Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
"Rios te correrão dos olhos, se chorares." (Olavo Bilac)
Prosopopeia ou Personificação
Consistem em atribuir ações ou qualidades de seres animados a seres inanimados, ou características
humanas a seres não humanos.
Observe os exemplos:
- As pedras andam vagarosamente.
- O livro é um mudo que fala um surdo que ouve, um cego que guia.
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- A floresta gesticulava nervosamente diante da serra.
Apóstrofe
Consiste na "invocação" de alguém ou de alguma coisa personificada, de acordo com o objetivo do discurso
que pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo chamamento do receptor da mensagem,
seja ele imaginário ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso,
destacando-se assim a entidade a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidência com tal
invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Exemplos:
Moça, que fazes aí parada?
"Pai Nosso, que estais no céu..."
"Liberdade, Liberdade,
Abre as asas sobre nós,
Das lutas, na tempestade,
Dá que ouçamos tua voz..." (Osório Duque Estrada)
Gradação
Consiste em dispor as ideias por meio de palavras, sinônimas ou não, em ordem crescente ou
decrescente. Quando a progressão é ascendente, temos clímax; quando é descendente, o anticlímax.
Observe este exemplo:
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Joana com seus olhos claros e brincalhões...
O objetivo do narrador é mostrar a expressividade dos olhos de Joana. Para chegar a esse detalhe, ele se
refere ao céu, à terra, às pessoas e, finalmente, a Joana e seus olhos. Nota-se que o pensamento foi
expresso em ordem decrescente de intensidade. Outros exemplos:
"Vive só para mim, só para a minha vida, só para meu amor". (Olavo Bilac)
"O trigo... nasceu, cresceu, espigou, amadureceu, colheu-se." (Padre Antônio Vieira)
Figuras de Construção ou Sintáticas
As figuras de construção ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao significado. Assim, a
lógica da frase é substituída pela maior expressividade que se dá ao sentido.
Elipse
Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por
elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto pelo contexto.
Exemplos:
- A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.)
Zeugma
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo já mencionado
anteriormente.
Exemplos:
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- Ele gosta de geografia; eu, de português.
Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que
ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo
oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
VÍCIOS DE LINGUAGEM
Ao contrário das figuras de linguagem, que representam realce e beleza às mensagens emitidas, os vícios
de linguagem são palavras ou construções que vão de encontro às normas gramaticais. Os vícios de
linguagem costumam ocorrer por descuido, ou ainda por desconhecimento das regras por parte do
emissor. Observe:
Pleonasmo Vicioso ou Redundância
Diferentemente do pleonasmo tradicional, tem-se pleonasmo vicioso quando há repetição desnecessária
de uma informação na frase.
Exemplos:
- Entrei para dentro de casa quando começou a anoitecer.
- Hoje fizeram-me uma surpresa inesperada.
- Encontraremos outra alternativa para esse problema.
Observação: o pleonasmo é considerado vício de linguagem quando usado desnecessariamente, no
entanto, quando usado para reforçar a mensagem, constitui uma figura de linguagem.
Barbarismo
É o desvio da norma que ocorre nos seguintes níveis de :
- Pronúncia
a) Silabada: erro na pronúncia do acento tônico.
Por Exemplo: - Solicitei à cliente sua rúbrica. (rubrica)
b) Cacoépia: erro na pronúncia dos fonemas.
Por Exemplo: Estou com poblemas a resolver. (problemas)
c) Cacografia: erro na grafia ou na flexão de uma palavra.
Exemplos: - Eu advinhei quem ganharia o concurso. (adivinhei)
O segurança deteu aquele homem. (deteve)
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL
Na construção de um texto, assim como na fala, usamos mecanismos para garantir ao interlocutor
a compreensão do que é dito, ou lido. Esses mecanismos linguísticos que estabelecem a conectividade e
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retomada do que foi escrito ou dito, são os referentes textuais e buscam garantir a coesão textual para que
haja coerência, não só entre os elementos que compõem a oração, como também entre a sequência de
orações dentro do texto. Essa coesão também pode muitas vezes se dar de modo implícito, baseado em
conhecimentos anteriores que os participantes do processo têm com o tema. Por exemplo, o uso de uma
determinada sigla, que para o público a quem se dirige deveria ser de conhecimento geral, evita que se
lance mão de repetições inúteis.
Numa linguagem figurada, a coesão é uma linha imaginária - composta de termos e expressões -
que une os diversos elementos do texto e busca estabelecer relações de sentido entre eles. Dessa forma,
com o emprego de diferentes procedimentos, sejam lexicais (repetição, substituição, associação), sejam
gramaticais (emprego de pronomes, conjunções, numerais, elipses), constroem-se frases, orações,
períodos, que irão apresentar o contexto – decorre daí a coerência textual. Um texto incoerente é o que
carece de sentido ou o apresenta de forma contraditória. Muitas vezes essa incoerência é resultado do mau
uso daqueles elementos de coesão textual. Na organização de períodos e de parágrafos, um erro no
emprego dos mecanismos gramaticais e lexicais prejudica o entendimento do texto. Construído com os
elementos corretos, confere-se a ele uma unidade formal.
Nas palavras do mestre Evanildo Bechara (1), “o enunciado não se constrói com um amontoado de
palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e
semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”. Desta lição,
extrai-se que não se deve escrever frases ou textos desconexos – é imprescindível que haja uma unidade,
ou seja, que essas frases estejam coesas e coerentes formando o texto. Além disso, relembre-se que, por
coesão, entende-se ligação, relação, nexo entre os elementos que compõem a estrutura textual. Há
diversas formas de se garantir a coesão entre os elementos de uma frase ou de um texto:
1. Substituição de palavras com o emprego de sinônimos, ou de palavras ou expressões do mesmo campo
associativo.
2. Nominalização – emprego alternativo entre um verbo, o substantivo ou o adjetivo correspondente
(desgastar / desgaste / desgastante).
3. Repetição na ligação semântica dos termos, empregada como recurso estilístico de intenção
articulatória, e não uma redundância - resultado da pobreza de vocabulário. Por exemplo, “Grande no
pensamento, grande na ação, grande na glória, grande no infortúnio, ele morreu desconhecido e só.”
(Rocha Lima).
4. Uso de hipônimos – relação que se estabelece com base na maior especificidade do significado de um
deles. Por exemplo, mesa (mais específico) e móvel (mais genérico).
5. Emprego de hiperônimos - relações de um termo de sentido mais amplo com outros de sentido mais
específico. Por exemplo, felino está numa relação de hiperonímia com gato.
6. Substitutos universais, como os verbos vicários (ex.: Necessito viajar, porém só o farei no ano vindouro)
A coesão apoiada na gramática dá-se no uso de conectivos, como certos pronomes, certos advérbios e
expressões adverbiais, conjunções, elipses, entre outros. A elipse se justifica quando, ao remeter a um
enunciado anterior, a palavra elidida é facilmente identificável (Ex.: O jovem recolheu-se cedo. Sabia que ia
necessitar de todas as suas forças. (O termo o jovem deixa de ser repetido e, assim, estabelece a relação
entre as duas orações.).
Dêiticos são elementos linguísticos que têm a propriedade de fazer referência ao contexto situacional ou
ao próprio discurso. Exerce, por excelência, essa função de progressão textual, dada sua característica: são
elementos que não significam, apenas indicam, remetem aos componentes da situação comunicativa.
Já os componentes concentram em si a significação. Elisa Guimarães (2) nos ensina a esse respeito:
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- “Os pronomes pessoais e as desinências verbais indicam os participantes do ato do discurso. Os pronomes
demonstrativos, certas locuções prepositivas e adverbiais, bem como os advérbios de tempo, referenciam
o momento da enunciação, podendo indicar simultaneidade, anterioridade ou posterioridade.
Assim: este, agora, hoje, neste momento (presente); ultimamente, recentemente, ontem, há alguns dias,
antes de (pretérito); de agora em diante, no próximo ano, depois de futuro” .
Esse conceito será de grande valia quando tratarmos do uso dos pronomes demonstrativos. Somente a
coesão, contudo, não é suficiente para que haja sentido no texto, esse é o papel da coerência, e coerência
se relaciona intimamente a contexto. Como nosso intuito nesta página é a apresentação de conceitos, sem
aprofundá-los em demasia, bastam-nos essas informações. Vejamos como o examinador tem abordado o
assunto: (PROVA AFTN/RN 2005)
Assinale a opção em que a estrutura sugerida para preenchimento da lacuna correspondente provoca
defeito de coesão e incoerência nos sentidos do texto
COERÊNCIA TEXTUAL
Para ser coerente, o texto deve apresentar uma relação lógica e harmônica entre suas ideias, que devem
ser ordenadas e interligadas de maneira clara, formando, assim, uma unidade na qual as partes tenham
nexo. Não basta, portanto, que o texto tenha coesão, mas é preciso também que o raciocínio exposto não
apresente lapsos, hiatos, deslocamentos abruptos das informações e excesso incoerente de ideias. A
seguir, algumas regras para escrever de forma coerente:
1. Manter a ordem cronológica: não se deve relatar antes o que ocorre depois, a não ser que se pretenda
criar um clima de suspense ou tensão (mas nunca esquecendo que, no final, a tensão deve ser resolvida).
2. Seguir uma ordem descritiva: isto é, seguir a ordem em que a cena, o objeto, o fato são observados - dos
detalhes mais próximos para os mais distantes, ou vice-versa; de dentro para fora; da direita para a
esquerda etc.
3. Uma informação nova deve se ligar a outra, já enunciada: à medida que o texto avança, as novas ideias
devem se relacionar às antigas, de maneira que todas permaneçam interligadas.
4. Evitar repetições: uma ideia já enunciada pode ser repetida - e, em alguns casos, é imprescindível que
isso ocorra -, mas desde que acrescentemos uma informação nova ao raciocínio, um novo elemento, capaz
de aclarar ainda mais o assunto de que estamos tratando. Ou seja, devemos evitar redundâncias: à medida
que escrevemos, o texto se amplia graças à agregação de novas ideias, e não porque insistimos no que já
foi tratado ou usamos um excesso de palavras.
5. Não se contradizer: uma tese exposta e defendida no início não pode ser atacada no final do texto. Se o
objetivo do autor é discutir sobre diferentes argumentações em torno de um mesmo tema, deve deixar
claro quem defende qual ideia. Nesses casos, todo cuidado é pouco: a contradição não deve ser assumida
pelo autor, mas, sim, surgir da diversidade de opiniões.
6. Não escamotear a realidade: um dado concreto, real, só pode ser contestado com base em
investigações científicas. Um fato de conhecimento público pode ter novas versões, mas com base em
depoimentos fidedignos. Encobrir a realidade com rodeios ou subterfúgios, apenas para dar maior
veracidade a uma ideia, acaba sempre comprometendo a qualidade do texto - e, às vezes, abalando a
reputação do autor.
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7. Evitar generalizações: afirmar, de forma infundada ou não, que algo é verdadeiro em grande parte das
situações, ou para a maioria das pessoas, demonstra falta de argumentos ou preconceito do autor.
8.Utilizar os recursos de coesão textual..
NARRAÇÃO
Relatos de fatos;
Presença de narrador, personagens, enredo, cenário, tempo;
Apresentação de um conflito;
Uso de verbos de ação;
Geralmente é mesclada de descrições;
O diálogo direto e indireto sãofrequentes;
A narração consiste em arranjar uma sequência de fatos na qual os personagens se movimentam num
determinado espaço à medida que o tempo passa. O texto narrativo é baseado na ação que envolve
personagens, tempo, espaço e conflito. Seus elementos são: narrador, enredo, personagens, espaço e
tempo. Dessa forma, o texto narrativo apresenta uma determinada estrutura:
Esquematizando temos:
- Apresentação;
- Complicação ou desenvolvimento;
- Clímax;
- Desfecho.
Protagonistas e Antagonistas
A narrativa é centrada num conflito vivido pelos personagens. Diante disso, a importância dos
personagens na construção do texto é evidente. Podemos dizer que existe um protagonista
(personagem principal) e um antagonista (personagem que atua contra o protagonista, impedindo-o de
alcançar seus objetivos). Há também os adjuvantes ou coadjuvantes, esses são personagens
secundários que também exercem papéis fundamentais na história.
Narração e Narratividade
Em nosso cotidiano encontramostextos narrativos; contamos e/ou ouvimos histórias o tempo todo.
Mas os textos que não pertencem ao campo da ficção não são considerados narração, pois essas não
têm como objetivo envolver o leitor pela trama, pelo conflito.
Podemos dizer que nesses relatos há narratividade, que quer dizer, o modo de ser da narração.
Os Elementos da Narrativa
O TEXTO E SEUS FORMATOS
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Os elementos que compõem a narrativa são:
- Foco narrativo (1º e 3º pessoa);
- Personagens (protagonista, antagonista e coadjuvante);
- Narrador (narrador-personagem, narrador-observador).
- Tempo (cronológico e psicológico);
- Espaço.
PROCEDIMENTOS BÁSICOS
01. Interpretação do tema
Devemos interpretar cuidadosamente o tema proposto, pois a fuga total a este implica zerar a prova de
redação;
02. Levantamento de idéias
A melhor maneira de levantar ideias sobre o tema é a auto indagação;
03. Construção do rascunho
Construa o rascunho sem se preocupar com a forma. Priorize, nesta etapa, o conteúdo;
04. Pequeno intervalo
Suspenda a atividade redacional por alguns instantes e ocupe-se com outras provas, para que possa desviar
um pouco a atenção do texto; evitando, assim, que determinados erros passem despercebidos;
05. Revisão e acabamento
Faça uma cuidadosa revisão do rascunho e as devidas correções;
06. Versão definitiva
Agora passe a limpo para a versão definitiva, com calma e muito cuidado!
07. Elaboração do título
O título deve ser urna frase curta condizente com a essência do tema.
Orientação para Elaborar uma Dissertação
Seu texto deve apresentar tese, desenvolvimento (exposição/argumentação) e conclusão.
Não se inclua na redação, não cite fatos de sua vida particular, nem utilize o ainda na 1ª pessoa
do plural.
Seu texto pode ser expositivo ou argumentativo (ou ainda expositivo e argumentativo). As
ideias-núcleo devem ser bem desenvolvidas, bem fundamentadas.
Redija na 1ª pessoa do singular ou do plural, ou fundamentadas. Evite que seu texto expositivo
ou argumentativo seja urna sequência de afirmações vagas, sem justificativa, evidências ou
exemplificação..
Atente para as expressões vagas ou significado amplo e sua adequada contextualização. Ex.:
conceitos como “certo”, “errado”, “democracia”, “justiça”, “liberdade”, “felicidade” etc.
Evite expressões como “belo”, “bom”, “mau”, “incrível”, “péssimo”, “triste”,“pobre”, “rico”
etc.; são juízos de valor sem carga informativa, imprecisos e
subjetivos.
Fuja do lugar-comum, frases feitas e expressões cristalizadas: “a pureza das crianças”, “a
sabedoria dos velhos”. A palavra “coisa”, gírias e vícios da linguagem oral devem ser evitados,
bem como o uso de “etc.” e as abreviações.
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Não se usam entre aspas palavras estrangeiras com correspondência na língua portuguesa:
hippie, status, dark, punk, laser, chips etc.
Não construa frases embroma tórias.
Verifique se as palavras empregadas são fundamentais e informativas.
Observe se não há repetição de ideias, falta de clareza, construções sem nexo (conjunções mal
empregadas), falta de concatenação de ideias nas frases e nos parágrafos entre si, divagação ou
fuga ao tema proposto.
Caso você tenha feito uma pergunta na tese ou no corpo do texto, verifique se a argumentação
responde à pergunta. Se você eventualmente encerrar o texto com uma interrogação, esta
pode estar corretamente empregada desde que a argumentação responda à questão. Se o
texto for vago, a interrogação será retórica e vazia.
Verifique se os argumentos são convincentes: fatos notórios ou históricos, conhecimentos
geográficos, cifras aproximadas, pesquisas e informações adquiridas através de leituras e
fontes culturais diversas.
Se considerarmos que a redação apresenta entre 20 e 30 linhas, cada parágrafo pode ser
desenvolvido entre 3 e 6 linhas. Você deve ser flexível nesse número, em razão do tamanho da
letra ou da continuidade de raciocínio elaborado. Observe no seu texto os parágrafos prolixos
ou muito curtos, bem corno os períodos muito fragmentados, que resultam numa construção
primária.
TEMA: “DENÚNCIAS, ESCÂNDALOS, CASOS ILÍCITOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, CORRUPÇÃO E
IMPUNIDADE... ISSO É O QUE OCORRE NO BRASIL HOJE.”
Uma nova ordem
Nunca foi tão importante no País uma cruzada pela moralidade. As denúncias que se sucedem os
escândalos que se multiplicam, os casos ilícitos que ocorrem em diversos níveis da administração pública
exibem, de forma veemente, a profunda crise moral por que passa o País. O povo se afasta cada vez mais
dos políticos, como se estes fossem símbolos de todos os males. As instituições normativas, que
fundamentam o sistema democrático, caem em descrédito. Os governantes, eleitos pela expressão do
voto, também engrossam a caldeira da descrença e, frágeis, acabam comprometendo seus programas de
gestão.Para complicar, ainda estamos no meio de uma recessão que tem jogado milhares de trabalhadores
na rua, ampliando os bolsões de insatisfação e amargura.
Não é de estranhar que parcelas imensas do eleitorado, em protesto contra o que veem e sentem,
procurem manifestar sua posição com o voto nulo, a abstenção ou o voto em branco. Convenhamos,
nenhuma democracia floresce dessa maneira. A atitude de inércia e apatia dos homens que têm
responsabilidade pública os condenará ao castigo da história. É possível fazer-se algo, de imediato, que
possa acender uma pequena chama de esperança. O Brasil dos grandes valores, das grandes ideias, da fé e
da crença, da esperança e do futuro necessita urgentemente da ação solidária, tanto das autoridades
quanto do cidadão comum, para instaurar uma nova ordem na ética e na moral. Brasileira tome-se mais
séria, rejeite o dito maquiavélico e trate o trabalho como um meio de ascensão e de dignificação do
homem e não como um ato oprobriante.
DESCRIÇÃO
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Retrato de pessoas, ambientes, objetos;
Predomínio de atributos;
Uso de verbos de ligação;
Frequente emprego de metáforas, comparações e outras figuram de linguagem;
Tem como resultado a imagem física ou psicológica;
O texto descritivo objetiva-se a descrever as partes e aspectos de um cenário, de uma cena, de um objeto,
de uma situação, até mesmo de um sentimento. Dessa forma o enunciador faz com que o leitor ou ouvinte
se aproxime o máximo possível daquilo que ele pretende apresentar: personagens, estados, ambientes,
paisagens.
As características de um texto descritivo:
1. Não é importante a ordem dos relatos, portanto, não há progressão temporal.
2. Não traz transformações nos seus relatos.
3. É um texto figurativo (composto por termos concretos).
4. Todas as ocorrências são simultâneas. Se inverter a ordem dos relatos, nada muda.
5. Predominam verbos de estado. (ter, estar, sustenta ser, etc). Os tempos verbais predominantes são
o presente e o imperfeito.
Há descrições que são puramente técnicas (científicas) - aquelas que se limitam a mostrar apenas
características e funções dos objetos; outras as que incluem emoções no conteúdo são
asliterárias (subjetivas).
Os textos narrativos trazem também partes descritivas, principalmente na apresentação do cenário. Há
autores que usam tanto a narração quanto a descrição para compor seus textos - misturam os
procedimentos descritivos ao discurso indireto livre, ou seja, ao estado mental dos personagens, o qual ele
capta.
LEITURA A E ANÁLISE DE TEXTOS
É preciso ler, e principalmente, ler bem. Quem não sabe ler não saberá resumir, não saberá tomar
apontamentos e, finalmente, não saberá estudar. Ler bem é o ponto fundamental para os que quiserem
ampliar e desenvolver as orientações e o processo de aprendizagem.
Elementos da Leitura
A leitura amplia e integra os conhecimentos, desonerado a memória, abrindo cada vez mais os
horizontes do saber enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação. Quem ler constrói sua
própria ciência;quem não ler memoriza elementos de um todo que não se atingiu. Daía importância capital
que se atribuiu ao ato de ler, enquanto habilidade indispensável, aprender a ler não é uma tarefa simples,
pois exige uma postura crítica, sistemática, uma disciplina intelectual por parte do leitor, e esses requisitos
básicos só podem ser adquiridos através da prática. Da experiência.
Modalidades de Leitura
TRABALHOS CIENTÍFICOSNAS NORMAS DA ABNT
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A realidade da leitura é exatamente complexa e variada, visto que o diálogo que se estabelece
entre emissor e receptor não se dão sempre da mesma forma. As nossas leituras têm origens e objetivos
bastante diferenciados. Assim, há leituras de pura informação, como noticiários, jornais, revistas; leituras
de passatempo, como revistas em quadrinho, romances etc.; leituras literárias que são, antes de tudo, uma
comunicação íntima entre o texto e o leitor.
No caso específico de leituras acadêmicas, trata-se de uma linguagem científica que se caracteriza
pela clareza, precisão e objetividade. Ela é fundamentalmente informativa e técnica, firma-se em dados
concretos, a partir dos quais analisa e sistematiza, argumenta e conclui. A objetividade e racionalidade da
linguagem cientificam a distingue de outras expressões, igualmente válidas e necessárias. O que é mais
presente é a leitura de estudo ou informativa, pois visa a coleta de informações para determinado
proposito, destacando-se três objetivos, destacando-se três objetivos predominantes:
Certificar-se do conteúdo do texto, constatando o que o autor afirma os dados que apresenta e as
informações que oferece;
Correlacionar os dados coletados a partir das informações do autor com o problema em pauta;
Verificar a validade das informações.
Etapas da Leitura
Decodificação: tradução dos sinais gráficos em palavras;
Intelecção: preparação do assunto, emissão de significado ao que foi lido;
Interpretação: apreensão das ideias e estabelecimento de relações entre o texto e o contexto;
Aplicação: função prática da leitura, de acordo com os objetivos que se propôs.
Finalidades da Leitura
Informação comou sem objetivo da aquisição de conhecimentos.
Leitura Informativa: cultura em geral.
Leitura formativa: aquisição ou ampliação do conhecimento.
Condição para uma Leitura Proveitosa
Para um estudo proveitoso de um texto, de um artigo ou de um livro, com boa assimilação de seu
conteúdo, alguns passos fazem-se necessários:
1- Atenção
2- Intenção
3- Reflexão
4- Espírito crítico
5- Análise
6- Síntese
Etapas de análise e Interpretação de Textos
DECOMPOSIÇÃO GENERALIZAÇÃO ANÁLISE CRÍTICA
Verificação dos componentes
de um conjunto e suas
possíveis relações.
Permite a classificação,
fundamentada em traços
comuns, dos elementos
Objetividade, explicação e a
justificativa são três
elementos importantes para
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constitutivos. se chegar à validade.
O QUE DEVO IDENTIFICAR NUM TEXTO?
TEMA – ideia central;
PROBLEMA – questionamento de motivação do autor;
TESE – a ideia de afirmação;
OBJETIVO – a finalidade
IDEIAS CENTRAIS – ideias principais;
MAPACONCEITUAL DA ANÁLISE DE UM TEXTO
RESUMO
Um resumo é uma apresentação breve, concisa e seletiva de um texto que permite ao destinatário
tomar conhecimento de um documento sem a necessidade de ler as partes componentes. Nele destacam-
3 - ANÁLISE INTERPRETATIVA
Inerpretação da mensagem do autor
2 - ANÁLISE TEMÁTICA
Compreensão da mensagem do autor
1 - ANÁLISE TEXGTUAL
visão global do texto
4 - PROBLEMATIZAÇÃO
Levantamento e discussão de problemas relacionados
com a mensagem do autor.
5 - SÍNTESE
Reelaboração mental (oral ou escrita) da mensagem do
autor com base na reflexão pessoal.
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se os elementos de maior interesse e importância, identificando as ideias principais do autor e da abra.
Como Resumir
Levando em consideração que quem escreve obedece a um plano lógico através do qual desenvolve as
ideias em uma ordem hierárquica, ou seja, proposição, explicação, discussão e demonstração, são
aconselháveis, em uma primeira leitura, fazer um esboço do texto, tentando captar o plano geral da obra e
seu desenvolvimento.
A seguir, volta-se a ler o trabalho para responder as duas questões principais: de que trata este
texto? O que pretende demonstrar? Com isso, identifica-se a ideia centrale o proposito que nortearam o
autor. Em uma terceira leitura, a preocupação é com a questão; como disse? Em outras palavras, trata-se
de descobrir as partes principais em que se estrutura o texto. Esse passo significa a compreensão das
ideias, provas, exemplos, etc. que servem como explicação, discussão e demonstração da proposição
original ( ideia principal). É importante distinguira ordem em que aparecem as diferentes partes do texto.
Geralmente quando o autor passa de uma ideia para outra, inicia novo parágrafo.
Uma vez compreendido o texto, selecionada as palavras- chavese entendida a relação entre as
partes essenciais, pode-se passar à elaboração do resumo.
Tipos de Resumo
Como efeito, o resumo pode ser de três tipos:
Resumo descritivo ou indicativo: nesse tipo de resumo descrevem-se os principais tópicos de texto
original, e indicam-se sucintamente seus conteúdos.
Resumo informativo ou analítico: é o tipo de resumo que reduz o textoa 1/3 ou ¼ do original,
abolindo-se gráficos, citações, exemplificações abundantes, mantendo-se, porém, as ideias
principais.
Resumo crítico: consiste a condensação do texto original a 1/3 ou ¼de sua extensão. Mantendo as
idéias fundamentais, mas permite opiniões e comentários do autor do resumo sobre o trabalho e
não sobre o autor, pode se centrar na forma ( com relação aos aspectos metodológicos), do
conteúdo ( análise de teor em si do trabalho), do desenvolvimento ( da lógica utilizada na
demonstração); e da técnica de apresentação das ideias principais.
TÉCNICAS DE ESTUDO – FICHAMENTO
COMO FAZER UM FICHAMENTO
O FICHAMENTO é uma TÉCNICA DE ESTUDO que consiste na síntese das ideias centrais de uma
obra. Difere do resumo, pois o seu objetivo são as ideias do autor e não as impressões do leitor. O resumo
é uma atividade livre, em que quem resume tem liberdade de expor com as próprias palavras uma ideia
geral da obra estudada.
No fichamento se usa frequentemente a PARÁFRASE, ou seja, a transcrição fiel das ideias do autor
sobre o tema. Outra característica interessante do fichamento é a OBJETIVIDADE. A exploração das idéias
centrais da obra com o fichamento facilita ao estudante encontrar os CONCEITOS de que ele necessita, com
precisão e objetividade sem ter que recorrer ao livro desesperadamente.
PASSO A PASSO:
1- Identificação do estudante: Consiste na elaboração de um cabeçalho com os dados da instituição (curso,
disciplina, aluno, professor etc.). Ex.:
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Instituto de Formação Técnica -Bahia – I FT- BA
Unidade de Barra da Estiva
Curso: Segurança do Trabalho (modalidade subsequente)
Aluno: JoséBuarque Furtado Santos
Disciplina: Português Instrumental
Professora: Fafá dos Anjos
2- Titulo do fichamento: destaque que é dado ao tema explorado pelo fichamento. Ex.:
Português Instrumental –Produção Textual
3- Referência bibliográfica: é a identificação da obra que foi estudada e será explorada pelo estudante.
MARTINS, Carlos Benedito. O que é Português Instrumental? Coleção primeiros passos. Brasília: Brasiliense,
1994. 100 pág.
A referência bibliográfica deve constar dos seguintes itens em ordem: nome do autor (último sobrenome
em maiúsculo, seguido de nome e sobrenome anterior em minúsculo). Titulo da obra. Local de edição do
livro: editora, ano de edição. Quantidade de paginas.
4- Fichamento: Seleção e paráfrase de ideias do autor que seguem a ideia geral do tema. Cada tema da
obra deve ser transformado em tópico, e as citações do autor em subtópicos.
1. TEORIA
Conjunto de leis e princípios que sustentam uma ciência ou que uma ciência estuda.
1.1 – Leis:
a) “As leis são saberes que podem ser comprovados cientificamente ou não.” (pág.
15).
b) “As leis científicas são aquelas comprovadas através da experimentação” (pág.
17)
1.2 – Princípios:
a) “São condições necessárias para a concretização ou realização de um fato
oufenômeno” (pág. 22)
b) “Princípios científicos são particulares de cada área da ciência” (pág. 25)
2. CIÊNCIA:
a) “Conjunto de teorias e leis que caracterizam cada campo de estudo.” (pág. 29).
b) “As ciências historicamente sofrem influencia das ideologias que vigoram em
cada época.” (pág. 31).
3. Conclusão:
O estudante pode fazer um comentário geral da obra seguido de tópicos de citações. Ex.:
Diversos pensadores se debruçaram em estudo sobre a organização e
desenvolvimento das sociedades. Assim a sociologia se consolidou como
ciência e contribuição às demais ciências.
a) “A sociologia pertence ao grupo das ciências sociais, e contribui
para a compreensão do funcionamento e organização das
sociedades.” (pág. 92).
b) “O pré-suposto histórico influi diretamente na relação entre a
ideologia e a ciência, pois cada sociedade em cada tempo
consolida sua forma de se organizar e ver o mundo.” (pág. 95).
c) “O desenvolvimento das tecnologias da Informação deu origem
a uma nova organização social, em que se formam comunidades
virtuais, de bases tecnológica e informacional.” (pág. 99).
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DISSERTAÇÃO
Defesa de um argumento:
a) Apresentação de uma tese que será defendida;
b) Desenvolvimento ou argumentação;
c) Fechamento;
Predomínio de linguagem objetiva;
Prevalece a denotação;
A INTRODUÇÃO
Vai iniciar o estudo com alguns esclarecimentos sobre a primeira parte da estrutura que é a introdução.
O primeiro parágrafo de uma dissertação deve ser claro, objetivo e conciso, preferencialmente. Um ou
dois períodos iniciais expressando de maneira sucinta a ideia central (ou núcleo), convencionalmente
chamada de tópico frasal ou tese (ideia defendida pelo autor).
Seguem EXEMPLOS demonstrando algumas possibilidades para se iniciar um texto:
1 – Uma cena descritiva: Exemplo:
- O som invade a cidade. Buzinas estridentes atordoam os passantes. Edifícios altíssimos cobrem os céus
cinzentos da metrópole. Uma fumaça densa e ameaçadora empresta a São Paulo o aspecto de
fotografias antigas sombreadas pela cor do tempo. É a paisagem tristonha da poluição.
2 – Uma frase declarativa ou afirmação: Exemplo:
- O artista contemporâneo, diante de um mundo complexo e agitado, tem por missão traduzir o mais
fielmente possível essa realidade. Mesmo que pareça impossível impedir que o subjetivismo esteja
presente, deve-se despir de opiniões já estabelecidas de pré-julgamentos ou preconceitos, a fim de que
essa tradução seja fidedigna.
3 – Frases ou expressões nominais: Exemplo:
- Baixos salários. Médicos descontentes. Enfermagem pouco qualificada. Falta de medicamentos. Desvio
de verbas. Hospitais insuficientes e mal aparelhados. Atendimento precário. Esse é o retrato da saúde
pública brasileira.
4 – Resgate histórico ou dados retrospectivos: Exemplo:
- As primeiras manifestações de comunicação humana nas eras mais primitivas foram traduzidas por
sons que expressavam sentimentos de dor, alegria ou espanto. Mais tarde, as pinturas rupestres
surgiram como primeiros vestígios de tentativa de preservação de uma era...
5 – Citação: textual e comentada. Exemplo:
- Textual: "O escravo brasileiro, literalmente falando, só tem uma coisa: a morte." Joaquim Nabuco,
grande teórico do movimento abolicionista brasileiro. Nabuco revela uma das características que o
pensamento antiescravista apresenta: a nota de comiseração pelo escravo.
- Comentada: O teórico Joaquim Nabuco, em sua comiseração pelo escravo brasileiro, disse que este só
tem a própria morte. O movimento brasileiro antiescravista, quando já fortalecido, deixou bem clara
essa pungente acusação nas palavras dos abolicionistas.
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6 – Pergunta ou uma sequência de perguntas: Exemplo:- Os pensadores do século XIX propuseram nos
termos da época as questões que, apesar de toda a posterior realidade, continuam a intrigar os críticos
sociais: como funciona a mente de um político? Quais são os fatores imponderáveis que o levam a agir
desta ou daquela maneira?
7 – Definição: Exemplo
- O envelhecimento é um processo evolutivo que depende dos fatores hereditários, do ambiente e da
idade, embora ainda não tenham sido descobertas as causa precisas que o determinam em toda a sua
amplitude e diversidade.
8 – Linguagem figurada: Exemplo:
- Os meios de comunicação, com sua velocidade estonteante de informação, fazem de cada homem um
condômino do mundo. De repente, todos ficaram sabendo quase tudo, sem tempo para digerir 90% das
informações que recebem; é uma ilha cercada de comunicações por todos os lados.
9 – Narração: Exemplo:
- O ano de 1997 foi marcado pela expansão da informática no país: realizaram-se as mais importantes feiras
do mundo, apresentando novidades que deslumbraram os brasileiros. Os mais ávidos de atualizar-se
transformaram-se em presas definitivas de um dos mercados mais lucrativos do planeta.
10 - Ideias contrastantes ou ponto de vista oposto: Exemplo:
- Enquanto muitos políticos brasileiros praticam a corrupção ao desviarem altíssimas somas em dinheiro do
tesouro público, cerca de 30% da população sobrevive com menos de um salário mínimo. E para agravar,
ainda temos episódios inaceitáveis como a proposta de aumento do salário dos deputados de R$ 12.000
para R$ 21.000!
11 – Comparação: Exemplo:
- A era da informática veio aprofundar os abismos do país: de um lado, assistimos ao avanço tecnológico
desfrutado por cerca de 2% da população; de outro, assistimos à crescente marginalização da maioria que
sequer consegue alfabetizar-se minimamente.
12 – Contestação ou confirmação de uma citação: Exemplo:
- O computador liberta, afirmou Nicholas Negroponte, o pioneiro da era digital. Contudo, o modo como a
informática vem se impondo parece angustiar o homem, gerando ansiedade que, longe de libertar,
escraviza.
13 – Declaração surpreendente: Exemplo:
- Jamais houve cinema silencioso. A projeção das fitas mudas era acompanhada por música de piano ou
pequena orquestra. No Japão e outras partes do mundo, popularizou-se a figura do narrador ou
comentador de imagens, que explicava a história ao público. Muitos filmes, desde os primórdios do cinema,
comportavam música e ruídos especialmente compostos.
O DESENVOLVIMENTO
O desenvolvimento é a parte mais extensa do texto dissertativo. Compreende os argumentos
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(evidências, exemplos, justificativas etc.) que dão sustentação à tese – ideia central defendida no primeiro
parágrafo. O conteúdo dos parágrafos de desenvolvimento deve obedecer a uma progressão: repetir ideias
mudando apenas as palavras resulta em redundância. É preciso encadear os enunciados de maneira que se
completem (cada enunciado acrescentará informações novas ao anterior). Deve-se também evitar a
reprodução de clichês, fórmulas prontas e frases feitas – recursos que enfraqueçam a argumentação.
Cabe lembrar, ainda, que a adequada utilização de seu repertório cultural será determinante para
diversificar e enriquecer seus argumentos. Observe alguns EXEMPLOS DE ARGUMENTAÇÃO
Tema: Televisão
1. Argumentação por exemplificação
- Já foi criada até uma campanha – "Quem financia a baixaria é contra a cidadania" – para que sejam
divulgados os nomes das empresas que anunciam nos programas que mais recebem denúncias de
desrespeito aos direitos humanos. O mais importante nessa iniciativa é que a participação da sociedade,
que pode abandonar a passividade e interferir na qualidade da programação que chega às casas dos
brasileiros.
2. Argumentação histórica
- Quem assiste à TV hoje talvez nem imagine que seu compromisso inicial, quando chegou ao país, há
pouco mais de meio século, fosse com educação, informação e entretenimento. Não se pode negar que ela
evoluiu –transformou-se na maior representante da mídia, mas em contrapartida esqueceu-se de educar,
informa relativamente e entretém de maneira discutível.
3. Argumentação por constatação
- Para além daquilo que a televisão exibe, deve-se levar em conta também seu papel social. Quem já não
renunciou um encontro com amigou ou a um passeio com a família para não perder a novela ou a
participação de algum artista num programa de auditório? Ao que tudo indica, muitos têm elegido a tevê
como companhia favorita.
4. Argumentação por comparação
- Enquanto países como Inglaterra e Canadá têm leis que protegem as crianças da exposição ao sexo e à
violência na televisão, no Brasil não há nenhum controle efetivo sobre a programação. Não é de
surpreender que muitos brasileiros estejam defendendo alguma forma de censura sobre a TV aberta.
5. Argumentação por testemunho
- Conforme citado pelo jornalista Nelson Hoineff, "o que a televisão tem de mais fascinante para quem a faz
é justamente o que ela tem de mais nocivo para quem a vê: sua capacidade aparentemente infinita de
massificação". De fato, mais de 80% da população brasileira tem esse veículo como principal fonte de
informação e referência.
A CONCLUSÃO DO TEXTO DISSERTATIVO
- Quando elaboramos uma dissertação, temos sempre um objetivo definido: defender uma ideia e
convencer (persuadir) o leitor. Para tanto, apresentamos (na introdução) uma tese (a ideia central) que
será desenvolvida com eficientes argumentos, até atingir a última etapa da estrutura dissertativa: a
conclusão. Assim, as ideias devem estar articuladas numa sequência que conduza logicamente ao final do
texto.
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Não há um modelo único de conclusão. Cada texto pede um determinado tipo de fechamento, a depender
do tema, bem como do enfoque escolhido pelo autor. Em textos com teor informativo, por exemplo,
caberá a conclusão que condense as ideias consideradas. Já no caso de textos cujo conteúdo seja polêmico,
questionador, será apropriada uma conclusão que proponha soluções ou trace perspectivas para o tema
discutido.
Observe alguns dos PROCEDIMENTOS ADEQUADOS para se concluir um texto dissertativo:
1. Síntese da discussão – apropriada para textos expositivos, limita-se a condensar as ideias defendidas ao
longo da explanação.
2. Retomada da tese – é a confirmação da ideia central. Reforça a posição apresentada no início do texto.
Deve-se, contudo, evitar a redundância ou mera repetição da tese.
3. Proposta(s) de solução – partindo de questões levantadas na argumentação, consiste na sugestão de
possíveis soluções para os problemas discutidos.
4. Com interrogação (retórica) – só deve ser utilizada quando trouxer implícita a crítica procedente, que
instigue a reflexão do leitor. É preciso evitar perguntas que repassem ao leitor a incumbência de encontrar
respostas que deveriam estar contidas no próprio texto.
.
REDAÇÃO - TÉCNICO-CIENTÍFICO UM TRABALHO PRÁTICO REALIZADO EM CLASSE GERALMENTE ESTÁ
DIVIDIDO NOS SEGUINTES TÓPICOS:
Introdução
Materiais e métodos
Discussão
Resultados
Conclusões
NUM PROJETO, QUE É UM TRABALHO PRÁTICO MAIS LONGO, O RELATÓRIO CONTÉM MAIS PARTES:
Prefácio
Sumário
Introdução
Materiais e métodos
Resultados
Discussão
Conclusões
Resumo
Referências, literatura citada ou bibliografia.
Lista de tabelas e figuras
Apêndice
Título O título é colocado na primeira página ou capa e também na folha de rosto. Na primeira, além
do título deve constar o nome do autor, local e data de conclusão, enquanto na segunda repete-se o título,
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eventualmente subtítulo, nome completo do autor, com seus títulos acadêmicos logo abaixo, além do
nome da Instituição, Unidade e Departamento, quando couber, local e data de conclusão.
Prefácio Neste item informa-se sobre os objetivos do trabalho, seu conteúdo e limitações do
mesmo, menciona-se a assistência recebida durante a execução do trabalho, bem como se faz os
agradecimentos, que além de habitual, é de bom tom. Agradecimentos normalmente são incluídos
em tarefas longas, como projeto extraclasse realizado ao longo de disciplinas, monografias,
dissertações e teses.
Sumário Deve figurar todas as secções e eventualmente as subsecções, na ordem em que
aparecem no relatório, juntamente com o número Arábico das páginas.
Introdução Esta secção deve conter informações gerais sobre o assunto, os motivos e a relevância
do trabalho, os objetivos propostos e uma exposição resumida do seu conteúdo. Ocasionalmente
pode haver um item de objetivos, mas geralmente eles são incorporados à introdução. Geralmente
é incluída uma breve revisão da literatura específica. Recomendo escrever a introdução quando
estiverem prontas as secções metodologia, resultados e conclusões.
Materiais e Métodos A palavra materiais refere-se ao objeto de estudo, enquanto métodos
englobam a descrição das técnicas utilizadas, as quais naturalmente implicam o uso de aparelhos e
outros instrumentos. Esta secção deve ser breve, mas com detalhes suficientes para a repetição do
experimento por outras pessoas. No caso de trabalhos feitos no campo é importante incluir uma
descrição do local de estudo que pode ser colocada em uma subsecção ou uma nova secção.
Resultados Esta secção inclui uma descrição clara do que foi observado, sem comentários nem
interpretações pessoais. Os resultados podem ser quantitativos e/ou qualitativos e
portantofrequentemente precisam ser apresentados sob forma de tabelas e figuras. A palavra
figura inclui gráficos, mapas, desenhos, fotos, que são numerados em números arábicos, na ordem
em que são citados no texto. As legendas devem ser explicativas e colocadas no topo de tabelas e
na parte inferior de figuras. Devem também ser relatados nesta secção, eventos que foram
relevantes, tais como, dados inesperados, erro na utilização de técnicas, mudanças no emprego dos
métodos, incidentes que chegaram a desviar o rumo da pesquisa, particularmente em relatórios,
teses e afins. Nunca selecione ou elimine dados para dar a aparência desejada, pois este é um
procedimento inaceitável, por ser desonesto.
Discussão Aqui os resultados são expostos num contexto mais amplo, pois compara-se os próprios
resultados com os de outros similares. Artigos publicados em periódicos científicos
frequentemente agrupam resultados e discussão em uma única secção.
Conclusões Diferentemente de um ensaio, no caso de um relato de experimento pessoal, as
conclusões não repetem os resultados, mas descrevem o que eles mostram e o que pode ser
derivado deles. Contudo é importante referir-se a um resultado específico quando se quer dar
suporte a uma ideia.
Dicas para a redação deste tópico são dadas em White (1991), as quais são resumidas a seguir:
Mostre a relação de seus resultados com os objetivos do estudo.
Refira-se apenas aos seus próprios resultados, pois você já os comparou com de outros cientistas
na secção "Discussão".
Exponha seus resultados em termos de fidedignidade e fontes de erro.
Nunca ignore resultados negativos.
Resumo (= Abstract) Só deve ser elaborado após a redação das conclusões, pode ser colocado
depois do sumário e deve conter o enunciado do problema, métodos empregados na manipulação
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dos experimentos, principais descobertas e as conclusões, na ordem em que aparecem no corpo do
texto. Ele deve conter um número limitado de palavras, geralmente não mais que 200 ou 300.
Referências, Literatura Citada ou Bibliografia. Há sempre no final do trabalho uma lista das fontes
de informação utilizadas no mesmo. Chama-se referências bibliográficas ou literatura citada a lista de todos
os autores citados no texto e o termo bibliografia refere-se à existência de informações sobre a obra, além
dos detalhes da publicação em si. Em trabalhos de classe recomendo nomear "fontes de consulta" ou
"referências selecionadas" como título para este tópico, caso os autores não tenham sido citados nas
diferentes secções. As referências podem ser citadas no texto por autor e ano, forma usada em teses e
similares e na maioria das revistas biológicas, ou por número, muito usado em artigos sobre química. Neste
último caso a listagem de referências segue a ordem numérica e não a alfabética, como no primeiro. As
citações no texto devem ser pelo sobrenome do autor, escrito em letras maiúsculas ou caixa alta, seguido
do ano entre parênteses. Caso um mesmo autor tenha várias publicações em um mesmo ano, acrescentar
letras minúsculas (a-z).Até três autores, todos os sobrenomes são citados, sendo que a separação do último
é feita pelo símbolo & e os demais por vírgula ou ponto e vírgula. Quando um trabalho tem mais de três
autores, ao nome do primeiro autor adiciona-se et al., em itálico. No entanto, deve-se fazer a citação
completa na lista bibliográfica. Além dos trabalhos publicados, também podem ser citados no corpo do
texto, artigos aceitos para publicação, artigos submetidos, mas sem terem atingido a fase de publicação,
artigos em elaboração e até mesmo fontes não bibliográficas, como palestra, bibliográficas, que além disto
seu uso requer prévia permissão do autor conversa, carta e e-mail. No primeiro caso, seguir as orientações
para livros ou periódicos fornecidas abaixo, substituindo o ano da publicação pela expressão "no prelo",
para a segunda condição, esta expressão deverá ser substituída por "Inédito" e "em fase de elaboração"
para a situação seguinte. lembrar: deve ser citada a fonte de qualquer informação utilizada. A construção
da lista bibliográfica, em ordem alfabética e cronológica, quando há mais de um trabalho de um mesmo
autor, deve seguir as normas fixadas pela ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
(frequentemente modificadas), disponíveis nas bibliotecas. Ressalto, no entanto, que tais normas
raramente são seguidas corretamente por autores de livros e artigos científicos, nacionais ou estrangeiros.
Comprove esta afirmativa comparando as listas de artigos publicados na Revista Brasileira de Biologia,
Revista Brasileira de Zoologia, Iheringia ou Marine Biology, com os exemplos que seguem abaixo. No caso
de artigo para publicação a regra é escrever segundo as normas da revista escolhida. Na lista de autores a
palavra que inicia a segunda linha é sob a terceira letra do nome do autor, em toda a lista, seja livro, tese e
similares ou artigo em periódico. Geralmente trabalhos publicados sob a forma de resumos em eventos
não são citados em artigos, contudo nada impede de que o sejam em teses, dissertações, monografias e
relatórios. Deste modo, incluímos um exemplo nas orientações que seguem: Comunicações em Congressos:
sobrenome em letra maiúscula, iniciais dos prenomes. Título da comunicação. In: Título do Encontro em
letras maiúsculas, local. Título da publicação em negrito. Local: editor, volume, ano, página inicial e página
final. CERQUEIRA, W.R.P. Distribuição das comunidades de Echinodermata ao leste da Baía de Todos os
Santos, Bahia, Brasil In: XII ENCONTRO DE ZOOLOGIA DO NORDESTE, Feira de Santana. Resumos, Feira de
Santana: Sociedade Nordestina de Zoologia e Universidade Estadual de Feira de Santana, 1999, p.355.
Livros : último sobrenome do (s) autor(es) seguido da (s) inicial (ais), título grifado (ponto), subtítulo, se
houver, número da edição (exceto a primeira), local de publicação (dois pontos), editora (vírgula), ano
(ponto), número total de páginas seguido da abreviaturaou de volumes seguido da abreviatura v.,
indicando a existência de ilustrações pela abreviatura il. Na citação de capítulos de livros, o modelo é o que
segue logo abaixo do primeiro exemplo. QUICKE, D.L.J. Principles and techniques of contemporary
taxonomy. Glasgow: Chapman & Hall, 1993. 311p MARGALEFF, R. Ecologia. Barcelona: Ômega, 1989. 1977
p. il. Cap. 3: Ecologia descritiva, p. 324-343. Livro com capítulos escritos por autores diferentes: além dos
autores, o livro tem um editor; nesta situação a ordem é a seguinte: último sobrenome do (s) autor (es) do
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capítulo e iniciais, título do capítulo; escrever In: seguido do(s) nome(s) do(s) editor(es), título do livro
grifado, local de publicação, editora, ano, número de páginas, número do capítulo (se houver) e páginas do
capítulo.
HOTCHKISS, F.H.C. Ophiuroidea (Echinodermata) from Carrie Bow Cay, Belize. In: RÜTZLER, K.,
MACINTYRE, Z.G.(Eds.) The Atlantic barrier reef ecosystem at Carrie Bow Cay, Belize, I. Structure
and communities. Washington: Smithonian University Press., 1982: 937 p., p.420-423.
Teses, dissertações e similares: nome do autor e inicial (ais), título sem grifo, local, ano (ponto),
número de páginas, il. (ilustrações se houver) grau obtido, área do conhecimento, instituição
acadêmica (ponto) ano.
Artigo em periódico: sobrenome do(s) autor (es) e inicial(ais), separados por ponto e vírgula no
caso de mais de um autor, título do artigo, nome da revista em negrito, volume e número,
paginação e ano. KERR, W.E. A ciência vai à roça. Ciência Hoje. v. 6, n. 31, p. 30-35. 1987. Textos
obtidos na internet: sobrenome do (s) autor (es) e inicial (ais),separados por ponto e vírgula no
caso de mais de um autor, título do texto ou artigo, editores (se houver), título do hipertexto (se
houver) grifado, e em negrito o endereço seguido da data da consulta, como no exemplo abaixo:
BRAVO, F. Filogenia dos seres vivos. In: PEIXINHO, S.; ROCHA, P. (Eds.) Vida: Diversidade e Unidade.
http://w.ufba.br/~qualibio/003.html (capturado em 21 maio de 1999)
Certas abreviaturas são usadas em artigos e livros científicos, a exemplo de et al., ( do latim et alia,
significando "e outros"), op. cit., ( do latim opere citato, "no trabalho citado") e Ibid. (ibidem,
significado em latim, "no mesmo lugar"), todas sublinhadas ou em itálico. Op. cit. é usado quando
se faz referência a um autor, já mencionado anteriormente no mesmo texto. Já a palavra Ibid.,
pode ser usada na lista de referência se as citações consecutivas têm a mesma fonte, ou seja,
foram publicadas na mesma revista mas em páginas diferentes.
1.5. Estilo da Redação Para a redação como um todo sugiro a consulta ao livro de REY (1972) e em
particular o trecho relativo às recomendações quanto ao estilo:
Recomenda-se expor os resultados no passado, usando-se o presente para as generalidades.
O uso excessivo da voz passiva diminui a clareza e deixa indeterminado o autor da observação,
portanto, sempre que possível use a voz ativa.
Evite frases e abreviaturas que nada informam, como por exemplo, "etc.", "entre outras coisas".
Não esconda resultados sob frases tímidas.
1.1.6. Apresentação oral A participação de discussões em grupo, como por exemplo, seminários, é
uma prática já bastante comum entre os estudantes de Ciências Biológicas, por isto incluo algumas
"dicas" para uma boa exposição oral. Naturalmente que a etapa de preparação inclui busca e
tratamento de informações, bem como redação de texto e suporte visual para apoiar a
comunicação verbal. Uma palestra geralmente é dividida em introdução, corpo, conclusão, período
para questões, e o tempo de apresentação, que em trabalhos de classe, situa-se entre 15 e 30
minutos; portanto é necessário ajustar o conteúdo da palestra ao tempo. Perante a audiência a
comunicação não verbal é tão importante quanto a verbal e as sugestões listadas a seguir, podem
ser de grande utilidade.
Exponha o assunto para todos, de preferência em pé, não para o professor ou um único colega,
mas de tempos em tempos dirija-se a algumas pessoas, em diferentes partes da sala.
Fale de modo claro, lento e razoavelmente alto, sem excesso de gesticulação, explicando sempre
qualquer termo científico pouco conhecido.
Particular atenção deve ser dispensada a vícios de linguagem, com por exemplo, repetição da
mesma palavra no final de frases : "não é?" , "entendeu"?
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Ao dar uma informação errada, seja honesto e corrija; nunca tente esconder, esperando que os
ouvintes não tenham percebido.
Pode ser complementar ao presente texto, apresentação oral, uma consulta à "Anatomia de uma
apresentação" ( Escola Paulista de Medicina)
Referências ECO,U. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1998. 96p. REY, I. Como redigir
trabalhos científicos. São Paulo: Edgard Blücher-EDUSP, 1972. 128p. SALOMON, D.V. Como fazer
uma monografia. Elementos da metodologia do trabalho científico. 6a.edição, Belo Horizonte:
Interlivro, 1979. 317p. WHITE, B. Studyng for Science. A guide to information, communication and
study techniques. London: Chapman & Hall, 1991. 202p. Leituras recomendadas
BARRASS, R. Os cientistas precisam escrever: Guia de redação para cientistas, engenheiros e
estudantes. Trad. Leila Novaes e Leônidas Hegenberg. São Paulo: EDUSP, 1978. 218p. OLIVEIRA, E.
Todo mundo tem dúvida, inclusive você. Português. 2a.edição, Porto Alegre: Sagra, 1983. 180p.
Estudantes de Ciências Biológicas frequentemente registram suas observações por meio de
esquemas de organismos, portanto é importante que tenham ao menos noções básicas sobre
como desenhar, a exemplo das que seguem abaixo, retiradas principalmente de Boolootian &
Heyneman ( 1969).
Decida precisamente o que vai mostrar. Selecione o animal ou uma parte representativa do
mesmo.
Selecione a escala ou aumento apropriado e faça seus esquemas suficientemente grandes e claros,
de preferência no centro da página.
Divida seu papel em quadrantes usando linhas leves e interrompidas. Com o auxílio dessas divisões,
delineie, do mesmo modo, o contorno do objeto a fim de representar a simetria apropriada.
Substitua as linhas interrompidas de seu esquema, por outras inteiras e firmes e represente o
s detalhes estruturais importantes. Não sobrei, nem, queira dar um "toque artístico".
Preencha os detalhes, mas não além do necessário. Se seu espécime tem simetria bilateral, os
detalhes de um lado são suficientes, enquanto na simetria radial, os detalhes podem ser restritos a
um pequeno setor.
Coloque as legendas nas margens e ligue-as, com linhas sólidas, ao objeto ou estruturas, de modo
que as linhas nunca se cruzem.
Complete o desenho com um título abaixo do mesmo, indicando o aumento, a vista ou ângulo
ilustrado e outros detalhes pertinentes. Limite os detalhes e as legendas ao espécime que você
observou. Quando outras informações são adicionadas, a fonte de consulta precisa ser citada.
A classificação completa do organismo pode ser colocada no canto superior da página.
N.B. Limite os detalhes e as legendas ao espécime que você observou. Quando outras informações
são adicionadas, a fonte de consulta deve ser citada.
Referência bibliográfica:
ELABORAR RELATÓRIOS
Nas mais diversas situações da comunicação social falada e escrita já leste ou ouviste alguém dizer que foi
pedido um relatório sobre determinada ocorrência. É usual, por exemplo, pedir um relatório na sequência
de um determinado acidente ou na sequência de uma situação problemática com graves consequências,
assim como é normal que determinada comissão de inquérito, no âmbito, por exemplo, da Assembleia da
República, elabore um relatório onde apresenta os resultados das suas investigações. No âmbito das aulas,
os alunos e alunas podem ser convidados a usar esta estratégia.
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A redação de relatórios é um trabalho que parece perfeitamente adequado e legítimo, por exemplo, na
sequência das viagens de estudo, ou na sequência do visionamento de um filme. Mas a sua realização pode
também ser solicitada a partir das próprias aulas, uma vez que pode ser apresentado e elaborado a partir
de uma sequência de aulas em que foi tratada determinada matéria ou abordado determinado tema.
O relatório feito a partir de uma sequência de aulas pode ser realizado individualmente ou em grupo.
Apresentaremos em seguida três possíveis tipos de plano de relatório para:
viagem de estudo;
visionamento de filme;
sequência de aulas.
PLANO DE RELATÓRIO DE VISITA DE ESTUDO
1. Introdução
• Local ou locais visitados;
• Data da visita;
• Horário;
• Meio de transporte;
• Turmas participantes;
• Professores acompanhantes;
• Responsáveis pela organização.
2. Desenvolvimento
• Objetivos da visita de estudo;
• Relacionamento dos temas de estudo (aulas) com os locais visitados;
• Expectativas pessoais relativamente à visita;
• Descrição objetiva dos locais visitados ou das atividades realizadas;
• Aspectos considerados mais importantes, mais relevantes;
• Grau de satisfação das expectativas pessoais;
• Ambiente em que decorreu a visita (pontualidade, relações entre colegas, entre
alunos e professores; clima de afetividade, convívio, maneira como foram
acolhidos pelas instituições, etc.)
3. Conclusão
• Opinião pessoal sobre a visita;
• Aspectos que foram mais conseguidos e menos conseguidos;
• Sugestões para ter em conta em futuras visitas.
4. Anexos
• Fotografias;
Documentos preparatórios ou motivadores previamente distribuídos;
• Documentos recolhidos durante a visita;
• Inquérito de avaliação da visita de estudo;
• Outros.
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PLANO DE RELATÓRIO DE VISIONAMENTO DE FILME
1. Introdução
Data do visionamento do filme;
Local;
⇒Título do filme;
Realizador;
Ano de realização;
Personagens principais;
Motivação: razões do visionamento; ligação entre a temática das
aulas e a temática do filme.
2. Desenvolvimento
Breve síntese da história;
Momentos do filme considerados mais importantes;
Momentos que têm mais ligação com a matéria das aulas;
Momentos do filme que originaram maior debate de ideias;
Síntese das ideias expressas no debate realizado após o
visionamento;
3. Conclusão
Opinião pessoal ou de grupo sobre o filme;
Grau de satisfação das expectativas pessoais e do grupo;
Sugestões para futuras sessões.
4. Anexos
Ficha técnica completa do filme;
Críticas sobre o filme.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS