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Caso...
A empresa de transporte “Caminhos do Futuro Ltda.” fora contratada
pela empresa “Americanas S/A” para a entrega de uma mercadoria de
uma de suas clientes, comprada via internet. O contrato de prestação
de serviços foi formalizado para que a entrega ocorra dentro do prazo
previsto entre as cidades de Goiânia e Caldas Novas/GO.
A caminho do local da entrega, a empresa de transporte foi
interceptada pela fiscalização estadual na rodovia BR153 próximo a
cidade de Santa Tereza de Goiás, e ao analisar os documentos,
identifica que não foi recolhido o ICMS da mercadoria que está se
circulando de propriedade da Americanas S/A.
O Auditor fiscal promove o Auto de Infração e Imposição de Multa com
fundamento no artigo 46, I da Lei 11.651/91 (Código Estadual de
Goiás), que prevê:
Caso...
Art. 46 - São responsáveis pelo pagamento do imposto devido:
I - o transportador, em relação às mercadorias.
§ 1º - A responsabilidade de que trata este artigo exclui a do
contribuinte, exceto nos casos em que este tenha concorrido para a
prática da infração à legislação tributária.
§ 2º - Quando a responsabilidade, de que trata este artigo, alcançar
mais de uma pessoa, estas responderão solidariamente pela
satisfação da obrigação tributária.
O caminhoneiro conversa com o Advogado da empresa, pois não
poderá continuar a viagem, sem o devido recolhimento do tributo no
valor de R$ 150.000,00, e também a multa no montante de R$
500.000,00.
Avalie o caso
Art. 128
Sem prejuízo do disposto
neste capítulo, a lei pode
atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito
tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade
do contribuinte ou atribuindo-a
a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial
da referida obrigação.
Caso...
Paula e Joana (irmãs) adquiriram um imóvel em 2007 para
investimento. Formalizaram um contrato de locação com José em
2008, que durante 2 anos ficaria responsável pela quitação de todos os
tributos incidentes sobre a propriedade, como IPTU e taxa de lixo.
Ocorre que José perdeu seu emprego, e não está mais adimplindo
com suas obrigações, o que leva Paula e Joana a requerem por ordem
judicial, o despejo do inquilino. Por circunstâncias do mercado, o
imóvel não foi mais alugado. 03 anos se passam, e Paula recebe em
Agosto de 2011 uma citação para se manifestar de uma Execução
Fiscal municipal pelo não recolhimento do IPTU de 2009. Contrata
advogado e nos autos manifesta que tal cobrança seria indevida, pois
o contrato formalizado levava a José, na época inquilino, a
responsabilidade pelo pagamento do tributo. Manifesta também que
não era a única proprietária do imóvel, e por isso não deveria arcar
sozinha com o tributo, exigindo a citação da Joana para que também
possa se manifestar. Apresenta como prova, o contrato de locação,
bem com a escritura do imóvel.
Caso...
O Juiz ao receber os embargos à execução realiza despacho de
citação para Joana que não fora encontrada. Em 2017 a Fazenda
Pública Municipal requer ao Juiz o redirecionamento da Execução
Fiscal para Joana, visto que Paula não possuía nenhum bem para uma
possível penhora.
O Juiz imediatamente defere o pedido, citando em 03.02.2017 com
sucesso a proprietária Paula. Diante dos fatos narrados, responda:
A – O contrato de locação firmado entre Joana, Paula e José, tem o
condão de retirar a responsabilidade tributária do pagamento de IPTU?
B – No caso em tela há responsabilidade solidária entre Joana e Paula
no pagamento de IPTU?
C - No caso em tela observando o disposto no artigo 125, III é possível
descaracterizar a responsabilidade da Joana no pagamento do tributo?
Art. 130
Os créditos tributários
relativos a impostos cujo fato
gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de
bens imóveis, e bem assim os
relativos a taxas pela
prestação de serviços
referentes a tais bens, ou a
contribuições de melhoria,
subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo
quando conste do título a
prova de sua quitação.
Caso...
Luciana é proprietária de um imóvel urbano, mas em razão de
uma mudança de cidade, decide vender para Francisco, e para
tal formalizam um contrato de compra e venda em fevereiro de
2014. Após a realização do registro do imóvel em nome do novo
proprietário, Luciana muda para uma nova cidade. Ocorre que foi
surpreendida com uma citação para se manifestar em uma
Execução Fiscal de dívidas de IPTU de 2013, quando era
proprietária. A alegação de Francisco que havia sido citado
inicialmente, foi de que todo o processo de venda somente foi
concluído em 2014, e seu nome neste momento sequer constava
em CDA ou dívida ativa, e que também seu bem imóvel adquirido
estaria protegido por ser considerado “Bem de Família”. Diante
dos fatos o Juízo deferiu seu pedido para que a execução fosse
redirecionada a Luciana. Sendo seu escritório contratado pela
Luciana para auxiliar no caso, responda:
Caso...
A – É legítima a responsabilidade solidária da Luciana para
responder pela dívida tributária?
B – O argumento do atual proprietário com relação a
impenhorabilidade do bem de família, se aplicaria ao caso em tela?
C – Quais argumentos poderiam ser apresentados para afastar a
responsabilidade da Luciana nessa Execução Fiscal?
Art. 3º
A impenhorabilidade é
oponível em qualquer
processo de execução civil,
fiscal, previdenciária,
trabalhista ou de outra
natureza, salvo se movido:
IV - para cobrança de
impostos, predial ou territorial,
taxas e contribuições devidas
em função do imóvel familiar
Caso...
Maria de Lourdes, advogado trabalhista, recentemente em razão de
seu trabalho, adquiriu um bem imóvel e por saber que seria
responsável pelas dívidas tributárias, requereu ao alienante uma
certidão negativa para se proteger de futuros incômodos com a
prefeitura. Ocorre que recentemente foi surpreendida com a cobrança
de um IPTU do período anterior à data da compra, e por entender ser
ilegítima se dirigiu a secretaria da fazenda municipal requerendo a
correção dos dados. A servidora pública municipal que atendeu a nova
proprietária argumentou que a cobrança estava correta, pois esse
crédito que agora está inscrito em Dívida Ativa não havia sido apurado
anteriormente, e conforme nota descrita na CND emitida a época (vide
abaixo) tal certidão não contemplava ainda tais dívidas.
Como consultor jurídico qual seria a recomendação a ser dirigida a
Maria de Lourdes?
Caso...
CERTIDAO NEGATIVA DE DÉBITOS
Ressalvado o direito de a Fazenda Pública Municipal cobrar e
inscrever quaisquer dívidas de responsabilidade do sujeito passivo
acima identificado que vierem a ser apuradas, é certificado que não
constam pendências sobre o Bem Imóvel identificado acima,
relativas a tributos administrados pela Secretaria Fazendária
Municipal de São Paulo e as inscrições em Dívida Ativa do Município
junto à Procuradoria Municipal.
Art. 130, PU
No caso de arrematação em
hasta pública, a sub-rogação
ocorre sobre o respectivo
preço.
Art. 131
São pessoalmente
responsáveis:
I - o adquirente ou remitente,
pelos tributos relativos aos
bens adquiridos ou remidos.
Caso...
Pedro vendeu seu veiculo automotor para Júlio, e ambos foram até o
cartório para reconhecimento de firma do documento de transferência.
Combinaram que caberia a Júlio a realização da transferência do
documento no departamento de transito, pois Pedro iria viajar
brevemente. Recentemente Pedro recebeu uma notificação do
Departamento de Transito de sua região que conforme determina o
Artigo 134 do CTB: “No caso de transferência de propriedade, o
proprietário antigo deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito
do Estado dentro de um prazo de trinta dias, cópia autenticada do
comprovante de transferência de propriedade, devidamente assinado e
datado, sob pena de ter que se responsabilizar solidariamente pelas
penalidades impostas e suas reincidências até a data da
comunicação”. Por isso, seu nome foi inscrito em Dívida Ativa a partir
desta data, pois conforme consta, Júlio não adimpliu o IPVA, bem
como a Taxa de Licenciamento do veículo, o que ensejaria pela
ausência da comunicação a responsabilidade do Pedro. Como
consultor jurídico avalie o caso em tela.
Jurisprudência...
Súmula 585 - STJ
“A responsabilidade solidária do ex-proprietário, prevista no artigo134 do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, não abrange o IPVAincidente sobre o veículo automotor, no que se refere ao períodoposterior à sua alienação”.
Art. 131
São pessoalmente
responsáveis:
II - o sucessor a qualquer
título e o cônjuge meeiro,
pelos tributos devidos pelo
de cujus até a data da
partilha ou adjudicação,
limitada esta
responsabilidade ao
montante do quinhão do
legado ou da meação;
Art. 131
São pessoalmente
responsáveis:
III - o espólio, pelos tributos
devidos pelo de cujus até a
data da abertura da
sucessão.