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Pós-Graduação em Levantamentos Geodésicos
GEODÉSIA GERAL
UNOCHAPECÓ
Prof. Regiane Dalazoana / Henrique Firkowski 2 semestre de 2009
1- FUNDAMENTOS DA GEODÉSIA
Definição e Objetivos em Geodésia
Evolução dos Modelos de Terra
Noções de Coordenadas Geodésicas e Astronômicas
Fundamentos Geométricos da Geodésia e das Superfícies de Referência
GEODÉSIA
Helmert (1880): ciência da mensuração e representação da superfície da Terra
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
GEODÉSIA
Helmert (1880): ciência da mensuração e representação da superfície da Terra
Nesta definição se inclui a determinação do campo de gravidade, uma vez que a maioria das observações
geodésicas está a ele referida(vertical !!!)
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
GEODÉSIA
Atual: - ciência da determinação da forma e dimensões
da Terra; - do seu campo da gravidade externo; e - respectivas variações temporais
Não havia na definição dada por Helmert
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
PROBLEMA BÁSICO
Deduzir os parâmetros fundamentais da Geodésia, associados com forma, dimensões e campo da gravidade externo, a partir de mensurações efetivadas na superfície ou em pontos exteriores
Métodos modernos – observações realizadas de, para e entre satélites
Métodos clássicos – observações de: direções, distâncias, determinação: de
desníveis, de diferenças de gravidade ou de valores de gravidade
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Mensurações de diferentes tipos (origem da divisão clássica )
Geodésia Geométrica – medidas de ângulos e distâncias
Geodésia Física – medidas gravimétricas
Geodésia Celeste – técnicas espaciais
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Geodésia Geométrica
Visão clássica -> é o conjunto de materiais e métodos voltados à determinação de coordenadas geodésicas (latitude e longitude ) a partir da realização de operações de observação / medida em campo de grandezas geométricas (medidas de direções e de distâncias) associadas a (poucas) determinações astronômicas.
Pode-se dizer também: conjunto dos métodos baseados em observações de natureza geométrica que são voltados à determinação de coordenadas de pontos da superfície terrestre referidos a um modelo geodésico.
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Geodésia Física
É o conjunto de materiais e métodos voltados à determinação valores de aceleração gravidade (g) ou de suas diferenças (Δg) a partir da realização de operações de observação de natureza gravimétrica.
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
g1
g2
Superfície físicaΔg Δg = g2 – g1
Superfície equipotencial:
que contém o ponto 1
que contémo ponto 2
O conhecimento de valores de aceleração da gravidade em conjunto com outros conhecimentos da parte sólida do planeta permite inferir sobre o sub-solo.
Geodésia Física
Gravímetros
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Relativos -> Δg
Absolutos -> g
Geodésia Celeste ou Espacial
Pode-se dizer que é o conjunto de materiais e métodos que são baseadas em técnicas espaciais de posicionamento por meio de satélites artificiais.
Busca-se determinar, por exemplo, direções, distâncias , coordenadas e variações de distâncias, entre pontos localizados na superfície da Terra e satélites ou entre satélites
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Geodésia Celeste ou Espacial
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
O objetivo ou escopo da Geodésia se expandiu e passou a incluir novas aplicações:
No oceano – determinação do fundo oceânicoNo espaço – superfície e características de corpos celestes, como a Lua e outros planetas
Numa visão mais atual, em Geodésia trata-se com :
- Posições 3D determinadas com alta precisão (estabelecimento do controle geodésico)- Campo da gravidade- Modelagem e determinação de fenômenos geodinâmicos (movimento do pólo, rotação da Terra, deformação da crosta)
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Como forma de operacionalização, o objetivo pode ser tratado sob 3 pontos de vista – depende do usuário
Geodésia Global – forma e dimensões planetárias, referenciais, grandezas fundamentais, campo da gravidade, variações temporais
Levantamentos Geodésicos – caráter regional, considera curvatura da Terra e campo da gravidade
Levantamentos Topográficos – efeitos da curvatura e campo da gravidade são omitidos
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Embora a finalidade primordial da Geodésia seja científica, as suas técnicas são aplicadas em atividades voltadas ao estabelecimento da estrutura básica para o mapeamento e para trabalhos em topografia.
Na maioria dos países isso se constitui na finalidade e na razão de seu desenvolvimento e realização.
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Qual é a forma da Terra?
Em uma primeira aproximação, as irregularidades da superfície terrestre podem ser negligenciadas.
Assim pode-se reduzir o problema à determinação das dimensões do modelo geométrico mais adequado para esta representação.
Adotam-se modelos ou superfícies de referência mais simples, regulares, e com características geométricas conhecidas que possibilitem realizar reduções e sirvam de base para cálculos e representações.
Modelos de Terra – Histórico
Até aprox. século IV A.C. - Terra plana. Os sábios e os pensadores da época consideravam que a vivia-se numa superfície plana retangular (circundada pelos mares). Acreditavam, ainda, que no limite da água com o espaço, habitavam seres e criaturas mitológicas Pitágoras, Tales e Aristóteles – Terra esférica (500 A.C.)
Pitágoras – Terra girava em torno do Sol, teoria combatida por Aristóteles
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Eratóstenes (276 a 175 A.C.) – a primeira determinação do raio da Terra por observação ao Sol - modelo esférico resultou no valor de aproximadamente 6.286 km
Posidônio (150 anos depois) – determinação do compri-mento do equador da Terra por observação a uma estrela (37.800,0 km)
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Ptolomeu (100 – 178 D.C.) – Terra esférica – sistema geocêntrico. Teoria que durou 14 séculos até ser desmentida por Copérnico, que atribuiu ao modelo, além do movimento de rotação o movimento de translação ao redor do sol
Picard (1619) – introduziu melhorias nos instrumentos de medição angular, estabeleceu uma rede de triangulação a partir da medição de um arco de meridiano de Paris a Amiens, e a partir disso calculou o raio da Terra (6.372km)
Newton – com base nos seus estudos sobre a gravitação,atribuiu um achatamento aos pólos como explicação ao fato da força da gravidade decrescer dos pólos para o equador
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Richter – confirmação dos resultados de Newton em suas observações pendulares que revelaram o aumento do período do pêndulo com a diminuição da latitude
Cassini – continuou as triangulações de Picard e concluiu por uma Terra alongada segundo o eixo de rotação
Cassini Newton
Academia de Ciências de Paris (1735) - organizou duas expedições científicas (Peru e Lapônia) hipótese de Newton
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
O que é um modelo?Um modelo pode ser considerado como uma
aproximação de algo que satisfaz aos requisitos de aplicação.
Por que buscar modelos?
Pela necessidade de tratar um problema, pela impossibilidade ou pela dificuldade em tratar com o objeto real em si, ou pela possibilidade de realizar simulações.1 – Cartografia: superfície de representação (projeção)2 – Geodésia: superfície de cálculo
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Adoção de um modelo para a Terra Irregularidades da superfície terrestre = dificuldades de cálculo numa primeira aproximação podem ser negligenciadas Para fins práticos – adoção de um modelo
Terra “Real”
associar
modelo
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Esfera Primeira noção da forma da Terra
Uma esfera particular é a “esfera de adaptação de Gauss” cujo raio (Rm) é igual ao raio médio da Terra. Ela é adotada como superfície de referência pela NBR14166 – Rede Cadastral Municipal – Procedimento
Dentro de aproximação admissível para determinadas aplicações é possível transformar um elemento da superfície do elipsóide em um elemento da esfera cujo raio Rm será (MN)½..
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Plano Topográfico Superfície de referência adotada na Topografia – não se considera a influência da curvatura e desvio da vertical
Veiga et. al, 2007
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Plano Topográfico
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
?
?
Modelos da Terra
Coordenadas na Esfera
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Elipsóide de Revolução
O elipsóide de revolução foi a figura proposta por Isaac Newton (Torge, 2001) como figura geométrica da Terra (modelo). Pode ser entendido como uma figura gerada pela rotação de uma semi-elipse sobre um dos seus eixos (eixo de revolução)
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
ba
Coordenadas no Elipsóide
DEFINIÇÃO E OBJETIVOS
Normal a P
Elipsóide de Revolução
É a superfície matemática de referência adotada pela Geodésia
Existem mais de 70 definições /estabelecimentos de elipsóides de revolução utilizados em diferentes países em seus trabalhos geodésicosUsuário: deve saber a qual deles está referido o seu levantamento geodésico
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Geóide
Superfície equipotencial que mais se aproxima do NMM. Uma superfície equipotencial é em todos os seus pontos perpendicular à direção da vertical (ou vice-versa)
Definição a partir da qual se estabelece a referência para as altitudes com características físicas
Adoção como superfície matemática de referência e uso prático esbarram no conhecimento limitado do campo da gravidade e no seu complexo equacionamento matemático
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Geóide
Altitude ortométrica: distância contada sobre a vertical, do geóide até a superfície física da Terra
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Representação Esquemática
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Tamanho e Forma da Terra
Modelo geométrico viável – elipsóide de revolução (forma elipsóidica não é acidental, conseqüência da atração gravitacional + efeito de rotação)
Classicamente definido por dois parâmetros (a, f) (a, b) (a, e)
2
2222
abaff2e
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
ba
abaf
Tamanho e Forma da Terra
Século XIX – Geodésia deu ênfase na pesquisa dos parâmetros do melhor elipsóide
Foram propostos dezenas de elipsóides que são utilizados em trabalhos geodésicos em todo o mundo
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Tamanho e Forma da Terra
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
Tamanho e Forma da Terra Evolução da Geodésia Espacial proporcionou uma evolução no estabelecimento de modelos representativos da Terra, de modo a permitir a associação de parâmetros geométricos e físicos
Ao elipsóide de revolução se atribui a mesma massa da Terra incluindo a atmosfera, a mesma velocidade de rotação da Terra real
O elipsóide de revolução é definido por parâmetros geométricos e físicos:- a (semi-eixo maior)- GM (constante gravitacional geocêntrica)- (velocidade angular)- J2 (fator dinâmico de forma)
EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE TERRA
COORDENADAS GEODÉSICAS
Elipsóide ajustado às dimensões da Terra e devidamente orientado, torna-se um referencial adequado para a atribuição de coordenadas a pontos sobre a S.F.
Coordenadas geodésicas:P, P e hP
- Equador = plano XY
- Plano XZ está associado com o meridiano médio de Greenwich
- P é o ângulo entre a normal de P e o plano equatorial
- P é o ângulo formado entre o plano do meridiano de P e o meridiano de referência
- hP altitude geométrica ou elipsoidal é a distância do elipsóide de referência ao ponto, contada sobre a normal
- vantagens das coord. geodésicas: tem um sentido natural (sei onde estou); fácil visualização; iguais em P e P’ (bom para a Cartografia – representação)
COORDENADAS GEODÉSICAS
Altitude elipsoidal: distância entre a projeção de P (P’) no elipsóide e o ponto P, situado na S.F. da Terra, contada sobre a normal
Altitude Elipsoidal(h) - PP’
COORDENADAS GEODÉSICAS
Coordenadas cartesianas:XP, YP e ZP
COORDENADAS GEODÉSICAS
Normal ao elipsóide
-Azimute geodésico: é o ângulo que a direção AB (geodésica da -Azimute geodésico: é o ângulo que a direção AB (geodésica da direção considerada) forma com o meridiano geodésico do ponto (A), direção considerada) forma com o meridiano geodésico do ponto (A), contado do Norte, por leste, no sentido horário. Varia de 0contado do Norte, por leste, no sentido horário. Varia de 0oo a 360 a 360oo
Azimute geodésico da direção AB (AzAzimute geodésico da direção AB (AzABAB) e o seu contra azimute (Az) e o seu contra azimute (AzBABA). Em ). Em Geodésia a diferença entre o azimute e o contra-azimute não é igual a Geodésia a diferença entre o azimute e o contra-azimute não é igual a 180º como acontece na Topografia, devido à convergência meridiana180º como acontece na Topografia, devido à convergência meridiana
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas
PPPPP hNX coscos)(
PPPPP hNY sencos)(
PP2
PP senhe1NZ
2/122 sen1 P
Pe
aN
2
2222 2
abaffe
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas
32
32P
P cosaepbsen'eZarctan
P
PP X
Yarctan
PP
P Nph cos
pbaZ Parctan
2
222'
bbae
2P
2P YXp
SOLUÇÃO DIRETA
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas SOLUÇÃO ITERATIVA
2P
2P YXp
PP
P Ncosph
1
PP
P2PP hN
Ne1pZarctan
P
PP X
Yarctan
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas SOLUÇÃO ITERATIVA
1 - O cálculo da longitude é direto
2 - cálculo de p através da fórmula
3 - cálculo de um valor aproximado para a latitude (0)
120 1arctan e
pZ P
2P
2P YXp
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas SOLUÇÃO ITERATIVA
4 - cálculo de um valor aproximado para a grande normal (N0)
2/10
220sen1 e
aN
5 - cálculo da altitude geométrica (h)
00cos
Nph
6 - cálculo de um valor melhorado para a latitude
1
0
021arctanhN
Ne
pZ P
Pverificar se existe necessidade de
outra iteração, através da comparação entre os valores aproximado e melhorado da
latitude
COORDENADAS GEODÉSICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e cartesianas
EXERCÍCIO1 – Quais as coordenadas cartesianas do ponto P, cujascoordenadas geodésicas são as seguintes:
P = -28 14’ 11,8”P = -48 39’ 21,9”hP = 11,85m
OBS – utilizar os parâmetros do elipsóide Internacional 1980a = 6378137,0f = 1/298,257222101
COORDENADAS GEODÉSICAS
1 – Tem sentido natural (sei onde estou)
2 – Fácil visualização
3 – São as mesmas para um ponto na superfície física e sua projeção no elipsóide
Vantagens das coordenadas geodésicas em relação às coordenadas cartesianas
COORDENADAS GEODÉSICAS
As coordenadas geodésicas (latitude e longitude), bem como o azimute geodésico e a altitude elipsoidal são quantidades referidas a um modelo geométrico (elipsóide). Não dependem de situações físicas locais. No entanto, toda mensuração geodésica na Terra é sujeita ao campo da gravidade terrestre
Físico Geodésia Geométrico(Natural)(matemático/modelo)
COORDENADAS GEODÉSICAS
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
As coordenadas geodésicas são referidas a um modelo geométrico. No entanto, toda mensuração geodésica na Terra é sujeita ao campo da gravidade terrestre A gravidade terrestre num ponto é o efeito resultante da atração gravitacional da Terra sobre este ponto e o efeito da rotação terrestre (força centrífuga) Vertical em um ponto é a direção da tangente ao vetor gravidade neste ponto
As observações realizadas na superfície da Terra sofrem a influência do campo da gravidade terrestre por meio da vertical local
As coordenadas astronômicas estão relacionadas a vertical local – referencial natural associado ao observador
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
O sistema de coordenadas astronômicas foi utilizado no posicionamento e orientação dos referenciais geodésicos horizontais antes do advento do posicionamento por satélites, época em que não era possível obter coordenadas geocêntricas
Também é conhecido como “sistema de coordenadas naturais”, devido ao seu relacionamento com certas características físicas da Terra, como o campo da gravidade terrestre
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
- Zênite de P é a projeção de P na esfera celeste, segundo a vertical
- Meridiano celeste de P é determinado pelo plano que contém o eixo de rotação e o zênite do ponto
- AP é o arco de meridiano contado do Equador ao ponto
- AP é o arco de Equador contado da interseção do meridiano de referência até o meridiano do ponto
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
As coordenadas astronômicas são de difícil obtenção. Dependendo da precisão exigida, implicam em programas de observação bastante longos e de execução complexa
Estas coordenadas foram fundamentais na definição dos referenciais geodésicos clássicos
Praticamente inviáveis para o posicionamento na superfície física da Terra, principalmente porque necessita-se de uma grande densidade de pontos
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
As coordenadas astronômicas dependem da vertical dos pontos envolvidos
- i : deflexão ou desvio da vertical
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
Resultado da projeção da vertical e da normal de P na esfera celeste
Componente meridiana Componente primeiro vertical
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
Relacionamento entre coordenadas geodésicas e astronômicas
A
cos A
gcotAAA
sen. AAAA Componente meridiana Componente primeiro vertical
Equação de Laplace
COORDENADAS ASTRONÔMICAS
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Elipsóide de revolução: figura gerada pela rotação de uma elipse sobre seu eixo
Geometricamente definido por a e b
Geodésia: tradicionalmente a e f
Qualquer seção contendo o eixo Z é uma elipse (meridianos)
Qualquer seção perpendicular é um círculo (paralelos) cujo raio varia em função da latitude
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
abaf
2
2222
abaff2e
2
222
bba'e
a= semi-eixo maiorb= semi-eixo menorf= achatamentoe= primeira excentricidadee’= segunda excentricidade
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Raio de Curvatura O raio de curvatura em um ponto é o inverso da curvatura:
1/ = s /
Raio de curvatura principal em um ponto A de uma superfície é a seção produzida por um plano normal à mesma, tal que o raio de curvatura correspondente seja o máximo ou o mínimo dentre todos os possíveis. Normalmente em uma superfície existirão duas seções principais
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Raios de curvatura
2/1P
22Psene1
a'''P'PN
Grande normal(máx)
Seção meridiana(mín)
2/3P
22
2
Psene1
e1aM
- Pequena normal)e(N"P'P'N 21
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Raios de curvatura
MNR
Raio médio de curvatura
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Raios de curvatura
NAzsen
MAzcos
R
221
Fornece o raio de curvatura R de uma seção genérica com azimute Az
Teorema de Euler
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Raio de paralelo que contém um ponto dado
cosNr
Teorema de Meusnier
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Comprimento de um arco de elipse meridiana
...FsensenEsensenDsensen
CsensenBsensenAeaS
PQPQPQ
PQPQPQPQ
1011010
8188
6166
4144
21221 2
Os coeficientes A, B, C, D, E e F são tabelados ou calculados com base nos parâmetros do elipsóide de referência
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Comprimento de um arco de elipse meridiana
...eE
...eeeD
...eeeeC
...eeeeeB
...eeeeeA
10
1086
10864
108642
108642
131072693
13107231185
2048315
51235
1638410395
40962205
256105
6445
6553672765
20482205
512525
6445
43
6553643659
1638411025
256175
6445
431
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Exemplo: Para o elipsóide de referência 1967
mae
CBA
6378160006694609,0
0000106283,00050632825,00050526749,1
2
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Área de um quadrilátero elipsóidico
2
5cos5sin'C3cos3sin'Bcossin'Ab2A mmm2
A’, B’ e C’ são tabelados ou calculados com base nos parâmetros do elipsóide de referência
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Latitude Geocêntrica ()
tge1tg 2
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Latitude Reduzida (u)
tge1tgu2/12
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide
Determinada pela intersecção de um plano definido por uma normal em um ponto e um segundo ponto, com a superfície do
elipsóide
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide
A seção normal resultante da interseção do plano que contém a normal de P1 e o ponto P2 com o elipsóide (linha azul) é chamada de seção normal direta em relação a P1 ou seção normal recíproca
em relação a P2
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide
A seção normal resultante da interseção do plano que contém a normal de P2 e o ponto P1 com o elipsóide (linha vermelha) é
chamada de seção normal direta em relação a P2 ou seção normal recíproca em relação a P1
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide
A seção normal direta do ponto mais ao Sul é a curva mais ao Sul
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide casos de coincidência entre a direta e a
recíproca
Dois pontos com a mesma latitude
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Seções Normais no Elipsóide casos de coincidência entre a direta e a
recíproca
Dois pontos com a mesma longitude
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Linha Geodésica- é a menor distância entre dois pontos no elipsóide, contada sobre a superfície do elipsóide - é uma curva reversa (não está contida num plano) situada entre as seções normais dos dois pontos, aproxima-se da seção normal do ponto mais próximo
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Linha Geodésica
Teorema de Clairaut
“O produto do seno do azimute da geodésica em um ponto pelo raio do paralelo deste ponto é uma constante”
Aspectos importantes para a solução do problema direto e inverso – transporte de coordenadas
tetancons...AsinrAsinr 2211
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Linha Geodésica
Aproximação Esférica
Para s = 40km e Azimute de 45, tem-se um ângulo = 0,014” e uma abertura entre duas seções normais de d = 1mm
s12
s21
s d
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
Linha Geodésica
Aproximação Esférica
- Para distâncias de até 80km não se detecta diferença nos comprimentos das seções normais e da geodésica, assim pode-se tratar a geodésica como um arco de circunferência de raio:
Aproximação esférica de caráter local.
MNR
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
EXERCÍCIO1 – Para o ponto P de latitude P = -25 25’ 42,8737”, determinada no sistema geodésico SAD69, calcular:OBS – o sistema SAD69 utiliza como base o elipsóide de referência internacional 1967, com a = 6378160,0 m e f = 1/298,25
a) Primeira excentricidade ao quadradob) Semi-eixo menorc) Raio de curvatura da seção primeiro vertical ou grande
normald) Pequena normal ou raio de curvatura da seção meridianae) Raio médio de curvaturaf) Raio de curvatura de uma seção cujo azimute é 30g) Raio do paralelo que contém o pontoh) Segunda excentricidade ao quadradoi) Latitude geocêntrica
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
EXERCÍCIO1 – Para o ponto P de latitude P = -25 25’ 42,8737”, determinada no sistema geodésico SAD69, calcular:OBS – o sistema SAD69 utiliza como base o elipsóide de referência Internacional 1967, com a = 6378160,0 m e f = 1/298,25
a) Primeira excentricidade ao quadrado
2
2222 2
abaffe
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE
EXERCÍCIO1 – Para o ponto P de latitude P = -25 25’ 42,8737”, determinada no sistema geodésico SAD69, calcular:OBS – o sistema SAD69 utiliza como base o elipsóide de referência internacional 1967, com a = 6378160,0 e f = 1/298,25
a) Primeira excentricidade ao quadrado
0066943800,0
257222101,2981
257222101,29812
2
2
22
2
2222
e
e
abaffe
GEOMETRIA DO ELIPSÓIDE