16
INFORMA˙ÕES AGRONÔMICAS N” 105 MAR˙O/2004 1 POTAFOS - ASSOCIA˙ˆO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO Rua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício RÆcz Center, sala 701 - Fone e fax: (19) 3433-3254 - Webmail: www.potafos.org - E-mail: [email protected] Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP, Brasil Promover o uso apropriado de P e K nos sistemas de produçªo agrícola atravØs da geraçªo e divulgaçªo de informaçıes científicas que sejam agronomicamente corretas, economicamente lucrativas, ecologicamente res- ponsÆveis e socialmente desejÆveis. MISSˆO INFORMA˙ÕES AGRONÔMICAS N 0 105 MAR˙O/2004 Hipólito A.A. Mascarenhas 1,2 Roberto T. Tanaka 1 Elaine Bahia Wutke 1 1 Pesquisador do Instituto Agronômico IAC, Centro de Grªos e Fibras - Leguminosas. Caixa Postal 28, CEP 13001-970, Campinas-SP. Telefone: (19) 3241- 5188, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] 2 Bolsista do CNPq. Nelson R. Braga 1 Manoel A.C. de Miranda 1 POT`SSIO PARA A SOJA D epois do nitrogŒnio, o potÆssio Ø o segundo ele- mento absorvido em grandes quantidades pela plan- ta de soja, sendo que em cada 1.000 kg de sementes produzidas sªo extraídos 20 kg de K 2 O. No ano agrícola de 1986/87 observou-se uma deficiŒncia generalizada desse elemento nas lavouras de soja no Estado de Sªo Paulo em virtude da utilizaçªo, por cerca de 20 anos, de formulaçıes inadequadas de adubo, com baixos teores de potÆssio: 0-20-10 na Alta e MØdia Mogianas e 4-30-10 no Vale do Paranapanema. Atual- mente estªo sendo mais utilizadas as formulaçıes 0-20-10, 0-20-20 e 4-20-20 para o atendimento das necessidades nutricionais dessa leguminosa. Quando se aduba com 300 kg ha -1 da fórmula 0-20-10 sªo disponibilizados apenas 30 kg ha -1 de K 2 O, sendo necessÆria a aplicaçªo adicional de 30 ou 40 kg ha -1 de K 2 O, em cobertura, aos 35 dias após a semeadura. Isso Ø vÆlido sobretudo para solos are- nosos, em que se tem maior lixiviaçªo, e naqueles declivosos, ape- sar da relativamente recente adoçªo da semeadura direta pela maio- ria dos lavradores daquelas regiıes agrícolas. Sob condiçıes de baixo teor de potÆssio no solo pode haver deficiŒncia desse elemento nas folhas, sendo constatados sinto- mas como haste verde, retençªo foliar e formaçªo de frutos parte- nocÆrpicos na soja (Figura 1, Figura 2, Figura 3 e Figura 4). A ma- neira mais adequada de se evitar tal situaçªo Ø a manutençªo da relaçªo de bases Ca + Mg/K entre 23 e 28, pois acima desses valo- res jÆ se pode constatar deficiŒncia de potÆssio. Algumas características químicas do solo da regiªo Sudeste do Estado de Sªo Paulo, em Æreas sob cultivo de soja, estªo apre- sentadas na Tabela 1. Em Florínea observa-se alto teor de potÆssio; no entanto, tambØm os teores de Ca e Mg estªo elevados, resultan- do no valor 46 para o índice da relaçªo Ca + Mg/K. Nesse caso, hÆ a necessidade de aplicaçªo de potÆssio e tambØm de fósforo, cujo teor Ø mØdio no solo. Na amostra 2, coletada em CruzÆlia, verifica-se um equilíbrio entre os cÆtions Ca, Mg e K, obtendo-se um índice 26 Figura 1. Sintomas de deficiŒncia de potÆssio em folhas de plantas de soja no florescimento. Veja tambØm neste nœmero: Escala do algodªo ................................................... 3 Adubaçªo nitrogenada e silicatada do arroz ....... 6 Consumo de frutas reduz doenças ........................ 11 1 o Simpósio sobre Sistema Agrícola SustentÆvel com Colheita Econômica MÆxima (SASCEM) ..... 13 Doenças iatrogŒnicas na agricultura? ................. 16 Encarte: DeficiŒncias de micronutrientes, ocorrŒncia, detecçªo e correçªo: o sucesso da experiŒncia brasileira nessa relaçªo. Nas amostras 3 e 4 desse mesmo município, o teor de potÆssio no solo estÆ elevado, e os índices da relaçªo Ca + Mg/K sªo 18 e 14, respectivamente. Nessas duas œltimas Æreas a soluçªo seria

POT`SSIO PARA A SOJA - International Plant Nutrition ... · seria necessÆria a adubaçªo da cultura de soja com P e K porque os teores de ambos ... terizados basicamente em funçªo

Embed Size (px)

Citation preview

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 1

POTAFOS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATORua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center, sala 701 - Fone e fax: (19) 3433-3254 - Webmail: www.potafos.org - E-mail: [email protected]

Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba-SP, Brasil

Promover o uso apropriado de P e Knos sistemas de produção agrícolaatravés da geração e divulgação de

informações científicas que sejam agronomicamentecorretas, economicamente lucrativas, ecologicamente res-ponsáveis e socialmente desejáveis.

MISSÃO

INFORMAÇÕESAGRONÔMICAS

N0 105 MARÇO/2004

Hipólito A.A. Mascarenhas1,2

Roberto T. Tanaka1

Elaine Bahia Wutke1

1 Pesquisador do Instituto Agronômico � IAC, Centro de Grãos e Fibras - Leguminosas. Caixa Postal 28, CEP 13001-970, Campinas-SP. Telefone: (19) 3241-5188, e-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

2 Bolsista do CNPq.

Nelson R. Braga1

Manoel A.C. de Miranda1

POTÁSSIO PARA A SOJA

Depois do nitrogênio, o potássio é o segundo ele-mento absorvido em grandes quantidades pela plan-ta de soja, sendo que em cada 1.000 kg de sementes

produzidas são extraídos 20 kg de K2O.

No ano agrícola de 1986/87 observou-se uma deficiênciageneralizada desse elemento nas lavouras de soja no Estado de SãoPaulo em virtude da utilização, por cerca de 20 anos, de formulaçõesinadequadas de adubo, com baixos teores de potássio: 0-20-10 naAlta e Média Mogianas e 4-30-10 no Vale do Paranapanema. Atual-mente estão sendo mais utilizadas as formulações 0-20-10, 0-20-20 e4-20-20 para o atendimento das necessidades nutricionais dessaleguminosa.

Quando se aduba com 300 kg ha-1 da fórmula 0-20-10 sãodisponibilizados apenas 30 kg ha-1 de K

2O, sendo necessária a

aplicação adicional de 30 ou 40 kg ha-1 de K2O, em cobertura, aos

35 dias após a semeadura. Isso é válido sobretudo para solos are-nosos, em que se tem maior lixiviação, e naqueles declivosos, ape-sar da relativamente recente adoção da semeadura direta pela maio-ria dos lavradores daquelas regiões agrícolas.

Sob condições de baixo teor de potássio no solo pode haverdeficiência desse elemento nas folhas, sendo constatados sinto-mas como haste verde, retenção foliar e formação de frutos parte-nocárpicos na soja (Figura 1, Figura 2, Figura 3 e Figura 4). A ma-neira mais adequada de se evitar tal situação é a manutenção darelação de bases Ca + Mg/K entre 23 e 28, pois acima desses valo-res já se pode constatar deficiência de potássio.

Algumas características químicas do solo da região Sudestedo Estado de São Paulo, em áreas sob cultivo de soja, estão apre-sentadas na Tabela 1. Em Florínea observa-se alto teor de potássio;no entanto, também os teores de Ca e Mg estão elevados, resultan-do no valor 46 para o índice da relação Ca + Mg/K. Nesse caso, háa necessidade de aplicação de potássio e também de fósforo, cujoteor é médio no solo. Na amostra 2, coletada em Cruzália, verifica-seum equilíbrio entre os cátions Ca, Mg e K, obtendo-se um índice 26

Figura 1. Sintomas de deficiência de potássio em folhas de plantas de sojano florescimento.

Veja também neste número:

Escala do algodão ................................................... 3

Adubação nitrogenada e silicatada do arroz ....... 6

Consumo de frutas reduz doenças........................ 11

1o Simpósio sobre Sistema Agrícola Sustentávelcom Colheita Econômica Máxima (SASCEM) ..... 13

Doenças iatrogênicas na agricultura? ................. 16

Encarte: Deficiências de micronutrientes,ocorrência, detecção e correção:o sucesso da experiência brasileira

nessa relação. Nas amostras 3 e 4 desse mesmo município, o teor depotássio no solo está elevado, e os índices da relação Ca + Mg/K são18 e 14, respectivamente. Nessas duas últimas áreas a solução seria

2 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

Figura 7. À esquerda, planta inoculada comDiaporthe phaseolorum f.sp.meridionalis, mostrando tolerância aocancro da haste com calagem para V =40% e aplicação de 60 kg ha-1 de K

2O.

À direita, sintomas severos do cancroda haste em planta inoculada, semesses tratamentos.

Figura 2. Sintomas de deficiência de potássio nofim do ciclo de plantas de soja, comhaste verde, sem possibilidade de co-lheita.

Figura 3. Sintomas de deficiência de potássio emplantas de soja, com retenção foliare haste verde, sem possibilidade decolheita.

Figura 4. Sintomas de deficiência de potássioem plantas de soja no fim do ciclo,com vagens com poucas sementes efrutos partenocárpicos, sem possi-bilidade de colheita.

Figura 5. Incidência de Phomopsis em vagensde soja, com escurecimento (A) eperda da qualidade das sementes (B).Controle da doença com adubaçãopotássica, com vagens (C) e sementes(D) sadias. No centro, haste com pic-nídeos de Phomopsis e vagens secase vazias.

Figura 6. Sintomas de Cercospora kikuchii emsementes (mancha púrpura), hastes evagens. Causa também crestamento fo-liar, podendo ser controlada pela aduba-ção potássica (Foto cedida por MariaAparecida de S. Tanaka e MargaridaF. Ito, do Centro de Fitossanidade).

esperar a finalização do ciclo das culturaspara que o potássio pudesse ser extraído;conseqüentemente, seria obtido um aumen-to daquela relação. Em tais localidades nãoseria necessária a adubação da cultura desoja com P e K porque os teores de ambosos elementos são elevados.

O potássio é também um elementoimportante no processo de formação de nó-dulos fixadores de N, assim como no con-trole das seguintes doenças fúngicas: secada vagem e da haste (Phomopsis), cresta-mento foliar e mancha púrpura das sementes(Cercospora kikuchii) e cancro da haste(Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis(D.pm), como mostrado nas Figuras 5, 6 e 7.Em relação ao cancro da haste, essa doençaé controlada apenas em cultivares precocesde soja; isso porque a sua incidência se dános estádios fenológicos R

3 a R

4 dessa legu-

minosa (formação de vagens) e, sendo o ci-clo da planta de 110 a 120 dias, tem-se umasituação de escape devido à menor duraçãode ciclo nesse cultivar, o que não se obser-va nos cultivares semi-precoces, médios esemi-tardios de soja.

Tabela 1. Características químicas de solos cultivados com soja em municípios da região Sul-Sudeste do Estado de São Paulo. Ano agrícola de 1986/87.

pH Matéria orgânica P K Ca Mg V Ca + Mg/Kem CaCl

2g dm-3 mg dm-3 - - - - - - - mmol

c dm-3 - - - - - - - % índice

Florínea 11 5,8 34,0 22 4,2 153,2 38,8 86 46Cruzália 22 5,2 18,0 78 2,2 39,3 18,2 63 26Cruzália 32 5,2 20,0 89 3,0 35,2 19,0 61 18Cruzália 42 5,2 32,0 100 3,8 35,6 19,4 63 141 Latossolo Vermelho Escuro.2 Latossolo Vermelho Escuro eutroférrico.

SOJA

Conforme observações recentes doEngº Agrº Dr. Manoel A.C. de Miranda, pes-quisador científico do Instituto Agronô-mico � IAC (fone: 19-3241-5188, ramal 317,e-mail: [email protected]) , constatou-sediminuição dos sintomas de ferrugem asiáti-ca (Phakopsora pachyrhizi) em 470 hecta-res de soja, cultivares Conquista, Sambaíbae Tracajá, na Fazenda Campinas, em PedroAfonso, TO, na safra 2003/2004, apenas coma aplicação de cloreto de potássio em quan-tidades adequadas (Boletim 100, IAC, 1996,p. 202-203). Entretanto, há a necessidade derealização de mais pesquisas a respeito paraa confirmação de tal constatação.

Local Amostras

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 3

� ESCALA DO ALGODÃO �UM MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE ESTÁDIOS

DE DESENVOLVIMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO1

1 Fonte: A reference system for determination of cotton plant development. Revista de Oleaginosas e Fibrosas, v. 5, n. 2, p. 313-317, 2001.2 Engo Agro, D.Sc., Instituto Agronômico do Paraná�IAPAR, Londrina-PR. Telefone: (43) 3376-2427, e-mail: [email protected] Engo Agro, M.Sc., Instituto Agronômico do Paraná�IAPAR, Londrina-PR. E-mail: [email protected]

Celso Jamil Marur2

Onaur Ruano3

INTRODUÇÃO

As espécies mais cultivadas, como milho, soja e tri-go, possuem escalas de crescimento e desenvolvi-mento conhecidas como �Escala de Hanway�, �de

Fehr e Caviness� e �de Zadocks�, respectivamente. A importânciadessas escalas é que elas são ferramentas úteis para determinaçãomais precisa do momento adequado de se efetuar práticas recomen-dadas de manejo da cultura, bem como tornar possível a troca deinformações entre pesquisadores, técnicos da Extensão Rural e agri-cultores.

A execução das práticas culturais nos momentos mais apro-priados no cultivo das espécies é fator fundamental para um melhorresultado econômico, assim como um menor impacto ambiental. Nocultivo do algodoeiro, como exemplos, podemos citar o uso de fer-tilizantes e de reguladores de crescimento, e o levantamento popula-cional de insetos visando o manejo integrado de pragas.

O algodoeiro, por ser uma planta de crescimento indetermi-nado, possui uma das mais complexas morfologias entre as plantascultivadas. Ademais, as diversas cultivares de algodoeiro apresen-tam diferentes ciclos, ou seja, podem ser precoces ou tardias (algu-mas fecham seu ciclo produtivo em 130 dias, enquanto outras po-dem fazê-lo em mais de 170 dias). Essas características impossibili-tavam a confecção de uma escala única para todas as condições deplantio ao redor do mundo.

Em função da inexistência de uma escala para o algodoei-ro, é usual dizer que uma prática ou observação ocorre aos �tan-tos� dias após a emergência e/ou início do florescimento. No en-tanto, a caracterização das fases de desenvolvimento da culturapelo parâmetro cronológico resulta em variações importantes quan-to ao real estádio fenológico, em comparações de ambientes e/ouanos diferentes, por serem altamente influenciáveis pelo ambien-te, principalmente quanto às suas exigências térmicas.

Como exemplo, podemos comparar o desenvolvimento deuma cultivar semeada em duas diferentes épocas (final de setembro efinal de novembro). A lavoura semeada em setembro terá um desen-volvimento mais lento, em função das temperaturas mais amenas. Poroutro lado, a lavoura de novembro apresentará um desenvolvimentomais rápido, devido às temperaturas mais altas. Assim, ao se adotar ocritério cronológico para aplicação de uma prática, o extensionistae/ou o agricultor vão errar em algum momento. Se forem utilizadascultivares com diferentes ciclos, os erros serão ainda maiores.

Com o objetivo de minimizar os efeitos de problemas dessanatureza, uma escala de desenvolvimento do algodoeiro foi gerada noIAPAR. A �Escala do Algodão� começa a ser difundida junto às uni-versidades e aos órgãos de assistência técnica e de extensão rural,para utilização no manejo da cultura, sem custo para o produtor. Otrabalho tem o mérito de unificar e universalizar a linguagem para iden-tificação de cada uma das fases do algodoeiro, a exemplo de escalas jáexistentes para as principais culturas como milho, trigo, soja e feijão.

DESCRIÇÃO DA �ESCALA DO ALGODÃO�

Os estádios de crescimento e desenvolvimento serão carac-terizados basicamente em função de suas fases fenológicas, ou seja:

� vegetativa (V),

� formação de botões florais (B),

� abertura da flor (F) e

� abertura do capulho (C).

No período vegetativo, entre a emergência da plântula e atéque a primeira folha verdadeira tenha 2,5 cm de comprimento, oestádio será V

0 (Figura 1). A partir do limite anterior e até que a

segunda folha verdadeira tenha 2,5 cm de comprimento, o estádioserá V

1. Sucessivamente, aplicando o mesmo critério, a planta avan-

çará para os estádios V2, V

3, V

4, V

5, etc. (Figura 1). Nesta fase, con-

sidera-se folha verdadeira expandida quando o seu comprimentofor maior que 2,5 cm.

Este trabalho tem o mérito de unificar e universalizar a linguagem para identificação dosestádios de desenvolvimento do algodoeiro, propiciando ferramenta útil para determinação

mais precisa do momento adequado de se efetuar práticas recomendadas de manejo da cultura,independentemente da variedade, época ou local de plantio

ALGODOEIRO

Figura 1. Estádios vegetativos da planta de algodão: V0, V

1, V

2, V

3, V

4 e

V5. O ponto de mudança é determinado pelo comprimento da

folha: 2,5 cm.

4 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

ALGODOEIRO

Figura 2. O ramo frutífero onde surge o botãofloral na primeira posição caracterizao estádio correspondente.

No início da fase reprodutiva, ouseja, quando o primeiro botão floral esti-ver visível, o estádio passa a ser B

1 (Figu-

ra 2). Quando o primeiro botão floral doterceiro ramo reprodutivo estiver visível, aplanta estará no estádio B

3 (Figura 2). Nes-

te momento, estará sendo formado, tam-bém, o segundo botão floral no primeiroramo frutífero. Sucessivamente, à medidaque o primeiro botão floral de um novo ramofrutífero estiver visível, o estádio passará aser B

n. Figura 3. O ramo no qual se abre a primeira flor

caracteriza o estádio F.Figura 4. O ramo frutífero em que se abre o pri-

meiro capulho determina o estádio C.

A indicação B não será mais utiliza-da a partir do momento em que o primeirobotão floral do primeiro ramo frutífero trans-formar-se em flor. A partir de então, o está-dio de desenvolvimento passará a ser F

1

(Figura 3). O estádio de desenvolvimentoserá F

3 na abertura da primeira flor do tercei-

ro ramo frutífero. Nota-se nessa fase, tam-bém, a abertura da flor na segunda estruturado primeiro ramo frutífero. Sucessivamente,à medida que ocorrer a abertura da primeiraflor do ramo frutífero de número n, o estádiopassará a ser F

n.

Quando a primeira bola do primeiroramo transformar-se em capulho o estádiode desenvolvimento passará a ser C

1 (Figu-

ra 4). Sucessivamente, o estádio será Cn à

medida que ocorrer a abertura da primeirabola do ramo frutífero de número n.

Em certas ocasiões, antes da abertu-ra do primeiro capulho, pode ocorrer umcurto período em que flores abertas não se-jam observadas. Em tais casos, o estádio dedesenvolvimento deve ser caracterizadocomo FC, que significa o período entre aúltima flor (F) e o primeiro capulho (C).

Para a determinação do estádio dedesenvolvimento predominante das plantasde um experimento, sugere-se que sejam ob-servadas no mínimo 20 plantas, tomadas aoacaso e distantes entre si. No caso de umalavoura, usar o mesmo procedimento para

cada hectare de área plantada. Assim, a de-finição final do estádio de desenvolvimen-to da população de plantas será dada poraquele estádio que ocorreu com a maior fre-qüência na amostragem.

Na Tabela 1 encontram-se as princi-pais práticas culturais a serem adotadas nacondução da lavoura, bem como os perío-dos críticos de ocorrência das pragas, indi-cados pelas fases fenológicas propostas naEscala do Algodão.

CONCLUSÕES

1. A Escala do Algodão permite a pa-dronização na identificação de estádios dedesenvolvimento de lavouras de algodoei-ro, facilitando a orientação e a tomada dedecisão no manejo da cultura.

2. A escala permite a comparação detrabalhos de pesquisa realizados em dife-rentes localidades.

3. O sistema pode ser um instrumen-to útil na elaboração de pareceres técnicosno planejamento e extensão rural.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 5

NORMAN BORLAUG

NORMAN BORLAUG VISITA POMARES CÍTRICOSCOM MANEJO CONSERVACIONISTA

Esteve no Brasil, fevereiro último, o renomado cien-tista e Prêmio Nobel da Paz (1970) Dr. Norman Bor-laug.

Cumprindo um extenso programa de visitas técnicas, coor-denado pelo presidente da Agrisus, Fernando Penteado Cardoso,às principais regiões produtoras de soja do país, esteve nos Esta-dos do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo eDistrito Federal. O �Diário de Bordo� com o dia-a-dia de sua passa-gem no Brasil, reportado pelo Dr. Fernando Penteado Cardoso, en-contra-se no site: http://www.agrisus.org.br/noticias/diario_bordo.htm, que termina com o parágrafo abaixo, que bem traduz apessoa do Dr. Norman Borlaug:

�Inúmeras vezes, no decorrer desse movimentado roteiro, oDr. Borlaug, às vésperas de completar 90 anos, foi assediado porrepórteres e fotógrafos da mídia falada, escrita e filmada. Com gran-de paciência e bom humor repetia seus pontos de vista e opiniões,respondendo às perguntas que quase sempre tratavam dostransgênicos, da fome no mundo, da Revolução Verde na Índia ePaquistão, do Prêmio Nobel, de seu trabalho na África, do mercadoda China para soja, do esforço brasileiro no cerrado, da ferrugem nasoja, do plantio direto e do problema logístico no Brasil, dentreoutros. Por vezes, sob sol causticante, ou interrompendo visitas erefeições, a todos atendia com invariável cortesia e boa vontade,num espanhol fácil e colorido, contando casos, citando nomes elembrando datas, muitas vezes externando certa candura e simplici-dade, privilégio das grandes personalidades�.

A POTAFOS teve a satisfação de apresentar ao Dr. Borlaugo manejo conservacionista de pomares cítricos em Araras-SP, feitocom o uso de roçadeiras laterais, com formação de espessa mantavegetal que pode substituir o uso de herbicida.

O trabalho do Dr. Norman Borlaug �Acabando com a fomeno mundo � a promessa da biotecnologia e a ameaça do funda-mentalismo anticiência�, publicado em Plant Physiology, v. 124,p. 487- 490, 2002, foi traduzido [com notas] pelo professor EurípedesMalavolta, CENA-USP, Piracicaba-SP, e-mail: [email protected]. Osleitores da edição eletrônica deste jornal podem acessá-lo clicandoem http://www.potafos.org/artigomalavolta

Dr. Norman Borlaug junto com estudantes estagiários daPOTAFOS.

Pomar com manejo conservacionista: roçadeira lateral roça omato e lança a massa vegetal triturada embaixo da saia dasplantas, resultando em espesso �mulch�.

Exemplo típico de pomar mal manejado: perda da saia, poucoenfolhado, com folhas miúdas e ponteiros secos.

T. Yamada, Dr. Borlaug, Gilberto Bisão (proprietário) e Dr. Cardo-so (Agrisus) em pomar de citros na região de Araras-SP.

6 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

4. ADIÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS E HÚMICOS EMLATOSSOLOS E ADSORÇÃO DE FOSFATO

ANDRADE, F.V.; MENDONÇA, E.S.; ALVAREZ V.V.H.; NOVAIS,R.F. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v.27, p. 1003-1011, 2003.

A matéria orgânica pode diminuir a adsorção/precipitaçãode fosfato (A/PP) pela liberação de ácidos orgânicos, que competempelos sítios de adsorção, ou pela formação de compostos com ofosfato na solução do solo e/ou formação de complexos com Al e Fe,reduzindo a A/PP. O objetivo deste trabalho foi avaliar a redução naA/PP em Latossolos, pela adição de ácidos orgânicos � ácido cítrico(AC), oxálico (AO), salicílico (AS) � e de ácidos húmicos (AH).Foram utilizadas amostras de um Latossolo Vermelho textura muito

DIVULGANDO A PESQUISA

Notas do editor: Os trabalhos que possuem endereço eletrônico em azul podem ser consultados na íntegraGrifos nos textos, para facilitar a leitura dinâmica, não existem na versão original

3. FRAÇÕES DE FÓSFORO ACUMULADAS EM LATOSSOLOARGILOSO PELA APLICAÇÃO DE FOSFATO NO SISTEMAPLANTIO DIRETO

CONTE, E.; ANGHINONI, I.; RHEINHEIMER, D.S. RevistaBrasileira de Ciência do Solo, v. 27, p. 893-900, 2003. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832003000500014&lng=en&nrm=iso&tlng=pt)

O aumento da disponibilidade de P na camada superficial dosolo no sistema plantio direto pode resultar em maior transformaçãode P inorgânico em frações orgânicas de P de diferentes labilidades.Este trabalho teve como objetivo determinar as frações preferenciaisde acumulação de P pela adição de doses de fosfato solúvel ao solono sistema plantio direto. Após cinco anos e meio da instalação doexperimento em um Latossolo Vermelho distroférrico típico argiloso,coletaram-se amostras da camada de 0-10 cm de tratamentos comdiferentes doses acumuladas de fosfato solúvel: 0, 130, 180, 260,360, 540 e 720, 980 e 1.240 kg ha-1 de P

2O

5, aplicadas no inverno e/ou

no verão ao longo do tempo. Determinaram-se o P orgânico, inor-gânico, total microbiano e seis frações inorgânicas e três orgânicasde P, em extração seqüencial com labilidade decrescente.

As modificações observadas no P total com a adição de fosfatoficaram restritas às frações inorgânicas. A fração moderadamentelábil foi o maior dreno do P adicionado. A contribuição das fraçõesmais lábeis de P aumentou numa relação direta com as dosesaplicadas. As frações orgânicas lábeis e moderadamente lábeis deP foram constituintes tão importantes como as respectivas fraçõesinorgânicas, especialmente nas baixas adições de fosfato.

1. ADUBAÇÃO NITROGENADA E SILICATADA DO ARROZDE TERRAS ALTAS

MAUAD, M.; CRUSCIOL, C.A.C.; GRASSI, FILHO, H.; CORRÊA,J.C. Scientia Agricola, v. 60, p. 761-765, 2003. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-90162003000400023&lng=en&nrm=iso&tlng=en)

O silício não é considerado um elemento essencial para ocrescimento e desenvolvimento das plantas, entretanto, sua absor-ção traz inúmeros benefícios, principalmente ao arroz, como aumentoda espessura da parede celular, conferindo resistência mecânica àpenetração de fungos, melhora o ângulo de abertura das folhastornando-as mais eretas, diminuindo o auto-sombreamento e aumen-tando a resistência ao acamamento, especialmente sob altas dosesde nitrogênio. O presente trabalho teve por objetivo avaliar os efei-tos da adubação nitrogenada e silicatada nos componentes vegeta-tivos, nos componentes da produção, na altura da planta e na produ-tividade da cultivar de arroz IAC 202. O experimento foi constituídoda combinação de três doses de nitrogênio (5, 75 e 150 mg de N kg-1

de solo) aplicado na forma de uréia e quatro doses de silício (0, 200,400 e 600 mg kg-1 de SiO

2), aplicado na forma de silicato de cálcio. O

delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizadoem esquema fatorial 2 x 4 (N = 5).

A adubação nitrogenada aumentou o número de colmos epanículas por metro quadrado e o número total de espiguetas,refletindo na produtividade de grãos. O perfilhamento excessivocausado pela adubação nitrogenada inadequada causou redução naporcentagem de colmos férteis, na fertilidade das espiguetas e damassa de grãos. A adubação silicatada reduziu o número deespiguetas chochas por panícula e aumentou a massa de grãossem, contudo, refletir na produtividade de grãos.

2. FRUIT YIELD OF VALENCIA SWEET ORANGE FERTILI-ZED WITH DIFFERENT N SOURCES AND THE LOSS OFAPPLIED N

CANTARELLA, H.; MATTOS Jr., D.; QUAGGIO, J.A.; RIGOLIN,A.T. Nutrient Cycling in Agroecosystems, v. 67, p. 215-223, 2003.

Nutrient management recommendations are need to increa-se nitrogen uptake efficiency, minimize nutrient losses and reduceadverse effects on the environment. A study of the effects of nitro-gen fertilization on N losses and fruit yield of 6-yr-old Valenciasweet orange [Citrus sinensis (L.) Osb.] on Rangpur lime rootstock(C. limonia Osb.) grove was conducted in an Alfisol in Brazil from1996 to 2001. Urea (UR) or ammonium nitrate (AN) fertilizers weresurface-appliced annually at rates of 20, 100, 180, and 260 kg ha -1 Nsplit into three applications from mid-spring to early fall. A semi-open trapping system, using H

2PO

4 + glycerol-soaked plastic foams,

was used for selected treatments in the field to evaluate NH3

volatilized from applied N fertilizers. Ammonia volatilization reached26 to 44% of the N applied as UR at the highest rate of N used.Ammonia volatilization losses with AN were lower (4% of the Napplied). On the other hand, AN resulted in greater nitrate leaching

and greater soil acidification than UR. A marked effect of ANfertilizer on soil pH (CaCl

2) in the 0-20 cm depth layer was observed

with a decrease of up to 1.7 pH units at the highest N rate. Aci-dification was followed by a decrease in exchangeable Ca and Mg;consequently, after 5 yr of fertilization with AN, soil base sa-turation dropped from 77% in the plots treated with 20 kg ha-1 Nper year, to 24% in those that received 260 kg ha-1 N per year.The effect of N sources on fruit yield varied from year to year. In2001, for a calculated N application rate of 150 kg ha-1, the fertilizerefficiency index of UR was 75% of that of AN.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 7

argilosa (LV) e um Latossolo Vermelho-Amarelo textura franco-argilo-arenosa (LVA). Amostras de 2,5 cm3 de TFSA dos solos foramcolocadas em erlenmeyer onde foram adicionados fósforo (K

2HPO

4)

e/ou ácidos orgânicos ou húmicos, de acordo com a forma deaplicação (fosfato antes, junto e depois da aplicação do ácido), nasdoses da relação molar ácido orgânico/P variando de 0 a 2:1. Asdoses dos ácidos húmicos variaram de 0 a 89,28 mg cm-3, equi-valendo à adubação orgânica de 0 a 40 t ha-1 de material orgânico.

O efeito dos ácidos orgânicos/ácidos húmicos na reduçãoda A/PP nos dois solos seguiu a seguinte ordem: AC > AO > AH >AS. A forma de adição dos ácidos influenciou a A/PP em ambos ossolos. No LV, a aplicação de fosfato e ácidos orgânicos ou ácidoshúmicos juntos (FJA) causou a maior redução na A/PP, indicandoque deve ter ocorrido a ligação entre fosfato e ácidos. No LVA, aaplicação de fosfato depois dos ácidos orgânicos ou ácidos húmicos(FDA) causou a maior redução na A/PP, indicando ter ocorridobloqueio dos sítios de adsorção pelos ácidos.

5. LIBERAÇÃO DE FÓSFORO E POTÁSSIO DURANTE ADECOMPOSIÇÃO DE RESÍDUOS CULTURAIS EM PLAN-TIO DIRETO

GIACOMINI, S.J.; AITA, C.; HÜBNER, A.P.; LUNKES, A.;GUIDINI, E.; ELIZANDRO BRUM do AMARAL, E.B. do A.Pesquisa Agropecuária Brasileira, v. 38, n. 9, p. 1097-1104, 2003.(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0100-204X2003000900011&lng= pt&nrm=iso&tlng=pt)

O objetivo deste trabalho foi avaliar a liberação de P e K deresíduos culturais de aveia-preta, ervilhaca comum e nabo forrageiroe de consórcios de aveia e ervilhaca, em plantio direto. Os resíduosculturais foram dispostos em bolsas de nylon com 20 x 20 cm e malhade 0,5 mm, as quais foram distribuídas na superfície do solo e coleta-das após 15, 29, 43, 59, 71, 82, 112 e 182 dias. Em cada coleta o materialfoi secado a 65ºC, determinando-se as quantidades remanescentesde matéria seca e a sua concentração em fósforo e potássio. Aosvalores observados para as quantidades remanescentes de P (Pr) e K(Kr) foi ajustado o modelo assintótico [(Pr e Kr = Ae-kt + (100 - A)] apartir do qual estimou-se a taxa (k) de liberação de P e K e a propor-ção desses nutrientes dos compartimentos lábil (A) e recalcitrante(100 - A) dos resíduos culturais.

A taxa de liberação do potássio foi 4,5 vezes maior do que ado fósforo (Figuras 1 e 2). A quantidade de P remanescente na faseinicial da decomposição foi inversamente proporcional à concen-tração do P solúvel em água dos resíduos culturais. Nos resíduosculturais do consórcio aveia + ervilhaca, o P e o K foram liberadosmais lentamente do que o observado nessas espécies em cultivosolteiro. Esses resultados indicam um maior potencial de sincro-nismo entre a demanda de P e K pelas culturas comerciais e a libera-ção desses nutrientes dos resíduos culturais provenientes de con-sórcios entre aveia e ervilhaca do que dos provenientes do cultivoisolado de ervilhaca.

Conclusões:

1. O consórcio de aveia e ervilhaca reduz a taxa constante deliberação do P e do K dos resíduos culturais em relação à ervilhacaisolada.

2. A concentração de P solúvel em água das plantas de co-bertura pode ser usada como indicador da velocidade de liberaçãode P durante a fase inicial de decomposição dos resíduos culturais;

3. A maior parte do K dos resíduos culturais das plantas decobertura é liberada logo após o manejo das espécies.

Figura 1. Fósforo remanescente e liberação acumulada de P durantea decomposição dos resíduos culturais das plantas de co-bertura em cultivo isolado e em consórcio ( : 100% deaveia; : 100% de ervilhaca; : 100% de nabo; : 15% deaveia + 85% de ervilhaca; : 45% de aveia + 55% de ervi-lhaca).

*

Figura 2. Potássio remanescente e liberação acumulada de K duran-te a decomposição dos resíduos culturais das plantas decobertura em cultivo isolado e em consórcio ( : 100% deaveia; : 100% de ervilhaca; : 100% de nabo; : 15% deaveia + 85% de ervilhaca; : 45% de aveia + 55% de ervi-lhaca).

*

8 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

7. CRESCIMENTO INICIAL DO CAFEEIRO RUBI EM RESPOS-TA A DOSES DE NITROGÊNIO, FÓSFORO E POTÁSSIO E AREGIMES HÍDRICOS

NAZARENO, R.B.; OLIVEIRA, C. A. da S.; SANZONOWICZ, C.;SAMPAIO, J.B.R.; SILVA, J.C.P. da; GUERRA, A.F. PesquisaAgropecuária Brasileira, v. 38, n. 8, p. 903-910, 2003. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2003000800002&lng=pt& nrm=iso&tlng=pt)

O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento da parteaérea do cafeeiro (Coffea arabica L.) cultivar Rubi MG 1192 subme-tido a três doses de N, P e K e a dois regimes hídricos durante oprimeiro ano após o transplante, em 20 de novembro de 2000. Ocrescimento da planta foi avaliado aos 134, 196, 236, 284, 334 e 383dias após o transplante (dat).

Houve resposta ao N e ao K no crescimento em número deramos plagiotrópicos por planta, ao passo que no número de nóscom gemas por planta, observou-se resposta apenas ao nitrogênio.

Não houve resposta a N, P e K no aumento da massa seca daparte aérea e no índice de área foliar. Além de mostrar efeito signifi-cativo no crescimento do cafeeiro, a irrigação antecipou o rápidocrescimento para julho (236 dat) proporcionando plantas mais vi-gorosas. Nas plantas não-irrigadas, o rápido crescimento ocorreuem meados de outubro (334 dat). Entretanto, a irrigação não impe-diu a queda na taxa de crescimento durante o inverno.

O desenvolvimento das gemas em frutos ou ramos secun-dários nas plantas não-irrigadas alterou a distribuição de matériaseca e reduziu o crescimento do caule, ramos e folhas.

6. DESSORÇÃO DE FÓSFORO AVALIADA POR EXTRAÇÕESSUCESSIVAS EM AMOSTRAS DE SOLO PROVENIENTESDOS SISTEMAS PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL

RHEINHEIMER, D. dos S.; ANGHINONI, I.; CONTE, E.; KA-MINSKI, J.; GATIBONI, L.C. Ciência Rural, vol. 33, n. 6, p.1053-1059, 2003. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782003000600009&lng=en&nrm=iso&tlng=pt)

O fósforo é retido à fase sólida do solo com diversas ener-gias de ligação, dependentes das características e quantidade doscolóides do solo. A adoção do sistema plantio direto (SPD) podepromover o acúmulo de fósforo em formas diferentes daquelasobservadas no sistema de cultivo convencional (SCC) e, assim,modificar as características de dessorção do fósforo do solo. Oobjetivo deste trabalho foi avaliar a capacidade de dessorção defósforo em solos submetidos a sistemas de cultivo. Três soloscom teores variáveis de argila (Latossolo Vermelho distroférrico �680 g kg-1 de argila, Latossolo Vermelho distrófico � 530 g kg-1 deargila e Argissolo Vermelho distrófico � 220 g kg-1 de argila) culti-vados sob SPD e SCC foram submetidos a extrações sucessivascom resina trocadora de ânions (RTA) e ajustadas equações decinética de primeira ordem para estimar a capacidade de dessorçãomáxima do solo.

A dessorção da primeira extração e dessorção máxima defósforo foram maiores na camada superficial do solo sob SPD,comparativamente ao SCC. Uma única extração com RTA repre-sentou, em média, 38%, 46% e 49% do fósforo dessorvível para osolo muito argiloso, argiloso e arenoso, respectivamente, enquantoa estimativa pelo extrator Mehlich 1 representou, para os mesmossolos, 32%, 46% e 89% da dessorção máxima de fósforo.

9. FEIJOEIRO EM SOLO DE CERRADO SUBMETIDO A DO-SES DE MANGANÊS E ZINCO VIA FOLIAR

TEIXEIRA, I.R.; BORÉM, A.A.; ARAÚJO, , G.A. de A.; FONTES,R.L.F. Scientia Agricola, v. 61, n. 1, p. 77-81, 2004. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=0103-901620040001&lng=en&nrm=iso)

Em solos de cerrado tem sido cada vez mais freqüente osurgimento de casos de deficiência de micronutrientes em diversasculturas, incluindo o feijoeiro, com destaque para manganês (Mn) ezinco (Zn), o que é ocasionado pelas elevadas dosagens de corretivoutilizadas em aplicações de superfície e sem incorporação adequada.Este trabalho avaliou o efeito de doses de Mn e Zn via foliar emfeijoeiros cultivados em solo de cerrado. Foram conduzidos trêsexperimentos, sendo dois em casa de vegetação e um em campo. Osexperimentos de casa de vegetação foram instalados seguindo odelineamento de blocos ao acaso, num esquema fatorial 5 x 5, comtrês repetições, envolvendo cinco doses de Mn (0, 75, 150, 300 e600 g ha-1) e cinco doses de Zn (0, 50, 100, 200 e 400 g ha-1) aplica-das via foliar, aos 25 ou, alternativamente, ambas parceladas aos25 e 35 dias após emergência (DAE), respectivamente, no primeiro esegundo experimento. No experimento de campo empregou-se odelineamento em blocos casualizados, com quatro repetições comos mesmos tratamentos usados em casa de vegetação. Duasaplicações foliares, efetuadas aos 25 e 35 DAE foram eficientes nacorreção dos sintomas de deficiência de Mn e Zn.

A aplicação conjunta de Mn e Zn aumentou a altura de plan-ta, os componentes primários de rendimento, o número de grãospor vagem, o número de vagens por planta e a produtividade �perse�. A máxima eficiência técnica foi obtida com 315 g ha-1 de Mn e280 g ha-1 de Zn, para uma produtividade de 2.275 kg ha-1 de grãos,correspondente a 60% acima da testemunha.

8. MORFOLOGIA RADICULAR E SUPRIMENTO DE POTÁS-SIO ÀS RAÍZES DE MILHETO DE ACORDO COM A DISPO-NIBILIDADE DE ÁGUA E POTÁSSIO

ROSOLEM, C.A.; MATEUS, G.P.; GODOY, L.J.G.; FELTRAN, J.C.;BRANCALIÃO, S.R. Revista Brasileira de Ciência do Solo,v. 27, n. 5, p. 875-884, 2003. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832003000500012&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

O milheto (Pennisetum glaucum) é cultivado em épocas comdeficiência hídrica, o que pode afetar a absorção de K. Este traba-lho visou quantificar a importância de potenciais de água do solo(- 0,03; - 0,05; - 0,10 e - 0,50 MPa), associados a doses de potássio(15 e 120 mg dm-3 de K) na morfologia radicular e nos processos detransporte de K às raízes de milheto. O experimento foi realizado emBotucatu (SP), em casa de vegetação. O milheto foi cultivado até28 dias após a emergência, quando foram avaliados a fitomassaproduzida e os teores de K, assim como a morfologia radicular. Foiestimada a contribuição do fluxo de massa e da difusão para otransporte de K no solo.

Independentemente da dose de potássio e do teor de águano solo, a difusão foi o principal mecanismo de transporte de Katé as raízes do milheto. Houve maior contribuição relativa dofluxo de massa, que correspondeu a 12% do absorvido, na menordose de potássio, contra 4% na maior dose. Não houve efeito dadisponibilidade hídrica nos mecanismos de transporte de K atéas raízes do milheto.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 9

12. INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE SEMEADURA E DO MANEJODA PARTE AÉREA DE MILHETO SOBRE A SOJA EM SU-CESSÃO EM PLANTIO DIRETO

LEMOS, L.B.; NAKAGAWA, J.; CRUSCIOL, C.A.C.; CHIGNOLIJÚNIOR, W.; SILVA, T.R.B. da. Bragantia, v. 62, n. 3, p. 405-415,2003.(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87052003000300007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)

Uma das grandes limitações do plantio direto é a produção emanutenção da cobertura vegetal. Por esse motivo, o milheto tem-se constituído em boa opção de cultivo no inverno, gerando palhadacom decomposição mais lenta, viabilizando esse sistema de produ-ção. O objetivo do experimento foi estudar a cultura do milheto emtrês épocas de semeadura (5/3, 25/3 e 19/4/99), sob condições desequeiro, e a ceifa da parte aérea (ceifa a cada florescimento e retira-da do resíduo vegetal; ceifa a cada florescimento e permanência doresíduo vegetal; ceifa no florescimento e retirada do resíduo vege-tal; ceifa no florescimento e permanência do resíduo vegetal e livrecrescimento, sem ceifar), bem como seu efeito na produção da sojacultivada na seqüência.

Pode-se concluir que o milheto semeado em março e sub-metido à ceifa na época de cada emissão da panícula proporcionouas maiores produções de matéria seca dessa espécie. Tal culturademonstrou grande capacidade na produção de matéria seca e,quando semeada em 5 de março e 19 de abril, propiciou as maioresprodutividades da soja cultivada em sucessão.

13. MATÉRIA ORGÂNICA EM UM LATOSSOLO SUBMETIDOA DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO DE MILHO

SOUZA, W.J.O; MELO, W.J. Revista Brasileira de Ciência doSolo, v. 27, p. 1113-1123, 2003.

Com o objetivo de avaliar o efeito de sistemas de produçãosobre a dinâmica do carbono no solo e nas frações da matéria orgâ-nica, durante seis anos, em Jaboticabal (SP), foram testados dife-rentes tratamentos, a saber: semeadura convencional de milho compousio no inverno (C-Mi-P), plantio direto de milho e pousio noinverno (D-Mi-P), convencional de milho em rotação com soja epousio no inverno (C-Mi-P-So), plantio direto de milho em rotaçãocom soja e pousio no inverno (D-Mi-P-So) e plantio direto de milhocom uso de Mucuna aterrina (mucuna preta), Cajanus cajan (feijãoguandu) e Crotalaria juncea no inverno (D-Mi-Mu, D-Mi-Gu eD-Mi-Cr) em delineamento de blocos ao acaso e parcelas subdivi-didas. Após 60 dias da emergência das plântulas, coletaram-seamostras de solo a diferentes profundidades (0-0,05, 0,05-0,10 e0,10-0,20 m). Avaliaram-se nas amostras os teores de C orgânico(CO) e C total nas frações: matérias húmicas (MH), solúvel emágua (SA), ácido fúlvico (AF), ácido húmico (AH) e humina (HN)com dados expressos em base de terra seca em estufa (TSE).

O uso do sistema plantio direto com pousio e o cultivo deleguminosas no inverno (mucuna preta e feijão guandu) foram osque apresentaram maiores valores de CO e C-SA na camada de0,05-0,10 m. Quanto aos teores de C-MH, os tratamentos C-Mi-P-Soe D-Mi-P-So foram os que apresentaram os maiores valores nascamadas superficiais.

O plantio direto de milho em monocultura e sucessão comleguminosas (mucuna preta e feijão guandu) parece ter favorecidodois processos: migração de AF para as camadas mais profundas,reduzindo os valores de MH nas camadas superficiais do solo, einterconversões de AF em AH mais rápidas.

11. BENEFITS OF INOCULATION OF THE COMMON BEAN(Phaseolus vulgaris) CROP WITH EFFICIENT ANDCOMPETITIVE RHIZOBIUM TROPICI STRAINS

HUNGRIA, M.; CAMPO, R.J.; MENDES, I.C. Biology andFertility of Soils, v. 39, p. 88-93, 2003.

Cropping in low fertility soils, especially those poor in N,contributes greatly to the low common bean (Phaseolus vulgaris L.)yield, and therefore the benefits of biological nitrogen fixation mustbe intensively explored to increase yields at a low cost. Six fieldexperiments were performed in oxisols of Paraná State, southernBrazil, with a high population of indigenous common bean rhizobia,estimated at a minimum of 103 cells g�1 soil.

Despite the high population, inoculation allowed an increasein rhizobial population and in nodule occupancy, and further increaseswere obtained with reinoculation in the following seasons. Thus,considering the treatments inoculated with the most effective strains(H 12, H 20, PRF 81 and CIAT 899), nodule occupancy increased froman average of 28% in the first experiment to 56% after four inoculationprocedures. The establishment of the selected strains increasednodulation, N

2 fixation rates (evaluated by total N and N-ureide) and

on average for the six experiments the strains H 12 and H 20 showedincreases of 437 and 465 kg ha�1, respectively, in relation to theindigenous rhizobial population. A synergistic effect between lowlevels of N fertilizer and inoculation with superior strains was alsoobserved, resulting in yield increases in two other experiments. Thesoil rhizobial population decreased 1 year after the last cropping, butremained high in the plots that had been inoculated. DGGE analysisof soil extracts showed that the massive inoculation apparently didnot affect the composition of the bacterial community.

10. NUTRIENT MANAGEMENT FOR IMPROVING LOWLANDRICE PRODUCTIVITY AND SUSTAINABILITY

FAGERIA, N.K; SLATON, N.A.; BALIGAR, V.C. Advances inAgronomy, v. 80, p. 63-152, 2003.

Rice (Oryza sativa L.) is an important food crop for a largeproportion of the world�s population. Total rice production willneed to increase to feed an increasing world population. Rice isproduced under both upland and lowland ecosystems with about76% of the global rice produced from irrigated-lowland rice systems.The anaerobic soil environment created by flood-irrigation oflowland rice creates a unique and challenging environment for theefficient management of soil and fertilizer nutrients. Supplyingessential nutrients in adequate rates, sources, application methods,and application times are important factors that influence theproductivity and sustainability of rice. This review emphasizes ourcurrent, research-based knowledge of N, P, K, Ca, Mg, S, B, Fe,Mn, and Zn management in regards to the efficiency and sustaina-bility of lowland rice production and identifies where additionalresearch is needed to bridge information gaps.

Our goal is to provide a comprehensive review describingthe nutritional problems, nutrient use efficiencies, and the pro-duction strategies used for efficient nutrient use and production oflowland rice. While the soils, climatic environments, cultivars, anddegree of mechanization may vary considerably among the riceproducing regions of the world, the basic principles governingefficient nutrient use by flood-irrigated rice are relatively constant.A summation of best management practices should help scientistsdevelop practical, integrated recommendations that improve nutrientuse efficiency in lowland rice production systems.

10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

PAINEL AGRONÔMICO

BRASIL FATURA ALTO COMEXPORTAÇÕES DE FRUTAS

Os pomares brasileiros continuam atraindo dólares. As ex-portações de frutas frescas renderam ao país US$ 335,3 milhõesem 2003, com um aumento de 39,1% em comparação com 2002,quando somaram US$ 241 milhões. Os dados foram divulgadospelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).O superávit do setor atingiu US$ 267 milhões no ano passado,contra US$ 157 milhões dos 12 meses anteriores.

�Por seu potencial de geração emprego e renda, a fruticultu-ra é estratégica para o país�, diz o técnico Saulo Gonzales, do Pro-grama de Desenvolvimento da Fruta (Profruta) do Mapa. �A produ-ção de frutas permite obter um faturamento bruto entre R$ 1 mil eR$ 20 mil por hectare. Essa é uma atividade que requer mão-de-obra intensa e qualificada. Além disso, ela é fundamental para aju-dar a fixar o homem no campo.�

Para impulsionar as exportações da fruticultura, o Brasil vêmintensificando as ações de sanidade. Uma das principais diretrizesda estratégia para elevar as exportações da fruticultura brasileira é aimplantação do Sistema de Produção Integrada (PIF) � uma exigên-cia de alguns mercados importadores, como o europeu.

Esse sistema prevê o cultivo de frutas de alta qualidade esanidade, seguindo normas de sustentabilidade ambiental, desegurança alimentar e de viabilidade econômica, mediante o uso detecnologias não agressivas ao meio ambiente e ao homem.

�As frutas produzidas nesse sistema vão para o mercadocom um selo de conformidade, atestando a sua qualidade e sani-dade�, informa Saulo Gonzáles. Segundo ele, a PIF também permiteo rastreamento do produto, o que dá maior segurança aos consu-midores.

Graças à adoção dessas normas, houve uma redução de 63,4%no uso de agroquímicos nos pomares brasileiros de manga, de 50%nos de mamão, de 32% nos de uva e de 30% nos de maçã.

Hoje, segundo o Profruta, o país conta com vários pólos deprodução integrada de frutas. Entre eles, o de maçã no Rio Grandedo Sul (RS) e Santa Catarina (SC), o de manga e uva na Bahia (BA)e Pernambuco (PE); o de mamão no Espírito Santo e BA; o de bananaem São Paulo (SP) e SC; o de pêssego no RS, o de figo e goiaba emSP; e os de caju e melão no Rio Grande do Norte e no Ceará (Portalda Sociedade Rural Brasileira, 23/01/2004, http://www.srb.org.br).

NOVO CICLO DE CRESCIMENTO PARAPRODUÇÃO DE ALGODÃO

Os produtores brasileiros de algodão, sobretudo os doCentro-Oeste do país, já traçaram seu plano de metas para 2005.Deverão aumentar a produção nacional em 20%, com a expectativade colher cerca de 1,5 milhão de toneladas de algodão em pluma nasafra 2004/05, batendo recorde pelo segundo ano consecutivo.

Para Jorge Maeda, um dos maiores produtores de algodão dopaís e presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão(Abrapa), a retomada dos investimentos no algodão é um caminhosem volta no Brasil. O empresário não compactua, contudo, dosentimento de euforia observado em algumas regiões do país. �Nãopodemos nos empolgar com o movimento de alta dos preços. Temosde estar preparados para situações baixistas�, afirma o empresário.

Os atuais preços internacionais do algodão dão segurançaao plantio no país. Em dois anos, a commodity acumula valorizaçãode 64,3%. �O modelo empresarial, com análise de gestão e custos,deu impulso aos negócios com algodão no país�, ressalta Maeda.A rotação de cultura de algodão com a soja, principal vedete dosgrãos no Brasil, propiciou a retomada da produção da fibra no país,com mais força no Estado do Mato Grosso.

As negociações de insumos e colheitadeiras para algodãoestão aquecidas, observa João Luiz Pessa, da Abrapa. Segundoele, a a cada 500 hectares acrescidos, os produtores adquirem umacolheitadeira nova. �O Brasil cresceu 200 mil hectares em algodãonos últimos quatro anos�, afirma. Cada colheitadeira custa em tornode US$ 250 mil. �As colheitadeiras usadas são repassadas para osprodutores pequenos� (Valor on line, 19/04/2004).

PODRIDÃO VIGIADA

A citricultura ganhou uma nova ferramenta para combater apodridão floral dos citros, uma doença que provoca a queda dosfrutos e a perda de até 80% da produção quando atinge os pomaresde laranja. Os agricultores jápodem usar um sistema de con-trole que calcula as condiçõesfavoráveis à ocorrência dadoença, como chuva, estádiode desenvolvimento da flora-da, e indica a época certa parapulverização de fungicidas. Osoftware foi desenvolvido naFaculdade de Ciências Agro-nômicas da Universidade Esta-dual Paulista (Unesp), em Botucatu, sob a coordenação do profes-sor Nilton Luiz de Souza, pela engenheira agrônoma Natália AparecidaRodrigues Peres, autora de tese de doutorado sobre o novo sistema.O projeto teve financiamento da FAPESP e contou com as parceriasda Universidade da Flórida, dos Estados Unidos, e da Citrovita,empresa do grupo Votorantim que possui 3 milhões de pés de laranjana região de Itapetininga (SP). Os resultados mostram que ao adotaro novo sistema os agricultores economizam cerca de R$ 200,00 porhectare em aplicações de fungicidas. Os produtores brasileirospodem, gratuitamente, utilizar o sistema na internet no endereçohttp://infotech.ifas.ufl.edu/disc/pfd (www.revistapesquisa.fapesp.br).

Fundecitrus

DESPEDE-SE DE NÓS O QUERIDOPROFESSOR SALIM SIMÃO

A comunidade agronômica se des-pediu, maio último, de um de seus maisilustres professores, Dr. Salim Simão, Cate-drático aposentado do Departamento deHorticultura da Escola Superior de Agri-cultura �Luiz de Queiroz�, USP.

Brilhante em sua especialidade enos inúmeros cargos que gerenciou, foicom entusiasmo que trilhou o caminhoagronômico e se tornou, na expressão dopoeta, �útil pedra na catedral dos homens�.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 11

CONSUMO DE FRUTAS REDUZ DOENÇAS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu recente-mente parecer alertando que os índices de câncer de estômago, noBrasil, continuam altos e estão relacionados com a preferência dapopulação por alimentos com muito sal.

Segundo a OMS, na Europa o câncer de estômago ainda atinge870 mil pessoas por ano, apesar da redução de 60% nos índices dedoença, em função da melhoria dos hábitos alimentares. Os europeusestariam consumindo hoje muito mais frutas e legumes do que hámeio século, o que está contribuindo para a prevenção do câncer.

De acordo com as pesquisas realizadas, o consumo de 500 gde frutas ou verduras por dia reduz em 25% a probabilidade de quealgum tipo de câncer seja desenvolvido (Informativo Centro deCitricultura, n. 101, 2003).

SISTEMA QUE ALERTA OS PRODUTORESSOBRE A OCORRÊNCIA DE FUNGOS EM

DIVERSAS CULTURAS

Os fungos são os principais inimigos de culturas como to-mate, batata, amendoim, melão, entre outras. Com base em seusconhecimentos de Epidemiologia e Fitopatologia, o agrônomoModesto Barreto, professor da Faculdade de Ciências Agrárias eVeterinárias da Universidade Estadual Paulista (UNESP), campusde Jaboticabal, desenvolveu um sistema de previsão de ocorrênciade doenças em plantas, com o objetivo de reduzir as perdas emlavouras, ocasionadas pela presença de fungos, além de racionali-zar o uso de agrotóxicos ou, ainda, utilizá-los na hora adequada. Ossistemas de previsões para doenças de tomate, batata e amendoimvêm sendo estudados, experimentalmente pelo pesquisador, há maisde quinze anos e atualmente estão sendo utilizados por agriculto-res em São Paulo e Minas Gerais.

Os sistemas de previsões de doenças informam quando seráo início de uma ou mais doenças e como esta irá se desenvolver, apartir da situação climática do local em que se encontra a cultura.Por isso o sistema, batizado de Agroalerta, funciona vinculado auma estação meteorológica instalada dentro da lavoura. Assim,enquanto a estação mede qual a condição climática do momento �temperatura e umidade relativa do ar, ocorrência de chuvas ou deirrigação e o período em que as folhas estão molhadas �, o sistemavai prevendo qual tipo de fungo pode atacar a plantação, diantedaquela situação. Para cada doença de planta corresponde umatemperatura e uma umidade que propicia o seu desenvolvimento.Um exemplo disso é a �requeima� do tomateiro, doença que atacaem épocas de baixa temperatura e alta umidade, muito temida pelosagricultores dada a rapidez com que evolui e destrói a plantação.�Com os dados fornecidos pelo sistema e pela estação meteoroló-gica, posso prevenir o agricultor se há ou não necessidade de pul-verização com fungicidas, principal agrotóxico utilizado�, diz o pro-fessor Modesto Barreto. A vantagem dos agricultores é ter seuscustos reduzidos pela metade � cada aplicação custa, em média,R$ 60,00 por hectare.

O consumidor, por sua vez, poderá utilizar certos tipos defrutas e legumes cultivados com a utilização de menor quantidadede produtos tóxicos. Outra vantagem do sistema, conta o profes-sor, �é que não se corre o risco de os fungos se tornarem resisten-tes com a utilização desnecessária de fungicidas, além de reduzir osdanos ao meio ambiente� (http://www.snagricultura.org.br/artigos/artitec-doencas.htm).

A figura acima traz embutida duas mensagens. Uma, positi-va, para nós. Outra, negativa, para eles. E uma dúvida: por quê?

Como a soja é uma importante cultura tanto no Brasil com nosEstados Unidos, penso que esta pergunta deveria ser o foco principaldos pesquisadores de lá e também dos de cá. Será que está sendo?

Para fomentar esta discussão (entre outras) a POTAFOS esta-rá promovendo, de 30 de junho a 02 de julho de 2004, o 1o Simpósiosobre Sistema Agrícola Sustentável com Colheita Econômica Máxi-ma a ser realizado no Hotel Fonte Colina Verde, em São Pedro-SP.Mais informações na página 13 deste jornal.

POR QUE A PRODUTIVIDADE DA SOJA NO BRASILCRESCE MAIS QUE NOS ESTADOS UNIDOS?

JACTO LANÇA UNIPORT NPK CANAVIEIRO

A Jacto acaba de lançar no mercado o Uniport NPK Cana-vieiro, que faz a aplicação de adubo sólido granulado. O equipamentofoi desenvolvido para o setor canavieiro, com tecnologia Jacto.Automotriz, o novo Uniport NPK alia qualidade com produtividade.

Com capacidade de 3.000 kg, sistema de distribuição de adu-bo por barras assistidas a ar, a máquina permite uma variação dedosagem de 30 a 800 kg por hectare e adubação na linha da cana(três segmentos independentes com três pingentes cada, totalizandonove ruas) ou em faixa.

Precisão � o UniportNPK Canavieiro faz aplica-ções com taxas variáveis se-guindo mapas de fertilidadedo solo com orientação doDGPS. Além disso, o contro-lador JFC garante dosagensprecisas independente da ve-locidade, que pode chegar aaté 18 km por hora.

Outra inovação é o sis-tema de regulagem de bitola, que permite ajustes a cada centímetro,variando de 2,55 m a 3,15 m, adequando a máquina aos espaçamentosusados na cana-de-açúcar. Este dispositivo melhora o tráfego nocanavial evitando que haja compactação e pisoteio na linha da cana.

Além disso, a cabine é construída com paredes duplas, arcondicionado, bancos com ajustes, vidros especiais, volante esca-moteável e comandos dispostos de forma ergonômica. Assim, anova máquina oferece um conjunto que garante maior produtivida-de ao produtor. Mais informações sobre o Uniport NPK Canavieiropodem ser obtidas através do e-mail [email protected] ou dosite www.jacto.com.br.

O Uniport NPK Canavieiro garan-te adubação de precisão

12 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

OUTRAS CIÊNCIAS

BIOTECNOLOGIAwww.biotecnologia.com.br

Portal com banco de entrevistascatalogadas por subtemas, vídeos,eventos e links.

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

IPT IMPRENSAwww.ipt.br/imprensa

Notícias produzidas pela assesso-ria de imprensa do Instituto de Pes-quisas Tecnológicas.

BANCO DO BRASIL

www.agronegocios-e.com.br

Site de agronegócios do Banco do Bra-sil. Clientes do banco podem obter a CPR �Cédula de Produto Rural � pela internet parafinanciamento da produção.

REDE DAS ÁGUAS

www.rededasaguas.org.br

Site que trata da questão das águas, ba-cias hidrográficas, comitês de bacias, fórum,legislação, sociedade civil e educação am-biental.

COMÉRCIO EXTERIOR

www.comexport.com.br

Site da Comexport, trading com atividadesem comércio exterior, abrangendo desde com-pra, venda, estocagem agenciamentos e repre-sentações a estruturações financeiras, proce-dimentos administrativos, logísticos e de su-porte, além de viabilizar sofisticadas opera-ções de comércio internacional.

AGRICOMA

www.agricoma.com.br

Site da Comtexto Comunicação e Pesqui-sa com artigos e documentos de agrobu-siness e ambiente.

CODEVASF

www.codevasf.gov.br

Site da Companhia de Desenvolvimentodo Vale São Francisco e do Paranaíba, quetraz os programas de irrigação da Codevasf,além de informações sobre agricultura irri-gada, barragens, etc.

MUSEU DE ZOOLOGIA USPwww.mz.usp.br

Traz informações sobre o acervoe pesquisas.

EMBRAPA NOTÍCIAS

www.embrapa.br/novidade/noticias/index.htm

Boletim da assessoria de comunicaçãosocial da Embrapa.

JORNAL DA CIÊNCIAwww.jornaldaciencia.org.br

Boletim com edição diária produ-zido pela Sociedade Brasileira para oProgresso da Ciência.

IRRIGAÇÃO

www.icid.org

Site da International Commission on Irri-gation and Drainage (em inglês), traz infor-mações sobre a organização, temas estraté-gicos, eventos, notícias, publicações, catá-logo de serviços, etc.

Visitem nosso website: www.potafos.orgTemos informações sobre o consumo de fertilizantes no Brasil, pesquisas e

publicações recentes, DRIS para várias culturas, links importantes, e muito mais...

WWW ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Sites Agrícolas

ESPAÇO CIÊNCIAwww.eciencia.pe.gov.br

Vinculado ao governo de Pernam-buco, traz curiosidades sobre plantasmedicinais e experimentos diversos.

BANCO DO NORDESTE

www.banconordeste.gov.br/irriga

Site do Banco do Nordeste, que divulga arede de irrigação criada no âmbito do estudoque subsidiará o projeto Novo Modelo deIrrigação do Programa Brasil em Ação. Trazinformações sobre consultas, links e contatosde interesse.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 13

CURSOS, SIMPÓSIOS E OUTROS EVENTOS

EVENTOS DA POTAFOS EM 2004 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

30/06/04 (4ª feira)14:00-18:00 Inscrição e entrega de pastas18:00-19:30 O projeto SASCEM: potencialidades e parcerias

T. Yamada, POTAFOS, Piracicaba-SP, fone: (19) 3422-9812, e-mail: [email protected]

19:30-21:30 Drink de boas-vindas e jantar

01/07/04 (5ª feira)08:00-09:30 Agricultura de Precisão na promoção do SASCEM

José Paulo Molin, ESALQ-USP, Piracicaba-SP, fones:(19) 3429-4165/9601-9571, e-mail: [email protected] Leonardo A. Angeli Menegatti, Apagri, Piracicaba-SP, fones: (19) 3433-9720/9601-9573, e-mail: [email protected]

09:30-10:00 Discussão10:00-10:30 Coffee break10:30-19:00 Painel 1: Resultados de campo para alta produtivi-

dade de culturas10:30-12:00 Tony Vyn, Purdue University, West Lafayette, IN

47907-1150, EUA, fone: (765) 496-3757, e-mail: [email protected] (Saiba quem é Tony Vyn: http://www.agry.purdue.edu/staffbio/vyn.htm)

12:00-14:00 Almoço14:00-14:30 Leandro Zancanaro, Fundação MT, Rondonópolis-

MT, fones: (66) 423-2041/9984-7276, e-mail: [email protected]

14:30-15:00 Dirceu Luiz Broch, Fundação MS, Maracaju-MS,fones: (67) 454-2631/9973-1611, e-mail: [email protected]

1. 1o SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVELCOM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)

15:00-15:30 Roberto dos Anjos Reis Jr., Fundação Chapadão,Chapadão do Sul-MS, fones: (67) 562-2032/9967-0933,e-mail: [email protected]

15:30-16:00 Toshio Sérgio Watanabe, GDT Mauá da Serra, Mauáda Serra-PR, fones: (43) 464-1291/1413, e-mail: [email protected]

16:00-16:30 Coffee break16:30-17:00 Baltazar Reis Fiomari, GDT Uberlândia, Uberlândia-

MG, fones: (34) 3257-3837/9124-9967, e-mail: [email protected]

17:00-17:30 Roberto Kazuhiko Zito e Jeferson Antônio de Souza,EPAMIG/Fundação Triângulo, fone: (34) 3321-6699,e-mail: [email protected]; [email protected]

17:30-18:00 Jonadan Hsuan Min Ma e Enos Toledo Ma, GrupoMa Shou Tao, Uberaba-MG, fones: (34) 3336-4544/9960-0211, e-mail: [email protected]

18:00-19:00 Debate geral

02/07/04 (6ª feira)08:00-18:30 Painel 2: Manejo eficiente das plantas daninhas e de

cobertura no sistema plantio direto

08:00-08:45 Manejo integrado de plantas daninhasEdivaldo Domingues Velini, UNESP, Botucatu-SP,fones: (14) 3811-7161/7211, e-mail: [email protected]

08:45-09:30 Manejo de plantas daninhas no sistema de produçãona região Sul do Brasil

DATA: 30 de JUNHO a 02 de JULHO de 2004

LOCAL DO EVENTO: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, SãoPedro-SP

TEMAS A DISCUTIR NO SIMPÓSIO:

� O conceito SASCEM� A importância da Agricultura de Precisão para o SASCEM� Resultados das pesquisas recentes para aumento da produti-

vidade no Brasil e nos Estados Unidos

� Manejo eficiente das plantas daninhas e as benéficas de co-bertura

� Efeitos colaterais do glifosato� Alternativas de manejo de plantas daninhas sem herbicidas� Integração agricultura-pecuária

TAXA DE INSCRIÇÃO:Hóspedes do hotel: R$ 250,00Não hóspedes: R$ 350,00 (inclui jantar de 30/06 e almoços ecoffee breaks de 01 e 02/07)

HOSPEDAGEM: RESERVA DIRETA COM O HOTEL

Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, São Pedro-SPFone/Fax: (19) 3481-9999 e (0800) 13-1009E-mail: [email protected]: www.hotelcolinaverde.com.brApartamento Luxo Country (diária para apartamento, com caféda manhã, almoço e jantar)

� Single: R$ 142,00� Duplo: R$ 210,00 (R$ 105,00/pessoa)� Triplo: R$ 288,00 (R$ 96,00/pessoa)+ 10% de taxa de serviço

PROGRAMA

14 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

OUTROS EVENTOS ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

3. FERTBIO 2004Tema: Avaliação das conquistas � base para estratégias futuras

Local: Lages, SCData: 18 a 22/JULHO/2004Informações: Website: www.cav.udesc.br/fertibio2004

4. XII INTERNATIONAL MEETING OF INTERNATIONALHUMIC SUBSTANCES SOCIETY (IHSS)

Local: Hotel Fazenda Fonte Colina Verde, São Pedro, SPData: 26 a 30/JULHO/2004Informações: Website: http://www.xiiimihss.com.br

5. 6th INTERNATIONAL SYMPOSIUM ON PLANT-SOIL IN-TERACTION AT LOW pH

Local: Aobaku, Sendai, Miyagi 980-0856 JapãoData: 01 a 05/AGOSTO/2004Informações: Website: www.agri.tohoku.ac.jp/ecs/psilph/

E-mail: [email protected]

1. BIOTECHNOLOGY APPLIED TO MICROORGANISMSUSED IN BIOLOGICAL CONTROL

Local: Brasília, DFData: 15 a 24/JUNHO/2004Informações: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Dra. Marlinda Lobo de SouzaTelefone: (61) 448-4784Fax: (61) 55-613-403-624 / 44-84-673Website: www.icgeb.orgE-mail: [email protected]

2. WORKSHOPS SIMPASSistema Integrado de Manejo da Produção Agropecuária Sustentável

(POTAFOS, ANDA, ANDEF, ABAG e outras)

Informações: POTAFOSTelefones: (19) 3433-3254/3422-9812 ouWebsite: www.potafos.orgE-mail: [email protected]

Local: Mossoró-RNData: 24 a 26/MARÇO/2004

Local: Tangará da Serra-MTData: 04 a 06/MAIO/2004

Local: Campo Mourão-PRData: 16 a 18/AGOSTO/2004

3. SIMPÓSIO SOBRE POTÁSSIO NA AGRICULTURA BRASILEIRAData: 22 a 24/SETEMBRO/2004Informações: POTAFOSTelefones: (19) 3433-3254/3422-9812Programa: em breve no website www.potafos.org

2. 9o ENCONTRO NACIONAL DE PLANTIO DIRETO NA PA-LHA

Local: Chapecó, Santa CatarinaData: 29/JUNHO a 02/JULHO/2004Informações: Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha

Telefone/fax: (42) 223-9107Website: www.febrapdp.org.br/enpdpe.htmE-mail: [email protected]

Dionísio Luiz Pisa Gazziero, Embrapa Soja, Londri-na-PR, fone: (43) 3371-6091, e-mail: [email protected]

09:30-10:00 Coffee break10:00-12:00 Glifosato, um herbicida com modo singular de ação:

efeitos primários e secundáriosSteve Duke, USDA, P.O. Box 8048, University, MS38677, EUA, fone: (601) 232-1036, e-mail: [email protected] (Saiba quem é Steve Duke: http://msa.ars.usda.gov/ms/oxford/npuru/sresume.html)

12:00-14:00 Almoço14:00-14:45 Integração lavoura-pecuária e o manejo de plantas

daninhasJoão Kluthcouski, Embrapa Arroz e Feijão, SantoAntônio de Goiás-GO, fones: (62) 533-2183/2110,e-mail: [email protected]

14:45-15:30 Alternativas de controle de plantas daninhas emsistema de plantio direto sem herbicidasIngo Kliewer, consultor, PAREX, Foz do Iguaçú-PR,fones: (595) 7642-0097/983-60-6960, e-mail: [email protected]

15:30-16:00 Coffee break16:00-17:00 Debatedores: Fábio Prata, Bioagri, fone: (19) 3429-7700,

e-mail: [email protected]; Ricardo VictoriaFilho, fone: (19) 3429-4190, e-mail: [email protected]; Tarcísio Cobucci, EMBRAPA-CNPAF, fones:(62) 533-2214/2110, e-mail: [email protected];Marcus Matallo, Instituto Biológico, fone: (19) 3251-0328, e-mail: [email protected]

17:00-18:00 Debate geral18:00-18:10 Encerramento

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2004 15

PUBLICAÇÕES RECENTES

4. PRODUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE SILAGEM DE MILHO ESORGO

Conteúdo: Fruto do trabalho integrado de pesquisadores da Em-brapa Milho e Sorgo e Embrapa Gado de Leite, emparceria com a Epamig e a Sementes Dow Agroscien-ces, a obra expõe, de forma clara e precisa, explica-ções que vão orientar o produtor no processo detrato das culturas de milho e de sorgo, no controle deplantas daninhas, de doenças e pragas nas culturas,os custos de produção de silagem, as característicasqualitativas da planta, o estádio de maturação ideal ea avaliação do teor de matéria seca.

Número de páginas: 544Pedidos: Livraria Virtual da Embrapa

Telefone: (61) 448-4236Website: www.sct.embrapa.br

5. TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE SOJA � REGIÃO CEN-TRAL DO BRASIL 2004

Conteúdo: A soja no Brasil, exigências climáticas, rotação de cul-turas, manejo do solo, correção e manutenção da fer-tilidade do solo, cultivares, tecnologia de sementes ecolheita, inoculação das sementes com Bradyrhizo-bium, instalação da lavoura, controle de plantas da-ninhas, manejo de insetos-pragas, doenças e medi-das de controle, retenção foliar e haste verde.

Número de páginas: 237Formato: 15 x 21 cmEditor: Embrapa Soja

Caixa Postal 23186001-970 Londrina-PRTelefone: (43) 3371-6000Website: www.cnpso.embrapa.brE-mail: [email protected]

BOLETINS TÉCNICOS, LIVROS, CD�s, INFORMAÇÕES AGRONÔMICASE ARQUIVOS DO AGRÔNOMO PODEM SER COMPRADOS

(E ALGUNS, CONSULTADOS) ATRAVÉS DO SITE DA POTAFOS:

www.potafos.org

PUBLICAÇÕES DA POTAFOS

2. FRACIONAMENTO FÍSICO DO SOLO EM ESTUDOS DAMATÉRIA ORGÂNICA

Autores: R. Roscoe, P.L.O. de A. Machado, 2002.Conteúdo: Fracionamento físico: base conceitual; método densi-

métrico; método granulométrico.Número de páginas: 86Formato: 15 x 21 cmPedidos: Embrapa Agropecuária Oeste

Caixa Postal 66179804-970 Dourados-MSFone: (67) 425-5122Website: www.cpao.embrapa.brE-mail: [email protected]

1. FERTIRRIGAÇÃO EM HORTALIÇAS(IAC. Boletim Técnico, 196)

Autores: Trani, P.E.; Carrijo, O.A.; 2004.Conteúdo: Contém recomendações de fertirrigação (fertilizantes,

doses e freqüência de aplicação) para as principaishortaliças cultivadas sob estufa plástica e no campo.São apresentadas as características dos equipamen-tos utilizados na condução da água de irrigação paraas hortaliças tanto em estufa como em campo. Apre-senta, ainda, tabelas de fertirrigação para hortaliçasem outros Estados e em outros países. Além disso,são mencionados os níveis críticos (valores máximos)de elementos e outros parâmetros na água de irriga-ção para hortaliças.

Número de páginas: 58 (ilustrado)Formato: 15 x 23 cmPreço: R$ 15,00Editor: IAC e FUNDAG

Caixa Postal 2813001-970 Campinas-SPTelefone: (19) 3231-5422Fax: (19) 3231-4943

3. UNDERSTANDING POTASSIUM AND ITS USE IN AGRI-CULTURE

Autor: Johnston, A.E.; 2003.Conteúdo: Este livro dá ênfase à importância do potássio para a

saúde das plantas, dos animais e humana e à funçãovital desempenhada pelos fertilizantes potássicosna manutenção da fertilidade do solo e na garantia

de níveis adequados de potássio. Ele explica a fun-ção do nutriente no aumento da qualidade do ali-mento e, devido sua função essencial nos proces-sos metabólicos do homem, sua importância na die-ta humana.

Número de páginas: 40Editor: European Fertilizer Manufacturers Association

Website: www.efma.orgE-mail: [email protected]

16 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 105 � MARÇO/2003

Ponto de Vista

T. Yamada, diretor

DOENÇAS IATROGÊNICAS NA AGRICULTURA?

Emprestado da medicina, o termo iatrogênico indica,na patologia vegetal, doença que se origina ou quetem severidade aumentada com o uso inadequado

de defensivos químicos. A ação destes pode ser tanto na plantahospedeira como no patógeno, ou ainda no ecossistema onde coe-xistem patógeno e hospedeiro. Interessante e informativa é a revi-são sobre doenças iatrogênicas feita por Ellis Griffits, publicada noAnnual Review of Phytopathology, v. 19, p. 69-82, 1981. Nessa re-visão, o autor não encontrou trabalhos indicando serem os insetici-das ou fungicidas responsáveis por mudanças na estrutura ou nafisiologia de plantas hospedeiras que resultassem na maior inci-dência de doenças. Porém, encontrou muitos trabalhos mostrandoefeitos de herbicidas e de fitoreguladores na incidência de doençasde plantas. E que os mecanismos envolvidos na ação destes produ-tos podem ser agrupados em três categorias: (1) mudanças na com-posição ou na estrutura do hospedeiro; (2) vazamento de metabólitospara a superfície externa do hospedeiro; (3) alterações nos meca-nismos naturais de defesa. Mostrou, ainda, que a existência dasdoenças iatrogênicas é irrefutável.

Minha experiência com o manejo de pomares para o con-trole do �amarelinho� ou CVC � clorose variegada dos citros �,desde 1998, tem me convencido do acerto das palavras de Griffits.Ao longo destes anos, inicialmente apenas com a colaboração deRonaldo Cabrera, Engo Agro da Casa da Agricultura, Novais-SP, ehoje com a ajuda adicional de 10 estudantes da ESALQ-USP e dedezenas de citricultores nas regiões de Frutal, Barretos, Catanduva,Bebedouro, Pirassununga, Araras e Conchal, estamos começan-

do a entender os �porquês� envolvidos com o �amarelinho�, taiscomo: (1) por que a planta atacada tem sistema radicular reduzido?(2) por que a fruta amarelece precocemente? (3) por que há seca deponteiros?

Tivemos boas respostas ao boro assim como ao gesso, queforam, então, introduzidos em nosso manejo, ao mesmo tempo quetransformamos o mato no meio do pomar, de inimigo a amigo, nonosso sistema de produção. Onde já não há mais banco de semen-tes das ditas �ervas daninhas� é semeada a Brachiaria, de prefe-rência a B. ruziziensis, muito bem adubada, assim como o resto dopomar. Quando o mato atinge um porte alto, este é roçado comroçadeira lateral, fechada atrás e aberta apenas em um dos ladospelo qual é lançada a massa vegetal triturada, formando então umaespessa manta vegetal (�mulch�). Esta manta vegetal previne a ger-minação e o crescimento de plantas invasoras, elimina a necessida-de de uso de herbicidas e, além de manter a umidade do solo, tam-bém funciona como adubo de liberação lenta. Como que por mila-gre, os pomares começaram a se recuperar, desaparecendo os tradi-cionais sintomas do �amarelinho�, tais como seca de ponteiros,folhas pequenas e frutos miúdos e amarelecidos. Felizmente estasobservações não são casos isolados. Estão se repetindo nas deze-nas de pomares assistidos por nossos estudantes, o que me leva apensar que �amarelinho� possa ser doença iatrogênica.

Fica aqui um pedido aos pesquisadores responsáveis pe-los estudos sobre as causas do �amarelinho�: por favor, conside-rem também os efeitos colaterais de herbicidas nas suas futuraspesquisas.

Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do FosfatoRua Alfredo Guedes, 1949 - Edifício Rácz Center - sala 701 - Fone/Fax: (19) 3433-3254

Endereço Postal: Caixa Postal 400 - CEP 13400-970 - Piracicaba (SP) - BrasilT. YAMADA - Diretor, Engo Agro, Doutor em Agronomia

E-mail: [email protected] Website: www.potafos.org

ImpressoEspecial

1.74.18.0217-0 - DR/SPI

POTAFOS

CORREIOS

DEVOLUÇÃOGARANTIDA

CORREIOS2216/84 - DR/SPI

� Agrium Inc.� Cargill Crop Nutrition� IMC Global Inc.� Intrepid Mining,

LLC/Moab Potash

� Arab Potash Company� Belaruskali� Dead Sea Works� ICL Group� International Potash Company

� K+S Kali GmbH� Tessenderlo Chemie

NV/SA� Silvinit� Uralkali

� PotashCorp� Simplot� Yara International

Afiliados do PPI/PPIC Afiliados do IPI