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PRTICAS DE COMUNICAO NA
PRODUO E CONSUMO DE PLANTAS
MEDICINAISa intertextualidade entre informao cientfica e
conhecimento tradicional
Silvia Regina Nunes Baptista
Programa de Ps Graduao em Informao e Comunicao em Sade
PPGICS/ICICT/FIOCRUZ
Dissertao apresentada banca examinadora como parte do requisito para obteno do ttulo de Mestre em Cincias.
Orientadoras:Prof Dra. Paula Xavier dos Santos
Prof Dra. Annelise Caetano F. Fernandez
Banca Examinadora:Prof Dra. Inesita Soares de Arajo e Prof Dra. Mara Zlia de Almeida
Suplentes:Prof Dra. Adriana Kelly dos Santos e Prof Dra. Nina Cludia B. Silva
Entre as aes locais, a conjuntura nacional e
internacional identificamos uma problemtica:
1. Predomnio da comunicao informal entre os protagonistas.
2. Hegemonia da informao cientfica
3. Informao cientfica produzida por diferentes reas de pesquisa;
4. O conhecimento tradicional reconhecido por leis e tratados mas quase inaudvel na gesto de projetos e programas.
Introduo
Como se d a coexistncia da informao cientfica e o
conhecimento tradicional na memria expressa pelas pessoas na comunicao informal em
redes sociotcnicas?A QUESTO:
Objetivos
3.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a intertextualidade entre informao cientfica e oconhecimento tradicional na comunicao informal que vincula osatores em redes sociotcnicas de plantas medicinais na regiometropolitana do Rio de Janeiro.
3.2 OBJETIVOS ESPECFICOS
Sistematizar as aes do Projeto Profito e sua insero em redesociotcnica descrevendo a relao de seus integrantes com o Sistemanico de Sade.
Identificar as prticas de informao e comunicao sobre plantasmedicinais em feiras agroecolgicas da regio metropolitana do Rio deJaneiro, destacando o papel do conhecimento tradicional nessasprticas.
Consolidar o novo conhecimento gerado na sistematizao, salientandoas crticas ao regime sociotcnico vigente e apontando as demandasrelativas ao campo da informao e comunicao em sade.
Razes acadmicas, polticas e pragmticas nos motivaram a seguir esse
caminho.
Brasil, 2006, 2006b, 2009, 2013
um exerccio de construo social do conhecimento
(epistemologia social) que pode ter o territrio como elemento de
unidade;
H um investimento j consolidado em polticas e
programas.
Possibilita a escuta, como elemento descentralizador da comunicao e
fundamental para a participao poltica dos camponeses, povos e comunidades
tradicionais.
Qualifica uma rede sociotcnica
Justificativa
Est relacionado ao processo de incluso produtiva em curso na Anvisa: proteo produo artesanal a fim de preservar
costumes, hbitos e conhecimentos tradicionais na perspectiva do multiculturalismo
dos povos, comunidades tradicionais e agricultores
familiares (RDC 49/2013, artigo 4 inciso II)
AGROECOLOGIA
SADE COLETIVA
CONHECIMENTO TRADICIONAL
INFORMAO CIENTFICA
COMUNICAO EM SADE Redes
sociotcnicas
Sociologia
Fronteiras epistmicas Intercincias
Referencial Terico
Referencial Terico
MODELO DE COMUNICAO DO MERCADO SIMBLICO
SOCIOLOGIA
CINCIA DA INFORMA
O
REDES METFORAS
AGROECOLOGIA
TERRITRIO-REDE
REDES SOCIOTCNIC
AS
SADE COLETIVA
ANNELISE FERNANDEZ
PAULO FREIRE
JULIANA SANTILLI
LENA VANIA PINHEIROOLGA POMBO:INTERDISCIPLINARIDADE, INTERCINCIAS
BRUNO LATOUR
CLAUDE RAFFESTIN
INESITA SOARES DE ARAJO
PAIM E ALMEIDA FILHO
RADCLIFFE-BROWNSONIA ACCIOLIRAQUEL RECUERO
CONHECIMENTO
TRADICIONAL
CAPORAL E COSTABEBER
PAULO PETERSEN
Foto do Acervo Profito e imagem do site http://maispinhais.com.br/2012/03/as-cidades-e-suas-redes/
Tecendo redes - Abertura do Curso de Capacitao do Profito em 3 de maio de 2010
Intertexto
Seu efeito se d pela rede de semiose que acionada a cada enunciao, que se nutre da memria discursiva. Qualquer texto tem seu intertexto, mas ele no o mesmo para todos os interlocutores. Depende do seu conhecimento, sua experincia, cada pessoa tem sua rede textual particular. (ARAJO, 2002, pag. 58).
Referencial Terico
O Caminho da Pesquisa
Sistematizao
a methodology which facilitates the ongoing description, analysis
and documentation of the processes and results of a development project in a
participatory way. This process leads to the generation of new
knowledge, which is then fed back and used to make decisions and improve performance. (SELENER at
al, 1998, pg. 12 )
O mapa, o territrio e as fontes de dados
Dados secundrios -Documentos do Diretrio de Pesquisas do CNPq, Biblioteca Virtual de Sade (BVS) e quatro peridicos cientficos;
Dados primrios -Documentos Profito;
Palavra dita captada na observao participantes em quatro feiras agroecolgicas, 23 entrevistas e duas reunies.
O Caminho da Pesquisa
Demonstra os municpios de Mag (1) Nova Iguau (2), Queimados (3), e Rio de Janeiro (4).
ndice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) similar mdia nacional, trs deles na faixa de alto IDHM e Queimados considerado mdio. Queimados com alto ndice de vulnerabilidade pobreza.
A produo cientfica sobre o conhecimento tradicional
477 Grupos de Pesquisa (GP)
47 GPs priorizados
Fonte: http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/
Resultados I
47 grupos de pesquisa registram o conhecimento tradicional como objeto de
pesquisa.
Biblioteca Virtual de Sade (BVS)A comunicao formal da cincia
53 846 artigos e teses orientados plantas medicinais (BVS)
Refinando a busca com o termo conhecimento tradicional recuperamos 50 artigos, ou seja, menos que um milsimo do total dos arquivos.
97% do total dos artigos identificados na BVS esto em base de dados internacionais (52 251). E o Brasil lder em publicaes (Guilhermino, 2011)
No entanto:
that globally there were 119 compounds from 90 plants which were used as single entity medicinal agents. Significantly, 77% of these were obtained as a result of examining the plant based on an ethnomedical use, and are employed in a manner that approximates that use. () There is in both medicine and pharmacy, not to mention in the lay public, a serious lack of acknowledgment and appreciation that such compounds continue to come from natural sources (Farnsworth et al., 1985 apud Cordell, 2000).
Resultados III
A informao nos peridicos especializados
Peridicos pesquisados Palavra chaveArtigos
Recuperados
BLACPMA-El Boletn Latinoamericano y Del Caribe De
Plantas Medicinales Plantas medicinais 683
Conhecimento tradicional 424
Conhecimento popular 187
Journal of Ethonobiology and Ethnomedicine Plantas medicinais 309
Conhecimento tradicional 277
Revista Brasileira de Farmacognosia Plantas medicinais 76
Conhecimento tradicional 1
Conhecimento popular 0
Revista Brasileira de Plantas Medicinais Plantas medicinais 112
Conhecimento tradicional 2
Conhecimento popular 2
Resultados IV
A intertextualidade entre IC e CT nos documentos do Profito
17 textos totalizando 398 pginas
CT aparece no 1 documento (2006)
Tem maior expresso nos relatrios de dois eventos onde a participao popular foi maior.
Seminrio Fitoterapia no SUS com 19 citaes (2011)
12 citaes no I Encontro de Inovao em Medicamentos da Biodiversidade e Agroecologia do Estado do Rio de Janeiro (2012)
Resultados V
Anlise crtica da experincia realizada pelo Profito em cinco entrevistas e duas reunies1 Reunio Participativa 9 de dezembro de 2013
2 Reunio Participativa 17 de fevereiro de 2014
Resultados VI
Estabeleceu como prioridade as prticas tradicionais de sade;
Bem ou mal o acesso a mercados j comeou.
Identificou os relacionamentos prioritrios em redes.
Estabeleceu o novo conhecimento atravs do consenso de Queimados.
Territrio de reciprocidade aos usos e prticas tradicionais de
plantas medicinais.
Feiras agroecolgicas e o mercado simblico
7 consumidores entrevistados nas feiras
Trocas simblicas giram em torno da alimentao saudvel tendo plantas medicinais como um dos elementos
Predominncia da ddiva e do Cuidado sobre as trocas mercantis de plantas medicinais.
Resultados VI
Prticas de Comunicao nas Feiras Agroecolgicas
Prticas descentralizadas de comunicao Feiras conectadas
Resultados VII
AP
AL
AV
ASPTA
Fiocruzp
UFRRJ
pp
Rede CAU
AQ
UN
AFN
COPAG
A CH
MARAP.
Ass. Agricultores
Org. Municipais
Org. Estaduais
Org. Soc. Civil
Org. Federal
Articulao de Agroecologia do Rio de Janeiro
Elementos Crticos I
UFRJ
CEDR
PACSCapina
FITOVIDA
ABIO
RED_ECO
Consea
SEDES
REDE DESEJADA
SEMUS
SMSDCRJ
VISA-RIO
VISA ESTAD
Anvisa
INEA
MS
MDA CNPqMDS
Ciep165
Colgio
Tefilo
Cons.PEPB
CMSCD
MANIVA
GP1
GP3
GP4
GP2
IPHANI
REDE NECESSRIAElementos Crticos II
CT
Regulao
Laboratrios
SNVSConceito de Risco
Integralidade
Unidades de Conservao Integral
Medic. Trad.
Equipamentos
Regime de Informao
Formas de culto
Princpio ativo
Protocolos e mtodos de pesquisa
Agrofloresta
Elementos Crticos IV
Consideramos que:
A ddiva o principal componente a constituir as redes de agroecologia.
Passamos a considerar o conhecimento tradicional como associado ddiva que melhor o caracteriza e que melhor o liga a uma inexorvel dimenso tica.
Os objetos ou quase objetos tambm so vulnerveis a essa ddiva.
A partir dos resultados apresentados espera-se que o imperativo tico derivado dessa dimenso da ddiva se estenda aos objetos ou quase objetos como elementos crticos da promoo da sade e incluso produtiva dos agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais.
Finalmente...
Ameaas validade
No fcil, no mbito acadmico e cientfico, cruzar essas linhas demarcatrias e abrir mo da nossa prtica de pensar de forma compartimentada, setorial, departamental.
1. Arajo, 2009
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