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PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD) PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA SÃO DOMINGOS 2

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PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE

ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICASÃO DOMINGOS 2

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Relatório impresso em papel reciclado CTE Cuidando do Meio Ambiente

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SANTA CRUZ POWER CORPORATION USINAS HIDROELÉTRICAS S/A.

PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICASÃO DOMINGOS 2

Agosto/2010

PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE

ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

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Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - ESQUEMA DE PLANTIO EM MÓDULOS, OBEDECENDO A CRITÉRIOS

ECOFISIOLÓGICOS ............................................................................................................. 8

FIGURA 2 - ESQUEMA DEMONSTRANDO AS DIMENSÕES NECESSÁRIAS PARA ABRIR

UMA COVA PARA PLANTIO ................................................................................................ 9

FIGURA 3 - ESQUEMA DETALHADO DE PLANTIO DE MUDAS NATIVAS COM USO DE

ADUBOS QUÍMICOS ORGÂNICOS ...................................................................................... 9

FIGURA 4 - ILUSTRAÇÃO DEMONSTRANDO A PRÁTICA DE TUTORAMENTO ..............10

FIGURA 5 - VISTA LATERAL DO TALUDE DO CONDUTO FORÇADO ASSOCIADO AO

CORTE DA ESTRADA, APRESENTANDO PARCIAL EXPOSIÇÃO DO SOLO, COM

INCIPIENTE PROCESSO EROSIVO CARACTERIZADO COMO RAVINA ..........................13

FIGURA 6 - VISTA FRONTAL DO TALUDE DO CONDUTO FORÇADO COM PERDA

EXPRESSIVA DE COBERTURA VEGETAL, DEVIDO AO PROCESSO AVANÇADO DE

LIXIVIAÇÃO .........................................................................................................................13

FIGURA 7 - VISTA FRONTAL DO TALUDE DO CONDUTO FORÇADO COM PRESENÇA

DE COBERTURA VEGETAL PARCIAL, COM RAVINAS E SULCOS, DEVIDO AO

ESCOAMENTO SUPERFICIAL DAS ÁGUAS ORIUNDOS DAS ÁREAS MAIS PLANAS DO

CONDUTO FORÇADO ........................................................................................................13

FIGURA 8 - TALUDE COM AUSÊNCIA DE COBERTURA VEGETAL, COMPOSTO POR

SOLO LITÓLICO. LOCAL COM ARREFEIÇOAMENTO DO TERRENO ..............................14

FIGURA 9 - PORÇÃO DA JAZIDA DE CASCALHO TERRAPLANADA COM A

COLONIZAÇÃO INCIPIENTE DE ALGUMAS GRAMÍNEAS ................................................14

FIGURA 10 - DETALHE DA JAZIDA COM SOLO EXPOSTO SEM QUALQUER PRESENÇA

DE COBERTURA VEGETAL E LEVE GRAU DE DECLIVIDADE .........................................15

FIGURA 11 - LOCAL ONDE HOUVE A EXTRAÇÃO DE CASCALHO BRUTO EM

PROCESSO INICIAL DE REGENERAÇÃO .........................................................................15

FIGURA 12 - VISTA LONGITUDINAL DA ÁREA DE EXTRAÇÃO DE CASCALHO COM A

PRESENÇA DE ESPÉCIES REGENERANTES BASTANTE ESPARSAS ...........................16

FIGURA 13 - ENCOSTA ARREFEIÇOADA PRÓXIMA ÀS ÁREAS DE DEPÓSITO DE

MATERIAL VEGETAL DESPROVIDA TOTALMENTE DE COBERTURA VEGETAL.

OBSERVA-SE A PRESENTE DE REGENERAÇÃO NATURAL NAS PARTES MAIS BAIXAS

DO TERRENO .....................................................................................................................17

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Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

FIGURA 14 - ESTRADA DE ACESSO À JAZIDA DESPROVIDA DE COBERTURA

VEGETAL.............................................................................................................................17

FIGURA 15 - TRECHO DA JAZIDA PRÓXIMO AO ANTIGO DEPÓSITO DE MATERIAL

VEGETAL. ESTE MATERIAL NÃO FOI DISTRIBUÍDO NESTA ÁREA, DIMINUINDO O

PROCESSO DE RECUPERAÇÃO DESTAS ÁREAS, UMA VEZ QUE SÃO

CONSIDERADAS PRIORITÁRIAS PARA A RECUPERAÇÃO .............................................17

FIGURA 16 - ÁREA CRÍTICA COM PROCESSOS EROSIVOS ACENTUADOS,

CARACTERIZANDO NA SUA PARTE MAIS BAIXA COMO VOÇOROCA ...........................18

FIGURA 17 -ÁREA ARREFEIÇOADA COM MANCHAS DE VEGETAÇÃO EM PROCESSO

INICIAL DE REGENERAÇÃO NATURAL .............................................................................18

FIGURA 18 - DETALHE LATERAL DA ENCOSTA COM A PRESENÇA DE REGENERAÇÃO

NATURAL ............................................................................................................................19

FIGURA 19 - COBERTURA VEGETAL SE ESTABELECENDO NO LOCAL, COM MUITOS

INDIVÍDUOS REGENERANDO ............................................................................................19

FIGURA 20 - TRECHO DA ÁREA DE EMPRÉSTIMO COM A PRESENÇA DE GRAMÍNEAS

EXÓTICAS ...........................................................................................................................19

FIGURA 21 - ÁREA DE EXTRAÇÃO DE ARGILA NA MARGEM DIREITA DO RIO SÃO

DOMINGOS COM PRESENÇA DE COBERTURA VEGETAL INCIPIENTE .........................20

FIGURA 22 - ÁREA DE EXTRAÇÃO DE ARGILA NA MARGEM DIREITA DO RIO SÃO

DOMINGOS COM PRESENÇA DE COBERTURA VEGETAL INCIPIENTE E ÁRVORES

ESPARSAS ..........................................................................................................................20

FIGURA 23 - VISTA FRONTAL DA ÁREA AO LADO DO LOCAL DE EXTRAÇÃO DE

ARGILA NA COM AUSÊNCIA DE COBERTURA VEGETAL................................................21

FIGURA 24 - VISTA FRONTAL DO LONGO DECLIVE DA ÁREA DE EMPRÉSTIMO

LOCALIZADO A MARGEM DIREITA DO RIO SÃO DOMINGOS COM EVIDÊNCIAS DE

SULCOS NAS ENCOSTAS E ACÚMULO DE SEDIMENTOS NO SOPÉ DO MORRO ........21

FIGURA 25 - ÁREA DE EMPRÉSTIMO COM AVANÇADO PROCESSO EROSIVO NAS

ENCOSTAS .........................................................................................................................22

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Programa de Recuperação de Áreas Degradadas

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 2

2. OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 3

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .......................................................................................... 3

4. DIAGNÓSTICO .............................................................................................................. 4

4.1. GEOTEXTIL ................................................................................................................5

4.2. HIDROSSEMEADURA ................................................................................................5

4.3. COQUETEL DE SEMENTES NATIVAS ......................................................................6

4.4. PLANTIO DE MUDAS PARA ENRIQUECIMENTO FLORÍSTICO................................7

4.4.1. Abertura de covas .................................................................................................8

4.4.2. Adubação .............................................................................................................9

4.4.3. Tutoramento ....................................................................................................... 10

4.4.4. Adubação de cobertura....................................................................................... 10

4.4.5. Combate a formigas ........................................................................................... 10

4.4.6. Espécies indicadas para a região ....................................................................... 11

4.5. SITUAÇÕES ENCONTRADAS E MEDIDAS DE CONTROLE ................................... 12

4.5.1. Considerações finais e medidas de controle e estabilização .............................. 22

4.5.2. Cronograma ........................................................................................................ 24

4.5.3. Referências Bibliográficas .................................................................................. 24

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PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS (PRAD)

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1. INTRODUÇÃO

A razão para conservar a biodiversidade depende de muitos valores relacionados ao

nosso interesse e envolvimento pessoais. Desta forma, o valor das espécies individuais

podem ser discutidos do ponto de vista de seus benefícios econômicos e recreacionais para

a raça humana (RICKLEFS, 2003), determinando de certa forma uma relação de custo-

benefício entre o desenvolvimento e a conservação.

As alterações ambientais ocasionadas pelos empreendimentos hidroelétricos, seja

no meio biótico ou físico, têm chamado à atenção tanto dos órgãos fiscalizadores como dos

próprios empreendedores que buscam através de seus investimentos a estabilidade

financeira a custos mínimos. Por se tratar de uma transição complexa onde é mudado o uso

dos ecossistemas naturais como fonte de serviços ambientais, tem-se tornando um assunto

de ampla discussão, principalmente quando se trata de implantação e desenvolvimento de

atividades em empreendimentos nesta escala.

Apesar de alterar as feições físicas do solo, contribuir para a fragmentação da

paisagem, afetar os ecossistemas destes ambientes, as instalações destes

empreendimentos são de vital importância para suprir a demanda por energia transformada,

colocando o desafio de atender a demanda mundial de energia buscando amenizar

impactos de várias ordens.

A degradação do meio ambiente é definida como o efeito negativo da intervenção

antrópica sobre a estrutura e funcionamento dos ecossistemas, causando redução crítica da

capacidade produtiva primária dos solos, da biodiversidade e das funções ambientais que

transcendem a área afetada (OPA, 2007).

É notório que os empreendimentos voltados para aproveitamento hidrelétrico

expõem os ambientes a um processo de fragmentação, onde este tipo de ação deletéria da

paisagem ocorre tanto por causas naturais como antrópicas (QUEIROGA et al., 2005).

Restabelecer estes ambientes é imprescindível para retomar qualquer processo de

interação ecológica, visto que, as relações inter e intraespecíficas poderão ser aceleradas

pelas medidas de recuperação e restauração propostas.

A escolha ou criação de um modelo de recuperação e/ou restauração é um processo

em constante aprimoramento, que é alimentado não só pelos conhecimentos básicos sobre

ecologia, demografia, genética, biogeografia, mas também pelas informações sobre o

ambiente físico e biológico da região onde irá ser implantado (KAGEYAMA & GANDARA,

2000).

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Para obter sucesso na aplicação das técnicas de restituição de uma área degradada,

é necessário que busque alternativas adequadas, de baixo custo, que respeite as normas

ambientais, e, além disso, apresente resultados eficientes em tempo hábil.

Dentro das práticas de restituição ambiental que serão propostas, contemplam duas

formas para o tratamento, que baseiam-se no Sistema Nacional de Unidades de

Conservação/Lei 9.985, que distingue atividades de recuperação de processos de

restauração, como:

Recuperação: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre

degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua condição

original;

Restauração: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre

degradada ao mais próximo possível de sua condição original.

Visando conciliar a sustentabilidade ecológica sem comprometer a eficiência do

empreendimento, o CTE – Centro Tecnológico de Engenharia apresenta algumas

recomendações necessárias para recuperar e/ou restaurar as áreas afetadas, de acordo

com cada situação encontrada.

Neste plano de ação ora proposto, serão aplicados concomitantemente com os

métodos convencionais, técnicas alternativas que visam restabelecer populações e

comunidades diversas nos ecossistemas locais, no intuito de melhorar as condições físicas,

biológicas, bem como a estabilidade da paisagem considerada.

2. OBJETIVO GERAL

Diagnosticar e propor técnicas de recuperação e restauração das áreas degradadas,

no sentido de conter os processos erosivos e propiciar o restabelecimento das condições

ecológicas pré-existentes, possibilitando estruturar e compor uma paisagem mais estável.

3. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Propor medidas de conservação, recuperação e restauração das áreas impactadas

no empreendimento, de acordo com cada situação levantada (áreas de empréstimo,

estradas, bota-fora, entre outros);

Promover a revegetação através das técnicas convencionais e alternativas de

restauração.

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4. DIAGNÓSTICO

A principal classe de solo que compõe o local é o Neossolo litólico. São solos rasos

bastante heterogêneos, associados a afloramentos de rocha, pouco evoluídos,

quimicamente distróficos. Por serem muito rasos, apresenta séria limitação a penetração do

sistema radicular das plantas. Além deste agravante, em períodos chuvosos ou escoamento

de água de qualquer natureza, acelera a percolação. Fisicamente, estes solos contêm

apreciável proporção de fragmentos de rochas, parcialmente intemperizados, pedras e

cascalhos (REATTO et al, 2008).

Contudo, todos estes fatores somados com a ausência de cobertura vegetal no solo

contribuíram para a evolução da problemática observada em checagens de campo, cabendo

ressaltar ainda, que a topografia da área devido à sua natureza aumenta as chances de

erosão por se tratar de uma área geomorfologicamente ondulada.

Após realizar as checagens de campo foram estabelecidos e nomeados os principais

trechos afetados naquele empreendimento, onde possibilitou elaborar o diagnóstico preciso

sobre as áreas afetadas.

Entre os trechos afetados encontram-se, a estrada paralela ao conduto forçado,

áreas de empréstimos, jazida de extração de cascalho e depósito de material lenhoso.

Tendo em vista a importância de recuperar os trechos degradados, entende-se que

estas medidas são fundamentais para a estabilização da paisagem e manter a capacidade

de produção de biomassa, aumentando a capacidade de condução destes ambientes a uma

condição próxima das características existentes anteriormente.

A introdução de vegetação associada com outras técnicas de contenção tem

demonstrado ser uma prática muito utilizada em controle de processos erosivos, onde

elementos biologicamente ativos são conjugados a elementos inertes como rochas,

madeira, ligas polímeros naturais e sintéticos, mantas biotêxteis, dentre outros.

Estas práticas são conhecidas como técnicas de bioengenharia, que basicamente

são técnicas onde se utiliza a associação de práticas convencionais e alternativas, para a

restituição de taludes, processos erosivos, deslizamento de encosta entre outros.

Segue abaixo, respectivamente, a descrição das possíveis técnicas necessárias à

recuperação das situações encontradas no empreendimento.

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4.1. GEOTEXTIL

É uma associação de técnicas que envolvem elementos de ordem estrutural

associada com alguns tipos de revestimentos compostos por materiais orgânicos e

inorgânicos capazes de sustentar uma cobertura vegetal suficiente para promover a

estabilidade da superfície exposta. Dentre os geotexteis disponíveis estão: tela vegetal, tela

biotextil, manta biotextil, colchão biotextil, bermalonga entre outras.

A manta geotextil é um produto pronto não sendo necessário cuidado minucioso de

preparo. Não tem necessidade de efetuar a regularização da superfície do terreno, correção

e fertilização, já que a manta cobre as superfícies irregulares e contém sementes e

fertilizantes em sua composição.

A manta biotextil é um elemento composto por material fibroso, vegetal picado

entrelaçado por fibras resistentes e de degradação lenta, capazes de sustentar e

acondicionar fertilizantes, solo e sementes. Este método evita o preparo minucioso do

terreno antes da aplicação da manta. Permite uma combinação de alternativas para reforço,

como, por exemplo, telas metálicas e sintéticas. Promove a cobertura imediata da superfície

e evita a formação de processos erosivos. Possui durabilidade de até 24 meses, período

suficiente para que a cobertura vegetal se instale satisfatoriamente pelas encostas.

4.2. HIDROSSEMEADURA

A hidrossemeadura se desponta como sendo uma técnica bastante utilizada para o

revestimento de cortes de grandes proporções.

Trata-se de uma massa pastosa, composta por fertilizantes, sementes, matéria

orgânica, adesivo e camada protetora. A proporção de cada elemento na formula é

determinada pelas condições edáficas da superfície a ser estabilizada e em função do tipo

de cobertura vegetal a ser introduzida. Normalmente a cobertura vegetal utilizada é formada

por um composto de sementes de espécies de hábito herbáceo-arbustivo em especial

gramíneas e leguminosas. A densidade e textura do composto devem permitir a sua adesão

na superfície após o lançamento a jato por equipamento específico. A formulação da

adubação e lançamento do composto na superfície deve ser precedida de análise do solo a

fim de se evitar o uso inadequado de fertilizantes que possam comprometer o trabalho a ser

executado. Nas superfícies muito lisas faz-se necessária a abertura de pequenas covas com

dimensões próximas dos 10 cm através de apicoamento para permitir maior aderência e

acumulo de substrato, suficiente para sustentar as espécies vegetais plantadas. A

hidrossemeadura conserva umidade do solo, evita formação de processos erosivos, evita a

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compactação, promove a germinação e manutenção da cobertura vegetal. Esta técnica

pode ser executada da seguinte maneira:

Proceder à análise do terreno;

Escarificação da superfície do aterro através do apicoamento;

Proceder à calagem da superfície conforme resultado da análise do solo;

Efetuar a fertilização conforme a análise do solo;

Aplicar a massa com equipamento específico.

As sementes de espécies vegetais utilizadas devem levar em consideração a

rusticidade das plantas e a qualidade do solo. Recomenda-se o uso de sementes de

gramíneas consorciadas com leguminosas. O uso de leguminosa produz matéria orgânica e

ajuda na fixação de nitrogênio no solo. Algumas espécies são recomendadas para este uso,

tais como:

Melinis minutiflora – capim meloso – 30 kg por/há;

Brachiaria decumbens – capim brachiaria – 48 kg/ha;

Crotalaria spp. – crotalária-amarela – 60 kg/há;

Cajanus cajan – feijão-guandu – 80 kg/ha.

4.3. COQUETEL DE SEMENTES NATIVAS

Existem vários modelos de recuperação de áreas degradadas que se apresentam

eficientes em inúmeras situações, e podem sofrer variações de acordo com o nível de

degradação encontrada.

Um método viável e eficaz que vem se apresentando com excelentes resultados,

outrora confirmados, é o de plantio direto com coquetel de sementes de essências nativas.

A vantagem deste método é a disponibilidade desta matéria-prima, onde são utilizadas as

espécies existentes na região para a recuperação destas áreas.

Para aplicar este tipo de técnica é necessário obter uma quantidade satisfatória de

sementes de diferentes espécies e hábitos, de preferência oriundas de fragmentos de

vegetações locais. O uso do coquetel de sementes é uma técnica versátil, que possibilita o

agrupamento de várias espécies em um curto raio de espaço de forma adequada, dando

condições para que estas espécies desenvolvam-se conforme seus requerimentos

ecológicos. Além disso, está técnica promove a formação de um novo banco de sementes

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para solo, oferecendo condições necessárias para induzir a regeneração natural destas

áreas.

A separação destas sementes requer um criterioso processo, sendo que, no

momento da seleção 60 % das espécies devem pertencer ao grupo ecofisiológico das

pioneiras e os 40% restantes podem ser divididos entre as secundárias e climácicas.

No momento da semeadura recomenda-se evitar desperdícios. O lançamento de um

número muito alto de sementes pode favorecer predação por fungos, insetos, aves e alguns

mamíferos, podendo comprometer a eficiência do processo de recuperação.

4.4. PLANTIO DE MUDAS PARA ENRIQUECIMENTO FLORÍSTICO

Com o avanço da compreensão sobre a dinâmica dos ambientes florestais e

savânicos nos últimos tempos, várias formas de recomposição das áreas com perda de

vegetação vêm sendo adotadas.

O plantio de mudas nativas conhecido tecnicamente como reflorestamento é uma

opção de recuperação de áreas degradadas que vêm demonstrando resultados positivos em

algumas situações.

Antes de realizar um reflorestamento para enriquecimento de espécies é necessário

obedecer alguns critérios ecológicos de plantio, para obter bons resultados futuros no

povoamento florestal.

Para obter resultados satisfatórios no desenvolvimento da plantas, é necessário

definir o arranjo de plantio em módulos combinados, utilizando espécies pioneiras (P),

secundárias (S), climácicas (C), previstos no processo de sucessão ecológica. Estes

módulos necessitam de um arranjo de plantio diferenciado, onde o sombreamento das

espécies pioneiras não seja excessivo em relação às climácicas, o que pode retardar seu

crescimento. Contudo, as pioneiras que promovem o sombreamento denso, devem ser

plantadas em intervalos maiores. (figura 1).

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Figura 1 - Esquema de plantio em módulos, obedecendo a critérios ecofisiológicos

A maior preocupação na recuperação com plantio de mudas para enriquecimento de

espécies é conseguir melhorar tanto o desenvolvimento inicial da planta, como o seu

estabelecimento definitivo no meio.

Desta maneira, a distribuição e plantio das espécies indicadas deverão preencher as

áreas planas com ausência de indivíduos em processo de regeneração, obedecendo a um

espaçamento de 3 x 3 metros em linha, a fim de viabilizar as operações técnicas nos

períodos de manutenção do povoamento, como por exemplo, adubação, tutoramento,

coroamento, combate a formigas e outros.

4.4.1. Abertura de covas

No momento do plantio a medida adequada para as covas é de 25 x 25 x 25 cm de

dimensão aproximadamente. Este diâmetro de cova irá favorecer tanto o crescimento

radicular como a parte aérea da planta em sua fase de desenvolvimento. (Figura 2)

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Figura 2 - Esquema demonstrando as dimensões necessárias para abrir uma cova para plantio

4.4.2. Adubação

Nas adubações para os plantios utilizam-se tanto os macronutrientes (adubo

químico) como a adubação natural (esterco curtido), acrescido de calcário dolomítico,

seguindo as devidas proporções, conforme está apresentado abaixo (Figura 3).

N.P.K (4X14X8) – 100gr por cova,

Esterco curtido – 500gr por cova,

Calcário dolomítico – 50gr por cova.

Figura 3 - Esquema detalhado de plantio de mudas nativas com uso de adubos químicos

orgânicos

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4.4.3. Tutoramento

O tutoramento trata-se de uma técnica de amaril da muda em uma estaca, com o

objetivo de proteger a planta evitando choque mecânico e até mesmo sua perda. A estaca

deverá ser monitorada e removida assim que individuo (planta) atingir um porte de altura

seguro. Somente deve ser utilizada quando observada as necessidades, pois requer tempo

e, consequentemente custos altos de manutenção quando as áreas são muito grandes.

Figura 4 - Ilustração demonstrando a prática de tutoramento

4.4.4. Adubação de cobertura

São recomendadas adubações de cobertura anuais, preferencialmente vinte dias

antes do período chuvoso, por se tratar de um período favorável no ponto de vista

climatológico, até que os nutrientes sejam incorporados ao solo e disponibilizados às

plantas. Neste caso recomenda-se somente a adubação com macronutrientes na

formulação N-P-K (10-10-10).

4.4.5. Combate a formigas

O combate a formigas cortadeiras é uma prática indispensável para atingir sucesso

em um povoamento florestal. A avaliação constante destas áreas facilita a detecção das

colônias e o combate de maneira adequada em tempo hábil.

A maneira mais viável é o combate preventivo, que consiste em avaliações

periódicas em busca de colônias, popularmente conhecidas como “olheiros”, e a distribuição

de iscas venenosas pelos percursos realizados por estes insetos.

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4.4.6. Espécies indicadas para a região

A diversidade de ambientes degradados requer uma definição metodológica quanto

aos processos de recuperação a serem adotados, onde a indicação das espécies é um fator

determinante no sucesso do plantio. Com isto, foram coletadas no período de resgate da

flora algumas das espécies existentes nestes locais. Segue na tabela 1 uma lista contendo

as espécies reproduzidas e as sementes disponíveis para plantio, considerando o grupo

ecofisiológico (G.E) e o tipo de plantio (T.P) para cada espécie, sendo por meio de muda (M)

e/ou sementes (S).

Tabela 1 – Espécies reproduzidas e sementes disponíveis para plantio

FAMÍLIA NOME POPULAR ESPÉCIE T.P. G.E.

Anarcadiaceae

Gonçalo Astronium fraxinifolium S/M Clímax

Caju Anarcadium occidentale S/M Clímax

Aroeira Myracrodruon urundeuva S/M Clímax

Annonaceae Ata-grande Annona sp. S Pioneira

Apocynaceae

Peroba-rosa Aspidosperma

cylindrocarpon S Clímax

Peroba-comum Aspidosperma macrocarpon S Clímax

Cipó-paina S

Bignoniaceae Ipê-roxo Tabebuia impetiginosa S Secundária

Caraíba Handroantfhus aureus S Secundária

Combretaceae Mirindiba Buchenavia tomentosa S Secundária

Capitão-do-campo Terminalia argentea S Pioneira

Lecythidaceae Jequitibá Cariniana estrelensis S Clímax

Leg.Caesalpinoideae

Pau-d’óleo Copaifera langsdorfii S/M Secundária

Jatobá-da-mata Hymenaea courbaril S/M Clímax

Cipó-guandu S

Escova de macaco Apeiba tiborbou S/M Pioneira

Olho-de-cabra Ormosia arborea S Secundária

Leg.Cercideae Miroró Bauhinia sp. S/M Secundária

Leg.Mimosoideae

Angico-da-mata Anadenanthera peregrina S Pioneira

Angico-do-cerrado Anadenanthera falcata S Pioneira

Angico-de-casca Anadenanthera macrocarpa S/M Pioneira

Faveiro Dimorphandra mollis S Pioneira

Vinhático Plathymenia reticulata S Pioneira

Pau-jacaré Piptadenia gonoacantha S Pioneira

Barbatimão Stryphnodendron S/M Pioneira

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adstringens

Angelim Andira cf. cuyabensis S Secundária

Jacarandá-bico-de-pato Machaerium acutifolium S Secundária

Jacarandá-de-espinho Machaerium aculeatum S Pioneira

Sucupira-branca Pterodon emarginatus S Pioneira

Bálsamo Myroxylum peruiferum S Secundária

Malvaceae

Imbiruçu Pseudobombax

tomentosum S Clímax

Imbiruçu-rajado Pseudobombax

grandiflorum S Secundária

Mutamba Guazuma ulmifolia S/M Pioneira

Açoita-cavalo Luehea divaricata S/M Secundária

Myrtaceae Cagaita Eugenia dysenterica S Secundária

Sapindaceae

Maria-pobre Dilodendron bipinnatum S/M Pioneira

Pitomba Talisia esculenta S Secundária

Timbó Magonia pubescens S Pioneira

Sapotaceae Cabo Machado Pouteria glabra S Secundária

Vochysiaceae Pau-terra-de-folha-larga Qualea grandiflora S Secundária

4.5. SITUAÇÕES ENCONTRADAS E MEDIDAS DE CONTROLE

Para melhor entendimento das medidas propostas e para efeito de organização das

situações avaliadas, segue abaixo respectivamente de forma ilustrada cada situação

observada in loco e suas medidas de controle.

Situação 01

Neste ponto ocorre uma formação geomorfológica composta por Neossolos litólicos,

com talude de inclinação acentuada entre o conduto forçado e a estrada de acesso.

Apresentam sulcos e ravinas com parcial cobertura vegetal ou totalmente desprovidas, com

escoamento superficial das águas da área do conduto forçado. Há sérios ricos de

compromentimento de uma das estruturas do conduto forçado. Ao lado observa-se uma

estrada com voçoroca com exposição total do solo, sem qualquer prática de conservação do

solo.

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Figura 5 - Vista lateral do talude do conduto forçado associado ao corte da estrada,

apresentando parcial exposição do solo, com incipiente processo erosivo caracterizado como

ravina

Figura 6 - Vista frontal do talude do conduto forçado com perda expressiva de cobertura

vegetal, devido ao processo avançado de lixiviação

Figura 7 - Vista frontal do talude do conduto forçado com presença de cobertura vegetal

parcial, com ravinas e sulcos, devido ao escoamento superficial das águas oriundos das áreas

mais planas do conduto forçado

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Situação 02

Esta situação apresenta um corte do terreno para extração de cascalho

caracterizado pela presença de Neossolo litólico ou ausência estrutura pedológica definida.

Percebe-se a presença de fragmentos de rocha em demasia, onde foi realizado o

arrefeiçoamento da superfície com ausência de vegetação no talude e presença de

gramínea na área terraplanada. Originalmente esta área era recoberta por uma vegetação

de Cerrado Típico com transição à Mata Seca.

Figura 8 - Talude com ausência de cobertura vegetal, composto por solo litólico. Local com

arrefeiçoamento do terreno

Figura 9 - Porção da jazida de cascalho terraplanada com a colonização incipiente de algumas

gramíneas

Page 21: PRAD - Central Hidroeletrica

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Figura 10 - Detalhe da jazida com solo exposto sem qualquer presença de cobertura vegetal e

leve grau de declividade

Situação 03

Esta área foi utilizada para retirada de cascalho bruto ou de superfície, não alterando

significativamente a estrutura pedológica do local. Apresenta solo litólico parcialmente

desprovido de cobertura vegetal, com incipiente regeneração da vegetação de Cerrado

Típico pré-existente na área, onde são encontradas algumas espécies nativas de hábito

arbóre-arbustivas bastante esparsas. Quanto ao processo de perturbação, há presença de

sulco pouco profundo na parte superior do talude.

Figura 11 - Local onde houve a extração de cascalho bruto em processo inicial de regeneração

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Figura 12 - Vista longitudinal da área de extração de cascalho com a presença de espécies

regenerantes bastante esparsas

Situação 04

Esta situação é bastante extensa e está localizada ao lado direito da estrada de

acesso à casa de força, onde foi utilizada anteriormente como área de empréstimo de

material siltoso e argiloso perfazendo diferentes gradientes topográficos e,

consequentemente diferentes tipos de solo. Encontra-se atualmente com a superfície

exposta e arrefeiçoada, onde nas partes mais altas do relevo os solos são poucos

profundos, muitas vezes com a presença de fragmentos de rocha. Já na porção

intermediária do terreno aparecem sulcos ou ravinas em processo incipiente de formação,

oriundos do escoamento superficial das águas tanto da superfície desprovida de vegetação

como das estradas de acesso a estas áreas.

Algumas espécies típicas do Cerrado são encontradas de maneira bastante esparsa,

representadas pelas seguintes famílias Asteraceae, Rubiaceae, Poaceae, Lithraceae,

Leguminosas, além de outras plantas herbáceas, rasteiras e ruderais.

Outro detalhe observado foi à presença de rochas expostas sem aplicação de

medidas de contenção, onde ocasionou o carreamento de material ao longo do terreno

exposto.

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17

Figura 13 - Encosta arrefeiçoada próxima às áreas de depósito de material vegetal desprovida

totalmente de cobertura vegetal. Observa-se a presente de regeneração natural nas partes

mais baixas do terreno

Figura 14 - Estrada de acesso à jazida desprovida de cobertura vegetal

Figura 15 - Trecho da jazida próximo ao antigo depósito de material vegetal. Este material não

foi distribuído nesta área, diminuindo o processo de recuperação destas áreas, uma vez que

são consideradas prioritárias para a recuperação

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18

Figura 16 - Área crítica com processos erosivos acentuados, caracterizando na sua parte mais

baixa como voçoroca

Situação 05

Esta situação é uma extensão da situação anteriormente descrita, apresentando

características similares quanto às formas topográficas. Há ocorrência de uma suave

encosta já arrefeiçoada, com solo exposto e pequenos fragmentos de rocha. Há ocorrência

de pequenos sulcos que poderão aumentar, caso não sejam adotadas medidas de

conservação do solo. Existe a presença de vegetação esparsa, em processo de

regeneração natural surgindo em algumas manchas tanto com a presença de espécies

nativas como exóticas.

Figura 17 -Área arrefeiçoada com manchas de vegetação em processo inicial de regeneração

natural

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19

Figura 18 - Detalhe lateral da encosta com a presença de regeneração natural

Figura 19 - Cobertura vegetal se estabelecendo no local, com muitos indivíduos regenerando

Figura 20 - Trecho da área de empréstimo com a presença de gramíneas exóticas

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20

Situação 06

Esta situação é bastante suave quanto aos aspectos topográficos, pois se encontra

numa área pouco acidentada, com presença de solo exposto e vegetação natural incipiente

com árvores remanescentes esparsas. Está entre duas áreas bastante conservadas, Mata

Ciliar e Mata Seca Decidual. Em uma área mais íngrime o corte do terreno aparece com

sulcos e ravinas, em função do escoamento superficial das águas do entorno, que se

apresentam como áreas de alta declividade. Esta última área apresenta-se desprovida

totalmente de vegetação. Ambas foram arrefeiçoadas, com o intuito de diminuir as

interferências ambientais já impactadas.

Figura 21 - Área de extração de argila na margem direita do rio São Domingos com presença

de cobertura vegetal incipiente

Figura 22 - Área de extração de argila na margem direita do rio São Domingos com presença

de cobertura vegetal incipiente e árvores esparsas

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21

Figura 23 - Vista frontal da área ao lado do local de extração de argila na com ausência de

cobertura vegetal

Situação 07

Área de empréstimo de maior impacto, onde foi realizado o arrefeiçoamento do

terreno desde as partes mais altas do terreno até o sopé do morro. Devido ao corte profundo

do terreno e a perda da estrutura pedológica atualmente o solo encontra-se com a presença

de solo pedregoso e alguns pontos com rocha exposta, desprovidos totalmente de qualquer

tipo de vegetação com forte processo erosivo em alguns pontos, onde o material está sendo

carreado para as partes mais baixas. O entorno é pouco alterado, podendo aportar um

banco de sementes variado e diverso que contribua para os processos de recuperação

desta área.

Figura 24 - Vista frontal do longo declive da área de empréstimo localizado a margem direita do

rio São Domingos com evidências de sulcos nas encostas e acúmulo de sedimentos no sopé

do morro

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22

Figura 25 - Área de empréstimo com avançado processo erosivo nas encostas

Foto 1 - Carreamento de sedimentos ao longo do corte com acúmulo nas partes mais baixas

do terreno

4.5.1. Considerações finais e medidas de controle e estabilização

O reconhecimento sobre as estratégias de desenvolvimento e adaptação das

espécies nos ambientes diagnosticados torna-se um fator de extrema importância para

avaliar o desenvolvimento e o sucesso das técnicas propostas.

As técnicas recomendadas demonstram-se bastante eficientes comparadas a outros

trabalhos realizados nesta escala, onde apresentam resultados significativos à custos

viáveis, levando em consideração a importância da restituição destes ambientes para os

ecossistemas.

Contudo, as técnicas apresentadas serão aplicadas de acordo com cada situação

avaliada, onde a manta biotextil e a hidrossemeadura representam as técnicas mais

apropriadas para as áreas de cortes de solo, taludes e terrenos declivosos. Ficando

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23

somente as técnicas de plantio com enriquecimento de espécies e plantio direto por

coquetel de sementes, nas áreas mais planas de solos desnudos e ambientes em processo

inicial de regeneração.

Entretanto, buscou-se encontrar técnicas que pudessem cominar à realidade do

diagnóstico, considerando para o revestimento vegetal o grau de declividade dos taludes,

tipo de substrato e resultado esperado. A tabela 2 apresenta resumidamente todas as

situações encontradas e as medidas cabíveis para cada situação.

Tabela 2 - Medidas de controle diagnosticadas nas áreas de estudo

SITUAÇÕES ENCONTRADAS MEDIDAS

SITUAÇÃO 01

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Diminuição do escoamento superficial paralelo ao

conduto forçado (em desenvolvimento);

- Arrefeiçoamento do talude do conduto com

apicoamento e deposição de material vegetal.

- Escarificação da estrada associada à

conformação do terreno e construção de curvas de

nível a cada 5 metros com posterior revegetação;

- Utilizar gabião apenas na saída d’água do talude

junto ao conduto forçado.

SITUAÇÃO 02

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Enriquecimento florístico com plantio de mudas

com espaçamento de 3 x 3 metros, consorciado ao

coquetel de sementes através de plantios em

sulcos nas entrelinhas do plantio de mudas.

SITUAÇÃO 03

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Arrefeiçoamento do talude, escarificação do solo

e implantação das curvas de nível equidistantes a

cada 5 metros;

- Condução da regeneração natural e aplicação do

coquetel de sementes a lanço.

SITUAÇÃO 04

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Construção de curvas de nível a cada 10 metros

e escarificação do solo. Devido à proximidade do

depósito de material vegetal, arrastá-lo na

superfície do terreno arrefeiçoado ao máximo,

consorciado ao plantio de gramíneas exóticas e

coquetel de sementes de espécies nativas, bem

como o plantio de mudas esparsas.

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SITUAÇÃO 05

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Construção das curvas de nível a cada 10 metros

e escarificação do solo;

- Plantio de gramíneas exóticas e coquetel de

sementes de espécies nativas, bem como o plantio

de mudas esparsadas.

SITUAÇÃO 06

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Condução da regeneração natural e plantio com

coquetel de sementes, na área menos acidentada.

No entanto, no talude deprovido de cobertura

vegetal, realizar a escarificação e efetuar plantio de

mudas e aplicação do coquetel de sementes.

SITUAÇÃO 07

- Isolamento da área para evitar pastoreio de

animais domésticos – eqüinos e bovinos;

- Tratamento da superfície exposta com

escarificação do solo. Aplicação de

hidrossemeadura ou manta biotêxtil nas proções

mais íngremes, enquanto que nas áreas mais

planas aplicar o coquetel de sementes nativas

consorciadas a algumas sementes de gramíneas

exóticas e plantio de mudas, quando couber.

4.5.2. Cronograma

Ano

Situações/Meses Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Situação 1

Situação 2

Situação 3

Situação 4 e 5

Situação 6

Situação 7

7 - Entrega de Relatórios Parciais

8 - Entrega de Relatório Final

2010 2011 2012

4.5.3. Referências Bibliográficas

KAGEYAMA, P. Y.; GANDARA, F. B. Recuperação de áreas ciliares. In: RODRIGUES, R.R;

LEITÃO FILHO, H.F. (Ed.) 2000. Matas Ciliares (conservação e recuperação). São Paulo:

EDUSP/FAPESP, p 249-269.

OPA (Organização para a proteção ambiental). Iniciativas de conservação na atual situação

ambiental brasileira. In: Manejo ambiental e restauração de áreas degradadas. São Paulo:

Fundação Cargill, 2007. p. 109-143.

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25

QUEIROGA, L.J; RODRIGUES, E . Efeito de Borda em fragmentos de Cerrado em áreas de

Agricultura do Maranhão, 2005. Brasil. Disponível em:

www.uel.br/cca/agro/ecologiadapaisagem/tese/joe.pdf . Acesso em: 26 agosto 2009.

REATTO, A; CORREIA J. R; SPERA, S. T; MARTINS, E. S; 2008. Solos do bioma Cerrado:

aspectos pedológicos. In: Cerrado: ecologia e flora (SANO, S.M., ALMEIDA, S.P. &

RIBEIRO J.F., eds.). EMBRAPA - CPAC, Planaltina - DF, p. 107 - 150.

RICKLEFS, R.E. 2003. Economia da natureza. 5 ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de

Janeiro.

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