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PRÁTICA

1) TÍTULO

MONITORAMENTO DA GESTÃO E DOS RECURSOS DA SAÚDE

2) DESCRIÇÃO DA PRÁTICA - limite de 8 (oito) páginas:

Desde 2012, o Conselho Federal de Medicina (CFM) tem publicado uma série de análises de Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde, realizados com base em informações disponíveis em plataformas públicas oficiais, as quais têm subsidiado sua estratégia de ação em defesa do ético exercício da Medicina e da qualificação da assistência prestada aos pacientes. Desde então, além de contar com ampla divulgação, dando transparência às ações desenvolvidas na área da Saúde, estes estudos frequentemente têm sido utilizados por órgãos de fiscalização para medir o grau de eficácia das políticas públicas na área da saúde.

Trata-se de um conjunto de contribuições práticas e relevantes para o aperfeiçoamento das atividades conduzidas pelos gestores em diferentes níveis, ampliando a perspectiva do controle social e estimulando o ajuste de deficiências. Até o momento, os trabalhos têm sido executados com foco no financiamento, na gestão e na oferta de serviços de saúde. Em ordem cronológica decrescente, elencamos a seguir o título das análises, ementa e link de acesso para alguns dos principais e mais relevantes estudos deste projeto de Monitoramento:

11/06/2015 - Honorários na Tabela SUS: Valores pagos têm perdas de até 1.300% 07/05/2015 - Defasagem na Tabela SUS afeta maioria dos procedimentos hospitalares O descongelamento e reposição das perdas acumuladas dentro da chamada Tabela SUS - padrão de referência para pagamento dos serviços prestados por estabelecimentos conveniados e filantrópicos que atendem a rede pública de saúde – têm sido uma das reivindicações do setor desde a década de 1990. Tal defasagem, que impacta diretamente nos valores pagos por consultas e procedimentos na rede hospitalar, tem ampliado a crise na saúde complementar e contribuído para a redução da cobertura assistencial na rede pública. Pautado na necessidade de fundamentar este pleito e evidenciar este cenário em cifras, o CFM realizou levantamento inédito a partir de dados coletados junto à base ao Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS), gerido pelo Ministério da Saúde, confrontando os reajustes reais da Tabela SUS com índices inflacionários dos últimos anos e valores referenciados na Saúde Suplementar. Íntegra da análise disponível em http://bit.ly/1F8UfW8 e http://bit.ly/1LNLsNT. 10/03/2015 - PAC 2: Governo entrega apenas uma em cada quatro obras prometidas para a Saúde 30/09/2014 - PAC 2: Governo conclui apenas 16% das ações em saúde prometidas até 2014 26/03/2014 - PAC 2: Após três anos, Governo conclui apenas 11% das ações em saúde As análises setoriais de ações vinculadas à saúde previstas na segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) passaram a integrar a rotina de monitoramento do CFM a partir do seu 9º balanço oficial. Com base nos relatórios estaduais (disponibilizados pela Casa Civil e em formato de dados abertos por meio da plataforma “Dados.gov.br”), o Conselho tem analisado o desempenho dos mais de 20 mil empreendimentos sob a responsabilidade do Ministério da Saúde e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), em suas diversas etapas. As informações englobam investimentos previstos pela União, empresas estatais, iniciativa privada e contrapartida de estados e municípios em projetos de construção e de reforma de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) e ações de saneamento. Íntegra das análises disponíveis em http://bit.ly/1aZufRt, http://bit.ly/1KWZ6bX e http://bit.ly/1hrthQQ. 12/02/2015 - Governo deixa de aplicar quase R$ 10 bilhões na saúde em 2014 23/10/2014 - Governo deixa de aplicar R$ 131 bilhões na saúde pública desde 2003 29/05/2014 - Em ano eleitoral, investimentos em saúde crescem em média 48% 21/02/2014 - Saúde representa só 8% do total de investimentos públicos no Brasil

22/10/2013 - Em 12 anos, governo deixa de aplicar R$ 94 bilhões na saúde pública 23/10/2013 - CFM envia análise sobre orçamento não utilizado na Saúde ao MP e TCU De forma permanente, a execução orçamentária e os resultados da gestão financeira em saúde também têm sido monitorados pelo CFM. Com especial atenção aos investimentos, periodicamente são analisados dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), Siga Brasil/Senado Federal e Organização Mundial de Saúde (OMS). Em mais de uma ocasião, após analisadas e confrontadas com cenários de outros países com sistema universal de saúde e com indicadores epidemiológicos nacionais, as informações foram encaminhadas para ciência e, quando necessário, providências ao Congresso Nacional, Ministério Público Federal (MPF), Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria-Geral da União (CGU). Íntegra das análises disponíveis em http://bit.ly/1MfWxWb, http://bit.ly/1z19zBV, http://bit.ly/1z19zBV, http://bit.ly/1JGPfG7, http://bit.ly/1h5ESBi, http://bit.ly/1gSMD9F e http://bit.ly/1VrFpQV. 07/07/2014 - Governo gasta em média R$ 3,05 ao dia na saúde de cada habitante Outra frente de monitoramento por parte do CFM diz respeito às despesas em saúde apresentadas pelos gestores federais, estaduais e municipais à Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, por meio de Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO). A última análise considerou o montante de R$ 220,9 bilhões, agregados na chamada “Função Saúde” daqueles relatórios, os quais foram destinados à cobertura das ações de aperfeiçoamento darede pública. Boa parte desse recurso também é utilizada para o pagamento de funcionários, dentre outras despesas de custeio. O monitoramento apontou que os valores aplicados pelo Estado são insuficientes para atender necessidades da população, especialmente quando confrontados com indicadores locais como o Índice de Desenvolvimento Humano, número de leitos hospitalares públicos disponíveis, a taxa de incidência de doenças e a rede assistencial. Íntegra da análise disponível em http://bit.ly/1lONCKE. 04/04/2014 - Recursos enviados à OPAS supera montante destinado aos hospitais e institutos federais Também com base em dados oficiais do Siafi e Siga Brasil, o CFM avaliou que, em 2013, o volume de recursos que o Brasil repassou à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) daria para custear quase duas vezes o que foi gasto por seis hospitais federais localizados no Rio de Janeiro, juntos, no mesmo período. De acordo com os estudo do CFM, a remessa feita pelo Ministério da Saúde à Opas cobriu com folga o destinado aos Hospitais Cardoso Fontes, da Lagoa, de Bonsucesso, de Ipanema, do Andaraí e dos Servidores do Estado, responsáveis por parte considerável dos atendimentos feitos pelo Sistema Único de Saúde junto à população carioca. Sem firmar juízo de valor sobre a utilização dos recursos por parte do organismo internacional, a análise chamou a atenção para a distância entre os valores num momento em que assistência oferecida pelas unidades federais do Rio de Janeiro enfrentavam uma crise que afetou milhares de pacientes, conforme apontava relatório da Defensoria Pública da União naquele Estado, 13 mil pessoas estavam à espera de algum tipo de cirurgia (vasculares, cardíacas, neurológicas e ortopédicas a urológicas, oftalmológicas e torácicas) nas unidades federais. Íntegra da análise disponível em http://bit.ly/1nl8GP1. 03/09/2013 - Análise do CFM aponta queda acentuada de leitos do SUS desde 2010 13/09/2012 - Falta de financiamento impacta no número de leitos e prejudica trabalho médico Uma das primeiras análises de Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde do CFM revelou que os países com mais médicos por grupo de mil habitantes – em especial aqueles comumente citados como modelos – são conhecidos também pela maior participação do Estado

no financiamento da saúde. Analisados sob a ótica dos recursos públicos aplicados na saúde, os dados evidenciam, ainda em 2012, que, onde o setor público investe proporcionalmente mais que o privado, há a tendência de melhores resultados em indicadores como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), expectativa de vida e taxa de mortalidade neonatal. Dentre os países com sistema universal de saúde, o Brasil aparece com o menor percentual de participação do setor público (União, estados e municípios) no investimento per capita em saúde. Curiosamente, o país apresenta também desempenho inferior em todos estes indicadores. A partir deste levantamento, o Conselho Federal também passou a monitorar anualmente a oferta e distribuição de leitos hospitalares da rede pública e privada, ensejando, a propósito, o aperfeiçoamento das bases de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) no tocante a estes recursos físicos. Íntegra das análises disponíveis em http://bit.ly/1EsTKIq e http://bit.ly/1JGPxwV.

Promoção da transparência: O Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde é realizado pela equipe do Setor de Imprensa do CFM (SEIMP/CFM), que, permanentemente, amplia sua capacidade técnica por meio da qualificação dos profissionais do setor e pela incorporação de contribuição de especialistas em diferentes áreas. De forma efetiva, além de promover ativamente a transparência, o SEIMP/CFM tem auxiliado a organização a traçar diagnósticos de situação e fazer sugestões de conduta para superar os desafios encontrados ou manter os avanços conquistados na área da saúde e da Medicina.

Por meio das análises, os médicos e toda a sociedade brasileira dispõem de instrumentos que se inserem no escopo das ações de monitoramento, controle e avaliação de resultados das políticas de saúde, cujas deficiências têm contribuído para a crise da assistência, especialmente na rede pública. Ao implementar tais ferramentas, o CFM oferece à classe médica, pacientes e autoridades informações da mais alta relevância.

A posse desse conhecimento permite a cobrança embasada por atitudes da gestão, de modo a atender aos interesses dos pacientes e oferecer aos profissionais condições efetivas de cumprir com ética e competência suas missões, isto é, o ético exercício da Medicina.

Além de dar publicidade aos relatórios de Monitoramento por meio do site da instituição (www.portalmedico.org.br), todas as análises foram distribuídas, através de mailing eletrônico, para aproximadamente 12 mil jornalistas da imprensa brasileira, 350 mil médicos e reproduzidas pelos 27 Conselhos Regionais de Medicina e outras entidades médicas. Também foram disseminadas nos demais canais de comunicação do CFM, como redes sociais e Jornal Medicina. A seguir, exemplos das diversas formas de divulgação das informações de interesse geral, bem como indicação do potencial de alcance dos temas monitorados pelo CFM:

Capa do Jornal Medicina Edição 230 (impressão de 380 mil exemplares):

Máscara de e-mail marketing Edição 017, enviado para mailing de Médicos registrados (aproximadamente 350 mil disparos):

Máscara de e-mail marketing enviado para mailing de Jornalistas (aproximadamente 12 mil disparos):

Máscara do Portal Médico (aproximadamente 1,5 milhão de acessos ao ano):

Reprodução de peças publicadas nos perfis institucionais no Facebook (atualmente 44 mil curtidas) e Twitter (atualmente 23 mil seguidores):

3) HISTÓRICO DA IMPLEMENTAÇÃO - limite de 2 (duas) páginas:

Para assegurar a produção de conteúdos tecnicamente válidos e que permitissem ao Conselho Federal de Medicina a compreensão ampla e aprofundada sobre os múltiplos aspectos relacionados à execução orçamentária e indicadores relacionados à Saúde e seus impactos para a prática médica, em 2012 a Presidência do CFM passou a priorizar análises estratégicas sobre a gestão e o financiamento da Saúde no Brasil. Para tanto, foram definidos alguns objetivos específicos nesta ação, quais sejam:

a) Identificar dados e formatar relatórios e estudos específicos sobre a execução física, orçamentária e epidemiológica da Saúde, bem como sobre os indicadores, de forma a possibilitar projeções e inferências setoriais, além de contribuir para a transparência das ações desenvolvidas na área da Saúde;

b) Identificar e formatar relatórios e estudos específicos em formatos semelhantes aos já especificados no item anterior, baseados em informações relativas a Estados e Municípios, tendo em perspectiva o financiamento, bem como outros indicadores epidemiológicos e de Saúde;

c) Identificar e formatar relatórios dos dispêndios da União em Saúde, com a possibilidade de filtros nos campos região, unidade da federação, órgão, unidade orçamentária, função, subfunção, programa, ação, elemento, esfera, grupo de natureza da despesa, modalidade da aplicação, entre outros extratos;

d) Identificar e formatar relatórios dos dispêndios da União em Saúde, de acompanhamento das fases da execução orçamentária abrangendo dotação inicial, dotação autorizada, valores empenhados, valores liquidados, valores pagos/restos a pagar pagos e valores a pagar de exercícios anteriores;

e) Identificar e formatar relatórios de acompanhamento dos repasses financeiros da União em Saúde, por meio de ordens bancárias, para pessoas físicas e jurídicas, públicas e privadas;

f) Realizar a compilação de dados sobre a evolução histórica das despesas correntes e de capital da União, notadamente na área da Saúde, relacionando-as ao PIB e a outros agregados macroeconômicos;

g) Realizar a compilação de dados sobre a execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) especificamente na área da Saúde;

h) Realizar a compilação de dados sobre emendas parlamentares relativas à Saúde, com o acompanhamento da execução orçamentária em todas as suas fases;

i) Executar a atualização mensal dos valores das séries históricas decorrentes da execução orçamentária no âmbito da saúde nas diferentes esferas de gestão (federal, estadual e municipal), sempre que necessário, para efeitos de comparações em valores constantes;

j) Capacitar conselheiros, servidores e colaboradores do CFM para o manuseio das fontes de informação e na produção de relatórios e levantamentos decorrentes;

k) Divulgar os resultados obtidos pelos diferentes levantamento e estudos, bem como das análises e relatórios derivados, junto aos Conselhos Regionais de Medicina e à sociedade, com o apoio dos instrumentos de comunicação social, de forma a contribuir para a transparência, o fortalecimento do exercício ético da Medicina e da oferta de serviços de saúde;

l) Encaminhar cópias dos documentos produzidos aos órgãos de fiscalização e controle, em níveis federal, estadual e municipal, quando necessário, colaborando para o fortalecimento dos instrumentos de fiscalização, monitoramento, controle e avaliação das políticas públicas de saúde e conscientizando-os sobre os impactos de sua execução para a prática médica e a qualificação da assistência.

Com o suporte do SEIMP, o CFM passou a identificar as possíveis fontes de informações físicas e orçamentárias. Também realizou amplo diagnóstico sobre bases de dados nacionais e internacionais disponíveis e que guardassem relação com a oferta de serviços e de indicadores

epidemiológicos, bem como de outras fontes possíveis, que permitam o adequando acompanhamento, monitoramento e controle das diferentes políticas de Saúde e a questões relacionadas à Medicina.

Para a seleção das fontes públicas de informação, o CFM avaliou criteriosamente a confiabilidade e validade das informações, levando sempre em consideração aspectos como: credibilidade; lacunas de informação; meios de acesso às fontes; qualidade da informação; periodicidade de atualização e tecnologias utilizadas. Desde 2012, quase 20 fontes distintas de pesquisa já foram utilizadas pela equipe e, quando necessário, órgãos do Poder Público foram acionados por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC). Abaixo, segue relação de bases frequentemente utilizadas:

a) Global Health Observatory Data Repository, da Organização Mundial da Saúde (OMS) b) The World Bank Data, do Banco Mundial c) Rede Internacional de Informações para a Saúde (Ripsa), da Oficina de Trabalho

Interagencial d) Portal Transparência Pública e Portal da Transparência, da Controladoria-Geral da União e) Portal Brasileiros de Dados Abertos, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão f) Plataforma Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), do Ministério do

Planejamento, Orçamento e Gestão g) Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), do Tesouro Nacional h) Portal do Fundo Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde i) Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde j) Portal Saúde com Transparência, do Ministério da Saúde k) Plataformas do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus), do

Ministério da Saúde l) Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE), do Ministério da Saúde m) Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (SIOPS), do Ministério da

Saúde

Ao longo do processo de implementação da prática de Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde, técnicos e colaboradores do CFM participaram de diversos eventos, grupos e treinamentos para dar consecução aos objetivos da ação estratégica e aperfeiçoar a sistematização das análises. a) Janeiro de 2013 – Treinamento de colaboradores do SEIMP/CFM no Datasus/RJ para

manuseio dos bancos de dados do Ministério da Saúde (TABNet, TABWin, SIOPS, CNES, SINAM, SIGTAP, SIH, SAI, SIAB e outros)

b) Agosto de 2013 – Participação de colaboradores do SEIMP/CFM no Comitê Temático Interdisciplinar / Comitê de Gestão de Indicadores de Recursos e Cobertura da Ripsa

c) Setembro de 2013 – Interação e apropriação de contribuições da ONG Contas Abertas d) Setembro de 2014 – Participação de colaboradores do SEIMP/CFM no XI Encontro

Nacional de Economia da Saúde e VI Encontro Latino Americano de Economia da Saúde e) Novembro de 2014 – Capacitação voluntária de colaborador do SEIMP/CFM no Programa

de Jornalismo de Dados e Visualização, do Instituto Internacional de Ciências Sociais f) Maio de 2015 – Participação de colaboradores do SEIMP/CFM no 24º Congresso de

Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo

g) Julho de 2015 - Capacitação de colaborador do SEIMP/CFM em cursos sobre “uso de indicadores para recursos humanos em Saúde” e “análise de Dados Secundários”

4) RELEVÂNCIA DA PRÁTICA EM RELAÇÃO AOS CRITÉRIOS I NDICADOS NO ARTIGO 13 DESTE REGULAMENTO - limite de 2 (duas) páginas:

1) Criatividade e inovação A gestão da informação sobre saúde no Brasil está fragmentada em várias instituições de governo que atuam na produção, coleta, processamento e análise de dados. No âmbito Federal, os sistemas foram construídos segundo necessidades específicas e, apesar da criação de um núcleo de informática (atual Datasus) ter gerado grandes avanços, não se logrou racionalizar o uso dos instrumentos e os fluxos a partir da rede de serviços, dificultando, assim, o emprego das informações no controle, monitoramento e avaliação de políticas de saúde, com o objetivo de contribuir para o aperfeiçoamento da gestão. Ao analisar e disseminar os estudos de Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde, o CFM cumpre seu papel social e de cidadania, de apoio ao médico e à sociedade. Com linguagem de fácil compreensão e objetiva, as análises têm contribuído efetivamente para que a população saiba como, quando e onde estão sendo aplicados (ou não) os recursos da saúde e seus impactos na condução das políticas públicas. Do mesmo modo, esta ação tem consolidado ainda mais o papel da instituição médica como referência na apuração e avaliação do setor. Destaque-se que a prática não foi motivada por uma determinação legal, mas por uma iniciativa de atender às necessidades da classe e aos anseios da população brasileira.

2) Custo-benefício Para desenvolvimento da prática foi utilizada mão de obra disponível no CFM, tendo sido dispendidos recursos eventuais na capacitação da equipe, conforme descrito anteriormente, além de despesas administrativas de rotina. A iniciativa do CFM constitui-se, portanto, em uma ação de baixo custo frente aos benefícios decorrentes, quais sejam: a) aumento significativo da capacidade de monitoramento das políticas públicas na área da saúde; b) melhora da capacidade de gerar dados consistentes, atualizados e úteis aos órgãos de fiscalização das políticas públicas; c) fortalecimento do esforço contínuo pela oferta de condições adequadas de trabalho e de atendimento para a população; d) inclusão de argumentos válidos no debate público pelas melhorias de aspectos que influenciam o ético exercício da Medicina; e) fortalecimento da defesa do ético exercício da Medicina e da oferta da assistência de qualidade; f) aumento da mobilização da categoria e da sociedade em prol de reinvindicações para o aperfeiçoamento das políticas públicas de saúde; g) alimentação dos bancos de dados de órgãos de fiscalização e controle com informações relevantes, pertinentes e tecnicamente válidas.

3) Impactos da iniciativa/ Contribuição para a efetividade / Simplicidade e

Replicabilidade Como se pôde observar, trata-se de uma prática viável, de fácil implementação e que permite, a partir de um esforço em prol da transparência, a replicabilidade em diversas organizações e áreas de gestão, inclusive por outras autarquias federais. As análises elaboradas dentro da prática de Monitoramento da Gestão e dos Recursos da Saúde se desdobraram em efetivas ações, desde a transformação de processos das organizações, passando pelo reconhecimento público da relevância dos trabalhos, até o uso potencial da prática para agregar valor à missão, não apenas do próprio CFM, mas também dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. A seguir, pontuamos alguns benefícios efetivos, diretos ou indiretos, desta iniciativa:

a) Agosto de 2015 – Com o estudo do CFM sobre a defasagem da Tabela SUS em mãos, os presidentes das Comissões de Saúde das Assembleias Legislativas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo se reuniram, oficialmente, com o presidente da Câmara dos Deputados, em 28 de agosto. O motivo foi apresentar uma minuta de projeto de lei para reajustar os valores da Tabela em pelo menos 30% a fim de minimizar o déficit histórico.

b) Agosto de 2015 – Contribuições à Defensoria Pública Federal no Estado de Minas Gerais, a qual solicitou íntegra de estudo elaborado pelo CFM sobre a defasagem da Tabela SUS para integrar Processo de Assistência Jurídica (PAJ) nº 2013/004-00042. c) Abril de 2015 – Incorporação de diferentes análises no artigo “Descompasso federativo no financiamento da saúde pública brasileira”, de autoria da Dra. Élida Graziane Pinto, Procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo. O documento teve por finalidade debater duas constatações: o SUS não tem fontes suficientes e adequadas de custeio, mas os municípios, em regra, aplicam patamares de gasto no setor significativamente acima do piso constitucional que lhes foi determinado. Íntegra do arquivo disponível em http://bit.ly/1X5dXKC. d) Novembro de 2014 – Contribuições ao Pacto pela Boa Governança − Um Retrato do Brasil, estudo apresentado aos eleitos para a gestão 2015-2019 pelo TCU. Com a apresentação das análises produzidas até então, o CFM apontou à Corte de Contas que as necessidades de maior financiamento e de aperfeiçoamento da gestão como principais problemas da saúde pública no Brasil. Íntegra do arquivo disponível em http://bit.ly/1KytEVE. e) Outubro de 2014 – Reconhecimento do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro (SINDHRio) com premiações no 9º Prêmio de Jornalismo & Saúde. Foram premiadas reportagens do SEIMP/CFM elaboradas a partir da prática de Monitoramento. f) Abril de 2014 – Contribuições ao relatório final do Grupo de Trabalho da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que objetivaram levantamento da situação dos hospitais de urgências médicas do SUS. Íntegra do arquivo disponível em http://bit.ly/1mVJvCd. g) Setembro de 2013 – Celebração de acordo de cooperação técnica formalizado entre o Ministério Público Federal e CFM para garantir acesso à saúde de qualidade da população. O Termo de Cooperação entregue à então procuradora-geral da República, Helenita Acioli, propunha a criação de um grupo de trabalho para responder questionamentos sobre a suficiência da quantidade de leitos no atendimento, os reais motivos para essa redução de leitos, o custo médio para manter ativado um leito, a justificativa para a redução, entre outras questões. h) Setembro de 2013 – Após uma das primeiras análises do CFM, que apontou a queda de quase 42 mil leitos hospitalares entre outubro de 2005 e junho de 2012, o Ministério da Saúde desativou a consulta pública ao banco de dados. Meses depois a consulta foi restaurada, juntamente com a edição de uma Nota Técnica explicativa, esclarecendo que as informações relativas aos leitos complementares “estavam publicadas de forma equivocada, contabilizando em duplicidade os quantitativos desses tipos de leitos”. A partir de outubro de 2012, no entanto, foram corrigidas as duplicidades identificadas nos totais dos leitos. i) Maio de 2013 – Incorporação de análises no relatório de Contas do Presidente da República 2012 (TC 006.617/2013-1), do TCU: “Informações sobre países com modelos públicos de atendimento universais mostram, de acordo com o CFM e dados da OMS, que o Brasil é o que tem a menor participação do Estado (União, estados e municípios). Esse percentual fica em 44%, pouco mais que a metade do investido pelo Reino Unido (84%) [...]. Essa comparação entre países é evidenciada na tabela seguinte, juntamente a outras diferenças entre indicadores como IDH, expectativa de vida e taxa de mortalidade neonatal”.