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Prática Curricular IV: Fontes Escritas, visuais e sonoras- construindo texto didático Faculdade de Educação Teológica - www.facete.com.br Prof. Valdemir Lopes

Prática curricular iv

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Prática Curricular IV: Fontes Escritas, visuais e sonoras-construindo texto didático

Faculdade de Educação Teológica -www.facete.com.br

Prof. Valdemir Lopes

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Por que há tantas

Desigualdades Sociais no

Brasil?

Um panorama da riqueza e da

pobreza brasileira

María Laura Silveira

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DOS TEMPOS VAGAROSOS DA NATUREZAAO BRASIL ARQUIPÉLAGO

Uma das características marcantes do território brasileiro é sua gran­de extensão. Trata-se de um território com uma enorme variedade de sistemas naturais sobre os quais a

história foi se fazendo de um modo também diferenciado.

A ocupação do litoral é sucedida pela dinâmica das frentes pioneiras, que vagarosamente interiorizam a exploração

européia do território.

A interiorização do povoamento foi devida à mineração e à criação de gado nas fazendas.

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A MECANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO E DO TERRITÓRIO

A partir da segunda metade do século XIX mecaniza-se a produ­ção mediante a instalação de usinas

açucareiras e, mais tarde, o terri­tório com a navegação a vapor e as estradas de ferro. Às técnicas

da máquina circunscritas à produção sucedem as técnicas da máquina incluídas no território.

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O crescimento das cidades foi, entretanto, desigual, em virtude das oscilações das economias regionais ou de seu

papel político.' Domi­nando uma vasta extensão do território, cada cidade desenhava verdadeiros circuitos

interiores

A introdução da estrada de ferro vai permitir um uso mais dinâ­mico do território. Criam-se duas lógicas. A

exceção da área hoje nucleada por Rio de Janeiro e São Paulo, a estrada de ferro reforça os laços privilegiados

entre as metrópoles regionais.

A expansão do sistema de circulação e das áreas de produção agrícola para exportação reforçou o

crescimento do emprego, sobretu­do nas áreas próximas ao litoral.

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DA MECANIZAÇÃO DA CIRCULAÇÃO AO ALVORECER DA INDUSTRIALIZAÇÃO

Ao mesmo tempo, a industrialização nascente se

fez numa fase em que os progressos técnicos eram

menos rápidos e as escalas de produção menos

estendidas, de sorte que o tempo de vida de uma

fábrica era maior, e a cada necessidade de aumentar a

produ­ção uma outra fábrica era agregada.

A imigração beneficiou as regiões para onde se

dirigia, já que os grupos de imigrantes eram portadores

de uma tecnologia industrial e constituíam

uma mão-de-obra qualificada.

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A população brasileira aumentou continuamente no decorrer desses anos.

Desde o início do século XX até a segunda década, a população passou de 17,4 milhões para 30,6 milhões.

Um aumento de 2,2 vezes na matrícula do ensino fundamental entre 1940 e 1960 revelou-se importante mas não suficiente, ainda que se verificasse uma expansão nas diferentes regiões do país. Embora evidenciando uma velocidade de crescimento análoga, o ensi­no médio mostrava um número de alunos consideravelmente mais baixo. As instituições de ensino superior, que eram 28 em 1908, aumen­taram para cinquenta em 1912 e para 248 em 1935.

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Page 9: Prática curricular iv

A INTEGRAÇÃO DO MERCADO E DO TERRITÓRIO

Segunda Guerra

Mundial

Carência do sistema de transporte

Infra-estruturas

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Crescimento das

metrópoles

Matérias-primas

Integração do território

Mercado unificado

alimentos

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Rio de janeiro

São Paulo

Metrópole econômica

Urbanização do território

Brasília Metrópole

política

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• Demanda educacional Urbanização

• A matricula triplicou entre 1960 e 1980

Ensino fundamental

• Cresceu sete vezes em duas décadas.

• Aumentou cerca de 3,6 vezes, em várias regiões do país.

Ensino Médio e superior

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• Estrutura social em 1960

• 33 mil proprietários possuíam a metade da superfície das propriedades agrícolas.

• 3,3 milhões dispunham da outra metade.

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Os primórdios da globalização no Brasil

A revolução no transporte e das telecomunicações nas décadas de 1950 e 1960

Revolução científico-técnica

Incorporação do satélites brasileiro

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As transformações das bases materiais e sociais do território bra­sileiro, graças aos acréscimos de ciência e de técnica, significam, também, a exigência de novas qualificações profissionais.

O aumen­to de mais de 220% na matrícula universitária entre 1970 e 1980 é talvez a melhor evidência da necessidade e do desejo de apropriar-se de uma sofisticada cultura técnica e organizacional

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Dependência tecnológica

Crescimento do desamparo social

Modelo de produção brasileiro

Modelo de consumo norte-

americano

Page 18: Prática curricular iv

mais investimentos públicos e mais injeção de recursos para promo­ver a exportação

mais proteção ao grande capital menor retribuição ao trabalho

Esvaziamento demográfico e econômico

Diminuição da atividade econômica em todo país

Ameaça A continuidade do modelo

Dinamismo econômico da área do Sudeste-Sul

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Produção dos derivados do

petróleo

Complexos e pólos

industriais

Modernização da agricultura

Novos Conflitos no

campo

Nova divisão territorial do

trabalho

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O País globalizado: modernização e pobreza

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A implantação do sistema básico de telecomunicações permitiu não apenas a transmissão de dados, mas também a unificação do sis­tema de televisão

O território ganha novos conteúdos e impõe novos comporta­mentos, em virtude das enormes possibilidades da produção e, sobre­tudo, da circulação de insumos, produtos e dinheiro, de idéias e informações, das ordens e dos homens

Os dados próprios do período tanto alcançam áreas agrícolas como industriais e de serviços, que se caracterizam pela sua inserção numa cadeia produtiva global, pelo predomínio de relações distantes e, fre­quentemente estrangeiras, e pela sua lógica extrovertida.

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Aumento das grandes cidade

Novas fontes de pobreza

Novas fontes de riquezas

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Havia no país cerca de 332 milhões de hectares distribuídos em 3,6 milhões de estabelecimentos, ao passo que cerca de 220 milhões de hectares estavam repartidos entre 1,3 milhão de estabelecimentos trabalhados por arrendatários, parceiros e ocupantes, o que configurava uma estru­tura fundiária apta a expulsar a população rural

A variedade de capi­tais existente na grande cidade assegura a possibilidade de uma extrema variedade do trabalho. Entretanto, nas metrópoles ou em outras cidades a presença de pobres e a correspondente depressão dó mercado de tra­balho e dos salários projetam-se no empobrecimento das respectivas municipalidades.

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Referências Bibliográficas

[1] Santos, Milton. A natureza do espaço: iécnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1996.[2] Andrade, Manuel C. de. A questão do território no Brasil. São Paulo: Hucitec, 1995.[3] Furtado, Celso. Formação econômica do Brasil. 2a ed. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.[4] Prado Jr., Caio. História econômica do Brasil. 23a ed. São Paulo: Brasiliense, 1980 [1945].[5] Santos, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de

Janeiro: Record, 2000.[6] Fernandes, Florestan. A Revolução Burguesa no Brasil: ensaio de interpretação sociológica. 3a ed. Rio

de Janeiro: Zahar, 1981 [1974].[7] Dias, Leila Christina. "Les enjeux socio-spatiaux du développement des réseaux de

télécommunications au Brésil". Document de Recherche du Credal, nº 204, 1989, pp. 28-41.[8] Santos, Milton. Por uma outra globalização, op. cit.[9] Mamigonian, Armen. "Teorias sobre a industrialização". São Paulo: Laboratório de Geografia Política

e Planejamento Territorial e Ambiental, Departamento de Geografia da USP, 1992. (Seleção de Textos nº 4).

[10] Santos, Milton e Silveira, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

[11] Santos, Milton. Por uma outra globalização, op. cit., p. 72.[12] Corrêa, Roberto Lobato L. "Corporação e organização espacial: um estudo de caso". Revista

Brasileira de Geografia (IBGE), ano 53, nº 3, 1991, pp. 33-66.