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PRATICA PREVIDENCIÁRIA Aula 01 e-mail: [email protected] 05/07/2012 Lido até pg. 12 (começar filiação) TEORIA GERAL DE BENEFÍCIOS Localizara previdência social e a seguridade social dentro da CF. Art. 201 e 202 da CF Ler as leis Lei 8213/91 Lei 8212/91 Alterações na CF/88 em 1998 e vem se prolongando. E novas ameaças de alterações legislativas. O que esta para mudar (temos que saber) – mas não sabemos quando vai mudar. Art. 201 – mediante a contribuição que terá algum beneficio previdenciário. Ex.: mulher faleceu, nunca contribuiu, e tem filha deficiente. Tem direito há algum beneficio?? Vamos estudar o LOAS. Mas esta mãe que nunca contribuiu – nem ela teria direito e nem geraria beneficio para nada. Só contribuindo pra P.S que pode ter direito. Eventos cobertos pelo planos de previdência: art. 201, I, CF Eventual incapacidade p/ o trabalho. Cuidado com o termo doença: quem vai cobrir em alguns casos – é a saúde. 1

PRATICA PREVIDENCIÁRIA

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PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Aula 01

e-mail: [email protected]

05/07/2012

Lido até pg. 12 (começar filiação)

TEORIA GERAL DE BENEFÍCIOS

Localizara previdência social e a seguridade social dentro da CF.

Art. 201 e 202 da CF

Ler as leis

Lei 8213/91 Lei 8212/91

Alterações na CF/88 em 1998 e vem se prolongando. E novas ameaças de alterações legislativas. O que esta para mudar (temos que saber) – mas não sabemos quando vai mudar.

Art. 201 – mediante a contribuição que terá algum beneficio previdenciário.

Ex.: mulher faleceu, nunca contribuiu, e tem filha deficiente. Tem direito há algum beneficio?? Vamos estudar o LOAS. Mas esta mãe que nunca contribuiu – nem ela teria direito e nem geraria beneficio para nada.

Só contribuindo pra P.S que pode ter direito.

Eventos cobertos pelo planos de previdência: art. 201, I, CF

Eventual incapacidade p/ o trabalho.

Cuidado com o termo doença: quem vai cobrir em alguns casos – é a saúde.

Planos previdenciários: regime geral, mas temos que considerar Tb o regime próprio.

Segurado facultativo?? É aquele que contribui por vontade própria. Não é segurado obrigatório – aquele que exercer atividade remunerada (art. 11 da Lei 8212/91).

Pegadinha!!!

Quando leio o p. 1º do art. 201 posso me enganar.

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Quem não pode contribuir como facultativo?

Trabalhador que já esteja filiado a outro regime de previdência. Ex.: servidor público – filiado a previdência estadual / federal ou municipal. Não pode em paralelo ser um segurado no regime geral como facultativo.

P. 2º do art. 201: Calculo de benefícios – aula mais adiante.

Valor real conforme critérios definidos em lei – temos em garantia reposição inflacionária. Isto não supre o aumento de custo de vida. se foi repassado um índice inflacionário conforme determinada lei – temos o valor real recomposto.

Pratica> a previdência fez a parte dela – repassou o reajuste inflacionário. Briga do segurado contra índice econômico que pode não refletir a realidade (discutir a lei). não é uma briga do segurado contra a previdência e sim contra a lei. Há várias teses debatendo essa situação. Esse debate não pode se basear em quantidade de salários mínimos.

CF/88 trouxe proibição de uso do salário mínimo como indexador de qualquer coisa. Antes tínhamos reajustes de benefícios baseados em indexador de SM (7,21 SM).

Todos os SC serão corrigidos monetariamente. Isso trouxe muitas revisões.

Art. 202: método de calculo de aposentadoria 36 últimos SC– foi alterado pela EC 20/98. Tínhamos 2 tipos de aposentadoria previstas:

I – 65 anos de idade p/ homem e 60 anos de idade p/ mulher. Diminuído em 5 anos para o rural.

II – após 35 anos de trabalho ao homem, e 30 a mulher. Redução em caso de trabalho em condições especiais – regras próprias em lei especial. (50 e 55)

III – professor e professora 30 e 25 anos respectivamente de TC de efetivo exercício na atividade de magistério.

p. 1º - aposentadoria proporcional – é facultada a aposentadoria proporcional. Ex.: Mulher com 25 de TC – poderia se desejasse se aposentar na proporcional (menos tempo de contribuição) – renda mensal proporcionalmente menor.

EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/98

Obs.: necessidade de que se observe os critérios que observem o equilíbrio financeiro e atuarial da previdência.

Quando a previdência ira gastar para pagar esta revisão???

Se a legislação determinava determinado direto ou calculo de renda de beneficio e ele foi calculo em desacordo com a legislação – eu não posso alegar que aplicar a forma prevista na lei ira ferir o equilíbrio econômico e atuarial. Temos que brigar pela correta aplicação da lei – independente

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se ferir o equilíbrio financeiro e atuarial. Já que a previdência teria que ter entrado antes com uma revisão daquela lei na época de sua edição (inconstitucionalidade, por exemplo).

p. 3º - 4º - sem grandes alterações.

I – 35 de contribuição p/ homem; 30 anos de contribuição / mulher.

II – 65 anos de idade homem, 60 anos de idade mulher. Reduzidos em 5 anos se trabalhador rural.

Na época edição da EC: após a sua aprovação – houve toda uma polemica:

No regime próprio – passou a colocação de limite mínimo de idade. E para o RG – não passou este limite mínimo de idade.

Este ponto e virgula do inciso I significa “e” ou significa “ou”. Alguns defendiam que significava e (idade mais tempo de contribuição).

O projeto original do governo queria manter aposentadoria por idade. Mas na aposentadoria por TC – queria que quando tivesse o TC tivesse também a idade.

Apenas Brasil, Ira e Equador – não tem este limite de idade.

Fator Previdenciário – fez suprir o fato de não se exigir uma idade mínima no regime geral.

p. 7º - o professor universitário deixou de ter direito a esta aposentadoria com redução de 5 anos no TC. Assim, abrange apenas os professore de ensino infantil, médio e fundamental.

Proteção ao direito adquirido??

Art. 3º da EC 20/98 – o que vale é a data em que se cumpriram os requisitos para determinado requisito. Requisitos até 15 de dezembro de 1998. Se foi adquirido o requisito no dia 16/12/1998 – esta abrangido pela EC. Isso muda no caso das aposentadorias – principalmente na proporcional (o fato de poder aposentar na proporcional ou não).

REGRAS DE TRANSIÇAO

Chamada de “pedágio”- aqui tem caráter de quantidade de tempo trabalhado.

Para os segurados que trabalhavam antes de 16/12/98 – estão sujeitos as regras de transição. Só terá direito a faculdade de aposentar-se caso se cumpra requisitos de forma cumulativa.

Requisitos:

Para aposentadoria proporcional – temos idade mínima na regra de transição. (53 anos homem e 48 anos mulher) – p/ poder se aposentar na proporcional – e ainda preencher outros requisitos:

Art. 9º da EC 20:

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Alínea a e b – só faria algum sentido se tivesse passado o limite de idade mínima para a aposentadoria por TC. Como não foi aprovada a exigência de idade mínima – o segurado opta pela aplicação da lei nova (com 35 anos de TC aposenta integral sem limite de idade). Não faz sentido preferir a regra de transição – que tem pedágio/ este acréscimo.

Cuidado!! Este art. 9º da EC – não está revogado.

Na mesma emenda temos uma previsão que o segurado pode optar pelo direito adquirido ou pela regra nova. Ou seja, a regra do art. 201,I – não põe limitação de idade – sendo mais vantajosa – do que essa parte da regra de transição.

O que funciona na regra de transição – é o relacionado a aposentadoria proporcional:

p. 1º, I, contar TC = no mínimo a soma de:

30 anos TC homem 25 anos TC mulher Período adicional de 40% de tempo que na data da publicação da EC faltava para atingir o

limite da alínea anterior. (30 TC e 25 TC, homem e mulher)

Aposentadoria proporcional – inscrito antes da EC 20/98:

Ex.: Precisa: 53 anos de idade H; pelo menos 30 TC, adicional de 40% (TC até o dia 15/12/98). O meu segurado tem 20 anos de TC. Naquele momento com relação a legislação anterior – faltava 10 de TC. Portanto, o pedágio que terá que cumprir caso queira aposentar na proporcional – ou seja, menos de 35 anos. Terá que trabalhar um tempo a mais – 40% daqueles 10 anos que faltava. Portanto, 53 anos de idade e 34 anos de contribuição. Seria uma aposentadoria proporcional – e veremos que é muito desvantajosa do ponto de vista financeiro. Mas toda fundamentação da regra de transição esta na EC 20.

Na pratica hoje temos os segurados precisando dos 35 anos. Porque se passaram muitos anos. Isso em alguns casos, quando eu olho para este calculo – a regra de transição me mostra um n. muito superior. Matematicamente já nos tira de transição.

Esta regra de transição – é para não prejudicar menos as pessoas que estavam próximas do direito adquirido (próximas dos 35 anos de contribuição).

Ex.: ou seja, faltar 15 dias p/ aposentar. Com a EC 20 – ela precisa contribuir por mais 40% destes 15 dias – que eram apenas alguns dias. Isso não teria prejuízo se ela não tivesse 45 idade. Ela foi prejudicada não pelo pedágio, mas pela limitação de idade que foi imposta p/ aposentar na proporcional. Pela regra de transição ela precisava ter 48 anos de idade p/ aposentar na proporcional. Então ela precisou continuar trabalhando até completar 48 anos. Como ela completa 48 anos depois de 99 – ela ganha ainda o fator previdenciário.

Atenção!!

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Este tempo contribuído a mais no pedágio não entra no calculo do beneficio.

QUADRO DE REGRAS DE TRANSIÇÃO – SLIDE

O STF nos trás um conceito que importante ser levado em consideração: não há direito adquirido por regime jurídico (conjunto da legislação vigente).

Direito adquirido ao beneficio dentro daquele regime jurídico, mas não carrego o regime jurídico junto comigo.

“tempus regit actus” – legislação aplicável é aquela vigente no FG.

Fato gerador – momento em que todos os requisitos para determinado beneficio são atingidos.

Se demorar para requerer não posso ser penalizada por isso. Já que tem ser aplicada a legislação vigente na data do preenchimento do requisito e não a data do requerimento.

Art. 18 da Lei 8213/91 – trás os benefícios em espécies:

1. Para o Segurado:a)Aposentadoria por invalidezb)Aposentadoria por idadec) Aposentadoria por tempo de contribuiçãod)Aposentadoria especial e)Auxilio doençaf) Salário famíliag)Salário maternidadeh)Auxilio acidente (discussão no STF – não pode ser inferior ao SM)

2. Para os dependentes a)Pensão por morte (para todos – independe de ter baixa renda ou não)b)Auxilio reclusão (dependentes de segurado de baixa renda)

3. Quanto ao segurado e dependente:a)Serviço social b)Reabilitação profissional

SEGURADOS??

Segurado obrigatório da previdência social – pessoas físicas que exercem atividade remunerada: empregado, empregado domestico, contribuinte individual (não é registrado, não é empregado), trabalhado avulso, e segurado especial.

Facultativos: maiores de 14 anos que se filiarem ao RGPS por vontade própria e não estejam elencados no art. 11 ou protegidos pelo RPPS.

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Obs.: facultativo – é aquele que não “faz nada”. Ex.: vive de aluguel (administra o próprio patrimônio). Ou seja, é um segurado obrigatório que não consigo fiscalizar a sua atividade. Ex.: vendedor de pipoca, sorvete caseiro – exerce atividade remunerada – informal – sem fiscalização. Mas seria sim um segurado obrigatório da previdência, mas como não tem como fiscalizar – eles podem ser facultativo por questão desta informalidade.

DEPENDENTES??

Definidos no art.16 da Lei 8213.

I) Cônjuge, Companheira Companheiro Filho não emancipado, menor de 21 anos ou invalido ou que tenha deficiência intelectual

ou mental que o torne absoluta ou o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim

declarado judicialmente. (acrescentado por nova legislação). *Obs.: quantas pessoas conhecemos que esteja nestas condições?? Pra que vou entrar na justiça para declarar o meu filho incapaz?? Quanto tempo esse processo demora pra tramitar? Em geral, após o falecimento de um dos pais – sendo esta pessoa dependente (antes da alteração da legislação) – as vezes essa pessoa precisava apenas de uma pericia – eu não preciso interditar esta pessoa. Porque naturalmente seu pai ou mãe sobrevivente será seu representante. Agora, quando perde os 2 – terei uma tutela, curatela, etc. Uma tutela provisória demora uns 2 anos – no mínimo. Imagina que para conceder a pensão por morte ou reclusão – a previdência exija a declaração judicial desta deficiência. O resultado disso para o dependente seria – estar privado de um beneficio, cujo objetivo é manter a sua subsistência. Pratica> brigar por este benefício através de uma tutela antecipada. Beneficio previdenciário existe para que a pessoa impossibilitada por algum risco elencados na lei – possa manter sua subsistência.

II)

Pais – por ordem de preferência. Os outros 1os dividem o beneficio. (ex-conjuge, companheiro e filhos – terei um beneficio dividido em partes iguais pela quantidade de dependentes) – os pais não entram neste rateio. Ex.: segurado falece e deixa filhos, cônjuge e os pais. Ainda que sejam os pais dependentes econômicos, somente os filhos e o cônjuge serão seus dependentes. Existe uma briga jurisprudencial – há quem sustenta economicamente os pais – e se esta pessoa falece?? Pela legislação civil – os filhos e netos – tem obrigação de sustento dos idosos (pensão). Mas, isso não ocorre na legislação previdenciária. Pensão de filho para pai – exige prova de dependência econômica. Agora, pensão de pai para filho a presunção é presumida.

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III)

Irmão não emancipado menor de 21 anos ou invalido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente Obs.: todas observações acima se aplica aqui. Atenção!! Irmãos só seria dependente na ausência dos pais, cônjuge ou companheiro ou filhos.

p. 2º: enteado e o menor tutelado é equiparado a filho. Atenção!! Deixar claro no caso de enteado – essa situação de equiparação de filho – deve ter uma declaração do segurado que o enteado é dependente. É muito complicado essa comprovação caso não exista essa declaração do segurado. Assim para comprovar em juízo – posso usar as mesmas fundamentações que se usa para comprovação de união estável.

p. 3º: companheiro ou companheira – a pessoa que sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada.

p. 4º: a dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I (cônjuge, companheiro, filhos) é presumida e as demais deve ser comprovada.

Art. 17, p. 1º> incumbe ao dependente promover a sua inscrição. Atenção!! Não precisa ser uma inscrição previa. No passado – o segurado escolhia seus dependentes e indicava na previdência (figura do designado). Hoje esta lei foi revogada. Mas tem pessoas que recebem esta pensão hoje (dependente designado) – este tem direito adquirido – não podem perder a pensão que recebem como dependente designado.

COMPROVAÇÃO DA QUALIDADE DE DEPENDENTE NA IN 45IN – instrução normativa – descreve como deve ser os procedimentos em determinados assuntos de acordo com a lei, com determinado decreto. IN é como se fosse um manual de procedimentos.

O servidor sim é vinculado ao que prevê a IN. O que significa que se a IN for contraria a lei – teremos o INSS praticando algo contrario a lei. É nesta hora que entra os advogados para brigar pela aplicação correta da lei.

Não é preciso esgotar a via administrativa, mas preciso começar por ela. Decisão diferentemente chocante do STJ: muita gente pleiteia pedido de benéfico sem passar pela via administrativa (sem antes requerer diretamente no INSS). Isso não pode. Porque o

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órgão responsável pela concessão de benefícios é o INSS. Assim devo requer nas agencias do INSS os benefícios. Não sou obrigado recorrer das decisões administrativa. Mas tenho que lembrar que com este recurso posso ter a Interrupção de prazo prescricional (prescrição quinquenal).

Ainda que eu demore 3, 4 ou 5 anos – para brigar no judiciário – tenho a interrupção destes prazos se já tinha entrado no administrativo.

A própria demora na tramitação de procedimento administrativo que ultrapasse 30 dias (prazo da Lei de procedimento federal). Entrávamos com MS por desídia. Pode também entrar com pedido de concessão no judiciário – pedindo tutela antecipada. Ou seja, há todo um sentido lógico social em entrar com a ação primeiramente no INSS.

Decisão do STJ: é indispensável o indeferimento prévio do beneficio antes do ingresso com processo judicial. Isso implica em esperar toda a tramitação do INSS sem a chance de ingressar na justiça. Ou seja, perco a chance de entrar com essa tutela antecipada, embora esta seja difícil de ser deferida. O STJ tinha posição diferente.

Ao não esperar o prévio indeferimento do pedido e ingressar no judiciário – deve fundamentar muito bem o porque não esperar o administrativo.

Parágrafos da INp. 1º - dependência de cônjuge e companheiro é presumida. A dependência de ex cônjuge ou companheira deve ser comprovado. - a professora considera uma desproteção o fato de ter que comprovar a dependência do ex.

p. 2º: companheiro do mesmo sexo – ação civil pública – responsável pelo reconhecimento da união estável de mesmo sexo para fins previdenciários. Ou seja, pensão ou auxilio reclusão para companheiro do mesmo sexo. O reconhecimento disso no previdenciário é mais antigo do que no cível.

p. 3º: o equiparado a filho deverá comprovar a dependência econômica e apresentar declaração de que não é emancipado, além de documento escrito do segurado falecido manifestando a intenção de equiparação no caso de pensão por morte.

p. 4º: os pais ou irmãos, além dos documentos constantes no caput, deverão apresentar declaração firmada perante o INSS de inexistência de dependentes preferenciais.

p. 5º: o dependente menor de 21 anos de idade devera apresentar declaração de não emancipação e os maiores de 18 anos, de não ter incorrido em nenhuma das situações previstas na alínea b, c e d dos inciso III do art. 26.

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p. 6º : dependente invalido será realizado exame pericial a cargo do INSS p. 7º certidão de adoção somente se for anterior a 14/10/90

p. 8º: fato superveniente de exclusão e inclusão de dependente deve ser comunicado ao INSS.

Art. 46: comprovação de vinculo e da dependência econômica:Deve ser apresentado no mínimo 3 destes documentos abaixo:

a) Certidão de nascimento do filho havido em comumb) Certidão de casamentoc) Declaração de imposto de rendad) Disposição testamentáriase) Declaração especial perante tabeliãof) Prova de mesmo domiciliog) Prova de encargos domésticos (seguro de vida um pro outro, carro – beneficiário do seguro

ser o outro)h) Procuração ou fiança reciprocamente outorgada i) Conta bancaria conjuntoj) Registro em associação de qualquer natureza (clube, igreja, associação de bairro, clube de

dança, carteirinha de dependente de farmácia, cartão de credito adicional). k) Anotação constante de ficha ou livro de registro de empregadol) Apólice de segurom)Ficha de tratamenton) Escritura de compra e venda de imóvelo) Declaração de não emancipação do dependentep) Quaisquer outros que possam levar a convicção do fato a comprovar (foto, BO de acidente

de carro, etc)

Estes documentos pode ser do mesmo tipo ou diferentes. (foto, BO, por exemplo)

Caso não seja aceito um dos 3 documentos apresentados:

Justificação administrativa: é quando peço dento do procedimento administrativo a oitiva de testemunhas para comprovar a situação.

DEFINIÇÃO DE CARENCIACarência x qualidade de segurado.

Carência – tempo mínimo de contribuição. Quantidade mínima de contribuições que o segurado precisa ter para ter direito a determinado beneficio. Contudo, tem benefícios que

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não necessitam de carência. Entretanto, precisam de qualidade de segurado. Conto carência em n. de meses de contribuição. Isso significa se comecei a trabalhar em 15 de maio e sai dia 16 de junho. TC – período corrido data a data – quase 1 mês. Quantas contribuições? Equivalente ao mês de maio e dias trabalhado no mês de junho. Ou seja, 2 meses de contribuição.

12 meses de carência. Não significa que precisa ter 365 dias de contribuição. Mas precisa ter 12 contribuições. Isso pode não ser equivalente a 365 dias de TC.

Gozo de beneficio de auxilio doença??Não tenho contribuição. O INSS não reconhece o período de auxilio doença como carência. Este período é considerado quando?? Como TC, desde que seja intercalado. Ou que ele tenha origem acidentária. Embora, não tenha contribuição efetiva, para que o segurado não seja prejudicado, o gozo deste beneficio será considerado como TC desde que intercalado em períodos de atividade. Ex.: se trabalho e fico afastada e não volto a trabalhar – este período não poderá ser considerado como tC. Temos algumas decisões reconhecendo estas coisas (auxilio doença sem estar intercalado) como carência. Administrativamente – não será considerado como carência.

Qualidade de segurado: é o exercício da atividade dentro da relação elencada no art. 11 – fazendo as contribuições.

Período de graça: período em que não esta contribuindo, mas que não perde a qualidade de segurado.

TABELA DE TRANSIÇÃO DA CARÊNCIA – art. 142

Até a 8213/91- a carência exigida para benefícios de aposentadoria – era de 60 C. (5 anos).

Ex.: aposentadoria por idade se dava aos 65 anos de idade para homem, 60 para mulher, mas carência.

Mudança em 1991:A partir de agora, a carência é de 180 meses.

Regra de transição da carência: 1 ano de implementação das condições e a quantidade de contribuições exigidas.

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2011 – já correspondia aos 180 meses (15 anos de carência). Então daqui pra frente quem adquirir direito a aposentadoria precisa comprovar 180 meses.

Ex.: 30 anos de tc – mulherPeríodo em gozo de auxilio doença – conta como TC, mas não conta como carência. Temos situações em que não há contribuição efetiva e, portanto não tenho carência, mas ainda conta como TC. Ex.: serviço militar – entra como TC, mas não entra como carência, já que não teve contribuição.

Em cima da tabela, vamos trabalhar com as alterações na carência e na qualidade de segurado.

Em 2003 – alteração com a Lei 10666 – veio dizer que a perda da qualidade de segurado não importava para a concessão de aposentadoria. Como assim?? Não importa em que sentido??

Como funciona a perda da qualidade de segurado??Se dá pelo inicio da atividade ou pelo inicio da contribuição??O inicio se dá pelo exercício da atividade. Até porque se provar que exercia atividade no passado – eu posso contribuir pelos atrasados. Entra como tC, mas não será considerado carência. TC – começa a contar no inicio da atividade

A carência começa a contar em momento diferente. Começa a contar a partir da 1ª contribuição em dia. Ex.: advogada – 3 meses de contribuição como autônoma, depois nunca mais paguei mais nada. Paguei pelo menos 1 dia. Se conseguir comprovar o exercício da atividade – a previdência pode me cobrar os 5 anos. Se a minha 1ª contribuição em dia aconteceu – todo período posterior será considerado como carência. Não será considerado carência – se nunca contribui e hoje quero contribuir todos os atrasados. Conta como TC, mas o INSS não considera como carência.

Decisão maravilhosa considerando carência – independente da 1ª sem atraso. Porque a partir da alteração da EC n. 20 – a aposentadoria deixou de ser por TS, para ser por TC. Então o entendimento: a partir do momento que houve a contribuição em atraso ou não – ela tem que ser considerada para todos os efeitos, inclusive de carência. Pois se isso não acontecer, posso ter situação de ter que comprovar 30 anos de tempo de contribuição – e nada de carência. É fictício, mas isso pode acontecer. Teria alguém vertendo tanto valor para previdência sem direito a beneficio.

O pagamento destes atrasados não é barato – valor da época e corrigia para hoje.

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Hoje uso como base de calculo – o próprio valor atualizado de hoje. Isso sai caro, mas é mais atualizado. Se contribuir nestes moldes – não faz sentido não ser considerado como carência. Já que não há desequilíbrio financeiro e atuarial.

Filiação ao regime geral – ocorre imediatamente com o exercício da atividade

Inscrição: em alguns casos coincide com a filiação. Em outros pode ser feita extemporaneamente.

Inicio da carência – da inscrição p/ frente.

Período de graça: Lei 8213 – n. de meses em que o trabalhador amparado pelo regime geral manter a cobertura pelo sistema mesmo sem ter contribuído. Ex.: trabalhador foi demitido, não volta a trabalhar – durante este período mesmo sem contribuir – este segurado mantém todos os direitos inerentes da qualidade de segurado.

Ou seja, se ele morrer em 5 meses depois de desempregado. Seus dependentes tem direito a pensão por morte. Se perder esta qualidade de graça – não terão direito a pensão seus dependentes.

Período de graça: 12 meses de prazo de graça – posso ficar 12 competências sem contribuir. Se eu contribuir com a 13ª ou 12ª??

Se posso ficar 12 sem pagar. E durante estes 12 eu tenho meu direito. Eu não preciso pagar o 12º. Mas preciso pagar a 13ª competência.

Exemplo: Perdi emprego 31/12/10Período de graça começa janeiro do ano seguinte (2011)Até 31/12/11 – estou sobre o período de graça. Tenho que contribuir com qual competência?? Com a competência janeiro 2012Dia 15 de fevereiro de 2012.Se no dia 15 de fevereiro não paguei, no dia 16 perdi a qualidade de segurado. Período de graça na pratica – acaba sendo de 13 meses e 15 dias.

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independente de contribuição: a) Sem limite de prazo, que esta em gozo de benefícios b) Período de 12 meses após a cessação das contribuiçõesc) 12 meses após cessar a segregação do segurado acometido de doença grave

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d) 12 meses depois da segregação do recluso ou retidoe) 3 meses segurado incorporado a forças armadasf) 6 meses após a cessação do segurado facultativo.

Obs.: esses 6 meses – não é obrigatório, esta pagando por que ele quer. Ele pode pagar os 4 atrasados – porque ainda não perdeu a qualidade de segurado. Não posso pagar os atrasados de facultativo se ultrapassar os 6 meses. Ou seja, 15º dia do 8º mês que perco a qualidade de segurado.

Prazo pode ser prorrogado para 24 meses – se o segurado tem mais de 120 contribuições (10 anos) sem perda de qualidade de segurado neste meio.

Prazo pode ser prorrogado por 36 meses: desde que comprove a situação de desemprego. Antes de juntava o seguro desemprego. Com a mudança do SD ele é inscrito no plano de governo.

Durante estes prazos o segurado conserva todos os direitos.

OBS.: nós temos 1 situação em que o sujeito deixa de trabalhar – e começa a pagar como facultativo. Para, porque não tem dinheiro. Qual o prazo de graça??Se o vinculo anterior era alguma coisa que dava mais tempo, o que deve ser levado em consideração é o período de graça mais benéfico.

AULA 0212/07/2012

Cont.: Teoria geral dos benefícios

Carência x tempo de contribuição

B 31 – jurisprudência considerando o período do b 31 não intercalado numa aposentadoria por idade.

Tempo de gozo de beneficio não intercalado serviria como TC afim de acréscimo na alíquota do SC.

Nós temos que:

Carência – é o tempo mínimo de contribuição. Podemos por conta da lei contar alguns períodos que não houve contribuição previdenciária como tempo de contribuição. Tempo de contribuição é a mesma coisa de tempo de serviço antes da EC 20.

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Período que não houve contribuição, mas é considerado como tal: gozo de beneficio de auxilio doença por incapacidade desde que o período seja intercalado. Exceção: se teve origem acidentária não precisa estar intercalado para contar como TC. Em nenhum momento seja intercalado ou não – não será considerado como CARÊNCIA. Ultima decisão do STF – revisão de aposentadorias por invalidez – período que não houve contribuição não pode ser considerado como carência.

Período intercalado – período em que a pessoa estava recebendo auxilio doença ou acidente (não é considerado como carência). Este período onde de fato não houve contribuição não pode ser considerado carência (STF).

TABELA DE TRANSIÇÃO DE CARÊNCIA – art. 142 da Lei 8213/91

Antes da Lei tínhamos uma quantidade mínima de contribuições exigíveis.

- carência não se conta data a data e sim por tempo de contribuição. Ex.: 15 de um mês e demitido no dia 16 do mês seguinte – 2 meses de carência (2 contribuições) e 1 mês de Tempo de serviço.

Regra de transição: a cada ano aumenta-se 6 meses no tempo de carência. Isso fez com que muitas pessoas pudessem se aposentar dentro de expectativa de direito que já tinham em um menor tempo. No 1º ano de transição isso não houve alteração e a partir de 93 isso muda para 66 meses.

OBS.: a legislação não foi alterada. Isso que temos aqui já existe no art. 142 desde a edição da Lei 8213. Tivemos uma divergência de interpretação que afetou (alteração de interpretação – vitórias judiciais) que alterou as aposentadorias por idade. O INSS passou a aceitar aquilo que chamamos de carência congelada.

Alteração de interpretação – precedidas de outras vitórias judiciais. Só depois que a jurisprudência ser dominante que o INSS passou a aceitar a carência congelada.

Carência congelada: quando olho a tabela do art. 142 – hoje observo a data de aniversario do meu segurado. Ex.: completou 65 anos (homem urbano) em 2004. Em 2004 a necessidade de carência era de 138 meses (138 contribuições). Para aposentadoria por idade precisa de 2 requisitos: 1) idade e 2) carência mínima. Se o meu segurado não tem 138 contribuições???? Imaginemos que em 2004 ele tinha 136 contribuições. Nesse período precisava contribuir apenas com 2 meses. Isso funcionava?? Depende. Isso depende do momento que essa contribuição aconteceria. Precisamos lembrar de uma regra: carência e qualidade de aposentado. A regra da Lei 8213 nos põe que uma vez perdida a qualidade de segurado (período de graça: ficar ser contribuir e ainda assim manter os seus benefícios como segurado fosse). Período de graça que varia de 3 meses até 36 meses. Se um segurado ficar mais de 36 meses sem contribuir – perde a qualidade de segurado (não tem direito adquirido a nenhum beneficio) Se falecer já fora do prazo de graça os dependentes não terão direito a pensão por morte.

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Como volta a ser protegido pela previdência social??

1º momento: o simples fato de voltar a contribuir já recupera a qualidade de segurado e o direito há alguns benefícios que não dependem de carência mínima. Ex.: pensão por morte, auxilio doença (de doenças de riscos agraváveis).

E os benefícios que dependem de carência??

Todo período que tinha antes da perda da qualidade de segurado como fica?? Fica suspenso – não pode ser considerado carência – quando no retorno das suas funções quando não contribuía 1/3 das contribuições exigidas.

É nesta regra que entra aquela famosa afirmativa: “contribua por mais 4 meses”. Porque a carência do auxilio doença é de 12 meses.

1/3 – equivale a 4 meses.

O que precisa é contribuir por mais 1/3 para ter direitos. Este 1/3 é de 4 meses.

No caso das aposentadorias – que depende hoje de 180 contribuições. Qual seria este 1/3?? – era equivalente a 60 contribuições.

Este 1/3 antes era sempre de 60 meses. Isso mudou com a Lei 10666/93. “A perda de qualidade não importa para as aposentadorias por idade, tempo de contribuição”. Este segurado, não lhe falta apenas um ano, por conta do pedágio, como não tinha os 30 anos – o pedágio de 40 dos 12 meses que faltava. Após a lei não precisava mais cumprir os 60 meses para poder usar os meses anteriores para cumprir o seu período de carência. Bastava cumprir o que faltava para o TC.

E no caso de aposentadoria por idade a Lei teve o grande efeito. A carência aqui era menor e obedecia a regra do art. 142. No caso daquele segurado acima – o que faltava para ele ter o direito? Apenas 2 contribuições;

Antes da Lei 10.666 – precisava ter cumprido mais 60 meses. Após a lei bastava a ele 2 meses de contribuição, se esta contribuição fosse feita ainda em 2004 e o requerimento da aposentadoria em 2004 (o INSS entendia dessa forma: data do requerimento – carência deveria ser respeitada de acordo com o pedido de entrada de aposentadoria e não com o preenchimento do requisito idade).

O preenchimento dos requisitos para AP. por idade – não precisa ser simultâneos. O segurado poderia ter contribuído 138 meses até 1980 e completado a idade em 2004 –já na vigência da 1066 se solicitasse em 2004 seria concedida. Se solicitasse em 2005 precisa de mais 6 meses – isso virava um ciclo vicioso.

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Ganhos com a lei:

- não precisava cumprir um 1/3 - não precisava cumprir a carência na data do requerimento, mas sim a carência exigível na data

do aniversário que preenche o requisito idade. Isso que ficou garantido na jurisprudência.

A única mudança legislativa – a perda da qualidade de segurado não importa.

Qual a vitória da carência congelada???

Arquivo da Dna. Pascoalina:

Ex.: nasceu 24 de setembro de 1939 – trabalhou apenas até 1962. Tem período pequeno: 1 ano e 2 meses no 1º emprego e depois 6 anos e 4 meses no outro. Possuíamos aqui poucas contribuições. Completou 60 anos em 1999. Já possuíamos a lei 10666.

1ª questão: 1999 quando completou o tempo – já havia perdido a qualidade de segurado? Se fosse em outro tempo poderia ter aposentado?? Não, porque não tinha a quantidade de carência mínima necessária.

Em 1999 quando completou o tempo havia perdido a qualidade de segurado há muitos anos, já que deixou de trabalhar quando casou.

Voltou a contribuir em 2007 por estar adoecida – porque disseram que com mais 4 meses voltava a ter direito ao auxilio doença. Porque não conseguiu o auxilio doença?? Porque durante o pagamento possuía uma incapacidade e não um agravamento durante estas contribuições (famosa pré-existência da incapacidade). Cuidado!! Com a data de inicio da incapacidade.

Em junho de 2008 – com um quadro que possuía 107 meses de tempo de contribuição.

Interpretação era: Lá em junho de 2008 tínhamos como resultado: ela precisava pagar a quantidade exigida em 2008 e não a quantidade exigida em 1999. Ou seja, preencher os requisitos na data do requerimento e não os requisitos que precisava em 1999.

É aqui que entra a tese da carência congelada. Se os requisitos não precisam ser simultâneos (idade e carência ao mesmo tempo) não deveria importar a ordem que completa os requisitos. Por que até então as decisões judiciais era de que poderia completar a carência antes e a idade depois. O inverso era raro: completar idade 1º e depois a carência (aquela necessária na data que completou a idade).

Traduzindo: pagar a qualquer momento aquela uma contribuição p/ completar os 108 meses que faltava em 1999para preencher o requisito para aposentadoria idade.

Portanto, há muitos idosos que tiveram sua negativa na aposentadoria porque não possuía a carência necessária para o beneficio e não voltaram a contribuir.

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Como este caso há muitos. Que seja 24 contribuições faltantes. É muito mais vantajoso completar no que faltava na anterior do que completar os 180 meses na data do requerimento. (DER – data de entrada do requerimento).

Inicial sobre a carência congelada:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUÍZADO ESPECIAL FEDERAL PREVIDENCIÁRIO DE SÃO PAULO / SP.

- A competência dos juizados especiais federais é absoluta, diferente da área cível que é relativa. Causas com valor de até 60 salários mínimos é nos JEF e não nas Varas Federais. Sendo complexa ou não a ação: a competência dos JEFs são absolutas.- comarca que não tem justiça federal – essas ações correm na justiça estadual (isso é uma faculdade ao autor, pois ele pode optar por levar essa ação p/ a capital que tem vara federal, e isso não acarretará uma incompetência de juízo). - as vezes não quero que vá para o JEF, já que não tenho muitas saídas recursais (Vara do JEF - Colégio Recursal e daqui pula p/ o STJ – entra o tema da uniformização). Lamentável, já que a complexidade das ações podem ser as mesmas tendo a única diferença no valor.

AÇÃO ORDINÁRIA DE PERCEPÇÃODE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIOCOM PEDIDO DE PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO (Lei 10.741 de 01.10.2003 – Estatuto do Idoso – art. 71) por ter a autora 69 anos de idade.

(Qualificação completa tudo atualizado), Opção de informar na inicial onde estão os documentos (pgs)

AÇÃO DE PERCEPÇÃO DE BENEFICIO PREVIDENCIÁRIO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA

Devemos comprovar o direito visível /existência do direito e a possibilidade de prejuízos para pedir a tutela antecipada. Pensamos que temos em maior parte dos casos o Reexame necessário – e quando não temos o reexame necessário temos que as autarquias recorrem de qualquer maneira. Isso pode demorar muito. Se a tutela antecipada for concedida – dali uns 6 anos temos um resultado favorável p/ autarquia. Esses valores dificilmente serão devolvidos. Reconhecimento da jurisprudência de ser verba alimentar – não precisando ser devolvido.

Em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL – INSS, com sede ....... com fulcro na Lei 8213/91, amparado pela CF/88

É necessário o indeferimento do beneficio no administrativo para ajuizar a ação judicial??Diante de inércia – entramos com ação judicial. Decisão do STJ – preciso ter o indeferimento do beneficio. Se o entendimento do juiz que for distribuído tiver este entendiment?? O ideal é entrar com MS para acelerar o processo administrativo.

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Caderneta do IAPI – antes da unificação da previdência no INSS tínhamos diversos institutos de aposentadoria (relacionado com a atividade que a pessoa trabalhava: comerciários, industriários). Havia uma caderneta – guia das previdências sociais. Isso faz prova tanto quanto a a carteira profissional.

Indeferimento que aconteceu em 2008 pelo INSS: baseou-se o indeferimento – a carência deveria ser da DER – data da entrada de requerimento e não da data do aniversário. Contudo, a carência deve ser considerada na data que se completa o requisito idade. Atenção!! Carência na data do aniversário e não na data do requerimento.

Da filiação até a data de aniversário – 107 contribuições.

Se a previdência é como um seguro – deveria obedecer as regras do seguro (contrato de adesão). Reconhecimento da carência de 60 meses (direito adquirido). As decisões não são de que os requisitos não precisam ser concomitantes. A carência se dava por cumprida no passado. Esta tese dos 60 meses – não passa. Porque ao mesmo tempo que não tem os requisitos simultâneos. O FG – para definição de regime jurídico – é a data que se completa a idade. Querer garantir o direito adquirido ao regime jurídico o STF não admite. Temos a lei aplicada – vigente na data do FG (“tempus regit actum). Ou seja, data que cumpre o requisito idade.

132 contribuições no mínimo: ainda que não fosse necessária a carência da DER, a carência necessária seria a vigente em 2003 (132 contribuições – Lei 10.666) – não precisa cumprir 1/3 da carência necessária.

Esta tese dos 60 meses antes da Lei 8213 – não passa.

Os requisitos não precisam ser simultâneos – não importa a ordem para cumprir. - não importa qual deles seja preenchido 1º (idade ou carência) – mas ambos devem ser preenchidos.

Tutela antecipada: não se consegue quando se trata de pedido de revisão – já que o segurado já esta recebendo beneficio.

CONTESTAÇÃO (INSS contestando algum pedido de beneficio)1º momento: conta-se resumidamente o que foi pedido na inicial.

O pedido de reconhecimento de regularização deve ser feito acompanhado do requerimento.

Valor de causa para efeito de alçada – é olhado individualmente para cada pedido (ex.: dano moral e beneficio).

Pensão por morte: devida a partir da data do óbito (várias jurisprudências neste sentido).

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Dependentes: é essencial que o falecido seja segurado da previdência para dar direito a pensão por morte. Atenção!! Poderia estar dentro do prazo de graça (s/ contribuições dentro do período que mantém os direitos inerentes a qualidade de segurado).

Quando o segurado possuía direito adquirido a algum beneficio e não tinha exercido este direito.

Se este segurado já não estaria incapacitado para o trabalho antes da perda da qualidade de segurado – podendo ter direito a auxilio doença, ainda que não exercido poderia dar direito a pensão por morte (deixou de contribuir em virtude da incapacidade – pedido de pensão de morte cumulado com reconhecimento do direito adquirido “auxilio doença” ante da perda da qualidade de segurado).

Pensão por morte – não depende de carência, apenas de qualidade de segurado. Perde essa condição após 12 a 36 meses sem contribuição. Ex.: de 1990 a 2003 – há perda da qualidade de segurado.

Caso concreto: ex segurado que contribuiu até 1990 – falece em 2003. Muito tempo depois de ter perdido a qualidade de segurado. No entanto, a viúva e os filhos menores solicitaram o beneficio em 2006. Não foi reconhecido o beneficio pois havia perdido a qualidade de segurado em janeiro de 2001.

Na nossa tese – que é controversa: o simples o fato de exercer atividade remunerada nos torna segurados obrigatórios. A filiação é automática no inicio da atividade remunerada. E a partir daqui que passa a ser segurado obrigatório – devedor da previdência social. Se é devedor e não contribuiu em época própria e faleceu antes de fazer as contribuições – pode os herdeiros fazer estas contribuições??Em direito civil herdamos bens, direitos e deveres.

Do ponto de vista da contribuição – deveria ser quitada pelos dependentes. A quitação deveria corresponder a manutenção da qualidade de segurado daquele individuo.

Viúva – recolheu contribuições em atraso.

Espécies de contribuintes – diferenças:1º) se a responsabilidade do recolhimento não é do segurado, mas de 3os – os dependentes não pode ser prejudicado por erro de terceiros. Portanto, se o segurado é registrado, obriga que o empregador faça o recolhimento previdenciário. A ausência deste recolhimento não pode representar a perda da qualidade de segurado. 2º) A partir de abril de 2003 – contribuintes individuais – responsabilidade de recolhimento de contribuições de empresas tomadoras de serviços e não do contribuinte. Se for comprovado este vinculo – e não havendo contribuição – a penalização não pode incorrer sobre o dependente por erro de terceiros. Temos jurisprudências neste sentido. Porém, a jurisprudência em período anterior a abril de 2003 – a responsabilidade pelo recolhimento é do próprio contribuinte. E, portanto, se não recolheu a tempo e faleceu – os dependentes não poderia recolher as contribuições. - decisões de turmas de uniformizações são contrarias.

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O FG do beneficio pensão por morte – é a morte. Neste momento – deste estar preenchido os requisitos (qualidade de segurado). A grande questão aqui é a diferenciação da filiação (qualidade de segurado enquanto exercente de atividade remunerada) e condição de qualidade de segurado pela contribuição efetiva. A jurisprudência quando não permite a regularização pos mortem – só é segurado se houve a contribuição efetiva. Senão não tem direito.

Outra vertente (TRF 4) – que permite a regularização pos mortem. Tese: o simples exercício da atividade implica em filiação e consequentemente em qualidade de segurado, independente se foi efetuada ou não a contribuição.

Jurisprudências reconhecendo o direitos dos dependentes de regularizar a contribuições pos mortem e não concedendo o beneficio, pois perde o direito antes de fazê-lo. 1º- pede-se o reconhecimento da regularização do beneficio. Já que não posso ter uma sentença condicional. A sentença se limita a permissão do recolhimento destas contribuições. Perigo: deste autor / dependente regularizar a contribuição e na hora de pedir administrativamente não tem a concessão. E como consequência temos outra ação judicial agora sim pedindo a concessão do beneficio.

A jurisprudência não é dominante no sentido da regularização das contribuições pos mortem.

Pedido deve vir acumulado: ou seja, se o beneficio for concedido que seja descontado estas contribuições (debito seja descontado do beneficio concedido).

Não posso permitir que o meu cliente gaste (12, 13, 15 mil reais) para depois pleitear o reconhecimento da pensão por morte. Se isso for pago indevidamente – isso pode demorar uns 5 anos para ser devolvido.

AULA 0319/07/12

CÁLCULO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO

Objetivo: saber entender uma carta de concessão / corrigir.

Conceitos:Calculo de uma renda mensal inicial (RMI) – estou falando de um beneficio previdenciário. Algo para substituir a renda do segurado em momento que esta impossibilitado de exercer suas atividades por ter sido atingido por um dos riscos protegidos pela seguridade social.

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Usar uma quantidade x de salários que reflita da melhor maneira possível o período contributivo do segurado.Objetivo: substituição da renda

A previdência dá números para que NB – numero do beneficio. 42/ e o n. do beneficio Códigos para identificar o beneficio. Ex.: b/31 - auxilio doença

A regra de cálculo muda de um beneficio para outro. Por isso temos que saber de qual beneficio estamos falando. Alíquota – varia de acordo com o beneficio.

Salário de beneficio – obtido a partir de uma média aritmética simples de um n. x de contribuição

RMI: calculo da renda mensal inicialSC multiplicados por índices de correção monetária (inflação do mês).

Revisão do ORTB – (método de calculo que não se corrige todos os salários de contribuição). Essa garantia de corrigir todas os SC veio com a CF/88.

RMI (DIB) x índice de correção monetária acumulado anual x índice de reajuste periódico

Lei 8213/91 – art. 41-APro rata – proporcionalmente

Tivemos períodos na história: Inflação em determinado mês que chegava em 40%; isso depois de um ano a defasagem era gigantesca. - por isso temos as revisões tentando buscar os dois meses que perdemos.

Índice inflacionário – tem que ser repassado. Será que isso reflete a perda real aquisitivo??O INPC – esta corretamente apurado??(estes índices já mudaram várias vezes – e nem sempre sabemos qual é o mais correto – não repõe o valor real conforme determina a CF) – mas temos que usar o índice previsto na legislação.

Exemplo de um reajuste de beneficio:

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Beneficio concedido em junho de 1992Tabela do ExcelDezembro de 1998 – 1,00000 (diferença era grande em 1998 – pois houve algum erro nos índices e quando se somava os SC ultrapassava o teto) – Ação de revisão do teto. Temos 3 teses diferentes para essa revisão. Pedido: de reajuste no beneficio do aposentado. Baseado no realinhamento que tivemos neste período.

Dezembro de 2003 – 1,00000

Lei 82213/91 – art. 29-B: os SC considerados no calculo do valor do beneficio serão corrigidos mês a mês.

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃOAntigamente juntava-se a relação dos SC que eram entregues pelo empregador. Art. 29-A - Hoje temos o CNIS.

Posso ter distorções entre sobre a remuneração real do trabalhador e o valor que aparece no CNIS como SC. Já que o CNIS é alimentado pela GFIP (reflete o valor do salário, mais é atrelada ao valor do FGTS).

Antes de requerer um beneficio – os advogados devem consultar o CNIS para saber se esta tudo correto. Sob o risco de se aposentar com valor baixo – e pode achar que é devido ao fator previdenciário. Ocorre que nem sempre esse redutor é culpa do FP, mas sim por não esta prevendo no CNIS o valor real de contribuição. A 1ª coisa a fazer – é corrigir as informações no sistema do INSS (CNIS). Ler art. 29-A, p. 1º e 2º.

Obs.: o segurado tem direito aos extratos de contribuições (hoje pode acompanhar via internet). Esse extrato deveria ser periódico já que nem todos tem acesso a internet.

Art. 29-Ap. 3º, 4º e 5º - tratam de vínculos e remunerações inseridas extemporaneamente (data posterior aquele que deveria ter sido). Ex.: inserção na GFIP posteriormente. Toda vez que isso comparecer - o segurado terá que provar que trabalhou naquele período com remuneração – e aquele recolhimento extemporâneo trata-se de um erro técnico.

Se conseguir provar o vinculo e não conseguir provar os valores, aquele período será usado no período para a base de calculo, contudo, será usado o salário

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mínimo naquele período que se comprovou o vinculo e não o valor real da remuneração do segurado.

Conceito legal SC – art. 28 da Lei 8212/91

Índices do INPC – Ex.: entrada do beneficio em abril de 2011 (este mês não conta), mas sim o mês passado. Ex.: março de 2011.

Para quem aposentou em março de 94 – tinha uma revisão de 36%. Quem aposentou em abril de 94 – não tinha os 36%, porque simplesmente o mês de março não era influenciado pela inflação de fevereiro.

Quem ingressou no mercado de trabalho após 1999 – terão todos os seus SC corrigidos. Hoje o acumulado de índices inflacionários negativos – entram no calculo. É cabível uma revisão, já que o segurado não pode ter uma perda de seu patrimônio, posto que não teve inflação – não faz sentido.

Alíquota especifica para cada beneficio (tabela)Obs.: aposentadoria invalidez – pode passar 25% do teto (3.916,20)- estes 25% são personalíssimos, isso não gera pensão por morte.

Aplica-se a legislação vigente na data do fato gerador (falecimento). - mesmo se a lei posterior for mais benéfica não se aplica a viúva.

Em período que o segurado estava sob auxilio doença – não tem salário de contribuição. O que se usa neste período básico para calculo de uma aposentadoria futura?? Usa-se o salário beneficio que gerou aquele valor.

Pedágio – (paga-se o pedágio) período que faltava para ele se aposentar. 40% do que faltava em 16 de Dezembro de 98. Ex.: faltava 10 para a aposentadoria por tempo – 4 é o pedágio. Porém receberá apenas 70% do salário de beneficio.

Aposentadoria proporcional

53 anos de idade – é a idade mínima para se aposentar proporcional 48 anos de idade

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+30 anos de contribuição24 anos de contribuição

Antes de 1999 – somava-se os últimos 36 SC.

Lei 9876/99 – mudou o PBC: a media é com base nos 80% dos maiores SC.

Regras de transição: já estavam filiados antes da Lei 9876/99 – PBC sendo de julho de 94 até a data de inicio do beneficio (80% no mínimo – das maiores).

Divisor mínimo de 60% - Lei 9876/99 – art. 3º, p. 2º - lei que cria o Fatos Previdenciário.

Não posso buscar salários anteriores a julho de 94. O PBC é de julho de 94 para frente.

Entrada de beneficio – em 11/2003Quantidade de contribuições = 112 (julho de 94 a outubro de 2003)Quantidade de contribuições efetivas =99Média dos 80% > SC = 79Onde 79 = 80% das 99 CeDivisor mínimo = 67 (60% das Cp)

DER – data de entrada do requerimento

FATOR PREVIDENCIÁRIO – a ser usado é o da data do requerimento do beneficio. Existe uma briga judicial para mudar.

AULA 04 26/07/12

APOSENTADORIA POR IDADE URBANA / HIBRIDA (mistura rural e urbana)

- Power point – teoria - Word

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Tipos de aposentadoria rural: Rural: 60 H; 55 M Urbana: 65 H; 60 M Hibrida: 65 H; 60 M Compulsória: 70 H; 65 M

Trataremos hoje da aposentadoria por idade urbana:

Requisitos: Idade mínima Carência: n. mínimo de contribuições para ter direito a aposentadoria por

idade.

Carência: LOPS 1960 – a aposentadoria por idade tinham uma carência de 60 meses de contribuições. A lei 8213/91 trouxe uma nova lista de carência que é de 180 meses. Veja que teve um aumento muito grande na carência. Aqueles que ingressaram na previdência em 1991 com a Lei – terá que cumprir 180 meses de carência. A Lei 8213 – no art. 142 trás uma tabela de transição. Essa tabela respeita os segurados que já estavam no sistema antes da lei. “Aos inscritos na previdência social antes da edição da lei 8213” – de 24/07/91. Essa tabela começa com 60 meses – e aumenta 6 meses até que o segurado atinja 180 meses de contribuição.

Ex.: segurado quer aposentar por idade. 1º - pega data de nascimento dele. Ex.: 1942. Hoje ela tem 70 anos. Tenho que analisar o ano que ela completou 60 anos (carência congelada). Ela completou 60 anos em 2002 (trás carência de 126 meses). Ao analisar as contribuições dela – tenho que verificar se ela tem estes 126 meses de contribuição.

Ao fazer o computo – verifico que ela tem só 100 meses. Assim ela não aposenta por idade agora, pois ela precisa completar os 126 meses. Mesmo depois de completado a idade – pode completar a carência depois de ter alcançado a idade necessária (posição da doutrina, jurisprudência, INSS).

Ex.: segurado homem completa 65 anos em 2005. 2005 – tem que ter 144 meses. Se ele tem as 144 meses de contribuição ele pode se aposentar imediatamente.

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Obs.: Não pode pagar de uma só vez. Agora, contribuinte individual, empregado doméstico – é possível pagar as contribuições atrasadas se comprovada a atividade remunerada (inscrição na prefeitura, nota fiscal, etc).

Data de nascimentoAno que completou a idadeBusca no ano correspondente o n. de contribuições.

Em 2012 – não tem aplicabilidade para quem completou 60 ou 65 anos de 2011 pra frente. Assim, não cabe essa tabela de transição de 2011 pra frente. Essa tabela é usada para quem completou a idade de 2011 pra trás (é a chamada carência congelada).

Obs.: os requisitos (idade e carência) não precisam ser simultâneos.

Como a lei não exige que os requisitos sejam preenchidos simultaneamente – é irrelevante o fato da perda da qualidade de segurado quando completar a idade mínima.

Exercício:

1) Jose pagou a previdência de 20/04/96 a 10/07/08. O art. 15 da Lei 8213 – tenho 12 meses para perder a qualidade de segurado. Quanto tem mais de 120 meses de contribuição – ele tem 24 meses (período de graça). Se ele comprovar a situação de desemprego, inclusive, se for contribuinte individual – tenho possibilidade dos 12 acrescer mais 12 – (mais de 120 meses de c) e ainda acrescer mais 12 – caso esteja em situação de desemprego – podendo chegar o período de graça em 36 meses.

Se trabalhou de 96 a 2008 – neste caso tenho mais de 24 meses de qualidade de segurado, comprovando a situação de desemprego tenho mais 12 meses. Tenho na verdade 36 meses para perder a qualidade de segurado.

O art. 15, p. 4º fala sobre a perda da qualidade de segurado. Traduzindo o parágrafo. Se a ultima contribuição se deu em julho de 2008.

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36 meses – se dará em julho de 2011. Mês seguinte é agosto de 2011. Qual o dia que vence??Dia 15 de setembro de 2011 é o dia que tem que começar a pagar o carne. Perdeu a qualidade de segurado no dia 16/09/2011. Ou seja, chega ser 37 meses e meio e não 36 meses.

Situação de empregado – que fica desempregado tem este calculo acima. No caso de facultativo – o artigo fala em 6 meses para perder a qualidade. Julho de 20086 meses – janeiro de 2009Mês seguinte – é fevereiro de 2009Vence o pagamento do carne em 15/03/200916/03/2009 – perde a qualidade de segurado

b) Qual o tempo de serviço exato em que o segurado trabalhou na empresa??

29/04/96 a 10/07/0812 anos, 02 meses e 12 dias

12 anos x 12 meses = 144 meses2 dias – representa mais um mês. 147 meses.

c) 65 anos em 2012 – 180 meses de contribuição. 180147Faltam 33 meses de contribuição.

Se ele se inscreveu na previdência depois da lei (1996 – após a Lei 8213 de 1991) – pra ele não tem tabela de transição. Assim tem que cumprir a tabela de transição.

Se o segurado tem filiação anterior a lei 8213 – mesmo que tenha trabalhado 1 mês – ele pode usar a tabela de transição.

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Como completa a idade este ano – 180 contribuições. Se não tiver tem que completar.

d) Segurado 1 salário mínimo de natureza previdenciária. Aposentadoria por idade – tem que ter contribuição. Se nunca contribuiu é LOAS que esta recebendo e não aposentadoria por idade.

Idade mínima, mas não tem carência. Sua mulher recebe beneficio previdenciário de 1 SM. Este valor entra no calculo de renda per capta – para aposentadoria por idade. O estatuto do idoso – art. 34 relativizou este critério da renda per capta – “se tiver cônjuge que tem beneficio assistencial – este beneficio não entra no calculo do outro beneficio assistencial”. Assim posso ter 2 idosos com 2 benefícios assistenciais. Atenção!! Mas, se tem beneficio de natureza previdenciária. Não poderá receber beneficio assistencial, porque o beneficio previdenciário da sua mulher entrará no calculo. Contudo, perceba que a situação de miserabilidade é a mesma. A lei privilegia aquele que nunca contribuiu – já que se nunca contribuiu tem direito a 2 LOAS. Em detrimento daquele que contribuiu. Por causa desta distorção – isso é matéria de repercussão geral no STF. Na justiça – nós podemos conseguir que receba beneficio assistencial, mesmo que tenha cônjuge recebendo beneficio previdenciário de 1 SM.

Na pratica: muitas pessoas separam o casal. (fraude).

Exemplo pratico:Mulher que tinha filho que recebia aposentadoria por invalidez e marido que recebia aposentadoria por TC. Ela requereu o LOAS sobre a alegação que estava separada de fato. Quando o filho faleceu ela requereu a aposentadoria por invalidez. Hoje ela esta respondendo processo – para devolver o LOAS.

No caso especifico acima : deve verificar o que é mais vantajoso para o segurado. Pois, se faltar pouco para aposentadoria por idade – este é mais vantajoso para o segurado – já que tem abono e transfere aos dependentes, diferente do LOAS.

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Exemplo: Contagem do tempo – 15 de tempo de contribuição. Auxilio doença em 3 anos. Estes 3 anos – não conta como carência. Este tempo de auxilio doença não conta por carência que preciso para aposentadoria por idade. Ao fazer a contagem do tempo – vejo que tenho o período. Mas o período de afastamento não conta como carência.

Assim, é sempre preciso pedir o CNIS – cadastro nacional de informações sociais – que me informará se o segurado ficou ou não afastado.

Exemplo – 18 anos de TC. 3 anos afastado. Tem 15 anos de carência – que é o que preciso p/ aposentar por idade. Preciso ter 15 anos (180 meses) de carência p/ aposentar por idade. Ou seja, se me afastei por auxilio doença – não esta contando.

Filiação: (é automática) passa a exercer atividade remunerada – automaticamente estará filiado. Pois a filiação decorre do vinculo. Sendo segurado obrigatório – tem que ter a contribuição. contribuição é presumida: art. 33, p. 5º da Lei 8212/91 – estabelece que a contribuição – é presumida para o empregado e o empregado avulso. A contribuição é obrigação da empresa. Só que o segurado – tem renda de 1 SM. Pois ainda que a obrigação seja da empresa – se esta não contribuir, a previdência vai considerar como 1 salário mínimo.

Obs.: o carne no caso do facultativo e contribuinte individual – a carência vai ser contado a partir do 1º mês ....

Inscrição: é a partir da contribuição (que a empresa realiza, o facultativo e o individual).

Exercício:

2) Filiou em 10/05/86 (abriu empresa). Só que começou a contribuir somente em agosto de 1993 (inscrição). Contribui de 08/1993 – e em 2001 encerra as atividades (16/08/01). Data de nascimento – 02/03/37Tempo de contribuição – 15 anos

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16 08 200110 05 1986

Art. 124 – pagamentos em atraso

15 anos, 3 meses, 11 dias de tempo de contribuiçãoCarência??Não vai poder contar a partir da 1ª contribuição paga em dia. A contribuição em dia foi a partir de agosto de 1993. Assim faço a conta16/08/2001 a 01/08/1993 Na verdade tenho:

16 meses, 00 meses, 08 dias

16 08 200101 08 199316 00 08

Carência de 08 anos e 16 dias

12 x 8 = 96 + 1 mês = 97 meses

Aposentadoria por idade: preciso de carência e idade. Assim, neste caso, precisa completar a carência.

Nasceu em 1937 – qual é a carência??Mais 65Completou a carência em 2002. Tabela de transição – 126 meses.

Pegadinha:Conceito de inscrição e filiação:Inscrição – decorre das contribuiçõesFiliação – automática

Art. 142 fala para o segurado inscrito e não filiado a previdência a partir de julho/1991.

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Pela literalidade da lei – não pode usar a tabela de transição. Se tivermos trabalhando pelo segurado posso silenciar – deixar o INSS alegar a literalidade da lei.

126 meses – 97------29 meses de contribuição Ainda que tivesse mais 70 anos – não tem carência p/ aposentar por idade. De verificar se tem renda mínima para receber LOAS.

Art. 25, II da Lei 8213 c.c art. 201, p. 7o da CF ou art. 48 da Lei 8213/91- 180 meses de carência. - idade mínima

PETIÇÃO INICIAL

Exercício 3)25/10/63 a 10/11/52

Tira 1 do ano25/10/6210/11/52

Faz conta de subtração15 + 1=16 11 10

16 dias – conta 1 mês

10 x 12 = 120 11________________132 meses de contribuição

Completou 60 anos em 2003 (nasceu em 1943 – acrescenta 60 anos- chego em 2003) .Precisa de 132 meses de contribuição pela tabela em 2003

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132 meses de carência = 11 anos

Segurado deu entrada em abril de 2010 e o INSS indeferiu com falta de carência. Dizendo que faltava 180 meses.

Competência: Temos 3 possibilidades de órgão possível de entrar com ação:Justiça estadual Justiça federal JEF

Preferência sempre: JEF ou JF – art. 109, p. 3º da CFCompetência sempre o endereço do segurado. Se o segurado mora em comarca que não seja sede de JF. A competência é a JE. Só que é JE ou JEF correspondente daquela jurisdição. Ex.: Ribeirão Pires não tem JF, só tem JE. Eu tenho opção de entrar na justiça comum ou entrar no JEF de Santo André que abrange a cidade de Ribeirão Pires. Link no site TRF – e verifico a qual JEF pertence aquela cidade.

O JEF – quando falo em aposentadoria por idade – a maioria é de SM. A competência acaba entrando no JEF. E quando tenho dentro da comarca JE e JEF – verifico a competência pelo valor da causa. Já que a competência do JEF é absoluta (até 60 M). Se a minha comarca tem JEF – obrigatoriamente tenho que entrar no JEF.

A Dna Amélia entrou com a aposentadoria em 2010. DER – data de entrada do requerimento 10/04/2010Só trabalhou de 1952 a 1963 – a média de sua aposentadoria é feita de julho de 94 a 2010 – quando requereu a aposentadoria.

Se ela trabalhou de 1952 a 1963 – não tem média nenhuma. Assim a base é pelo Salário Mínio. Calculo o valor da causa como??Todas prestações vencidas mais 12 vincendas – art. 260 CPC

622 x 30 meses18.660 reais 12 vincendas = 7.000= 25.660,00 reais

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Se a alçada é 60 SM. O valor da causa – esta inserido dentro da alçada do JEF. Assim a competência é do JEF.

EXCELENTISSIOMO SR. DR. JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ..............., SP.

Preâmbulo (dados da segurada)Nome da ação: ação de percepção de beneficio previdenciário ou ação de concessão de beneficio previdenciário, c.c com pedido de tutela antecipada nos termos do art. 273 do CPC.

Contra quem??Em face do INSS – INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIALNão é seguridade social que abrange o todo: previdência, saúde e assistência. O INSS é o gestor da seguridade social. É o que gere o seguro social. INSS tem representante – neste ato representado por sua procuradoria especializada (endereço do INSS).

FATOS:A segurada deu entrada na aposentadoria e teve o pedido indeferido por falta de carência, contudo ela tem a carência. Fazer a conta – identificar nos fatos os valores.

Fundamentos jurídicos: Art. 201, p. 7º, II da CFArt. 48 da Lei 8213/91Art. 25 da Lei 8213/91Art. 142 – tabela progressiva Pode até copiar a tabela na PI.

PEDIDOPedido é diferente de requerimentoPedido tudo aquilo que envolve dinheiroRequerimento – citação, etc

Pedido: a) condenação do INSS na concessão da aposentadoria por idade (numero

do beneficio NB 41) desde a data da entrada do requerimento –

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23/04/2010 – pagando todas as verbas em atraso, colocando em manutenção o beneficio – acrescidos de juros e correção monetária.

A quem pede a Tutela Antecipada antes do pedido acima.

b) condenação nas despesas, custas, honorários advocatícios (que só tem em caso de recursos). Se a tutela antecipada – art. 273 do CPC – exige um requerimento da parte para que seja concedida. É preciso provar a verossimilhança das alegações. Existe outra tutela – que é do art. 461 do CPC (tutela especifica) que não exige requerimento da parte. Pode ser concedida de oficio pelo juiz. O juiz tem o dever de conceder. (p. 4º e 5º) fala em multa pelo não cumprimento da tutela especifica.

c) Tutela antecipada com base no art. 273 ou tutela especifica com base no art. 461 do CPC.

REQUERIMENTOVou requer a citação do INSS no endereço já fornecido; Seja oficiada agencia da previdência social para apresentar a cópia do PA (processo administrativo). Ônus da prova é de quem alega. Assim cabe a parte fazer a juntada do processo administrativo. Só é isento de apresentar PA – se vai até a agencia e não encontra o processo. Mas deve juntar uma declaração deste fato. Pedindo que se oficie a agencia para apresentar o PA.

Preciso fazer pedido administrativo para entrar na justiça??Aguardando julgamento no STF. Mas temos decisões do STJ – dizendo que é preciso requerer o pedido administrativo sim.

Obs.: tem alunos da professora que diz que entram sem o PA na justiça é tem tido sucesso. Contudo, não é preciso esgotar a via administrativaA Lei 9784/99 – rege processo administrativo federal – diz que tem que dar resposta em 30 dias. Se não der – forma-se a lide por desídia do INSS, podendo neste caso entrar com ação.

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A professora entende que é necessário pedir na via administrativa, antes de adentrar na via judicial.

Requerimentos: (...) continuação: Oficiada a Agencia para apresentar cópia do processo se for necessário. Se for o caso, carta precatória (se morar em outra comarca)Justiça gratuita – se for o caso (não tem nenhuma renda)Requer provar o alageado por todos os meios de provas Valor da causa – 25.660,00 reais (calculo acima)

Termo em que Pede Deferimento

Juntar nesta PIO JEF – não admite documentos originais – porque o processo é scaniado – é todo digital –se não for copias o original vai se perder.

Cópias: RGCPFComprovante de residênciaCópia da CRPS Contrato de trabalho da empresa que trabalhouProcesso administrativo

Hibrido – mistura de rural com urbano

Trabalhou de 1989 a 2000 28/10/200024/05/1989

Trabalhou 11 anos, 5 meses e 5 dias (tempo de contribuição)

De 1975 a 1980 – em trabalho rural (6 anos)

11 anos, 5 meses 5 dias 06 anos de rural

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17 anos, 5 meses e 5 dias de TC

Prova do período rural que é de 1977INSS – entende que se tenho uma prova da época – é só este ano de 77 que tenho, o restante tenho que comprovar na justiçaA lei trouxe a possibilidade de juntar período (hoje rural) que trás período urbano. E o contrario??Quando trouxe a possibilidade desta aposentadoria hibrida – urbanos e rurais – a idade é do urbano e não do rural. Isso consigo só na via judicial. Pois a via administrativa entende que tem que ser rural antes.

O período rural não conta para carência – para aposentar por TC. A lei trouxe a possibilidade de mesclar os períodos.

Soma o rural ao urbano – slide 21- para fins de contagem de carência.

No caso especifico – o segurado terá direito de acordo com a jurisprudência, já com base na lei não terá direito a aposentadoria hibrida.

O INSS – considera o ano da provaJustiça – considera todos os anos, mas precisa de início de prova material (certidão de casamento, nascimento dos filhos que conste a profissão de lavrador), certidão do sindicado rural de acordo com a IN 45/10, prova da terra – pede no sindicato rural a declaração – e junto dela pede no sitio / fazenda uma declaração e escritura do imóvel rural).

Não serve declaração do patrão atual, escolas, vizinhos. Ou seja, documentos de hoje. Tem que ser documentos contemporâneos – expedidos naquela época.

INSS – considera 1967. Ele pede p/ fazer entrevista rural que muitas x não resolve não. A chefia homologa ou não o pedido rural. E não considera todas as datas.

Fundamento jurídico: art. 48, p. 3º e 4º da lei 8213/91Redação da Lei 11.718/08. Art. 106 – que fala do período rural (alterado com a 11.718) – serie de possibilidade de prova rural Art. 106 da Lei 8213/91

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Art. 62, p. 2o, II do Decreto 3048/99 – provas de atividade rural Várias súmulas (24, 25 TNU) – que podem ajudar na comprovação do período rural. WWW.CJF.jus.br- lado direito da tela – jurisprudência unificada da TNU (encontraremos tudo o que os juizados estão julgando – doc. que servem ou não como provas)- acórdãos que podem ajudar a fundamentar este tipo de ação.

- deve se colocar rol de testemunhas. Pois se tem apenas uma prova contemporânea – preciso de testemunhas para corroborar com a prova material que juntou

Se as testemunhas não moram mais nas testemunhas que vai correr o processo, pode pedir que seja encaminhada carta precatória para cidade onde elas moram (serão ouvidas na cidade onde elas trabalharam)

AULA 0502/08/12

Até 1971 – Lei 4214 – estatuto do trabalhador rural – nunca entrou em vigor no que se refere a benefícios rurais – mas somente em regras trabalhistas;

Com LC 11/71 – que temos como marco: inicio da previdência no meio rural.

De 71 de 91 – rol de benefícios restrito, valor pequeno (1/2 salário mínimo – apenas p/ o chefe de família), começo da contribuição previdenciário dos empregadores rurais (contribuição sobre a comercialização da produção). Não havia previsão para contribuição para os empregados rurais.

1987 – tivemos alguns avanços não muito significativos.

1991 – com a CF/88 – com outro sistema, direitos sociais mais amplos muda completamente a situação e os trabalhadores rurais passam a fazer parte do RGPS. Deixa de ter regime rural separado do urbano. Nenhuma beneficio que substitua a renda do trabalhador será inferior a um SM.

A própria CF determinou que nenhum beneficio que substitua a renda do empregado será inferior ao SM.

1992 – efetivamente entra em vigor a nova legislação Lei 8213/91. O 1º beneficio pago a trabalhadora rural foi em fev/92.

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Quem são os trabalhadores rurais?? Direitos a quais benefícios??Quando se fala em trabalhadores rurais – os trabalhadores rurais terão direito a aposentadoria por idade com idade reduzida. Quem esta abarcado por esta expressão??

Segundo a lei temos 4 espécies de trabalhador (art. 48 e 143 da Lei):

a) Empregado: no mesmo dispositivo da lei que enquadro o urbano (art. 11, I, a). Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural. Lá em 1991 quando o legislador precisou especificar que estavam fazendo parte da mesma previdência precisou dizer trabalhador urbano e rural. (empregado subordinado). É a natureza da atividade que faz o empregado ser rural ou urbano. Sempre que vai se enquadrar o empregado: a pergunta que se faz: qual a natureza da atividade por ele desempenhada??Ex.: consta na CTPS como serviços gerais – encontramos dificuldade para fazer o enquadramento. Ação civil pública – processo que esta discutindo que o INSS não deve fazer o enquadramento somente pela carteira – devendo verificar a atividade desempenhada pelo empregado. Tramita na 4ª região – discutindo a forma que o INSS deve fazer o enquadramento (REsp 1148040). O tribunal deixa claro que o que interessa é a atividade desempenhada pelo segurado. O empregado se diferencia dos demais (diarista, avulso), já que trabalha com habitualidade, permanência com o empregador. Diferente do diarista que trabalha em períodos curtos. No Brasil apenas 30% dos empregados rurais tem carteira assinada.

b) Avulso: a lei diz que é aquele que presta à diversas empresas serviços de natureza urbana ou rural. Na pratica não existe avulsos no meio rural por falta de regulamentação especifica.

c) Contribuinte individual: temos 2 espécies no meio rural:c.1) Diarista – chamado de “boia fria” – não tem vinculo permanente com ninguém. Trabalha em períodos curtos. Pela jurisprudência é o equiparado ao segurado especial. O segurado especial é o único que encontramos definição da CF/88. Em 2008 tinhamos um conceito que diferencia o segurado especial dos não segurados especiais – basicamente pela contratação da mão de obra. A partir da Lei 11.718/08 – não é mais este o critério de diferenciação. Nós temos vários outros critérios que tem como principal delineador dos critérios – que é permanência do trabalhador no campo. Na medida em que se incentiva outra fonte de renda, contratação de mão de obra – abra-se o conceito de segurado especial. Elementos para ser segurado especial - Para ser considerado segurado especial:- residência: deve morar na propriedade ou aglomerado urbano rural ou urbano próximo (segundo o Decreto seria no máximo no município vizinho); obs.: tem municípios muitos distantes um do outro e outros que chegamos em 10 minutos. A intenção é verificar o efetivo exercício da atividade rural.

- parceiro, meeiro e arrendatário: espécies de produtor - a legislação corrigiu – dizendo que no conceito de produtor temos várias espécies - proprietário: prova-se através de escritura. - usufrutuário: deve provar o usufruto.- possuidor: deverá provar a posse, geralmente é através de testemunhas.

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- assentado da reforma agrária – não tem domínio da terra, tem certidão emitida pelo INCRA, - parceiro ou meeiro arrendatário – através de contrato que se provaDe qualquer forma o INSS vai querer saber na terra de quem o trabalhador trabalha. Isso precisa ser esclarecido tanto no administrativo quanto no judicial. Nem o INSS e nem o judicial abre mão desta pergunta.

- esta terra tem limites – são os módulos fiscais: é trabalhador rural se a propriedade é inferior a 4 módulos fiscais. Obs.: Lei 4.504/64 – modulo fiscal é definido pelo INCRA. Módulo fiscal não foi criado para esta finalidade, mas sim para pagamento de imposto territorial rural. Módulo vária de 5 a 110 hectares. 4 módulos ficais: tenho um limite de 20 a 440 hectares. O INCRA leva em conta alguns critérios em consideração para definir o módulo fiscal (exploração de qual atividade) e a renda obtinha da exploração agrícola. Site do Incra – lista de módulos fiscais por municípios. Se passar de 4 módulos deixa de ser segurado especial?? Depende: Ex.: município – módulo fiscal de 20 hectares. Se a pessoa tem 100, mas tem 20 de preservação permanente e 20 de reserva legal. A área aproveitável é de 70 hectares – logo ele fica inferior a 4 módulos fiscais. O art. 50, p. 3º - Estatuto da Terra. Súmula 30 da turma de uniformização: ultrapassada. Do ponto de vista normativo – o próprio INSS na IN n. 45, art. 7º, p.17 que esta limitação de área em 4 MF se aplica para períodos de trabalho após a lei 11.618.

A lei incluiu expressamente como segurado especial:- seringueiro - extrativista Art. 25, p. 3º da Lei 8212/91 – quando define o que é produção. A CF já previa e a lei regulamenta neste sentido:- pescador artesanal (faz da pesca sua profissão habitual) – limite no tamanho da embarcação. Lei 11.959/09 – define pesca artesanal. Embarcação de pequeno porte: Limite de 20 arqueação bruta (certificado de embarcação).

São também segurados especiais:- cônjuge ou companheiro, filhos maiores de 16 anos que trabalham com o grupo familiar respectivo. - menor: a CF, art. 7º, XXIII – proibi trabalho de menor. O segurado especial menor de 16 anos segundo a jurisprudência considera como menor aprendiz. Pois a lei não pode ser usada em prejuízo, mas sim em seu beneficio. Duplo prejuízo: não deveria ter trabalhado e se trabalhou não seria considerado o período. - com relação a mulher: art. 7º, da IN 20, p. 13: segurada especial a mulher que além das atividades domésticas exerce atividade rural. Regime de economia familiar: o segurado especial pode exercer esta atividade individualmente, mas também pode ser em regime de economia familiar (atividade

c.2) Grande proprietário: aquele que tem área superior a 4 módulos fiscais.

d) Doméstico: IN 45, art. 7, p. 13 – considera segurado especial a mulher que também trabalha em atividades domésticas.

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O segurado especial pode exercer essa atividade individualmente. Mas também pode ser em regime de economia familiar. A lei 8212/91 no art. 11 – trás a definição de regime de economia familiar.

Lei 11.718 – acrescenta – “a família deve e pode se desenvolver” – mudando aquela ideia de miserabilidade, de subsistência para ser segurado especial. Tem servidor/ juiz que entende que o empregado não pode ter carro, não pode ter maquina, não pode se desenvolver.

Políticas públicas tem incentivado a permanência no campo. (programas agroindustriais, etc).

A Lei 8213 – diz que não é segurado especial o membro do grupo familiar que tem outra fonte renda. Só perde a qualidade de segurado àquele membro que tem outra fonte de renda. A IN, art. 7º, p.5o: deixa claro que só perde a qualidade de segurado especial aquele e somente aquele que tem outra fonte de renda.

Súmula 41 da Turma Nacional de Uniformização dos JEF: a ideia é que não pode ter outra fonte de renda. Contudo temos exceções.- Se recebe pensão por morte não deixa de ser segurado, exceto se for superior a 1 SM, que nesta hipótese deixa de ser segurado especial. - beneficio previdenciário de natureza complementar: não há entidade de previdência privada p/ trabalhador rural no Brasil. - períodos entre safra: em algumas atividade fica difícil caracterizar (ex.; produção de leite) – até 120 dias conta-se como se rural fosse. - pessoa com 17 anos de idade trabalhou 8 meses na atividade rural e 4 meses na atividade urbana, somando tem 12 meses. Tem direito ao auxilio doença. Ao somar separado não teria direito.

- exercício de mandato de dirigente sindical (art. 12, p. 5º da Lei 8212) – mantém o enquadramento.

- mandato de vereador que continua exercendo atividade no município – não perde a qualidade de segurado especial. Atenção!! É somente o vereador. Objetivo: preservar os direitos políticos – sem prejudicar a atividade profissional.

- dirigente de cooperativa rural, desde que continue exercendo a atividade rural.

- é permitido o proprietário ceder em parceria ou meação até 50% da propriedade. Para evitar que obtenha mais renda do trabalho alheio do que do próprio.

- não descaracteriza a qualidade de segurado especial a exploração de atividade turística, inclusive, com hospedagem de até 120 dias no ano civil.

- utilização de processo de industrialização do trabalho artesanal não perde a qualidade de segurado. Ex.: produção de leite e passa a pasteurizar o leite, fazer pão.

- pode contratar empregado por até 120 dias.

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Ex.: 1 empregado por 120 dias ou 2 empregados 60 mais 60 – não podendo ultrapassar 120 dias. Ultrapassado este limite de 120 dias e ultrapassar os 4 módulos fiscais perde a qualidade de segurado especial.

- garimpeiro, incluído pela lei 8213/91. E logo, foi excluído por outra lei, esquecendo da previsão na CF que posteriormente foi excluída por EC.

- a Lei 11.718 – cria o cadastro dos segurados especiais: forma de vincular a pessoa a terra (CNIS –SE): cadastro especifico dos segurados especiais. A cada ano é feito uma atualização neste cadastro. O objetivo é que após 15 anos possa se fazer um reconhecimento automático do segurado especial. Se iniciou no país, contudo não esta em plena atividade.

Contribuição previdenciárias dos segurados especiais:Art. 195, p. 8º: contribuirá uma alíquota sobre a produção comercializada. Art. 25 da Lei 8212 – alíquota de 3% resultado da produção comercializada (redação originaria), posteriormente alterada pela Lei 8540/92: alterou o percentual:

2% para seguridade especial + 0,1% para financiamento de acidente de trabalho. Alterou também quem seria os contribuintes: incluiu o empregador rural.

Sempre que há um setor onde a sonegação é muito grande – o governo cria mecanismo tentando pegar a contribuição de outra forma. A 2ª questão – dificuldade de vender (pois se era segurado especial havia desconto, se não fosse não descontava). O comprador era responsável pelo recolhimento – ele que fazia o enquadramento. Modificação: trabalhador e empregador passam a contribuir com aquelas alíquotas acima.

MS – frigorífico Mata Boi – dizendo que esta inclusão do empregador rural é inconstitucional. Fundamento: o art. 195 da CF previa a contribuição dos empregadores sobre a folha, faturamento e lucro. Não previa sobre a produção comercializada. Ao passo que o p. 8º previa, mas apenas para quem trabalhava em regime de economia familiar e não para aqueles que tem empregados. Com base nesta argumentação entraram com este MS. O STF, RE 363.852 – para que o empregador fosse contribuinte era necessário LC, e a Lei 8212 – é uma LO. Esta ação foi MS e não ADI, portanto, aplicou-se somente ao frigorifico.

Isso não muda nada para o segurado especial. Essa decisão do STF só se aplica para o empregador e para aqueles que for ajuizar a ação.

Lá em 1971 – quando foi criado toda tentativa de inclusão rural – criou-se:

FUNRURAL – apelido que se dá para a contribuição. Não se chama mais Fun rural – que acabou em 1991 (contribuição que havia para produção).

Tivemos outra lei – 10.256/01 que da mesma forma usou este sistema, mas com base em alteração da CF – acrescentou a palavra “receita”.

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De qualquer forma a arrecadação não é feita pelo segurado. Mas sim por cooperativa ou empresa que compra – art. 30 da Lei 8212.

Forma de recolhimento da contribuição sobre a produção: - cadastro especifico do INSS - todo mês faz GPS- soma as vendas do mês anterior (do consumidor ou p/ outro produtor, pois a da empresa presume-se que ela fez)- junto com a contribuição previdenciária é cobrado uma alíquota para o Senar. GPS – 2,1 - 0,2 – SenarPor isso, a contribuição total é de 2,3 %

O p. 1º, do art. 25 – pode recolher uma contribuição facultativa. Tem dois benefícios com isso: Direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição e beneficio superior ao SM. O segurado especial faz uma contribuição facultativa (opcional), ele não passa a ser segurado facultativo, ele continua sendo segurado especial, apenas vai fazer uma contribuição facultativa. Sobre a produção é obrigatória. Pode pagar um mínimo de 1 SM até o máximo do teto da previdência. (art. 25, p.1º) – neste contribuição facultativa.

Código do segurado facultativo – 1406Código do segurado especial que contribui facultativamente é 1503

Decreto 3048/99 – art. 19, p. 1º: o segurado pode solicitar a retificação casso haja erro nos vínculos. Ele pode transformar o código para o código correto.

Empregador rural que contribui sobre a produção comercializada. A Lei 8.540/92: diz que o empregador rural em substituição em contribuição sobre a fls de salário ele pode pagar sobre a produção.

- deve se fazer calculo para ver qual é mais vantajosa: sobre a produção ou sobre a fl de salário. Aquilo que para o empregador rural – cota patronal, para o trabalhador é a forma de contribuir – única obrigatória que vincula ele a previdência social.

COMPROVAÇÃO DA ATIVIDADE RURAL E BENEFICIOS

www.ibdp.org.br- congresso Foz do Iguaçu (09 a 11 de Outubro)

Comprovação da atividadeÉ o elemento que faz do segurado, um segurado especial. Art. 106 da Lei 8213: documentos que nos termos da lei podem ser usados para comprovação da atividade rural:

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a) Contrato de arrendamento, parceria e meação – Lei 4.504/64 e Estatuto da Terra (instrumentos legais que definem arrendamento e parceria) – o proprietário cede parte da terra para o cultivo. Diferença essencial: arrendamento: se caracteriza pelo aluguel / parceria: cede a mesma área de terra, mas o parceiro me retribui através de parte da produção (aqui corre o risco da atividade). - Comodato: cede gratuitamente – nem aluguel e nem parte da produção.

b) Comprovante de cadastro do imóvel rural: (averbação do trabalho rural): este documento começou a ser feito em 1965 – depois foi feito vários recadastramento e o ultimo foi em 1992. Antigamente o agricultor recebia certificado deste cadastro do imóvel rural (documento importante p/ quem é proprietário rural).

c) Bloco de notas – a competência para emissão é estadual. Usada para venda de produtos agrícolas / transferência / armazenamento. Demonstra atividade da propriedade esse documento.

d) Bloco de notas de entrada de mercadorias.

e) Documentos fiscais referentes a entrega da mercadoria.

f) Código 2704 – comercialização no varejo

g) Cópia da declaração do IR em que conste a comercialização rural;

h) Licença de ocupação ou licença outorgada pelo INCRA (órgão responsável pela emissão destes certificados).

i) Comprovante de pagamento do ITR – imposto territorial rural

j) Pescadores: caderneta de inscrição

k) Índios: Funai que faz a declaração.

l) Declaração do sindicato – que representa o trabalhador rural / pescador. Essa declaração precisa estar embasada por inicio de prova material.

- Parecer da consultoria jurídica (parecer 3136) – a lei exige inicio de prova material. Ex.: quero comprovar o período de 1997 a 2012. E tenho documento de 2005 – já estará comprovado o período. - Declaração do sindicato – categoria que o trabalhador esta enquadrado. A partir de 97 – o próprio INSS que homologa o período. Quais são os critérios: efetivo exercício da atividade. Para que a declaração seja homologada o INSS faz entrevista com o segurado para saber se a pessoa desempenhou aquela atividade.

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Nós temos na IN 45 – art. 122: relaciona série de outros documentos que servem para comprovar a atividade:a)Certidão de casamento civil ou religiosob)Certidão de nascimento (divergência no INSS e jurisprudência). c) Titulo de eleitord)Comprovante de matricula em escola – geralmente consta a profissão dos pais. e)Ficha de associação cooperativa f) Cópia de processo judicial que serviu como testemunha e conste a profissão de lavrador. g)Ficha de hospital h)Comprovante de empréstimo bancário i) Publicação em imprensa

Se não tem documento de prova??Art. 53, p. 3º Inicio de prova material, exceto em caso fortuito ou força maior. Ex.: enchente – deve registrar o fortuito. A jurisprudência tem ampliado isso para os boias frias. Súmulas: 14 da TRU 4ª Região.

Súmula 14 da TNU – não se exige inicio de prova material

STJ – súmula 149: prova exclusivamente testemunhal não é suficiente. Contudo, tem relativizado no caso de boias frias.

STF – devera se manifestar sobre a matéria.

Pratica do processo administrativo:- agendamento- levar documentos dentro os quais foram falados de atividade rural (inicio de prova material)- período a ser comprovado é continuo - não tem problema. Mas quando há atividade rural intecalada deve juntas documentos. - INSS entrevista com o segurado (ou dependentes quando falecido o segurado)- ouvir testemunhas (procedimento de oficio do INSS) – p/ comprovar a atividade rural

Empregado rural:Comprova pela CTPSArt. 19 do Decreto 3048/99Aquilo que esta no CNIS esta valendo.

OBS.: não adianta procurar contribuições anteriores a 1991. Só vamos encontrar somente do capataz e tratoristas. Embora, a normatização fala de outros meios de prova (recibos, contratos) na pratica encontraremos dificuldades, porque se a pessoa não tem CTPS não terá recibos, etc. O empregado rural tem momento de comprovação do vinculo e tem um 2º momento para comprovar o vinculo rural. Documento: perfil psicográfico (entrevista, pesquisa, p/ comprovar o vinculo rural).

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Boa fria: difícil comprovação: assim usa-se a declaração do proprietário como elemento de prova.

APOSENTADORIA POR IDADEArt. 201, p. 7º, II da CF:55 mulher60 homem.

Trabalhadores rurais: empregados, avulsos, diarista e segurado especial

A CF optou por dizer os critérios para adquirir os benefícios.

Art. 39 a 143 da lei 8213/91

Art. 143 – regra de transição. 15 anos chega em 2006. Prorrogação: 31/12/2010 (Lei 11.718/08)Até esta data – apenas comprova atividade rural. Durante este período exigiu-se apenas prova de atividade rural.

Situação a partir de 2008 (Lei 11.718): tenho que fazer diferenciação na comprovação. Não é mais a mesma regra p/ todos: 1) Empregado rural: - de 1971 a 1991 – não existia contribuição do empregado rural (aqui a lei permite comprovar apenas atividade rural, sem contribuição)- a partir de 1991 a 2010 lei passa a prever contribuição, mas ainda admitindo computar o período anterior. exigência: atividade rural. - a partir de 2010: deve se comprovar mês de emprego a partir de 01/01/2011. Mas desta data até 31/12/15 – multiplicar 1 mês por 3 meses. Ex.: se trabalhou 1 x 3 = 3; 3x 3=9; e de 01/01/16 até 31/12/20 – multiplica 1 mês por 2 meses. - Limite de salário mínimo.

2) Segurado especial: em 2006 surgiu preocupação com segurado especial. Art. 49 e 48 – são regras permanente: tem direito a aposentadoria rural apenas comprovando a atividade rural, não precisa contribuir. Não há limite de prazo para o segurado especial – nunca precisou da regra do art. 143, já que ele tem regra permanente. Isso não tem divergência. Não existe causas de indeferimentos. Segurado tem que provar:a)Condição de trabalhador ruralb)Período de atividade c) N. de meses equivalente a carência. No caso da aposentadoria por idade – 180d)Idade – 55 mulher, 60 anos o homem.

“Imediatamente anterior”“Ainda que de forma descontinua”Seria possível aplicar a Lei 10.666/03??STJ – pedido de uniformização: não é possível, tem que estar na condição de trabalhador rural.

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Precisa comprovar que esta na atividade rural – para preencher a “imediatamente anterior”. Ainda que de forma descontinua: Ex.: 1990 – 19951998 – 20022005 – 2012Somando deve ter os 180

IN 45/10Art. 145, 148, 215 e 216

Período de graça:1995 a 2011 – tem 180 Idade em 2012Mantém a qualidade de segurado. Assim, pode se aposentar na condição anterior. ainda que comece desenvolver atividade urbana.

Grande ponto divergente:Forma descontinua: por quantas vezes posso interromper a atividade rural. Na normatização – não encontraremos critério. Se nestes intervalos desenvolveu atividade urbana – não tem problema.

A jurisprudência não recebe bem esta questão:Embora não seja obrigada a trabalhar até as vésperas do requerimento, tem que estar na atividade até as vésperas que complete a idade.

Novidade: súmula 46 TNU JEF: exercício de atividade urbana intercalado não impede o beneficio rural, caso que deve ser comprovado no caso concreto. Deve se buscar precedentes que chegaram na súmula.

Na pratica: o INSS não considera períodos intercalados.

Art. 48, p. 1º e 2º

Até aqui a pessoa tinha: 180 meses de atividade rural ou 180 contribuições mensais. Vêm a Lei e insere o p. 3º: trabalhadores rurais que não tem 180 meses de atividade rural, mas que satisfaçam essa condição – muda a idade para urbano (60 e 65 anos de idade).

EXEMPLOS: Trabalhou de 1993 a 2000 – urbana2001 a 2012 – rural - pode se aposentar na urbana com 60/65 de idade.

E se a ultima atividade for urbana??INSS – diz que neste caso não tem direito. Fundamento: p. 3º do art. 48.

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É muito mais comum, a pessoa trabalhar no rural 1º e depois vai para atividade urbana.

Pratica: Essa aposentadoria vem sendo chamada de aposentadoria hibrida. Fundamentos: art. 48, p. 3º: quando diz que os trabalhadores rurais não diz desde que a ultima atividade deve ser rural. E o art. 51 do Decreto 3048/99: ainda que oportunidade da DER não se enquadre como trabalhador rural.

AC - 0014935-23.2010.404.9999 (retrata bem essa aposentadoria hibrida). - a lei não poderia fazer essa discriminação. Tendo que admitir esse inverso.

Aposentadoria hibrida é bastante reconhecida no judiciário. Já o INSS só reconhece que o 1º período for o rural.

APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

Dentro deste período de 30 e 35 anos de Tempo de Serviço/ contribuição eu tenho um período menor: 180 contribuições – carência

Art. 55, p. 2º da Lei 8213/91: tempo de atividade rural será computado, exceto p/ computo de carência.

STJ: súmula 272: diz que o trabalhador rural na condição de segurado especial se sujeita a contribuição obrigatória por produção. Mas não se aposenta por TC por que lhe falta carência.

Ex.: mulher – 1980 a 2010A contribuição sobre produção não serve para este efeito. Não pode esta mulher se aposentar por TC porque não tem carência.

Professora entende que deve computar:Art. 55 caput: Se o “caput” diz que deve ser computado, e o p. diz que além daquele vai computar. Ou seja, o período de atividade do segurado deve ser computado como tempo de serviço;

Há quem diz que a EC 20 não fala em aposentadoria por TS. Logo só posso admitir aposentadoria por TC. Pergunto: não posso computar anistia??O art. 4º da EC 20: até que venha lei e discipline a matéria – aposentadoria por TC e TS são a mesma coisa. A lei – é esta do art. 55.

Muitas vezes, é dito que o segurado não contribui – e lhe concede beneficio de salário mínimo. Parece um fundamento político.

Súmulas dizendo que só pode computar o período anterior a Lei.

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RPPS – 20 anosRGPS – 15 anos 35 anos

Ela pode levar de um regime para o outro.

No rural – para levar para o RPPS – deve indenizar o período. ADI 1664- STF entendeu correta a indenização.

AUXÍLIO DOENÇA – APOSENTADORIA POR INVALIDEZNão encontramos diferenciações com relação ao urbano. Segurado especial: deve comprovar a atividade rural e não a contribuição.

Auxilio acidente??Existe divergência se o segurado especial teria direitoLei 8213/91:Art. 18 p. 1º - inclui o segurado especial; artigos: 19, 39 (valor do beneficio e não fala do auxilio acidente, contudo diz não existe auxilio acidente sem ter um auxilio doença que pode ser acidentário ou previdenciário), 86Ex.: pessoa sofre acidente de moto – até 30/jun/12 – auxilio doença. Se esse acidente não foi em trabalhão – auxilio doença previdenciário. Se foi no trabalho: auxilio doença acidentário. Tendo a alta – e fica sequelas: a partir daqui recebe auxilio acidente. Este auxilio acidente é devido nos dois casos, ainda que a origem do acidente não seja acidente de trabalho. Lei 8212 - Decreto 3048/99 – art. 104: o auxilio acidente será devido ao segurado empregado, exceto o doméstico, ao avulso, e ao segurado especial. Somente o doméstico que fica de fora e não os demais depois do “exceto”.

PENSÃO POR MORTEA mulher agricultora – o marido não tinha direito a pensão. STF – diz que tem direito, mesmo que o falecimento seja anterior a lei e posterior a CF/88RE: 352744 – a pensão por morte é devida.

SALÁRIO FAMILIA

Valor do beneficio – art. 39: fala do Salário mínimo. Aplicando a regra geral se houverem contribuições facultativas – fazendo a média destas contribuições. Ex.: atividade rural de 94 a 2000E de 2001 a 2012 – urbano (lança salários de contribuição). Já o período anterior – é lançado salário mínimo.

Quanto maior as contribuições, maior será o beneficio.

Ou seja, na aposentadoria hibrida o valor do beneficio não tem como referencia o salário mínimo.

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PEÇA

Competência: Se na localidade a justiça comum é célere – convém entrar na justiça comum. Mas se por outro lado, a justiça comum tem muito mais demanda eu posso optar pela vara federal.

Na JF – eu não tenho escolha: JEF – até 60 SM e Vara Federal: acima de 60 SM.

JEF – Turma Recursal Justiça comum – TRF

Critérios para escolher a competência: é verificar os entendimentos. Ex.; aposentadoria hibrida não é bem vista nos JEF.

Opção: esperar que o valor da causa ultrapasse o valor de 60SM ou pedir dano moral.

Vincendas desde a DER + 12

Qualificação: Não posso qualificar a minha cliente como “do lar” – eu mesma estaria desqualificando a qualidade de rural.

FATOSO autor desde pequeno.. trabalhou com os pais. Deve se dizer:Onde trabalhouCom quem trabalhouQuais foram as atividades Quais eram os produtos cultivados Casou no ano ....., mudou de residência.... até chegar nos dias atuais.

Não adianta mentir períodos de atividades. Se houver períodos urbanos – dizer que a atividade foi intercalada.

Direito ao beneficio: art. 195 – p. único, II Lei 8213 – art. 11, VII, segurado especial Art. 39 e art. 48 Art. 143 – demais seguradosDecreto 3048 – art. 9 e 51

Jurisprudência deve ser juntada. Fazer um fechamento do contexto.

PEDIDO:Conforme o caso, Manifestação do MP – quando tem menor

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Citação do INSSCondenação do INSS para concessão do benefício desde a DER (data e n. do beneficio)

Nos documentos é importante saber porque o requerimento administrativo foi negado – para eu poder encorpar minha peça judicial.

................................................................................................................................

AULA 0602/08/12

Prof. Viviane

Aposentadoria por tempo de contribuição:

Chamávamos por tempo de serviço (art. 52 e 53 na Lei 8213/91). Após a EC. 20 passa a ser chamado de tempo de contribuição.

Homens e mulheres podiam se aposentar por tempo proporcional (30 aos 34 homem. 25 aos 29 mulher). Esta regra começa a mudar por conta de uma proposta de EC 33 em 1995 – colocar idade mínima para aposentadoria como existe em muitos países.

Essa proposta passou na EC 20/98 (art. 201,p7o) I. Tempo de contribuição – 35 e 30, homem e mulher respectivamente. II. O ponto e virgula era para significar “e”. mas se deixasse o “e” – não teríamos um outro

beneficio que é aposentadoria por idade. Na pratica, o que vinga é simplismente que no inciso I – temos aposentadoria por TC integral. Ou seja, com a EC 20 – para aqueles que filiaram após 15/12/98 – não tem mais aposentadoria proporcional. Temos aqui a a criação de uma aposentadoria apenas integral. Detalhe!! Sem qualquer limite de idade. Não confundir com a regra de transição – para aqueles que já estavam filiados ao regime da previdência antes da EC 20 e desejam se aposentar de forma proporcional. Se a pessoa completa 35 ou 30 (homem, mulher) de TC – não precisa desta idade mínima. Esta idade mínima não existe para aposentadoria integral. Admite-se a proporcional para aqueles que já estavam filiados ao sistema antes da EC 20. Requisitos:53 anos homem48 anos mulher+30 TC homem25 TC mulher+Pedágio – 40% do tempo faltante para atingir o tempo mínimo necessário.

Ex.: homem 20 anos de TC – falta 10 para 30. Pedágio equivale a 40% destes 10. Então seria 30 + 4 de TC, desde que tenha 53 anos de idade.

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Nesta situação é melhor esperar mais 1 ano de TC – que teria um aumento de 30% deste beneficio sem necessidade de idade.

Explicação da jurisprudência – material (Adriane)Obs.: se este segurado continuou trabalhando – ele completou 35 de TC antes de 2007. Adquiriu assim a aposentadoria antes de completar 53 anos de idade. Teve o Fatos Previdenciário – com uma redução de sua RMI.

Pressupostos:Carência mínima de 180 contribuições. Para aqueles que já estavam filiados ao regime – tabela do art. 142 da lei 8213/91.

Segurado que perde qualidade de segurado – a partir da lei 10.666/03 não é impedido de aposentar. Fez com que o segurado contribuísse apenas com o que lhe faltava – ainda que inferior a estes 5 anos.

Diversas formas de contagem de tempo: Rural Recíproca: aproveita TC de outro regime previdenciário. Ex.: regime comum e

regime próprio (servidor que deixa de ser servidor e se filia no RGPS e vice versa). Este servidor tem que solicitar ao órgão público uma certidão de TC – que declara o tempo que poderá ser considerado). Caso pratico: professora estadual e municipal – vinculada no Regime Próprio no meio da carreira – queria se aposentar no regime geral. CNIS – entrada e saída, não mostra licenças, etc. temos um período fictício no CNIS, mas não tem contribuição nestes períodos.

Especial: tempo de atividade exercida com exposição a agentes agressivos. Até 28 de abril de 95 – tempo de atividade exposta a agentes agressivos ou penosidade e periculosidade. Ex.: motorista de ônibus atividade penosa. Hoje não é mais considerado mais penosa para fins previdenciário. Quando se tem a especial – alguém trabalhou durante toda a vida exposta a agentes agressivos tem a possibilidade de aposentar com tempo menor de contribuição. Ex.: até 28/04/95 já tinha completado o TC para aposentadoria especial. Se não havia completado a data até 28/04 – não terá como aposentar no B 46. Este período entrará no comum.

Comum Professor: regras especificas – aqueles que exercem atividades de professor

aposenta com 5 anos a menos.

CARTEIRA RASURADA:Se a CTPS bater com os dados do CNIS – não teremos problema. Carteira extemporânea – tem a carteira anotada com período anterior ao 1º vinculo.

FORMAS DE COMPROVAÇÃO DO TEMPO:

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Sem CNIS e sem CTPS = empresa existente (busca a documentação: livro de registro de empregado, ficha e pg de livro anterior, do segurado e a posterior) – cópia autenticada dos documentos. Solicitação de pesquisa pelo INSS – funcionário vai fazer uma pesquisa junto a empresa. Se a empresa não se localizar no mesmo local da agencia do INSS?? Essa pesquisa poderá levar mais de 1 ano.

E se a empresa não existir mais??Proceder com justificação administrativa ou judicial. J.A – sede do INSS J.J – processo declaratório – prova que exerceu a atividade em determinada empresa (precisa ter pelo menos 1 inicio de prova material de que de fato exerceu atividade em algum período. Ex.: foto com uniforme da empresa, festa de fim de ano da empresa) – isso para trazer testemunhas para ser ouvida em juízo. Atenção!! Deve ser documento contemporâneo.

TEMPO DE SERVIÇO RURAL:

Temos que ter inicio de prova material. Art. 194, p. único, II, CFArt. 55, p2o – tempo de trabalho rural anterior a novembro de 1991 é contado como tempo de serviço – para B 42, mas não conta como carência já que não houve contribuição de fato. Após a Lei 8213/91 – passa a ser obrigatória a contribuição do trabalhador rural. Comprovar – através de documento contemporâneo. Ex.: certidão casamento, nascimento dos filhos (consta a profissão de lavrador). INSS – pede uma prova por ano. Só teremos uma vantagem indo judicialmente, por aqui temos o livre convencimento do juízo. Dificilmente uma pessoa que era lavrador em 1982, depois no nascimento do filho em 1973 – deixou de ser lavrador.

+

Declaração do sindicato rural do local onde exercia atividade. - sindicato avalizando a veracidade da documentação apresentada. - raras vezes o sindicato tem informações que o funcionário trabalhou.

+ Prova de existência do imóvel rural- pode ser complementada com testemunhas.

DIB – data do inicio do beneficioPara empregados e avulsos – a partir do desligamento do emprego – desde que requerido até 90 dias do desligamento.Para demais segurados – a partir do requerimentoObs.: não é obrigatório desligar-se do emprego para requerer a aposentadoria e nem depois de concedida.

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Benefícios que não podem ser acumulados com aposentadoria por tempo de contribuição:

Auxilio acidente – integra o SC Auxilio doença Abono de permanência (extinto) Seguro desemprego Aposentadoria do mesmo regime

Método de calculo do TC

18/02/197221/10/1965

1972 – 1965. Empresto 12 meses para campo dos meses já que os meses da data de inicio da contribuição é menor do que os meses da data da ultima contribuição. 1971 – 1965 = 06 anos

Empresto para os meses - (2 meses + 12 meses) = 14 – 10 = 4 meses

No dia pego emprestado 30 dias dos meses, já que 18 é menor que 21. Ou seja, de 4 meses empresto 1 mês para os dias (30 dias) e fico com 3 meses. Assim tenho 18 + 30 = 48:

48 – 21 = 27 dias

6 anos , 3 meses e 28 dias

CASO PRATICO – B42

03/11/7201/07/72

Total31 anos48 meses149 dias= 35 anos, 04 meses e 29 dias

OBS.: antes de entrar com pedido administrativo – saber qual é a divergência.

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Pedir extrato do fundo de garantia para comparar com o CNIS. Pode acontecer de ter o vinculo e a empresa não fez a contribuição.

.....................................................................................Aula 07 – digitada nos slides.

APOSENTADORIA ESPECIAL E DESAPOSENTAÇÃO

Fundamentação legal: art. 201, p. 1º da CF/88Não pode haver tratamento diferenciado para nenhuma aposentadoria do regime geral, com exceção da aposentadoria especial – agentes agressivos.

Lei 8213/91 – art. 57 e 58Decreto que regulamenta a lei – 3048/99

Características = 15, 20 ou 25 anos.

Problema 2:Petição Inicial principais tópicos:

DER – abril de 2012 (tem prestações vencidas de abril 2012 até hoje, mais 12 vincendas).Deve se fazer o Calculo: para saber a competência

Período por período – deve ser especificado

Fundamentação: art. 201, p. 1º da CF, art. 57 e 58 da Lei 8213/91. Não precisa nem de falar do decreto, pois este só regulamenta o que a lei estabeleceu.

Pedido: condenação do INSS a reconhecer como especiais os períodos trabalhados nas empresas (especificar todas) – período de cada um delas – enquadrando no anexo 2.5.6 do anexo tal... fazer o mesmo como todas.

Fazer a condenação na concessão da aposentadoria especial desde a DER (data de entrada do requerimento – abril de 2012, pagando todas as prestações em atraso).

Pedir a tutela antecipada com base no art. 273 do CPC ou art. 461 que é a tutela especifica.

Pedir a condenação em honorários advocatícios, mais despesas, mais custas.

Requerimento:CitaçãoCópia do processo administrativo Oitiva de testemunhasProva pericial

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Sempre que for fazer PI – se tiver formulários de insalubridade – não pedir pericia judicial, que pode ser prejudicial neste caso. Só pedir a pericia se não tiver o formulário ou se a empresa forneceu formulário prejudicial.

Pedir Justiça gratuita se for o caso. Se o segurado tiver trabalhando e a renda for o teto – o valor da renda pode ultrapassar e o juiz pode entender que ele não é pessoa pobre.

COMO USAR A TABELA DE CONVERSÃO???Digamos que estas duas empresas A e B sejam especiais e digamos que a C e D sejam comuns.

A – especial B – especial C – comum D – comum

Somar períodos especiais:12 anos, 2 meses e 11 dias de tempo especial

Se a letra C e D – não são especiais, tenho mistura de tempo especial e comum.

Tenho que converter o tempo especial em tempo comum.

12 anos, 2 meses e 11 dias Pegar tabela de conversão: Ano na verticalMês na horizontal Em cada mês temos 3 colunas

Tenho que cruzar os dados (12 anos com os 2 meses) encontrarei 3 colunas – pego o resultado destas colunas e reservo: 17 anos, 0 meses e 12 dias Falta os 11 dias para converter: dias esta na coluna de baixo 11 dias correspondem a 15 dias. 12 + 15 = 27 dias

Para que eu possa somar 35 anos com 25 anos – preciso fazer a conversão. Quando eu converto – ele deixa de ser especial. Sendo iguais eu posso somá-los. 17 anos, 0 meses e 27 dias.

Aí sim posso somar com os períodos das colunas C e D. Aposentadoria especial – não aplica do Fatos previdenciárioAo converter – aposenta-se por TC – aplicando o FP.

Outro exercício: 10 anos e 4 meses corresponde – 14 anos, 05 meses e 18 dias20 dias – corresponde a 28 dias

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Resultado:14 anos06 meses16 dias

Outro exercício: 09 anos, 7 meses e 5 dias11 anos, 6 meses e 0 dias

5 dias = 6 dias

11 anos, 6 meses e 6 dias

DESAPOSENTAÇÃO Somar o período posterior a aposentadoria para receber renda mais vantajosa. Quando ele se aposentou pela 1ª vez – fica vinculado ao período de concessão.

Renuncia – desfazimento do ato para que o segurado possa ter o tempo total de trabalhão recontado. Essa renuncia é personalíssima – direito patrimonial disponível (pacifico no STJ).

Esta correndo na justiça outra tese:Aproveita período do passado, mais do futuro. Ex.: trabalhou 15 anos e hoje esta com 65 anos de idade. Veja que ele cumpriu o requisito idade – passando a ter direito a aposentadoria por idade – sem necessidade de ultilização do tempo anterior. Na renuncia – não reaproveito o tempo passado. Quando se trata de renuncia tem efeto “ex nunc” – sem necessidade de devolução de dinheiro. Já na desaposentação – o efeito é “ex tunc”, tendo necessidade de devolução de valor.

Quando se aposentou em 1996 – a média dos 36 últimos meses. Precisamos saber se é mais vantajoso para ela a utilização da nova lei. Pode ser que não seja vantagem se desaposentar.

Ex.: segurado tenha se aposentado com 31 anos, 4 meses e 20 dias - (Pega na carta de concessão) – pegar na internet ou cópia do processo administrativo. Pedir de novo o CNIS – lá no INSS (de vínculos e remunerações). Pegar a carta de concessão e fazer a contagem posterior. DER – 20/10/95 – soma a partir de 21/10/95 até hoje.

Digamos que tenha mais: 12 anos, 5 meses e 16 dias – pos aposentadoria.

Total: 43 anos de tempo de trabalho ao somar com o anterior.

O site da previdência faz o calculo da desaposentação. O que preciso fazer é só ter o tempo total. Coloco todos os salários de contribuição que peguei no CNIS – e aí encontro a nova RMI deste segurado.

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Quando se aposentou em 95 – não tinha fator previdenciário. Hoje ele tem em torno 55 anos, pois se aposentou muito cedo.

Digamos que receba hoje 1800 reais. A renda nova dele dá 2.500 Neste caso é vantagem se desaposentar.

Atenção!! Nós não sabemos ainda qual o posicionamento do STF. Temos possibilidade da justiça determinar a devolução do valor que o segurado recebeu. O INSS – só pode desfazer o ato de concessão se puder conceder imediatamente a nova aposentadoria.

Digamos que neste caso, que o STF decida que tenha que devolver o dinheiro. A previdência pode descontar da renda no máximo 30%. Se tiver que devolver 30% desta nova renda – vai dar menos que a renda que ele estava recebendo (2.500,00 menos 30% = 1750) – ele vai passar a vida toda tendo este desconto.

Dois recursos com repercussão geral no STF – para decidir esta questão. Tudo tende que o STF vai decidir para devolução do valor. O processo esta a mais de 2 anos com vistas ao Dias Toffoli.

7 ministros favoráveis a desaposentaçãoRecurso Extraordinario – Laurita Vaz (todos copiam e colam este RE).

temos 3 tribunais superiores com decisões opostas:STJ – não devoluçãoJEF – devolução STF – não decidiu _________________________________________________________________________

Aula 0823/08/2012

Auxilio doença

A CF estabelece que a Previdencia Social ira fazer a cobertura da doença. Porém, somente se a doença causar incapacidade para o trabalho. Incapacidade por mais de 15 dias: Pode ser:

Parcial Total Temporária Permanente

O auxilio doença será pago quando for total e temporário. 15 dias a empresa pagaA partir do 16º dia auxilio doença.Após cessada a incapacidade ele volta a trabalhar.

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Se tiver incapacidade permanente – o beneficio passa a ser a aposentadoria por invalidez.

Diferença entre auxilio doença e aposentadoria por invalidez se nenhum dos benefícios é definitivo????Na verdade o que os diferencia é a probabilidade de cura e os efeitos entre um e outro.

Ex.: tetraplégico ficou em auxilio doença por 2 anos – para depois conceder a aposentadoria por invalidez. O INSS sempre concede o auxilio doença 1º (p/ que o segurado se trate, faça transplantes, cirurgias) – depois de verificada a impossibilidade de retornar ao trabalho que concede a aposentadoria.

Aposentadoria por invalidez – saca o PIS, fundo de garantia – já no auxilio doença não. Pode quitar imóvel, conseguir empréstimos – aposentadoria por invalidez gera efeitos que no auxilio doença não geram.

Incapacidade parcialDigamos que eu exerça 2 atividades (professora e advogada)Problema de garganta – professora (incapacidade total e temporária) e com relação a atividade de advogada a incapacidade é parcial. Assim recebe auxilio doença com relação a profissão de professora.

Se ficar sem voz? (incapacidade total e permanente) – neste caso receberá aposentadoria por invalidez.

AUXILIO ACIDENTE – art. 86 da Lei 8213/91Acidente de qualquer natureza ou acidente do trabalho

Incapacidade total e temporária – auxilio doença – b32Perna fica mais curta que a outra ?Enquanto estava se tratando – auxilio doença, no momento que a incapacidade se consolidou ficou uma sequela proveniente de um acidade de qualquer natureza – neste caso receberá um auxilio acidente de qualquer natureza – b36- não esta invalido, por isso não recebe aposentadoria por invalidez. Ele não esta totalmente incapaz para o trabalho. Ele pode continuar exercendo a mesma atividade ou outra.

Falha na leiAcidade de trabalho: dia e hora determinada. Ex.: perde 3 dedos da mão em maquina de trabalho.

Doença profissional e doença do trabalho – patologia relacionada ao trabalho: recebe o b94

Agora, se tenho segurado que tem patologia que não é do trabalho: não tem lei o protegendo. Ex.: bursite – não tem nada haver com o trabalho (é extra laboral). Se ela fica com incapacidade parcial e permanente – a lei não trás nenhum beneficio para a doença que não é acidente e nem

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relacionada a doença profissional. Por analogia ao auxilio acidente por doença profissional, pode ser enquadrada esta doença de qualquer natureza e ter um direito de beneficio previdenciário.

A previdência hoje trabalha com o sistema de auxilio doença chamado de COPES – cobertura previdenciária estimada.

Leva CID – para dar entrada no beneficio.

CID – M 75 (problema nos membros superiores) – o servidor joga esta CID no sistema. Este sistema já estabelece a data da cessação do beneficio. Se não tiver bem – 15 dias de completar a data ele entra na internet e agendar nova pericia para prorrogar a data de cessação do beneficio. Se o INSS não prorrogar – pode entrar com o PR – pedido de reconsideração. E se ainda sim não resolver entra com recurso (junta raras vezes concede – até a junta decidir o que este segurado vai fazer??) – o melhor é entrar direto na justiça que fará nova pericia (pericia do juízo).

Quanto a natureza:Previdenciária: Quando o segurado fica afastado fica afastado por auxilio doença – fica afastado pelo b 31 (fato não relacionado ao trabalho). Não é porque estava travalhando que o beneficio seja acidentário.

Acidentário: a causa deve ter sido do trabalho (nexo de causalidade entre o fato ocorrido e trabalho) – neste caso fica afastado pelo b 91. Ex.: ficava estressado o tempo todo no trabalho.

O valor dos benefícios são iguais – 91% da média. Os reflexos é que diferenciam estes benefícios.

Acidentário = estabilidade de 12 meses e depósitos fundiários além de indenizações por dano moral, estético. Acidentário – problema da carência.

Doença pré-existente:O segurado muitas vezes não acredita no sistema previdenciário Ex.: segurado trabalhou até agosto de 89 – começou a pagar em abril de 2005. Em maio de 2005 teve infarto. O juiz da 1ª instancia reconheceu o restabelecimento do beneficio e aposentadoria por invalidez. O acórdão indeferiu, por entender que o segurado tinha doença pré-existente.

Data do inicio da incapacidade é anterior ao inicio das contribuições.

Tabela – anotação nos slides.

PETIÇÃO INICIAL

Exercício 3 – atividade auto avaliação

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Josué, desempregado há nove meses, encontra-se doente tendo sido diagnosticada Síndrome daImunodeficiência Adquirida (AIDS). Em tratamento, vem recebendo normalmente os remédios para controle da doença através do Sistema Único de Saúde – SUS. Requereu auxílio-doença previdenciário em 28/04/2009 (logo após ter descoberto ser portador do vírus HIV) e teve o benefício cessado pela Previdência Social em 10/08/2010 (data da última perícia médica). Fez outros requerimentos administrativos, mas não logrou êxito. Apesar de encontrar-se aparentemente saudável, não consegue mais arrumar emprego, pois não passa nos exames admissionais. Não tem também a cobertura previdenciária para lhe suprir o estado de necessidade em que se encontra. Como advogado de Josué, elabore a petição inicial cabível.Obs.: O Josué é casado, mora na cidade de São Paulo e tinha como média salarial nos últimos anos, antes de sua demissão o valor de R$ 1.500,00.

Renda Mensal – de 1.500 reais Calcular 1.500 x as prestações vencidas que vou pedir Vencidas + 12 vincendas

Cessação do beneficio – 10/08/1024 meses + 2 décimos 3º = 26 meses x 1500 reais = 39 mil

Valor do ultima renda do auxilio doença

39 + as prestações vincendas (18 mil) = 57 mil

Duas alternativas:Renunciar o valor que excede o valor da alçada dos JEF (37.320,00) ou entra na Vara Previdenciária.

18 mil – são as vincendasEle tem direito das vencidas – 39 mil. Assim ele tem que renunciar somente 2 mil reais. As vezes vale a pena por ser mais rápido nos JEF. Se preferir entrar na Vara Federal – pode pedir uma tutela antecipada.

Valor da causa – 57 mil reais.

Se o nosso cliente renunciar o valor excedente:

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL CÍVEL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SÃO PAULO,

Preâmbulo: dados do Josué, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço.

AÇÃO DE RESTABELECIMENTO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO C.C PEDIDO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ C.C DE TUTELA ANTECIPADA NOS TERMOS DO ARTIGO 273 DO CPC.

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Page 61: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Atenção!! Se o INSS não tivesse concedido nenhuma vez o auxilio doença – não seria restabelecimento, mas sim ação de percepção de beneficio.

Em face do INSS – instituto nacional do Seguro Social, neste ato representado por sua procuradoria especializada com endereço na Rua ..... (endereço da Procuradoria e não da agencia onde deu a entrada).

DOS FATOSComeço do problema

Josué, desempregado há nove meses, encontra-se doente tendo sido diagnosticada Síndrome daImunodeficiência Adquirida (AIDS).

Em tratamento, vem recebendo normalmente os remédios para controle da doença através do Sistema Único de Saúde – SUS.

Requereu auxílio-doença previdenciário em 28/04/2009 (logo após ter descoberto ser portador do vírus HIV) Requereu beneficio em 2009 – sob NB31/555.555.555-5 e teve o benefício cessado pela Previdência Social em 10/08/2010 (data da última perícia médica).

Fez outros requerimentos administrativos, mas não logrou êxito. Apesar de encontrar-se aparentemente saudável, não consegue mais arrumar emprego, pois não passa nos exames admissionais. O autor encontra-se doença, incapaz parz o trabalho, não tendo a cobertura previdenciária para lhe suprir o estado de necessidade em que se encontra. Esta desempregado há vários anos e precisa do restabelecimento do beneficio.

DICAS: (quando fica em beneficio – permite 12 meses de qualidade de segurado). Defender que a incapacidade não cessou e sim continuou. Se teve incapacidade continua desde abril de 2010 – ele não perdeu a qualidade de segurado, ainda que o INSS tenha cessado o beneficio.

Imaginemos que o segurado morre hoje – Pericia indireta – para provar que tinha incapacidade e o INSS ainda sim deu alta. Só assim terá direito a pensão por morte. O perito tem que estabelecer a DID e DII. Se a DII for abril de 2012 – ele vai dizer que não tem mais a qualidade de segurado, que cessou em 2011.

Obs.: O Josué é casado, mora na cidade de São Paulo e tinha como média salarial nos últimos anos, antes de sua demissão o valor de R$ 1.500,00.

DO DIREITO

A legislação previdenciária estabelece o direito ao auxilio doença aos segurados incapazes para o trabalho conforme transcrevemos abaixo:Art. 59 – fundamento da ação (copiar artigo da lei)

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A carência do beneficio foi cumprida, considerando que o autor tinha mais de 12 meses de contribuição, bem como a qualidade de segurado que ficaram ratificadas pela concessão do beneficio na esfera administrativa.

O autor é portador do vírus HIV e, por consequência esta sujeito as doenças oportunistas oriundas da própria doença.

Ademais, a AIDS é uma das doenças elencadas no art. 151 da Lei 8213/91:- pode transcrever o artigo da lei. - juntar a jurisprudência dos slides que fala da AIDS. - falar da incapacidade social (o autor da incapacidade física, sofre a discriminação social tendo dificuldade de arrumar emprego).

DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Não dá para entrar com ação única – pedindo somente o auxilio doença. Assim, pede-se também a aposentadoria por invalidez. Se o perito estabelecer que tem incapacidade física atrelada a incapacidade social ele pode ter uma aposentadoria por invalidezFundamento – art. 42 da Lei 8213/91

TUTELA ANTECIPADADiscorrer sobre a tutela

PEDIDOa) A condenação do INSS ao restabelecimento do auxilio doença, desde a data em que foi

cessado, ou seja, 10/08/2010, pagando ao autor todas as prestações vencidas, acrescidas de juros e correção monetária;

b) Concessão da aposentadoria por invalidez, caso Vossa Excelência assim entenda, desde a data da incapacidade, pagando todas as diferenças vencidas, acrescidas de juros e correção monetária;

c) Concessão da tutela antecipada (Em SP juiz nenhum concede a tutela antecipada sem a pericia), nos termos do art. 273 do CPC, ou a tutela especifica nos termos do art. 461 do CPC;

d) Condenação do INSS no pagamento de honorários advocatícios, despesas, custas e demais condenações legais.

Obs.: digamos que o INSS tenha concedido uns 5 benefícios de auxilio doença (intervalos que ficou sem receber) – Assim, devemos pedir desde o 1º beneficio. Devem ser compensados os benefícios que foram pagos neste interregno.

DO REQUERIMENTO

a) Citação do INSSb) Oficio ao INSS para apresentar cópia do pedido administrativo c) Como a prova é pericial – pode pedir que seja expedido oficio ao hospital ou unidade básica

de saúde, posto de saúde que o segurado faz tratamento – para que traga aos autos todo o

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Page 63: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

prontuário do autor. (isso comprova que ele realmente faz tratamento) – corrobora com a pericia

d) Concessão da justiça gratuitae) Seja indicado perito de confiança de V. Ex.a para proceder ao exame médico no autor, na

especialidade clinica. (no caso de AIDS não tem médico especialista)f) Indicar o assistente técnicog) Todas as provas em direito administidas

Dá-se o valor da causa de R$37.320,00, renunciando o autor aos valores que por ventura ultrapassarem a alçada do JEF.

Cidade, data

AdvogadoOAB

______________________________________________________________________________

AULA 0930/08/12Um segurado com 53 anos de idade – pretende pedir a aposentadoria por TC.

Transformar este cidadão em alguém que nasceu com data compatível – para apenas em 2006 tenha completado 53 anos de idade. Veja que o ultimo vinculo empregatício é em 2004. Em 2012 este cidadão tem 59 anos.

- Quatro vínculos empregatícios- a principio a atividade dele é comum.

Qual o TS até a data da EC 20/98 – 16/12/98

20/08/197212/07/1967

5 anos1 mês8 dias + 1(nunca se esquecer de acrescentar o mais 1)

04/10/198401/10/1973

3 dias00 meses11 anos

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Page 64: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

29/05/9527/03/1986

2 Dias2 Meses3 9 anos

16/12/199807/08/199609 dias 4 meses2 anos

Total:27 anos07 meses26 dias Insuficiente para o direito adquirido

Para aposentar na proporcional – ele precisa de qual pedágio??

29/11/30 (30 anos, 11 meses e 29 dias é o tempo mínimo para AP. proporcional até 16/12/98)30 anos mínimo necessário era o tempo mínimo para aposentadoria por TS proporcional até 16/12/98

Anos/meses/dia27/07/ 26 (tempo que tinha até a data acima)

2 anos04 mês04 dias

Tem que contribuir este 2 anos, 4 meses e 4 dias + 40%

Ganharia até 70% da aliquota. Porque aquele 5% ano que se acrescenta não conta pedágio.

Transformar em dias para facilitar a conta:2x 360 + 04 x 30 + 4 = 844*usamos 360 e não 365 dias

844 x 0,4% (de pedágio) = 337,6 dias de pedágio

337,6 dividido por 30 (trasformar em meses)11 meses e 8 dias

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Page 65: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

O segurado aposenta quando?

Precisa contribui os 2 anos, 4 meses e 4 dias + 11 meses e 8 dias

Ano/meses/dia02/04/0400/11/08

3 anos, 3 meses e 12 dias

Na do desligamento do segurado do seu ultimo emprego – tinha direito a aposentadoria por TC??Na véspera da EC 20 não tinha. Ele precisava trabalhar 3 anos, 3 meses e 12 dias

Quero ver esta aula do dia 30/08 novamente. (já vista – e anotada nos slides). _____________________________________________________

AULA 10

Benefícios os dependentes

Definição de dependentes

i. Cônjuge, companheiro(a), filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou invalido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absolutamente ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente.

ii. Pais;iii. Irmãos não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou invalido ou que

tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absolutamente ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmenteObs.: não existe concorrência entre os dependentes do inciso I com os demais. Prevalecia dos primeiros com relação aos seguintes

P.2º: o enteado e menor tutelado: exclui o menor sob guarda do rol de dependentes do RGPS. Temos uma briga tentando incluir este menor sob guarda (várias ações civis públicas favoráveis) – desde que comprovada a dependência econômica com relação ao segurado.

P. 3º: companheira(o) – a dependência econômica indicadas no inciso I é presumida, já as demais devem ser comprovadas. Quando tenho cônjuge – é presumida a dependência. Se a pessoa é separada de fato??

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Page 66: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Temos jurisprudências de ex mulheres – que não recebiam pensão alimentícia, e comprovando a situação econômica ruim – conseguindo a divisão da pensão por morte com os demais dependentes. 1ª coisa a comprovar:r a dependência econômica através da comprovação de recebimento de pensão alimentícia. (certidão da decisão – que há a obrigação do segurado no pagamento de pensão alimentícia).

Situações de pensões concedidas lá no passado: pensão por morte de dependente designada.

IN 45 – documento que vincula o servidor da previdência social a cumprir. O que estiver na IN é o que acontecerá quando der entrada em processo administrativo.

a) Certidão de casamento / nascimento - deve ser certidões atualizadas (casamento – pois pode costar alguma averbação).

b) Companheira(o) – identidade, certidão de casamento com averbação de separação.

Decreto 3048/99:– art. 16, p. 3º: equiparam-se aos filhos, nas condições do inciso I, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica.(...)O decreto altera a lei – trazendo prejuízo. Portanto, esta exigência pode ser contestada. - art. 22 – pode ser contestado este artigo 22 também, já que estamos falando de menor. E os bens que este menor possui não pode ser dilapidado para que ele se sustente.

AUXILIO RECLUSÃOO requerimento do auxilio reclusão devera ser instruído com a certidão do efetivo recolhimento a prisão, sendo obrigatória, para a manutenção do beneficio. Obs.: não é a família que tem que ser de baixa renda, mas sim o segurado.

Independe de carência:- pensão por morte- auxilio reclusão - salário família e - auxilio acidente

Atenção!! Não confundir o tempo de carência com a qualidade de segurado, já que esta ultima deve estar presente na concessão de todos benefícios previdenciários. Durante o prazo de graça (período máximo que o segurado pode ficar sem contribuir – mantendo a qualidade de segurado) – se o falecimento ou prisão acontecer dentro deste período – terá direito do beneficio.

Valor atual, a partir de 01/01/2012 – 915,00 reais. A RMI – pode ser maior do que estes 915,00 reais, já que é calculado os 80% maiores salários de contribuição (art. 29 da lei 8213)

Atenção!! Pensão por morte e auxilio reclusão tem 13º salário.

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RMI – valor do auxilio reclusão e da pensão por morte bem semelhantes:100% da aposentadoria que recebia ou que teria direito se tivesse aposentado por invalidez.

Valor da pensão por morte do recluso trabalhador:Decreto 3048/99 – art. 106Novo calculo em que se acrescenta o TC e os salários de contribuição, incluídas as contribuições enquanto recluso. Ex.: segurado contribuía com valor alto. No ultimo recebia valor inferior ao 915,00 reais. Ele pode gerar uma RMI de 2 mil reais.

PENSÃO POR MORTEArt. 74 da Lei 823

Conta-se da data do óbito – se requerida até 30 dias e da data do requerimento se requerida posteriormente. Obs.: é contestável contar da data do requerimento.

Pensão por morte – passa a ser devida a partir da constatação do óbito.

Em caso de homicídio cometido por dependentes??No direito civil temos sanções. O previdenciário não exclui a pensão por morte, caso o próprio dependente que matou o segurado. Pois não temos previsões contraria a estas situações.

INICIAL Exemplo de iniciais com teses de dependentes

MODELO DE AÇÃO DE CONCESSAO DE BENEFICIO DE PENSAO POR MORTE – UNIÃO ESTÁVEL MODELO DE AÇÃO DE CONCESSÃO DE AUXÍLIO RECLUSÃO (material de apoio – pratica previdenciária).

_______________________________________________________________________________AULA 1113/09/12

BENEFÍCIOS POR INCAPACIDADE

Art. 1º da CF: Valor social do trabalho (condição para atingir a justiça social / bem estar e dignidade humana) – mecanismo de proteção do cidadão atingido pela contingência Incapacidade de exercer o seu direito de trabalhar.

DOENÇAINVALIDEZ

Benefícios contributivos e não contributivos.

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Page 68: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Contingencia doença não é coberta pela previdência social, mas sim pela área da saúde.

Não podemos confundir doença com incapacidade. Não basta estar doente para ter direito a beneficio previdenciário. Deve se demonstrar a incapacidade do segurado para o segurado.

Fontes formais: CF/88Lei 8212/91 – custeioLei 8213/91 (art. 18)Decreto 3.048 – regulamenta

Hoje temos o mesmo beneficio, porem o tipo de origem trás algumas consequências, que são trabalhistas e não previdenciárias.

AUXILIO DOENÇAAUXILIO ACIDENTE SERVIÇO SOCIAL REABILITAÇÃO PROFISSIONAL APOSENTADORIA POR INVALIDEZ

Para aposentadoria por invalidez é preciso que se comprove uma incapacidade substancial insuscetível de reabilitação (quando segurado exerce tipo de trabalho habitualmente e se incapacita de forma permanente, e pode ser treinado para o exercício de outra atividade – com nível de renda que lhe garanta a subsistência).

Qual o limite desta reabilitação??- garantir a subsistência ou manter o padrão de vida anterior??

RMI – equivale a 100% do SB (calculado sem nenhum tipo de redutor, ex.: FP

Carência – 12 meses, exceto se a origem da incapacidade é acidentária Obs.: Carência: 12 meses. No caso das doenças da portaria ministerial – não dependerá de carência. Também depende de carência – as incapacidades acidentárias, pois estas são imprevisíveis e neste caso, deixaria o segurado desprotegido se não houvesse a proteção.

Exigência da qualidade de segurado ou prazo de graça

Data de inicio da aposentadoria: inicia-se a partir da constatação da incapacidade (geralmente quando cessa o auxilio doença).

Não tem natureza vitalícia. Na LOPS tínhamos a previsão que após 5 anos o segurado passava a ter direito a esta aposentadoria de forma definitiva. Hoje se facilita a reabilitação do segurado para manter sua subsistência, mesmo padrão de vida ou até mesmo um progresso.

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Page 69: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Grande invalidez (majora-se a renda da aposentadoria em 25%): algumas situações que o segurado aposentado por invalidez comprova que precisa de terceiros para exercer as atividades normais do dia-a-dia. Ex.: cegueira total, paralisia dos 2 membros superiores ou inferiores - (nem todos precisam de ajuda de terceiros, mas em geral precisam, quando estão na fase de reabilitação principalmente). Única possibilidade do segurado receber acima do teto da RMI.

Este valor não integra a pensão por morte.

Suspensão da aposentadoria por invalidez:Recuperação da capacidade do trabalho Reabilitação

Data de inicio do beneficio:

Independem do requerimento do segurado. Caso a previdência social toma ciência que determinado segurado esta incapacitado para o trabalho – pode de oficio proporcionar o beneficio. Muitas vezes o segurado incapacitado para o trabalho, também esta incapacitado para ir até o posto de atendimento – INSS.

Obs.: Quem determinará o tipo de beneficio concedido é a previdência após a pericia médica. - vai requerer um beneficio genérico para incapacidade. E após a pericia que verificara qual será o beneficio por incapacidade.

16º do afastamento para o empregado, exceto o domestico. - afastamento menor de 15 dias é de responsabilidade da empresaDemais segurados: contribuintes individuais (em geral ele faz a sua contribuição) – a contar da data de inicio da incapacidade.

Se o segurado demorar mais de 30 dias para requerer o beneficio – não tenho mais a previsão do inicio da incapacidade. Neste caso, começa a contar a partir da DER.

Se o laudo pericial demonstrar que a incapacidade laboral ocorreu quando cessado o auxilio doença, a DIB devera ser fixada na DCB pelo INSS. DIB – data de inicio do beneficioDCB – data de cessão do beneficio

Ex.: segurado em gozo de auxilio doença há 4 anos. Talvez a incapacidade do trabalho que ele apresenta não seja mais temporária, mas sim permanente. Se for considerada permanente este tem direito a aposentadoria por invalidez. Neste caso, temos que brigar na justiça requerendo uma aposentadoria por invalidez.

Caso, em que o segurado teve o auxilio doença cessado, e mesmo assim continua incapacitado: 2 situações:- restabelecimento do auxilio doença.

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Page 70: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

- cumular com pedido de aposentadoria por invalidez.

Auxilio doença que dura mais de 2 anos. Usamos por analogia a legislação que define o LOAS (definição nos diz que o permanente é após 2 anos do problema consolidado).

Carência não pode ser confundida com qualidade de segurado. Preciso ter a qualidade de segurado ou mantida. - quando o segurado falece doente, os dependentes podem fazer uma prova indireta da doença.

Cessação da aposentadoria por invalideza) Pode ser requerida pelo segurado: quando este quer voltar a trabalhar. b) Pela morte do beneficiário

A morte do beneficiário cessa a aposentadoria por invalidez. Ela não é transferida para os dependentes. - já tem caso de dependentes não comunicar o falecimento acreditando que esta aposentadoria por invalidez era transferível. Atenção!! A pensão por morte é outro beneficio e deve ser requerido. A previdência pode cobrar estes valores recebidos. Argumentos para o dependente: boa-fé, verba alimentar.

Ex.: cardiopatia grave – isenta de carência. Incapacita pela situação de que não deve forçar a sua atividade, para não agravar a cardiopatia. Forma de afastamento é preventiva. Tem casos, de segurado depois de 11 anos de aposentadoria, o perito dizer que esta capacitado para o trabalho. Nestas horas, temos que usar o bom senso: ver se tem direito a outro beneficio (aposentadoria por idade), para não ficar brigando pela manutenção da aposentadoria por invalidez.

c) Verificada a recuperação total da capacidade de trabalho dentro de 5 anos o beneficio cessara de imediato para o empregado, com direito de retornar a sua função na empresa. Após tantos meses quantos forem os anos de duração de beneficio, para os demais segurados (se durou 5 anos, paga-se mais 5 meses). Durante o recebimento de beneficio o contrato de trabalho fica suspenso. Se a recuperação for parcial ou beneficio for superior a 5 anos – o beneficio será pago as seguinte forma:

- 6 meses – 100% do beneficio- 6 meses – receberá metade do beneficio que vinha recebendo- 6 meses – 25 do beneficio Se foi constatada a recuperação da capacidade de trabalho – a partir de amanhã começa a receber como forma de manutenção. Durante estes 18 meses de manutenção do beneficio é exatamente o período que se prevê que este segurado pode demorar para retornar / reinserir no mercado de trabalho.

Muitas vezes entraremos com pedido de restabelecimento da aposentadoria por invalidez baseando-se na incapacidade social, a incapacidade é além da incapacidade física ou mental.

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Page 71: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Muitas vezes o seu preparo emocional pode fazer com que ele permaneça recebendo o beneficio.

Risco protegido pela seguridade social: capacidade laboral afetado por doença ou lesão. O risco não é a doença. - não basta estar doente para ter direito ao beneficio por incapacidade é preciso comprovar a incapacidade para o trabalho.

ORIGEM ACIDENTÁRIO- acidente do trabalho. O sujeito ativo (aquele que tem direito ao beneficio) são apenas o empregado, avulso e segurado especial. Sujeito passivo: INSSDará direito após a alta médica a estabilidade de 1 ano no emprego. Isso não acontece com o domestico porque não existe seguro de proteção de acidentes de trabalho.

Quem paga esta estabilidade?Resquícios de direitos do trabalho. Ônus para empresas e não para previdência.

Se este segurado estiver a recuperação da capacidade do trabalho – terá esta estabilidade de 1 ano garantida. É por estes motivos que temos muitas ações de contestação contras este reconhecimento deste caráter acidentário.

ORIGEM PREVIDENCIÁRIO Sujeito ativo: empregado, avulso, domestico, individual, segurado especial e facultativo. Sujeito passivo: INSS

Existem códigos específicos para o acidentário e para o previdenciário. (b 31, b31, b 91, b 92)

BENEFICIÁRIOSAuxilio doença e aposentadoria por invalidez - art. 11 da Lei 8213Auxilio acidente – empregado, avulso e segurado especial. Reabilitação profissional – todos os segurados.

Legislação antiga duração máxima de auxilio doença deveria ser no máximo de 2 anos e o LOAS. Limite legislativo entre temporário e permanente.

Requerer:Além da pericia médica a pericial social (feita por assistente social) – para verificar o quadro social em que a pessoa se encontra.

Doença pré existente: muitas vezes o INSS olha para a doença e não para a incapacidade.

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Page 72: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Recurso Administrativo para Junta de RecursoConselho de Recurso Ainda, tenho a via judicial.

Tem benefícios que exigem o indeferimento, pelo menos, em 1ª instancia na esfera administrativa.

Pericia – reavaliação ou nova pericia.

Requerimento de incapacidade laboral – o que juntar??Juntar no momento da pericia – laudos médicos.

Comprovação da incapacidade laboral:Dados clínicosExames complementaresComprovante de internação hospitalarAtestado de tratamento ambulatorialPPP - Perfil pessiográfico previdenciárioEm caso de concessão judicial – os benefícios serão revistos semestralmente.

Incapacidade social: o que pode ser levado em consideração?Idade do seguradoGrau de instruçãoBaixa qualificaçãoReduzida aptidão para atividades estranhas às habitualidades exercidas. DICA: pedir pericia social quando a incapacidade for parcial ou permanente.

PEÇA – MATERIAL DE APOIO

(NÃO ESTAVA DISPONÍVEL O MATERIAL NO SITE, O IDEAL ERA VER DE NOVO A AULA PARA FAZER ANOTAÇOES NOS SLIDES).

__________________________________________________________________________AULA 1220/09/12

Aula 1327/09/12

______________________________________________________________________Aula 1404/10/12

PREVIDÊNCIA PRIVADA

É um dos modelos de proteção social que o Estado colocou a disposição das pessoas. Alternativa para o cidadão.

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Page 73: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

Entidade fechada de previdência privada- fundo de pensão.Ex.: Banco do Brasil – investiu na Costa do Sauipe.

Entidades abertas de previdência privada

Estrutura da Previdência privada – art. 202 da CF

O Estado tem interesse que o cidadão tenha uma previdência complementar:- razão social (onerar menos o estado)- regime de capitalização: diferente dos regimes previdenciários. Na capitalização se acumula recursos. Modelo do art. 202 – é de capitalização. Se estabelece a garantia dos benefícios contratados. “constituição de reservas que garanta o beneficio contratado”.

Participante e assistido (nomes dados na previdência privada).

RPP – constituição de reservas que garanta o beneficio contratado é o sistema de capitalização. - Investido em títulos públicos - o restado é investido no mercado

LC 108 – disciplina a relação de empresas ligadas ao Estado patrocinadoras de planos. Lei especifica para regular esta relação. Origem na EC 20/98 - criar lei especifica para o Estado para proteger as finanças do Estado. Plano de Beneficio – longo prazo (40, 30 anos). Objetivo da Lei – no custeio dos planos a empresa não poderá pagar mais do que o participante paga. Ou seja, se trouxe uma modalidade de segurança legal onde o administrador é vedado. Este plano não será a aprovado pela PREVIC caso desrespeite esta norma.

Facultativa: contrata quem quiser. Equivale dizer que o cidadão contrata a previdência privada se tiver interesse. Não é obrigado contratar.

Contratual

Na previdência privada não existe o auxilio funeral. A lei 8212 e 8213 – não tem auxilio funeral. Não podemos afirmar que o plano de beneficio não tenha um auxilio. Plano de beneficio na previdência privada pode ter um beneficio só. Ou seja, uma complementação de aposentadoria. É autônomo com relação a previdência geral. No momento da contratação estará elencado os benefícios: que pode ser: pensão por morte, complementação da aposentadoria, auxilio maternidade, natalidade, etc.Pode ter um ou vários benefícios contratados. Sempre dependerá do plano contratado.

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Page 74: PRATICA PREVIDENCIÁRIA

No plano privado pode ou não ter o auxilio funeral – vai depender do plano contratado. Diferente do RG que não prevê o auxilio.

Essa autonomia com relação ao RG permite-se que se vincule ou não ao RG.

Constituição de reservas – temos a capitalização.

Observe que o contratato previdenciário é privado. É de longo prazo. Nos primeiros anos – só acumula recursos. Quem contrata (participante)Esse contrato embora seja privado tem a participação do Estado, para trazer a segurança jurídica. não existe de acordo com as normas nenhum administrador sem que o Estado autorize. Para se instituir o plano de beneficio, ex.: OAB PREV – depois de autorização do Estado de seu estatuto.

PREVIC – órgão fiscalizador. - quem autoriza o estatuto.

SUSEP – órgão fiscalizador das previdências abertas.

O Estado participa desde o nascimento desta PP.

Todos os planos de benefícios tem que ser previamente autorizado pelo Estado. No momento em que se esta contratando esta implícito que este contrato foi apreciado e aprovado pela PREVIC ou SUSEP. Observem que o estado participa no nascimento da entidade e também no plano de beneficio (eventual mudança de regulamento, cumprimento de normas que regula investimentos, etc).

Eventual descumprimento será punido (previsão constitucional).

Nos temos contratos previdenciários que já duram mais de 50 anos. A própria OAB PREV tem beneficiários. (OAB PREV tem apenas 10 anos).

A Constituição assegura ao Estado o seu poder de fiscalização.

LC 108 e 109 – trazem este poder para o estado fiscalizar. Art. 63 - Competência do Estado. - elenca todos os itens aonde o estado participa.

OAB PREV – foi instituída pela OAB de SP e CAASPOutros Estados hoje também tem seus planos. - só podem participar quem esta vinculado a estas associações.

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Art. 65 – penalidades- advertência

- suspensão das atividades do administrador / atuário (profissional que faz os cálculos). Pelo prazo de até 180 dias.

- inabilitação de 2 a 10 anosObs.: na defesa do administrador podemos usar como defesa a proteção do exercício da profissão. Podemos conseguir uma atenuante. - não é possível oferecer plano de previdência sem que o Estado autorize.

Entidades Fechadas:A pessoa só pode participar do plano se tiver um vinculo empregatício com o operador do plano. Ex.:PREVIC – se eu quiser ser participante da previc – só posso participar se eu for funcionário do banco do Brasil. Se eu sair, eu posso continuar no plano. É obrigatório ter a previsão de auto patrocínio no caso de se desligar da empresa patrocinadora. Ex.: resgatar, continuar no plano.

Fundos instituídos – Ex.: advogado que passa no concurso de juiz. Ele pode continuar no plano da OAB Prev sem problema algum.

Planos instituídos – entidades fechadasVinculo associativo com os instituidores. Essa entidade fechada – passa a administrar planos para aqueles que estão associados.

Limite de proteção previdenciária: foi aprovado Lei Federal EC 20/98 – prazo de 90 dias o poder executivo encaminharia projeto de leis complementares para disciplinar a previdência complementar. Foram encaminhados 3 projetos (servidor público (ficou por muito tempo sendo debatido, vindo ser materializado agora – Lei 12.618/12); regime geral (LC 109)). Destas 3 leis: duas foram aprovadas: LC 108 e 109.

Essa lei dará uma possibilidade para os funcionários públicos atuais aderir a este plano.

Entidade fechada: se submete a dois órgãosFiscalizador – PREVIC

Plano de contribuição definida: não tem previsão de renda vitalícia. Plano misto: o participante escolhe.

Na PPF – temos a natureza da prevalência previdenciária.

ENTIDADES ABERTASUniversalidade da previdência complementar: todos podem participar. Qualquer pessoa pode contratar. Existe planos individuais. É uma AS

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Planos como regra são de contribuição definida. Dificilmente veremos planos de beneficio definido / vitalício. Já que a expectativa de vida hoje é bem maior.

Definição dos riscos de investimento no momento da contratação – a pessoa já estabelece o risco que quer correr (vedado investir 100% em ações) – renda variável, ações, bolsa, etc. Obs.: em titulo público federal é possível investir 100%. Art. 9 da LC 109

A pessoa pode estar nos 4 regimes. Ex.: procurador (professor – celetista / como procurador RPPS / Previdência Fechada e Aberta)

Art. 9 – LC 109Conselho Monetário Nacional

PREVIC – órgão fiscalizador

Entidade fechada temos um decreto (Decreto 4942/03 – art. 4º) – trás uma previsão do procedimento contencioso.

Autuado –

PEÇA

Defesa (prazo 15 dias) – órgão julgador é a diretoria colegiada da PREVIC

São Paulo,

À Superintendência de Previdência Complementar – diretoria colegiada Ref. – auto de infração n______

Qualificação da parte

Por seu procurador que esta subscreve vem apresentar tempestivamente no prazo legal apresentar sua defesa consubstanciada nas relevantes razões de fato e fundamento de direito que passa aduzir:

Dos fatos

Do Direito

Das provas

Dos RequerimentosRequerer a improcedência do auto de infração. Protestar e provar o alegado por todos os meios de provas em direito admitidas.

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Matérias que podem ser sustentadas na peça:Prescrição

Exemplo concreto.: limite para investimentos em imóveis é de 8%. Determinado fundo de pensão – a patrocinadora tinha que fazer pagamento de plano de beneficio. Ofereceu imóveis que valia 7% do valor do patrimônio do plano. Os imóveis valorizaram e passaram a valer 20% do plano. Isso estava desenquadrado o fiscal fez a autuação.

Diretoria Colegiada analisará – atenuantes

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Entidades AbertasFiscalização

Defesa tem prazo de 30 dias Possibilidade da suspensão. (Chefe do departamento /Conselheiro da SUSEP e Poder Judiciário podem suspender este procedimento administrativo para apurar a materialidade).

Infrações são as mesmas das entidades fechadas.

Atenção!! Cassação do registro – visto somente nas entidades abertas. Pois aqui existe a figura do corretor de seguros para venda de planos.

Essas infrações

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