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Pratica Profissional I - Aula 1 - Introdução a Parasitologia

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Por que estudar Parasitologia?

Estudar Parasitologia é saber das doenças a partir da sua origem.

É saber e conhecer para poder evitá-las.

É ter um conhecimento amplo sobre a natureza e sobre as doenças.

É ampliar seus horizontes de conhecimento muito mais que enfermarias de hospitais ou laboratórios de pesquisa.

Estudar e viver Parasitologia é algo essencial na vida de qualquer profissional da saúde.

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Importância da Parasitologia

•As doenças parasitárias são freqüentes na população mundial;

•Alguns parasitos representam graves problemas de saúde pública;

•O parasitismo pode causar incapacidade funcional;

•A doença parasitária pode levar à morte.

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Causas que contribuem para o aumento das parasitoses

�Crescimento desordenado das cidades

�Condições de vida e higiene das comunidades

�Hábitos e costumes das pessoas

�Falta de: abastecimento de água

esgotos

coleta de lixo

tratamento dos dejetos..

�Moradia inadequada

�Nutrição deficiente

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NOÇÕES DE PARASITOLOGIA

Parasitologia é a parte da ciência que estuda a relação de interdependência entre indivíduos de espécies diferentes.

A palavra “PARASITA” (de origem grega) quer dizer = “um ser que se alimenta à custa de outro”.

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Origem do parasitismo

O parasitismo é uma associação íntima e duradoura onde o parasita é o único beneficiado.

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Conceitos b ásicos

Hospedeiro definitivo – H.D.: É aquele que hospeda os parasitas na forma adulta. Ex: Homem é H.D. de Taeniasolium.

Hospedeiro intermediário - H.I.: São aqueles que abrigam formas jovens de parasitas ou formas larvárias. Ex: Suíno abriga forma jovem de Taenia solium.

Vetor: É um artrópode, ou outro veículo, que transmite o parasita entre os hospedeiros.

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Modalidades de Parasitismo

Em relação ao número de hospedeiros:

Monoxênico - ÉÉ o que possui o que possui apenas o hospedeiro definitivo. apenas o hospedeiro definitivo.

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EnterobiusEnterobius. . vermicularisvermicularis

Heteroxênico - ÉÉ o que o que possui hospedeiro definitivo possui hospedeiro definitivo

e intermedie intermediáário. rio.

TrypanosomaTrypanosoma cruzicruzi

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Em rela ção ao tempo de permanência no hospedeiro

Parasito Parasito ObrigatObrigat óório/Permanenterio/Permanente : : ÉÉ

aquele incapaz de viver fora do aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. hospedeiro.

10Schistosoma mansoni

Parasito Periódico: É o que freqüenta o hospedeiro

intervaladamente.

Os mosquitos que se alimentam sobre o

hospedeiro a cada três dias.

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Em rela ção à especificidade parasitária:

Parasito Parasito EstenoxênicoEstenoxênico..

ÉÉ o que parasita espo que parasita espéécies de cies de vertebrados muito prvertebrados muito próóximas. ximas. Exemplo: algumas espExemplo: algumas espéécies cies de de PlasmodiumPlasmodium ssóó parasitam parasitam primatas; outras, sprimatas; outras, sóó aves etc.aves etc.

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Parasito Parasito EurixenoEurixeno..

ÉÉ o que parasita espo que parasita espéécies cies de vertebrados muito de vertebrados muito

diferentes. Exemplo: o diferentes. Exemplo: o Toxoplasma Toxoplasma gondiigondii, que , que pode parasitar todos os pode parasitar todos os mammamííferos e atferos e atéé aves.aves.

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ENDOPARASITA :ENDOPARASITA :

Parasitas que vivem no Parasitas que vivem no interior do corpo do interior do corpo do

hospedeiro. Invadem o hospedeiro. Invadem o corpo do hospedeiro para corpo do hospedeiro para alimentaralimentar--se ou procriar.se ou procriar.

ECTOPARASITA :ECTOPARASITA :

ÉÉ um tipo de parasita que se um tipo de parasita que se instala fora do corpo do instala fora do corpo do

hospedeiro.hospedeiro.

Em relação à localização:

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Com rela ção ao habitat:

Parasito Acidental. Parasito Acidental. ÉÉ o que o que parasita outro hospedeiro que parasita outro hospedeiro que não o seu normal.não o seu normal.

Exemplo: Exemplo: DipylidiumDipylidium caninumcaninum, , parasitando crianparasitando criançça.a.

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Parasito ErrParasito Erráático.tico.

ÉÉ o que vive fora do seu o que vive fora do seu hháábitat normal.bitat normal.

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Portas de entrada dos Parasitas:

•Primárias ou principais:

•“per cutem” – (pele) Exemplo: Schistossoma mansoni

•“ per os” – (via oral). Exemplo: Ascaris lumbricoides

•Secundárias

•Narinas: Aspiração de ovos de Ascaris lumbricoides.

•Placenta: Toxoplasma gondii

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Ações dos parasitos sobre o hospedeiro:AÇÃO MECÂNICA � Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar.

• Obstrutiva: (Ascaris lumbricoides)

•Compressiva (Taenia solium no cérebro humano)

•Perfurativa (Strongyloides stercolaris na mucosa intestinal)

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Ações dos parasitos sobre o hospedeiro:

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AÇÃO ESPOLIATIVA �

Quando o parasitoabsorve nutrientes oumesmo sangue do hospedeiro.

�Boca de um Ancylostoma duodenaliscom seus quatro "dentes"

AÇÃO TRAUMÁTICA � A movimentação do parasita peloorganismo do hospedeiro causatraumas (Ação cortante dos Ancilostomídeos).

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Ações dos parasitos sobre o hospedeiro:

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AÇÃO IRRITATIVA �

Deve-se a presençaconstante do parasitoque, sem produzir lesõestraumáticas, irrita o local parasitado..

População de Giardia Intestinalis

AÇÃO TÓXICA � Algumasespécies produzem enzimasou metabólitos que podemlesar o hospedeiro.

saliva dos carrapatos

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Resistência e ImunidadeDevido as agressões ocasionada pelos parasitas, os hospedeiros, muitas vezes,desenvolvem algum tipo de reação, ou resistência, em resposta ao agente agressor. Essas reações podem ser celulares ou humorais.

Respostas Celulares:

•Reações Inflamatórias: células circulantes vão para o local da infestação e liberam fatores quimiotáticos que irão iniciar o processo inflamatório.

•Reações neoplásicas: formação de um novo tipo de tecido no local da agressão. Este tecido pode ter características tumorais ou não.

•Reações hiperplásicas: o órgão aumenta de volume devido a proliferação celular.

•Reações hipertróficas: aumento do volume celular, aumentando o peso e o volume do órgão.

•Reações atróficas: diminuição do peso e volume da célula ou órgão.

•Reações metaplásicas: as células do tecido se diferenciam, formando um tecido diferente do original.

•Reações fagocitárias: as células sanguíneas, capazes de fagocitar, podem ir até o local da infestação para eliminar o agente invasor.

•Reação Humoral : Quando o organismo desenvolve anticorpos contra determinado parasita que impede a reinfestação. Podem, também, ocorrer reações de hipersensibilidade.

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Vetor:Vetor:

É um artrópode, molusco ou outro veículo que transmite o parasito entre dois hospedeiros.

Vetor Biológico. É quando o parasito se multiplica ou se desenvolve no vetor. Exemplos: o T. cruzi, no Triatoma infestans; o S. mansoni, no Biomphalaria glabrata.

Vetor Mecânico. É quanto o parasito não se multiplica nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve de transporte. Ex.: Tunga penetrans(pulga), mosca, barata..

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Inanimado ou fômite : É representado por utensílios que podem veicular o parasito entre hospedeiros. Por exemplo: roupas, seringas,espéculos etc.

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Regra de nomenclatura zoológica

Para não haver confusão na designação científica dos animais, são hoje universalmente adotadas regras de nomenclatura promulgadas peloscongressos internacionais de zoologia.

Todo nome científico deve ser latino ou latinizado. Exemplo: Muscadomestica = mosca comum; Canis lupus = lobo.

Todo animal deve possuir no mínimo dois nomes (nomenclatura binomial). O primeiro é o GÊNERO e o segundo é a ESPÉCIE.

O GÊNERO é designado por um substantivo, o qual deve ser escrito com inicial maiúscula.

A ESPÉCIE é designada por um adjetivo, o qual é escrito com letra minúscula. Exemplo: Schistossoma mansoni

O nome científico(gênero e espécie) deve ser destacado com tipo de letra diferente(itálico, negrito ). Exemplo: Leishmania brasiliensis.

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Parasitos de interesse m édicoProtozo ários

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Protozo ários

•São animais unicelulares;

•Importantes parasitas do homem;

•Realiza todas as funções mantenedoras da vida: alimentação, respiração, reprodução, excreção e locomoção.

•São encontrados no meio aquático, no meio terrestre ou em meio orgânico.

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Estrutura

•Podem ter membrana plasmática simples ou mais resistentes (quitina e calcário);

•No citoplasma:

Existem as mesmas organelas das células animais;

Vacúolos;

Um ou mais núcleos;

Estruturas especializadas (cílios e flagelos);

Se locomovem por pseudópodes e pelo batimento de cílios e flagelo.

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Morfologia

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Quanto a sua morfologia, os protozoários apresentam grandes variações, conforme sue fase evolutiva e meio a que estejam adaptados. Podem ser esféricos, ovais ou mesmo alongados. Alguns são revestidos de cílios, outros possuem flagelos, e existem ainda os que não possuem nenhuma organela locomotora especializada. Dependendo da sua atividade fisiológica, algumas espécies possuem fases bem definidas. Assim, temos:

�Trofozoíto: É a forma ativa do protozoário, na qual ele se alimenta e se reproduz, por diferentes processos.

�Cisto: É a forma de resistência ou inativa. O protozoário secreta uma parede resistente (parede cística) que o protegerá quando estiver em meio impróprio ou em fase de latência.

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Respira ção

Dois tipos básicos de respiração podem ser encontrados:

•Respiração Aeróbica: aquela que se processa em um meio rico em oxigênio.

•Respiração Anaeróbica: aquela que se processa em meio pobre de oxigênio.

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Reprodu ção

Os protozoários podem apresentar dois tipos de reprodução, dependendo de sua classe.

•Reprodução assexuada: ocorre sem a união de gametas, ou troca de materiais nucleares. Ex: brotamento , cissiparidade.

•Reprodução Sexuada: Ocorre em consequência da união de gametas ou troca de materiais nucleares. Exemplo: fecundação, conjugação.

27�Cissiparidade�Conjugação

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Classifica ção / Locomo ção

•Flagelados: flagelos, (reprodução assexuada)

•Rizópodes: pseudópodes, (reprodução Assexuada);

•Ciliados: cílios, (reprodução assexuada e sexuada);

•Esporozoários: sem organelas de locomoção, (reprodução assexuada e sexuada);

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Nutrição

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Nutrição: as espécies intracelulares obtêm nutrientes da própria célula hospedeira, seja pela absorção direta de moléculas pequenas ou pela ingestão do citoplasma. As espécies extracelulares alimentam-se através da absorção direta de nutrientes ou pela ingestão de células do hospedeiro.

�Quanto ao tipo de alimentação, os protozoários podem ser:

�Holofíticos ou autotróficos: são os que, a partir de grãos ou pigmentos citoplasmáticos (cromatóforos), conseguem sintetizar energia a partir da luz solar (fotossíntese);

�Holozóicos ou heterotróficos: ingerem partículas orgânicas, digerem-nas (enzimas) e, posteriormente, expulsam os metabólitos. Essa ingestão se dá por fagocitose (ingestão de partículas sólidas) ou pinocitose (ingestão de partículas líquidas);

�Saprozóicos: "absorvem", substancias inorgânicas, já decompostas e dissolvidas em meio líquido;

�Mixotróficos: quando são capazes de se alimentar por mais de um dos métodos.

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HELMINTOS

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Helmintos

•É um grupo extremamente grande, englobando todos os vermes, que parasitam humanos, animais, vegetais, ou tenham vida livre, possuindo formas e tamanhos variados.

•É um sério problema social, uma vez que sua ação parasitária atinge a capacidade produtiva de seus hospedeiros. Dividem-se em dois filos: Platyhelminthes e Nemathelminthes.

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Platyhelminthes

•Os platelmintos são vermes achatados dorsoventral, simetria bilateralmente;

•Praticamente todos são hermafroditas.

•Esse filo apresenta três classes:

•Turbelária

•Trematoda

•Cestoda

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1)Classe Turbelária

Turbelária é a classe de vermes Platyhelminthes que inclui os animais designados por planárias . O grupo inclui cerca de 3000 espécies, distribuídas por ambientes terrestres, marinhos e de água doce.

Corpo ciliado, vida livre, tubo digestivo sem ânus, alimentando-se de pequenas larvas de insetos. Não são de interessa médico-veterinário.

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2) Classe Trematoda

•Trematoda é uma classe do filo Platyhelminthes composta por cerca de 11,000 espécies de endo- e ectoparasitas. Os tremátodes podem infestar uma grande diversidade de peixes, anfíbios, répteis e mamíferos, sendo a escolha do hospedeiro dependente da espécie. Alguns destes organismos causam doenças graves no hospedeiro.

•Os tremátodes têm órgãos adesivos orais e ventrais que os fixam ao hospedeiro, do qual sugam tecidos, muco, fluidos e/ou sangue. Aparelho digestivo sem ânus.

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�Espécies mais importantes: fascíola (Fasciola hepatica) e esquistossomo (Schistosomamansoni), este último causador de uma das mais perigosas doenças recorrentes no Brasil: a esquistossomose. Ambas são da ordem Digenea.

�Fasciola hepatica �Schistosoma mansoni

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3) Classe Cestoda

•Classe que compreende vermes cuja extremidade anterior diferenciou-se em um órgão de fixação (escólex). O corpo (estróbilo) é geralmente alongado, em forma de fita, constituído de proglótides. O tubo digestivo está ausente. São todos parasitos, hermafroditas, com uma multiplicidade de órgãos reprodutores.

•São heteroxenos, pois necessitam de hospedeiro intermediário.

O corpo dos Cestoda se divide em:

1. Excólex ou Cabeça;

2. Colo ou Pescoço;

3. Estróbilo ou Corpo (união de proglotes);

Ex. Taenia solium.

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Filo Nemathelminthes

•São vermes arredondados ou cilíndricos.

•Possuem simetria bilateral, tubo digestivo completo e diformismosexual

•Apresentam duas classes:

•Nematoda

•Nematomorfas

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1)Classe Nematoda

•Parasitos de vida livre, com sistema nervoso e excretos presentes. Os sexos, em geral, são separados;

•Podem ter ciclos evolutivos com e sem hospedeiros intermediários.

•Ex: Ascaris lumbricoides.

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2)Classe Nematomorfas

•Animais com aparelho digestivo incompleto no adulto. Do grego nematos (cordão, fio) e morpho (forma).

•As larvas são parasitas de invertebrados enquanto os adultos geralmente têm vida livre no plâncton ou no solo. Não possuem sistema excretor, respiratório e circulatório.

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�Tanto nas larvas como os adultos, o sistema digestivo, embora exista, admite-se que não desempenhe qualquer função, uma vez que nas larvas os nutrientes são absorvidos através da parede do corpo e os adultos não se alimentam, têm um período de vida curto e a sua única função é a reprodução.

�Vermes de vida livre, sem interesse médico-veterinário.

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Reprodu ção

•Os helmintos apresentam três tipo básicos de reprodução, podendo haver numa mesma espécie, alternância de tipos reprodutivos, dependendo de seu ciclo biológico.

•Sexuada : Reprodução por acasalamento, durante a fase adulta. O hermafroditismo é uma reprodução sexuada, na qual os dois sexos existem em um único exemplar de helminto.

•Partenogênese : Desenvolvimento de um ovo sem interferência de espermatozóide. Fêmeas que procriam sem precisar de machos que as fecundem.

•Pedogênese : Quando a partenogênese ocorre com a fêmea ainda imatura, isto é, ma fase de larva. 39

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Ciclo Evolutivo

•Monoxenos (Sem hospedeiro intermediário)

•Ovos não eclodem no meio exterior e o homem se infecta ingerindoovos com a larva infectante.

•Ovos eclodem no meio exterior e o homem se infecta pela penetração da larva infectante na pele ou mucosas.

•Heteroxenos (com hospedeiro intermediário)

•Ovos chegam ao meio externo com as fezes e são ingeridos por artrópodes nos quais os ovos eclodem, dando origem a larvas infectantes; os animais se infectam ao comerem os artrópodes com as larvas.

•Larva infectante é encontrada no sangue circulante do homem, sendo ingerida por um mosquito que, depois de madura, infecta outro hospedeiro. 40

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Artrópodes

•Os artrópodes formam o maior reino animal, possuindo mais de 800.000 espécies distintas e descritas;

•São os animais que têm pés articulados.

•Importantes para saúde pública:

•Mais importantes: classe aracnídea – aranhas, escorpiões e outros..

•Classe insecta: moscas, pulgas, mosquitos e outros..

•Esses pequenos animais podem produzir doenças, transmiti-las, agindo como agente etiológico, ou, ainda, servindo de hospedeiro intermediário de parasitas.

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O Estudo se divide em 5 grupos:

1)De forma mecânica, conduzindo o agente patogênico. Ex: moscas que pousam em fezes humanas e depois contaminam o alimento.

2)Quando participam ativamente nas transmissões do agente ou na causa efetiva da doença, podendo, assim, o agente multiplicar-se dentro do artrópode, o agente sofrer mudas no artrópode, ou, ainda, o agente sofrer mudas sem se multiplicar.

3) Quando servem de hospedeiro intermediários para determinadas doenças parasitárias.

4) Quando os artrópodes produzem a doença, como no caso a escabiose.

5)Artrópodes peçonhentos que, pela ação de peçonha, causam acidentes , como aranhas, taturanas e escorpiões.

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Cimex lectularius

(percevejos)

Triatoma infestans

(barbeiro)

Lutzomyia longipalpis

Leishmania

Aedes aegypti

Tunga penetrans

Amblyomma

cajennense

� Exemplos