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O profissional se depara com um aluno complexo, cujas características se articulam de maneira particular e única.
Neste sentido, o passo seguinte à avaliação deve ser o encaminhamento adequado, com o objetivo de
desenvolver as habilidades identificadas e oferecer uma formação ampla ao indivíduo de acordo com suas potencialidades.
Não importa quão excepcionais seja o talento do aluno, se não houver estimulo e atendimento dificilmente será alcançado a excelência no desenvolvimento.
Portanto, os programas de atendimento devem ser pautados individualmente em cada aluno.
DENTRO DE UM GRUPO DE ALUNOS COM CAPACIDADE ACIMA DA MÉDIA EM UM MESMO DOMÍNIO:
As possibilidades de combinação de fatores são inúmeras, É NECESSÁRIO levar em consideração a multiplicidade de aptidões e talentos, as variações na amplitude das capacidades e as diferenças de nível socioeconômico e cultural. Além o ritmo de cada um, a presença ou não de dificuldades, ritmos de aprendizagem, independência, maturidade, estilos de aprendizagem...
Olhar o que pode ser feito com o que temos disponível hoje, depois a rede e parcerias vão se ampliando.
Isso porque, muitas vezes, consideramos os modelos como ideais inatingíveis, que desencorajam nossas ações.
Qualquer processo educacional depende intensamente das condições e caracteristicas do lugar onde ele é realizado.
O papel dos sistemas de ensino e dos programas de
atendimento a essa população é suprir e complementar as necessidades, possibilitando alternativas de desenvolvimento pessoal e criando oportunidades para que os alunos encontrem desafios compatíveis com suas habilidades.
Alunos de beneficiam em situações de aprendizagem em ambiente formal e não formal.
Atingem maior aproveitamento em ambientes estimulantes, que favorece a ampliação de suas habilidades e interesses.
A Organização escolar em ciclos e divisões por ano/idade (que pressupões uma igualdade em desenvolvimento intelectual), não favorece o aluno dotado e talentoso, visto que ele necessita de dois grupos:
Os pares de mesma idade e os pares intelectuais.
QUAL MÉTODO? O ADEQUADO > considerando a organização e a realidade escolar.
Dificuldades: Como oferecer atividades estimulantes e projetos diferenciados com a organização em ciclos-idade-série, políticas de progressão e avaliações externas, propostas curriculares, muitas vezes impostas e inadequadas?
A implantação dos programas de atendimento depende também da disponibilidade dos profissionais e da abertura da escola para enfrentar os desafios da realização.
Agrupamento, aceleração e enriquecimento.
É necessário assinalar, entretanto, que as alternativas não são modalidade conflitantes
que devam ser adotados com exclusividade, pois há entre eles pontos comuns e entrelaçamentos.
Proposta de Pérez, Rodríguez e Fernández (1998), para
o Ministério da Educação e Cultura da Espanha, que fornece uma síntese das modalidades disponíveis:
Sistemas de Agrupamento Específico 1. Agrupamento em centros específicos;
2. Agrupamento em aulas específicas em escolas
regulares;
3. Agrupamento parcial/temporal, flexível.
Sistemas de Intervenção na Sala de Aula Regular
1. Flexibilização/aceleração .Entrada precoce na escola; .Dispensa de cursos; .Programa de estudos acelerados flexíveis no ritmo,
tarefas e/ou áreas de conhecimento.
2. Enriquecimento
.Enriquecimento dos conteúdos curriculares: � Adaptações curriculares; � Ampliações curriculares: . Verticais/área específica; . Horizontais/interdisciplinares; . Individuais ou com grupo de participação; . Tutorias específicas, monitorias.
Enriquecimento do contexto de aprendizagem:
� Diversificação curricular; � Contextos enriquecidos; � Contextos enriquecidos e agrupamentos flexíveis; � Contextos instrucionais abertos, interativos e auto-regulados.
01. Entrada mais cedo na fase seguinte do processo educativo – do nível da Educação Infantil em diante;
02. Saltar séries escolares – promoção para séries seguintes;
03. Aceleração por disciplina – freqüentar séries mais adiantadas em determinadas disciplinas;
04. Agrupamento vertical – em classes mistas, com ampla variedade de idades e séries, de modo que os mais novos possam trabalhar com os mais velhos e mais avançados;
05. Cursos especiais fora da escola que ofereçam mais conhecimento em áreas curriculares específicas;
06. Estudos paralelos – cursar o Ensino Fundamental e o Ensino Médio ao mesmo tempo, e assim por diante;
07. Estudos Compactados – quando o currículo normal é completado em metade ou terça parte do tempo esperado;
08. Planos de estudo auto-organizados – estratégia
em que os alunos desenvolvem atividades ou projetos de seu interesse enquanto esperam o resto da classe completar o que eles já fizeram ou aprenderam;
09. Trabalho com um mentor ou especialista de uma certa área de interesse do aluno, na escola ou fora dela;
10. Cursos paralelos – por correspondência, televisionada ou outra forma de ensino a distância.
Fonte: Freeman e Guenter (2000, p. 110).
Incluir, no currículo regular, programas de ensino pensamento produtivo e crítico; �Promover projetos independentes individuais e em pequenos grupos; �Desenvolver atividades de exploração em diferentes áreas do conhecimento; �Organizar atividades baseadas nos interesses dos alunos; �Resolver problemas reais e antecipar problemas futuros; �Implementar oficina de invenções; �Realizar concursos de ciências, letras, artes visuais e plásticas; �Oferecer aulas de música, interpretação ou artes visuais; �Realizar colóquios com especialistas; �Desenvolver estudos aprofundados sobre temas específicos; �Realizar adaptações curriculares; �Desenvolver projetos de investigação; �Participar em programas extracurriculares.
Fonte: Pérez, Rodríguez e Fernández (1998)
Volume de atividade e tarefas = punição.
Enriquecimento = sobreposição de conteúdos dos anos seguintes; pode somente adiar o problema, desinteresse.
Incentivar a inovação, descoberta, crítica e não apenas reproduzir o que já existe.
O QUE SEI; O QUE GOSTO; O QUE EU QUERO.
Esse exercício evita tensões ao aluno, que pode se
sentir pressionado a manter um desempenho superior constante, em uma condição emocionalmente desgastante.
“não é raro ver educadores ressentidos com os estudantes que se destacam, fazendo observações sarcásticas em classe ou apontando a inteligência como uma obrigação permanente de bons resultados. Outros expressam seu desconforto ignorando o aluno e preferindo dar atenção aos que apresentam dificuldade. A singularidade de um aluno superdotado, com todo o potencial e entusiasmo que normalmente possui, pode enriquecer os outros alunos, e o nosso desafio é auxilia-lo a se manter motivado e interessado, ajudando-o a descobrir razões para querer aprender sempre mais.”