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Projeto sobre a soja no piaui
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FACULDADE DO CERRADO PIAUIENSE-FCP
SOCIEDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO PIAUÍ- SESSPI
NUMA RAFAEL ROBERTO LUSTOSA NOGUEIRA
PRÉ-PROJETO DE PESQUISA
CULTIVO DE SOJA NO PIAUÍ E O USO DE AGROTÓXICO
CORRENTE-PI
JUNHO/2015
NUMA RAFAEL ROBERTO LUSTOSA NOGUEIRA
CULTIVO DE SOJA NO PIAUÍ E O USO DE AGROTÓXICO
Pré-projeto de Pesquisa apresentado como requisito de nota parcial da disciplina Metodologia da Pesquisa Jurídica do Curso Bacharelado em Administração Faculdade do Cerrado Piauiense – FCP.
Orientadores: Prof.ª Priscila de Souza e Prof. Marta
CORRENTE-PI
JUNHO/2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................04
2 PROBLEMA..........................................................................................................................04
3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................................04
4 OBJETIVOS..........................................................................................................................05
4.1 Geral....................................................................................................................................05
4.2 Específicos..........................................................................................................................05
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA........................................................................................05
5.1 A soja no Piauí....................................................................................................................06
5.2 Uso e consequências dos agrotóxicos no cultivo de soja....................................................07
6 METODOLOGIA ................................................................................................................10
7 CRONOGRAMA ...............................................................................................................11
REFERÊNCIAS.....................................................................................................................11
APÊNDICES .........................................................................................................................13
1 INTRODUÇÃO (TEMA E DELIMITAÇÃO)
A soja vem sendo bastante utilizada para restabelecer e fortalecer a economia
nacional e local, em regiões do cerrado assim como o Piauí. O Estado vivenciou nas três
últimas décadas uma acelerada ocupação do Cerrado, a qual se intensificou na década de 1990
por meio de grandes projetos de grãos, principalmente a sojicultura. Esta cultura encontrou
região propicia para seu pleno desenvolvimento e vem, com o passar dos anos, adquirindo
mais investimentos a fim de ser aplicado em tecnologia e serviços através de intensa migração
de empreendedores capitalizados de outras regiões do país.
Tem predominância nos grupos maiores de 1.000 hectares, contribuindo dessa
forma para a concentração de terras em grandes propriedades e a expansão das culturas
comerciais principalmente aquelas voltadas para a exportação, em detrimento das culturas de
subsistência, ocasionando a marginalização dos pequenos proprietários ou agricultores
familiares. O baixo valor da terra, a proximidade do mercado externo, solos mecanizáveis, os
recursos governamentais facilitados na forma de incentivos fiscais e financeiros são fatores
que justificam a exploração dessa região.
2 PROBLEMA
O cultivo de soja no cerrado piauiense proporciona riscos a saúde e meio ambiente
pelo uso de agrotóxico?
3 JUSTIFICATIVA
O presente trabalho consiste em apresentar um instrumento de análise e interpretação
sobre a construção da cultura da soja no Estado do Piauí, transformando o produto em
importante meio econômico, sendo para isso utilizado técnicas de manejo com o uso de
agrotóxicos a fim de controlar pragas e patologias vegetais. Esses produtos químicos não são
extraídos dos alimentos após a colheita, se transformando em risco não só a saúde pública
como ao meio ambiente (solo, agua, outras vegetações, etc.). Outra problemática dos
agrotóxicos é o descarte das embalagens que muitas vezes não são feitos da forma correta.
Para abordar essa questão utilizamos a literatura de Alves Filho. Entendemos de fundamental
importância abordar essa temática por sua relevância social no atual contexto, buscando
contribuir nos debates científicos da academia.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
Contribuir para esclarecimento da utilização consciente de agrotóxico no cultivo de
soja e sua produção econômica no Estado do Piauí.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS.
Ampliar o conhecimento sobre a construção da cultura de soja no Estado do Piauí;
Esclarecer as problemáticas do uso de agrotóxico no cultivo de soja;
Mostrar a importância da soja na economia do Estado;
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Estado do Piauí se localiza numa região de cerrado, potencialmente agricultável,
constituindo uma importante fronteira agrícola, em desenvolvimento, para a produção de
grãos, especialmente soja, cultura já adaptada e em fase de crescente expansão. Tem uma área
de 252.378 km2, ocupa 16,20% da região Nordeste e 2,95% do território nacional. É o
terceiro maior estado do Nordeste, sendo menor apenas que a Bahia e o Maranhão. Possui
aproximadamente 11,5 milhões de hectares de Cerrado, tendo como área de domínio cerca de
70% e de transição em torno de 30%, o que o leva a ocupar o quarto lugar do País e o
primeiro do Nordeste, apresentando, portanto, grande potencial de exploração. (EMBRAPA,
2000) Sua área de abrangência espacial ocupa toda a região sudoeste e parte do extremo-sul
piauiense, como área de domínio, além de manchas de transição ao norte e centro-leste do
Estado. Desse total, estima-se que cerca de 4 milhões de hectares sejam adequados para uso
agrícola. Lima (1987) afirma que a região do Cerrado, inserida nos Chapadões do Alto-Médio
Parnaíba, apresenta-se como sendo “o conjunto de extensos planaltos ao sul do Piauí, dentro
da grande unidade estrutural da bacia sedimentar do Maranhão-Piauí”.
Os solos de maior expressão geográfica no Cerrado piauiense são os Latossolos
Vermelho Amarelo e os Plintossolos, mas ocorrem também, em menor percentual, os
Planossolos e os Neossolos Quartzarênicos. Quanto à vegetação, em geral é pouco densa, com
espécies de porte atrofiado, troncos tortuosos de engalhamento baixo e retorcido, folhas
grandes e grossas, copa assimétrica e ausência de espinhos. (EMBRAPA 1999).
O clima do Cerrado é caracterizado normalmente por uma estação seca que pode
perdurar de quatro a cinco meses, ocorrendo chuvas nos meses restantes, com valores
pluviométricos anuais médios em torno de 1.100 mm. O clima predominante é o tropical
subúmido quente, inserindo-se também, em menor escala, o tipo tropical semi-árido quente.
Já a temperatura média situa-se entre 23º e 24º C. (EMBRAPA, 2002).
Com a implantação do Programa Corredor de Exportação Norte, que tem como área de
abrangência os cerrados do Sudoeste do Piauí, Sul do Maranhão e Norte e Sudeste do
Tocantins, ampliaram-se as oportunidades comerciais da produção de soja na região pelas
vantagens comparativas criadas pela infraestrutura de transporte.
5.1 A Soja no Piauí
O cultivo da soja no Meio-Norte do Brasil tem se concentrado nos cerrados do Sul do
Maranhão e do Sudoeste do Piauí. No que pese as condições ambientais favoráveis ao
desenvolvimento da cultura e as vantagens comparativas da região a área cultivada não tem
crescido na dimensão e velocidade desejadas.
O Piauí é o terceiro Estado mais pobre do Brasil, à frente apenas de Alagoas e
Maranhão. Mas, até poucos anos atrás, ocupava o nada honroso primeiro lugar entre os mais
pobres. O que está ajudando a tirar o Piauí do atraso secular e fazendo seu Produto Interno
Bruto crescer é a produção de grãos no sul do Estado, em municípios como Uruçuí, Baixa
Grande do Ribeiro, Ribeiro Gonçalves e Bom Jesus.
O primeiro registro oficial do cultivo da soja, como atividade econômica, ocorreu em
1982, com apenas 10 ha de área cultivada, observando-se a partir daí, um crescimento lento e
de pequenas dimensões, atingindo 18.075 ha em 1997, o que corresponde, apenas, a 12,28%
dos 147.165 ha cultivados em toda região. Atualmente a expectativa da Associação dos
Produtores de Soja e Milho do Piauí (Aprosoja/PI) é de crescimento variando de 12% a 15%
na semeadura de soja na safra 2013/2014. Os municípios ao sul do Estado, onde se concentra
a produção piauiense de grãos, dispõem de 3 milhões a 3,5 milhões de hectares de terras
cultiváveis, mas a agricultura empresarial usou apenas 697 mil hectares no ciclo 2012/2013.
Em condições normais, o Estado consegue produzir 3.100 quilos por hectare (51,6 sacas/ha).
Mas o impacto da estiagem e da infestação da lagarta helicoverpa na safra de 2014 fez com
que o rendimento médio das plantações piauienses fosse de apenas 1.963 quilos por hectare.
5.2 Uso e consequências dos agrotóxicos no cultivo de soja
Os produtos tóxicos, acumulando-se nos solos, permanecem ativos durante longos
anos. As plantas cultivadas nestes terrenos infectados podem absorvê-los ainda mesmo
quando não foram empregados para o seu próprio tratamento. Assim, se explica a existência
de pesticidas em alimentos, como leite e carne, cuja acumulação ocorre fundamentalmente no
homem, que se encontra no fim das cadeias alimentares.
As indústrias produtoras de agrotóxicos e fertilizantes, com o objetivo de aumentar as
vendas e lucros, utilizando-se de programas agressivos de marketing, demonstram que a
agricultura moderna de alta produtividade apenas é possível com a aplicação massiva desses
produtos, tornando a viabilidade econômica da atividade agrícola completamente dependente.
Nessa perspectiva, Alves Filho (1987) explicita que o uso continuado de agrotóxicos, aliado à
erosão, à salinização, à desertificação e ao esgotamento dos nutrientes, são os maiores
problemas da agricultura.
De acordo com o SINDAG (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa
Agrícola) anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de
agrotóxicos. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas
de produtos comerciais.
Pela quantidade total elevada de agrotóxicos usados, algumas culturas agrícolas
merecem atenção, não por esses produtos serem aplicados intensivamente por unidade de área
cultivada, e sim por essas culturas ocuparem extensas áreas no Brasil, como é o caso da soja.
6 METODOLOGIA
Método:
-Hipotético-dedutivo
Tipos de pesquisa:
-Pesquisa bibliográfica
Coleta e obtenção de dados
-Fontes primárias (artigos de periódicos e revistas)
-Secundárias (livros e sites)
Tratamento dos dados
-Qualitativo
7 CRONOGRAMA
Etapas
Mês
Abril Maio
Semanas 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª
Delimitação do tema. X
Levantamento do material de
pesquisa, livros, sites, entrevista.
X
Elaboração dos métodos. X
Desenvolvimento da pesquisa X
Análise dos dados baseando-se nos
estudos previamente realizados.
X
Redação preliminar do trabalho. X
Considerações finais do trabalho e
revisão.
X
Entrega e apresentação. X
REFERÊNCIAS
ALVES FILHO, A. P. Agrotóxicos: envenenando os alimentos e poluindo o ambiente. Carta CEPRO. Teresina, Fundação CEPRO, v. 12, n. 2, p. 43 – 53, ago./dez. 1987.
ANUÁRIO ESTATÍSTICO DO BRASIL. Rio de Janeiro: IBGE, v.41/47, 1980/1997.
CEPRO, Fundação Centro de Pesquisas Econômicas e Sociais do Piauí. Governadores do Piauí – Uma perspectiva histórica, Teresina: novembro/93.
AGÊNCIA EMBRAPA DE INFORMAÇÃO TECNOLÓGICA. Agrotóxico no brasil. AGEITEC. 2013. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/agricultura_e_meio_ambiente/arvore/CONTAG01_40_210200792814.html>. Acesso em 10 jun. de 2015.
EMBRAPA. Sistema brasileiro de classificação de solos. Brasília: EMBRAPA – Serviço de Produção de Informação (SPI), 1999. 396p.
______. Cerrados do Piauí. Disponível em: <http://www.cpamn.embrapa.br/cerrados. html>. Acesso em 16 setembro 2002.
FROTA, Antônio Boris. CAMPELO, Gilson Jesus de Azevedo. Evolução e perspectivas da produção de soja na região Meio Norte do Brasil. Universidade Federal do Piauí. Teresina, 2012.
LIMA, I. M. de M. Fé. Relevo piauiense: uma proposta de classificação. Carta CEPRO. Teresina, Fundação CEPRO, v. 12, n. 2, p. 55 – 84, ago./dez. 1987.