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Compilação: Paulo Victorino
PRÉ-RENASCIMENTO
ÍNDICE POR ORDEM ALFABÉTICA
Mapa da Itália 004
O Período TRECENTO 005
O Período QUATROCENTO 007
Alesso Baldovinetti 009
Andrea del Castagno 013
Andrea del Verrocchio 017
Andrea Mantegna 023
Antonello da Messina 029
Antoniazzo Romano 033
Antonio Pisanello 035
Antonio Pollaiuolo 037
Antonio Rossellino 041
Benozzo Gozzoli 045
Bertoldo di Giovanni 049
Carlo Crivelli 051
Cosimo Tura 055
Della Robbia 059
Desiderio da Settignano 063
Domenico di Bartolo 067
Domenico Ghirlandaio 069
Domenico Veneziano 073
Donatello 077
Ercole de' Roberti 081
Filippo Brunelleschi 083
Filippo Lippi 089
Filippino Lippi 095
Fra Angelico 097
Francesco del Cossa 101
Francesco di Giorgio 103
Francesco Squarcione 105
Gentile Bellini 107
Gentile da Fabriano 109
Giovanni Bellini 111
Giovanni di Paolo 115
Il Sassetta 119
Jacopo Bellini 123
Lorenzo Ghiberti 127
Luca della Robia 131
Luca Signorelli 137
Masaccio 141
Masolino 147
Melozzo da Forlì 149
Paolo Uccello 151
Piero della Francesca 155
Pietro Perugino 159
Pinturicchio 163
Sandro Botticelli 165
Taddeo di Bartolo 171
Vecchietta 173
Vittore Carpaccio 175
Vittore Crivelli 177
O Período TRECENTO O Trecento é um período da História da Arte que se segue à Idade Média
na Itália. Sua diferença vem do fato de que este caminho vai acabar no Pré-
Renascimento, dando início à transformação de todo panorama artístico
europeu. Acontece durante todo Século XIV, e antecede o que se chama de
Quattrocento, a primeira fase do Renascimento.
Em termos gerais, trata-se de uma continuação da arte bizantina, pois muitas
de suas características vieram dessa época da arte.
A pintura do período mostra vários trípticos e usa simples folhas de ouro que
representam o caráter de Deus. As paredes dos monastérios da Toscana estão
decoradas com afrescos desta época.
Entre os florentinos especializados em afrescos, destaca-se o nome de
Giotto, a quem se atribuem as soberbas obras da Cappella degli Scrovegni e
a série sobre a vida de São Francisco de Assis.
Giotto inaugura a tridimensionalidade da arte mural, dando assim corte radical
com a arte bizantina e abrindo caminho para o Renascimento.
No entanto, o Trecento pode ser considerada uma transição do estilo gótico
para a cultura renascentista.
Wikipedia e outras fontes.
- 006 -
A Igreja de Santa Maria dos Anjos, em Bolonha, foi construída a partir de
1328. Por essa época, Gera Popoli, um rico comerciante da cidade,
incumbiu Giotto (1267-1337) de fazer este políptico para decorar a capela
que ele havia comprado para a igreja. O quadro principal, com a Madona e
a criança, acompanhando a estrutura gótica do trono, é seguramente obra
de Giotto, porém, os painéis laterais, com São Pedro, São Gabriel, São
Miguel e São Paulo apresentam certas características díspares, que nos
levam a acreditar que foram pintados por um discípulo de Giotto e não
por ele próprio.
- 007 -
O Período QUATROCENTO O período Quatrocento, se refere aos eventos culturais e artísticos do século
XV na Itália, analisados em conjunto.
Esse período engloba tanto o final da Idade Média (Arte Gótica e Gótico
Internacional), quanto o começo do Renascimento.
A arte renascentista começou a manifestar-se plenamente no
Quattrocento (Século XV) em Florença. A situação econômica, social e cultural
dessa cidade era favorável ao esplendor artístico.
O orgulho dos florentinos expressou-se em seguida nas estátuas dos santos
patronos para os nichos de Orsanmichele (Or San Michele), obra de vários
artistas, entre os quais Donatello e Lorenzo Ghiberti, assim como na maior
cúpula construída desde a antiguidade, erguida por Filippo Brunelleschi na
catedral.
Em 1401 foi realizado naquela cidade um concurso para a confecção das
portas em bronze do batistério de San Giovanni, do qual o vencedor foi Ghiberti.
O pagamento dessas obras escultóricas e arquitetônicas e a decoração dos
palácios, igrejas e monastérios ficou a cargo de ricas famílias de comerciantes e
dignitários, entre as quais se destacou a família dos Medici.
O iniciador da pintura renascentista foi Masaccio. A monumentalidade de
suas composições e o naturalismo de suas obras fazem dele uma figura
essencial da pintura do Século XV, como se pode apreciar nos afrescos da
capela Brancacci.
Outros ícones do Quatrocento foram Piero della Francesca, que se sentiu
atraído pelo valor da luz como elemento expressivo, e Sandro Botticelli, com
quem triunfou um estilo sinuoso e refinado.
Neste mesmo século também podemos destacar a arte dos Flamengos
(região hoje ocupada pela Holanda e Bélgica), que, embora buscando
- 008 -
inspiração na arte italiana, utilizavam cromatismo e luminosidade diferente, além
do que não faziam pintura palaciana e, em suas pinturas, retravam o perfil das
pessoas, a imagem frontal e também cenas domésticas.
Foram os Flamengos que, atentos ao desenvolvimento técnico da arte,
inventaram a tinta a óleo e pintura de cavalete, entre outros aperfeiçoamentos.
Fontes: http://selandoarte.blogspot.com.br/, Wikipedia e outras.
Acima: Masaccio - “Tributo ao dinheiro” (1425)
Abaixo: Cristo e seus discípulos (detalhe)
- 009 -
Alesso Baldovinetti 1427-1499
Alesso Baldovinetti (14 de outubro, 1427 — 29 de agosto, 1499) foi um
pintor italiano do Pré-Renascimento, nascido em Florença e membro de um
grupo de realistas e naturalistas científicos que também incluía Andrea del
Castagno, Paolo Uccello e Domenico Veneziano. Sua obra mostra as influências
de Fra Angelico e Domenico Veneziano. Embora trabalhando primordialmente
com quadros, também produziu mosaicos e vitrais.
Estudou na Academia de Belas Artes de Florença e teria sido discípulo de
Piero della Francesca. Não se sabe ao certo quem foram seus mestres, mas o
estilo refinado, a graça e beleza conduzem inevitavelmente para os nomes já
cidados acima.
Em 1462, Alesso foi contratado para pintar o grande afresco da Anunciação
no claustro da Basílica da Santíssima Anunciação, em Florença.
Era um pintor que imitava os detalhes naturais com fidelidade em paisagens
que tinham um preciso sentido de ar e distância. Começava suas composições
em afresco e as finalizava em secco, uma tempera com uma mistura de gema
de ovo e verniz líquido. Com isso, o pintor acreditava proteger as obras da
umidade. Contudo, a técnica não funcionou, pois partes das pinturas escamaram
com o tempo. Trabalhou na mesma igreja com outros artistas como Giuliano de
Maiano.
Em 1471, trabalhou na Igreja da Santa Trindade, em Florença, na decoração
de capelas. Em 1497, a série de afrescos, que representava vários cidadãos
nobres da cidade, foi avaliada em alto preço por um comitê formado por Cosimo
Rosselli, Benozzo Gozzoli, Perugino e Filippino Lippi.
Hoje apenas alguns fragmentos do afresco permanecem. Aliás, os melhores
trabalhos deste artista ficaram danificados, restando umas poucas
representações de sua obra, entre elas a Natividade (1460-circa), Madona com
criança (1460-circa) e o já citado Anunciação (1460-circa).
- 010 -
O pouco que restou, entretanto, é suficiente para revelar uma sensitividade
especial de Baldovinetti para a luz e a paisagem, numa rara mistura de
simplicidade e sofisticação. Alguns até o consideram o melhor pintor de Florença
na década de 1460, o que se poderia afirmar com maior autenticidade se fosse
possível a aproximação com o restante de sua obra, já perdida.
Abaixo: Retrato de mulher em amarelo (1465)
Óleo sobre madeira – 63 x 40 cm - Fonte: Commons
- 011 –
Alesso Baldovinetti - Madona com criança –
Ano: 1460-1465 – Óleo sobre madeira
106 x 75 cm – Louvre Museum
- 012 –
Madona com criança e Santos
Pintado em 1454 circa
Técnica: Têmpera sobre madeira
Tamanho: 176 x 166 cm
Galleria degli Uffizi, Florence
Fonte: Web Gallery of Art
- 013 -
Andrea del Castagno
(1421 – 1457) Andrea del Castagno (San Godenzo 1421 - Florença, 19 de agosto de 1457)
foi um pintor florentino, influenciado por Masaccio e Giotto. Por sua vez, ele
influenciou a Escola de Ferrara, da qual participavam Cosmè Tura, Francesco
del Cossa e Ercole de Roberti. Foi mestre de Antonio Pollaiuolo.
Pouco se sabe sobre sua formação. Acredita-se que tenha sido aprendiz de
Filippo Lippi e Paolo Uccello. Suas primeiras obras importantes foram os
afrescos de "A última ceia" e "A paixão de Cristo", realizados por volta de
1445 para o refeitório do convento de Sant'Apollonia (posteriormente Museu
Castagno), em Florença, onde se nota especial preocupação com a perspectiva
e a monumentalidade das figuras.
Andrea del Castagno – “A última ceia” - afresco - (1445-1450)
Dimensões 4,53m x 9,75m - Convento de Sant'Apollonia (Florença)
Fonte:The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,
2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH.
- 014 -
As lições de Donatello, aliás, foram determinantes em seu trabalho posterior,
como se pode apreciar no conjunto "Homens e mulheres famosos", que pintou
com novo estilo, pleno de dinamismo e expressividade, para a Villa Carducci
Pandolfini de Legnaia.
Seu último trabalho foi Monumento Equestre de Niccolò da Tolentino
(catedral de Florença). Nota-se nele uma grande preocupação com a perspectiva
e a monumentalidade das figuras, reflexo da influência de Masaccio e da
escultura de Donatello. (Wikipedia e outras fontes.)
Andrea del Castagno – Monumento equestre de Niccolò da Tolentino
Afresco – 1456 – 833 x 512 cm – Catedral S. Maria del Fiore (Florença)
- 015 –
Andrea del Castagno – Retrato de um homem, 1450 (detalhe)
Rainha Ester, 1450c, afresco 1,50x1,20m, fonte: wikiart.org
- 016 –
Vista geral do cenáculo no refeitório do
Convento de Santa Apolônia
Fonte: Wikimidia Commons
- 017 -
Andrea del Verrocchio 1435 – 1488
Andrea di Francesco di Cione, conhecido como Andrea del Verrocchio,
(Florença, 1435 — Veneza, 10 de outubro de 1488) foi um artista florentino
italiano que esteve ativo durante a pré-Renascença, ou período Quatrocento.
Era escultor, ourives e pintor, e trabalhou na corte de Lorenzo de Médici,
sendo considerado, fora de dúvida, um dos pintores mais influentes de seu
período.
E não é pouca coisa, não. Entre seus alunos incluem-se Leonardo da
Vinci, Sandro Botticelli, Perugino e Ghirlandaio.
Sua obra também acabou por influenciar grandes nomes de sua época, como,
por exemplo, Michelangelo.
Sendo um artista da pré-Renascença, com seu trabalho de artista e de
mestre, ajudou a abrir as portas do Renascimento, que surgiria, em toda a
plenitude, após sua morte.
Além disso, sua versatilidade não tinha limites. Fora a pintura, que o
consagrou, também foi um escultor de primeira grandeza.
Na imagem da página seguinte, vemos “O Batismo de Cristo”, com uma
curiosidade singular: o quadro em si foi pintado por Verrochio, mas os dois
anjinhos que aparecem no canto superior esquerdo foram pintados pelo seu
discípulo Leonardo da Vinci, registrando no ato o nascimento de uma estrela
que iria brilhar sobre todos os artistas do Renascimento.
- 018 -
Neste quadro de Verrocchio, uma curiosidade: os
anjinhos da esquerda foram pintados por seu aluno
Leonardo Da Vinci
Crédito da imagem: “Andrea del Verrocchio - The Yorck
Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,
2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA
Publishing GmbH.”
- 019 -
Verrocchio nasceu em Florença em 1435. Começou a trabalhar como ourives
na oficina de Giulio Verrocchi, de quem tomou o sobrenome. Não se sabe se
foi aprendiz de Donatello. Suas primeiras pinturas são de 1460, quando
trabalhava com Filippo Lippi.
Em 1474 e 1475, pintou O Batismo de Cristo, agora na Galleria degli Uffizi,
em Florença. Nesse trabalho, foi ajudado por seu discípulo Leonardo Da Vinci,
ainda jovem, que terminou a paisagem e o anjo na extrema esquerda.
Segundo Giorgio Vasari, Andrea decidiu então nunca mais pintar, pois
Leonardo o tinha ultrapassado em técnica e genialidade.
Não que abandonasse de vez as artes plásticas, mas, a partir de 1475,
Verrocchio começou a se dedicar quase inteiramente à escultura.
Em 1478, Verrocchio começou seu trabalho mais importante, uma estátua
equestre de Bartolomeo Colleoni, que tinha morrido três anos antes. O
trabalho foi encomendado pela República de Veneza.
Esta era a primeira tentativa de produzir uma estátua com uma das pernas
do cavalo longe do chão. A estátua é também notável pela expressão
firme de comando no rosto de Colleoni.
- 020 -
Verrocchio enviou para seus clientes um modelo da estátua em cera no ano
de 1480. Oito anos depois, ele mesmo mudou-se para Veneza para ajudar na
fundição da estátua. Contudo, morreu antes de terminar o trabalho.
Em Florença, dirigiu um ateliê com muitos alunos de pintura. É provável que
tenha estudado pintura com Alesso Baldovinetti e escultura com Antonio
Rossellino.
Em 1467, dava início a sua obra mais importante em Florença, "Cristo e São
Tomé" na fachada de Or San Michelle, concluída em 1483. (detalhe abaixo)
Sua primeira obra de grande porte foi o suntuoso sepulcro de Pedro de Médici
e João de Médici na igreja de San Lorenzo, em Florença, que foi concluído em
em 1472, notável pelo uso de mármore e pórfiro coloridos em associação com
ornatos de bronze.
Sua morte deixou inacabado o túmulo do cardeal Foteguerri (1476–1488) na
catedral de Pistoia, que foi terminado por escultores barrocos do século XVII.
Como os grandes artistas, teve uma alma tumultuada, com muitas idas e
vindas em seus planos, reconsiderando muitas das decisões já tomadas e
mudando de rumo com alguma frequência.
Sua obra foi grandiosa, mas, talvez, a obra maior, foi preparar jovens
talentos que iriam desabrochar nas décadas seguintes, alguns deles
destronando o próprio mestre.
- 021 –
Madona e a criança - Andrea del Verrocchio
1470 (circa – Tempera sobre madeira
66 x 48.3 cm – Metropolitan Museum (NY)
- 023 -
Andrea Mantegna 1431-1506
Andrea Mantegna (Vicenza, região do Veneto c.1431 - Mântua, 13 de setembro
de 1506) foi um pintor e gravador do pré-Renascimento na Itália e um dos mais
importantes pintores do Quatrocento no Norte do país. Mestre da perspectiva,
contribuiu de maneira destacada para o desenvolvimento das técnicas de
composição da pintura renascentista.
Nascido em Isola di Carturo, próximo a Vicenza, no ano de 1431, dez anos
depois aparece como aprendiz e filho adotivo do pintor Francesco Squarcione,
em Pádua.
- 024 -
Demonstrou sempre um apaixonado interesse pela antiguidade clássica. A
influência, tanto da escultura antiga romana como das obras de seu
contemporâneo Donatello fica evidenciada no tratamento que Mantegna confere
às suas figuras humanas. Estas se distinguem por sua solidez, arredondamento
das formas, volume, expressividade e precisão anatômica.
Seus trabalhos principais foram de cunho religioso. Um dos primeiros e mais
destacados foi uma série de afrescos sobre a vida de São Tiago e São
Cristóvão, realizados para a capela Ovetari, na igreja dos Eremitani (1456) que,
lamentavelmente, foram seriamente danificados durante a Segunda Guerra
Mundial.
Em 1459, Mantegna viajou para Mântua como pintor da família Gonzaga,
mudando sua temática religiosa pela secular, com utilização de alegorias. Sua
obra prima foi um conjunto de afrescos (1465-1474), feito para o quarto
nupcial no palácio do duque de Mantua.
Com esta obra, a arte da perspectiva ilusionista alcançou novos limites,
convertendo-se no protótipo do tromp l’oeil (ilusão de tridimensionalidade),
usada mais tarde no barroco e no rococó.
As refinadas figuras da corte não só aparecem representadas contra o fundo
da parede, como também dentro de um efeito de espaço tridimensional, como
se as paredes tivessem desaparecido.
- 025 -
A ilusão se prolonga até o teto, que parece estar aberto aos céus, com
servos, um pavão real e querubins apoiados e reclinados sobre um corrimão.
Os últimos trabalhos de Mantegna variaram na qualidade. Sua maior tarefa,
uma série de nove telas, intitulado Os triunfos de César (1489), é de um
classicismo seco, frio. Já o Parnaso (1497), pintura alegórica, é mais leve e
cheio de animação.
Reconheça-se, porém, que sua obra nunca deixou de ser inovadora. Em A
Virgem da Vitória (1495) introduziu um novo critério de composição, baseado
em diagonais, bastante explorado, algum tempo depois, por Corregio. Já em
Cristo morto (1506) há uma utilização de técnicas que seriam aproveitadas mais
tarde pelo Maneirismo, na pós-Renascença.
- 026 –
Andrea Mantegna – “A Virgem da Vitória”
Mantegna, uma das principais figuras da arte na segunda metade do Século
XV, dominou influiu durante cinquenta anos na pintura do Norte da Itália.
Também, graças a ele, alguns artistas alemães, sobretudo Albrecht Dürer,
puderam conhecer os descobrimentos artísticos do Renascimento italiano.
(Enciclopédia Encarta em espanhol e outras fontes)
- 027 –
Antonello da Messina 1430-1479
Antonello di Giovanni d'Antonio, em siciliano Antonellu di Giovanni
d'Antoniu di Missina, de seu nome artístico Antonello da Messina (Messina,
1430 — Messina, 1479) foi um dos melhores pintores do Renascimento italiano.
Nativo da Sicilia, Antonello da Messina é considerado um dos introdutores,
na Itália, das técnicas pictóricas de óleo criadas nos Países Baixos.
Fazendo parte de uma família de artesãos, Antonello da Messina teve, desde
cedo, um grande contato com as artes, sobretudo com a pintura, arte pela qual
se apaixonou.
Realizou a sua aprendizagem de 1445 a 1446 com o mestre Niccolò Antonio
Colantonio, em Nápoles. Aqui começou a perceber a importância da luz, que já
vigorava na pintura italiana, mesmo estando na pré-Renascença.
Supõe-se que trabalhou em Milão, por volta de 1450, para os patronos da
cidade: os Sforza. Tal hipótese revela-se quase uma certeza, já que nas actas
dos Sforza figuram pintores contratados, entre eles "Antonellus Sicilianus",
que se supõe ser Antonello da Messina.
Os seus trabalhos eram muitas vezes confundidos os de artistas flamengos,
devido ao detalhismo e solene rigor, à harmonia dos tons e das cenas
representadas, à delicadeza das cores, aspectos típicos dos "Primitivos
Flamengos", como Jan van Eyck (1390:-1441) e Van der Weyden(1400-1464).
Porém, a partir de 1460, decidiu voltar-se para a pintura italiana e
notoriamente renascentista, começando a usar a perspectiva, a destacar as
figuras representadas e a dar mais ênfase às cores, sendo que, neste período,
se destaca a influência de Piero della Francesca.
Tais aspectos são visíveis no quadro A Virgem e o Menino
(1460) Imagem na página 030.
- 030 –
- 031 -
Mestre conhecido em toda a Itália, foi contratado em Veneza, onde realiza
uma das suas obras-primas: o Retábulo de São Cassiano, em 1476. Contudo,
sentindo-se doente volta a Messina, a sua terra natal, onde morre dias depois.
Da sua obra há que denotar A Virgem da Anunciação, obra pintada em 1475
e albergada atualmente pelo museu siciliano "Palazzo Abatellis", e São
Sebastião.
A sua obra influênciou muitos artistas, entre eles Petrus Christus, Lorenzo
Lotto, Zanetto Bugatto, Pier Maria Pennacchi e Giovanni Bellini.
Wikipedia e outras fontes.
Antonello da Messina “La Annunciata”
(Virgen da Anunciación) 1476 (circa)
- 032 –
Antonello da Messina – “A flagelação de Cristo”
(1476-circa) - Óleo sobre madeira – 30x21 cm
Musée du Louvre, Paris
Fonte: http://www.wga.hu/html
- 033 -
Antoniazzo Romano 1430-1510
Antoniazzo Romano, nascido Antonio di Benedetto Aquilo degli Aquili
(1430 — 1510) foi um pintor italiano do pré-Renascimento, a principal figura da
escola Romana durante o período Quatrocento.
Antoniazzo nasceu em Roma, incluindo em seu nome artístico o gentílico de
sua cidade natal. Influenciou-se primeiramente pela maneira decorativa de
Benozzo Gozzoli e Fra Angelico, bem como pelos pintores do Lácio. Trabalhou
para a corte papal.
Em 1467, completou a decoração da capela funerária do Cardeal
Bessarion na Basílica dos Santos Doze Apóstolos de Roma. No centro da
decoração havia um ícone da Virgem, agora na Capela de Santo Antônio, uma
cópia dos ícones bizantinos que estavam em Santa Maria in Cosmedin, a igreja
dos gregos em Roma.
O ícone é um dos mais impressionantes exemplos da produção de Virgens
de Antoniazzo, geralmente tirados de modelos bizantinos. Participou da
decoração do Palácio Apostólico, junto com artistas como Perugino, Melozzo
da Forlì e Ghirlandaio.
Antoniazzo foi um dos três fundadores da Academia de São Lucas, a guilda
de pintores e criadores de iluminuras de Roma. (Wikipedia e outras fontes).
- 035 -
Antonio Pisanello
(Antonio di Puccio Pisano)
1395-1455?
Antonio Pisanello (1395 — 1455) foi um dos mais importantes pintores da
pré-Renascença Italiana, período que ficou conhecido como Quatrocento.
Mais conhecido pela arte da medalha, Pisanelo, ou Pisano, foi um dos
primeiros artistas de sua época a trabalhar baseado no conceito da realidade
concreta, em lugar de aceitar a tradição medieval, que era a de copiar desenhos
já existentes. Abaixo, medalha feita por Pisanelo em 1446 (circa)
Antonio di Puccio Pisano nasceu em Pisa, Itália, em 27 de novembro de 1395.
Colaborou com Gentile da Fabriano em afrescos para o palácio dos doges, em
Veneza, entre 1415 e 1422, e para a igreja de São João de Latrão, em Roma,
depois de 1427.
- 036 -
Entre seus afrescos, os únicos remanescentes são "Anunciação" e "São
Jorge libertando a princesa de Trebizonde", respectivamente nas igrejas de
San Fermo e Santa Anastasia, ambas em Verona. Essas obras caracterizam-se
por detalhes do estilo gótico internacional -- do qual o artista jamais se libertou
de modo completo -- mas já em transição para o renascentista.
San Jorge y la princesa (c. 1436-1438),
Iglesia de Santa Anastasia (Verona).
Fonte: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malerei. DVD-ROM,
2002. ISBN 3936122202. Distributed by DIRECTMEDIA Publishing GmbH.
A fama de Pisanello deve-se sobretudo às medalhas de bronze em baixo-
relevo, que trazem no verso cenas simbólicas da vida e do caráter dos
homenageados.
Seus desenhos, os únicos do século XV quase intatos, estão preservados
no códice Vallardi (Museu do Louvre, Paris).
Pisanello morreu por volta de 1455, provavelmente em Roma. (Enciclopédia
Britânica e outras fontes.)
- 037 -
Antonio Pollaiuolo 1429? - 1498
Antonio del Pollaiuolo (17 de janeiro 1429/1433 - 04 de fevereiro de 1498),
também conhecido como Antonio di Jacopo Pollaiuolo ou Antonio Pollaiuolo,
foi um pintor, escultor, gravador e ourives italiano que atuou durante o pré-
Renascimento (Quatrocento). Seu local de nascimento é Florença.
O irmão Piero também era artista e os dois trabalharam juntos com
frequência, mesclando suas habilidades. O trabalho de ambos evidencia a
orientação para os clássicos e um especial interesse pela anatomia. Nesse
propósito, chegaram a realizar dissecações para melhorar os seus
conhecimentos sobre o assunto.
Eles adotaram o sobrenome Pollaiuolo (granjeiro) numa lembrança ao
comércio de seu pai, que se dedicava à compra e venda de aves (Pollaio
significa "galinheiro", em italiano). Os primeiros estudos de ourivesaria e
metalurgia aconteceram sob a orientação do pai, enquanto que Andrea del
Castagno provavelmente ensinou-lhe pintura.
- 038 -
Outras fontes relatam que ele trabalhou na oficina de Bartoluccio di Michele
em Florença, onde Lorenzo Ghiberti também recebeu formação artística.
Durante este tempo surgiu o interesse pela gravura.
Alguns momentos da pintura de Pollaiuolo revelam uma forte expressividade
como se nota, por exemplo em O Martírio de São Sebastião (abaixo) , pintado
em 1473-1475 para a capela Pucci da SS. Annunziata de Florença .
- 039 -
Na contrapartida, seus retratos de mulheres apresentam uma calma e uma
atenção meticulosa aos detalhes da moda, como, aliás, era comum nos
retratistas da época.
Pollaiuolo alcançou seus maiores sucessos como um escultor e gravador em
metal. Entretanto, a identificação de suas obras é muito irregular e, por vezes,
duvidosa, pois a amálgama entre ele e seu irmão era tanta que muitas obras se
executavam simultaneamente a quatro mãos.
Das gravuras, só uma sobreviveu, “A batalha dos homens nus” (abaixo),
mas, pelo seu tamanho excepcional e pela sofisticação dos detalhes, ela criou
novos padrões no gravurismo e essa peça continua sendo uma das mais
famosas gravuras do pré-Renascimento.
(La battaglia dei nudi d'Antonio Pollaiuolo, 1465–1470, 42x70cm
- 040 -
Em 1484, Antonio fixou residência em Roma, onde executou o túmulo do
Papa Sisto IV, terminado em 1493, e que agora se encontra no Museu de São.
Pedro. Trata-se de uma composição na qual ele novamente manifesta a
tendência ao exagero nas características anatômicas das figuras.
Em 1496, foi para Florença, a fim de dar os últimos retoques ao trabalho já
iniciado na sacristia do Espírito Santo.
Morreu em Roma como um homem rico, após ter acabado o mausoléu do
Papa Inocêncio VIII, também em São Pedro, e foi enterrado na igreja de San
Pietro in Vincoli , onde se levantou um monumento em sua homenagem.
Não restam dúvidas de que sua principal contribuição para a pintura florentina
está na análise detalhada do corpo humano em movimento ou em condições de
pressão. (Enciclopédia Britânica e outras fontes)
ABAIXO: “Philosophy” (1484-1493) Bronze -
Basilica di San Pietro, Vatican -
Fonte: http://www.wga.hu/
A figura alegórica (baixo relevo em bronze) é uma das peças
que compõe o túmulo do Papa Sixtus IV.
A animação da figura e a tensão da decoração evocam o estilo
de Verrocchio, mestre de Da Vinci e rival de Pollaiuolo. Como
anatomista que era, Pollaiuolo deu atenção especial aos
músculos e veias, aos gestos e ao imaginário movimento da
figura, desperta de sua posição estática.
- 041 -
Antonio Rossellino 1427-1479
Antonio Gamberelli, mais conhecido como Antonio Rossellino (Settignano,
1427 - Florença, 1479) foi um escultor e arquiteto da Itália.
Irmão mais jovem de Bernardo Rossellino, de quem recebeu instrução e
influência, e a quem auxiliou como aprendiz em vários trabalhos. Foi um mestre
no retrato, deixando várias peças de grande qualidade nesse gênero, como os
de Giovanni Chellini (1456) e Matteo Palmieri (1468), com um estilo realista
acentuado.
Sua melhor obra é o grande conjunto da Tumba do Cardeal de Portugal (c.
1460), em São Miniato al Monte, na periferia de Florença, com uma complexa
combinação de arquitetura, escultura e pintura. A concepção da arquitetura do
nicho se deveu a Antonio Manetti, e os detalhes arquiteturais ficaram a cargo
de outro irmão de Antonio, Giovanni Rossellino. Teve ainda a ajuda de
Bernardo, segundo a crítica, a identidade estilística de Antonio permanece
dominante.
- 042 -
Representou uma significativa evolução no conceito de monumentos
fúnebres, dando-lhe muito maior dinamismo e unidade, com uma forte
caracterização no retrato do falecido, sendo um dos melhores exemplos em seu
gênero em todo o período Quatrocento.
Também deixou várias Madonas e outro monumento importante para Filippo
Lazzari (1464).
Antonio Rosselino – Natividade
Escultura – Firenze (Itália) 1888 (circa)
- 043 –
Baixo Relevo - Antonio Rossellino,
“Madonna delle Candelabre”, 1457-1461 ca,
79x57 cm, collezione privata - Fonte: Commons