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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS 1 PROJETO DE LEI Nº DISPÕE SOBRE O PLANO PLURIANUAL PARA O QUADRIÊNIO 2014/2017. A Câmara Municipal aprovou e eu, Prefeito do Município de Campinas, sanciono e promulgo a seguinte Lei: Art. 1º Fica instituído, na forma do Anexo que integra a presente Lei, o Plano Plurianual para o quadriênio 2014/2017, em cumprimento ao disposto no Art. 165, § 1º, da Constituição Federal e ao art. 5º, inciso I, das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do Município, estabelecendo, para o período, os programas com seus respectivos objetivos, indicadores, valores e metas da Administração Pública Municipal e da Câmara Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. Parágrafo único. Constituem diretrizes fundamentais da Administração Pública Municipal e dos programas estabelecidos neste plano: I - Desenvolvimento Humano; II - Desenvolvimento Sustentável; III - Desenvolvimento Econômico; IV - Estrutura Governamental. Art. 2º Os programas a que se refere o artigo 1º desta Lei constituem o elo básico de integração entre os objetivos do Plano Plurianual, as prioridades e metas fixadas nas leis de diretrizes orçamentárias e as programações estabelecidas nos orçamentos anuais correspondentes aos exercícios abrangidos pelo período do Plano Plurianual. Art. 3º O Poder Executivo submeterá à autorização Legislativa eventuais alterações nos programas ou em seus respectivos objetivos, indicadores, valores e metas, referidos no art. 1º desta Lei, quando da elaboração de sua proposta de diretrizes orçamentárias e proposta orçamentária, orientando a ação governamental para o exercício subsequente. Art. 4º As codificações de programas deste Plano serão observadas nas leis de diretrizes orçamentárias e nas leis orçamentárias. Parágrafo único. Os códigos a que se refere este artigo prevalecerão até o término dos programas a que se vinculam.

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS PROJETO DE LEI Nº …

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

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PROJETO DE LEI Nº DISPÕE SOBRE O PLANO PLURIANUAL PARA O QUADRIÊNIO 2014/2017.

A Câmara Municipal aprovou e eu, Prefeito do Município de Campinas, sanciono e promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica instituído, na forma do Anexo que integra a presente Lei, o

Plano Plurianual para o quadriênio 2014/2017, em cumprimento ao disposto no Art. 165, § 1º, da Constituição Federal e ao art. 5º, inciso I, das Disposições Transitórias da Lei Orgânica do Município, estabelecendo, para o período, os programas com seus respectivos objetivos, indicadores, valores e metas da Administração Pública Municipal e da Câmara Municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

Parágrafo único. Constituem diretrizes fundamentais da

Administração Pública Municipal e dos programas estabelecidos neste plano:

I - Desenvolvimento Humano; II - Desenvolvimento Sustentável; III - Desenvolvimento Econômico;

IV - Estrutura Governamental. Art. 2º Os programas a que se refere o artigo 1º desta Lei constituem o

elo básico de integração entre os objetivos do Plano Plurianual, as prioridades e metas fixadas nas leis de diretrizes orçamentárias e as programações estabelecidas nos orçamentos anuais correspondentes aos exercícios abrangidos pelo período do Plano Plurianual.

Art. 3º O Poder Executivo submeterá à autorização Legislativa eventuais

alterações nos programas ou em seus respectivos objetivos, indicadores, valores e metas, referidos no art. 1º desta Lei, quando da elaboração de sua proposta de diretrizes orçamentárias e proposta orçamentária, orientando a ação governamental para o exercício subsequente.

Art. 4º As codificações de programas deste Plano serão observadas nas leis de diretrizes orçamentárias e nas leis orçamentárias. Parágrafo único. Os códigos a que se refere este artigo prevalecerão até o término dos programas a que se vinculam.

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Art. 5º O Poder Executivo poderá adicionar recursos aos programas a que se refere o art. 1º desta Lei, desde que oriundos de convênios e/ou transferências de outras esferas de Governo e que se mantenham dentro do mesmo objetivo do programa.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 7º Ficam revogadas as disposições em contrário. Campinas,

JONAS DONIZETTE

Prefeito Municipal

MÁRIO ORLANDO GALVES DE CARVALHO Secretário de Assuntos Jurídicos

HAMILTON BERNARDES JÚNIOR Secretário de Finanças

Redigido no Departamento de Consultoria Geral, da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos, conforme protocolado administrativo n° 2013/10/39885, em nome de Secretaria Municipal de Finanças.

MICHEL ABRÃO FERREIRA Secretário-Chefe de Gabinete do Prefeito

RONALDO VIEIRA FERNANDES Diretor do Departamento de Consultoria Geral

proj-061-2013

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APRESENTAÇÃO

PLANO PLURIANUAL 2014-2017

O Plano Plurianual - PPA é um dos instrumentos de planejamento

financeiro da área pública previstos no artigo 165, § 1º da Constituição Federal

de 1988, bem como no artigo 5º, Inciso I, das Disposições Transitórias, da Lei

Orgânica do Município de Campinas. Este instrumento estabelece os

programas do Governo Municipal, neste caso para o período de 2014-2017,

detalhando no Anexo seus respectivos objetivos, indicadores, custos e metas

para as despesas de Capital, bem como para as relativas aos programas de

duração continuada.

Seguindo as orientações constitucionais, o PPA visa ainda, orientar as

proposições das diretrizes orçamentárias e disciplinar as leis orçamentárias

anuais, formando com elas um projeto harmônico.

Por isso, o Plano tendo como matriz o Plano de Metas do governo, está

estruturado em 4 (quatro) diretrizes cujos temas guardam correspondência

com as prioridades do Governo e com estratégias de ação a que se sujeitarão

todos os programas da administração pública municipal durante os próximos 4

(quatro) anos, acompanhadas por um programa de metas, que através de

seus indicadores, visa avaliar e monitorar a efetividades dos programas e

ações. As quatro diretrizes do Plano Plurianual são:

• Desenvolvimento Humano; • Desenvolvimento Sustentável; • Desenvolvimento Econômico; • Estrutura Governamental.

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Para entender estas diretrizes, considere-se que a população de

Campinas em 2012 estimada pelo IBGE é de 1 milhão e 98 mil pessoas, e que

a proposta aqui apresentada visa estruturar um desenvolvimento sólido, perene

e irreversível do município, a partir de um governo voltado para as pessoas e

para o futuro, tendo como prioridade o compromisso com o desenvolvimento

humano, sustentável e econômico.

A partir de ações planejadas, as previsões do PPA visam fomentar

o desenvolvimento em conjunto com as demais ações dos órgãos federativos

na busca pelo bem estar social da população.

O PPA se constitui, assim, numa ferramenta de gestão, que servirá

também para medir a eficiência e competitividade do Município, e dar

transparência a ações que têm por objetivo buscar o desenvolvimento humano

e social da nossa população, com a elevação do padrão de vida, traduzido na

melhoria das condições de trabalho, moradia, saúde, educação e segurança.

Política Econômica Municipal

Iniciamos pela política econômica municipal, que é a base de

sustentação dos programas a serem desenvolvidos. Nos próximos quatro anos

estão previstas diversas ações Inter setoriais com foco no crescimento

econômico e melhora da qualidade de vida, destacam-se: incentivos fiscais,

orientação de investidores, estimulo ao empreendedorismo na cidade, criação

de condições de competitividade para as empresas por meio do programa

“exporta campinas”, consolidação do fluxo de turismo de negócios mantendo a

competitividade da cidade, e com isso, aumento da oferta de empregos, e

geração de riquezas, buscando assim uma taxa de desenvolvimento superior à

média das demais cidades do país.

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Para as finanças municipais o foco é o aumento das receitas próprias,

criando condição para elevação de geração própria de caixa, e com isso

aumentar a capacidade de suportar as tensões de crises financeiras mundiais e

nacionais, buscando assim maior independência em relação aos repasses de

verbas federais e estaduais, tais como o FPM e ICMS;

Panorama Recente e Perspectivas Futuras

As medidas tomadas pelo governo federal para enfrentar a crise

financeira de 2008 e 2009, aliadas ao grande desempenho da economia dos

BRICs, refletiram também nas receitas próprias do município a partir do ano de

2010 (Tabelas 1 e 2). Essas tiveram uma evolução de 13,5% e 15,5% em 2010

e 2011 respectivamente, gerando uma expectativa de crescimento da receita

corrente. No entanto, em 2012 a queda foi bastante elevada, tendo um

crescimento nominal de apenas, 5,8%.

As perspectivas futuras são de baixo crescimento do PIB nacional, de

acordo com as expectativas do mercado financeiro e de estudo do Banco

Central, bem como do Fundo Monetário Internacional. Por este motivo, apesar

de o município ser um dos principais do país, é necessário reconhecer os

desafios a enfrentar.

As tabelas apresentadas a seguir demonstram a arrecadação própria da

Prefeitura Municipal de Campinas, no período de 2007 a 2012, e sua evolução.

Pode-se observar uma clara relação entre a economia nacional e as

Receitas Próprias do município: enquanto em 2010 o PIB crescia 7,53%, as

receitas municipais subiram 15,23%, já em 2012, com um crescimento de

menos de 1% do PIB nacional, as receitas próprias do município evoluíram

5,8% em relação ao período anterior.

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Tabela 1.

Tabela 2.

10,4%

0,1%

13,5%

15,5%

5,8%

2008 2009 2010 2011 2012

Taxa de crescimento da receita própriaem relação ao ano anterior

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Contudo, as expectativas do mercado e das equipes de governo para os

próximos anos não são otimistas. Diante do repique da crise financeira, ações

que obtiveram sucesso por estarem centralizadas no governo federal, como as

reduções do IPI que incentivou a manutenção do consumo e desempenho da

indústria e comércio estão agora surtindo um efeito negativo para a

arrecadação dos municípios, em especial, para aqueles com maior grau de

dependência do repasse de verbas direta ou indiretamente atreladas a estas

medidas.

Em respeito às expectativas de mercado, a evolução anual do PIB

nacional diminui a cada revisão das projeções.

Enquanto em 2010, reerguendo-se da crise, o Brasil cresceu 7,53%, em

2012 o crescimento não chegou a atingir 1% e as projeções para o ano de

2013 que em abril eram de 3,02%, em julho foi ajustado para 2,39%, mesmo

assim, sob contestação de economistas.

Este fenômeno não se restringe ao âmbito nacional, pois a

desaceleração do crescimento compõe no momento uma tendência global,

com destaque para os BRICs, os quais até então vinham mostrando um bom

desempenho diante da crise.

Registrando essa situação, a revista “The Economist“, de 27 de julho de

2013, traz como titulo “A grande desaceleração” e discorre justamente sobre a

tendência de que o crescimento dessas economias está e será mais moderado.

Os quadros de projeções de evolução do PIB (Tabelas 3 e 4), inseridos

a seguir, mostram bem esta expectativa.

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Tabela3.

PAÍS 2.010 2.011 2.012 2.013 2.014 2.015 2.016 2.017

BRASIL 7,53 2,73 0,87 3,02 4,04 4,13 4,16 4,16

CHINA 10,45 9,30 7,80 8,04 8,24 8,51 8,53 8,50

INDIA 11,23 7,75 3,99 5,68 6,23 6,63 6,86 6,92

JAPÃO 4,65 -0,57 2,00 1,58 1,41 1,05 1,22 1,19

RUSSIA 4,50 4,30 3,40 3,37 3,78 3,70 3,60 3,60

REINO UNIDO 1,80 0,92 0,17 0,69 1,54 1,84 1,94 2,08

EUA 2,39 1,81 2,21 1,85 2,95 3,56 3,44 3,34

ZONA DO EURO 1,96 1,47 -0,52 -0,52 1,07 1,44 1,59 1,62

MUNDIAL 6,00 4,91 3,97 4,33 4,81 4,95 5,04 5,08

EVOLUÇÃO ANUAL DO PIB (%)

FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL - FMI * As projeções da evolução do PIB para os períodos 2013 a 2017, foram retiradas integralmente da divulgação do Fundo Monetário Internacional (FMI) revista em abril de 2013

Tabela 4.

Evolução Anual do PIB Descrição 2007 2008 2009 2010 2011* 2012*

BRASIL 6,09 5,17 -0,33 7,53 2,73 0,87 SÃO PAULO 6,24 2,56 0,86 6,31 3,32 0,36

CAMPINAS 7,00 1,05 0,78 7,10 5,57 0,91

( % ) Secretaria Municipal de Finanças de Campinas (2013) * Projeção da evolução do PIB tendo por base dados do IBGE - Cidades de 2006/2010 a valores correntes, PIB Brasil a valor de 2012 no período de 2006/2012, projetados para 2011/2012;

A relação dos principais impostos municipais (ISS e IPTU), da quota-

parte do ICMS, das cotas partes do IPVA e do FPM, em relação ao PIB é um

indicador de como uma desaceleração na economia do país pode afetar a

arrecadação municipal;

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As projeções do PIB (tabelas 3 e 4) acima demonstram um crescimento

menor da economia para o período do PPA (2014/2017), com isso, as

projeções de receita para o período deverão ser conservadoras;

Outro grande desafio para o período será o de conter a evolução das

contas públicas: na medida em que, se expandem os investimentos para

atender às demandas sociais crescentes, também se elevam os gastos com

recursos humanos e custeio dos serviços públicos,

Assim, as despesas correntes tais como: Pessoal e Encargos Sociais,

(inclui servidores Ativos e Inativos) vem a cada ano consumindo uma parcela

expressiva das receitas correntes, chegando em 2012 representar 53,7%

destas (vide tabela 5); Na média, no período 2008/2012 enquanto as receitas

evoluíram 8,7% a despesa total com pessoal cresceu em média 11,2%.

Tabela 5.

Período Receita Corrente Desp. Pessoal Partic. (%)

2008 2.121,9 1.042,6 49,1%

2009 2.212,5 1.141,0 51,6%

2010 2.385,2 1.204,7 50,5%

2011 2.696,6 1.438,7 53,4%

2012 2.957,1 1.589,4 53,7%Fonte: SMF/DECOR

Despesas Pessoal x Receita Corrente

em R$ milhões

O mesmo ocorre com as demais despesas correntes onde, se

concentram os principais gastos de custeio da máquina, serviços de terceiros,

tais como limpeza urbana e coleta de lixo, segurança patrimonial, e aquisição

de materiais de consumo e de distribuição; Com o aumento da oferta de

serviços, também eleva-se a participação no orçamento municipal desse item

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da despesa, sendo a segunda principal despesa do município, em média, com

participação de 39,1% da receita corrente.

Concluindo, para manter o equilíbrio orçamentário, será necessário

manter um crescimento das receitas correntes em torno de 10 a 12%, e buscar

através operações de crédito (financiamentos), e de parcerias e convênios com

o governo Federal e Estadual, viabilizar os investimentos previstos.

A seguir, discorremos sobre as áreas que mais afetam o planejamento

financeiro-orçamentário municipal.

Política de Saúde Pública Municipal

A Secretaria Municipal de Saúde de Campinas é gestora do Sistema

Único de Saúde no Município de Campinas, com responsabilidade na

formulação e execução das políticas públicas de saúde para a população do

município e com os serviços próprios, conveniados e contratados de atenção

básica, especializada, ambulatorial, hospitalar e vigilância em Saúde.

Atualmente articula-se regionalmente com os outros 10 municípios da

Região de Saúde de Campinas, outros 18 municípios da Região Metropolitana

de Campinas e outros 41 Municípios da Rede Regional de Atenção à Saúde

(RRAS15).

Organiza-se conforme diretrizes do Governo Municipal, do Ministério da

Saúde e Secretaria Estadual de Saúde, conforme pactuações regionais, em

conformidade com o disposto na Constituição Federal, Lei 8.080/90, Decreto

7.508/2011 e Lei Complementar 141/2012 e Lei Orgânica do Município, dentre

outras determinações normativas.

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Nesta área, o PPA prevê a oferta de ações de promoção e prevenção,

atenção à saúde, reabilitação e vigilância em Saúde.

Conta com estruturas de apoio para a gestão do sistema e articula-se

com a gestão estadual no município DRS07 – Diretoria Regional da Saúde da

Secretaria do Estado da Saúde de São Paulo e seus serviços (Complexo

Hospitalar da UNICAMP e outros serviços).

A estrutura própria da Secretaria Municipal de Saúde é composta por:

Departamentos de Gestão e Desenvolvimento Organizacional, Departamento

Administrativo, Departamento de Saúde, Departamento de Prestação de

Contas, Fundo Municipal de Saúde, Coordenadorias de Vigilância em Saúde e

de Gestão de Pessoas. Desdobra-se em cinco Distritos de Saúde e cinco

Coordenadorias Distritais de Vigilância em Saúde.

Uma reforma administrativa faz-se necessária para atender às

determinações do Sistema Único de Saúde.

Os serviços de saúde próprios ou conveniados/contratados são: 63

Centros de Saúde, dois Ambulatórios de Especialidades, quatro Centros de

Referência (Reabilitação, Idoso, Saúde do Trabalhador, DST/AIDS e Doenças

Crônicas Transmissíveis), três Serviços de Atendimento Domiciliar (com sete

equipes), um SAMU, quatro Pronto Atendimentos (São José, Centro, Anchieta

e Campo Grande), dois Hospitais próprios, o Hospital Municipal Mário Gatti e o

Complexo Municipal Prefeito Edivaldo Orsi (Ouro Verde).

A Secretaria Municipal de Saúde, para garantir a oferta e complexidade

das ações de atenção à saúde, possui serviços hospitalares e ambulatoriais

conveniados, dentre estes se destacam: o Hospital e Maternidade Dr. Celso

Pierro (PUCC), a Maternidade de Campinas e o Serviço de Saúde Dr. Cândido

Ferreira.

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A rede de atenção em saúde mental constitui-se por equipamentos

substitutivos ao modelo asilar, conforme diretrizes do Ministério da Saúde,

constituindo-se de 12 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) para

atendimentos adultos e infantis dirigido a casos de tratamento contra uso de,

álcool e drogas, alguns funcionando 24 horas ao dia, (seis CAPSIII, dois CAPS

i, dois CAPS ADII e um CAPS ADIII), residências terapêuticas, Centros de

Convivência e geração de renda, consultório na rua, leitos de retaguarda em

hospital geral e hospital psiquiátrico.

Conforme o Projeto de Avaliação de Desempenho do Sistema de Saúde

Brasileiro (PROADESS) que analisa o perfil de morbimortalidade, as condições

de Saúde da população do Município de Campinas são boas quando

comparadas às do Estado de São Paulo, ao país e às maiores cidades do país.

Neste sentido, cumpre destacar positivamente o envelhecimento da

população, com mortalidade concentrando-se na população acima de 80 anos,

alta cobertura de pré-natal, baixa mortalidade infantil, baixa mortalidade por

câncer de colo uterino, baixa mortalidade por homicídios, baixa proporção de

internações sensíveis à Atenção Básica (evitáveis). Melhora das coberturas

vacinais e taxas de cura de agravos de notificação.

Os destaques negativos são: baixa proporção de partos vaginais,

alta mortalidade por câncer de mama, alta mortalidade por acidentes de

trânsito.

O crescimento da mortalidade por Neoplasias e o envelhecimento da

população determinam a priorização de ações relacionadas ao ambiente, à

promoção de hábitos saudáveis, como atividade física, alimentação

saudável, redução de alcoolismo e tabagismo. Adicionalmente é necessário

ampliar a oferta e a complexidade das ações de saúde para garantir a atenção

à saúde.

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Em relação à estrutura do Sistema de Saúde, também em conformidade

com o PROADESS o financiamento municipal mantém-se elevado, porém

tem sido insuficiente para garantir à adequação física das unidades de saúde, a

disponibilidade de insumos, a composição das equipes de saúde. Também são

necessários esforços para melhorar a produtividade das equipes de saúde.

Assim, este planejamento tem por finalidade permitir que as equipes de

saúde sejam complementadas com Equipes de Programa da Saúde da

Família, Núcleo de Apoio á Saúde da Família, de Saúde Bucal e de Saúde

Mental.

Além disso, este Plano aponta a reestruturação física e de mobiliária

das Unidades Básicas de Saúde, das Unidades de Vigilância em Saúde e das

Unidades de Urgência e Emergência, especialidades, ambulatoriais e

hospitalares, adequação da rede de frio de imunobiológicos, construção de

Academias de Saúde, dois Centros de Especialidades, um Instituto da Mulher,

o Pronto Socorro Metropolitano e Suleste, uma Unidades de Pronto

Atendimento (UPAS Leste), Laboratório Entomológico e de Vetores,

Laboratório de Saúde Pública, Almoxarifado da Saúde, Centro de Referência

em Idoso (CRI), e da Oficina Municipal de Órtese e Prótese Músculo

Esquelética.

Aponta ainda para a informatização da Rede Municipal de Saúde,

implantação do Cartão Metropolitano de Saúde e o Atendimento ao Cidadão da

Vigilância em Saúde, estruturação do Sistema de Auditoria do SUS em

consonância com as determinações da Lei complementar 141/2012, ampliação

de leitos hospitalares e Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD),

implementação de Redes de Atenção em Saúde, bem como manutenção das

parcerias Ensino-Serviço, Educação Permanente dos Trabalhadores,

Capacitações em Mediação de Conflitos, Ações de Prevenção de Violências e

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Acidentes, manutenção dos serviços, aquisição de insumos, imunobiológicos e

medicamentos, dentre outras ações em saúde.

O cenário futuro aponta a Secretaria Municipal de Saúde de Campinas

em seu papel estratégico como referência regional em Saúde e com

protagonismo na formulação das políticas públicas nacionais de saúde, sendo

recomendada a manutenção do modelo assistencial em redes de atenção

seguindo as linhas de cuidado, com ampliação de profissionais e serviços e

reorganização da gestão.

Política da Educação Municipal

Elevar a qualidade de ensino no município, ampliar o atendimento na

educação infantil, elaborar o plano municipal de educação, definir política de

formação de professores articulada à carreira e à jornada, valorização dos

profissionais da educação, compoem alguns dos objetivos da Secretaria de

Educação;

EJA I - EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Dentre os municípios com mais de um milhão de habitantes, segundo

dados do IBGE de 2010, Campinas ocupa a 15º posição. Dentre esses 15

municípios, Campinas ocupa a 5ª posição entre aqueles com menores

percentuais sobre o total da população de 15 anos ou mais não alfabetizadas,

com 2,63% ou 28.442 pessoas. Esse grupo é liderado por Curitiba com 1,88%

de pessoas não alfabetizadas sobre o total da população.

Campinas possui hoje 204 salas de EJA I, distribuídas nas 5 (cinco)

regiões do município, com 17 Unidades Educacionais da Fumec, em 5

diretorias regionais.

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A proposta das ações previstas no PPA de 2014 à 2017, visa

capacitação dos professores e demais servidores de EJA I, qualificar a infra

estrutura física de prédios, mobiliário, tecnologia da informação , fornecimento

de alimentação qualificada aos alunos das salas descentralizadas,

fornecimento de vale transporte aos alunos com deslocamento acima de 2

kms., tudo isso para que ao final do atual governo, em 2016, possamos

avançar na redução da população não alfabetizada e buscarmos o mesmo

percentual do município que estiver naquela data em 1º lugar no país entre

aqueles com população acima de 1.000.000 de habitantes.

ENSINO PROFISSIONAL – CEPROCAMP

O Ceprocamp atende atualmente jovens e adultos para 5 (cinco) cursos

técnicos com duração de 12 à 24 meses, e 19 cursos profissionalizantes com

duração de 30 à 150 dias. Esse atendimento ocorre na sede do Ceprocamp ao

lado da Estação Cultura, na sub-sede no Jardim Satélite Iris e em mais 7 (sete)

entidades participes.

Forma por ano mais de 1.000 alunos entre todos os cursos, e o PPA

para o novo período de 2014 a 2017, buscará a equiparação de correção

salarial dos professores aos mesmos índices anuais praticados para os

demais servidores públicos; a realização de concursos públicos para todos os

professores do Ceprocamp (hoje com processos seletivos irregulares, por

serem forma continuada), adequação com reforma, ampliação e adequação

dos espaços físicos da sede e sub sede, bem como do novo espaço no Bosque

dos Cambarás, além da capacitação continuada a todos os servidores, e,

fornecimento de alimentação aos alunos, de vale transporte àqueles com

deslocamentos que ultrapassam 2 kms; e adequação de equipamentos,

mobiliário e tecnologia da informação

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Política da Habitação Municipal

Um dos principais desafios do município é de ordem social, econômica

e até ambiental: a habitação. Por isso a proposta indicada para o PPA 2014-

2017 tem como finalidade garantir a execução de ações necessárias para

alcançar e manter os padrões ideais de desenvolvimento urbano, sobretudo de

erradicação das áreas de risco e desocupação das áreas impróprias, públicas

ou particulares, removendo as famílias e promovendo o acesso à moradia

digna/inclusão habitacional, com incremento às parcerias para produção de

unidades habitacionais.

Através da Secretaria de Habitação serão elaborados e implantados

programas visando o aumento da produção de empreendimentos habitacionais

de interesse social para eliminar o déficit desta área, com melhoria das

condições das unidades habitacionais e de auxílio moradia.

Estão previstos programas de regularização fundiária, de regularização

das áreas de risco e áreas impróprias para a moradia, de estimular a pesquisa

de formas alternativas de construção possibilitando a redução dos custos, e

aperfeiçoamentos no Banco de Dados de interesse da Secretaria para controle

e estudos quanto à realidade socioeconômica e habitacional do município.

Para isso, haverá uso dos recursos do fundo próprio além de captação

de recursos financeiros de programas do governo federal, recursos

institucionais, técnicos e administrativos destinados a investimentos

habitacionais de interesse social.

Habitação, Campinas e RMC

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

17

Ainda que a moradia digna seja reconhecida como direito de todos os

brasileiros pela Constituição Federal, a questão habitacional constitui, no

Município, um dos maiores e mais complexos desafios para as políticas

públicas.

O alto índice de desenvolvimento da Região Metropolitana de Campinas

atrai, diariamente, famílias de todas as regiões do país na busca de melhores

condições de vida, constatado nos dados indicativos da Tabela abaixo:

Diante disso as cidades não têm conseguido atender, de forma plena, a

camada de baixo poder aquisitivo.

A crise social e a desigualdade de renda expulsaram a população mais

pobre das áreas equipadas e bem servidas de infraestrutura, resultando, não

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS

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obstante as ações fiscalizadoras, na implantação e adensamento de cortiços,

favelas, loteamentos clandestinos e irregulares, sem as mínimas condições de

habitabilidade, causando enormes prejuízos urbanísticos, ambientais e sociais

para a coletividade. O mapa de vulnerabilidade social da RMC demonstra as

regiões com IPVS alta e muito alta.

DEMANDA DE REASSENTAMENTO DAS FAMÍLIAS EM PROGRAMAS

HABITACIONAIS:

Embora as unidades do PMCMV destinadas à demanda específica do

Município e as unidades habitacionais implantadas através do Projetos

Integrados tenham auxiliado no desenvolvimento do Programa de

Regularização Fundiária, há, ainda, a necessidade de produzir mais de 12.000

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unidades habitacionais para atender, nesse momento, as famílias que residem

em áreas impróprias, conforme abaixo demonstrado:

ATENDIMENTO DE ÁREA IMPRÓPRIA

Nº de famílias moradoras de áreas impróprias 17.828 Nº de famílias moradoras de áreas de risco atendidas pelo Município através de Projetos Integrados

1.344

Nº total de unidades produzidas pelo PMCMV, destinadas à demanda específica do Município (renda mensal até R$1.600,00)

3.715

Demanda de área imprópria sem previsão de atendimento 12.769 CADASTRO DAS FAMÍLIAS INTERESSADAS EM MORADIA - CIM

Atualmente há no Município de Campinas 51.496 famílias com renda

mensal de até R$1.600,00 e 5.257 famílias com renda superior a R$1.600,00

cadastradas no CIM – Cadastro de Interessados em Moradia (data base

16.08.2013).

Além desse déficit quantitativo, há também o qualitativo. Milhares de

famílias residem em construções precárias, sem acesso à infra-estrutura básica

e serviços públicos fundamentais.

O CIM está sendo utilizado para seleção dos candidatos à aquisição de

unidades habitacionais vinculadas ao Programa Minha Casa Minha Vida e

demais programas habitacionais.

UNIDADES PRODUZIDAS NO ÂMBITO DO PMCMV

Até o momento, foram aprovados pela Caixa Econômica Federal, no

âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV, mediante contrato

celebrado com empreendedores, 8.030 unidades habitacionais destinadas a

famílias com renda mensal de até R$ 1.600,00, distribuídas nos seguintes

empreendimentos: Jardim Bassoli, Santa Lúcia, Porto Seguro, Sirius, Vila

Abaeté e Residencial Takanos.

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Além desses empreendimentos, no âmbito do PMCMV – Entidade foi

aprovada 110 unidades habitacionais no Residencial Novo Mundo (Cooperativa

de Araras).

CADASTRO E MONTAGEM DE DOCUMENTOS DE FAMÍLIAS

SELECIONADAS, QUE POSSUEM RENDA MENSAL DE ATÉ R$1.600,00,

PARA O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA

O Município de Campinas aprovou, até o momento, 8.030 unidades

habitacionais no âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo

Federal destinadas para as famílias com renda familiar de até R$ 1.600,00.

Para o PMCMV, além do cadastro, há necessidade de montar pastas

individualizadas com documentos pessoais de cada candidato para validação

da Caixa Econômica Federal, instituição financeira gestora dos recursos

federais e responsável pelas unidades habitacionais do PMCMV.

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA, INTERVENÇÕES EM ANDAMENTO COM

RECURSOS DO GOVERNO FEDERAL, PMC E SANASA:

A Fundação Getúlio Vargas, empresa contratada para elaboração do

Plano Municipal de Habitação de Interesse Social (concluída em 2012)

constatou, com base em projetos, vistorias e estudos realizados, que o

Município de Campinas possui 234 assentamentos precários (núcleos,

ocupações, loteamentos clandestinos e irregulares de baixa renda), sendo que

destes, 17.828 domicílios estão localizados em áreas impróprias (risco em suas

diversas classificações), conforme o quadro que virá a seguir.

Parte significativa de tais áreas possui estudos que concluíram:

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• Viabilidade da regularização mediante intervenção de pequeno porte; • Viabilidade da regularização mediante intervenção de médio porte; • Viabilidade da regularização mediante intervenção de grande porte; • Não viabilidade da regularização (remoção total).

DOMICÍLIOS A SEREM

REMANEJADOS ¹ DOMICÍLIOS NÃO CONSOLIDÁVEIS/ REASSENTAMENTO²

MZ 01 -- 120 MZ 02 -- 77 MZ 03 -- -- MZ 04 380 4.048 MZ 05 49 3.895 MZ 06 -- 180

MZ 07 -- 7.258 (sujeito a alteração em razão das restrições aeroportuárias)

MZ 08 -- -- MZ 09 -- 1.821 TOTAL 17.828 1. Remanejamento: Reconstrução da unidade no mesmo perímetro da favela ou assentamento precário 2. Reassentamento: Remoção para outro terreno, fora do perímetro da área de intervenção.

Vários núcleos tiveram intervenções executadas com o processo de

regularização concluso e outros em andamento, mediante aporte de

investimentos federais (PAC’s), PMC e SANASA, para execução de obras de

construção de unidades habitacionais para reassentamento das famílias

moradoras nas ocupações da região da intervenção; de rede de saneamento

básico; reorganização do espaço urbano e implantação de obras de infra-

estrutura (redes de água e de esgoto, iluminação pública e domiciliar, galerias

de águas pluviais, guias, sarjetas e pavimentação; implantação de projeto

paisagístico, recuperação ambiental das áreas degradadas e requalificação

dessas áreas; obras de macrodrenagem do Córrego da Lagoa e do Ribeirão

Quilombo, visando a eliminação dos pontos críticos de inundação existentes,

beneficiando não só o Município de Campinas, como também as cidades

vizinhas de Americana, Nova Odessa, Sumaré e Hortolândia (piscinões e

intervenções nos cursos d’água); Implantação de obras de retificação e

canalização do Córrego Taubaté, com revestimento em gabiões para

estabilização da calha e aumento a capacidade de vazão (entre Córrego

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Capivari até Jardim Das Bandeiras); contenção e estabilização de encostas e

taludes, eliminação das erosões e solapamentos, desassoreamento do curso

d’água; revitalização da região; desenvolvimento de trabalho técnico social com

as famílias moradoras da região.

As ações integram as metas do Município nos seguintes projetos em

execução, com envolvimento, principalmente da SANASA e das pastas da

Infraestrutura, Urbanismo, Serviços Públicos, Meio Ambiente, Assuntos

Jurídicos, Assistência, Trabalho e Geração de Renda, dentre outras: Parque

Linear Ribeirão Anhumas (fase final de execução), Quilombo (Intervenção de

obras de macro-drenagem do Córrego da Lagoa e do Ribeirão Quilombo),

Viracopos (Área envoltória do Aeroporto Internacional de Viracopos), Parque

Linear Córrego Taubaté, Distrito Industrial de Campinas, Parque Oziel/Monte

Cristo/Gleba B, Núcleo Residencial Guaraçaí.

O ônus para dar solução aos problemas habitacionais não deve ser só do

Município, cabendo à União, ao Estado, aos Poderes Legislativo e Judiciário e

a comunidade, a tarefa de participar do processo de ordenar e regularizar a

cidade. E deve ser acompanhados de ações intersetoriais de governo, como

transporte, saneamento, meio ambiente, saúde, educação, segurança,

assistência social.

A solução dos problemas exige trabalho ininterrupto, lapso temporal

considerável e grande soma de recursos bem como investimentos em recursos

humanos e capacitação técnica.

E nesse sentido, o Município, no processo de regularização fundiária, vem

adotando medidas efetivas visando erradicação de riscos, despoluição de

cursos d’água, recomposição do tecido urbano, a urbanização e requalificação

das áreas e a plena recuperação do meio ambiente.

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REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA E PROGRAMA CIDADE LEGAL (CONVÊNIO

FIRMADO COM O GOVERNO DO ESTADO PARA DESENVOLVIMENTO DE

PROJETOS E EXPEDIÇÃO DE DECUA – Declaração Estadual de

Conformidade Urbanística e Ambiental

Nos termos do Decreto 52.052/07, o Município celebrou com a

Secretaria Estadual de Habitação convênio de cooperação técnica objetivando

a implementação do Programa Estadual de Regularização de Núcleos

Habitacionais – Cidade Legal.

O Municipio cadastraou junto ao programa estadual, todos os núcleos e

loteamentos clandestinos e até o momento cerca de oito núcleos teve seus

projetos contemplados com expedição de DECUA, justificado em razão da

complexidade e dos altos custos dos projetos.

REMOÇÃO DE FAMÍLIAS DAS ÁREAS DE RISCO E RECUPERAÇÃO

AMBIENTAL

Importante medida adotada pela atual administração foi a criação do

Grupo de Trabalho Técnico para análise de viabilidade para implantação de

esgotamento sanitário, promovendo estudos e projetos para viabilizar o

esgotamento sanitário de vários núcleos.

Com base em estudos desenvolvidos pelos setores técnicos da PMC, foi

possível identificar e mapear os núcleos ou trechos de núcleos não passíveis

de regularização em razão da existência de risco ou restrições ambientais e,

atualmente, as famílias moradoras de tais áreas estão sendo removidas pela

PMC e reassentadas em empreendimentos regulares e as áreas estão sendo

recuperadas, com a implantação de projeto ambiental.

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Nesses casos, as atividades estão sendo desenvolvidas especialmente

pelas Secretarias de Habitação, de Meio Ambiente e de Serviços Públicos.

FUNDAP – FUNDO DE APOIO À POPULAÇÃO DE SUB-HABITAÇÃO

URBANA

A Lei 14.609/2013, recentemente aprovada, ampliou os objetivos do

FUNDAP, aplicando seus recursos e propiciando suporte e apoio financeiro

para implementação da Política Habitacional de Interesse Social do Município,

com enfoque, predominantemente, para atendimento à população com renda

familiar de zero a 3 (três) salários mínimos.

A participação da sociedade civil e da representação das associações

dos núcleos das regiões de Campinas através do Conselho Consultivo do

Fundo é esperada para dar destinação à aplicação dos recursos na melhoria

da qualidade de vida e sustentabilidade aos núcleos de ocupações das

diversas regiões do Município.

Importante medida vem sendo utilizada pelo Município e consiste na

melhoria das condições construtivas de unidades habitacionais existentes,

através de recursos do FUNDAP, por meio de financiamentos concedidos aos

interessados para construção ou reforma, nos terrenos ou moradias edificadas

em áreas cadastradas pela Secretaria de Habitação.

AUXILIO MORADIA

A concessão de bolsa auxílio moradia é autorizada conforme

disciplinado na Lei 12.937/07, com alterações introduzidas pela Lei 13.197/07 e

deferida nas situações de risco à moradia e seus ocupantes.

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Atualmente, das mais de 2.100 concessões feitas, iniciadas em 2008,

cerca de 280 famílias vem recebendo, mensalmente, o benefício no valor de

R$ 371,00, resultando no aporte aproximado de R$ 103.880,00/mês.

As famílias incluídas no Programa de Auxílio Moradia Emergencial,

atendendo critérios ditados pelo Ministério das Cidades e do Município foram

encaminhados nas unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha

Vida.

CONTENÇÃO DE OCUPAÇÕES IRREGULARES

A CEHAP – Coordenadoria Especial de Habitação Popular coordena o

Grupo de Controle e Contenção de Ocupações, criado através do Decreto

16.920/10, adotando medidas para contenção de adensamentos dos núcleos

de ocupação em processo de regularização fundiária e invasões de áreas

públicas e particulares.

Foram impedidas 37 invasões e duas reintegrações de posse neste

presente exercício e, nos casos em que a SEHAB, através do Poder de Policia

Administrativo, não consegue conter as ocupações, indica-se abertura de

expediente visando propositura de ação judicial pela PMC ou pelos

proprietários.

DESENVOLVIMENTO DE TRABALHO TÉCNICO SOCIAL para os PAC’s e

PMCMV

Todos os projetos implementados com recursos da União exigem o

desenvolvimento de trabalho técnico social - PTTS com as famílias envolvidas,

compreendendo, dentre outros, a elaboração e implementação de planos e

projetos voltados às ações informativas, organização comunitária e

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condominial, educação patrimonial, sanitária, ambiental, de economia

doméstica, de consumo e capacitação para geração de trabalho e renda; o

acompanhamento sistematizado do processo de mudança dos beneficiários

para as unidades habitacionais.

Política de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo Municipal

Com relação ao Desenvolvimento Econômico, pretende-se elaborar o

plano de desenvolvimento turístico municipal e o calendário de roteiros e

eventos turísticos. Ampliar e adequar os postos de informação turística.

Toda população e visitante do município, além do mercado turístico será

beneficiada, pois será consolidado o fluxo do turismo de negócios, mantendo a

competitividade da cidade, será incrementado o fluxo de turismo de lazer,

oferecendo todo acervo adequado à sua estadia e, ou visita, bem como

estimulando o mercado beneficiário.

Para atingir esse objetivo haverá debate sobre as diretrizes do Plano de

desenvolvimento Turístico com outros órgãos do município, tais como EMDEC,

SMC, SMPD, SePlan, além de outros órgãos e entidades externas.

Em 2013, o Plano de desenvolvimento Turístico para os próximos 4

anos, se inicia com a compilação das diretrizes e formatação do plano de

desenvolvimento turístico e primeiras atividades para a adequação e ampliação

dos Postos Turísticos, levantamento da situação de cada posto, elaboração de

projeto de melhorias, reformas e ampliações de instalações, aquisição de

equipamentos e materiais, e elaboração do calendário turístico e cultural.

.

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Nos exercícios seguintes, também se acrescenta o planejamento e a

criação de postos turísticos, com nova concepção, bem como sua manutenção

e divulgação.

Quando ao Desenvolvimento Econômico Municipal, a proposta é

incrementar a quantidade e a competitividade das empresas por meio do

Programa Exporta Campinas, disseminando a cultura exportadora através da

ampliação do acesso a produtos e serviços de apoio disponíveis nas

instituições de Governo e Setor Privado, da introdução de melhorias técnicas,

gerenciais e tecnológicas, contribuindo inclusive para elevação dos níveis de

emprego e renda, além de promover a capacitação para Inovação do

empresariado local.

O benefício deste resultado será diretamente observado nas empresas

municipais e indiretamente na população, por sua capacidade de formento na

economia local.

Um item a ser destacado é o aumento de Competitividade

Internacional. Para este objetivo será elaborado um modelo de sistema de

resolução técnico, gerencial e tecnológico que visa incrementar a

competitividade e promover a cultura exportadora empresarial e estrutural, com

manutenção, aprimoramento e ampliação do processo de capacitação de

empresas para exportação, além de um programa municipal de Ciência,

Tecnologia e inovação que integre as instituições públicas e privadas, estimule

as de P&D e inovação no município, e que promova o aumento do número de

empresas competindo no cenário nacional e internacional.

O estímulo será feito, entre outros métodos, através de premiações que

virão de convênios com parceiros, capacitação profissional em tecnologia e

gestão da inovação e propriedade intelectual (PI), acompanhamento anual para

avaliação e aceleração de pequenas e médias empresas

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Por outro lado, também serão desenvolvidas ações para buscar, visitar e

atrair potenciais investidores nacionais e internacionais de todos os setores,

especialmente voltados para os segmentos intensivos em tecnologia. Para isso

serão necessárias a habilitação (via Convenio Banco Mundial) em Melhores

Práticas de Prospecção e a divulgação da vocação de Campinas em inovação

e tecnologia com visita a potenciais investidores para apresentação de

incentivos da Cidade.

Assim, além de estimular a prospecção de investimentos qualificados no

município, também será efetuado levantamento de dados e construção de

indicadores do município. Por este motivo, está previsto o levantamento, o

tratamento de dados e a alimentação em base de dados municipais, para a

efetiva apresentação do município através de material institucional oficial como

guia do investidor (inglês, Espanhol e Chinês), para apresentações em fóruns,

rodadas de negócio, feiras internacionais e agências de promoção.

A atenção para as áreas rurais também está presente, através de

previsões para aumento d a segurança pública nessas áreas,

incentivo da ocupação e do turismo rural, melhorias nas vias de acesso e na

qualidade de vida, através de investimento na infraestrutura em áreas rurais

Será apresentado um projeto para o turismo rural de baixo valor e alto

impacto com promoção e manutenção das ações do turismo rural de baixo

valor e alto impacto econômico e social.

Com todas estas ações, a consequência será também um aumento das

receitas municipais próprias e de repasses.

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Política de Infraestrutura e Serviços Públicos

A Secretaria Municipal de Infraestrutura terá como objetivo maior

aumentar e manter a pavimentação de ruas do Município, melhorando a

mobilidade da população bem como a própria moblidade necessária ao

serviços públicos. Para isso vai contar principalmente com recursos oriundos

do PAC PAVIMENTAÇÃO.

Ao mesmo tempo, pretende-se manter as ações em andamento a fim de

garantir o bom estado da malha viária urbana e vicinal, de modo a proporcionar

transporte confortável, eficiente, econômico e seguro.

As ações se objetivam reduzir as ocorrências de pontos de alagamentos

e inundações do Município, promovendo o aumento da segurança da

população exposta a estas ocorrências e a diminuição dos riscos face às

ocorrências climáticas, através de obras que promovam a redução de pontos

críticos e da área atingida.

Para tudo isto, estão previstos estudos técnicos e projetos visando

atender à legislação sobre a matéria, em especial à ambiental, para a obtenção

das autorizações necessárias e para o correto acompanhamento da execução

das obras.

A manutenção das ruas, praças, jardins e próprios municipais tem

previsão de recuperação e manutenção, do ponto de vista do recapeamento,

da iluminação, sinalização e segurança, a fim de proporcionar facilidade na

locomoção cotidiana, lazer e práticas de prevenção à saúde.

Estes serviços utilizarão recursos próprios, convênios e Parcerias

Público Privadas.

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Estão previstos estudos para debater, pesquisar e padronizar calçadas e

percursos de travessia, em termos de acessibilidade, revestimento,

nivelamento, rampas e rebaixamentos, obstáculos, vegetação, locais e

modelos de faixas de segurança.

Além disso, também se inclui neste planejamento um levantamento

quantitativo e qualitativo de áreas arborizadas, ampliar e aperfeiçoar o serviço

de recolhimento e destinação dos resíduos sólidos urbanos, tanto doméstico

quanto os da área de saúde. Serão incentivados os processos de reciclagem e

educação da população para incentivar a separação do lixo doméstico.

Prevê-se a implantação de uma usina de reciclagem e novo aterro de

resíduos, próprios ou com possíveis parcerias, e de um serviço de investigação

ambiental complementar no município.

Politica de Urbanismo

Em coerência com toda a proposta do PPA, esta política visa dotar de

modernização e transparência o processo de aprovação de projetos de

construção, adotando novos recursos tecnológicos, além da desburocratização

nos procedimentos, sem abrir mão da segurança técnica e jurídica necessárias.

Com o objetivo de fornecer maior número possível de atendimentos on

line , serão adquiridos novas ferramentas e outros instrumentos necessários ao

controle efetivo do crescimento do município. Para tanto serão utilizados

recursos próprios, estudos e colaboração de entidades parceiras e revisão da

legislação onde se mostrar necessário.

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Política de Assistência Social

As ações desta área visam prevenir situações de vulnerabilidade e

violação de direitos, como violência doméstica e urbana, abandono,

desemprego, baixa escolaridade entre outros, além de potencializar a

capacidade de indivíduos e famílias de se reorganizarem socialmente,

diminuindo as vulnerabilidades e as situações de violação de direitos.

As ações serão desenvolvidas pelos programas e projetos das

Políticas Sociais, principalmente os que se referem a fortalecimento dos

vínculos para crianças e adolescentes, através de recursos próprios,

transferências, convênios, parcerias e doações.

Serão fixados os parâmetros da Política do Sistema único da

Assistência Social – SUAS em seus vários aspectos além da transferência de

renda, aprimorados o protocolo e o fluxo de atendimento da política da

Assistência Social do município e promovidas, palestras, encontros, debates,

campanhas educativas e fóruns intersetoriais a fim de aumentar a cidadania

com respeito à diversidade em matéria de Direitos Humanos.

Será também necessário tanto criar novos instrumentos de ação como o

Conselho da Juventude, quanto ampliar os já existentes tais como as Casas de

Acolhimento, Casas de Passagem, Centros de Referência, etc

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CONCLUSÃO:

A exposição apresentada, embora não detalhe todas as políticas de

cada Secretaria individualmente, resume o planejamento contido no PPA o

qual, em conjunto com seus complementos (LDO e LOA) nos permitirá

alcançar o grau de excelência prevista no plano de metas do governo atual

com indicadores de resultado que nos equipare aos Institutos de qualificação

de qualidade do país.

Todas as Secretarias estarão envolvidas nas políticas apontadas,

tomando por referencia a transversalidade, um problema não poderá ser revisto

e resolvido pela atuação de um único órgão, mas em conjunto, com

responsabilidade de potencializar as áreas dinâmicas e reduzir as

desigualdades para atingir o objetivo comum que é alcançar um

desenvolvimento humano de forma sustentável e segura para a população

deste município.

Hamilton Bernardes Junior

Secretário Municipal de Finanças

Mário Orlando Galves de Carvalho

Secretário Municipal de Assuntos Jurídicos

Michel Abrão Ferreira

Secretário Municipal de Chefia do Gabinete do Prefeito

Jonas Donizette Ferreira

Prefeito de Campinas