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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
COORDENADORIA DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO BÁSICA
RELATÓRIO ANUAL DA ATENÇÃO BÁSICA PARA MANUTENÇÃO DO INCENTIVO FINANCEIRO ESTADUAL
SALVADOR - BA DEZEMBRO - 2008
PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
COORDENADORIA DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO BÁSICA
RELATÓRIO ANUAL DA ATENÇÃO BÁSICA
PARA MANUTENÇÃO DO INCENTIVO FINANCEIRO ESTADUAL
EQUIPE RESPONSÁVEL Coordenadoria de Atenção e Promoção à Saúde Ana Angélica Araújo dos Santos Coordenação da Atenção Básica Joildes Zacarias Santos Área Técnica da Atenção Básica Joselice Mª Brito Lucena Maria Helena Nonato Maria de Fátima Ferreira de Queiroz Maria de Fátima Rosa de Aquino Maria Regina Santos de Oliveira COLABORAÇÃO TÉCNICA Edivan Santana – Assessor de gabinete
SALVADOR – BA DEZEMBRO – 2008
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ........................................................................................... 01 1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO ............................................ 02 2. SITUAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA ............................................................ 03 3. EIXOS TEMÁTICOS PRIORITÁRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA A SAÚDE...............................................................................................................35 4. ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA..............................74 5. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA .............. 77 6. FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA ................................................ 81 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 83
1
APRESENTAÇÃO
O presente relatório apresenta os resultados obtidos com a execução técnica-
financeira, e o cumprimento das metas pactuadas na Atenção Básica do município de
Salvador, no ano de 2008, para operacionalização da gestão e apoio à execução das
atividades e serviços de saúde. Avalia principalmente a implementação das
estratégias de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde, considerando a
Programação Operativa anual e Plano Municipal de Saúde 2006-2009.
Discorre sobre a cobertura populacional das referidas estratégias no município,
utilizando como fonte de dados o Quadro de Evolução do Credenciamento e
Implantação da Saúde da Família - MS/SAS/DAB.
Por fim considera que a análise da programação de 2008 para área da Saúde,
essencialmente na Atenção Básica, apresentou cenários atípicos para seu
desenvolvimento e, conseqüentemente, dos seus resultados: um Termo de
Conciliação Jurídica com Ministério do Trabalho (março) que aboliu a terceirização da
mão de obra para ações básicas da saúde, e o decreto de estado de emergência na
área da saúde do município.
2
1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO
O município de Salvador esta localizado na região litorânea do Estado da Bahia,
com uma superfície de 707 Km2, uma população estimada pelo IBGE/2008 de
2.948.733 hab., IDH 0,805 (PNUD/2000). Integra a Região Metropolitana de
Salvador (RMS) ao lado dos municípios de Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila,
Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, São Francisco do Conde, Simões
Filho e Vera Cruz. Apresenta-se dividido em 18 Regiões Administrativas, e, no
âmbito da Saúde, em 12 Distritos Sanitários, conforme figura a seguir:
01- Centro Histórico
04- Liberdade
03- São Caetano / Valéria
02- Itapagipe
05- Brotas
08- Itapuã
06- Barra / Rio vermelho
07- Boca do Rio
09- Cabula / Beirú
11- Subúrbio Ferroviário
10- Pau da Lima
12- Cajazeiras
05
04
02
08 10
09
12
11
03
01 07
06
3
2. SITUAÇÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
a. Rede de Serviços de Atenção Primária
Em 2008, a rede de serviços municipais de atenção básica dispôs de 55 Unidades
Básicas com modelo de atenção tradicional, 01 Unidade Satélite, 03 Postos
Comunitários de Saúde e 47 Unidades de Saúde da Família.
Quadro 1 – Relação das Unidades Básicas por Distrito Sanitário, Salvador-Ba, 2008.
Distrito Sanitário
Unidade de Saúde Endereço Telefone
Centro Histórico USF Dona Isabel da Silva (USF Gamboa)
Rua Gabriel Soares, nº 58, Ladeira dos Aflitos
3611-6419
USF Terreiro de Jesus Praça Terreiro de Jesus, s/n, Faculdade de Medicina, Pelourinho
3355-0171
UBS Ramiro de Azevedo
Largo do Campo da Pólvora, nº 08, Nazaré
3611-4134 3611-4135
UBS Dr. Péricles Esteves
Rua Arthur Mendes de Aguiar, 04 – Barbalho
3611-4136 3611-4137
UBS São Francisco Praça dos 15 Mistérios, nº 238, Santo Antônio
3611-4132 3611-4133
UBS Pelourinho Rua do Bispo, nº37, Pelourinho
3611-6821/ 22
UBS Carlos Gomes Rua Carlos Gomes, nº 63/ 66, Centro
3611-6827 3611-6829
UBS Santo Antonio Praça dos 15 Mistérios, nº 238, Santo Antônio
3611-4132 3611-4133
Itapagipe USF Joanes Leste Conj. Joanes Centro Leste, Qd. 23 Lobato Rua do Céu, 77 – Bonfim
3611-5202/ 5203
USF Joanes Centro Oeste
Conj. Joanes Centro Oeste , Qd 18, Lote 17 Hamesa/ Lobato
3611-5200 3611-5201
UBS Virgílio de Carvalho Rua Duarte da Costa, s/n, Dendezeiros
3611-6563 3611-6564
UBS Ministro Alkimin Rua Lopes Trovão, s/n, Massaranduba
3611-6561 3611-6562
São Caetano/Valéria
USF Boa Vista do Lobato
Rua Itaquaracy, s/n, Lobato
33915102
USF Alto do Cabrito Rua Santa Gertrudes, s/n, Lobato
32469625
USF Jaqueira do Carneiro
Rua da Jaqueira do Carneiro, s/n, Retiro
3611 2967
USF Fiais Rua Voluntários da Pátria 3611-5839
4
nº 67, Santa Luzia do Lobato, Fiais
USF Recanto da Lagoa Rua Salvador, s/n, Recanto da Lagoa
3217-4669
USF Nossa Senhora de Guadalupe (Alto do Peru)
Segunda travessa do Oriente, s/n Alto do Peru
3611-5819/07
USF Antonio Lazzarotto Av. Suburbana, s/n, São Bartolomeu
-
UBS Marechal Rondon Praça Marechal Rondon s/n, Fim de Linha
3611-5208/ 09
UBS Dr. Péricles Laranjeiras
Rua das Pitangueiras s/n, Fazenda Grande do Retiro
3611 5805 / 5806 /
5807 UBS Frei Benjamin Valéria
Rua da Matriz s/n, Valéria 3611-7910/
7911 Posto Médico Bom Juá Rua Eunápio de Queiroz,
s/n, Bom Juá 3214-0735
Liberdade USF San Martin Av. San Martin, s/n - USF Santa Mônica Rua Dr. Aristides Oliveira,
nº 3401, Santa Mônica 3611-4009 3611-4010
UBS Prof. Bezerra Lopes
Rua Lima e Silva, nº 217, Liberdade
3611-4181
UBS Mª da Conceição Santiago Imbassahy + PA
Rua Marquês de Marica, s/n, Pau Miúdo
3386-8003 3388-1268
UBS São Judas Tadeu Rua Prof. Soeiro, s/n, Pau Miúdo
3611-4013 / 4014
Brotas USF Candeal R. 18 de Agosto, s/n, Candeal Pequeno
3611- 3604 3611- 3605
USF Santa Luzia Rua Almirante Alves Câmara, 112 Engenho Velho de Brotas
3261 0719 (público)
UBS Manoel Vitorino Av. Dom João VI, nº 450, Brotas
3611- 3800 3611- 3801
UBS Mário Andréa Rua Fortunato Bejamim Saback, s/n, Sete Portas
3611 -2958 3611- 2962
UBS Cardeal da Silva R. Direta de Cosme de Farias, s/n, Cosme de Farias
3611 -2963 3611- 2964
Barra/Rio Vermelho
USF Garcia Rua Quintino Bocaiúva nº 08 Faz. Garcia.
3611-1334/ 35
USF da Federação Rua Pedro Gama, nº 28, Federação
32630073
USF Alto das Pombas Rua Teixeira Mendes s/nº - Alto das Pombas
3611-1332 3611-1333
UBS Prof. Eduardo Araújo
Av. Ypiranga, s/n, Vale das Pedrinhas
3611-3542/ 3543
UBS Prof. Sabino Silva Rua Reinaldo de Matos, 3611-3536
5
s/n, Nordeste / 3537 UBS Osvaldo Caldas Campos (Santa Cruz)
Rua Disneylândia, s/n, Alto da Santa Cruz
3611-3540 3611-3541
UBS Ivone Silveira (Calabar)
Avenida Maria Pinho s/n, Calabar.
-
UBS São Gonçalo Avenida Cardeal da Silva, s/n, Federação.
3611-1340/ 1341
Boca do Rio USF Pituaçu Rua Gonçalves Cezimba,
Jardim Imperial, s/n,
Pituaçú
3363-8618
UBS de Pituaçu
Rua Netuno, nº 04,
Pituaçu
3611-7315
3611-7316
UBS Dr. César de Araújo
Rua Manoel Quaresma, nº
08, Boca do Rio
3611-7317
3611-7318
UBS Alfredo Bureau + PA
Rua Jaime Sapolnik, setor
2, Conjunto Guilherme
Marback, Imbuí
3797-1750
3397-1757
Itapuã USF Alto do Coqueirinho Praça Sérgio Brito, s/n, Alto do Coqueirinho
3375-6733
USF Nova Esperança Rua 07 de Setembro, s/n, Rodovia Cia – Aeroporto - Km 04
3301-5063
USF Aristides Maltez Rua Lauro de Freitas, s/n, São Cristovão
-
UBS Prof. Eduardo B. Mamed
Setor E, Rua 1, Cam. 16 s/n, Mussurunga I
3611-7216 3611-7217
UBS Prof. José Mariane Av. Dorival Cayme, s/n, Itapuã
3611-7116 3611- 7117
UBS Dr. Orlando Imbassahy
Rua Nossa Senhora da Paz, nº 98, Bairro da Paz
3611-7002 3611-7004
UBS São Cristóvão Rua Lauro de Freitas, s/n, São Cristóvão
3611-7218 3611-7219
Cabula/Beiru USF Dep. Cristovão Ferreira (Saramandaia)
Rua da Horta nº 270, Saramandaia
3611-9014/9015
USF de Barreiras Rua Fernando Pedreira, s/n, Estrada de Barreiras
3611- 5422
USF Prof. Guilherme Rodrigues da Silva (Arenoso)
Rua Barão de Mauá, s/n 3373-3128
UBS Barreiras Estrada das Barreiras, s/n 3611-5410/ 5411
UBS Calabetão Rua Cleriston Andrade, s/n
3611-5206/ 07
6
UBS Doron Conjunto Residencial Doron, s/n
3611-7302/ 03
UBS Eunísio Teixeira Rua Jurucutus, s/n, Saboeiro
3611-5412/ 13
UBS Engomadeira Rua Direita da Engomadeira, s/n
3611-5414/ 15
UBS Santo Inácio Alameda 56, s/n, Jardim Santo Inácio
3611- 5204 3611-5205
UBS Arenoso Rua do Comercio, s/n, Arenoso
3611-7300
UBS Sussuarana Av. Mariano Queiroz, s/n
3611-5516/ 17
UBS do CSU Pernambués
Rua Thomas Gonzaga, nº150
3611-9010/ 11
UBS Pernambuezinho Rua Thomaz Gonzaga, s/n, Pernambués
3611-7304 3611-7305
UBS Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
Rua Pernambuco, s/n 3611-7306/ 07
UBS de Mata Escura Jardim Pampulha, s/n° 3611-5524 UBS Pernambués + PA Av. Hilda, nº 02 -
Pernambués 3611-9012 3611-9013
Posto de Saúde São Gonçalo
Rua Direta do São Gonçalo, s/n
-
Posto de Saúde Arraial do Retiro
Praça João Pereira, nº 219
-
Pau da Lima USF Canabrava Rua Artemio Castro Lima, s/n Canabrava
33661931
UBS Sete de Abril Rua do Conselheiro s/n, Sete de Abril
3611-7832/ 7833
UBS Dom Avelar Rua das Paulinas, s/n, Final de linha de Dom Avelar
3293-8772/ 8773
UBS Cecy Andrade Rua Genaro Carvalho, 1º Etapa de Castelo Branco
3611-5214 3611-5215
UBS Nova Brasília Rua Nelson Lacerda s/n-Nova Brasília
3611-7828/ 7829
UBS Canabrava Rua das Andorinhas, s/n- Final de linha de Canabrava
3281-4260
UBS Castelo Branco Rua A, 3º Etapa – Centro Social Urbano de Castelo Branco
3611-5316/ 5317
UBS Pires da Veiga Rua Jaime Vieira Lima,s/n, Pau da Lima
3611-7830/ 7831
UBS Novo Marotinho Km 3,5 Estrada Velha do Aeroporto
3611-7834/ 7835
Subúrbio Ferroviário
USF Itacaranha Rua Piriba, s/n, Itacaranha 36115606 USF de Alto de Coutos Travessa Dois de Julho,
s/n, Alto de Coutos 36115902
7
USF Alto do Cruzeiro Rua Campo da Bola, s/n, Alto do Cruzeiro
36115904
USF Rio Sena Rua do Lírio nº 339, Rio Sena
3611-5906/ 5907
USF de Beira Mangue Avenida Afrânio Peixoto, s/n, Beira Mangue
36115602
USF Congo Rua Santo Inácio s/n, Alto de Coutos
3611-5908/ 5909
USF São Tomé de Paripe
Rua Santa Filomena, s/n, São Tomé Paripe
3394-8220
USF Ilha Amarela Rua Nova Esperança de Ilha Amarela, s/n
3611-5604/ 5605
USF Fazenda Coutos III Rua Alto das Malvinas, s/n, Fazenda Coutos III
3611-5910/ 5911
USF Vista Alegre Rua do Sabiá, s/n, Vista Alegre
3611-5912/ 5913
USF Bom Jesus dos Passos
Avenida Beira Mar, s/n, Ilha Bom Jesus dos Passos
32973277
USF Fazenda Coutos II Rua Cristóvão Barreto, Fazenda Coutos II
3521-7005
USF Nova Constituinte Rua Direta da Constituinte, s/n, Periperi
3407-4584
USF Sérgio Arouca Rua Almirante Barroso, S/N. Do lado da Estação Ferroviária de Paripe. CIA de Polícia
3611-5926
USF Ilha de Maré Rua da Caeira, s/n, Ilha de Maré
3297-6006/3314-
0047 UBS Alto do Bariri Praça do Bariri, s/n, Bariri
Plataforma 3611-5600/
5601 UBS de Paripe Rua Almirante Barroco,
Paripe 3611-5900
UBS Prof. Adroaldo Albergaria + PA
Rua das Pedrinhas, s/n, Periperi
3611-5708/ 5709
UBS Fazenda Coutos Alameda Alm. Marquês de Leão, s/n, Fazenda Coutos III
3307-7166/ 5960
Posto de Saúde Paramana
Ilha Paramana -
Cajazeiras USF Boca da Mata Quadra G Cam. 06, s/n, Boca da Mata
3611.5304 3611-5305
USF Cajazeiras X Rua D, Quadra D, Setor 2, s/n, Cajazeiras X
22192073
USF Cajazeiras V Rotula de Cajazeiras V, s/n
39522121
USF Cajazeiras IV Conjunto Cajazeiras IV, quadra 3, lot 1, Cajazeiras
33956031
USF Cajazeiras XI Rua Juscelino Kubitschek, -
8
nº 18, Cajazeiras USF Yolanda Pires Quadra F, Rua Direta n. º
23, Fazenda Grande I 3611.5369 3611-5371
UBS Nelson Piauhy Dourado
Rua Endel Nascimento Quadra C, s/n, Cajazeiras III - Águas Claras
3611-5315 3611-5314
Fonte: CNES/SMS
Das 47 Unidades de Saúde da Família - USF, 05 foram inauguradas neste ano. O
convênio entre a Prefeitura Municipal de Salvador e o Governo do Estado da
Bahia através da CONDER, viabilizou a construção das Unidades de Saúde da
Família Antônio Lazzarotto, USF Aristides Maltez, USF Ilha de Maré, USF
Cajazeira XI; a USF Santa Luzia foi reconstruída com recursos próprios e
transformada de UBS em USF. Todas estas USF realizaram atendimentos à
população, através de consultas de enfermagem e odontológica, imunização,
curativos e demais serviços realizados por outros profissionais (enfermeiros,
dentistas, técnicos de enfermagem, ACD), inseridos na equipe de saúde da
família. A produtividade, entretanto, não pode ser computada, devido ao não
cadastramento no CNES das equipes ou USF, quer por ausência de médicos e/ou
Agentes Comunitários de Saúde (4), quer por estar em fase de cadastramento
(01), aguardando nº. do CNES, já solicitado através de Ofícios enviados pela
Coordenação do Distrito Sanitário Itapuã para á Coordenação de Regulação e
Avaliação CRA.(Quadro 2).
Quadro 2 – Situação das USF não cadastradas no CNES, Salvador-Ba, 2008.
USF Nº
ESF
Endereço Profissionais
Existentes
Déficit de
Profissionais
USF
Antonio
Lazzarotto
05 Avenida
Suburbana, s/n,
São Bartolomeu
05 Enfermeiros
04 Cirurgiões
Dentistas
10 Auxiliares de
Enfermagem
02 ACD
05 ACS
25 ACS
05 Médicos
USF Santa 04 Rua Almirante 03 Médicos 01 Médico
9
Luzia Alves Câmara,
112 Engenho
Velho de Brotas
04 Enfermeiros
07 Auxiliares de
Enfermagem
01 Cirurgião
Dentista
01 ACD
19 ACS
USF
Aristides
Maltez
04 Rua Lauro de
Freitas s/n, São
Cristovão
04 Médicos
04 Enfermeiros
08 Auxiliares de
enfermagem
02 Cirurgiões
Dentistas
02 ACD
06 ACS
18 ACS
USF
Cajazeiras
XI
04 Rua Juscelino
Kubitschek, nº 18,
Cajazeiras
02 Médicos
04 Enfermeiros
07 Auxiliares de
Enfermagem
02 Cirurgiões
Dentistas
02 ACD
24 ACS
USF Ilha
de Maré
01 Rua da Caeira,
s/n, Ilha de Maré
01 Enfermeiro
02 Auxiliares de
Enfermagem
01 Cirurgião
Dentista
01 ACD
08 ACS
01 Médico
04 ACS
Fonte:SMS
No total das USF, atuaram 149 Equipes de Saúde da Família (ESF), sendo que 52
não estavam aprovadas pelo CNES devido à inexistência de alguma categoria
profissional que compõem a equipe mínima. Fez-se uma mobilização junto aos
10
Distritos Sanitários visando atualização cadastral junto aos Sistemas de
Informação.
Quadro 3 - Situação das Equipes de Saúde da Família nos Sistemas de Informação, por Distrito Sanitário no município de Salvador-Ba, dezembro 2008.
DISTRITO
SANITÁRIO
USF
ESF
SITUAÇÃO
Centro Histórico USF DonaIsabel da Silva
(USF Gamboa)
0171- Gamboa Consistida pelo CNES
USF Terreiro de Jesus 0179- Terreiro de Jesus Consistida pelo CNES
Itapagipe
USF Joanes Leste
0060- Equipe 01 Azul Consistida pelo CNES
0061- San Diego Península do Joanes Consistida pelo CNES
0062- Conjunto Joanes Centro Oeste Não aprovada pelo CNES
USF Joanes Centro Oeste 0063- Hamesa Consistida pelo CNES
0064- Prainha Consistida pelo CNES
São
Caetano/Valéria
USF Boa Vista do Lobato
0072- Áreas Verdes Consistida pelo CNES
0073- Boa Vista do Lobato de Cima Consistida pelo CNES
0074- Boa Vista Consistida pelo CNES 0075- Boa Vista do Lobato Consistida pelo CNES
USF Alto do Cabrito 0080- Conjunto Bela Vista Consistida pelo CNES
0081- Alto do Cabrito Consistida pelo CNES
0086- Paulo Vale Consistida pelo CNES
USF Jaqueira do Carneiro 0101- Padre Tunicci Consistida pelo CNES
0102- Jaqueira Consistida pelo CNES
0103- Retirolandia Consistida pelo CNES
USF Fiais 0121- Esperança Consistida pelo CNES
0122- Luz Consistida pelo CNES
0123- Maratana Consistida pelo CNES
0124- Paulo Braz Consistida pelo CNES USF Recanto da Lagoa 0143- Recanto da Lagoa Consistida pelo CNES
0144- Verde Não aprovada pelo CNES
0145- Azul Não aprovada pelo CNES
0146- Vermelho Não aprovada pelo CNES
USF Nossa Senhora de
Guadalupe (Alto do Peru)
0177- Ação Consistida pelo CNES
0178- Força Consistida pelo CNES
USF Antonio Lazzarotto 0059- São Bartolomeu/Equipe 4 Não aprovada pelo CNES
Ainda não definido Em fase de cadastramento
Ainda não definido Em fase de cadastramento
Ainda não definido Em fase de cadastramento
Ainda não definido Em fase de cadastramento
Liberdade
USF San Martin
0092- Alegria Vermelha Consistida pelo CNES
0093- Esperança Verde Consistida pelo CNES
0175- Progresso Não aprovada pelo CNES
0176- Cravinas Não aprovada pelo CNES
USF Santa Mônica 0094- Ipojucan Não aprovada pelo CNES 0105- São Benedito Não aprovada pelo CNES
Brotas
USF Candeal
0087 - Guetho Consistida pelo CNES
0088 - Pedra do Marfim Não aprovada pelo CNES
USF Santa Luzia 0184 - Vila América Em fase de cadastramento
0185 – José Ramos Em fase de cadastramento
0186 – Praça dos Artistas Em fase de cadastramento 0187 - Bariri Em fase de cadastramento
Barra/Rio
USF Garcia
0099- Fazenda Garcia Consistida pelo CNES
0100- Arco do Garcia Consistida pelo CNES
11
Vermelho 0104- Marques de Olinda Consistida pelo CNES
USF Federação 0110- Vila da Pedra Consistida pelo CNES
0111- Avenida Vera Consistida pelo CNES
0112- Silvestre de Farias Consistida pelo CNES
0113- Jardim Federação Consistida pelo CNES
0128- Parque São Braz Consistida pelo CNES
USF Alto das Pombas 0118-Coração de Maria Consistida pelo CNES
0119- Nossa Senhora de Fátima Consistida pelo CNES
0120- São Salvador Consistida pelo CNES 0126- Souza Uzel Consistida pelo CNES
Boca do Rio
USF Pituaçu
0023- Mãe Rainha Consistida pelo CNES
0165- Lua Consistida pelo CNES
0166- Estrela Consistida pelo CNES
0167 - Sol Consistida pelo CNES
Itapuã
USF Alto do Coqueirinho
0095- Alameda da Paz Consistida pelo CNES
0096- Bom Sucesso Consistida pelo CNES
0097- Fazenda Esperança Consistida pelo CNES
0098- Rua da Palmeira Consistida pelo CNES
USF Nova Esperança 0125- Beira Rio Consistida pelo CNES
0127- Bela Vista Consistida pelo CNES
USF Aristides Maltez 0180 – Vida Em fase de cadastramento 0181 – Liberdade Em fase de cadastramento
0182 – Boa Idéia Em fase de cadastramento
0183 – Para Sempre Esperança Em fase de cadastramento
Cabula/Beirú
USF Dep. Cristóvão
Ferreira (Saramandaia)
0030- Verde Consistida pelo CNES
0158- Azul Consistida pelo CNES
0159- Vermelha Consistida pelo CNES
0160- Amarela Consistida pelo CNES
USF Barreiras 0136- Flor de Ébano Consistida pelo CNES
0137- Horto Florestal Consistida pelo CNES
0138- Bem-Me-Quer Não aprovada pelo CNES
0139- Primavera Consistida pelo CNES USF Prof. Guilherme
Rodrigues da Silva
(Arenoso)
0168- Prosperidade Consistida pelo CNES
0169- Equipe Sorte Consistida pelo CNES
0170- Equipe Amor Consistida pelo CNES
Pau da Lima
USF Canabrava
0129- Mangueira Consistida pelo CNES 0130- Novos Baianos Consistida pelo CNES 0131- Pássaros Consistida pelo CNES 0132- Nova Cidade Consistida pelo CNES
Subúrbio Ferroviário
USF Itacaranha
0045- Itacaranha Cajueiro Não aprovada pelo CNES
0046- Itacaranha de Baixo Consistida pelo CNES
0047- Itacaranha de Cima Consistida pelo CNES
0155- Itacaranha Conj. ACM Consistida pelo CNES USF Alto de Coutos 0048-Alto de Coutos/ Equipe 1 Não aprovada pelo CNES
0049- Alto de Coutos/ Equipe 2 Consistida pelo CNES
0050- Alto de Coutos/ Equipe 3 Não aprovada pelo CNES
0051- Alto de Coutos/ Equipe 4 Não aprovada pelo CNES
USF Alto do Cruzeiro 0052- Alto do Cruzeiro/ Equipe 1 Consistida pelo CNES
0053- Alto do Cruzeiro/Equipe 2 Não aprovada pelo CNES
0055- Alto do Cruzeiro/Equipe 4 Não aprovada pelo CNES
USF Rio Sena 0054- Alto do Cruzeiro/Equipe 3 Consistida pelo CNES
0067- Rio Sena Não aprovada pelo CNES
0068- Alto do Cruzeiro Consistida pelo CNES
USF Beira Mangue 0056- Boiadeiro/Equipe 1 Não aprovada pelo CNES
0057- Novos Alagados/Equipe 2 Não aprovada pelo CNES 0058- São João do Cabrito/Equipe 3 Não aprovada pelo CNES
USF Congo 0065- Alto do Congo Não aprovada pelo CNES
0066- Congo Não aprovada pelo CNES
USF São Tomé de Paripe 0069- Base Naval Consistida pelo CNES
12
0070- Muribeca Consistida pelo CNES
0071- São Tomé de Paripe Consistida pelo CNES
USF Ilha Amarela 0076- Rio Nilo Não aprovada pelo CNES
0077- Loteamento Ilha Amarela Não aprovada pelo CNES
0078- Cipó Não aprovada pelo CNES
0079- Ilha Amarela Consistida pelo CNES
USF Fazenda Coutos III 0082- Marques de Leão Não aprovada pelo CNES
0084- Iguatemi Não aprovada pelo CNES
0085- Campo Não aprovada pelo CNES USF Vista Alegre 0116- Vista Alegre de Cima Não aprovada pelo CNES
0117- Vista Alegre de Baixo Não aprovada pelo CNES
USF Bom Jesus dos Passos 0133- Bom Jesus dos Passos Não aprovada pelo CNES
USF Fazenda Coutos II 0140- Jorge Amado Não aprovada pelo CNES 0141- Caixa D’Água Consistida pelo CNES
0142- Clube das Mães Consistida pelo CNES
0150- Lava Pés Não aprovada pelo CNES
USF Nova Constituinte 0147- Nova Esperança Não aprovada pelo CNES
0149- Beira Rio Não aprovada pelo CNES
USF Sergio Arouca 0172- Equipe Hum Não aprovada pelo CNES 0173- Equipe Dois Não aprovada pelo CNES 0174- Equipe Três Consistida pelo CNES
USF Ilha de Maré Ainda sem definição Em fase de cadastramento
Cajazeiras
USF Boca da Mata
0089- Vila da Paz Não aprovada pelo CNES
0090- Central Consistida pelo CNES 0091- Jambeiro Não aprovada pelo CNES
USF Cajazeiras X 0106- Coração Não aprovada pelo CNES
0107-Amor Materno Consistida pelo CNES
0108- Fazendinha Não aprovada pelo CNES
0109- Coração Infantil Não aprovada pelo CNES
USF Cajazeiras V 0114- Remanescente Não aprovada pelo CNES
0115- Caminho Verde Não aprovada pelo CNES
0134- Loteamento Irmã Dulce Não aprovada pelo CNES
0135- Caminhos Dourados Consistida pelo CNES
USF Cajazeiras IV 0151- Beija Flor Não aprovada pelo CNES
0152- Verde que te quero ver Consistida pelo CNES
0153- Recanto dos Pássaros Não aprovada pelo CNES USF Cajazeiras XI Ainda sem definição Em fase de cadastramento
Ainda sem definição Em fase de cadastramento
Ainda sem definição Em fase de cadastramento
Ainda sem definição Em fase de cadastramento
USF Yolanda Pires
(Fazenda Grande I)
0161- Esperança Não aprovada pelo CNES
0162- Cem Não aprovada pelo CNES
0163- Humaniza Não aprovada pelo CNES
0164- Independente Não aprovada pelo CNES
TOTAL 47 149 -
Fonte: COAPS/SMS. SIAB/2008
Vinculadas às ESF, atuaram 89 Equipes de Saúde Bucal modalidade I – ESB,
sendo 46 vinculadas a 01ESF e 43 a 02 ESF. Do total, 33 ESB não estão
cadastradas no CNES: 02 ESB pertencentes à USF Prof. Guilherme Rodrigues da
Silva (Arenoso) por falta de 02 Cirurgiões Dentistas, 01 ESB na USF Alto de
Coutos, pela ausência de 01 Cirurgião Dentista, 01 ESB na USF Nova
Constituinte, por falta de 01 Cirurgião Dentista e 29 ESB pertencentes às ESF que
13
não estão aprovadas no CNES. A Coordenação da Atenção Básica vem buscando
consistir as ESB no CNES através da relotação de profissionais dentistas e ACD,
das Unidades cujo nº de consultórios odontológicos, é insuficiente ao nº de
equipes de saúde bucal existentes. Quanto às ESB vinculadas às ESF não
aprovadas no CNES, aguardou-se a consolidação do Concurso Público, para
contratação de novos profissionais, a fim de completarem a equipe mínima, e
torná-las aprovadas no CNES.
Não existe ESB na modalidade II devido à inadequação da área física dos
consultórios odontológicos, que foram construídos sem considerar a presença do
Técnico de Higiene Dental (THD) nas equipes, por esta categoria profissional não
existir no quadro da SMS em nº suficiente para atender à demanda, na época. A
Coordenação da Atenção Básica já solicitou ao setor de engenharia da SMS, um
projeto de adequação dos consultórios existentes, bem como atualização do
dimensionamento nas novas USF. Segundo informações da chefia do referido
setor, existe a necessidade de captação de recursos financeiros para as devidas
reformas.
O Município possuiu, ainda neste ano, um total de 1.614 Agentes Comunitários de
Saúde – ACS, estando 1.286 cadastrados no CNES. Os demais, pertencem às
equipes não consistidas, já citadas anteriormente e apresentadas no Quadro 3.
As insuficientes condições físicas e operacionais de funcionamento da rede de
saúde, dificuldade na manutenção dos contratos para prestação de serviços,
irregularidade de suprimento de materiais de consumo e permanente,
medicamentos e déficit de profissionais de saúde entre outros, impulsionou o
Prefeito a adotar medidas administrativas de urgência, decretando em maio -
Estado de Emergência no âmbito da saúde do Município de Salvador, até o
integral saneamento dos serviços públicos de saúde, com restabelecimento da
situação de normalidade.
Foi assumido o compromisso de realizar concurso público, visando regularizar a
situação dos profissionais nos postos de trabalho, e assegurar a continuidade na
prestação dos serviços de saúde. Durante o período intermediário, os
trabalhadores terceirizados, incluídos no acordo firmado com o Ministério Público
do Trabalho, permaneceram em seus locais de trabalho, com pagamento de
salários assumidos pelo município.
14
No 2º quadrimestre de 2008 foi realizada seleção emergencial visando
contratação de profissionais para atenção básica, obtendo como resultado a
contratação de 05 médicos, 10 enfermeiros e 20 auxiliares de enfermagem,
consistindo 05 ESF, antes não aprovadas no CNES. Ainda assim, 52 equipes
permaneceram sem a consolidação .
Vale salientar, entretanto, que apesar da situação relatada, os profissionais
existentes prestaram atendimentos à população sob sua responsabilidade,
conforme Quadro 4, a seguir:
Quadro 4 - Produção de serviços da Equipe mínima da estratégia de Saúde da Família no período de janeiro a dezembro de 2008, Salvador-Ba.
Distrito Sanitário VISITA ACS CONSULTA ENFERMEIRO
CONSULTA MÉDICO
Centro Histórico 15.268 14.148 3.785
Itapagipe 37.641 6.643 12.985
São Caetano/Valéria 171.804 17.266 131.358
Liberdade 173.034 9.545 21.010
Brotas 186.452 3.951 5.819
Barra/Rio Vermelho 111.514 12.440 9.557
Boca do Rio 122.530 5.710 6.079
Itapuã 155.148 9.772 10.877
Cabula/Beiru 137.461 23.762 8.455
Pau da Lima 91.015 2.015 1.715
Subúrbio Ferroviário 122.472 43.736 35.240
Cajazeiras 85.013 47.807 9.726
TOTAL 1.409.352 196.795 256.616 Fonte: SUIS-SIASUS
b. Rede de Serviços de Referência da Atenção Primária
A atenção básica constitui-se como a principal porta de entrada do usuário no
Sistema Único de Saúde e, deve ter a capacidade de atender a cerca de 80 a 85%
das necessidades da população. Entretanto, faz-se necessário a existência de
uma estrutura de referência, para garantir a atenção integral em situações que não
consiga resolução na Atenção Primária. Desse modo, o Município de Salvador
possuiu a seguinte rede de referência:
15
Quadro 5 – Relação dos Serviços de Referência da Atenção Primária, Salvador-
Ba, 2008.
Serviço
Referências
Especialidade por categoria
Centro de Referência em Doenças Cardiovasculares
Dr.Adriano Pondé
Referência em Doenças Cardíacas, Oftalmologia, atenção secundaria para
Homem
Gineco-obstetricia
Cardiologia
Cardiopediatria
Angiologia
Endocrinologia
Oftalmologia
Nefrologia
Fisioterapia
Odontologia
Psicologia
Enfermagem
Assistência Social
Nutrição
CEDEBA
Referência em Doenças Endocrinológicas
Endocrinologia
Enfermagem
Cirurgião Vascular
Angiologia
Farmácia
Nutrição
Ginecologia
Assistência Social
Psicologia
Cirurgião Dentista
Cardiologia
Dermatologia
Oftalmologia
Fundação Bahiana para o Desenvolvimento da
Ciência
Referência em: angiologia, cardiologia, nutrição, fisioterapia, otorrino, bio- imagem e teste ergométrico
Angiologia
Cardiologia
Otorrino
UBS Prof. Eduardo Araújo (15º Centro); UBS Sete de Abril; UBS Bezerra Lopes
(3º Centro)
Referência de oftalmologia
Oftalmologia
Centro de Saúde Mental Oswaldo Camargo –
Psiquiatria
Assistência Social
16
CAPS II (Adulto e Ambulatório).
CAPSi Prof. Luís Meira Lessa (Criança e Adolescente).
Centro Terapêutico Municipal Dr. Álvaro Rubim de Pinho.
CAPS II Adilson Sampaio (Adulto).
Cento de Saúde Mental Aristides Novis – CAPS II (Adulto e Ambulatório).
CAPS II Rosa Garcia (Adulto).
CAPS II Dr. Antonio Roberto Pellegrino (Adulto).
CAPS II Franco Basaglia (Adulto).
CAPS II Maria Célia da Rocha (Adulto).
CAPS II Eduardo Saback Dias de Moraes (Adulto).
Referência em Saúde Mental
Psicologia
Educador Físico
Enfermagem
Terapia Ocupacional
Psicopedagogia
Sanitarista
Fonoaudiólogia
Neurologia
Fisioterapia
Farmácia
UBS Carlos Gomes
Referência em Oftalmologia e Doença Falciforme.
Assistência Social
Cardiologia
Oftalmologia
Proctologia
Terapia Ocupacional
Cirurgião Dentista
Farmácia
Urologia
Ginecologia
Fisioterapia
Clínico Geral
Nutrição
Enfermagem
Dermatologia
Psicologia UBS Alfredo Bureau, Prof.
Mário Andrea, Prof. Eduardo Araújo, Nelson Piauhy Dourado, Bezerra Lopes, Ministro Alkimin,
Prof. José Mariane e Rodrigo Argolo
Doença Falciforme
Pediatra
Assistência Social
Clínico Geral
Nutrição
Enfermagem
CEO Cajazeiras
CEO Pam de Roma
CEO Carlos Gomes
CEO Periperi
CEO Mussurunga
Referência em Especialidades Odontológicas
Cirurgião Dentista
CREASI Referência para idosos Geriatra
Psicólogo
Enfermeiro
17
Terapeuta ocupacional
Psiquiatra
Ortopedista
Assistente social
Clínico geral
Fisioterapeuta
Cirurgião dentista
Nutricionista
Neurologista
Ginecologista
Farmacêutico
CICAN Referência para saúde da
mulher
Assistente social
Cancerologista
Oncologista
Citopatologista
Radiologista
Dermatologista
Urologista
Ginecologista
Proctologista
Enfermeiro
Anatomopatologista
Patologista
Psicólogo
Clínico geral
Anestesiologista
Farmacêutico
Cirurgião geral
Psiquiatra
CTA/COAS, SEMAE
(Municipal)
CEDAP (Estadual)
Referência para
aconselhamento e testagem
em DST/AIDS
Clínico geral
Psicólogo
Assistente social
Ginecologista
Cirurgião dentista
Biólogo
Dermatologista
Infectologista
Farmacêutico
Enfermeiro
Pediatra
Cirurgião geral
Proctologista
Urologista
Nutricionista
Psiquiatra
Citopatologista
Fonte: CNES/2008.
c. Desenvolvimento da Atenção Básica
18
No ano de 2008 foi investido esforço para ampliação da informatização na rede de
serviços, contando atualmente com 84% de unidades com links de computadores
ligados em rede e 100% dos Distritos Sanitário.
Quadro 6 – Unidades Básicas de Saúde informatizadas e não informatizadas do
município de Salvador-BA, 2008.
Distrito Sanitário
Unidade de Saúde Informatizada Não Informatizada
Centro Histórico USF Dona Isabel da Silva (USF Gamboa)
X
USF Terreiro de Jesus X UBS Ramiro de Azevedo X UBS Dr. Péricles Esteves Cardoso X UBS São Francisco X UBS Pelourinho X UBS Carlos Gomes X UBS Santo Antonio X
Itapagipe USF Joanes Leste X USF Joanes Centro Oeste X UBS Virgílio de Carvalho X UBS Ministro Alkimin X Centro Terapêutico Municipal Dr. Álvaro Rubim de Pinho
X
COAS-CTA X São Caetano/Valéria
USF Boa Vista do Lobato X USF Alto do Cabrito X USF Jaqueira do Carneiro X USF Fiais X USF Recanto da Lagoa X USF Nossa Senhora de Guadalupe (Alto do Peru)
X
USF Antonio Lazzarotto X UBS Marechal Rondon X UBS Dr. Péricles Laranjeiras X UBS Frei Benjamin Valéria X Posto Médico Bom Juá X PA César Vaz de Carvalho X
Liberdade USF San Martin X USF Santa Mônica X UBS Prof. Bezerra Lopes X UBS Mª da Conceição Santiago Imbassahy + PA
X
UBS São Judas Tadeu X 1ª UAO X
Brotas USF Candeal X USF Santa Luzia X
19
UBS Manoel Vitorino X UBS Mário Andréa X UBS Cardeal da Silva X Centro de Saúde Mental Aristides Novis
X
2ª UAO X Barra/Rio Vermelho
USF Garcia X USF da Federação X USF Alto das Pombas X UBS Prof. Eduardo Araújo X UBS Prof. Sabino Silva X UBS Osvaldo Caldas Campos (Santa Cruz)
X
UBS Ivone Silveira (Calabar) X UBS São Gonçalo X PA Clementino Fraga X C. S. Mental Oswaldo Caldas Camargo
X
Centro de Referência Doenças Cardiovasculares Dr. Adriano Pondé
X
CAPS Prof. Luis Meira Lessa X Boca do Rio USF Pituaçu X
UBS de Pituaçu X
UBS Dr. César de Araújo X
UBS Alfredo Bureau + PA X
Itapuã USF Alto do Coqueirinho X USF Nova Esperança X USF Aristides Maltez X UBS Prof. Eduardo B. Mamede X UBS Prof. José Mariane X UBS Dr. Orlando Imbassahy X UBS São Cristóvão X PA Dr. Hélio Machado X
Cabula/Beiru USF Dep. Cristovão Ferreira (Saramandaia)
X
USF de Barreiras X USF Prof. Guilherme Rodrigues da Silva (Arenoso)
X
UBS Barreiras X UBS Calabetão X UBS Doron X UBS Eunísio Teixeira X UBS Engomadeira X UBS Santo Inácio X UBS Arenoso X UBS Sussuarana X UBS do CSU Pernambués X
20
UBS Pernambuezinho X UBS Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
X
UBS de Mata Escura X UBS Pernambués + PA X
Pau da Lima USF Canabrava X UBS Sete de Abril X UBS Dom Avelar X UBS Cecy Andrade X UBS Nova Brasília X UBS Canabrava X UBS Castelo Branco X UBS Pires da Veiga X UBS Novo Marotinho X
Subúrbio Ferroviário
USF Itacaranha X USF de Alto de Coutos X USF Alto do Cruzeiro X USF Rio Sena X USF de Beira Mangue X USF Congo X USF São Tomé de Paripe X USF Ilha Amarela X USF Fazenda Coutos III X USF Vista Alegre X USF Bom Jesus dos Passos X USF Fazenda Coutos II X USF Nova Constituinte X USF Sérgio Arouca X USF Ilha de Maré X UBS Alto do Bariri X UBS de Paripe X UBS Prof. Adroaldo Albergaria + PA X UBS Fazenda Coutos X
Cajazeiras USF Boca da Mata X USF Cajazeiras X X USF Cajazeiras V X USF Cajazeiras IV X USF Cajazeiras XI X USF Yolanda Pires X UBS Nelson Piauhy Dourado X
Fonte:SMS/NGI
Com o programa no acompanhamento das atividades de assistência farmacêutica,
21
SISFARMA implantado no almoxarifado e em 92,4% das farmácias possibilita o
controle de medicamentos, desde a sua aquisição até a dispensação/consumo por
paciente, destacando-se benefícios como:
- Armazenamento do histórico do paciente que servirá como indicador da evolução
do seu quadro clinica;
- Interligação “on-line” de todas as farmácias socializando a cota do paciente à
medida que este tem acesso ao medicamento;
- Identificação de possíveis fraudes na emissão de receitas;
- Melhora no controle de estoque, evitando desvio de medicamentos, perda por
validade e facilitando o remanejamento na rede municipal;
- Gestão da farmácia de forma informatizada e em tempo real pelo nível central,
coordenadores distritais e coordenadores de farmácia;
- Criação da lista final de Medicamentos sob gestão do município, separados por
natureza, o que facilita o controle dos medicamentos solicitados / dispensados nas
unidades, já que cada solicitante tem um grupo de medicamentos associado,
impedindo que solicitem algo que não é de sua competência;
- Digitação dos lotes de medicamento uma só vez, no Almoxarifado, através da
entrada das notas e fornecedores;
- Controle de medicamentos por lote de forma mais eficiente, pois o cadastro do
almoxarifado consta o lote e vencimento e a dispensação deste para as farmácias,
facilitando a programação de compra para o abastecimento da rede, além de
ações da coordenação de Vigilância Sanitária;
-Controle de solicitações para aquisição de medicamentos pelo farmacêutico
distrital, podendo este negar, alterar e/ou confirmar, com base nas informações do
sistema, para pedido no almoxarifado. (Fonte: Relatório de Gestão 2008)
Dando suporte à rede de atenção básica de forma complementar, no ano de 2008
contou-se com 12 Farmácias Populares distribuídas nos seguintes Distritos
Sanitários:
22
Quadro 7 – Farmácias Populares, Salvador-Ba, 2008.
Distrito sanitário Farmácia Endereço Telefone
Itapagipe Farmácia Popular do
Brasil Unidade Obras
Sociais Irmã Dulce
Av. Luis Tarquínio,
s/n, Roma
33141428
Farmácia Popular do
Brasil Ribeira
Largo da Ribeira, Ed.
Mercado Ceasa, s/n,
Ribeira
33159463
Brotas Farmácia Popular do
Brasil Unidade Brotas
Ladeira dos Galés,
nº33, Matatu de
Brotas
33813099
Farmácia Popular do
Brasil Unidade Ogunjá
Avenida Graça Lessa,
nº 888, Acupe de
Brotas, Vale do
Ogunjá
31165471
Cabula/Beiru Farmácia Popular do
Brasil Unidade Cabula
Rua Silveira Martins,
nº27, lojas 1-2-3-10-
11, Cabula
33813099
Cajazeiras Farmácia Popular do
Brasil Unidade Cajazeiras
Rua da Paciência, nº
04, Setor B,
Cajazeiras VIII
33957656
Liberdade Farmácia Popular do
Brasil Unidade da
Liberdade
Rua Lima e Silva, nº
249, Liberdade
33263547
Farmácia Popular do
Brasil Caixa D’ água
Estrada da
Mandichuria, s/n,
Caixa D’água
33262993
Centro Histórico Farmácia Popular do
Brasil Unidade do
Comércio
Rua Miguel Calmon,
Ed. Conde dos Arcos,
nº40, Comércio
33271277
23
Barra/Rio
Vermelho
Farmácia Popular do
Brasil Unidade Nordeste
de Amaralina
Rua Reinaldo de
Matos, nº 05,
Nordeste de
Amaralina
33470210
Farmácia Popular do
Brasil Unidade Rio
Vermelho
Avenida Juracy
Magalhães Junior,
Horto Florestal, nº 01,
Rio Vermelho
3353 9512
São
Caetano/Valéria
Farmácia Popular do
Brasil São Caetano
Rua São Caetano, nº
335, São Caetano
32147402
Fonte: CNES
O SAMU 192 atuou com 14 bases operacionais distribuídas nos Distritos
Sanitários, a saber, no Quadro 8:
Quadro 8 – Bases operacionais do SAMU, Salvador-Ba, 2008.
Distrito Sanitário Base Operacional Endereço
Barra/Rio Vermelho 5º Centro de Saúde Av. Centenário s/n, Centenário
Centro de Referência
Cardiológica Dr. Adriano
Pondé
Av. Visconde de Itaboray nº
11931, Amaralina
Brotas CODESAL Avenida Mário Leal, nº 80,
Brotas
São Caetano/Valéria PA César Vaz de Carvalho
Rua Regina Andréa s/n Nova Brasília – Valéria
Cabula/Beiru Hospital Geral Roberto
Santos
Estrada do Saboeiro, s/n
Itapuã Instituto Anísio Teixeira
(IAT)
Estrada da Muriçoca, s/n,
Paralela
PA Dr. Hélio Machado Rua da Cacimba, s/n - Itapuã
Boca do Rio PA Alfredo Bureau Rua Jaime Sapolnik, s/n,
Guilherme Marback, Imbuí
Cajazeiras Maternidade Albert Via Local B, Setor A, s/n,
24
Sabin Fazenda Grande II, Cajazeiras
Centro Histórico Bahia Marina (Lancha) Avenida Lafayete Coutinho, nº
1010, Comércio
Calçada Estação de Trem da Calçada
Subúrbio Ferroviário PA Adroaldo Albergaria Rua das Pedrinhas, s/n, Periperi
Itapagipe Hospital São Jorge Rua Barão de Cotegipe, nº 1153,
Roma
Liberdade Pau Miúdo Praça Conselheiro João Alfredo, s/n,
Pau Miúdo.
Fonte: CNES/SMS
Neste período o município contou com diversas reformas e ampliações, nas
seguintes Unidades: UBS Osvaldo Caldas, UBS Sabino Silva, UBS Rodrigo
Argolo, PA César Vaz de Carvalho, PA Hélio Machado, PA Adroaldo Albergaria,
UBS Frei Benjamin, UBS Orlando Imbassahy, UBS Bezerra Lopes, UBS Mário
Andréa, UBS Ministro Alkimin, COAS, UBS Eduardo Araújo, UBS César de Araújo,
UBS Pires da Veiga, UBS Nelson Piauhy Dourado, UBS Ramiro de Azevedo,
UBS José Mariane, UBS Eduardo Mamede, UBS Sete de Abril, UBS Pelourinho,
UBS Boca da Mata, UBS São Gonçalo, USF Ilha Amarela, USF Congo, UBS
Manoel Vitorino, C.S. Aristides Novis, UBS São Cristóvão, UBS Alfredo Bureau, C.
S. Álvaro Rubin de Pinho, UBS Novo Marotinho, Unidade de Atendimento
Odontológico (UAO), Centro de Controle de Zoonoses- CCZ.
Em função da necessidade de reduzir os custos, aumentar a oferta de unidades
coletoras e a diversidade de procedimentos laboratoriais, melhorar a
descentralização do acesso aos serviços de laboratório e promover atendimento
de qualidade com tecnologia de última geração, elaborou-se a proposta de criação
do Laboratório Central do Município de Salvador (Fonte: Relatório de Gestão).
25
As obras de reforma do prédio para instalação do Laboratório Central iniciaram em
2008, com previsão de inauguração para 2009. Sendo necessário uma
reorganização da rede. A parte de análise e processamento dos exames foi
concentrada na UBS Eduardo Araújo, na UBS Sete de Abril e nos Prontos
Atendimentos Adroaldo Albergaria, Rodrigo Argolo e Hélio Machado. Atualmente a
rede laboratorial de Salvador dispõe de 18 Unidades de Coleta e 10 Laboratórios
de Análises Clínicas, destes 02 situadas nas unidades ambulatoriais e 08 nas
unidades de pronto-atendimento (Fonte: Relatório de Gestão).
Consoante a Programação Anual de Saúde de 2008 a equipe técnica do apoio
diagnóstico realizou visitas semanais para acompanhamento das obras do prédio,
com o objetivo de acelerar as atividades e monitorar as possíveis falhas ou
divergências com a planta projetada (Fonte: Relatório de Gestão).
A Regulação e Controle do Município de Salvador, responsável pela oferta e
utilização de serviços de média e alta complexidade, implantou dois sistemas de
informação - cygnus e sisreg III.
A regulação Assistencial vem sendo feita através da Central de Municipal de
Regulação (CMR), que iniciou seu funcionamento em outubro de 2006, com os
serviços de agendamento de consultas de Oftalmologia, regulação da
Ressonância Magnética (RNM), autorização de APAC’s e a grade assistencial.
O processo de construção do projeto de marcação de consultas e exames teve
início em abril de 2008, quando se iniciaram estudos de necessidades e análise
das Unidades de Saúde que seriam portas de entrada para a população. Em
dezembro, começou a descentralização da marcação de consultas de
Oftalmologia, através de sistema informatizado em 43 Unidades de Saúde da rede
própria.
Quadro 09 – Unidades Básicas de Saúde com SISREG III, Salvador-Ba, 2008.
Distrito Sanitário
Unidade de Saúde SISREG III Implantado Não
26
Implantado
Centro Histórico USF Dona Isabel da Silva (USF Gamboa)
x
USF Terreiro de Jesus x UBS Ramiro de Azevedo x UBS Dr. Péricles Esteves x UBS São Francisco x UBS Pelourinho x UBS Carlos Gomes x UBS Santo Antonio x
Itapagipe USF Joanes Leste x USF Joanes Centro Oeste x UBS Virgílio de Carvalho x UBS Ministro Alkimin x CTM Dr. Álvaro Rubim de Pinho x
São Caetano/Valéria
USF Boa Vista do Lobato x USF Alto do Cabrito x USF Jaqueira do Carneiro x USF Fiais x USF Recanto da Lagoa x USF Nossa Senhora de Guadalupe (Alto do Peru)
x
USF Antonio Lazzarotto x UBS Marechal Rondon x UBS Dr. Péricles Laranjeiras x UBS Frei Benjamin Valéria x Posto Médico Bom Juá x
Liberdade USF San Martin x USF Santa Mônica x UBS Prof. Bezerra Lopes x UBS Mª da Conceição Santiago Imbassahy + PA
x
UBS São Judas Tadeu x Brotas USF Candeal x
USF Santa Luzia x UBS Manoel Vitorino x UBS Mário Andréa x UBS Cardeal da Silva x
Barra/Rio Vermelho
USF Garcia x USF da Federação x USF Alto das Pombas x UBS Prof. Eduardo Araújo x UBS Prof. Sabino Silva x UBS Osvaldo Caldas Campos (Santa Cruz)
x
UBS Ivone Silveira (Calabar) x UBS São Gonçalo x
Boca do Rio USF Pituaçu x
27
UBS de Pituaçu x
UBS Dr. César de Araújo x
UBS Alfredo Bureau + PA x
Itapuã USF Alto do Coqueirinho x USF Nova Esperança x USF Aristides Maltez x UBS Prof. Eduardo B. Mamede x UBS Prof. José Mariane x UBS Dr. Orlando Imbassahy x UBS São Cristóvão x PA Hélio Machado x
Cabula/Beiru USF Dep. Cristovão Ferreira (Saramandaia)
x
USF de Barreiras x USF Prof. Guilherme Rodrigues da Silva (Arenoso)
x
UBS Barreiras x UBS Calabetão x UBS Doron x UBS Eunísio Teixeira x UBS Engomadeira x UBS Santo Inácio x UBS Arenoso x UBS Sussuarana x UBS do CSU Pernambués x UBS Pernambuezinho x UBS Rodrigo Argolo (Tancredo Neves)
x
UBS de Mata Escura x UBS Pernambués + PA x PA Edson Teixeira x
Pau da Lima USF Canabrava x UBS Sete de Abril x UBS Dom Avelar x UBS Cecy Andrade x UBS Nova Brasília x UBS Canabrava x UBS Castelo Branco x UBS Pires da Veiga x UBS Novo Marotinho x
Subúrbio Ferroviário
USF Itacaranha x USF de Alto de Coutos x USF Alto do Cruzeiro x USF Rio Sena x USF de Beira Mangue x USF Congo x USF São Tomé de Paripe x
28
USF Ilha Amarela x USF Fazenda Coutos III x USF Vista Alegre x USF Bom Jesus dos Passos x USF Fazenda Coutos II x USF Nova Constituinte x USF Sérgio Arouca x USF Ilha de Maré x UBS Alto do Bariri x UBS de Paripe x UBS Prof. Adroaldo Albergaria + PA x UBS Fazenda Coutos x
Cajazeiras USF Boca da Mata x USF Cajazeiras X x USF Cajazeiras V x USF Cajazeiras IV x USF Cajazeiras XI x USF Yolanda Pires x UBS Nelson Piauhy Dourado x
Fonte: SMS/NGI
Quadro 10 - Distribuição de Consultas Enviadas e Agendadas por Distrito Sanitário, Salvador-Ba, 2008.
Distrito Sanitário
ANO 2008
DISTRIBUÍDAS AGENDADAS % AGENDADAS
C. Histórico 15.411 13.974 91
Itapagipe 13.405 10.219 76
S. Caetano/Valeria 11.396 10.202 90
Liberdade 9.381 5.833 62
Brotas 12.848 9.891 77
Barra/Rio Vermelho 14.581 10.902 73
Boca do Rio 9.327 6.884 74
Itapuã 12.646 9.556 76
Cabula/Beiru 13.045 9.725 75
Pau da Lima 12.003 10.261 85
Cajazeiras 11.438 7.253 63
Subúrbio Ferroviário 16.446 12.391 75
TOTAL 152.197 117.091 77
Fonte: Relatório de Gestão
A estratégia de Saúde da Família em Salvador consolida a reorganização das
práticas de saúde e de um modelo de atenção voltado para o cuidado em saúde.
29
Admite-se que os avanços da atenção básica no município estiveram
comprometidos neste ano, entretanto, esforços foram empenhados no sentido de
consolidar um SUS equânime, integral e universal através do desenvolvimento das
seguintes ações:
No segundo quadrimestre do ano de 2008, atendendo a Portaria nº 154 de
24 de janeiro de 2008, do Ministério da Saúde, foi implantado o Núcleo de
Apoio à Saúde da Família (NASF) no Distrito Sanitário Subúrbio Ferroviário.
Apesar de o município estar credenciado para implantação de 04 Núcleos,
apenas 02 foram implantados, em virtude do nº de Equipes de Saúde da
Família incompletas, existentes em Salvador. Tal iniciativa buscou ampliar a
abrangência das ações da Atenção Básica, bem como sua resolubilidade,
apoiando a inserção da estratégia de Saúde da Família na rede de
serviços, e o processo de territorialização e regionalização a partir da
Atenção Básica.
Quadro 11 – Equipes de NASF implantadas no município de Salvador-ba,
2008.
EQUIPE USF ESF
Equipe Sérgio Arouca
USF Sérgio Arouca 03
USF Bom Jesus dos Passos 01
USF Ilha de Maré 01
USF São Tomé de Paripe 03
Equipe Plataforma
USF Ilha Amarela 04
USF Itacaranha 04
USF Rio Sena 03
Fonte:SMS
Com a implantação do NASF, foi formado um Colegiado de gestão
(CONASF) que teve como objetivo a elaboração das diretrizes operacionais
do Núcleo e sua implantação nos Distritos Sanitários. O CONASF
identificou a necessidade de realizar Oficinas de Sensibilização sobre o
funcionamento do NASF e a realização de Curso introdutório com duração
30
de 60 horas, para as duas primeiras equipes. Durante o evento, foram
realizadas sessões técnicas, onde foram discutidos temas relacionados ao
SUS, Planejamento Estratégico, Experiência de interconsulta do Complexo
Vida Plena, Organização da Atenção Básica, Comunicação interpessoal,
trabalho em equipe e elaboração do plano de trabalho. Além disso, foram
realizadas Oficinas para discussão sobre Educação Permanente.
Adesão ao Programa de Saúde na Escola (PSE), conforme portaria GM Nº.
1.861/2008 que estabelece recursos financeiros específicos, para adesão
de Municípios com equipes de Saúde da Família, priorizados a partir do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). Inicialmente 19
Escolas da rede pública foram contempladas, com a finalidade de contribuir
para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação
básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;
Adesão do município ao Programa Nacional de Segurança Pública com
Cidadania (PRONASCI), visando o desenvolvimento de ações conjuntas e
coordenadas, que contribuam para a promoção da segurança pública com
cidadania, por meio da ampliação do acesso e da qualificação das ações de
saúde desenvolvidas pelas Equipes de Saúde da Família. Desenvolvido
pelo Ministério da Justiça, o PRONASCI marca uma iniciativa inédita no
enfrentamento à criminalidade no país. O projeto articula políticas de
segurança com ações sociais; prioriza a prevenção e busca atingir as
causas que levam à violência, sem abrir mão das estratégias de
ordenamento social e segurança pública.
Entre os principais eixos do PRONASCI destacam-se a valorização dos
profissionais de segurança pública; a reestruturação do sistema
penitenciário; o combate à corrupção policial e o envolvimento da
comunidade na prevenção da violência. Além dos profissionais de
segurança pública, o PRONASCI tem como público-alvo jovens de 15 a 24
anos à beira da criminalidade, que se encontram ou já estiveram em conflito
com a lei; presos ou egressos do sistema prisional; e ainda os reservistas,
31
passíveis de serem atraídos pelo crime organizado em função do
aprendizado em manejo de armas, adquirido durante o serviço militar.
Implementação da educação permanente para os profissionais que atuam
neste nível de atenção à saúde, em articulação com o Núcleo de Educação
Permanente desta SMS.
d. Cobertura Populacional
Uma das prioridades da gestão para o ano de 2008 foi à reorientação do modelo
de atenção através da qualificação da atenção básica e expansão da Estratégia
de Saúde da Família.
Para qualificação foi iniciado um processo de articulação com o CDRH, visando à
elaboração de um projeto de Educação Permanente para os profissionais que
atuam neste nível de atenção, resgatando desse modo as diretrizes das
estratégias, propostas pela Portaria Ministerial 648/2006, da Atenção Básica.
Quanto à expansão da estratégia de Saúde da Família, segundo o censo do IBGE
para o ano de 2008, a população estimada de Salvador foi de 2.948.733 pessoas.
Tomando por base esta informação, apesar da implantação de novas USF e
equipes, conforme Gráfico 1, a cobertura da estratégia Saúde da Família no
município, ao final do ano de 2008, foi de 10,17% (Quadro 13), ficando a
proporção da população cadastrada pela ESF aquém da meta pactuada de 30%.
A meta não foi atingida devido ao déficit de ACS para cadastrar a população, ao
descredenciamento das ESF por falta de profissionais de saúde, além da
fragilidade na alimentação do SIAB por parte dos Distritos Sanitários,
comprometendo a real situação da cobertura no município.
Gráfico 1 – Série histórica da expansão da estratégia de Saúde da Família,
Salvador-Ba, 2005-2008.
32
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2005 2006 2007 2008
USF
ESF
Fonte: Relatórios de Gestão 2005/2008
Quadro 12 - Percentual da cobertura da ESF e da EACS, por Distrito Sanitário, no município de Salvador, no ano de 2008.
Distrito Sanitário
% Cobertura ESF
% Cobertura EACS
Centro Histórico 9,88 4,9
Itapagipe 8,32 19,06
São Caetano/Valéria 23,75 19,10
Liberdade 4,0 32,95
Brotas 1,56 20,64
Barra/Rio Vermelho 11,94 15,75
Boca do Rio 11,54 23,09
Itapuã 9,84 23,23
Cabula/Beiru 8,96 14,33
Pau da Lima 4,89 10,80
Subúrbio Ferroviário 14,78 13,55
Cajazeiras 8,12 17,22 SALVADOR 10,17 17,08
Fonte: DATASUS
A análise da cobertura populacional da estratégia de saúde da família por Distrito
Sanitário revela que os Distritos Sanitários de Brotas e Liberdade, apresentaram as
menores coberturas (1,56% e 4,0% respectivamente), enquanto que o São
Caetano/Valéria possui a maior cobertura (23,75%), seguido de Subúrbio Ferroviário
(14,78%).
Embora os dados sobre a Evolução do Credenciamento e Implantação da Estratégia
de Saúde da Família do MS/SAS/DAB registrem uma cobertura de 10,17%, esse
33
percentual difere do SIAB, por utilizarem diferentes bases populacionais. O
monitoramento do credenciamento considera para cada equipe de saúde da família
uma média de 3.450 pessoas e para cada ACS cerca de 575 pessoas.
Gráfico 2 – Percentual de Cobertura das Estratégias de Saúde da Família e ACS,
segundo estimativa do Ministério da Saúde, Salvador-Ba, 2008.
ESF
EACS
População não coberta
Considerando dados do MS, o percentual de cobertura da estratégia de Agente
Comunitário de Saúde quando somado ao percentual de cobertura da estratégia
de Saúde da Família, alcança um percentual de 27,25%(MS/SAS/DAB/2008) para
cobertura populacional de ACS, como foi verificado no Gráfico 2.
Segundo a Portaria MS Nº 90 de 17/01/08, a População Quilombola residente no
município de Salvador compreende 1.405 pessoas, e a Estratégia de Saúde da
Família oferece 100% de cobertura para essa população. De um modo geral 05
ACS atuam junto às comunidades reconhecidas pela Fundação Palmares,
acompanhando 772 pessoas da comunidade de Bananeiras; 256 pessoas da
comunidade de Porto dos Cavalos, Martelo e Ponta Grossa; e o restante na
comunidade de Praia Grande, que é totalmente coberta pela estratégia.
A USF Ilha de Maré foi inaugurada no segundo semestre de 2008 com o objetivo
de absorver a População Quilombola residente na sua área de abrangência.
10,17%
17,08%
72,75%
34
Segundo dados IBGE – Censo Demográfico 2000, a população indígena residente
no município é 18.712 pessoas, porém ainda não são desenvolvidas ações com a
especificidade de saúde da família, para essa população.
A Portaria MS Nº. 90 de 17/01/08 não registra população rural assentada
residente no município.
O desafio dessa gestão é regularizar as ESF, no que diz respeito ao déficit de
profissionais para adequação da capacidade instalada, e ampliar a cobertura da
estratégia Saúde da Família no município para cerca de 50% nos próximos quatro
anos, possibilitando que as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde mais
próximos das suas residências, conforme preconiza a estratégia.
3. EIXOS TEMÁTICOS PRIORITÁRIOS DA ATENÇÃO BÁSICA A SAÚDE
3.1. SAÚDE DA CRIANÇA 3.1.1 Análise das ações de controle da Morbi-Mortalidade Infantil No ano 2008, Salvador houveram 517 óbitos para menores de 01 ano, destes 369
ocorreram no período neonatal e 148 óbitos pós-neonatal. A Taxa de Mortalidade
Infantil para o período foi de 15,3 por 1000 nascidos notificados pelo Sistema de
Notificação sobre Nascidos Vivos (SINASC), sendo o componente neonatal
correspondente 10,9 por 1000 NV e o pós-neonatal correspondente a 4,4 por 1000
NV. Os coeficientes pactuados para o ano de 2008 foram 15,6 por 1000 NV e 5,0
por 1000 NV para mortalidade neonatal e pós-neonatal respectivamente.
Quadro 13: Taxa de Mortalidade Infantil, Salvador – BA, 2008.
CMI Meta 2008
Nº. absoluto de óbitos no
período
Nascidos vivos no período
Coef. Mortalidade
Infantil
Componentes
Neonatal Pós-
Neonatal
20,6/1000
517 33.694 15,3 10,9 4,4
Fonte: SIM/SINACS/COAPS/SMS
A série história do Coeficiente de Mortalidade Infantil (CMI) de Salvador revela que
houve uma redução desse indicador, o qual passou de 36,9 por 1000 NV, em
35
1994, para 15,3 por 1000 NV ao final do período. Os dados analisados neste
momento sinalizam para o cumprimento das metas pactuadas.
A queda do CMI no município de Salvador segue a tendência nacional, tendo sua
redução associações com as ações de controle às doenças imunopreveníveis,
através das ações de vacinação, à implantação da Terapia de Reidratação Oral
(TRO), às ações de incentivo ao aleitamento materno e à implantação da
Estratégia ESF. Além desses fatores, sabe-se que a queda na taxa de
fecundidade pode ter contribuído, favoravelmente, para a redução desse
indicador.
A mortalidade pós-neonatal apresenta a maior queda proporcional entre todos os
componentes da Mortalidade Infantil. Em 1994 obtivemos uma taxa de 15,7 por
1000 NV, passando para 4,4 por 1000 NV em 2008. A mortalidade neonatal
precoce1 apresentou uma queda de 18,1 por 1000 NV em 1994 para 8,3 por 1000
NV em 2008, enquanto que o componente neonatal tardio manteve-se com uma
tendência a estabilidade ao longo dos últimos anos, com 2,6 por 1000 NV no
último ano em análise (Gráfico 03).
Gráfico 03: Mortalidade Infantil e seus Componentes, Salvador, 1994-2008.
Mortalidade Infantil e seus Componentes. Salvador 1994 -
2008*
18,1
15,3
12,611,4
15
19,7
17,4 17,5 17,315,5
12,813,7 13,2
11,7
8,3
3,1 2,9 2,5 2,5 2,7 3,3 3,2 3,4 3,8 3,2 2,8 3,1 3,1 3,62,6
15,7
9,5 9,3
6,87,9
6,5 6,9 6,3 6,1 5,7 65 5,4
4,4 4,4
36,9
27,7
24,4
20,7
25,7
30,5
27,5 27,2
24,4
21,6 21,8 21,719,7
15,3
28
0
5
10
15
20
25
30
35
40
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Neonatal Precoce Neonatal Tardio Pós-neonatal CMI
Fonte: SIM/SINASC/COAPS/ Secretaria Municipal da Saúde de Salvador * Nos componentes de mortalidade neonatal e pós-neonatal, para os anos de 1996 a 1999 e 2002, não está inclusa a faixa etária ignorada > 01 ano.
36
A análise da mortalidade infantil por causa do CID 10, nos anos de 2005 a 2008,
demonstra que as afecções do período perinatal predominam sobre as outras
causas e apresenta uma tendência de queda bastante acentuada em relação às
demais. As ações de atenção ao pré-parto, parto e ao recém nascido foram
determinantes para essa redução. As malformações congênitas vêm em segundo
lugar, seguida das doenças do aparelho respiratório e das doenças infecciosas e
parasitárias.
As doenças infecciosas e parasitárias e as doenças do aparelho respiratório
seguem também a tendência de queda, e nesses grupos estão os óbitos por
doenças diarréicas e pneumonias, que são considerados eventos sentinela. Em
2007, através do Pacto pela Vida, o MS propôs a pactuação da redução dos
coeficientes de mortalidade por diarréia e pneumonia na proporção de 50% e 20%
respectivamente, em relação ao período anterior. Essa meta foi cumprida com a
redução dos óbitos por pneumonia, tendo sido obtido um coeficiente de 0,35 por
1000 NV, para uma meta de 0,68 por 1000 NV. Para diarréia foi obtido um
coeficiente de 0,14 por 1000 NV para 0,13 por 1000 NV. A queda observada
nesses indicadores indica uma melhora das ações sensíveis à atenção
ambulatorial. Para o ano de 2008, não houve pactuação para redução desses
indicadores.
Gráfico 04: Mortalidade Infantil por Diarréia e Pneumonia, Salvador, 1996-2008.
Fonte: SIM/SINASC/COAPS/ Secretaria Municipal da Saúde de Salvador * Nos componentes de mortalidade neonatal e pós-neonatal, para os anos de 1996 a 1999 e 2002, não está inclusa a faixa etária ignorada > 01 ano.
Mortalidade Infantil por Diarréia e Pneumonia.
Salvador, 1996 - 2008
2,24
1,020,78
0,670,47
0,33 0,290,44 0,38
0,14 0,06
1,45
0,95
1,311,04
0,840,97 0,99
0,630,82
0,35 0,390,58
1,67
0,94
1,7
0
0,5
1
1,5
2
2,5
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Diarréia Pneumonia
37
A Taxa de Mortalidade Infantil por Distrito Sanitário (DS) de residência, assinala
que o DS Centro Histórico possui a maior taxa para a mortalidade infantil, sendo o
único que não apresenta a tendência de queda observada nos demais DS. É
importante informar que parte da população desse Distrito é flutuante, mas o
coeficiente de mortalidade infantil por DS de residência serve para avaliação do
acesso ao serviço por área de abrangência, notadamente para avaliação das
ações da ESF. A quantidade de óbitos ignorados por DS de residência é grande,
o que dificulta outras análises (Quadro 14).
Quadro 14 - Coeficiente de Mortalidade Infantil por Distrito Sanitário de Residência. Salvador, 2005 a 2008
Distrito Sanitário 2005 2006 2007 2008 Centro Histórico 23,3 24,5 35,7 25,4 Itapagipe 19,7 19,6 20,0 16,8 São Caetano/Valeria 25,1 22,6 18,1 13,0 Liberdade 29,8 24,2 18,8 17,0 Brotas 21,3 20,5 20,3 13,4 Barra/Rio Vermelho 18,5 16,8 15,6 15,2 Boca do Rio 11,4 21,4 19,6 11,0 Itapuãn 14,0 23,5 19,3 11,6 Cabula/Beiru 22,6 20,1 19,7 16,0 Pau da Lima 21,0 23,3 16,9 14,5 Subúrbio Ferroviário 26,5 24,2 22,1 19,9 Cajazeiras 20,2 18,0 18,8 13,3 DS de Residência Ignorado 35,9 63,8 58,3 24,1
Total 21,8 21,7 19,7 15,3
Fonte: SIM/SINASC/COAPS/SMS A criação do Comitê de Prevenção do Óbito Infantil e Fetal de Salvador (CPOIFS),
uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança desta Secretaria, tem sido
uma estratégia importante para a implementação da Vigilância do Óbito Infantil em
Salvador. Esse órgão foi criado através da Portaria nº. 93, de 19/04/20092, e tem
representações governamentais, de centros acadêmicos, de sociedades
profissionais, da sociedade civil organizada e de controle social. O trabalho desse
órgão iniciou a partir de dezembro de 2007.
38
Esse órgão identificou, entre outras questões, a necessidade de revisão do fluxo
da investigação do óbito infantil, com a introdução nesse instrumento dos Comitês
ou Comissões de Análise de Óbito no âmbito hospitalar. Os comitês hospitalares,
que compõem o subsistema de vigilância epidemiológica, têm sob sua
responsabilidade a investigação nesse segmento e o produto dessas
investigações deve retroalimentar os dados do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), melhorando, assim, a qualidade desses dados. Outra questão
importante é a articulação desse subsistema com o serviço de Vigilância
Epidemiológica do município nos diversos níveis, ou seja, central (COSAM),
distrital e local, este último junto às equipes de saúde.
Em relação às equipes de saúde, tanto ao nível hospitalar quanto ambulatorial,
verifica-se a necessidade de que a vigilância do óbito infantil incorpore ao seu
processo de trabalho a análise dos óbitos investigados, e não apenas o
preenchimento da ficha de investigação do óbito, fazendo dessa estratégia
processo de Educação Permanente junto aos profissionais.
3.1.2 Nascidos Vivos com Baixo Peso O município alcançou a taxa de 10,2% para nascidos vivos com baixo peso,
atingindo a meta proposta de 10,3% para o ano de 2008. A série histórica de 2005
a 2008 revela uma tendência à estabilidade desta taxa (Quadro 15). A adesão
oportuna ao pré-natal e a qualidade das ações desenvolvidas podem impactar
favoravelmente para a redução desse indicador. É importante considerar que a
instituição de novos equipamentos de saúde, como a ampliação de leitos de UTI
neonatal, pode favorecer a sobrevida de recém-nascidos de baixo peso, sendo,
nesse caso, variáveis confundidoras na avaliação desse indicador.
Quadro 15 - Proporção de Nascidos Vivos com Baixo Peso ao Nascer. Salvador, 2005 - 2008.
Ano Nascidos Vivos com peso < 2500 gr.
Total de nascidos no período
Proporção
2005 3925 36587 10,7 2006 3750 36383 10,3 2007 3768 36741 10,2 2008 3454 33694 10,2
Fonte: SINASC/COAPS/SMS
39
3.1.3 Consultas Médicas e de Enfermagem A partir de 2008, com a nova Tabela do SUS foram identificados 04 novos
procedimentos correspondentes aos anteriores: consulta médica em atenção
básica, consulta para acompanhamento de crescimento e desenvolvimento,
consulta de atendimento domiciliar e consulta de nível superior na atenção básica,
mas devido à especificidade dessa nova tabela a sua análise será feita
separadamente.
A análise das consultas médicas por categoria, nos anos de 2005 a 2007,
evidencia uma tendência de queda para as consultas em clínica médica e
pediatria e um crescimento na oferta de consultas médicas nas USF. É digno de
nota que o volume de consultas apresentadas inclui os atendimentos na Atenção
Básica, rede própria e rede contratada e/ou conveniada ao município, além da
rede hospitalar estadual e federal (Tabela 01).
Tabela 01 - Consultas Médicas para Crianças < 12 anos. Salvador, 2005 a 2007.
Procedimentos 2005 2006 2007
Consulta em clínica médica 208.647 126.166 87.830
Consulta em pediatria 535.969 453.815 378.023
Consulta médica do PSF 99.769 76.009 277.825
Consulta médica domiciliar 236 117 57
Total 844.621 656.107 743.735 Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
Na análise dos procedimentos médicos por faixa etária, da série histórica de 2005
a 2007, identifica-se que a oferta de consultas em pediatria para crianças < 01 ano
passou de 190.245 para 75.312. As consultas em clínica médica, para mesma
faixa etária, também apresentaram queda, passando de 151.374 para 32.894. As
demais faixas etárias também seguem em tendência de queda para ambos os
procedimentos analisados acima. Houve um aumento na oferta de consultas no
âmbito da ESF para todas as faixas etárias, notadamente para a faixa etária de 2
< 12 anos, que passou de 27.632 em 2005 para 188.033 em 2007 (Tabela 02).
40
Tabela 02 - Consultas Médicas realizadas para Crianças por faixa etária e especialidade. Salvador, 2005– 2007. Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
Do total de consultas de pediatria, identifica-se que 60.672 (ou 14%) foram
realizadas no âmbito hospitalar em 2006, cujo valor caiu para 47.472 (ou 13%) em
20073. Em relação às consultas de clínica médica no âmbito hospitalar, 8.093
(6%) foram realizadas em 2006 e 2.279 (ou 3%) em 2007. A relevância desta
análise é notificar que mesmo com a tendência de queda observada em relação a
esses dois procedimentos, a maior proporção na oferta desses serviços ocorreu
no âmbito das UBS e UBS com estratégia de Saúde da Família e Equipe de ACS,
conforme o esperado.
Tabela 03 - Consulta Médica em Atenção Básica para Crianças < 10 anos. Salvador, 2008*.
Procedimento por categoria profissional
0 < 01 ano 01 < 02 anos 02 < 10 anos Total
Medico clinico geral 69.099 838 5.303 75.240 Medico de Saúde da Família 7.404 3.668 18.387 29.459 Medico generalista 12 20 107 139 Medico pediatra /hebeatra/ 52.078 141.812 149.458** 343.348
Procedimento 2005 2006 2007
O < 1 ano
1 < 2 anos
2 < 12 anos
O < 1 ano
1 < 2 anos
2 < 12 anos
O < 1 ano
1 < 2 anos
2 < 12 anos
Consulta em clínica médica
151.374 1.246 56.027 69.417 5.345 51.404 32.894 2.860 52.076
Consulta em pediatria
190.245 43.518 302.206 130.015 45.731 278.069 75.312 42.842 259.869
Consulta médica do PSF
68.273 3.864 27.632 30.404 7.053 38.552 82.712 7.111 188.033
Consulta médica domiciliar
235 1 0 109 1 7 21 8 28
Total 410.127 48.629 385.865 229.945 58.130 368.032 190.940 52.821 508.917
Meta pactuada 137.517 91.566 362.228 148.517 45.783 181.114 153.040 47.177 186.628
41
neonat
Total 128.593 146.338 173.255 448.186 Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
** Foram suprimidos os procedimentos da UBS Maria da Conceição Santiago Imbassay por erro de digitação. Em relação às Consultas Médicas em Atenção Básica, identifica-se que as
consultas realizadas por médico pediatra predominam em relação às demais,
contabilizando 343.348 procedimentos, sendo que 23.624 destes foram realizadas
no âmbito hospitalar, o que corresponde a 6,9% (Tabela 03). É importante
notificar que as consultas realizadas por pediatra para todos os procedimentos da
nova tabela como, por exemplo, Consulta Médica em Atenção Especializada,
Consulta Domiciliar na Atenção Especializada e outros, somam 542.646
procedimentos, indicando produção superior em relação aos anos de 2006 e 2007,
sendo equivalente à produção de 2005. Observa-se um recrudescimento,
portanto, em relação à tendência de queda observada nos últimos anos para a
oferta de consultas de pediatria, sendo que o atendimento ambulatorial ao nível
hospitalar contribui com 15,9%. É importante lembrar que o atendimento hospitalar
não é exclusivo para munícipes de Salvador.
Ainda em relação às Consultas Médicas em Atenção Básica, as consultas para
médico da ESF somaram 29.459 procedimentos, indicando possível subregistro,
uma vez que esses dados se opõem à tendência observada nos anos anteriores.
As consultas de médico clínico geral computaram 75.240, e o baixo volume de
consultas para a faixa etária de 01< 10 anos também indica a possibilidade de
subregistro (Tabela 03).
Tabela 04: Consultas Médicas e de Enfermagem na Atenção Básica para crianças < 10 anos. Salvador, 2008*.
Procedimentos Total
Consulta para Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento 25.691 Consulta Médica em Atenção Básica 448.186 Consulta Profissional Nível Superior na Atenção Básica 123.461 Consulta Atendimento Domiciliar na Atenção Básica 4.677 Total 602.015
Parâmetro para acompanhamento -
42
Fonte: SIASUS/COAPS/SMS Para o ano de 2008, foram realizados 602.015 procedimentos de consultas
médicas e de enfermagem na Atenção Básica. As Consultas para
Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento somaram 25.691
procedimentos, correspondendo a 4% do total de consultas na Atenção Básica. As
Consultas Médicas na Atenção Básica somaram 448.186 procedimentos,
correspondendo a 74%. As Consultas por Profissional de Nível Superior na
Atenção Básica, neste caso atividade exercida pelo enfermeiro, somaram 123.461
procedimentos, ou seja, 21%. As Consultas Domiciliares na Atenção Básica,
4.677 procedimentos, corresponderam a 1% desse total (Tabela 04).
Tabela 05 - Consulta Profissional Nível Superior na Atenção Básica para Crianças < 10 anos. Salvador, 2008*.
Procedimento Total
Enfermeiro 100.002 Enfermeiro da estratégia do PACS 6.155 Enfermeiro puericultor e pediátrico 3.157 Enfermeiro Saúde da Família 14.147
Total 123.461 Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
Para o procedimento Consulta Profissional Nível Superior na Atenção Básica por
categoria ocupacional e faixa etária, identifica-se 100.002 procedimentos para o
enfermeiro das UBS. O valor obtido em 2008 aproxima-se do valor de 2007, com a
ressalva que houve maior cobertura para a faixa etária < 01 ano e menor
cobertura em relação às demais.
Para os procedimentos do enfermeiro da ESF e enfermeiro do PACS, nos valores
de 14.147 e 6.155 respectivamente, observa-se uma sensível defasagem
principalmente em relação ao ano de 2007. Nota-se que na tabela antiga do SUS
não havia diferença para profissionais enfermeiros lotados no PACS e PSF, como
existe agora e que essa formatação por categoria profissional e procedimento
dificultou a sua compreensão por parte dos profissionais, o que pode ter
favorecido no subregistro ou registro indevido, dificultando análises mais
fidedignas (Tabelas 05).
43
A nova tabela do SUS oportuniza as ações de Vigilância do Crescimento e
Desenvolvimento, o que não era possível anteriormente, uma vez que os
procedimentos eram contabilizados como consultas médicas e/ou de enfermagem,
impossibilitando a compreensão da natureza do atendimento prestado e
conseqüentemente avaliação da meta programada. Apesar das possibilidades da
nova tabela, identifica-se a ocorrência de subregistro e/ou registro indevido em
relação a vários procedimentos, em função da não compreensão por parte de
alguns profissionais acerca da organização da tabela, requerendo a necessidade
de esclarecimentos junto aos responsáveis pela alimentação do sistema.
Na análise dos procedimentos por faixa etária e categoria profissional, observa-se
que as Consultas para Acompanhamento do Crescimento e Desenvolvimento
foram realizadas predominantemente por enfermeiros em relação ao profissional
médico para todas as faixas etárias (Tabela 06), este atua quase que
exclusivamente como retaguarda para o acompanhamento das demandas
identificadas pelo enfermeiro, inclusive nas USF. A recomendação, entre outras, é
que novas orientações em relação ao processo de trabalho, no que se refere à
quantidade de Consultas para Acompanhamento do Crescimento e
Desenvolvimento devam ser incluídas nos protocolos médico e de enfermagem e
que estejam em concordância com os parâmetros da PPI.
Tabela 06 - Consultas para Acompanhamento de Crescimento e Desenvolvimento em Crianças < 10 anos. Salvador, 2008*.
Procedimento Total
Enfermeiro 11.413 Enfermeiro da Estrategia do PACS 142 Enfermeiro puericultor e pediátrico 2.889 Enfermeiro Saúde da Família 9.199 Médico de Saúde da Família 2.041 Médico pediatra/ hebeatra / neonat. 7
Total 25.691 Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
44
Em relação ao Atendimento Domiciliar na Atenção Básica, verifica-se que os
procedimentos realizados por enfermeiro da SF e enfermeiro da EACS somam
4.176 consultas, o que se aproxima do valor obtido em 2007.
Tabela 07 - Consulta Atendimento Domiciliar na Atenção Básica para Crianças < 10 anos. Salvador, 2008*.
Procedimento Total
Enfermeiro 308 Enfermeiro da estratégia do PACS 3.233 Enfermeiro Saúde da Família 943 Medico clinico geral 150 Medico de Saúde da Família 43
Total 4.677 Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
3.1.4 Programa de Triagem Neonatal O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), lançado pelo Ministério da
Saúde em 2001, estabeleceu a triagem para os seguintes agravos: fenilcetonúria,
hipotireoidismo, doenças falciformes, outras hemoglobinopatias e fibrose cística.
O estado da Bahia está habilitado para a fase II, o que compreende a triagem das
morbidades estabelecidas no programa, com exceção para a fibrose cística, sendo
a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador (APAE) o Serviço
de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) no estado, e o responsável pelo
diagnóstico, acompanhamento e tratamento das doenças congênitas,
principalmente do hipotireoidismo e da fenilcetonúria. Ao município de Salvador
compete o atendimento aos portadores de doença falciforme, a instituição de uma
rede de postos de coleta articulada com a APAE, a determinação dos fluxos de
exames e a referência e a contra-referência dos pacientes triados.
Atualmente, a Atenção Básica do Município conta com 97 postos de coleta para o
teste do pezinho. A partir de 2007, o município pactuou junto à CIB o indicador de
cobertura para a coleta de triagem neonatal em relação ao número de nascidos
vivos residentes, com o objetivo de implementar esse procedimento na rede
45
assistencial, sendo as metas para os dois últimos anos estabelecidas em 72,2% e
75% respectivamente.
Considerando o volume de procedimentos realizados, identificam-se o não
cumprimento das metas pactuadas para os dois últimos anos, tendo o município
obtido as metas de 71,2% e 64,8% em relação aos nascidos residentes (Tabela
08).
Tabela 08 - Cobertura do Teste do Pezinho para nascidos residentes em Salvador, 2005 a 2008.
Fonte: SIA/IBGE/COAPS/SMS A identificação de problemas de ordem técnica em relação à coleta para a triagem
neonatal, feita pela APAE, iniciou-se, em 2007, a introdução do Procedimento
Operacional Padrão (POP) para a coleta do Teste do Pezinho em todas as
unidades da rede de Atenção Básica, a fim de normatizar e qualificar esse
procedimento. Observou-se junto às equipes de saúde que essa iniciativa
oportunizou a identificação de não-conformidades no processo de trabalho,
favorecendo a recondução para as atividades consideradas tecnicamente
corretas. Outro dado importante e reiterado para as equipes foi a necessidade de
que todos os profissionais envolvidos no processo de coleta, técnicos e
profissionais de nível superior, devem fazer o curso de capacitação junto ao
Centro de Referência.
Verifica-se que uma das dificuldades do processo de coleta diz respeito à retenção
de amostras. Além de ser um problema de ordem técnica é também de ordem
gerencial e, inclusive, envolve a estrutura de apoio logístico como a
disponibilidade de veículo e combustível. A partir de junho de 2008, foi acordado
com o APAE a introdução dos Correios no fluxo do processo de coleta. A proposta
Ano Procedimentos realizados
Nascidos Vivos
Cobertura SINASC%
População < 01 ano
IBGE
Cobertura IBGE%
2005 19.073 36.587 52,1 45.839 41,6 2006 22.140 36.383 60,8 46.549 47,6 2007 26.146 36.745 71,2 49.596 52,7 2008 21.826 36.337 64,8 50.557 43,2
46
inicial era a introdução dos correios para o envio de amostras e recebimento de
laudos na periodicidade de duas vezes por semana, ao invés de uma vez por
semana. Entretanto, devido à dificuldade da SMS em garantir o apoio logístico em
quantidade suficiente, manteve-se o fluxo de uma vez na semana e substituição
do serviço de moto-boy.
A introdução dos correios parece não atender de forma satisfatória, uma vez que
identifica-se problemas em relação a esse serviço, como a ausência do carteiro
para a realização da coleta programada, incompatibilidade de horário de trabalho
dos Correios em relação ao horário do serviço das UBS e retenção de amostra
durante o fluxo da postagem. Estas dificuldades serão avaliadas junto à APAE
para decisão acerca da manutenção dos correios no fluxo da coleta.
Em relação ao fluxo dos dados para avaliação do PNTN em Salvador, cabe à
APAE a responsabilidade pelo envio periódico e regular desses dados junto a
SMS. Inclusive o anexo I da Portaria 822 de 06/06/2001 estabelece que é
competência do município manter atualizado o banco de dados do programa, o
que não tem sido possível, uma vez que o Centro de Referência não tem atendido
de forma satisfatória essa solicitação. Os dados necessários para avaliação do
programa são: os casos suspeitos e casos confirmados por patologia triada com
identificação.
Para o diagnóstico das doenças triadas, a APAE realiza dosagem para
fenilalanina, TSH e detecção de variantes da hemoglobina, conforme estabelecido
na Portaria 822, sendo esse procedimento financiado pelo MS via Fundo de Ações
Estratégicas e de Compensação (FAEC). Entretanto, a APAE realiza, através da
cromatografia de aminoácidos, a triagem também para fenilcetonúria, tirosinemia,
leucinose, entre outros erros inatos. O recurso para a realização desse
procedimento está previsto na Programação Físico Orçamentária (FPO) da APAE,
sendo financiado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB) e deve
ser entendido como programa complementar do Estado para a Triagem Neonatal,
embora não haja nenhum documento que tenha formalmente estabelecido essa
política.
47
Considerando os dados ambulatoriais para os dois procedimentos da triagem,
verifica-se que o volume de dosagem e de cromatografia realizados pela APAE
são quase equivalentes, uma vez que ambos procedimentos têm como objeto a
população de menores de uma ano. Entretanto, é importante notificar o fato da
SESAB adotar como política complementar para o programa a realização de
cromatografia para identificação de fenilcetonúria quando a técnica da dosagem
sugerida pelo MS atende de forma satisfatória a essa finalidade. Excetuando a
fenilcetonúria, os outros erros inatos identificados com essa técnica
correspondem, segundo dados da APAE, a um caso confirmado para leucinose
em 2005, equivalente a uma relação de 01/231.000 nascidos vivos nesse ano, e a
alguns casos de tirosinemia transitória sem nenhuma confirmação diagnóstica.
Terapia de reidratação oral
Para avaliação da cobertura da oferta de Terapia de Reidratação Oral (TRO),
tomou-se como referência 20% da população de crianças < 05 anos, sendo 01
eventos/ano. Este procedimento também não foi pactuado nos últimos três anos.
A avaliação do volume de procedimentos realizados em TRO é uma proxy para
monitoramento da ocorrência de diarréias no público alvo.
Tabela 09 - Procedimentos de Terapia de Reidratação Oral < 5 anos. Salvador, 2005 a 2008*.
Fonte: SIASUS/COAPS/SMS
Entre os anos de 2005 a 2007, observa-se que o SIA não disponibiliza os dados
por faixa etária. Entretanto, identifica-se que a oferta do procedimento nesses
anos, apesar desse viés, apresenta coberturas abaixo do parâmetro estabelecido
como crítico, ou seja, menor do que o máximo desejável. Para o ano de 2008, a
cobertura para a faixa etária de interesse foi de 22,9%. A maior adesão ao
Aleitamento Materno tem contribuído favoravelmente para a redução das doenças
2005 2006 2007 2008
Procedimento 20.044 24.307 15.822 11.534 Meta 45.615 46.322 49.353 50.310 Cobertura 43,9 52,5 32,0 22,9%
48
diarréicas, o que pode também estar impactando pela baixa demanda pelo serviço
(Tabela 09).
O Ministério da Saúde notificou a necessidade dos estados e municípios
adequarem as compras para o Sal de Reidratação Oral, conforme recomendação
da OMS e em concordância com a publicação da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (RENAME, 2007).
3.1.5 Internação por Doença Infecciosa Intestinal (DII) Na análise do período de 2005 a 2008, observa-se que para as internações por
Doença Infecciosa Intestinal (DII) predominam as categorias “outras infecções
intestinais bacterianas” seguida da “diarréia e gastroenterite de origem infecciosa
presumível”, sendo que essas duas classificações prevalentes apresentam
tendência de queda. Chama à atenção a ocorrência de 30 casos de intenção por
cólera no último ano.
A meta pactuada para 2008 foi de 2,9%, o que confere o cumprimento da meta
para o período em análise. Entretanto, verifica-se neste último ano o aumento da
proporção de internações em relação aos dois últimos períodos, sendo esse
aumento devido à redução no volume total de internações e não necessariamente
ao aumento das internações por Doença Infecciosa Intestinal (Tabelas 10).
Tabela 10 - Proporção de Internações por DII em crianças < 05 anos. Salvador, 2005 – 2008*.
Ano 2005 2006 2007 2008
Internações por DII 719 336 319 362 Total de Internações 18.513 15.829 17.161 14.231
Proporção de Internações por DII 3,9 2,1 1,9 2,54 Fonte: SIHSUS/COAPS/SMS
3.1.6 Internações por Infecção Respiratória Aguda (IRA) Observa-se uma tendência de queda nas Taxas de Internação por Infecção
Respiratória Aguda (IRA) nos anos de 2005 a 2008, sendo a taxa obtida para o
último ano correspondente a 11,2/1000 crianças residentes em menores de 05
49
anos, indicando o cumprimento da meta preconizada em 18,5/1000. Vale assinalar
que a produção dos meses de novembro e dezembro não estava disponível no
Sistema de Informação Hospitalar (SIH) (Tabela 11).
Tabela 11 - Internações por IRA em crianças < 05 anos. Salvador, 2005-2008
Ano 2005 2006 2007 2008
Internações por IRA 4.104 3.565 3.934 2.823
Total de crianças < 5 anos* 228.079 231.612 246.766 251.553
Internações por IRA/1000 18,0 15,4 15,9 11,2 * População estimada pelo IBGE Fonte: SIHSUS/COAPS/SMS
A análise do cumprimento da meta no último ano deve ser visto com cautela, uma
vez que alguns procedimentos se agruparam após a mudança da tabela SUS,
como, por exemplo, pneumopatia aguda, pneumonia estafilococcica, pneumonia
em criança e pneumonia do lactente que foram todos substituídos pelo tratamento
de pneumonias ou influenza. A tendência de produção apresentada para esses
procedimentos é maior do que o volume de procedimentos realizados em 2008
para o tratamento de pneumonias ou influenza (Tabelas 12 e 13).
Tabela 12 - Internações por IRA em crianças < 05 anos. Salvador, 2005 a 2007.
Procedimentos realizados 2005 2006 2007
Toracotomia com drenagem fechada 21 18 14 Pneumopatias agudas 476 415 489 Laringotraqueobronquite 105 10 17 Bronquiolite aguda 145 211 251 Pneumonia estafilococcica 62 55 31 Pneumonia em criança 1565 1395 1587 Pneumotórax 5 6 0 Insuficiência respiratória aguda 206 143 151 Pneumonia do lactente 1519 1312 1394 Total 4104 3565 3934
Fonte: SIHSUS/COAPS/SMS Tabela 13 - Internações por IRA em crianças < 05 anos. Salvador, janeiro a outubro, 2008.
Procedimento Realizado 2008
Tratam. Outras doenças aparelho respiratório 209 Tratam. Outras infecções agudas das vias aéreas inferiores 265 Tratam. Pneumonias ou influenza (gripe) 2313 Tratam. Infecções agudas das vias aéreas superiores 24 Tratam. Outras doenças pleura 3
50
Toracotomia c/ drenagem pleural fechada 9 Total 2823
Fonte: SIHSUS/COAPS/SMS 3.1.7 Semana Mundial da Amamentação A XVII Semana Mundial da Amamentação (SMAM) teve como proposta a
implementação dos grupos de apoio ao aleitamento materno, tendo como tema:
“Nada mais natural que amamentar. Nada mais importante que apoiar.
Amamentação: participe e apóie a mulher”.
O público alvo atingido foi de 3.653 usuários, compreendo grupos de gestantes,
nutrizes, avós e pais. Os temas abordados trabalharam aspectos técnicos como
orientação para uma boa pega, técnica de ordenha e representações sociais como
mitos do leite fraco. Nota-se que as atividades de maior predominância se
referiram às orientações em consultório e atividades de sala de espera, sendo
esta última bastante utilizada, principalmente através de palestras com os
usuários, peças de teatro, dinâmicas de grupo e exposições de vídeos. As visitas
domiciliares foram realizadas por Agentes Comunitários de Saúde.
Em relação aos insumos para as atividades de Educação em Saúde, o município
de Salvador recebeu do Ministério da Saúde (MS) 800 cartazes alusivos à SMAM
2008 e 2.600 folders. O material recebido foi distribuído junto aos hospitais do
município e rede própria municipal. Esse material encaminhado pelo MS atende
apenas o período da SMAM e está abaixo do corresponde aos nascidos/mês
residentes no nosso município. O município de Salvador recebeu também 15.000
cartilhas doadas pelo SENAC/SP – Promoção da Amamentação e Alimentação
Complementar, além de um DVD e um CD com material de subsídio para
utilização das cartilhas. O Material encaminhado pelo SENAC corresponde a 39%
dos nascidos residentes em Salvador e servirá para atender as gestantes e
nutrizes durante o resto do ano. A SMS, através da Área Técnica de Saúde da
Criança, confeccionou 1.000 camisas para os profissionais do serviço.
A Área Técnica de Saúde da Criança participou de um stand para divulgação da
SMAM junto com outros membros do Grupo Integrado de Incentivo ao Aleitamento
51
Materno (GIIAM). Fez-se abordagem direta a 225 gestantes, lactentes, avós e
pais, e tirou-se duvidas e fez-se esclarecimentos para o público em geral. Esse
evento, realizado pelos membros do GIIAM, favoreceu uma maior integração entre
os participantes do grupo. Como produto do evento, houve a divulgação de uma
matéria no Jornal A Tarde, falando da proposta da SMAM para este ano.
Pesquisa de Prevalência em Aleitamento Materno
O Ministério da Saúde, como parte da Política Nacional de Aleitamento Materno
para 2008, através da Área Técnica de Saúde da Criança e Aleitamento Materno
DAPES/SAS, promoveu a realização da II Pesquisa Nacional de Práticas
Alimentares no Primeiro Ano de Vida.
A pesquisa teve como objetivo geral avaliar a adesão ao Aleitamento Materno e a
qualidade da alimentação complementar de crianças menores de 01 ano. Na
última pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde em 1999, o município de
Salvador obteve a mediana de 27 dias para o Aleitamento Materno Exclusivo
(AME) em crianças menores de 04 meses. A expectativa é que com a expansão
da ESF tenha aumentado a prevalência de adesão ao Aleitamento Materno. Todos
os dados da pesquisa foram digitados e encaminhados para o Instituto de
Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da FIOCRUZ.
3.2 SAÚDE DA MULHER O desafio que tem sido colocado para os gestores é assegurar a concretização de
benefícios resultante das lutas dos movimentos, garantidos através de políticas
públicas, para todas as mulheres, independente de raça, cor, condições
financeiras, religião ou opção sexual.
A área Técnica Saúde da Mulher realizou de 2005 a 2008, um conjunto de
atividades que garantiram a ampliação de ações e serviços Pré-natal,
Planejamento Reprodutivo e Prevenção do Câncer de Colo do Útero e Mama
52
conforme previsto no Plano Municipal de Saúde 2006 - 2009, através da
implantação e implementação desses serviços.
Foram também incorporados novos serviços, como a realização de capacitação e
implantação do atendimento às crianças, adolescentes e mulheres em situações
de violência nas UBS, as campanhas de contracepção de emergência no carnaval
e reativação do Comitê de Mortalidade Materna.
Em 2008 foi firmado uma Cooperação Técnica entre Prefeitura de Salvador e o
Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). O convênio teve como objetivo
contribuir na realização de ações para redução da mortalidade materna e ações
de Planejamento Reprodutivo e Sexual, viabilizando o acesso a meios técnicos
que contribuam para melhoria da qualidade de vida das mulheres bem como a
concretização dos objetivos do milênio, definidos pela Organização das Nações
Unidas.
Neste mesmo ano houve um aumento da oferta de serviços na rede, mas este
ainda não se reflete em indicadores positivos. Portanto mantém a necessidade
urgente de ampliação de cobertura das USF, funcionamento do laboratório central
e instalação em todas as unidades de posto de coletas, comprimento de prazos de
entrega de exames e retomada das discussões da construção da rede da saúde
da mulher.
Quadro 16 - Número de Unidades com o programa implantado, 2005-2008, Salvador, 2008.
Serviços 2005 2006 2007 2008
Atendimento Pré-natal 64 80 83 85
Adesão ao Programa de Humanização do Pré-natal e Parto
55 55 72 85
Atendimento Planejamento Familiar 61 80 80 92
Atendimento Ginecológico 62 72 72 81
Prevenção do Câncer Cervical 62 72 80 81
Fonte: SMS 3.2.1. Pré-natal
53
Em 2005 iniciou-se este serviço em 64 Unidades de Saúde, das quais 55 aderiram
ao PHPN, finalizando 2008 com 85 unidades, observa-se um incremento de
54,54% de unidades com o programa. Em 90% das unidades o atendimento foi
realizado por enfermeiras, sendo que os casos de gravidez diagnosticados como
de alto risco foram encaminhados para o atendimento médico da rede ou
encaminhados diretamente para maternidades de referência no município.
No ano de 2008, foram realizadas 8.090 consultas de pré-natal médica, 52.686
consultas de enfermagem e 4.009 e 3.016 consultas puerperais de médico e
enfermagem respectivamente (tabela 14). Quando comparado com os anos
anteriores observa-se um aumento do número de consultas médicas e uma
redução do número de consultas de enfermagem, isto ocorreu devido a dificuldade
de acesso aos serviços pela baixa cobertura da estratégia de Saúde da Família e
pelos problemas que a SMS enfrentou neste ano em relação a contratação de
profissionais de saúde.
Tabela 14 - Número de Procedimentos relacionados ao Pré-Natal de 2005 a 2008, Salvador, 2008
Procedimento 2006 2007 2008
Consulta pré-natal médica 4.948 7.205 8.090 Consulta pré-natal enfermagem
54.530 54.250 52.686
Consulta puerperal médica 440 313 4.009 Consulta puerperal enfermagem
2.109 3.586 3.016
Fonte : SIA/SUS Foram realizadas também reuniões com o objetivo de se cumprir o plano de
trabalho assinado entre UNFPA e a Prefeitura de Salvador em parceria com GT da
População Negra, Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM) e
Secretaria Municipal de Reparação (SEMUR) sob a coordenação da Secretaria de
Relações Internacionais (SECRI) e UNFPA. Conforme o plano de trabalho as
ações intersetoriais interinstitucionais na área da saúde deram ênfase a ampliação
do exercício dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres com vistas à
redução da mortalidade materna.
54
Entre as ações foi realizado em maio de 2008 o “Seminário: Acolhimento ao Pré-
Natal como Forma de Redução da Mortalidade Materna” para 140 profissionais
das Unidade de Saúde que trabalham no atendimento ao Pré-Natal. O objetivo do
seminário foi a qualificação do atendimento das gestantes e foram discutidos os
seguintes temas: Cuidado com a gestante de baixo e alto risco; Humanização do
Parto Normal X Parto Cesário.
Neste ano, 82,33% das gestantes fizeram 4 ou mais consultas de pré-natal,
quando comparado com os anos anteriores, observa-se que houve um aumento
da oferta deste serviço e que o município aproximou-se da meta pactuada no
SISPACTO. Apesar disso, o número de gestantes que iniciaram o pré-natal com
120 dias foi de 56,07%. Ao comparar este dado com os outros anos verifica-se
uma redução do percentual de gestantes que iniciaram o pré-natal neste período.
Portanto fazem-se necessárias medidas educativas para que haja uma captação
precoce das gestantes. Uma das propostas prevista para reverter à situação foi à
realização de exame de detecção precoce de gravidez.
3.2.2. Programa de Planejamento Familiar
Em 2005 foi identificado que o planejamento era realizado em 51 das Unidades de
Saúde da rede municipal (dados do SISPF/ Junho de 2005). No ano de 2008 com
a implantação do programa em 92 unidades de saúde oferecendo este serviço.
Durante o ano de 2008 a SMS em parceria com o MS disponibilizou 2.114.952
métodos contraceptivos oral, no entanto, por problemas administrativos não houve
uma regularidade no recebimento dos outros métodos contraceptivos pelas
unidades. A partir do segundo semestre a houve uma regularização destes
métodos nas unidades.
3.2.3. Atendimento clinico Ginecológico/prevenção e controle do câncer de colo
uterino e mamário
55
Em 2005 o atendimento ginecológico era realizado em 62 unidades, com os
procedimentos de exames de prevenção de câncer de colo de útero. Ao final de
2008, 81 unidades realizavam atendimento ginecológico e exames de prevenção
de câncer de colo de útero.
O câncer de mama é a maior causa de óbitos por câncer na população feminina,
principalmente na faixa etária entre 40 e 69 anos. Um dos fatores que dificultou o
tratamento é o estágio avançado em que a doença é diagnosticada. Por outro
lado, dentre todos os tipos, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos
mais altos potenciais de prevenção e cura, quando identificado rapidamente.
Em 2008 com o objetivo de implementação das ações de detecção precoce de
câncer de mama e de útero em mulheres a partir de 30 anos foram realizadas
capacitações sobre Coleta de Lâmina e Curso de Formação de Multiplicadores em
Papanicolau promovidos pela Escola Estadual de Saúde Pública em parceria com
CICAN, as Áreas Técnicas de saúde da Mulher da SESAB com a participação de
profissionais. Os objetivos foram ampliar a rede de Prevenção de Câncer de Colo
de Útero no Estado da Bahia, melhorar a qualidade do atendimento na atenção
Básica com vistas a aprimorar a busca ativa da população de risco,
encaminhamento para rede de referência e garantia do seguimento da Mulher.
Salvador reativou o Programa Viva Mulher, que consiste no desenvolvimento de
estratégias que reduzam a mortalidade e as repercussões físicas, psíquicas e
sociais do câncer do colo do útero e de mama. Em parceira com o CICAN
realizou-se o treinamento de 40 enfermeiros da rede básica e estratégia de Saúde
da Família, para a realização de Busca Ativa de mulheres que nunca fizeram
exame preventivo, e daquelas com resultado alterados, para darem seguimento ao
tratamento. A partir de então esses procedimentos seriam realizados nos centros
de saúde do município. As pacientes que apresentarem o diagnóstico de Lesões
Pré-Cancerígenas serão encaminhadas para realizarem o tratamento nas
Unidades Especializadas.
56
Tabela 15 - Número de consultas de ginecologia e exames diagnosticados para CA, Salvador, 2005-2008.
Procedimento 2006 2007 2008
Consulta em ginecologia 291.879 287.653 300.888 Coleta de citologia 443 543 937 Mamografia bilateral 140.569 154.224 146.357 Punção/Biópsia de mama
1.255 2.250 2.550
Fonte : SIA/SUS
A tabela 15 demonstra que no ano de 2008, foram realizadas 300.888 consultas
ginecológicas, 937exames de coleta de citologia, 146.357 mamografias e 2.550
punção/biopsia de mama. Quando comparado com os anos anteriores verifica-se
um aumento da oferta dos serviços indicando que a cobertura de exame
preventivo de câncer de colo uterino vem melhorando no município.
Tabela 16 - Desempenho dos Indicadores Pactuados no SISPACTO, 2006-2007, Salvador.
INDICADORES 2006 2007 2008 Meta para 2008
Razão entre exames preventivos do câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 59 anos da população feminina.
0,19 0,17 0,30 0,25
Percentual de tratamento/seguimento no nível ambulatorial das lesões precursoras do câncer de colo do útero. (Lesões de alto grau- NIC II e NIC III)
------- 22,05 12 22,05
Fonte:SICAM/SISCOLO
Quanto à pactuação para realização de exames preventivos do câncer do colo do
útero em mulheres de 25 a 59 anos da população feminina observa-se que o
município realizou 0,30 exames conseguindo cumprir a meta pactuada. Uma das
razões para que a meta tenha sido alcançada foi à efetuação de compra de
espéculos descartáveis e disponibilização sistematicamente para todas as
unidades da rede que realizavam o referido procedimento. No entanto o
percentual de tratamento no nível ambulatorial das lesões precursoras do câncer
de colo do útero foi inferior ao pactuado de 12%, sinalizando a necessidade de
ampliação da captação desse público-alvo.
57
3.3 SAÚDE DO ADULTO
Controle da Hipertensão Arterial e do Diabetes Mellitus
Em Salvador, no período de janeiro de 2001 a outubro de 2008, foram
cadastrados no Programa HIPERDIA, 45.573 portadores de hipertensão e/ou
diabetes. A Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) constituem o
principal fator de risco para as doenças cardiovasculares, atualmente a principal
causa de morte no Brasil (BRASIL,2006).
Em relação ao número de usuários cadastrados no Programa HIPERDIA, no
período de janeiro de 2006 a outubro de 2008 observa-se que houve incremento
de 43% no número de diabéticos e 18% dos portadores de hipertensão arterial
cadastrados.
Tabela 17 - Proporção de Portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus cadastrados no Programa HIPERDIA e meta programada para o período de 2006 a outubro de 2008, na pop ≥ 40 anos, Salvador, 2008. Ano
Hipertenso Diabético Nº % Meta Nº % Meta
2006 31.118 12,90 7,21 11.048 14,57 16,98 2007 38.275 15,63 15,0 13.593 17,66 14,0 2008* 41.329 15,26 17,1 19.501 20,85 19,36
Fonte: SISHIPERDIA, 2008.
A população considerada para o período foi ≥ 30 anos, e os dados foram coletados até outubro de 2008.
A analise da tabela 17 revela o alcance de 20,85% no cadastro de indivíduos com
diabetes, cuja meta proposta foi 19,36% e 15,26% para indivíduos com
hipertensão, sendo a meta pactuada 17,1 %. Esses resultados elucidam a
necessidade de ampliação de ações para captação desse público-alvo, busca
ativa, realização de campanhas de detecção precoce de portadores de
hipertensão, como também, aumentar a divulgação dos fatores de risco e
sinais/sintomas da patologia, através de abordagem individual e coletiva, nas
unidades de saúde e nas comunidades.
58
Neste ano foi realizada a I AMADHA – Ação Municipal de Atenção ao Diabetes e
Hipertensão Arterial, como uma das ações para implementação do cadastro no
Programa HIPERDIA, cujo objetivo foi realizar a identificação precoce dos
prováveis portadores destes agravos e vinculá-los à rede de atenção básica no
município de Salvador. Esta ação reuniu aproximadamente 2.000 pessoas nas
unidades selecionadas pelo DS, com a realização de 1.859 testes de glicemia
capilar, 1.959 aferições de pressão arterial e 764 encaminhamentos médicos para
as unidades de saúde, com participação predominante da população feminina,
acima dos 40 anos de idade (Relatório de Avaliação da 1ª AMADHA, 2008).
Quadro 17 - Número Total de Procedimentos realizados na Unidade de Saúde durante a AMADHA, de acordo com a idade. Salvador, 2008. Idade Glicemia
Capilar Aferição da PA
Encaminhamento
< 10 anos 18 16 - 10-19 anos
91 91 08
20-29 anos
140 154 16
30-39 anos
232 248 60
40-49 anos
431 451 163
50-59 anos
478 502 237
60-69 anos
308 316 176
70 ou + 165 175 104 Total 1859 1959 764 Fonte: Área técnica Saúde da Mulher/COAPS/SMS Na 1ª AMADHA verificou-se que a hipertensão arterial (≥140 x 90mmHg) foi mais
evidente entre as mulheres e a glicemia elevada (≥ 200 mg/dl) entre os homens
(gráfico 05). Ainda que a hipertensão tenha sido mais evidente nas mulheres, os
elevados valores de glicemia capilar entre os homens pode ser um indicativo da
baixa freqüência com que estes buscam os serviços de saúde, seja pela
dificuldade no acesso, pela falta de informação e incentivo ao auto-cuidado, pelo
próprio aspecto cultural (o homem como sexo forte e a mulher frágil) e/ou pela
dificuldade de lidar com as inseguranças frente ao risco de adoecer e/ou à própria
doença.
59
Gráfico 05 - Distribuição dos valores de glicemia capilar e de pressão arterial, segundo sexo, encontrados na AMADHA, Salvador, 2008.
Fonte: Área técnica Saúde da Mulher/COAPS/SMS Neste ano deu-se início à implantação da Ficha de Acompanhamento do
SISHIPERDIA em uma unidade de saúde de cada DS, cujo objetivo foi
acompanhar o portador de hipertensão e diabetes e evitar as complicações e o
seu agravamento.
Na análise da taxa de internação e mortalidade por AVC, entre o período de 2006
para 2008 percebe-se uma redução. Estes resultados podem estar associados à
ampliação da oferta e acessibilidade dos usuários aos serviços de alta
complexidade, possibilitando que a demanda reprimida obtivesse acesso à
atenção hospitalar. Outros fatores que podem estar associados foi a melhoria do
registro de dados de internação, a não adesão do usuário ao tratamento e a
fragilidade no diagnóstico precoce desta população, aumentando o risco do
indivíduo desenvolver complicações.
Gráfico 06 - Proporção de internação por Acidente Vascular Cerebral, na população ≥ 40 anos, entre 2005 a 2008, Salvador/BA, 2008.
512
81 42 50 30 41 19
1064
Feminino Masculino
<140 entre 141 e 199 entre 200 a 270 ? 270
Glicemia
Capilar
448369
518
1335
623
267
178178
< 120x 80 120x80 a 139 x 89 ≥ 140 x 90 Total
Pressão Arterial
Feminino
Masculino
Valores de PA
60
9,111,3 10,93
7,23
0
2
4
6
8
10
12
Taxa de
internação
2005 2006 2007 2008
Ano
Fonte: SIH/ DATASUS, 2008.
Para a taxa de mortalidade por AVC verifica-se uma estabilidade de 2005 para
2006, seguida de uma redução entre 2007 a outubro de 2008. Este resultado,
provavelmente, deve-se à investimentos na atenção básica e média complexidade
para implementação das ações de prevenção e controles destes agravos, bem
como à melhoria da qualidade da assistência prestada na alta complexidade.
A meta pactuada em 2008 para as taxas de internação por AVC (12,0/10.000hab.)
e de mortalidade (7,0/10.000hab.) foram alcançadas. Esses resultados podem ser
em resposta à atuação dos profissionais na atenção básica, como também à
melhoria do acesso dos usuários aos serviços de média e alta complexidade.
Gráfico 07 - Taxa de mortalidade por Acidente Vascular Cerebral /(10.000hab.) , na população acima de 40 anos, entre 2005 a 2008, Salvador/BA, 2008.
4,5
6,637,44
7,01
0
1
2
3
4
5
6
7
8
2005 2006 2007 2008
Fonte: SIH/ DATASUS, 2008
Tabela 18 - Taxa de internação por diabetes e suas complicações / 100 hab., na população ≥40 anos, entre 2005 a 2007, Salvador/BA, 2008.
2005 2006 2007 2008*
Taxa de Internação
0,45 0,39 0,51 1,79
61
Fonte: SIH/ DATASUS, 200 * No ano de 2008 houve alteração na base de cálculo desse indicador, passando a população alvo para ≥ 30 anos/ 10.000hab.
A tabela 18 explicita a série histórica de 2005 a 2008 evidencia pequenas
oscilações na taxa de internação por diabetes e suas complicações, o qual pode
estar atrelado a dificuldades na oferta de leitos. A taxa de internação por diabetes
e suas complicações até setembro deste ano foi de 1,79/10.000hab., superando a
meta pactuada (4/10.000 hab.).
Por outro lado, a subnotificação dos dados ainda é um grande desafio a ser
enfrentado pelos gestores e profissionais do SUS, que não deve ser
desconsiderado, uma vez que, também, pode interferir no resultado apresentado.
Tabela 19 - Taxa de internação por cetoacidose e coma diabético/10.000hab., Salvador/BA, 2008*.
2005 2006 2007 2008
Taxa de internação
0,1 0,1 0,18 0,18
Fonte: SIH/ DATASUS, 2008. * Dados tabulados até setembro de 2008.
A tabela 19 revela uma ínfima progressão nas taxas de internação por cetoacidose
e coma diabético ao longo dos quatro anos analisados, contudo as metas foram
alcançadas neste período. Isso demonstra que os esforços realizados pela
Secretaria Municipal de Saúde, no intuito de promover a melhoraria da qualidade
da assistência prestada aos portadores de DM, através do acesso aos
medicamentos básicos, da detecção precoce, do incentivo à mudanças de hábitos
saudáveis por meio de ações de educação em saúde atenção, são essenciais
para obtermos resultados satisfatórios.
A SMS de Salvador, através das unidades de saúde, vem desenvolvendo ações
educativas voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida desses grupos
populacionais, cujo processo de trabalho pressupõe vínculo com a comunidade e
a clientela adscrita. Contudo, há uma grande limitação dos profissionais de saúde
quanto ao registro das ações desenvolvidas nas unidades e comunidades, o que
62
dificulta a quantificação e avaliação do cumprimento das metas estabelecidas no
Plano Municipal de Saúde 2008.
Está previsto para o ano de 2009, estreitarmos a parceria com o GT da População
Negra e a Vigilância Epidemiológica, no sentido de implementar as ações de
educação em saúde para prevenção e controle da hipertensão e diabetes, a partir
da intersetorialidade entre as áreas técnicas, como forma de compartilhar saberes
e experiências, além do apoio financeiro.
3.4 SAÚDE DO IDOSO
Segundo dados do IBGE, a população idosa (60 anos e +) no município de
Salvador no ano de 2008 corresponde a 119.193, o que representa 6,7% da
população geral.
Ressaltamos também a importância da independência para esta população
tornando-se imprescindíveis cuidados que mantenham sua capacidade funcional
ativa através do desenvolvimento de ações conjuntas entre equipe de saúde,
idoso e família ( formação de grupos, sessões educativas, etc.).
Para implantação da caderneta de atenção à saúde do idoso prevista nos 12 DS,
algumas estratégias foram desenvolvidas para viabilizar a implantação na rede,
tais como: sensibilização das coordenadorias dos DS e gerentes de UBS e dos
profissionais envolvidos com atendimento ao idoso, para apresentação e
discussão da caderneta, enfocando a importância de sua utilização no
atendimento ao idoso. E identificação e definição das unidades de referência em
atenção à saúde do idoso por DS com posterior ampliação para as demais
unidades de atenção básica da rede municipal.
Como iniciativa para implementação das ações e organização da rede de serviços,
realizou-se reuniões técnicas com representantes do Centro de Referência
Estadual de Atenção a Saúde do Idoso – CREASI, visando estruturar o
63
atendimento á população idosa, através do sistema de referência e contra-
referência, estabelecendo condutas assistenciais peculiares de acordo com as
demandas existentes, encontrando-se em fase de operacionalização.
Articulação com outras secretarias da Prefeitura Municipal de Saúde e
Organizações não governamentais - ONG, no intuito de elaborar proposta para
formulação da Política Municipal da Pessoa Idosa, contemplando eixos temáticos
como: Saúde, Assistência Social, Educação e Cultura, Transporte e Infra-
Estrutura, Cidadania e outros, preconizados na política Nacional do idoso.
Apresentação e discussão da proposta de formulação da Política Municipal da
Pessoa Idosa em assembléia do Conselho Municipal do Idoso; devendo ser
aprovada na 2ª quinzena de fevereiro de2009.
Para prestar atenção de qualidade na área do envelhecimento e saúde do idoso,
foram capacitados 168 profissionais da rede municipal, entre médicos, enfermeiros
e fisioterapeutas receberam capacitação sobre Doença Pulmonar Obstrutiva
Crônica (DPOC), Mal de Parkinson em parceria estabelecida com a Universidade
Federal da Bahia e o Centro de Referência e Atenção a Idoso CREASI,
contemplando todos os Distritos Sanitários.
No que consiste a inspeção de instituições de longa permanecia para idoso, dos
37 identificados, 24 foram inspecionados pela Vigilância Sanitária e estes
publicizados aos distritos para melhor compor a rede de serviços e definir fluxos
de encaminhamento. Houve participação de técnicos da coordenação de atenção
ao idoso em audiências públicas tendo como pautas principais: elaboração de
cronograma de visitas aos lares de longa permanência, discussão a respeito da
reforma e criação de uma Fundação para o Abrigo D.Pedro II, sendo feito
articulação com a Faculdade de Arquitetura da UFBA para aquisição do projeto de
reforma do referido abrigo.
Participação na Conferência Estadual e na 2ª Conferência Regional dos Direitos
da Pessoa Idosa, tendo como objetivos: avaliar as estratégias e ações voltadas a
64
consolidação da rede de proteção dos direitos da pessoa idosa- RENADI,
instituída na conferência anterior.
Tabela 20 - Número de Consultas Médicas na População acima de 60 anos, salvador, 2005 a 2008.
Procedimentos 2005 2006 2007 2008
Consulta em clínica médica
78.017 88.713 95.548 90.076
Consulta médica do PSF
21.199 30.480 35.989 26.050
Consulta médica domiciliar
303 435 524 960
Total 99.519 119.628 132.061 117.086 Fonte: SIA/SUS
Segundo a tabela 20 referente às consultas de clínica médica apresentou maior
número em relação as demais em todo o período analisado, sendo: 78.017
(78,4%) em 2005, 88.713 (74,15%) em 2006, 95.548 (72,35%) em 2007 e 90.076
(76.93%) em 2008. Ao analisarmos as consultas médicas do PSF nota-se um
aumento crescente de 2005 a 2007, e uma diminuição no último ano. Nas
consultas domiciliares verifica-se uma tendência de crescimento, mas com
necessidade de fortalecer este serviço.
O pacto pela vida considera para efeito de cobertura 40% da população acima de
60 anos, pois parte desta população possui ações programadas em outras áreas
estratégicas como saúde do adulto e saúde da mulher, e estima o número de
procedimentos a ser ofertado incluindo o domiciliar.
A tabela a seguir apresenta um comparativo dos procedimentos realizados no ano
de 2008 com o estimado para o período sendo: 81,86% consultas médicas,
67,89% consultas de enfermagem.
Tabela 21 - Consultas médicas e de enfermagem estimados* e realizados, população acima de 60 anos, Salvador 2008.
Fonte: SIA/SUS
Procedimentos Estimados Realizados % Consulta Médica* Consulta de enfermagem*
143.031 143.031
117.086 97.113
81.86 67,89
65
* Consulta médica realizada na unidade de saúde e domicílio * Consulta de enfermagem realizada na unidade de saúde e domicílio
Com base no pacto de indicadores do município de salvador, a atenção à saúde
teve como indicador pactuado a taxa de internação hospitalar em pessoas idosas
por fratura de fêmur.
Tabela 22 - Taxa de Internação Hospitalar (10.000 hab.) na população acima de 60 anos, Salvador 2003-2008.
Fonte: SMS/SUIS-SIH
A tabela 22 apresenta uma série histórica da taxa de internação hospitalar por
fratura de fêmur, observando-se uma diminuição gradativa nos dois últimos anos.
Houve uma diminuição em relação ao pactuado para o período, estabelecido 13
internações em cada 10.000 idosos.
A queda em pessoas idosas é importante fator de risco para a perda de
independência. Dentre as causas externas a queda é ainda a primeira causa de
óbito em pessoas idosas.
É importante fortalecer a atenção básica priorizando ações específicas em
atenção ao idoso, bem como treinamento de profissionais e agentes comunitários
de saúde para identificação de idosos frágeis, definição de protocolos com fluxos
assistenciais visando atender as ações contempladas no Pacto pela Vida,
oferecendo atendimento humanizado e contribuindo para recuperação dos
pacientes.
3.5 TUBERCULOSE
O coeficiente de incidência de tuberculose no município de Salvador vem
apresentando na série histórica uma tendência decrescente no período de 2005 a
2008 (Gráfico 08). Com o aumento da cobertura do programa esperava-se
Procedimento 2004 2005 2006 2007 2008 Fratura do Fêmur 242 222 262 243 183 Taxa / Ano 13,82 12,29 14,29 12.43 9.18
66
elevação na detecção de casos novos, o que não ocorreu, mas associado a essa
informação tem-se outros fatores que podem ter interferido para essa realidade
como a melhoria do banco de dados e a descentralização do sistema em 2006
que vem mantendo o processo de limpeza e qualificação do banco.
Gráfico 08 - Número e Coeficiente de Incidência de Tuberculose de todas as formas, Salvador 2005-2008*.
Fonte:SINANNET/VIEP. *Dados parciais
Quanto ao coeficiente de incidência de tuberculose por DS no período de 2005 a
2008, verifica-se que todos os distritos apresentaram tendência decrescente para
o indicador analisado (Tabela 23).
Tabela 23 - Número e Coeficiente de Incidência de tuberculose de todas as formas por Distrito Sanitário de Residência, Salvador, 2005-2008* Distr Resid 2005 CI 2005 2006 CI 2006 2007 CI 2007 2008 CI 2008
Centro Historico 89 127,2 89 127,6 74 107,1 61 88,9
Itapagipe 166 100,6 129 77,7 149 89,6 115 67,5
Sao Caetano/Valeria 349 142,9 298 120,7 291 116,8 221 84,6
Liberdade 198 112,9 213 122,1 210 121,9 171 100,8
Brotas 151 70,9 140 63,6 134 59,7 115 44,3
Barra/Rio Vermelho/Pitub 293 85,1 245 70,7 216 62,1 129 35,9
Boca do Rio 81 69,0 44 36,8 61 50,1 44 33,6
Itapoan 136 65,1 99 47,1 112 53,0 113 51,6
Cabula/Beiru 377 99,7 390 101,3 374 95,3 326 77,3
Pau da Lima 147 54,6 162 57,4 162 54,2 106 29,8
Suburbio Ferroviario 254 78,2 258 79,0 257 78,0 191 55,3
Cajazeiras 109 66,9 91 54,5 89 51,9 85 45,2
Ignorado 63 ... 16 ... 7 ... 5 ...
Total 2.413 90,3 2.174 80,1 2.136 77,5 1.682 57,0 Fonte:SINANNET/VIEP *Dados parciais
67
Em relação à faixa etária e a forma clínica, observa-se a predominância da forma
pulmonar atingindo principalmente o grupo etário de 20 a 49 anos, com aumento
também nas faixas etárias de 50 a 64 e 15 a 19 anos (Gráfico 09).
Gráfico 09 - Proporção de Casos de Tuberculose por Faixa Etária e Forma Clínica, Salvador –Ba, 2008
0
100
200
300
400
500
600
700
<1 Ano 1 a 4 5 a 9 10 a 14 15-19 20-34 35-49 50-64 65-79 80 e+
PULM ONAR EXTRAPULM ONAR PULM ONAR + EXTRAPULM ONAR
Fonte:SINANNET/VIEP. *Dados parciais Quanto a distribuição por sexo, verifica-se que 59% dos casos novos identificados
em 2008,ocorreram em indivíduos do sexo masculino. Sabendo-se que a
população masculina é menor que a feminina, tal situação indica que os homens
estão mais expostos ao risco de adoecer de tuberculose.
Quanto à coorte de tuberculose do período de 2005 a 2007, verifica-se aumento
do percentual de cura, da redução da transferência e dos casos ignorado/branco.
O abandono se mantém com valores abaixo dos 10% destaca-se que os valores
pactuados correspondem a 70% de cura.
Percebe-se que todos os esforços para melhorar a qualidade do banco de dados
com a descentralização da gestão do sistema SINAN para os distritos, o aumento
da cobertura do PCT para as Unidades de Saúde da Família e o fortalecimento da
relação VIEP, COAPS, Distritos (Supervisores do PCH) obteve como reflexo, uma
sensível melhoria dos indicadores operacionais do programa, assim como para o
corte de tuberculose pulmonar positivo.
68
Gráfico 10 - Corte de Tuberculose de Todas as Formas segundo situação de encerramento – Salvador 2005 a 2007
0%
20%
40%
60%
80%
100%
%Transf 12,3 12,7 8,6
Abandono% 7,4 7,3 7,2
Cura% 71,7 71,3 74,5
Ign/Branco% 4,7 4,5 4,9
2005 2006 2007
Fonte:SINANNET/VIEP
Quadro 18 – Consolidado Distrital de Sintomáticos Respiratórios, Salvador-Ba, 2008
Quanto à identificação dos sintomáticos respiratórios, o município apresentou
percentual de 40% da meta proposta (Quadro 18). Em relação aos distritos
sanitários, observa-se que Centro Histórico, Itapagipe, Liberdade e Barra
alcançaram percentuais acima de 80% da meta. A vigilância epidemiológica
pretende aumentar os esforços para melhorar a identificação de sintomáticos
Distrito Sanitário SR Exam. 1ª Bac. Positiva 2ª Bac. Positiva Meta %
Centro Histórico 560 553 58 466 41 700 80
Itapagipe 1491 971 106 554 42 1662 90
São Caetano/Valéria 120 0 0 0 0 2492 5 Liberdade 2798 1699 253 1103 94 1723 162
Brotas 28 0 0 0 0 2244 1
Barra/Rio Vermelho 3469 942 0 719 0 3481 99 Boca Rio 425 367 2 207 1 1218 35
Itapuã 423 423 7 272 4 2114 20 Cabula/Beiru 598 363 3 236 3 3925 15
Pau Lima 451 398 11 151 6 2991 15
S.Ferroviário 521 521 41 305 27 3293 16 Cajazeiras 83 71 1 51 1 1714 5
Salvador 10967 6308 482 4064 219 27557 40 Fonte: VIEP/Distritos Sanitários
Data: 15/12/2008.
*Dados parciais
69
respiratórios especialmente nos distritos que apresentaram baixos percentuais
para esse indicador.
3.6 HANSENÍASE
Em Salvador a hanseníase apresenta uma tendência decrescente do coeficiente
de detecção no período de 2005 a 2008 e pequeno incremento em 2007 (Gráfico
11). O município é considerado de alta endemicidade para o MS por apresentar
coeficiente de detecção entre 10 e 20 casos por 100.000 habitantes.
Vale ressaltar que a detecção em 2008, apesar de representar dados parciais,
está muito aquém do esperado devido à alguns fatores estruturais tais como o
comprometimento das ações de descentralização do sistema para os distritos, a
ausência de unidades de referência em alguns DS entre outros.
Gráfico 11 - Número e Coeficiente de Detecção (100.000/hab) de Hanseníase, Salvador, 2005 a 2008*.
Fonte: SINANNET/VIEP *Dados parciais
Gráfico 12 - Número e Coeficiente de Prevalência (100.000/hab) de Hanseníase, Salvador, 2005 a 2008*
70
Fonte: SINANNET/VIEP *Dados parciais
Em relação ao coeficiente de prevalência o município apresentou baixa magnitude
da doença em 2005 e 2006 e média em 2007 e 2008 (Gráfico 12). Vale ressaltar
a interferência dos problemas relacionados ao boletim de acompanhamento de
hanseníase citados anteriormente.
Gráfico 13 - Número de Casos de Hanseníase Segundo Classificação Operacional, Salvador 2005- 2008*.
0
50
100
150
200
250
PAUCIBACILAR 196 171 188 124
M ULTIBACILAR 163 183 195 167
2005 2006 2007 2008
Fonte: SINANNET/VIEP *Dados parciais
Quanto a classificação operacional, verifica-se um aumento da forma multibacilar
(forma transmissível) em relação à paucibacilar indicanado a ocorrência de
infecção recente pelo bacilo e a necessidade de fortalecer a busca ativa de
contatos intradomiciliares e ampliação da rede básica de atendimento. (Gráfico
13).
71
Gráfico 14 Número e Coeficiente de Detecção (100.000/hab) de Hanseníase em menores de 15 anos, Salvador, 2005 a 2008*.
Fonte: SINANNET/VIEP *Dados parciais Ao verificar a força da transmissão recente da endemia, observa-se que o
coeficiente de detecção em menores de 15 anos no período em análise demonstra
alta endemicidade (2,5 a 4,9 casos por 100.000 hab) e tendência crescente de
2005 a 2007 (Gráfico 14). Ressalta-se que o MS realizou em novembro deste ano
um processo de validação do diagnóstico nessa faixa etária devido a informação
de 20% de erro de diagnóstico no sistema SINAN.
Na avaliação do percentual de cura de hanseníase, observa-se uma redução em
2007 e 2008, passando de valores de 85,7 em 2005 para 81,7 em 2007. Em 2008,
o resultado alcançado corresponde a 35,9. Ressalta-se que o desempenho de
2008 pode estar sendo influenciado pelo cancelamento do treinamento para o
processo de descentralização do sistema hanseníase previsto no Projeto VIGISUS
para setembro de 2008, causando transtornos no encaminhamento dos boletins
de acompanhamento para os DS e a demora das unidades básicas em
preencherem as informações nos boletins, resultando em atraso no retorno do
documento para inclusão no sistema centralizado. Entretanto, espera-se que com
a descentralização do sistema para os Distritos Sanitários e a formação de
supervisores do programa as informações acerca deste indicador sejam
corrigidas.
72
Como avanço significativo para o programa da Hanseníase destacamos no
primeiro semestre a realização de uma capacitação em hanseníase para
profissionais médico, enfermeira e técnicos de enfermagem da estratégia de
Saúde da Família do município e da região metropolitana. A realização através
dos DS de atividades educativas nas unidades de saúde e nas estações de
transbordo durante a semana do Dia mundial da Hanseníase com o objetivo de
aumentar a detecção de casos e dar visibilidade ao agravo.
No segundo semestre, ocorreu a oficina de capacitação oferecida pela DIVEP no
Hospital Don Rodrigo de Meneses com a participação de profissionais de nível
superior de dez equipes de Saúde da Família. Além disso, ações intersetoriais
foram implementadas entre VIEP, DIVEP, DIVISA, DASF/CEPHARBA, DAB e
Assistência Farmacêutica Municipal com realização de reuniões sistemáticas para
discutir a organização dos serviços, incluindo o fluxograma de solicitação de
medicamentos e processo de inclusão/exclusão de profissionais inscritos para
receber Talidomida e outros.
O MS realizou consultas para Validação do Diagnóstico em menor de 15 anos na
UBS Adroaldo Albergaria com a participação de três pacientes identificados pelo
município com as características exigidas pelo Ministério da Saúde
73
4. ORGANIZAÇÃO DA GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA
Base Legal: Lei n. 5.845/2000 e 6.085/2002 Decreto n.º 13.661/2002
Subcoordenadoria de Atenção e Vigilância à
Saúde (16)
Subcoordenadoria
Administrativa (16)
Subcoordenadoria de Acompanhamento
Distrital (08)
Subcoordenadoria de Controle de Zoonoses
Subcoordenadoria de Vigilância
Epidemiológica
Subcoordenadoria de Assistência Hospitalar e
Pronto Atendimento
Subcoordenadoria de Atenção à Saúde da
Comunidade
Subcoordenadoria de Acomp. e Desenv. e
Distrito Sanitário
Subcoordenadoria de Controle dos Serviços
de Saúde
Subcoordenadoria de Informação em Saúde
Subcoordenadoria da Central de Regulação de Vagas e Internação
Coordenadoria de Saúde Ambiental
Coordenadoria de Atenção e Promoção à
Saúde
Gerência de Unidade de Saúde Tipo IV
(12)
Gerência de Unidade de Saúde Tipo III
(15)
Gerência de Unidade de Saúde Tipo II
(19)
Gerência de Unidade de Saúde Tipo I
(42)
Coordenadoria de Distritos Sanitários
(16)
Coordenadoria Administrativa
Subcoordenadoria de Material e
Patrimônio
Subcoordenadoria de
informática
Subcoordenadoria de Apoio Administrativo
Núcleo de Execução
Orçamentária e Financeira
Gabinete do
Secretário
Conselho Municipal de
Saúde
Conselhos Distritais de Saúde
Assessoria Técnica
Coordenadoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos
Subcoordenadoria de Capacitação e
Desenvolvimento de Pessoal
Subcoordenadoria de Administração de
Pessoal
Gerência Hospitalar (03)
Subgerência de Atenção à Saúde Hospitalar (03)
Subgerência Administrativa
Hospitalar (03)
Subgerência de Pronto Atendimento Hospitalar
(03)
Coordenadoria Executiva do Fundo Municipal de Saude
Subcoordenadoria de
Liquidação de Despesas
Subcoordenadoria de Controle de Contas
Subcoordenadoria de
Contabilidade
Gerência de Unidade de
Saúde Tipo Especial (05)
Auditoria
Ouvidoria em Saúde
Coordenadoria de Regulação e Avaliação
Conselhos Locais de Saúde
Subcoordenadoria de
Vigilância Sanitária
Legenda:
Subordinação Administrativa__________________ Assessoria........................... Colegiado de Deliberação Superior.._.._.._.._.._
74
No Nível Central, a gestão dos processos de trabalho é representada pela
Coordenadoria de Atenção e Promoção Saúde (COAPS), Subcoordenação de
Atenção à Saúde da Comunidade e pelas áreas técnicas da Criança, Mulher,
Adolescente, Adulto/Idoso, Saúde Bucal, Agravos, Assistência Farmacêutica,
Apoio Diagnóstico e Terapêutico, Saúde Mental, Alimentação e Nutrição.
Quadro 19 – Profissionais da COAPS/SMS, Salvador – Ba, 2008.
COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO E
PROMOÇÃO À SAÚDE
Nº de Técnicos
Subcoordenação de Atenção à Saúde da
Comunidade
15
Áreas Técnicas
Saúde da Criança 02
Saúde da Mulher 05
Saúde do Adolescente 03
Saúde do Adulto 04
Saúde do Idoso 03
Saúde Bucal 06
Saúde Mental 09
Agravos 06
Assistência Farmacêutica 11
Apoio Diagnóstico e Terapêutico 06
Alimentação e Nutrição 06
Fonte: COAPS/SMS
Quanto à Gestão de Pessoas, é assumida pela Coordenadoria de
Desenvolvimento de Recursos Humanos – CDRH, desde a contratação até
educação permanente dos profissionais.
A gestão de recursos materiais se dá através da Coordenadoria Administrativa
em articulação com a Subcoordenadoria Administrativa no nível distrital,
acompanhando toda a aquisição e distribuição de material, além da
75
manutenção das estruturas físicas das Unidades de Saúde. O fornecimento do
material se dá a partir de solicitação das Unidades de Saúde, encaminhada ao
Almoxarifado através do documento Requisição de Materiais ou pelo Sistema
Informatizado – SIG-M.
O Nível Distrital está organizado a partir das Coordenações Distritais, formadas
pelas Subcoordenações de Atenção e Vigilância à Saúde e Administrativa,
seguida das Chefias de Ações e Serviços de Saúde, Vigilância Epidemiológica,
Sistemas de Informação, Pessoal e Administrativa.
O monitoramento das ações pelo nível central é realizado através de visitas
técnicas das Coordenações aos Distritos Sanitários e Unidades de Saúde, e
nas reuniões quinzenais do Colegiado de Gestão Distrital. Os Relatórios
quadrimestrais e anuais são elaborados como instrumentos de avaliação. As
informações colhidas são discutidas e avaliadas pelos técnicos de referência
dos Distritos Sanitários em conjunto com as áreas técnicas da COAPS, e a
partir daí são traçadas estratégias para intervenções e saneamento das
inconsistências.
Nos Distritos Sanitários, este acompanhamento é realizado sistematicamente
pelo técnico de referência das ações e processos de trabalho, e através das
reuniões da Comissão Executiva do Distrito Sanitário - CEDS.
As Unidades de Saúde do Distrito possuem gerente e chefia de enfermagem,
responsáveis pelo acompanhamento direto das ações da Atenção Básica
realizadas pelas estratégias de ACS, SF e assistência no modelo tradicional,
articulando com o nível distrital os problemas identificados e resolutividade dos
mesmos.
76
5. AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA
Componente Problemas Prioritários Enfrentados
Ações Planejadas
Ações Executadas
Resultados Alcançados
Melhoria da Infra-Estrutura da Atenção Básica (serviços, equipamentos e insumos)
Incipiência de serviços de manutenção da infra-estrutura, equipamentos e mobiliários;
Articulação junto à CAD para fornecimento de serviço de manutenção;
Levantamento da necessidade de reforma na estrutura física nas USF;
Ocorrência de reformas na estrutura física de algumas Unidades e conserto/substituição de autoclaves quebradas;
Levantamento da necessidade de manutenção dos equipamentos e mobiliários nas USF;
Encaminhamento do levantamento à CAD, solicitando o fornecimento dos serviços;
Irregularidade no fornecimento de insumos;
Articulação junto à CAD para regularização do fornecimento de insumos;
Solicitação à CAD dos insumos básicos, necessários ao funcionamento das USF;
Redistribuição dos materiais em estoque nas Unidades de Saúde
Articulação junto aos Distritos Sanitários para redistribuição dos saldos de estoque dos insumos básicos;
Projeto de Implantação do SISFARMA;
Implantação do SISFARMA;
Regularização no fornecimento de medicamentos da farmácia básica.
77
Componente Problemas Prioritários Enfrentados
Ações Planejadas
Ações Executadas
Resultados Alcançados
Ampliação do acesso e da rede de serviços da Atenção Básica à Saúde (destaque também para a inclusão de grupos e populações historicamente excluídas – presidiário, população quilombola, sem teto, sem terra, índio, etc
Insuficiência de recursos financeiros para implantação de novas Unidades de Saúde da Família;
Identificação de parceiros para aquisição de novas USF;
Articulação com a SESAB;
Implantação das USF Aristides Maltez, Antonio Lazzarotto, Ilha de Maré; Cajazeiras XI e Santa Luzia;
Inauguração da USF Aristides Maltez, Antonio Lazzarotto, Ilha de Maré; Cajazeiras XI e Santa Luzia
Parceria com a SESAB que assumiu o compromisso de construção de 12 novas USF através da CONDER;
Implantação da estratégia de saúde da família para cobertura da População Quilombola na USF Ilha de Maré
Em andamento
Incipiência na organização dos serviços de saúde em rede;
Realização de oficinas distritais para construção de projeto de reorganização em rede, dos serviços de saúde existentes;
Não houve avanços nessas ações planejadas;
-
78
Componente Problemas Prioritários
Enfrentados Ações
Planejadas Ações
Executadas Resultados Alcançados
Desprecarização dos vínculos e valorização dos trabalhadores da saúde (ACS, nível médio e nível superior)
Indefinição quanto à forma de contratação de novos profissionais, para ampliação do nº de equipes de saúde e dos trabalhadores que já atuam nas estratégias;
Proposta de realização de seleção provisória dos profissionais através do REDA, até a conclusão do processo para realização de concurso público;
Articulação com a SEAD para desencadeamento da proposta no âmbito da PMS;
Realização da seleção pública emergencial no 2º semestre de 2008.
Articulação com o Ministério Público do Trabalho;
Levantamento da real necessidade dos trabalhadores da Atenção Básica e NASF;
Indefinição quanto ao pagamento das indenizações trabalhistas dos ACS, geradas com o processo de contratação dos mesmos como empregado público;
Consulta à Procuradoria do Município;
Consulta à Procuradoria do Município;
Não foram obtidos resultados;
79
Componente Problemas Prioritários
Enfrentados Ações
Planejadas Ações
Executadas Resultados Alcançados
Carreira e Gestão dos Trabalhadores
Inexistência de um Plano de Cargos e Carreira para os trabalhadores que atuam nas estratégias de ACS e saúde da família;
Participação na Mesa de Negociação para construção de projeto do Plano de Cargos e Salários.
Discussão interna da versão preliminar de projeto do Plano de Cargos e Salários.
Em andamento;
Construção do projeto para a realização de concurso público
Projeto para a realização de concurso público junto a SEAD;
Concurso Público programado para 1º semestre de 2009;
Educação Permanente e qualificação profissional no SUS
Política de Educação Permanente na SMS incipiente;
Implementação da proposta de uma Política de Educação Permanente para os trabalhadores da Atenção Básica;
Construção da proposta preliminar a partir de reuniões conjuntas dos técnicos de nível central (COAPS/CDRH)
Ampliação da articulação da Subcoordenação de Atenção à Saúde da Comunidade com a CDRH – Capacitação;
Qualificação da Saúde Família
Indefinição de uma Política Municipal de Atenção Básica;
Construção da proposta de uma Política Municipal de Saúde
Construção da proposta preliminar
Em andamento;
Implantação do Núcleo de Apoio à Saúde da Família;
Construção do projeto de implantação do NASF; Credenciamento do NASF junto ao Ministério da Saúde;
Implantação de dois NASF no
Distrito Sanitário do Subúrbio
Ferroviário;
80
6. FINANCIAMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA Receita anual do município para Atenção Básica (R$)
Recursos Municipais*
Recursos Estaduais
Incentivo Ministério da Saúde
TOTAL
60.623.304,65
644.000,00
59.211.541,51
120.478.846,16
Fonte: FMS
Despesas com Saúde
Total das despesas com saúde (R$)
564.485.073,49
Participação da receita própria aplicada em saúde conforme a EC 29/2000 (%)
16,08%
Percentual das despesas com saúde aplicadas na Atenção Básica
15,99%
Fonte: FMS
Despesas da Atenção Básica
Indicador Financeiro da Atenção Básica Despesa Anual (R$)
A-Despesas com pessoal na Atenção Básica 87.770.392,58
Equipes de Saúde da Família 21.354.349,01
o Médico 5.149.072,15
o Enfermeiro 6.240.216,76
o Cirurgião Dentista 4.191.897,21
o Técnico de Higiene Dental
o Auxiliar de Consultório Dental 836.018,54
o Técnico de Enfermagem 148.328,30
o Auxiliar de Enfermagem 2.356.684,80
o ACS 95.080,63
o Outros profissionais de nível superior
o Outros profissionais de nível médio 844.382,33
o Outros profissionais de nível fundamental 1.492.668,29
Equipes de saúde de Unidades Básicas tradicionais 66.416.043,57
o Médico 7.484.338,21
o Enfermeiro 7.745.565,80
o Cirurgião Dentista 4.277.381,63
o Técnico de Higiene Dental
o Auxiliar de Consultório Dental 2.561.289,75
o Técnico de Enfermagem 3.062.611,83
o Auxiliar de Enfermagem 8.125.720,52
o ACS 17.865.479,70
o Outros profissionais de nível superior 9.561.695,20
o Outros profissionais de nível médio 4.586.976,18
o Outros profissionais de nível fundamental 1.144.984,75 B-Despesas com assistência farmacêutica básica 3.556.255,97
81
C-Outras despesas correntes na Atenção Básica 21.551.217,90
D-Total de despesas correntes na Atenção Básica (A+B+C)*
112.877.866,45
E-Total de despesas de capital na Atenção Básica 2.553.368,00
F- Total de despesas na Atenção Básica (D+E) 115.431.234,45 Fonte: FMS/CDRH/SIOPS
*Anexos extratos analíticos do SIOPS, que foi a fonte de informação do quadro acima. Gasto com cada profissional (média) por categoria profissional da Atenção Básica, Salvador-Ba, dezembro 2008(considerando a diferença entre as modelagens PSF, PACS e Tradicional)
Categoria Profissional PSF PACS UBS Tradicional
Médico 5.593,81 1.125,47
Enfermeiro 3.911,00 3.911,00 789,39
Cirurgião Dentista 4.848,50 789,39
Técnico de Higiene Dental
Auxiliar de Consultório Dental 1.196,88 465,00
Técnico de Enfermagem 465,00
Auxiliar de Enfermagem 1.196,88 465,00
ACS 465,00 465,00 Fonte: CDRH
Percentual de despesas do município e da saúde com pessoal, para efeito da
Lei de Responsabilidade Fiscal - 29,68%
Percentual de despesas da saúde, com pessoal, para efeito da Lei de
Responsabilidade Fiscal - 15,90%.
82
07. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A estratégia de Saúde da Família necessita passar por uma série de avanços no
processo de organização das práticas de saúde no município. Sob esse aspecto
serão esboçadas algumas ações a serem priorizadas no ano de 2009.
Um ponto crítico para ser superado e que aparece como um entrave para as
estratégias é a formação dos profissionais que compõem as equipes. Será
priorizada, junto ao CDRH, a educação permanente para os atuais profissionais
que compõem as equipes,bem como dos novos contratados através do REDA,
selecionados em processo seletivo a ser realizado no 1º semestre de 2009.
A SMS, juntamente com a Escola de Formação Técnica em Saúde da SESAB,
iniciou o processo para Formação Técnica dos 1409 ACS que atuam no
município, sendo previsto um curso com carga horária de 1200 horas, dividida
em 03 módulos. Em 2009, pretende-se concluir o módulo I da referida formação,
conforme programação da instituição parceira.
Em novembro de 2008, foi publicada a Lei 7.586/2008 que criou as funções dos
profissionais do PSF, CEO, NASF e CAPS, possibilitando à CDRH, junto com a
SEPLAG, elaborem a proposta de realização do processo seletivo para
contratação através do REDA (Regime Especial de Direito Administrativo), dos
profissionais que atuarão nas referidas áreas. O Edital de Seleção Publica foi
publicado no DOM em 17/12/2008. Com a realização do REDA se define a forma
de contratação provisória de novos profissionais, para ampliação do número de
Equipes de Saúde, até que se conclua o processo de realização do concurso
público.
Em cumprimento a Emenda Constitucional nº 51/2006 e à Lei Municipal nº
7.196/2007 que determinam a contratação de ACS e ACE com empregado
publico, foi formada a Comissão de Análise e Certificação do Processo de
Seleção Pública com profissionais da Secretaria Municipal de Saúde e da
83
Secretaria de Administração acompanhado pelo Sindicato dos Agentes
Comunitários de Saúde – SINDACS.
Com a realização desse processo de convalidação através da análise das
documentações apresentadas (aprovação na Seleção Pública e o Certificado do
Treinamento Introdutório) realizou-se a contratação 1586 ACS.
A definição quanto ao pagamento das indenizações trabalhistas dos ACS,
geradas a partir de julho de 2007, com o processo de contratação dos mesmos
como empregados públicos, será priorizado em 2009, junto à Procuradoria do
município.
A implantação de novas Unidades de Saúde da Família faz parte do Projeto de
Expansão programado para 2009. As USF serão implantadas inicialmente, em
quatro Distritos Sanitários, conforme apresentado no Quadro 20.
Quadro 20 – Programação de Implantação de novas USF para o ano de2009.
Distrito Sanitário USF Nº de ESF Procedimento
Barra/Rio Vermelho USF Calabar 02 Construção
Boca do Rio USF Zulmira Barros
(Costa Azul)
01 Construção
Subúrbio Ferroviário USF Bate Coração 04 Construção
USF São José de
Baixo
04 Construção
USF São João do
Cabrito
03 Construção
USF Alto de Coutos II 03 Construção
USF Estrada da
Cocisa
04 Construção
USF Alto do Cruzeiro 03 Construção
Cajazeiras USF Palestina 02 Construção
Fonte: SMS
Considerando-se a importância da credibilidade dos dados oficiais informados pelo
município, será intensificado de forma sistemática o acompanhamento dos Sistemas
84
de Informação, junto ao CRA e Distritos Sanitários, visando corrigir inconsistências e
manter atualizações periódicas dos dados.
No 2º semestre de 2008 iniciou-se a atualização do mapeamento dos territórios de
atuação das ESF, buscando identificar necessidade de ampliação da cobertura, com
programação de conclusão para o 1º semestre de 2009.
É imprescindível orientar esforços no sentido de garantir as condições necessárias
para o funcionamento da estratégia de Saúde da Família, a fim de que a mesma
possa configurar-se como um eixo de reestruturação da Atenção Básica, interferindo
nos outros níveis de atenção, garantindo a integralidade e contribuindo na
consolidação do SUS. Desse modo, apresentamos a seguir a programação das
prioridades para o ano de 2009:
85
PROGRAMAÇÃO OPERATIVA PARA O ANO DE 2009
O QUE COMO QUEM QUANDO
1° Q
2° Q
3° Q
Ampliar a cobertura da estratégia de Saúde da Família nos DS(s)
(incluindo as Ilhas).
I. Ampliação do número de Unidades de Saúde da Família de acordo com as prioridades definidas:
COAPS
1.Concluir construção de 08 Unidades de Saúde da Família; X
2.Adequar 03 Unidades Básicas de Saúde para Unidade de Saúde da Família;
X X
3.Adequar 11 Unidades de Saúde da Família visando aumentar o número de equipes. 4. Construir 14 USF.
X X
II.Definir e capacitar quadro de profissionais para Equipes de Saúde da Família (ESF) .
1.Realizar junto com os D.S. mapeamento das áreas para seleção do ACS.
X X
2.Realizar junto com os D.S. programação de necessidade dos profissionais para as ESF.
X
3.Articular com o CDRH a realização do concurso público para as diversas categorias que compõem a estratégia de Saúde da Família.
X
86
Ampliar a cobertura dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família
(NASF)
Implantar 02 NASF(s) em áreas prioritárias dos Distritos Sanitários.
COAPS
1.Identificar os Distritos Sanitários prioritários. X
2.Articular com o CDRH contratação de profissionais por categoria preconizada para o NASF, de acordo com a necessidade de cada DS priorizado.
X
Implementar ações intersetorias nos territórios de atuação das Equipes de Saúde da Família.
Implantar o Programa de Saúde na Escola (PSE) em 19 Escolas da rede pública municipal e estadual da área de abrangência das ESF.
COAPS
1. Articular com as Secretarias Municipal e Estadual de Educação para o desenvolvimento das ações intersetoriais
X
2.Realizar programação operativa com os Coordenadores dos D.S. e as equipes que atuarão no PSE.
X
3.Acompanhar e apoiar o desenvolvimento do PSE nos Distritos Sanitários.
X X
Implantar Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
(PRONASCI) Implantar o PRONASCI em 02 Unidades de Saúde da Família.
COAPS
X
1.Elaborar Projeto de implantação do PRONASCI nos D.S. X
2.Articular com a Secretaria da Justiça para o desenvolvimento das ações conjuntas.
X
87
Ampliar cobertura do atendimento às urgências/emergências em
áreas estratégicas.
I.Implantar 04 Unidades de Pronto Atendimento-UPAS.
CMUE
1.Identificar áreas prioritários, em conformidade com portaria ministerial do programa.
X
2.Elaborar projeto. X
3.Licitar obras. X
II.Reformar, ampliar e reequipar 02 Pronto Atendimentos-Itapoan e Subúrbio Ferroviario, através Projeto REFORSUS.
X X
III. Adequar 02 Unidades Básicas de Saúde para funcionarem como PA(s).
X X
Ampliar cobertura do atendimento especializado em odontologia.
Implantar 01 Centro Especializado em Odontologia-CEO, em área sem cobertura do programa.
COAPS
X
1.Identificar área prioritária, em conformidade com portaria ministerial do programa.
X
2.Elaborar Projeto de implantação. X
Ampliar cobertura do atendimento aos portadores de transtornos
mentais.
I. Construir 02 Centros de Atenção Psicossocial - CAPS(s) AD.
COAPS
X X
II. Implantar 03 CAPS(s) tipo II. X X
III.Implantar 01 CAPS(s) IA(infância e adolescência). X
IV. Implantar PA psiquiátrico. X
88
Reorganizar o apoio diagnóstico e terapêutico.
I. Implementar o Laboratório Central do município, para referência da coleta das US(s).
Assistência Farmacêutica/Apoio
Diagnóstico
X
II.Implantação de sistema de informação(SIGLAB) em 12 postos de coleta.
X X
III.Construir Almoxarifado Central de medicamentos. X X
IV. Implantar 09 CAF(s) distritais. X X
Valorizar os profissionais e trabalhadores da saúde.
I.Realização de seleção simplificada-REDA, para os programas-PSF, NASF, CAPS e CEO.
CDRH
X
II.Revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. X
III. Realização de Concurso Público. X
Modernização das Unidades de Saúde.
Desenvolvimento do Sistema de Gestão de Saúde Pública, com implantação dos prontuários eletrônicos e dispensação de medicamentos.
NGI X
89