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A Nazaré do meu passadoR e c o rd a ç õ e s
O Rancho TA -M A R dançando o característico Vira da N azaré — F o f o L u c y
Q u e re m o s a P raça d e T o iro s ! .. .
Quando eu cheguei à Nazaré pela primeira vez, — foi isto há perto de quarenta anos ! — fiquei logo fascinado pelas suas belezas ria- tuiais.
0 cenário daqueia enorme angra deslum- brou-me; o pi- t o r e s c o do conjunto dominou-me por completo.
Caía a tarde num poente maravilhoso, — desses poentes que nos obrigam ingènuamente a procurar o «raio verde» de Júlio Verne.
O promontório à direita, com a pedra de Quilhim no término, projectava a sombra mastodôntica sobre as ondas que o mar estendia, em espuma de prata fosfo- rosa, pelas areias da praia.
Ao longe o sol, na despedida, faiscava revérberos.
Vinham a encalhar os batéis das fainas marítimas.
E pela costa fora, à esquerda, ia uma azáfama e uma barafunda que imitavam inarmónicos orfeões.
Era a hora da lota:— Montes de peixe luzidio
por aqui e por além ; magotes em volta, na expectativa; de gatas, a ralé surripiando o carapau, —como quem não quer a coisa. •.
O espectáculo era para mim Verdadeiramente inédito!
E quando regressei à casa alugada, noite pronta, eu já tinha pela Nazaré aquela simpatia que perdurou até o presente.
Dez anos seguidos fui o
Veraneante a feriar os dois m e se s da ordem, na sua intimidade.
Subi ao Sítio para descer à fortaleza e ao forno de York, — onde Manuel de Arriaga congeminou e escre
veu g r a n d e parte das suas «Ha r mo ni a s Sociais».
P e l a praia do Norte divaguei horas e
horas, escutando a cantilena bravia do Oceano, realizando meus pique-niques e ajudando, de tempos a tempos, o alar das redes, em troca duma escudela de linguados.
Visitei bastas vezes a pata do cavalo de D. Fu^s, gravada na rocha, e deliciei-me com os panoramas imcom- paráveis que de lá se avistam.
Assisti às festas da S e nhora da Nazaré, comi as frescas nozes com pão, —
Continua na página 11
«A Província» foi à Feira de Santiago em Setúbal. Foi à feira e gostou. Achou-a em relação aos outros anos, mais colorida, viva e dinâmica, melhor arrumada e com a r t e . Comercializada no sentido moderno e favorecida pela profusa colaboração da Indústria Automóvel e Eléctrica a Feira parece outra.Ouvimos opiniões e todas
f i n a l m e n t e fl Estrada da flfalaia
Foi adjudicada a empreitada para a construção do troço de estrada que liga Montijo às Rilvas.
É com bastante satisfação que damos hoje a público esta notícia, tanto mais que
(Continua na página 3)
são unânimes em considerar este ano como o prelúdio de uma futura Feira que inclua i no seu programa não só os costumados divertimentos e parte comercial e industrial, mas também uma contri- ! buição agrícola de caracte- i r í s t i cas agro-pecuárias e uma bem organizada Feira de Amostras.
Estas considerações Vêm Continua na página 5
Este será o slogan com que nos vamos lançar na luta.
Sabemos que grande parte da população da nossa terra encara este problema com septicismo e até com ironia. Têm-se dito tantas coisas em volta do assunto que para não errarmos preferimos e s c u t a r pacientemente e agir com cuidado.
Nunca escondemos a verdade ainda mesmo que as notícias não fossem agradáveis. E quantas maiores dificuldades se forem encontrando pelo c a mi n h o maior será a honra de quem levar a efeito tal empreendimento.
Já houve quem connosco se zangasse por não abordarmos com frequência este assunto. Já tivemos quem
nos devolvesse o jornal pela simples publicação de uma notícia verdadeira, mas que.- infelizmente não correspondia ao desejo de todos nós. Não é por esse motivo que «A Província» deixará de aparecer regularmente todas as 5.“ feiras, nem tão pouco os que por aqui queimam o melhor do seu esforço, saber e dinheiro deixarão por seu t ur no de acarinhar e até contribuir para que a Praça seja uma realidade.
Felizmente que t e mos consciência bem formada e sabemos distinguir ainda o sentido das realidades.
A Praça faz falta a Montijo.
A Praça tem que se fazer.Para isso podem contar
connosco.Abrindo esta campanha
damos hoje a palavra ao nosso redactor, José Estevão da Silva Carvalho — a ele outros se seguirão focando o mesmo assunto.
Muito se tem escrito e dito acêrca deste problema, muito embora até este jornal pouco tenha vindo, ou até mesmo, nada tenha vindo dos responsáveis por tal realização.
Essa atitude que não sabemos a quem dever, não impede que sejamos nós, de motu-próprio, a falar no assunto que o reconhecemos de magno interesse para a nossa terra, mais pelo seu valor patrimonial
(Conliiua no página S)Um aspecto da P ra ia da Nazaré
KSTAS DO B ÁR R flf VfRDfEm AlcocheteEstão m arcadas p a ra os dias 13 a
16 de Agosto as já tradicionais Festas do Barrete Verde, em Alcochete, que àquela vila costumam atrair todos os anos muitos m ilhares de forasteiros. Este ano o recinto do Arraial e da Feira Franca é no espaçoso Largo Barão de Sam ora Correia, à beira rio, devendo resultar de bom efeito o conjunto d a s decorações e ilum inações d m oda regional.
A lém dos carrocéis e pista de automóveis eléctricos, é grande o p ed id o de terreno p a ra instalação de outros d ivertimentos e de barracas diversas.
y ts vias de com unicação este ano são óptim as com a oonclusão da estrada que liga Alcochete ao resto do Pais, tanto pelo Norte como pelo S u l e os transportes m arítim os estão garantidos por carreiras sucessivas de vapores que partem da estação do S u l e Sueste, no Terreiro do Paço,
Por
Alvaro Valente
cA f f - e i t a d e S e t ú b a l
Prefo 1 * 0 0 Quinta-feira, 4 de Agosto de 1955 Ano I - N* 22
Proprietário, Administrador e Editor
v. S. M O T T A P I N T OREDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - RUA iOSÉ JOAQUIM MARQUES, 48 - A
---- ---------------------- M O N T I J O ---------------------- ----COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX* - MONTIJO
D I R E C T O R
R U Y D E M E N D O N Ç A
'Hrí-
vi**
*
2 À PROVINCIA 4-8-9SS
Agenda profissional
Médicos D r . A . fe r re ir a d a Trindade
Rua Bulhão Pato, 42 Telef. 326131 — MONTIJO
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fa r m á c ia s de Se rviço
De 4 a 10 de Agosto
5.* - feira, 4 — M o d e r n a6. * - feira, 5 — D i o g o Sábado, 6 — G e r a l d e s D o m in g o , 7 — M o n t e p i o2.®-feira, 8 — M o d e r n a3.“ - feira, 9 — 0 i o g o4.*-feira, 10— G e r a l d e s
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T e l e f o n e 0 2 6 1 14 M O N T I J O
Orfanato Dr. César Fernandes Ventura Donativos recebidos desde 8-6-955 a 31-7-955
cÂs ti&nat entizaiitas
Fala o presidente do Âteneu Popular de Montijo
Álvaro Ávelino da Veiga Serra( C o n t i n u a ç ã o d o
Oferta de vários operários que fizeram o piso do Orfanato, io3$5o; «Transformai» sua oferta, 2oo$oo; João Mira, sua oferta em cascalho e areia, y8o$oo; José Ratinho e Mário, sua oferta em cascalho, i25$oo; Manuel Joaquim Constantino, fretes de camionete, 300^00; Manuel Bernardo, fretes de camionete, 200$00j Mário Gaudêncio Narciso, fretes de camionete, 3oo$oo; João Rebelo, fretes de camionete, ioo$oo; Emídio Augusto Tobias, fretes de camionete, 230S00; João Este ves de Oliveira, 120 quilos de batata; D. Eugenia Al cobi a, 2o$oo, José Salgado de O liveira, 75 quilos de batata;D. Augusta de Sousa Fernandes, i2£$oo; Mário Dias, 150800; T o m á s Manhoso Iça, 400 tijolos; Salineira Montijense, 2 canastras de sal; Martinho Lavado, uma saca de carvão; D. Rita do Carmo, 5o$oo; Legado deD. Maria Luísa de Mendonça, 4.ooo$oo; Carlos Barreiras Sobrinho, 50 quilos de batata; Externato do Sagrado Coração de Jesus, oferta da sua Directora, isoSoo e o ensino superior gratuito a 4 internados; An t ó n i o Tavares Rodrigues J.or 6 sacas de batatas, aboboras e pepinos; D. Margarida Tavares Mora e D. Lucilia Tavares Mora, suas ofertas
A Festa das costureiras e o MontijoA Festa das Costureiras, u m a
re a liz a ç ã o p o p u la r d a r e v i s t a M odas e Bordados, su p le m e n to do S é c u lo , q u e to d o s o s a n o s p o r e s ta é p o c a é le v a d a a e fe ito n o C o lis e u d o s R e c r e io s em L is b o a , te m p a ra n ó s s ig n if ic a d o e s p e c ia l .
É q u e d e h á 5 a n o s a e s ta p a r te o 1 ." p r é m io p e r te n c e a Montijo.
G a n h o p e la S r . a D . N a t á l i a M ig u é n s P e r e i r a T o b ia s — a r t is ta d e f in o g o s to e c o n h e c e d o r a p r o fu n d a a r te d e b e m v e s t ir u m a s e n h o r a .
S e a n o s s a a le g r ia é g r a n d e c o m o M o n ti je n s e s , a o s a b e r m o s a n o t í c ia , lo g o n o s in v a d e c e r t a m á g o a p o r n ã o Vermos n o d e s e n v o lv id o n o t ic iá r io d o s d iá r io s o n o m e d e M o n ti jo a s s o c ia d o a e s te ê x i t o . S e r ia m a is u m m o tiv o d e p r o p a g a n d a a a p r o v e i ta r p a ra a n o ssa t e r r a e q u a n to m a is s e falar em M o n t i jo , ta n to m e lh o r p a ra M o n t i jo .
O s jo r n a i s d e in fo r m a ç ã o d iá r ia d e ra m j á d e v id a n o ta d e t u d o q u a n to se p a sso u n a F e s ta d as C o s tu r e ir a s , n ã o q u e r e m o s n o e n ta n to d e ix a r d e a s s in a la r e o r ig i - lid a d e e b o m g o s to d o vestido de noite, c o m q u e a S r . a D . N a tá lia T o b ia s , g a n h o u o 1 .° p r é m io , q u e fe ito d e ta r la ta n a b r a n c a , t in h a u m c o r p o sem a lç a s c o m sa ia de fo lh a s la r g a s d e b r u a d a s a d o u ra d o .
O c o r p o e r a b o rd a d o a p in h õ e s p in ta d o s d e p o r p u r in a , o q u e lh e d a v a , a lé m d o in e d it is m o , d o s a d o r n o s , u m a s p e c to in t e r e s s a n t ís s im o .
« A P r o v ín c ia » f e l i c i t a a S r . a D . N a tá lia T o b ia s , a s s im c o m o se u m a r id o s r . E m íd io T o b ia s , n o s s o d e d ica d o a s s in a n te e c o n h e c id o c a b e le i r e i r o q u e , ta m b é m c o la b o r o u n a r e fe r id a F e s ta c o m os se u s p e n te a d o s d e a r te , e x e c u ta d o s n a lg u m a d a s c o n c o r r e n te s .
Telefone 026 576
(Pata. kâai <~f,otaquifiai
Foto Montijense
em grão, arroz, azeitonas, queijos e frutas; Manuel Cola, 5 litros de feijão; Lu- cinda, criada da sr.a Mendonça, 2 quilos de açucar,2 quilos de arroz; Carlos Ramos Cardeira, 5o|oo, An- t ó n i o Joaquim Azevedo, iooSoo; Dr. Alberto Cardoso do Vale, 5oo$oo; D.a Maria A n t ó n i a S i l v a , iooo$oo; Manuel Joaquim Fernandes, ioooloo.
Nota: — Queríamos fazer uma referência especial a esta última verba por ter sido orfertada por um modesto, mas um bondoso coração de operário duma fábrica da nossa terra. Além deste donativo tem oferecido ao Orfanato muitas de m e n o s importância. Ao, mesmo t e m p o queremos agradecer publicamente à nossa colaboradora de sempre Sr.a D. Laura Bernardes e D.a Emília Farreu pela confecção de várias peças de roupa que os nossos in ternados vestiram pelo S. Pedro, asim como agradecemos a todas as pessoas que nos tem ajudado nesta cruzada.
Para não roubarmos espaço ao jornal, obstemo-nos de citar nomes, na certeza de que a todos estamos eternamente reconhecidos e esperamos n o s n ã o abandonem com. os seus auxílios que tão necessários se tornam dia a dia.
Esta é uma obra que não pode nem deve morrer, mas necessita, s e r acarinhada por todos.
Pela Direcção agradecida.O Presidente,
Francisco Pedro Farrreu
No primeiro turno que se realizou no período de 18 a 30 de Julho , composto por rapazes, entre eles os internados do Orfanato de Montijo, ef e c t uou- s e na passada quinta-feira entre os vários grupos que está dividida a Colónia um concurso relativo a construções na areia.
Todos os rapazes desde os mais pequeninos aos mais velhos, trabalharam afanosamente para que 0 seu grupo fosse 0 melhor.
E certo que nem todos tinham as mesmas aptidões mas a todos f o i pedida colaboração.
Pelas 17 horas, acabados os trabalhos, chegou 0 ju ri composto pelos srs.: Presidente da Câmara, Humberto Sousa e Francisco Almeida.
Foi atribuido 0 primeiro prémio ao grupo dos rapazes mais crescidos cuja construção revelava verdadeiramente muito trabalho e bom gosto.
A cada grupo Joi atribuído um prémio, um livro de contos que fo i sorteado entre os rapazes que mais trabalharam.
No entanto o sr. Presi-
— E porque não mantêm, ou não se fazem ressurgir, essas actividades extintas ?
— Em pri me i ro lugar, porque a escassês de fr e quentadores não permite a sua manutenção, pois a colectividade, no que diz respeito a finanças, è e fo i sempre pobre, embora limpa e honesta... E , vamos lá, apesar dos nossos esforços, apesar da nossa boa-vontade, da boa-vontade de algumas dedicações que por aqui têm passado ou aqui se encontram, ainda não f o i criado em Montijo o almejado ambiente propício às coisas de espírito. Nesta te rra , vive.se pouco para tal fim , verdadeiramente 0 que mais deve interessar a todos os homens. Isso, no entanto, não obsta a que não tenhamos esperanças num futuro mais rico de cultura.
— fá que estamos falando do futuro-, quais os projectos da vossa direcção para elevar 0 Ateneu ao nível a que tem jú s e cumprir a sua missão ?
— Quando se fa la em projectos, quase nos esquecemos das realidades e, portanto, è melhor não avivar desejos que há muitos anos mantemos. Os projectos são sempre em grande número. . . e parecem-nos bons. Gostaríamos de oferecer a Montijo e proporcionar à sua população um óptimo e eficaz meio de recrear-se e robustecer o
dente ao constatar que cada construção tinha sido 0 resultado do trabalho comum, num gesto de há muito conhecido de amizade e carinho por todos os miúdos, 0fereceu a cada um, um pacote de bolos.
Os garotos ficaram radiantes e mais uma vez confirmaram que 0 gesto de gratidão que os levou a escrever por iniciativa própria na construção do seu grupo :
Viva o sr. Presidente!Obrigado, sr. Presidente!
e Deus lhe pague, sr. Presidente ! era uma prova justa de reconhecimento para quem tem sido para eles um grande e verdadeiro amigo.
CONTRA Â (ASPA________I l l l ________
Quer ter cabelos bonitos e abundantes? Use o P e tró le o Q u ím ico JS o d lg o . Loção progressiva contra a caspa e a queda do cabelo. Vende-se nas farmácias e nas
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M O N T I J O
n ú m e r o a n t e r i o r )
corpo e o espirito. Isto significa e sintetisa os nossos projectos de construir um magnifico ginásio, onde se tornasse mais sádia e mais forte a nossa juventude, e, ao lado construir aulas que lhe facilitassem uma educação sã, hnmana. Tentativas, te mo- l as j á feito. Mas. . , os resultados ainda não foram os que desejávamos, ou melhor; os julgados suficientes para manter e alargar essas iniciativas. Lá iremos, acredite, porque nem sempre 0 diabo está atrás da porta.
— E a propósito: quais as dificuldades e facilidades que têm sido encontradas no\ que respeita ao cumprimento da vossa missão e aspiração?
— A s dificuldades podemos dizê-lo sem rebuço, provêm mais da terra, como apontámos. Somos, na maio- r i a indolentes, demasiado confiados no acaso, e por tal pouco activos, nada práticos. Dai portanto o desinteresse que todos conhecemos. Quanto a facilidades, ê inegáv e l a compreensão e a ajuda dessas dezenas de amigos que são os sócios do Ateneu, verdadeira antítese dos desinteressados por tudo\ citemos ainda um punhado de almas generosas, que, sem lucros, e atè prejuizo da sua vida particular, têm tornado realidade algumas das nossas mais caras aspirações (e não citamos nomes para não ferir susceptibilidades) ; por último, queremos uma vez mais indicar e tornar explícita a nossa gratidão à actual Câmara, que sempre nos facilitou e compreendeu, quando dela nos abeirámos, e especialmente o seu digno Presidente, sr. José da Silva Leite. Nunca nos fo i negada qualquer petição ali feita antes a sua generosidade tem ido bastante longe. Este é outro capitulo da vida da colectividade para o qual lamentamos não pode dispor de espaço e tempo para fa zermos um extenso e merecido estudo. Mas a gratidão, essa, fica fora de tudo e mantem-se mesmo sem f a l a r delas muitas vezes. È meu, amigo, por hoje è tudo. Agradecemos sinceramente 0 interesse do seu f o r n a i pelo Ateneu, desejando-lhe vida longa e próspera, e pedindo apenas que, no mesmo, os problemas de cultura, mas de cultura local, sejam tratados mais amiúde, com mais carinho. Sem isso, não será fá c il cumprimos a nossa missão '. 0 jornal e a colectividade.
Zé do Âteneuj*— —
trabalhos para am ad or e s - f o t o g r a -
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R. Bulhão Pato, 11 mOflTIJO
Colónia Balnear Infanti
4 - 8 - 9 5 5 A PROVINCIA 3
N O T I C I A S D A S E M A N Aa
A n i v e r s á r i o sFez a n o s n o d ia 2 8 de J u lh o ,
p. p.. a m e n in a H o r te n s e L o p e s A m aral, irm ã d o n o s s o a s s i nante C a r lo s T . L . A m a ra l.
_ D ia í , o m e n in o E r n e s to J o s é O uteiro d e C a r v a lh o , f i lh o do nosso a s s in a n te s r . E r n e s to C o r deiro de C a r v a lh o .
— D ia (S, o m e n in o H e ld e r M áxim o F r a n c o l i . M a r t in s , f i lh o do nosso a ss in a n te s r . H e ld e r A lm e id a E . M artin s.
Férias— P ara o A lg a r v e em g o z o de
férias, a c o m p a n h a d o de su a e x . mu esposa e f i lh in h a , o n o s s o e s t im a d o assin ante s r . J o e l N a v a rro R o d r i gues, a q u em a p e te c e m o s u m b o m período de d e s c a n s o .
— P a ra A lp e d r in h a , s e g u iu n a 2.* fe ira o n o s s o v e lh o a m ig o e assin ante sr. D o m in g o s da S i lv a San tos, q u e vai d u r a n te a lg u m a s sem anas re c o m p o r a su a a b a la d a saude.
Dr. Cristiano da Silva Mendonça
— T e r m in o u b r i lh a n t e m e n te o seu cu rso em M e d ic in a V e te r in á r ia o nosso p rezad o a m ig o s r . D r . C r is tiano da S ilv a M e n d o n ç a , f i lh o do sr. D iogo J ú l io R o d r ig u e s M e n donça e da E x . ma s r . a D . I s a u r a M endonça. A o jo v e m m é d ic o v e te rinário m o n t i je n s e a ss im c o m o a seus e s tre m o so s p a is a p r e s e n ta «A P rov ín cia» o s m e lh o r e s c u m p r im entos e s in c e r a s fe lic i ta ç õ e s .
Major Mário dos Santos Anino
Este d is t in to O fic ia l d e E x é r c i t o P ortu gu ês, m u ito i lu s t r e f i lh o de M on tijo , fo i r e c e n t e m e n te t r a n s ferido do R e g im e n to d e I n f a n ta r ia 3 em B e ja , p a ra o M in is té r io da G uerra, a g u a rd a n d o a su a p r o m o ção a T e n e n te C o r o n e l .
A sua E x .° a p r e s e n ta o n o sso jo rn al re s p e ito s o s c u m p r im e n to s e fe lic ita ç õ e s p e la c o n d e c o ra ç ã o com qu e fo i ta m b é m n e s ta d a ta agraciado.
AcidenteV ítim a d e u m a e x p lo s ã o q u a n d o
na sua fá b r ic a p r e te n d ia e n c h e r um e x t in to r d e in c ê n d io , e n c o n tra-se re t id o n o le ito e b a s ta n te ferido o n o sso b o m a m ig o s r . A m érico P in to . «A P r o v ín c ia » d e se ja -lh e s in c e r a m e n te rá p id a s m elh oras.
EspectáculosC a r t a z d a S e m a n a
CINE P O P U L A R
5.a-fe ira 4 ; (1 8 a n o s ) « C a n t in - *« s em C a lça s P a rd a s » .
Sabad o 6 ; (1 3 a n o s ) « S ó p a ra ti» C° n * ^ u e l ° s d e G ig a n te s » .
D om in g o 7 ; (1 8 a n o s ) «O B a r ã o A v en tu reiro» .
2 .a- fe ira 8 ; (1 8 a n o s ) « S im b a d e as Se re ia s» co m « A le x a n d r a » .
CIN EM A l .o D E D E Z E M B R O
Sábad o 6 ; (1 8 a n o s ) « V ie ra m do "POÇO? co m «O P r ín c ip e L a d rã o » “ o m in g o 7 ; (1 3 a n o s ) « P e r s e
guem m eu f in 10» corn c o m p le m entos.
2 -fe ira 8 ; (1 8 a n o s ) « O s R e v o l- ,o,s* co m « M u lh e r P e r d id a » ,
o j 0~k*ra 10 ; O f i lm e q u e g a n h o u «n d ° c >n e m a ita l ia n o
ez r e is de E s p e r a n ç a » co m o rnal U n iv e r s a l» (1 8 a n o s ).
Á G U ACampilho
f i n a l m e n t e Estrada do Atalaia
(Continuação da 1." página)
temos por nossa parte inúmeras v e z e s abordado o assunto.
Segunda as informações que colhemos de fonte fidedigna, depois da i .a praça que ficara deserta, apareceram algumas propostas, su periores à base do concurso, sendo considerada aquela que mais se aproximava da verba orçada.
Porque a resolução d o assunto afectava profundamente interesses não só de Montijo, c o m o da populações servidas pela refer i d a estrada, congratula- -mo-nos com e s t e facto, início da certeza de que dentro em pouco tempo teremos à nossa disposição uma estrada capaz e à altura da importância do Concelho.
Não podemos deixar de assinalar o grande interesse que sua Ex.a o Sr. Governador Civil, pôs sempre na resolução do problema, as inúmeras e fastidiosas d eligências efectuadas pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Montijo e pelo vereador Sr. Mário Miguel Rama, e ainda os tentativas da Casa do Ribatejo para facilitar ou a p r e s s a r o arranjo que com tanto desejo se aguardava há anos.
AGRADECIMENTOM a r ia A n g é lic a d e J e s u s , v iú v a
de J o ã o G o m e s P in t a d in h o , n ão te n d o o u t r o m e io p a ra o fa z e r v e m p u b lic a m e n te a g r a d e c e r p e n h o r a - d a m e n te , a q u a n ta s p e s so a s a a ju d a ra m m o r a lm e n te e m a te r ia lm e n te d u r a n te a p r o lo n g a d a d o e n ç a de se u m a r id o .
R e c e a n d o m e l in d r a r a m o d é s tia d e q u a n to s a a c a le n ta r a m , p elo q u e p ed e d e s c u lp a . A g r a d e c e .
M aria Angélica de Jesus
Agradecimentoao Sr. José da Silva Leite
A o te r m in a r o 1 .° tu r n o d a C o ló n ia B a ln e a r In f a n t i l , q u e V . E x . a m a n tê m v e n h o p u b lic a m e n te t e s te m u n h a r o m e u p ro fu n d o a g r a d e c im e n t o , p e lo b e m q u e m e p r o p o r c io n o u .
Q u e D e u s o a b e n ç o e .O p e q u e n o c o lo n o a g r a d e c id o
M àrió Josè M arques Vicente
PrédioVende-se
N a A v . D . A fo n so H e n r iq u e s em M o n ti jo , de r e n d im e n to , co m 3 p iso s e o p tim a c o n s t r u ç ã o . E s tá em a c a b a m e n to e p o d e s e r v is to to d o s o s d ia s das 8 à s 17 . N ão se a c e ita in te r m e d iá r io s , tr a ta a p ro p r ie tá r ia , T e c n a r t e , L d a . P r a ç a da R e p ú b lic a , 5 9 te l. 0 2 6 1 9 7 - M o n t i jo .
Fesla da Âfalaia1 .° a n d a r n o a d r o . A lu g a -s e p a ra
a F e s ta . T r a t a í\ u g u sto M e n d e s — M O N T I JO .
Jacinto Batista A l b i n o
Pelo seu acto de heroismo, pelo seu destemor ao perigo, pelo seu dever bem cumprido de Bombeiro consciencioso e operário dedicado, merece as n o s s a s homenagens este rapaz modesto, que de uma hora a outra se tornou símbolo dos Bombeiros da nossa terra.
A Caça às Rolas B A I L E S
Publicando a sua fotografia «A Província» associa-se às manifestações que lhe foram prestadas, arquivando nas suas colunas, a figura simpática de Jacinto Batista Albino, vítima do seu dever no trágico incêndio da Firma Mundet ocor rido em 24 do mês passado.
Jo ã o G o m e s Pintadinho( J o ã o F a r o l e i r o )
F ig u r a b a s ta n te e s t im a d a n e s ta v i la , d o n d e e r a n a tu r a l , fa le c e u n o d ia 31 d e J u lh o p . p ., o s r . Jo ã o G o m e s P in ta d in h o , d e 39 a n o s de id a d e e m o ra d o r n a R u a A n tó n io R o d r ig u e P im e n te l , q u e p e r t in a z d o e n ç a h á m u ito o e n v o lv ia . E r a ca sa d o co m a s r .a D . M a ria A n g é l ic a d e J e s u s , s o b r in h a do n o sso p re s a d a a m ig o s r . M a n u e l O n o fr e p r o p r ie tá r io do C afé P o r tu g a l e p r im o d o n o s s o a m ig o e a s s in a n te , s r . L u ís O n o fre
0 e x t in t o d e ix a d o is f i lh o s m c - n r e s .
O fu n e r a l q u e se re a liz o u n a p a ssa d a 2 .a fe ir a , às 19 e 3 0 , fo i b e m o te s te m u n h o d e q u a n ta s im p a t ia o d e fu n to g o z a v a .
A ’ fa m íl ia e n lu ta d a , «A P r o v ín c ia » a p r e s e n ta o s seu s p ê s a m e s .
P e d e m -n o s o s c a ç a d o r e s da r e g iã o d e P e g õ e s , p a ra q u e c h a m e m o s a a te n ç ã o da c o m is s ã o v e - n a tó r ia d o C o n c e lh o , p a ra a fo rm a c o m o fo i e s te a n o o rg a n iz a d a a c a ç a às r o la s .
O s c in c o lo c a is in d ic a d o s são in s u f ic ie n te s p a ra o n ú m e ro de c a ç a d o r e s e p o r e s s e m o tiv o r e in a g r a n d e d e s c o n te n ta m e n to e n tr e o s a d e p to s d e s te d e s p o r to .
F a z e m o s g o s to s a m e n te e c o d e s ta c a r ta , sem n o e n ta n to p r o fu n d a r m o s as ra z õ e s q u e a s s is te m a o s s ig n a tá r io s .
P r o c u r a i e m os ju n t o da r e s p e c t iv a e n tid a d e e s c la r e c e r o a s s u n to e n o p r ó x im o n ú m e r j e lu c id a r e m o s .
Toiros Toureiros e Touradas
F e r n a n d o d c S o u s a — P r o d u c to r d a Revista D esportiva p asso u a t r a n s m i t ir to d o s o s s á b a d o s p j la s 22 h . e 15 m . n o Clube. R a diofónico de Portugal o seu p r o g r a m a 'Toiros, Toureiro ; e Touradas c o m o p a tr o c ín io d as Aguas Campilho. C h a m a -s e a a te n ç ã o d o s n o s s o s le i to r e s p a ra e s ta a l t e ra ç ã o p o is q u e o r e fe r id o p r o g r a m a e r a tr a n s m it id o p o r o u tr a e m is s o r a .
Garagem ou A rm a zé mA lu g a -s e ju n t o à P r a ç a da R e p ú
b l i c a . N e s ta R e d a c ç ã o s e in fo r m a .
A fa m ília d e Jo ã o G o m e s P in t a d in h o , n a im p o s s ib il id a d e d e a g r a d e c e r d ir e c ta m e n te a to d a s a s p e s s o a s q u e s e g u ir a m a d o e n ç a do s e u d e s d ito s o p a r e n te , v e m r e c o n h e c id a m e n t e a g r a d e c e r a q u a n to s o a c o m p a n h a r a m à su a ú l t i m a m o r a d a .
SDila É! Mias UMS id ó n io F i r m in o L o u r o A lv es
d o s R e is , e m a is fa m íl ia v em p o r e s te m e io a g r a d e c e r r e c o n h e c id a m e n te a to d a s as p e s so a s q u e se d ig n a r a m a c o m p a n h a r à su a ú lt im a m o ra d a , su a a v ó e p a r e n te .
Jo a q u im ílis iá rio fílo reira
Missa do 1.° AniversárioS u a e sp o s a m a n d a r e s a r , p e lo
seu e te r n o d e s c a n s o , n o p r ó x im o D o m in g o d ia 7 , p e la s 11 h o ra s n a I g r e ja M a tr iz , p e lo q u e a g r a d e c e a to d a s as p e s so a s q u e se d ig n a r e m a a s s is t ir a tã o p ie d o so a c to .
Trespassa-seE m A lc o c h e te u m a T a b e r n a em
ó p t im o lo c a l . T r a ta A n tó n io J o s é C a r r a ç a — A L C O C H E T E .
Precisa-seM eio o f ic ia l d e b a r b e ir o . C a m a ,
m e sa e o rd e n a d o — L A N Ç A D A — S a r i lh o s G r a n d e s .
Vende-seC a m a g r a n d e , Q u e e n A n n e , co m
c o lc h ã o d e a r a m e e m a is a lg u m a s p e ça s tu d o em b o m e s ta d o . T r a ta n a P r a ç a d a R e p ú b lic a , 7 6 - l . ° - D t .°
M O N T I J O
BalançasD e 5 0 0 K . c e n té c im a is em fe r r o
v e n d e -s e , n a C o n s tr u to r a d e B a la n ç a s , E s tr a d a N a c io n a l-A fo n s o e ir o
M O N T 1 J O
CostureiraM e ia c o s tu r e ir a , p r e c is a -s e . R u a
J o s é J o a q u i m M a rq u e s , 7 9 — M O N T I JO .
P I V E X J S
M A B O RA g ê n c ia o f ic ia l :
Viuva & filhos de Román Sanchez
Orfanato Dr, César fernandes Ventura
N a s u a e s p l a n a d a d e c o r r e u m a i s u m a n i m a d o b a i l e , c o m a a c t u a ç ã o d e d u a s o r q u e s t r a s , o s « R i v a l i s t a s » , u m c o n j u n t o a l e g r e q u e s e e s c u t a c o m o p t i m o a g r a d o , e o s j à c o n h e c i d o s « R e i s d a A l e g r i a » .
S á b a d o d i a 6, o r g a n i z a - s e n a r e f e r i d a e s p l a n a d a , u m p r o g r a m a d e I r a d o s e G u i t a r r a d a s , o n d e a l é m d e v á r i o s e v a l i o s o s e l e m e n t o s p o d e r e m o s d e s t a c a r A r m a n d o D i a s , M á r i o R o -I h a J o a q u i m S i l v e i r i n h a , A m é - ! i c o C o r r e i a , N a . t i v i d a d e P e r e i r a . A u r o r a S o b r a l , e o c a n t o r h u m o r í s t i c o R o d r i g o S i l v a . R e i n a j á g r a n d e e s p e c - t a t i v a à v o l t a d e s t a n > ite d e f a d o s s e n d o d e e s p e r a r m a i s u m ê x i t o d a s e r i e d e f e s t e j o s d a e s p l a n a d a d o O r f a n a t o . A lé m d o b a i l e q u e t e r á l u g a r D o m i n g o 7 , a b r i l h a n t a d o p e l a O r q u e s t r a L i g e i r a d o C o l i s e u d o a R e c r e i o s , e o n d e s e r á p r e s t a d a h o m e n a g e m à S r . a D .a N a t á l i a M i g u ê n s P e r e i r a T o b i a s , q u e s e a p r e s e n t a r á c o m o s e u v e s t i d o d e n o i t e , c o m 0 q u a l o b t e v e o 1 .° P r é m i o n a F e s t a d a s C o s t u r e i r a sII j C o l i s e u d o s R e c r e i o s .
Banda Democrática 2 de Janeiro
D e c o r r e u a n i m a d í s s i m o o b ^ i l e o r g a n i z a d o n a s u a a m p l a e s p l a n a d a , c o m a a c t u a ç ã o d o C o n j u n t o M u s i c a l « U n i d o s d o J a z z » d o A l t o E s t a n q u e i r o .
N o p r ó x i m o d o m i n g o 7 , e f e c t u a - s e m a i s u m g r a n d i o s o b a i l e , a b r i l h a n t a d o p o r d u a s e x c e l e n t e s o r q u e s t r a s « O s R i - v a l i s t a s » e « O r q u e s t r a R i b a t e j a n a » .
EXCURSÃO0 A T E N E U
O r g a n iz a em A b r il d e 195 6 u m a E x c u r s ã o a E s p a n h a , p o r o c a s iã o da F e ir a d e S e v i lh a , c o m o s e g u in te i t i n e r á r i o :
1 .° D ia — M o n ti jo , E iv a s , B a d a jo z , S e v i lh a .
2.° D ia — E s ta d ia em S e v i lh a .3 .° D ia — E s ta d ia e m S e v i lh a .4 .° D ia — S e v i lh a , G e re z d e L a
F r o n t e r a , C á d iz , S e v i lh a .5 .° D ia — S e v i lh a , A ra c e n a ( v i
s ita à s G r u ta s ) , B e ja , M o n ti jo .P r e ç o 280$00 ( in c lu in d o p a ssa
p o r te ) , e m p r e s ta ç õ e s s e m a n a is de
P a r a m a is e s c la r e c im e n to s ou in s c r iç ã o , d ir ig a -s e p o r fa v o r , à sed e d o A te n e u , à B a r b e a r ia R a m a d a , à M e r c e a r ia d e J o ã o S e r r a o u à P a p e la r ia A lv a t í l ia .
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mnDIODf flfHRUp e l o Prof. José M a n u e l L a n d e i r o
Q u em d e s e ja r c o n h e c e r a h is tó r ia do v a s to t e r r i t ó r io d a ín d ia , o n d e im p e r a N e h r u , n ã o s a t is fa rá o s se u s d e s e jo s , se n ão le r a s o b ra s m a is a p r e c iá v e is e a n tig a s da l i t e r a tu r a in d ia n a q u e se e n c o n tr a m e s c r i t a s em sanskrito, a l ín g u a s a c e r d o ta l . E n t r e e ssa s o b r a s , são d ig n a s d e m e n ç ã o , p r in c ip a lm e n te , o s Vedas e os d o is p o e m a s é p ic o s— Mcihr.bhai-atae Ram ayana — O s Vedas s u b v id e m -s e em q u a tro o b r a s a s a b e r : R ig-V eda, o l iv r o d o s h in o s ; Yadjur-V eda, o d as c e r im ó n ia s d o c u l t o ; Sam a- Veda, o d o s c a n t a r e s ;e o Atharva-Veda, c o m p o s to d e e s c o n ju r o s e de im - p r e c a u ç õ e s c o n t r a o s e s p ír i to s m a l ig n o s . P o d e m a in d a le r - s e o Pan- chatantra e o Hitopadera, q u e c o n té m fá b u la s , c o n to s e n o v e la s de u m a fa n ta s ia in e s g o t á v e l . S e os le r m o s , c o n c lu ím o s q u e o s d e u se s im p la c á v e is d o a r c a ís m o I n d ia n o c o n t in u a m , em p le n o s é c u lo X X , o s é c u lo d as lu z e s , o s é c u lo da b o m b a a tó m ic a , a e m b r u - te a r , a e s c r a v iz a r , a a s s a s s in a r o s seu s a d o r a d o r e s n a ín d ia d e N e h ru .
O M ile n á r io e b á r b a r o f e t ic h is m o , d e in d iz ív e is s u p e r s t iç õ e s , da r e l i g iã o g r o te s c a de c a r ic a tu r a is e p a v o ro sa s m a n ife s ta ç õ e s , o In d u is m o a c o r r e n t a a in d a co m fo r te s g r i lh õ e s d e fe r r o o p o v o in d ia n o « n u m m o n s tru o s o c a o s d e fa n a tis m o e d e ig n o r â n c ia , q u e c r is ta l iz o u n a s tr e v a s d o a n a lfa b e t is m o » . E é p a ra a d m ir a r c o m o o s r e p r e s e n ta n te s d e s ta e n o r m e le g iã o fa n á t ic a , c u ja m a tu r id a d e p o lít ic a p o d e m o s c o m p a r a r ao Troglodita da idade da p ed ra , sã o a c o lh id o s e r e c e b id o s , e m c e r t o s m e io s in t e r n a c io n a is , c o m o m e n to r e s e á r b i t r o s d e a s s u n to s r e la c io n a d o s c o m o p r o g r e s s o e co m a paz m u n d ia l.
N a ín d ia d e N e h ru , a im p ie d a d e d o s m i lh e n to s d e u se s a t in g e o m á x im o n a c r a v e ir a da c r u e ld a d e , d is t in g u in d o -s e a d e u sa K a li — a fú r ia n e g r a — , e sp o sa m u ito a m ad a d e X iv a , o d e u s da d e s tr u iç ã o , a3 .a p e s so a da T r in d a d e in d ú . A in d a n ão há m u ito s d ia s , os jo r n a i s p u b lic a v a m a n o t íc ia , v in d a d e N o v a D e li , de m a is u m s u ic íd io r i tu a l c o n s u m a d o n a Iu d ia d e N e h r u . T r a t a - s e de u m a p o b re v iú v a de 2 7 a n o s , e m o b e d iê n c ia a o t r a d ic io n a l r i t o in d ú , sa lto u p a ra a p ira fu n e r á r ia d e seu m a r id o , n a p r e s e n ç a de 3 0 0 a ld e õ e s , em C h a r iy a . No m e n o r n ú m e r o d e p a la v r a s v a m o s n a r r a r e s ta fa c e ta m a c a b r a d e s te fe t ic h is m o , q u e d o m in a a in d a n a ín d ia . K a li é a m a is te r r í v e l e p o p u la r d e to d a s as d e u sa s , r e p r e s e n ta d a c o m o u m a fú r ia n e g r a e e n s a n g u e n ta d a , d a n ç a n d o s o b r e o c a d á v e r d e Xiva, se u m a r id o , co m a s m ã o s c h e ia s de s e r e s h u m a n o s , q u e se c o n t o r c e r a m , em p ro lo n g a d a a g o n ia , e e n fe ita d a co m c r â n e o s de d e m ó n io s q u e e la m a to u . É tr a d iç ã o r i t u a l im o la r - lh e , s o b r e a a ra , v id as h u m a n a s , s e n d o h o je p e r m it id o s a c r i f i c a r - lh e a p e n a s i r r a c io n a is . A ss im , é fr e q u e n te n o s n u m e r o s o s s a n tu á r io s q u e lh e são d e d ic a d o s em to d a a ín d ia , d e g o la r p o r c o s , C ab ras , c a r n e ir o s , e tc .
E s ta g r o te s c a c e r im ó n ia te n d e a o b te r a g r a ç a ou fa v o r e s d iv in o s de K a l i . Q u a n d o p o r e x e m p lo , se p r e te n d a a p la c a r a c ó le r a de K a li , c o lo c a -s e o p o rc o e m fr e n te da d e u s a . O p o b r e a n im a l é g o lp e a d o n o p e s c o ç o , c a in d o o s a n g u e s o lire a r r o z c o z id o q u e s e d á , a s e g u ir , a c o m e i ao s u ín o . S e o p o rc o c o m e a ig u a r ia fe ita c o m a se u p ró p rio s a n g u e , a fú r ia n e g r a a fa s ta rá a c ó le r a ou ira d iv in a . N o c a so c o n tr á r io , é c e r to q u e a p e s te v ir á . E m q u a lq u e r d o s c a s o s , o r ito a c a b a co m a d e g o la ç ã o d o a n im a l.
A im o la ç ã o d o s a n im a is , d e d ic a d o s a K a li , a t in g e n ú m e r o s a s t r o n ó m ic o s , c o m o se v e r if ic a n a fe s ta a n u a l d e K o d a y , em T in n e v il le , o n d e o s s a c e rd o te s c h e g a m a s a c r i f i c a r , só de u m a v e z , 10.000 c a r n e ir o s . M as o s la n á t ic o s a d o r a d o re s d e K a ly , só f ic a m s a t is fe ito s , im o la n d o - lh e s v id a s h u m a n a s . E n te n d e m e le s q u e s ó a s s im p o d em a p la c r r a i r a da su a d e u s a fe ro z e o b t e r o fa v o r ou a g r a ç a da su a p r o te c ç ã o à s m á s a s p ir a ç õ e s , p r in c ip a lm e n te , c o n tr a a fo m e e a p e s te , tã o v u lg a r e s n a ín d ia d e N e r h u . E s t á a in d a na m e m ó i ia d e to d o s q u a n to s h á a lg u n s a n o s t iv e ra m c o n h e c im e n t o do g e s to , q u e , p ela su a r e p u g n â n c ia , n ã o h á p a la v ra s p a ra o c la s s i f ic a r , d e s e te c a n t a d e ir a s , n a Ín d ia d e N e h a u , c o r t a re m e m p e d a ç o s u m a c r ia n ç a , p a ra q u e K a li as c u r a s s e da ro u q u id ã o . E m ca so e s t ia g e m , é f r e q u e n te d e , n a re g iã o de B e n g a la , os a ld e õ e s fe c h a r e m em c a sa u m d o s se u s c o n t e r r â n e o s , a q u e m tr a ta m m a g n if ic a m e n te . Q u a n d o o in f e l iz se a c h a g o r d o e v is to s o , le v a m -n o ao c a m p o o n d e o a m a r ra m a u m a á r v o r e e o u n g u e n ta v a m d e ó le o s s a n to s .
D a n ç a m , d e p o is , à su a v o lta , c o n c lu in d o p o r o e s t r a n g u la r e c o r tá - lo e m p ed a ço s q u e e sp a lh a m s o b r e a te r r a , q u e n e c e s s i ta d e c h u v a .
Q u a n d o se c o n s t r o i u m a ca sa ou se faz u m a p o n te , u s a -s e a in d a , em c e r t o s l u g a r e s , e n t e r r a r um a c r ia n ç a v iv a n o s a l ic e r c e s , p ara q u e K a li p r o te ja e s ta s c o n s t r u ç õ e s . A lé m d e s te s s in is t r o s s a c r i f íc io s , s ã o d e d ic a d o s a K a li o u tro s r ito s p r e v e r s o s e im o r a is , c o m c o p io s o s b a n q u e te s e o r g ia s c a r n a is . E n e s ta s d e v o ç õ e s , e n tr e a lg u m a s s e ita s , sã o as p r ó p r ia s m u lh e re s d o s s a c e r d o te s , q u e , p a ra te s te m u n h a d e u m a g r a n d e fé , se o fe r e c e m n u a s à d e u sa e a to d o s os p r e s e n te s q u e as d e s e ja m , a lc a n ç a n d o d e s ta fo r m a a s a g ra d a «m aithim na» , ou s e ja , a u n iã o s e x u a l d o h u m a n o co m o d iv in o .
D ia n te d e tã o c r a s s o e b á rb a r o p r im it iv is m o , v e m o s q u e o P r i m e ir o M in is tr o N e h ru tem m u ito c o m q u e s e e n tr e te r n a su a ín d ia , p o d e n d o d e ix a r em paz o s o u tro s p o v o s , « p r in c ip a lm e n te a q u e le s c u ja v iz in h a n ç a só p o d e fa v o r e c e r a r e v o lu ç ã o m o ra l e s o c ia l q u e o m il e n á r io a tra z o d o se u p o v o e x ig e » .
cAl semana hisióziea
Coordenação de fre» figostinho de Penamacor
A G O ST O
Dia 4 — 1578 — Travou-se a batalha de Alcácer-Kibir.
Dia 5 — 1828 —- Morre Félix A velar Brotero - grande botânico.
Dia 6 — 1901 — Faleceu António Enes, ilustre dramaturgo e jornalista, ministro da marinha e Comissário regio em Moçambique.
Dia 7 — 1705 - Firmou-se um tratado comercial entre a Holanda e Portugal.
Dia 8 — 1897 — Fundeou no Tejo, o cruzador «Ada- mastor» adquirido por subscrição pública após o movimento do « UItimatum».
Dia 9 — 1382 — Tratado de Paz entre Portugal e Castela.
Chávenas de café quase amargopor Ç)r. Qru.2 JU atpique
C o r a g e m
A g r a n d e c o r a g e m — a c o r a g e m i n v e n c í v e l — é a f e i t a d e p u r o a m o r . A o u t r a , a q u e l a q u e a p e n a s s e m a n i f e s t a l e v a d a p e l o d e s e j o d e c o n q u i s t a r h o n r a s , t a ç a s , d r a g o n a s o u d i n h e i r o , é s e m p r e u m a c o r a g e m i n t e r i n a , c o m o a d o s b ê b a d o s .
A c o r a g e m m e r c e n á r i a é s e m p r e a p r a z o . D i z i a - s e , n a I d a d e M é d ia , a r e s p e i t o d o s s o l d a d o s , s u í ç o s q u e f a z i a m s e r v i ç o m i l i t a r c o m o m e r c e n á r i o s : « P a s d 'a r g e n t , p a s d e s u i s s e s . A c o in > d a n d o o d i t o a o n > sso c a s o , p o d e r í a m o s d i- s e r : « P a s d ’a r s ; e n t , p a s d e c o u - r a g e » . P e r m a n e n t e s ó a c o r a g e m c e n t r í f u g a , v i n d a d e d e n t r o , d o m a i s a c r i s o l a d o d a a l m a .
Q u a n d o , p o r e x e m p l o , n u m c a m p o d e b a t a l h a , è o p u r o a m o r d a P á t r i a q u e v i b r a d o l a d o d e u m p u n h a d o d e a n õ e s , a i n d a q u e o s a d v e r s á r i o s s e j a m u m e x é r c i t o d e g i g a n t e s , d e p r e s u m i r c q u e e s t e s s e j a m <>s v e n c i d o s , s e a p e n a s c o m b a t e r e m m e r c e n à r i a m e n t e .
E d u c a ç ã o p a r c e l a r
A r i g o r , d e v e r í a m o s f a l a r de e d u c a ç ã o f í s i c a , d e e d u c a ç à o i n t e l e c t u a l , d e e d u c a ç ã o m o r a l , m a s a p e n a s d e e d u c a ç ã o , tout court.. O h o m e m 80 s e d e v e r ia d i z e r e d u c a d o q u a n d o o fo s s e s i m u l t a n e a m e n t e d e c o r p o e a l m a . I n f e l i z m e n t e , p o r é m , só p o r p a r c e l a s n o s e d u c a m o s . S o m o s , n a l g u n s c a s o s , uu s a t l e t a s d e f e i r a , m a s , pela a l m a , n ã o v a l e m o s u m c h a v o f u r a d o , e , c u l t u r a l m e n t e , so m o s u m z e r o a p a r a f u s a d o a u m p e s c o ç o . O u t r a » v e z e s , , s o m o s u m p o ç o d e s a b e r , m as, q u a n t o a f i s i c o , u m c o i c e du p a r d a l n o s a t i r a p o r t e r r . i , e, m o r a l m e n t e , n ã o p a s s a m o s de u m 8a c o d e l a c r a u s .
D iz ia M o n t a i g n e : « C e n ’est p a s u n c o r p o , c e n ’e s t pas u n e â m e , c ’ e s t u n h o m m e que n o u s d r e s s o n s . N ã o é — a f ir m a M o n t a i g n e . N ã o d e v i a ser— d i z e m o s n ó s . C o m e fe ito , n ã o e d u c a m o s o h o m e m inte-
f r a l , m a s a p e n a s p a r t e s do o m e m .
Gabinete de LeituraFesla — A única publica
ção que em Portugal se dedica à defesa e propaganda da Festa de Toiros, dirigida com mão de mestre pelo jornalista, productor da rádio e cineasta— Gentil Marques — quiz muito amàvelmente saudar-nos no seu número de 22 de Julho p. p., com palavras amigas que nos sensibilizaram profundamente.
A Gentil Marques, amigo camarada de há anos, hoje um nome nas letras portuguesas, queremos retribuir o abraço que nos envia por intermédio da sua explen- dida Festa, e pedir-lhe tal c o m o nos faz que continue, pois que tão mal tratada e propagada anda a Festa de Toiros neste cantinho da Península, que se não vem alguém que a agite e eleve, por pouco a havemos de ver aniquilada.
«F e s t a » apareceu na hora própria.
Saudemo-la.
G aze ia Setubalense — AImprensa Regionalista foi aumentada de mais uma unidade no Distrito de Setúbal. Dirigida pelo sr. dr. Falcão Machado apareceu oi.° número da Gazeta Setubalense, ccm muito bom aspecto gráfico, variada colaboração e cuidado noticiário não só da cidade como do distrito.
A Gazeta Setubalense, que inclui várias secções de in teresse geral, propõe-se a alinhar, ao lado de outros jornais, como um porta voz ia grei Setubalense, nas suas aspirações por uma vida economicamente mais segura, socialmente mais tranquila, moralmente mai s nobre, nacionalmente mais digna.
Ao seu Director e a todos os que de qualquer forma contribuíram com o seu esforço para a sua execução apresenta «A Província» os seus melhores parabéns e que o nóvel jornal tenha uma larga vida cheia de êxitos.
NOVA DE LUTONão diz bem com a negrura Do teu vestir a candura Do teu rosto.Fico a pen sar que uma c&pa, Por m nis negra, que não tapa Luar de Agosto.
Olhar-te de silhueta Faz-m e pena : toda preta Com o breu.Aias. assin-, de frente a frente, Perdoa, m as toda a gente P ensa como eu.
A inda que tu tapasses Os olhos, quando passasses, M esm o assim ,E nganarias o m undo com o teu luto profundo, Menos a mim.
Josè SoaresN a z a ré — 1 9 5 5
Jo rnal de Exfrem oz — Dirigido pelo sr. Dr. António Janeiro Acabado e sendo proprietário e editor o sr. Dr. Rogério Peres Claro, recebemos o n.° 4 deste novo semanário que se publica em Extremoz.
«A Província» agradece a visita e deseja ao novo colega facilidade na sua missão e largo futuro.
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E C O N F O R T O
4-8-955 A PROVINCIA
'doMinho ao G u a d im mT e r r a s d a n o s s a t e r r a
cA nâijg (laiuptinha
0 Pelourinho de Mesão frioE screv eu -n o s o s r . J o s é A lv a
renga P in to da C o s ta , s o l ic i ta n d o elem entos do p e lo u r in h o d e M esão Frio .
Acerca deste p e lo u rin h o possuo as seguintes a c h e g a s :
«Não h á , (e m M esão F r io ) to d a via,um ú n ic o m o n u m e n to q u e n o s ateste \ e ssa a n tig u id a d e , q u e só a tradição lh e a t r ib u e «Pinho Leal,
vol. 5 , p ag . 198).No « Dicionário Portugal» v o l.
IV, pag. 1 0 2 3 , e n c o n t r e i a in d a as seguin tes r e f e r ê n c ia s :
«Um v e lh o m a n u s c r ito , p o ré m , en contrad o n u m a c a sa a n t ig a , d e s ta vila, a casa da « P ic o ta » , d iz q u e os seus p rim e ir o s h a b ita n te s fo r a m os forag id os d a v is in h a C id e lh a * .
Mais a d e a n t e :« Ju n to à P r a ç a c o n s e r v a o seu
pelou rinh o, q u e a n t ig a m e n te e s tava no s ít io da P ic o ta , o q u a l é formado d u m b lo c o d e g r a n it o assente em q u a tro d e g ra u s c i r culares».
O a u to r do a r t ig o d o « D icionário Portugal» n ã o s e r e fe r e , com e x a c tid ã o , a o r e m a te n em p ròp riam ente, à c o lu n a .
P arte da r e fe r id a c o lu n a é r e donda s e g u in d o -s e - lh e u m a n e l que lig a ao o u tro p i la r c i l in d r ic o , levem ente a fu n ila d o . T e m c a p ite l de dois re b o r d o s e re m a te q u a - drangular c o m a m e ia s r e g u la r e s .
D is-nos a in d a o s r . J o s é A lv a renga P in to d a C o s ta de q u e « p a ra efeitos do r e s ta u r o , fo i to ta lm e n te apeado e m 1951 e r e e r g u id o , de novo, n o L a r g o d o P e lo u r in h o onde se m p re e x is t iu , d e fo r m a a in tegrá-lo n a fe iç ã o a r q u it e c t ó n ic a ca ra c terística d o lo c a l , se m p r e juízo da su a tr a ç a p r im it iv a e d o s elem entos c o m p r e n d id o s n o se u con ju n to , n o m e a d a m e n te em e d ifício de l in h a s a r q u it e c tó n ic a s do século X V I I I , q u e a b r a n g e u m lado, am p la e b em tr a ça d a e s c a d a ria com o p a r te do p an o d e fu n d o e que p e r m ite o a c e s s o a u m t e r raço (m ira d o u ro ).
Os e le m e n to s d e c a n ta r ia p o rq u e é cam p osto e q u e se e n c o n tr a v a m em bom esta d o d e a p r o v e ita m e n to , foram de n o v o a p lic a d o s , s u b s t i tuindo-se to d o s o s r e s ta u te s p o r novos, e x e c u ta d o s a b o lu ta m e n te dentro d os v e s t íg io s e x is t e n t e s .
Logo q u e a u to r iz a d a a c o m p a r ticipação d o E s ta d o , n o m o n ta n te de 29.350$00, m a is ta rd e r e fo r ç a d a com a im p o rtâ n c ia 2 .80 (H 0l) ( P o r tarias de 15 3/951 e 27/2/952, r e s p ectiv am ente), a C â m a r a M u n icipal p en sou r e e r g u e r o p e lo u r in h o uo local o n d e d e v ia e s t a r , i s t o é , no meio da p r a ç a de o n d e fo i d e s locado h á u m a s d e z e n a s d e a n o s , P°r c o n v e n iê n c ia d o m e r c a d o então a li e x is t e n te (c o n s tr u ç ã o d e
a lp en d re ao c e n tr o d a q u e le targo) pa ra 0 lo c a l o n d e a c tu a lmente se e n c o n tr a . S o l ic i t o u , p a ra •anto ad ev ia au to r iz a çã o à D ir e c ç ã o - •«eral dos E d if íc io s e M o n u m e n to s Nacionais, a q u a l, te n d o em v is ta <jue o p e lo u r in h o se e n c o n t r a v ahá m uitos a n o s lo c a l iz a d o ju n t o
a estrad a , a c h o u s e r d e m a n te r essa s itu ação , m u ito e m b o r a p e r - "Jitisse um l ig e ir o d e s v io p a ra o eixo lo n g itu d in a l d o la r g o . A s
Dras do r e s ta u r o fo r a m in ic ia d a s w 16/4/951 e d ad as p o r c o n c lu íd a s
a C âm ara M u n ic ip a l e m 4/8/951.
A D ir e c ç ã o - G e r a l d o s E d if íc io s e M o n u m e n to s N a c io n a is a c h o u , n o e n ta n to , q u e e ra m de fa z e r a lg u m a s m o d if ic a ç õ e s e, a s s i m , a m e s m a D ir e c ç ã o -G e r a l s ó em 22/8 5 2 c o n s id e r o u e x e c u ta d a s as m o d if ic a ç õ e s in d ic a d a s , d a n d o p o r in t e g r a lm e n t e r e a l i z a d o o p r o je c t o s u p e r io r m e n te a p ro v a d o .
Q u a n d o d o In v e n tá r io c o n fo r m e o in q u é r i t o d e te r m in a d o p e lo d e c r e to n .° 2 3 1 2 2 d e 11 d e O u tu b r o d e 1 9 3 3 , q u e fo i p u b lic a d o p e la A c a d e m ia N a c io n a l de B e la s A rte s e m 1 9 3 5 , j á n o s a p a r e c e — c o m o e x is t e n te — o p e lo u r in h o d e M esão F r io , n o D is tr i to d e V ila R e a l.
E s to u to d a v ia , c o n v e n c id o de q u e e x is t iu o u tr o p e lo u r in h o em M esã o E r io c u ja d e s c r iç ã o d á em a b s o lu to co m a a p re s e n ta d a n o « D ic io n á r io P o r tu g a l» « b lo c o d e
g r a n it o (r e d o n d o ) a s s e n t e e m q u a tro d e g ra u s c i r c u la r e s . N o te -s e , ta m b é m , q u e a p ic ó ta e x is t e n te é a lta , d e m a is , p a ra s e r p e lo u r in h o .
N a p r im e ir a p a r te d a c o lu n a d e v ia te r e x is t id o u in a g u a r n iç ã o em fe r r o d e o n d e p en d ia m 2 c o r r e n t e s fo r te s , c o m a r g o la s n as p o n ta s ,
O t ip o d o a c tu a l r e m a te d o p e lo u r in h o , é n o g é n e r o d o d e (J in fã e s . N o d is t r i to de V ila R e a l os p e lo u r in h o s d i f e r e m t o d o s , u n s d o s o u t r o s .
S e r ia , de fa c to , in t e r e s s a n te q u e se fiz e ss e u m a in v e s t ig a ç ã o a fim d e se a p u r a r s e e x is t i r a m , o u n ã o , d o is p e lo u r in h o s . M e lh o r o p o d e rá fa z e r o s r . J o s é A lv a r e n g a P in to da C o s ta , n a tu r a l d e M esão F r io e a l i re s id e n te h á b a s ta n te s a n o s .
Luís Bonifácio
A P r a ç a d e T o i r o s
(Continuação da prim eira página)
do que propriamente pelo espectáculo, para nós, ou até mesmo pelos lucros que advirão para os seus organizadores.
Não somos aficcionados, já o temos afirmado, mas somos amigos na nossa terra e como tal aspiramos e desejamos vê-la embelezada com uma Praça de Toiros, pois a sua construção não só trará gáudio aos aficcionados montijenses, como será mais um cartaz de propaga da que fará convergir até Montijo, mais uns milhares de pessoas que normalmente se deslocam para os espectáculos tão do gosto do povo ribatejano!
Somos desportistas e por essa modalidade mais trabalhamos, mas isso não im pede, ao invès daqueles que por dela não gostarem lhe fazem guerra, que demos, se isso nos for solicitado, o nosso concurso em favor da construção!
Verificamos no entanto que existe qualquer «grão de areia» que tem emperrado a máquina que pôs em funcionamento essa ideia, e é portanto esse obstáculo que urge derrubar para que na próxima época possamos assistir a espectáculos da Festa Brava, já quase esquecidos pelos montijenses menos abastados.
O projecto posto á aprovação parece não ter, uma
vez mais, merecido inteira aprovação à entidade a que o assunto está afecto. A que se deve essa atitude por demais repetida ? Deficiências técnicas? Se esse é o motivo, julgamos não ser difícil a sua remoção, visto o seu autor certamente se encontrar habilitado a proceder às emendas respectivas desde que elas lhe sejam indicadas. M á s vontades trabalhadas na c o r t i n a , como se aventa? Necessário se torna procurar o male na sua origem e expurgá-lo com as mesmas armas. Ou será caminho burocrático errado, como até nós chegou? Se assim é, há que arrepiar e seguir a borucra- cia normal empregada noutros casos!
E então d e s c o b e r t o o «mal» e não se desviando dessa burocracia, e interessando as entidades oficiais, tudo se esclarecerá e tudo se resolverá a contento dos aficionados e para bem do desenvolvimento da nossa T erra !
Nós cá nos encontramos ao lado da iniciativa, como em tudo a bem de Montijo, sem receio do que ou de quem quer que seja, muito embora infelizmente encontrando pelo caminho a indiferença de alguns e a falta de compreensão duns quantos !
José Estêvão
A F E I R A
de (Setúbal(Continuação da primeiro página)
a propósito do convite gentil que a Shell Portuguesa fez ao nosso jornal, para comparecer no almoço de homenagem à imprensa da cidade de Setúbal e do Distrito e ao mesmo tempo assistir no seu Stand instalado na Feira, diga-se de p a s s a g e m de muitofeliz concepção, a uma sessão c i nemat ogr áf i c a , idêntica às que todas as noites oferece gratuitamente aos Visitantes da Feira.
Uma patriótica iniciativa que a Shell pôs em marcha e cuja finalidade é colaborar com o ministério da Economia, pr o pa g a nd o pela imagem, com filmes culturais e científicos, não só a técnica a empregar para debelar certos males que afligem a a g r i c u l t ur a como também chama aatençãopara o perigo que correm certas regiões que pouco a pouco se Vêm desvalorizadas e empobrecidas nos seus terrenos de cultura.
Assistiram a esta sessão cinematográfica além dos jornalistas da imprensa regional e o chefe de redação da V i d a R u r a l o j o r nalista Armando Boaventura, o sr. Dr. Jorge Botelho Moniz — ilustre Presidente da C. M. de Setúbal, o sr. Dr. Joaqoum Arco, Presidente da Comissão Municipal de Turismo, o sr. D. Luís Mesquitela, De l e g a d o da Shell Portuguesa em Evora, o sr. Adelino Caes Esteves, agente geral da mesma Companhia, em Setúbal e outros funcionários superiores desta grande organização industrial portuguesa.
O almoço que se seguiu foi servido no Restaurante Naval Setubalense, e decorreu em ambiente de simpática confraternização, tendo-se trocado no final brindes e saudações não só à Shell como ao ilustre Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, à cidade e à Imprensa.
<A Província» agradece as atenções de que foi alvo e a gentileza do convite.
M é d i c o s d a S e i v a
(Contimiação do número anterior)Recebe-nos o Regente Oli
veira, a f ável , madrugador prazenteiro, o homem da terra, tal e qual, botas grossas, blusão de escossês, cigarro nos dedos,
— Bom dia! Bom dia!Sucedem-se a s mi nhas
perguntas, s u c e d e m - s e as
peloDr. Cabral Adão
prvontas e claras respostas dos técnicos.
Em 1941, o Ministério das Finanças, entregou ao departamento agr í col a, est a vasta faixa H e r d a d e de Pegões que RoVisco Pais legou à Nação.
De então para cá, muito ali se tem feito. Construiu-se uma parte do casal: residência do regente, estábulos, silos (seis aéreos e um em trincheira), lojas, o ovil, ca- banais, etc.,
A parte central está dividida em folhas de cultura, cercada por matas de pi nheiros novos que formam uma moldura aveludada e bela.
— Porque se não plantam sobreiros nestes terrenos, e estaVa o caso arrumado ? — perguntei ao E n g e n h e i r o Beija, presumindo...
Seria mais fácil, argumenta ele com segurança. — Mas u m país superpo- voado, interessa muito a ocupação económica destes ter- r e n o s , tendo em v i s t a objectivos sociais da maior projecção. Queremos saber se é economicamente viável fazer o aproveitamento destas areias, através de uma e x p l o r a ç ã o agro-pecuária, para cujo equilíbrio concorre também uma pequena percentagem de cultura de vinha, de figueiral, de matas. Em suma: queremos estudar o problema da árido-cultura, mais sedutor, talvez, do que qualquer outro, pelas dificuldades que apresenta e pelo objectivo que tem em mira!
O Engenheiro Veríssimo Mira e o Regente Oliveira vão corroborando as informações, enquanto percorremos o longo caminho que forma o eixo da extensa campina.
(Conlinsa)
Ho próximo número
Actualidadesdo Mundo
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T E L E F O N E 3 3
A g u a c a n a liz a da quente e (ria e ca se d e b an h o em Io d o s o s an- = = d a re s . =
(t. Mousinho de Albuquerque, 6-0 - í \ ' 3 Z 3 f 6
Fala o Presidente da
(omissão Municipal de TurismoOito anos na Presidência da
Comissão de Turismo da Praia da Nazaré, departamento de divulgação e informação, estão bem patente no zelo e competência do seu Presidente sr. Guilherme Ramos. A ele se deve já, sem dúvida uma grande obra em pról do Turismo desta praia encantada. Para que melhor formássemos uma idéia quanto ao desenvolvimento turístico, não resistimos à tentação de procurar o sr. Guilherme Ramos, que logo se prontificou a prestar- nos todos os esclarecimentos.
Depois de ter focado a parte financeira, que é insuficiente para obras de maior vulto, dado o pouco rendimento que a Comissão usufrui visto que a pouca verba que por vezes possuem é absorvida com elevadas e inúmeras despesas. Disse depois do seu regosijo pelo franco progresso do Turismo na Nazaré, que é hoje visitada por imensos estrangeiros, sobre tudo franceses na sua maioria que escrevem directamente a pedir todos os informes necessários às suas estadias,
— Sr. Presidente, qual a maior realização no abalizado ver de V. Ex.a, neste momento de franco progresso que julga de maior utilidade para o Turismo da Nazaré?
— A meu ver, é de absoluta carência, a construção de um bom Casino, de um Hotél razoável e o alargamento das principais artérias.
— Tem tidofV . Ex.a por certo, e como é de calcular, o maior apoio por parte do Estado, inclusivé financeiro ?
— Sim, o Estado tem colaborado em diversas obras, muito embora em pouca quantidade.
— Quanto à N a za ré .. .— Temos todas as possibilidades
turísticas, é realmente um ponto desejável de ser visitado. Tudo em nós tem deixado a melhor impressão, tanto pelo típico como pela sua gente.
— Neste período mais próximo de engradecimento turístico Nazareno, que obras foram levadas a efeito sr. Presidente/
— Há dois anos abriu-se um Parque de Campismo, instalada no Parque da Penalva, e que embora modesto, vtem sido bastante frequentado por estrangeiros.
— Quanto às actuais instalações do Comissão de Turismo, acha que
elas dão cabimento ao serviço?— Temo-nos remediado com as
actuais, no entanto careciam os de um edifício próprio para a Comissão de Turismo, mas isso era um assunto dispendioso em extremo. E assim, contentamo-nos com o presente.
— As impressões dos turistas s ã o . ..!
— Sim, creio que partem todos bem impressionados, basta as referências que têm feito.
— O Turismo tem feito bastante propaganda, não é assim ?
— Bastante mesmo, inclusivé em revistas estrangeiras.
Crentes de que levamos aos nossos leitores embora superficialmente a actividade da Comissão de Turismo da Nazaré, despedi- mo-nos do sr. Guilherme Ramos, mas depois de termos pedido a opinião sobre o nosso jorn al:
— O vosso jornal «A Província» é para mim um orgão de imprensa de valor, tanto pelo seu conteúdo, como o aspecto gráfico que me deixa a melhor impressão.
Estas foram as palavras que registámos com amizade, do digníssimo Presidente da Comissão de Turismo da Nazaré, a quem desejámos retumbantes êxito em prosseguimento do já feito e em obras vindouras.
FRANÇOIS MAURIAC______________*_________________________________
f a l o u a s s i m d a N a z a r é :
. . . «A Nazaré parece-se com o seu nome, e o mar que a
I banha, é bem um lago por onde Cristo passou.
Este povo de Pescadores, vestido de policromos tecidos de lã, impele os seus barcos para as ondas, lança as suas rèdes, com o sob, a ordem de um M estre invisível.
Eu não creio que se possa sofrer na Europa uma impressão de desnorteamento t ã o v i v a com o a que se sente nesta vila queimada pelo sol, entre este povo b íb lico : encontrei-me de repente fora do tempo.
Há o u tr a s maravilhas em, Portugal; mas a Nazaré é a minha mais estranha recordação».
Sobre a Etn o g ra fia
N Á Z Á R Í N Ápor Ábel Augusto
A toada do mar anda por tal forma dentro de nòs, que o seu ritmo se misturou no sangue e fez dos nazarenos seres que exteriorizam cantando muitos dos seus sentimentos.
A d o r ou alegria têm, nestes habitantes, expressões diferentes daquelas porque os povos do interior se exprimem.
E até mesmo, de praia para praia, existe diferença notável.
A parte folclórica aqui na Nazaré tem bem firmadas, raízes próprias. Este povo tem uma maneira própria de se manifestar. E conquanto não cuide muito atentamente as suas canções e danças, elas têm um sentido bem desenvolvido da expressão alegre.
Não abundam n o s cantares sentimentalismos, n ã o ; pois a alegria, a viveza da alma torna-lhes a Vida mais leve, procurando, a todo o transe, uma evasão à preocupação dominante: o MAR. E, temos então :
Quero cantar, cantarei, Quero ser mulher alegre, Quero que a tristeza vá P’ro diabo quela*carregue2
0 Sr. Dr, Luís fíljjodriílPresidente da CâLa da
M as as s uas m á- guas, a t é mesmo as quedo mar V êm -esão as m ai o- res! — não
Depois de várias tentativas para nos encontrarmos com o nosso entrevistado, foi-nos finalmente facultada alguma troca de impressões, no seu gabinete de trabalho. A í, recebidos sim- pàticamente, após a apresentação foi-nos marcada a hora exacta para o referido trabalho, dado os muitos afazeres que o tomavam naquele momento.
OJSr. Dr. Luís Filipe Rodrigues de Faria, encontra- -se na Presidência Municipal há 2 anos e meio, tendo já ligado ao seu nome a bastantes obras de vulto, e a laboriosa gente da linda praia da N a z a r é , ainda muito tem a esperar, duma pessoa que não sendo natural fdesta ‘Praia, a ela tem dedicado todo o seu esforço, saber e carinho.
Ao ter conhecimento que procurávamos entrevistá-lo, sendo contrário a entrevistas, tentou fugir ao lápis aguçado sobre o bloco, D izemos tentou, p o r q u e á curta'entrevista'surgiu]mais
passam esquec i d as:
Ol h a a mulher do L a c r á i a /Que n ã o c h o r a v a por manha,I Não chorava p ’ 1 a traineira, /C h o r a v ap’ la sua companha.
Com estas e outras quadras vão exprimindo e demonstrando todas as gamas dos seus sentimentos: invejas, ciumes, amores. E, facto interessante, s e n d o ricos em improviso não o são contudo e m criações musicais, pois que a forma musical é extraída do folclore português.
Têm também os pescadores as suas canções do mar, canções de trabalho que são cantadas no ritmo do Velho fado.
Este mote assim Ponho a Serra ao Suberco, Vou pescar com todo o mar, As pescadas da «Cruínha», Vêm à luz do luar.
Assim, o folclore nazáreno é cheio é rico de interesse. Não demonstra frivolidades antes uma íuga da realidade, provada pela alegria e vivacidade dos seus cantares, sendo as suas danças preferidas t a m b é m mexidas e alegres. A dança de roda e os Viras são bem o exemplo. Têm graça e harmonia. São consequência da sua originalidade e da sua firme personalidade.
— Sr. Dr., como calculo, principalmente em terras de grande movimento, tem tido V. Ex.a dificuldades grandes ?
— Imensas, como vocé diz calcular, A falta de fundos sobretudo, pois que quando tomei conta do cargo, existiam muitas dívidas que se tiveram de satisfazer.
No campo das aspirações, Sr. Presidente. Imensas por certo, não é assim ?
— Entre tantas, posso citar as de maior necessidade. A conclusão da rede de esgotos, o mercado, a lota e a avenida frente ao mar, desde o Norte à Foz. Outra grande necessidade era um bom Hotel de Turismo. Cremos que o S. N. I. vai construir uma Pousada, embora seja um passo em frente será imprescindível o hotel.
Acha V. Ex.a Sr. Dr., que tem de ano para ano aumentado a afluência de turistas para a época balnear ?
— Sim, sem dúvida. Há 20 anos a média estatística
5 Poeta por- tuguSftàm, a Nazaré:
«B Jazaré é na y' ®de um |ug3la r a v i-Ihosí j t a r v i s t oda qu lo Sítio , tenn sentido corf a? te|m noutfsia por- fugè
n torgà
0 \ jrande escrito'1 da N a zaré
iS to c o majrf* ^ e n t oeSta lu©na e de"f 'V||a q Ueé gf te.
EJ |Jtas re- coA ® m a r a - vilfj me
^ é r ic o P^ ® esta das P ondas,daÀ P s o -n tf C ' V 6 r nlrr>emó- r\a\
aP°ntavj| visitantes, sendo a;fmédia apro- ximadaj*
~~ OesiLe v o l t a ratraz, Dilsidades há P°uco a; iadas, algumas há i yias de iniciação? ¥
—VaJ .A Nazaré é un> cofie 3.* classe te>N uniLiento de 3-ooo.ooáque é pouco para 0 «carecemos.Contudo.femos 0 mercado, s: Participaçãodo E s t ;jue será edificado naljda da Foz. TarnbéE os olhos voltados pan a,que se impõe neces fenholutado àrduame: lo Plano de Urbanb; e espero por todo est! ; Há pouco esqueci-: ir a aspiração supremiMstrução do Porto i brigo. Será constelo Governo, pois qu; iu montante como é prever não pode s ; : k o por nós. Tenho a ficção de que mais tarp mais 'cedo,
em amena conversa, do que de carácter jornalístico.
Um dos m aiores poetas de Portugal fala da N a z a ré :
« N a z a r é , e n l e v o d e a r t i s t a s , p a r a í s o d e p i n t o r e s — e v i l a t r á g i c a a c u j a c l a s s e m a r í t i m a é c a d a v e z m a i s u r g e n t e a c u d i r » .
A fo n s o L o p e s V ie ira
i^oorigues de fariada Nazaré
do seu Município
PAISAGEMTinha uns olhos claros e
uma boca pequenina, tão pequenina que mais parecia a de uma criança.
Usava saia de cscocès, toda às pregas, bem vincadas.
Era a Maria-dosolhos- -d'Agua, a das cantigas de amor.
Como todas as Marias, um dia arranjou o seu homem e o seu homem, um dia o mar o levou.
Agora a Maria-dos-olhos- - d’Agua jà se esqueceu de vincar as pregas de escocês e os seus olhos secaram de tantas lágrimas chorar.
A Rosa da Joana encheu a praia de gritos.
E mostrou a todo o mundo as nódoas negras nos braços.
Disse que ele era um malvado, filh o de ruins famílias que não queria trabalhos e só sabia beber.
O mulherio juntou-se, fe z roda e comentou.
A rua chegou a ser um imenso mar de gente.
A Rosa da Joana, à janela, ainda gritou mais alto.
Rasgou a blusa já rota, arrancou muitos cabelos, je z traços de sangue no rosto.
Ele, o Toino da Amélia, já nem pode ouvir mais nada.
Sentado no chão cisma na p or c a da vida.
Mas que Jez ele à mulher?
D eu-lhe
estaà^[
co$vilj*
$da*dasnh*
ria*
es- Na-
ta c o m a;rr« ' ^ e n t o
u?na ' ila q u e f fé. HUe
'"tas re - f^ ara-
q.u© m e ,eê r ic or e s t a
f lSo-_yive m ^ e rn ó -
jornal semanário e de província. Espero continuem com essas saídas simpáticas, porque elas são em todo o sector o porta-voz dos nossos lugares e das nossas carências.
— Muito agradecido a V. Ex. Sr. Presidente, e fazemos os mais ardentes votos de uma Nazaré sempre típica, sempre bela e que em breve veja os seus sonhos realizados.
Partimos certos de que a Nazaré, embora no início de completa renovação, pois que o p r o g r e s s o assim o obriga, embora certos factos não s e j a m ainda compreendidos, esta mais bela e característica praia de Portugal, possui um Presidente firme e consciencioso, capaz de a elevar ainda, bem mais alto.
um m u r ro? M a s q u e t em isso ?
Não é ela m a l c r i a da ?
Porca ia vida.
A Rosa da Joana cansou.
Cansou e os gritos morreram,
U mulherio desandou vagarosamente, v ag ar os a mente. . .
Olharam-se furiosos. Porca da vida !
Quis ir ao mar e partiu.Tinha já os braços can
sados e força, nem para remar.
Mas quiz ir ao mar e partiu.
Há sessenta anos que tinha a barba ensalmourada e os olhos já não podiam devassar águas do mar.
Mas quiz ir ao mar e partiu.
Partiu e embebedou-se na maresia sedutora.
Encheu os pulmões mirrados do ar que vinha da rocha e quiz dominar as ondas-
Mas os olhos já não viam.Ficou para não voltar.
Aníbal Piló
aP°ntav; L visitantes, sendo a* bédia apro-xiniâdâ d|
— Dei-Lje v o l t a r atraz. li Lsidades há Pouco í jtadas, algumas háflvias de iniciação?!^
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nós teremos o sonho alme jado.
— Creio que o tempo tudo trará a esta simpática terra, tanto em compensação do esforço d i s p e n d i d o por V. Ex.a, como para gáudio dos seus naturais, que nascidos numa terra bafejada pela natureza, saberão colaborar com a sua câmara.
— Sr. Dr., sei quanto lhe 6 precioso o tempo, e não o quero roubar mais. Apenas para terminar, a impressão de V. Ex.a, quanto à nossa iniciativa em visitarmos a Nazaré bem como a opinião que tem do nosso jornal.
— Penso que esta vossa v isita tão simpática, à galante Nazaré, se deve em parte à visita primeiramente do nosso Rancho «Tá-mar». Ela é na verdade simpática, embora contudo seja para si difícil, pois que se trata de um m e i ó p o r natureza pobre. Quanto ao v o s s o jornal, posso sem elogiar, apontá-lo com um dos. melhores que tenho visto em
0 RANCHO TÁ-MARDepois da sua exibição em Mon
tijo, cresceu-nos o interesse de visitar a Princesa Praia da Nazaré. Não fugimos à tentação de então mais de perto, podemos apreciar esse colorido, esse fulgor cantante do Rancho «Tá-Mar».
São 37 elementos aproximadamente, de rapazes e raparigas com seus trajos típicos de pescadores e peixeiras, cheios de vida.
E ’ um rancho típico e regionalista, tirando o seu reportório de músicas antigas desta praia Formado por volta de 1936, tem no seu grupo não só pescadores como operários, visto ser difícil a formação sòmente daqueles, devido ao seu trabalho do mar. Cartaz colorido da Praia da Nazaré, ele tem erguido bem longe o seu nome nas suas actuações em digressão por Portugal e Estrangeiro. Desde Madrid p o r d u a s v e z e s , onde num concurso internacional de danças típicas obteve o i.° prémio, a França e Biarritz, o Rancho «Tá- -Mar» tem sido apreciado com as mais lisonjeiras referências. Bastantes convites lhe têm sido dirigidos como do Brasil e Londres, o que bem marca sua repercussão no estrangeiro.
Subsidiado pela Comissão de T urismo da Nazaré bem como pelo SNI e a F.N.A.T. que contribuem para as despesas ao estrangeiro, 0 Rancho «Tá-Mar», luta com certas dificuldades. No entanto o carinho que lhe tem sido dispènsado, tanto pela parte directiva como por parte do público, ele continua de pé nas suas actuações, semeando o delírio por entre a assistência como há tempos numa representação regional, exibindo-se para o Congresso Internacional de Viagens cujos membros ficaram encantados.
Muito embora, com o tempo, duma maneira geral todas as nossas regiões tendam em perder o seu f o l c l o r e , 0 R a n c h o «Tá-Mar» da Nazaré, é ainda um facho aceso, que incendiará a onda adormecida de quanta beleza temos. E ’ vê-los, descalços de cero- las e camisas axadresadas, faixa e barrete e elas, oito, nove, onze saias, blusa fina e avental e chapéu redondo com um pom-pom, posto a preceito sobre 0 lenço. Em rodas, viras, corridinhos, imprimem toda a donaidade da sua terra, batendo as palmas, batendo 0 pé, rodando as saias, que de tantas, se desfolham como um livro
que deixa ler a história mais bela das praias de Portugal.
Os seus cantares, a sua coreografia, tem qualquer coisa de estranho que na sua dolência ou na vivacidade, nos deixa espreitar o que de verdadeiro é a vida do pescador, cantares simples, «Camisa riscadinha», «Vira da N a z a r é » «Corridinho remexido», «Não vás ao mar Tonho», em que ela suplicante pede que não se meta ao mar traiçoeiro que está bravo; uma história simples de pescadores de alma sã, que não resistimos à tentação de trazer às nossas colunas:
Não vás ao mar 1 T onho
Podes morrer >T onhoFico sem ti jT onho
iA i Tonho, Tonho Tão mal estimado és A i Tonho, Tonho Nem umas meias tens p’ros pés
Adeus Mana Que eu vou p ’ró mar Buscar sardinha P ’ra seres Rainha
Ela è fresquinha E como a prata Não tenhas medo Que 0 mar não mata.
Colóquio de amor, que com a graça do bailado, como todas as outras, nos prende, cativa e nos diz que ao menos na Praia da Nazaré, ainda há o típico, ainda se canta à moda portuguesa.
A Maria Laura e o Jo sé Isaac, dois com ponentes do Rancho. . . falaram ao nosso jornal. A
Maria Laura Grilo, é uma moça de 17 anos e está no Rancho há 2 meses. Sempre gaiata, risonha nos seus olhos vivos, mão à cinta, um pouco ofegante após o ensaio, te- mo-la aqui junto a nós na sua fala cantante:
— Ouve lá; com o Rancho a que terras já foste?
— Muitas.— Cartaxo, Vila Moreira, e . . .
Montijo.— Ao falar em Montijo riu-se,
olhou para as companheiras e acabou por dizer.
— Gostei muito de Montijo é uma linda terra.
— Então escuta-me, de que gostaste mais nesta vila, Maria Laura ?
(Conlinua na página 11)
A PROVINCIA 4-8-955
D E S P O R T OGrupo Desportivo «Os Nazarenos»
0 Desporto flazareno vive mal
mas com possibilidades para se erguer
C LU B ES P O P U L A R E S
O desporto na Nazaré é representado pela sua única agremiação o Grupo Desportivo «Os Nazarenos».Embora com diliculdade, ele tem dentro das possibilidades conseguido enfrentar as más horas que surgem em clubes pequenos.
No entanto, apesar das dificuldades, desejariam muitos clubes ter as suas condições de sede, com sala de jogos e todo o conforto necessário aos seus associados.
Não passámos indiferentes pela sua sede, e aí tentámos ouvir o seu Presidente sr. Crespim Augusto Medeiros.
— Sr. Presidente, desde que ano existe o actual Grupo Desportivo os Nazarenos?
— Desde 1925 salvo erro. Dedicando-se apenas ao Futebol. No entanto, contamos manter mais umas modalidades além desta.
— A vossa equipa é . ..— E’ calção branco e ca
misola preta e branca, com o distintivo encimado por uma àguia, poisada sobre uma bola, cortada pelas iniciais a vermelho.
— Deve ser uma equipa vistosa em campo. E, torneios em que tem comparticipado ?
— Em alguns, tem aqui o armário dos nossos tro- féus. São poucos. Mas queremos-lhe muito. Estamos na i.a Divisão Distrital.
— E condições de preparação de elementos ?
— Andamos em negociações com um treinador, e possuímos um campo de j o g o s , aguardando um subsídio prometido p e l a Direcção Geral de Educação Física Saúde e Desporto Escolar para o seu arranjo. Não temos grandes aspirações, apenas manter o nome do nosso clube e desde que todos compreendam a nossa missão, não será difícil.
— Quer dizer tem tido grandes dificuldades.
— Sim inúmeras. Tanto por parte dos jogadores, como da nossa massa associativa. Se bem que nos regozijemos, r e g i s t a n d o o
bom acolhimento e apoio dado por parte das autoridades administrativas.
— Os elementos que possuem são profissionais ?
— Não, nem tinhamos condições para tal. Puro amadorismo.
— A direcção do Grupo Desportivo os Nazareuos, é com posta...
— ...pelos srs. Júdice Rosa Isaac, secretário; Emídio
futebol em GrândoleMão quiseram o s diri
gentes desportivos d e s t a simpática vila deixar d e proporcionar aos seus habitantes e adeptos do futebol, um encontro. P o r motivo da época já ter terminado não poude a organização Montijense apresentar o seu melhor, procurando englobar na formação para preencher as falhas, elementos, os quais sonham com um futuro risonho.
A caravana Montijense principiou por ser prince- pescamente recebida na sede do C. D. Grandolense, onde nos foi oferecido um finíssimo Copo de Água, tendo usado da palavra o seu mui digno dirigente sr. José V ieira que, com palavras de agradecimento se dirigiu às pessoas que desinteressadamente têm colaborado nos festejos levados a efeito pela c o l e c t i v i d a d e , para depois se dirigir aos representantes Montijenses agradecendo a maneira gentil como corresponderam aos seus desejos, para que a deslocação fosse um facto. Coube-nos a vez e, por palavras simples e despreten- ciosas, procuramos agradecer a tão grande manifestação de amabilidade e cor- tezia.
Seguiu-se o e n c o n t r o tendo as equipas formado com :
Grandolense: — S a n t a n a (Lauriano); Beja ( S i l v a ) , Rui x.° e Alfredo (Ribeiro);
Heitor e Libanio (Virgoli- no); Canhão, Paiva Diogo, Rui 2.0 e Gameiro (Regi- naldo).
Monti jo' . R o d r i g u e s ; J. Luís, Cartaxo e Cacheirinha ; Neto i.° e Serralha; Ernesto, J. Ma r i a , Raúl (M. Luís), J. Paulo e Neto2.° (Raul).
Dirigiu a partida o ex-• grande futebolistas algarvio João dos Santos.
Nas equipas era notória algumas gorduras principalmente na equipa Montijense mas, a sua maior perfeição técnica, pode sem grande esforço construir um resultado que não desprestigia em nada aos seus pergaminhos. -• Na e q u i p a Grandolense onde actuam elementos que prometem, distinguiram-se Sa nt a na , Heitor, Rui i.° e Rui 2.' todos os outros pela sua abnegação e correcção, são dignos dos maiores elogios.
0 primeiro tempo findou com um bom golo apontado por Raul para no segundo por intermédio de J. Paulo, J. Luís de livre e M. Luís estabelecerem um resultado final de 4-0 A defesa e médios bem, os avançados Raul e Ernesto secundaram-os.
Seguiu-se um baile em honra dos visitantes, que teve lugar numa dependência do Grémio, que se prolongou até de madrugada.— A Fernando Gamito um muito obrigado, extensivo
Vasco da Gama f . Clube
Barbosa, Tesoureiro; A lfredo Graça Ferreira e José Vigia Polacos, vogais.
Tinhamos chegado ao final. Depois das palavras amáveis que o sr. Crespim Augusto Medeiros dirigiu ao nosso jornal, partimos fazendo votos por um Grupo cada vez maior, a bem do desporto Nazareno, pois que este é hoje em todos os lo cais necessário para o desenvolvimento da gente moça.
Outro dou «grandes» clubes populares de Montijo é sem dúvida o Vasco d a Gama. Clube fundado em 1 de Janeiro de 1952 bem cedo conquist ai lugar de destaque, entre os s e u s com panheiros « p o p u lares».
Im punlia-se portanto p e l a voz do seu presidente o sr. António Correia Victor fosse dado aconhecera todos aqueles qve se interessam por estas « coisas» da bola, um pouco da sua história.
O Vasco da Gama fo i fu n dado. .. começou por uos dizer o sr. António V icto r ... por um grupo de rapazes que se dispuzeram a form ar nm clube que em parceirasse c o m o s outros já existentes, e que p ro curasse dnr bom n o m e ao Montijo. E como a «união fa z a fo ça» o Vasco da Gam a é jà hoje uma realidade.
— Como nasceu a ideia de denominar o vosso clube com o nom e de Vasco da Gama?
— O nome de Vasco da Gama fo i dado ao novo clube não sò como preito de homenagem ao grande descobridor marítim o português, como tam bém por anologia dentro das nossas po ssib ilid a des serm os os descobridores de novos valores para o desporto local. Além disso quisem os ainda tomar o nome d e u m d o s m aiores clubes do Rrasil que tem conquistado fam a n o m u n d o inteiro, pa ra serm os os leais com petidores de um outro clube popular que tem também um nome brasileiro.
— Mos . . . desenvolva-nos o que puder sobre a vida d o c lu b e ...
— Começámos com poucos sócios, m as hoje contam-se por algum as dezenas. De prin cipio tivemos im ensas dificuldades, m a s felizm eute apareceram am igos dedicados que c o n -
S o c ie d a d e C o lu m b ó fila d e M ontijo
M a p a d e C l a s s i f i c a ç õ e sM iranda d o f b r o o M onti jo — 2 / 7 / 5 5
V ic t o r M . M . V ie g a s , 1 .° , 6.° e1 0 . ° ; F r a n c is c o J e s u s d a S i lv a , 2 ° ; F r a n c is c o J o s é V ie g a s e C a s tr o , 3 .° , 1 5 .° , 2 5 .° , 2 6 .° , 2 8 .° e 2 9 .° ; C r is t ia n o J o s é M o r e ir a , 4 ,° e 1 8 .° ; A ld e m ir o E d u a r d o B o r g e s , 5 .° , 13." e 2 3 . ° ; J o ã o T e o d o r o da S i lv a , 7 . ° e 1 4 ; D io g o M e n d o n ç a T a v a r e s ,8.°, 9 .° , 1 2 .° e 27. ° ; R o s e n d o da S i lv a S a m o r e n o , 11.**, 1 6 .° , 2 2 .° e 2 4 . ° ; E d u a rd o d o s S a n to s B a e ta , 1 7 . , 1 9 . ° ; J o s é C o r r e ia L e i t e , 2 0 .° e 21.» .
aos restantes membros directivos. pelas atenções dispensadas.
J . C .
por Amândio Joséfiaram n o singram ento do clube e que generosam ente nos em prestaram dinheiro para a. com pra do prim eiro equipamento. Hoje felizm ente eom a ajuda e boa vontade de todos os nossos associados já pode- mos não sò satisfazer essas dividas como também efectuar a com pra de um equipamento totalmente novo e alugar uma casa que serve ao m e s m o tempo de sede e arrecadação de equipamentos.
— N< sta cruzada quer distinguir alguns nom es?
— Dentro de todos os nossos am igos não queremos deixar de assinalar o nome de um dos nossos sócios que muito tem cont ribuido]para o engrandecim ento do nosso clube, trata-se de Josè de Sousa Martins. Junto é p ois que se mencione o seu nome, sem contude deixar passar em claro pela nossa mente, outros nomes de sócios am igos que também muito têm contribuído na medida das suas posses e m pról do clube.
A todos eles estamos muito agradecidos porque assim o Vasco da Gama será uma certeza.
— M ais algum a coisa ?— Sim . Antes de terminar
queremos agradecer «A Provincia» a oportunidade que nos deu de poderm os m ostrar um pouco da vida do nosso clube, e ao mesmo tempo desejar as m iiores prosperidades ao jornal que è porta-voz dos interesses de Montijo.
rmãos fábregasImpossibilitados de se des
pedirem, pessoalmente, de todos os seus amigos e admiradores, pediram-nos os simpáticos futebolistas do C. D. M . que apresentássemos as suas saudações e agradeces- sernos através do nosso jornal, as inúmeras provas de consideração e estima de que foram alvos.
Aqui deixamos gostosamente a local e formulamos votos dumas merecidas férias ein Espanha.
Como é do domínio público, o jogador António Fábregas será o treinador das equipas do C. D. M . na próxima época, conforme contrato já assinado com a Direcção do clube.
Aproveitamos para formular as melhores felicidades no espinhoso cargo que vai desempenhar.
G R A N D E S O R M f l Z f N SProgresso
III DE III
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Aconteceu com MIGUEL ANGELO...
Q u and o M ig u e l A n g e lo , im o r ta l artista i ta lia n o a c a b o u de p in ta r o seu c e le b é r r im o p a in e l «Juizo Final», h o u v e um c a r d e a l q u e c r itica n d o à s p e r a m e n te a n u d e z a das f ig u ra s r e p r e s e n ta d a s , d is s e ao P a p a :
— « E s s e tr a b a lh o , S a n tid a d e , é m ais p ró p rio p a ra u m a ta b e r n a d o que; p ara u m a c a p e la » .
0 P ap a a t e n d e n d o o r o g o . quando se e n c o n tr o u c o m o a u to r de « P ie tá » , s u g e r iu - lh e q u e fo sse m as im a g e n s c o b e r t a s p o r u n s p a n e - ja m en to s .
Mas M ig u e l, c u jo g é n io n ã o to le rava c o n s e lh o s d e s ta e s p é c ie , r e s pondeu i m e d i a t a m e n t e n e » te s term os, m u ito « s u i g e n e r is » ;
— T r a te S u a S a n tid a d e d as a l.n a s dos h o m e n s e d e ix e -m e t r a t a r d o s corpos.
Larápio e a sua etimologia
L a r á p io — p a a v r a s im p le s q u e na g e n e ra lid a d e s ig n i f ic a g a tu n o v u lgar, de p o u ca m o n ta — se g u n d o se diz tem u m a e t im o lo g ia d e v e r a s in te re ssa n te .
Há s é c u lo s , h a v ia e m R o m a um antigo m a g is tr a d o d e n o m e L u c iu s A n tón iu s K ulTos A p iu s , q u e f r e q u e n te m e n te se a s s i n a v a p o r L . A. l í . A p iu s . O ra , p a r e c e q u e por o d ito s e n h o r n ã o t e r lá u m co m p o rta m en to m u ito e x e m p la r , o povo c o m e ç o u a d a r o se u n o m e , aos qu e d aí em d ia n te p ro c e d e s s e m com o e le . L e g o u , d e s te m o d o . a o s seus su c e s s o re s o te r m o « L a r á p iu s » , que ve io a d a r em p o r tu g u ê s o actual larápio.
E Três PensamentosS e ja m as m e m ó ria s da p á tr ia q u e
t iv e m o s , o a n jo d e D eu s q u e n o s r e v o g u e a e n e r g ia s o c ia l e a o s s a n to s a fe c to s da n a c io n a lid a d e .
A lexan dre Herculano
Q u e m p e rd e u h o n r a p e lo n e g ó c io , p erd ,; o n e g ó c io m a is a h o n r a .
Conde de Vim ioso# # #
T e m o a q u e le s q u e se a b o r r e c e m s ó z in h o s ; n ão pod e fa z e r b o a c o m p a n h ia a o s o u tr o s , q u e m n ã o a faz a M m e sm o .
Sully Prudhom m e
Já lhe tinham dito q u e . , .
— H itle r , e r a v e g e ta r ia n o d e sd e 1933 , e q u e a n te s d isso c o m ia m u ita c a r n e , em e s p e c ia l d e p o r c o .
— O s in s tr u m e n t o s d e c o r te p e r d e m a su a tê m p e ra s e se m a n t iv e re m in u ito te m p o e x p o s to s ao s o l .
— C h u r c h i l l , g a n h o u u m « P r é m io N o b e l» d e L i te r a tu r a .
Um a das ovelhas
Responda você
lima Quadra . . .As m in h a s p e n a s n ã o são Iguais às d as a v e z in h a s .Que as p en as d ão g r a ç a à s a v e s E eu p e rc o a g r a ç a c o ’as m i n h a s !
Manuel de Sousa Campos
U m d ia , A m u d sen fa m o so e x p lo r a d o r d o s p o io s fo i c o n v id a d o a a s s i s t i r a u m a r e c e p ç ã o n a A lta S o c ie d a d e . O e x p lo r a d o r te v e q u e r e s p o n d e r , p o r d e lic a d e z a , a to d a s as p e r g u n ta s , q u e lh e fa z ia m , d e sd e as m a is in g é n u a s às m a is d is p a r a ta d a s .
A c e r t a a l tu r a , s u r g iu - lh e u m a e le g a n te s e n h o r a a p e r g u n t a r q u a l o fa c to m a is e x t r a o r d in á r io q u e lh e t in h a s u c e d id o d u r a n te as su a s e x p lo r a ç õ e s n a s re g iõ e s a n ta r c t ic a s
— A c o is a m a is e x t r a o r d in á r ia , s u c e d e u -m e q u a n d o c e r t a n o it e n o s p o io s a b a r b a m e c r e s c e u 15 c m .
— C o m o é is s o p o s s ív e l — r e p l i c o u a d a m a , m u ito c o n s c ie n te da s u a d ú v id a .
— F o i s im , m in h a s e n h o r a , l i a c r e d ita r á d e p ro n to , se eu lh e d is s e r q u e . . .
A c o n v e r s a , é b o m de v e r , n ã o f ic o u p o r a q u i . P o r é m , n ó s i n t e r r o m p e m o - la p a ra v o s i n q u i r i r ;
— Q u e m s a b e o q u e d is s e A m u d s e n ?
(Ve ja a solução ao pró ximo número)
»— O li 8 9 , o q u e é p a ra ti a
P á t r ia— A P á tr ia é a m in h a m ã e .— E tu 9 0 , o q u e é a P á t r ia ?— A p á tr ia — m e u a s p ir a n te —
é a q u i a m ã e do 89 .
Responda se sauberTeste n.° 5
1 — Q u a l é o p a ís do S o l N asc e n t e ?
2 — Q u e m d e s c o b r iu o R a io X ?3 — Q u a n ta s c ru z a d a s h o u v e ?4 — E m q u e a n o m o n -eu o E n g .J
D u a r te P a ’h e e o , e n tã o M in is tro d a s O b r a s P ú b l ic a s ?
5 — « U m m o n u m e n to é u m m eio d e t r a n s m it ir ao fu tu r o , u m a le m b r a n ç a d o p a ssa d o » . Q u em e s c r e v e u e s ta f r a s e ?
6 — Q u e é a a c u p u n t u r a ?7 — J o s é d as D o r n a s é u m p e r
s o n a g e m d e q u e l i v r o ?8 - Q u e m in v e n to u o c i n e m a ?9 — D o L iv r o « C a m in h o s F e c h a
d o s » d e G u e d e s de A m o rim , h á u m c o n to q u e j á fo i tr a n s m it id o p ela r á d io f r a n c e s a c o m a s s in a la d o e x i t o . S a b e c o m o s e c h a m a ?
10 — E m q u e c id a d e e x is t e o c é le b r e b a ir r o d e n e g r o s , c h a m a d o I l a r l e m '?
Solução do Teste n.° 41 — R o b e r t - L o u is S te v e n s o n .2 - F o i u m a s t r ó n o m o do s é c u lo
X V , q u e c r io u a T e o r ia H e lio c e n - t r i c a d o s P la n e ta s .
3 N e w c o m e n .4 — A g u s tin L a r a .5 — T o m a z E d is o n .6 — L a v o is ie r .7 — S é c u lo X I X .8 — E ’ u m a p ed ra v e n e ra d a p e lo s
m a o m e ta n o s , q u e a d iz e m v in d a do c é u .
9 — L is z t .10 —• E ’ a o m is s ã o d u m a p a la v ra
e x p r e s s a n o u tr a o ra ç ã o ou fra s e .
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P A L A V R A S C R U Z A D A SH O R IZ O N T A IS : 1 — C é le b r e a b a d ia in g le s a .
~ — T r i t u r a ; p e d ra d e m o in h o . 3 — M ato c r e s c i d o ; irm ãos d o s p a is . 4 — C a m p e ã o ; o b r o u : p o e ira 5 — C o n co rrê n c ia s . 6 — N o m e d e m u lh e r . 7 — N o m e de p eixes (p l.) . 8 — N o ta m u s ic a l ; a t r a v e s s e ; .p u ra . “ — D o e n ça n a s v ia s r e s p ir a t ó r ia s ; c h a m a r iz ( f ig ,) . 1 0 — B a tr á q u io ; g r a c e je . 11 P o e ta in g lê s .
V E R T I C A I S : 1 - O ce a n o : z a n g a is . 2 — P r e p o sição ; re la t iv o a S ia in e . 3 — R io p o r t u g u ê s ; tr i tu r e . * T r a ta m e n to q u e se dá à s p e s s o a s d e c e r ta idade ( p l . ) ; n o m e de m u lh e r , 5 — R a c h a r a ; n o ta rou sical. G — C o le c ç õ e s de im a g e n s . 7 — L a ç o ; epocas g e o ló g ic a s . 8 — R io d e P o r t u g a l ; a c r e d ita .
— P r e f ix o q u e s ig n if ic a tr ê s ; c a m a r e ir a . 10 — R e a liz e s ; f lu íd o a e r o fo r m e . 11 — R a s t e i r o s ; c a r b o nato de só d io .
Solução do problsma n. 17H O R I Z O N T A I S : 1 — C r e c y ; s a v e l . 2 — Al a ;
R ale . 3 — C . M . E . ; c o m . 4 — I l á ; m a ; u s ; vi.D R e m a te s . 6 — M o i ; a li. 7 — A s so la m . 8 — R i ;ra > a i ; v á . 9 — S i r ; r i s . 10 — A m o s ; c o r ; 11 — s o la s ; o r la s .
N E R T I G A I S : 1 — C h a m a r ia s . 2 — R a m a ; m ó . E le ; r i a ; s o l . 4 — C á ; m é ; s r ; sa . 5 — C a m isa s ,
y S ó ; i a ; 7 — M u tila r . 8 — A r : s é ; a i ; c r . 9 —’ au ; s :::;i ; ro l . 1 0 — E l ; v ir a . 11 — L e g ít im a s .
P r o l w m n I V . 0 18
fi 8 10 11
10
11
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V I I I
Os factores que condicionam o preço do porco são em toda a parte basicamente os mesmos, Existem porém ligeiras v a r i a n t e s locais devidas a diferenças de condições económicas para que tentaremos chamar a atenção do leitor no decurso deste artigo.
A primeira grande diferença a observar entre o mercado de suínos americano e o português está na forma como decorrem as operações de c o m p r a e venda.
Já vimos como nas suas linhas gerais o primeiro está organizado. Lem brarem os que enquanto nos Estados Unidos os mercados funcionam permanentemente ao longo de todo o ano em todo o t e r r i t ó r i o nacional, no nosso país as operações mais importantes são ainda feitas pelo sistema de férias periodicamente reunidas nos centros de produção mais importantes.
Só por si esta circunstância torna bastante difícil estabelecer comparações de pormenor.
Todavia existem factores comuns a todos os lugares e as leis gerais exercem a sua acção em todos os pontos do globo.
Ao ler esta linhas o leitor que se dedique à produção s u í n a encontrar-se-á por vezes em presença de muitas condições que lhe são familiares.
Não daremos nenhuma novidade se dissermos que o preço do porco resulta de dois grupos de factores. Um deles que afecta a oferta outro a procura.
O número de animais produzidos num dado ano determinado pelo número
de porcos cobertos e pela quantidade de leitões produzidos e sobreviventes à desmama porque, como se sabe nem todas as crias nascidas conseguem vingar, outros factores são o estado do tempo durante a cria, o pêso dos porcos levados para venda e as perdas devidas a moléstias.
Quanto às causas que influenciam a procura considera-se em primeiro lugar o poder de compra do consumidor, em s e g u i d a as perspectivas de exportação, os hábitos culinários das populações e o preço dos alimentos que podem ser utilizados em vez do porco para dêterminados fins tal como o emprego de oleos vegetais em substituição da banha.-
N os Estados Unidos o preço do milho tem enorme inlluência sobre a quantidade de porcos produzidos. Quando este cereal está barato aumenta o número de animais. Quando o mesmo se vende por preços elevados o produtor não se abalança a fazer criações numerosas.
A relação entre o preço do milho e o preço porque o porco é vendido é aqui conhecida p o r «corn-hog price ratio».
Esta relação exprime o número de busbels de milho (um busbel de milho é igual a 56 libras-peso) necessários p a r a se equivalerem ao preço de 100 libras de porco vivo (a libra-peso é igual a cerca de 454 gramas).
Assim uma relação «corn- -hog» de 10 significa que, o preço porque 100 libras de porco está sendo vendido, é igual ao custo de 10 busbels de milho.
( Continua)
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V a s c o da G a m a , a n te s d e e m b a r c a r p a r a a su a v ia g e m d o d e s c o b r im e n t o p a ra a ín d ia , c o m o p e r e g r in o , a í tr o c o u a c a d e ia de o u r o , q u e u sa v a n o g ib ã o , p elo c o la r d e c o n ta s , q u e a im a g e m da V ir g e m p o s s u ía a o p e s co ç o . E ao c h e g a r ao C a b o d as T o r m e n ta s , e m q u e o te m p o ra l, te n ta n d o e s fa c e la r as n a u s , fa z e n d o r a n g e r as a m a r r a s , V a sco da G a m a , a tir o u ao m a r o c o la r q u e lo g o o b ro u o m ila g r e d e o te m p o a m a in a r , p o d e n d o a ss im as n a v e s da g r a n d e e x p e d iç ã o , d o b r a r a q u e le c a b o t o r m e n to s o e e n tr a r n o O c e a n o I n d ic o .
E s t e é u m re s u m o da e x te n s a h is t ó r ia da g a la n te P r a ia da N az a ré . P o u c o 011 n ;'d a se d iz d e la ,
tã o p ro fu n d a , tã o e x t e n s a e la é . S a b e m o s a p e n a s q u e N azaré , v iv e h o je t r a n q u ila e c r e n t e n as su as
h is tó r ia s e n a s su a s le n th s .
O maior prazer do sr. Quitério era passar as tardes daquele ardente Agosto entretido na pesca: — para ele, ser pescador, era estar ali sentado n a q u e l a p e d r a grande, a linha mergulhada n’água presa na cana da índia!
Havia lá coisa m e lh or !.. .Ao cair da tarde voltava a
casa, não sem primeiro passar pela «cabana» do seu banheiro — o Zé do Leme— para lhe deixar o peixe que, dur ant e o dia, lhe sacudira a linda cana da Índia, nas mãos mimosas da sua vida de escriturário.
Jamais conheci banhista que tanto gostasse de con viver com os nossos pescad ores ! A ’ noite era com panheiro certo nas tavernas preferidas dos seus amigos do mar.
Verdade que não cheguei bem a saber se aquele con vívio era devido ao prazer de conversar com os nossos marítimos ou sòmente, ao fito especulativo de arrancar dessas conversações bagagem de conhecimentos da
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faina da pesca e de termos do seu rico e pitoresto voca bulário!
Mas, seja com o for, o certo é que o sr. Quitério Via crescer o número dos seus amigos e passou a ser conhecido por toda a co lónia marítima.
Passadas as férias o sr. Quitério voltou à sua profissão e as boas impressões que cá deixou marcavam a
sua presença nas conversas dos pescadores.
Naquele dia olhei, atentamente, a filha, do Zé do Leme — a Maria do Rosário duas lágrimasbrilhando no couto dos olhos, alongados, inquietavain-ihe a expressão ridente, moça, dos seus dezoito a n os !
Então fiquei a saber a razão porque a Maria do Rosário ia por ali e, silenciosa, de olhos longues imprecisos, se quedava a olhar aquela pedra g ra n d e .. .
Sanfos e Scusa
A G U A C A M P I L H O
O alar dos barcos é um dos trabalhos mais ca racterísticos a que os pescadores
da N azaré se entregam.
Nesta fotografia pode-se
observar um desses típicos
momentos
« c A ^ p i & a í f i e i a »
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Grande parte deste número é p r e e n c h i d o com assuntos referentes à vila e praia da Nazaré.
Muitos e bons colaboradores tivemos para este efeito e mal nos ficaria se não os apontassemos à consideração dos leitores e como p r o v a de agradecimento nosso.
Assim, muito nos honram os artigos de Aníbal Filó, José Soares, Santos e Sousa e Abel Augusto e as fotografias que gentilmente pôs à nossa disposição a Fotografia L u c y , d a q u e l a maravilhosa praia e as gravuras que o Secretariado Nacional de Informação e Cultura, mui . t o amàvelmente nos cedeu.
Só assim foi possível fazer algo que contribuísse para o prestígio e propaganda da Nazaré.
Dentro daquele espírito de colaboração e simpatia que temos encontrado por toda a parte, tem principal importância as facilidades concedidas pela Câmara Municipal, Comissão Municipal de Turismo, Rancho Ta-Mar, Casa dos Pescadores e Clube Desportivo os Nazarenos e o auxílio com que o comércio nazareno julgou oportuno favorecer-nos.
A todos profundamente reconhecidos endereçamos u m r) ui to obrigado.
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(Continuação das páginas centrais)_ Como nos receberam,
da Feira e das l uzes . ..— Quer dizer gostavas de
v o lta r a Montijo, não é assim ? .
— Ai, pois, e «hei-de» Ia v o l t a r se Deus quiser!
— Que queres tu dizer para Montijo, no nosso jornal?
Aqui a Maria Laura, quedou-se pensativa, acabando por interrogar sobre o que havia de dizer as outras que a rodeavam, ao que uma, em largos gestos d isse: Ai, Maria! que tens saudades, que «amandas» cumprimentos ! Ai, tanta co isa ...
A Maria Laura, concordou que sim, que era isso que desejava, e lá se foi saracoteando, baralhando as saias, sempre gaiata, sempre risonha na sua tez esmerecida pelo ar do mar, para dar a vez ao seu colega dos bailados, José Isaac.
Este rapaz que poucas características já tem de Nazareno, fala desempoei- rado, tem 18 anos e está no Rancho há 18 meses, bastante viajado nas exibições, Lisboa, C a r t a x o , Vila Franca, Caldas da Rainha, Vila Moreira e Montijo. Mas, bom leitor, isto, não há como pô-lo a íalar.
— Não íoi você, que em Montijo, torceu o pé ao sair do estrado?
— Fui sim senhor. A té quero agradecer ao sr- D outor e à enfermeira que me tratou.
— Bem, nós por ti, agradecemos, está bem ? Ouve cá, de que gostaste mais em Montijo?
— O acolhimento que tivemos. Nunca me exibi com tanto público. A não ser no Coliseu em Lisboa:
— Olha que talvez nem aí, basta dizer-se que a vossa exibição nas festas de Montijo, foram ao ar livre e de livre entrada num grande largo. Mesmo com o que te
(Continuação da prim eira página)
que sabem «a casados» ouvi os concertos e presenciei o s bailaricos desopilantes do povo, à desgarrada.
Trepei à Primavera, à Pederneira, a S. Bartolomeu, em tardes e paisagens que não mais esquecem.
Prolonguei-me à foz do Alcoa e à Ponte da Barca; andei de bote nas águas mansas; e fiz nos pinhais e nas margens minhas escapadas pantagruélicas.
Recriei-me, em sessões inolvidáveis, com as brigas originais das mulheres rabinas e muito realistas...
P e l a s manhãs radiosas embasbaquei na praia, sob o toldo do moreno Inácio Ma r ç a g ã o , observando o rolar da vaga e as vagas desmonstrações plásticas do momento.
Fui pescador à linha e pesquisador de lapas nos calhaus.
Fui romeiro, alpinista, banhista, serenateiro mono, prègador entusiasta, amigo dedicado.
Q u e admira, pois, que ainda h o j e continue afirmando a mesma simpatia e o critério de a considerar a praia mai s caracteristicamente praia de Portugal?
Eu te saúdo, Nazaré! Eu te saúdo, na amargura duma
sucedeu, gostavas de voltar à nossa terra?
— Gostava, e penso que para o ano lá ireinos outra vez.
— Pois sim, e porque não ? Assim também faços votos.
E estes momentos apra- síveis passados junto do mais completo e destacado Rancho português no género, tinham chegado ao fim.
Na verdade, não errámos na nossa suposição, mais de perto, ficaríamos com uma ideia melhor formada sobre o Rancho «Tá-Mar», e na verdade f i c á m o s .
saudade intensa que todo me profunda!
Terra dos meus encantos longínquos, praia das min- nhas dolorosas recordações!
Ainda agora, ao rabiscar desta desataviada peregrinação, eu recordo o Álvaro Laborinho, o colega Ascenso, o Catatau, o Brilhante, o Vieira, o Joaqui m «sem assento», o Botas, — u n s ainda vivos e outros desapa- parecidos na Eternidade , e oiço, como num búzio torturante :
— Já tem banhèro?— Minha rica amiga. . .— Que o mar ta coma !— Nau vales u m safio
nem um cação, . . ã o . .. ão.E julgo ainda que assisto,
numa noi te l uarenta de Agosto, ao debate escabroso de duas nazarenas que esbracejavam para os' céus e gritavam: ,
— O lua! O lua! Vê lá esta que nem sabe dizer «um copo de água, em francês» !
— Ó lua! Ó lua ! Vê lá esta que só conhece o peixe agulha !
Ah, meus amigos!É por es ta s e por outras
que as m ães, às Vezes, c a n tam com vontade de c h o r a r . .
Alvaro ValenteC aba O fé lia , 2 6 - 7 - 9 5 5
nF n m t f tn n ru nc
Classificação acfual corrigida1 .° — I ) . M a ria d a C o n c e iç ã o d o s S a n to s — M o n ti jo — 78 p o n to s2 .° — M a n u e l M ilitã o d e C a r v a lh o __ » __ 583 .° — T e ó f i lo M a r t in s C a ia d o __ __ 38 »4 .° — A n tó n io L u c a s C a tita __ » __ 25 »5 .° — E d u a r d o S a n to s B a e ta __ — 19 »6 .° — I íu g é n io V ie ir a B r a n c o — » — 18 »7 .° — A fo n so da S i lv a C a m p a n te — T ra m a g a l — 8 »8.» — A n tó n io S a m p a io M a r t in h o — B o m b a r r a l — 79 .° — A n tó n io C . M e s tre — S e ix a l — 6
10 .» — Á lv a r o S e r r a — M o n ti jo — 4 »>11 .° — J o s é F r a n c is c o S o a r e s M a rt in s — » — 4 »12 .° — Ja im e G o n ç a lv e s C o s m e — L is b o a — 3 »1 3 .° — E l íd io C . D io n ís io — G a n h a — 3 »1 4 .° — J o s é P u r if ic a ç ã o M o le iro P o r t im ã o — 31 5 .° — J ú l io C a r ia — S a r i lh o s G . — 3 »
...SALVO QUANDO A LUZ E
L LIMIARA LAMPADA QUE NAO ENGANA
Como prometemos vamos h o j e d a r as classificações dos concorrentes mas já devidamente rectificadas. Deu-nos um pouco de trabalho mas julgamos que ficou bem feito.
A maior parte dos concorrentes teve ba s t a nt e s «furos», e perdeu vários pontos que lhe Vêm a fazer muita falta.
Lembramos que Vamos no número 22 e no 25, terminará infalivelmente o concurso.
Contudo todos os concorrentes poderão reclamar até final do concurso, isto é, até ao número 26, sobre qualquer êrro que presumam ter havido na contagem de pontos.
Lista de alguns prémios1.° classificado — 1000$002.° » — 500$005.° * -- 250$0C4.° » — 1501005.° * - 100$006.° * — õOSOO
S e r ã o a i nda entregues muitos prémios que oportunamente anunciaremos.
Aviso importante: Os prémios só serão entregues, depois de os assinantes propostos efectuarem o pagamento das assinaturas do nosso jornal.
Condições gerais do concirno
1.° — Todos os leitores ouleitoras podem concorrer.
2.° — O concurso terá a duração de seis meses, com início em 5 de Março de 1955.
3 ’. — O concorrente que durante o prazo do concurso consiga obter o maior número de assinantes será proclamado O Campeão de «A P R O V I N C I A ».
4.° — Em alguns númerosdo nosso jornal e até fim do concurso, será indicada a classificação semanal dos primeiros dez concorrentes.
5.° — Ao concorrente proclamado Campeão de «A P R O V I N C I A » será entregue a quantia de MIL ESCUDOS.
G.° — Serão ainda contemplados com prémi os que oportunamente iremos anunciando todos os concorrentes classificados até ao 10.° lugar.
(Concorra, ainda está a tempo)
F o lh e tim d e « A P r o v í n c i a » N . ° 1 8
0 àeçredc do espelhop o r
cÂng^aitiLi J t iii iz
Um raio luminoso, estendia-se pelo corredor, conduzindo até ao quarto que era do meu avô.
~-Que se p assaria? ...Faltava-me a c o r a g e m
Para continuar o caminho.Permaneci quieto alguns
®onientos, e depois avancei lentamente de encontro â claridade.
A porta estava entreaberta, mas dentro não se °u a o mínimo ruido.
^ada me revelava a presença de um ser humano no aPosento, a não ser a luz.
Aproximei-me, então vi Qualquer coisa que me fez estremecer todo o corpo.
A°s pés da cama estava
uma forma humana, tendo na mão uma vela acesa.
Era Lucille Paradene. Não se mexia, os seus grandes olhos abertos fixavam não sei que ponto da parede. Os lábios balbuciavam quaisquer palavras, que no entanto não conseguia ouvir.
O meu primeiro impulso, foi entrar e obrigar a jovem a justificar a sua presença naquele quarto.
Mas r e f l e c t i que faria muito melhor, aguardando os acontecimentos.
Lucille Paradene dirigiu- -se em passos lentos, para junto da chaminé, depois voltando-se, caminhou para a porta da saída tão ràpida-
mente, que tive num salto ágil que me esconder rapidamente num recanto do corredor. Um segundo depois ela passava com a vela apagada.
A porta havia sido fechada sem barulho e os seus passos eram leves.
Tão leves que, só a deslocação do vento, me deu a perceber, que passava junto de mim.
— Que iria fazer a misteriosa jovem ao quarto de meu avô ?. . .
Felicitei-me interiormente de não haver revelado a minha presença, pois que pelo caminho que as coisas tomavam devia per certo descobrir o segredo da minha hóspede.
Sem me desviar do meu lugar, vi no fundo do corredor brilhar um fósforo. Lucille Paradene, não havia entrado no seu quarto — descia a escada.
Segui-a sem fazer o menor ruído, esperando que me seria possível descobrir
qual a direcção que tomava.Ao chegar ao átrio veri
fiquei surpreendido que a jovem havia aberto a porta de entrada e saíra para a estrada.
Espreitei.Tudo estava tranquilo. O
luar brilhava formosamente sobre os telhados cobertos de neve.
Olhei em redor. Mas nada vi.
Lucille Paradene t i n h a desaparecido! . . .
Depois de uns momentos, atentei melhor no caminho, e descobri por entre a neve, as marcas distintas de seus sapatos.
Essa pista conduzia até uma porta de serviço nas trazeiras do jardim.
Recordei-me então que «Mister» G e r ma n , havia trazido a q u e l e caminho quando me visitou.
Mas era quase que impossível julgar que a jovem tivesse seguido naquela direcção ! . . .
No entanto corri nessa
direcção, e ao transpor a porta, não pude deixar de soltar uma e x c l a m a ç ã o surda.
A lua iluminava o tapete branco que se estendia na minha frente, e ao longe uma forma negra, acabava de desaparecer torneando a colina que dominava o vale.
Não podia crer nos meus olhos, mas agora nenhuma dúvida era possível
Lucille Paradene dirigia- -se para Falcon Lodge.
Durante bastante tempo fiquei encostado ao muro, preso de viva excitação.
Se aquela mulher, tinha partido para se encontrar corn «Mister» German que nova combinação se prepararia ?
Confirmavam-se afinal as minhas primeiras suspeitas ? ! . . .
( Continua)
4 - 8 - 9 5 5 ▲ PROVINCIA 12
A Casa dos Pescadores da Nazaré sob a presidência do 1.° Tenente S r. M anuel M ateus da Cunha Chagas tem sido dentro do cam po que lhe está destinado o apoio em todos os sentido de vida do pequeno e grande pescad or desta lab orio sa v ila. L ançando a mão aos m ais necessitados, ela tem conseguido que a vida não pare por fa lta de au xilio .
E assim , no cam po da A ssistência a C asa dos P escad ores da Nazaré, tem tirocurado m anter tudo quanto vinha sendo fe ito aos pescadores e suas fam ílias. Neste capítulo de Assistên cia , é in teressan te d estacar a lgu m as rú b ricas que retiram os do R elatório de contas desta sim pática casa
Em 1953 : — M aterial de pensos, 39.340S00; m edicam entos e apósitos, 177.849$00 ; c a n t i n a s esco lares, 40.079$00 ; P osto de P u ericu ltu ra , 26.678$00.
Em 1954: — M aterial de pensos, 8I.700$00; m edicam entos e apòsitos, 140.548$00; c a n t i n a s esco lares, 5í).429$u0 ; Posto de P u ericu ltu ra, 20.55'd$C0.
A 8 d iferenças que apresentam os em «M aterial de pensos» e «Medicam entos e Apòsitos» são referid os à co m p articip ação dos sócios pela aqu isição dos m edicam entos e não a um a m aior restrição de assistên cia . P o r outro lado, o aum ento de d esp esas na ru brica «Cantinas E sco lares» é devida ao facto de terem m elhorado as re fe ições fornecidas aos alu nos da E sco ia de P esca e às alunas da Casa de Trabalho, au m ento do núm ero de pescadores considerados inválidos a quem fo ram fornecid as sopas d iariam ente e ao subsídio concedido à C antina das E sco las P rim árias frequentadas na sua m aioria , por filhos de pescad ores.
Com a sua farm ácia p rivativa, esta in stitu ição tem grandem ente contribu ído com a assistên cia , sendo de en a ltecer o considerável aum ento de serv iços prestados pelos m édicos da casa que, de 24.176 em 1953, p assaram em 1954 para 31.905. Foi este aum ento verificado p rincipalm ente em aplicação de in jecções e tratam en tos que foi, em relacção ao ano de 1955, de 5.048 e 2.745, re spectivam ente. Nem todos os m edicam entos são vendidos, m as sim fornecid os gratu itam ente aos sócios e su as fam ílias. — Em bora que a D irecção se v isse obrigada a delib era r que os sócios pagassem 25% no cu sto dos m e d i c a m e n t o s , m uitas vezes a uma parte deles é n ecessário p restar au xilio , fo rn ecendo-lhes a crédito esses m esm os m edicam entos, sem o qual seriam suas m u lheres e filhos privados do ind ispensável tratam ento.
D entro da Acção Social é de en al
tecer a E sco la de P esca, que m inistra instru ção adequada a filhos de pescadores desta V ila , que no ano findo foi de 29, dos quais 13 te rm inaram o cu rso , com 10 aprovações e 3 rep rovações, tendo passado os restan tes 16 do 1.® para o 2.° ano e sendo adm itidos m ais 10 para frequentarem o I.° ano. A Casa de T rabalho com a frequ ência de 20 ra p a rigas todas filh as de pescadores sócios da casa, continua em laboração . Uma Escola P rim ária Nocturna para adultos. C reche Posto de Puericu ltu ra, instalado em casas do Bairro, aguardando a construção de um edifício própi’io para lhes ser dada nova orientação e m ais larga a ctuação. O Rancho F olclórico In fantil que esta casa organizou há anos e à fren te do qu al, se tem en co n trado a Sr.a D. M aria do Carmo Rita B arros, m antendo a ju sta fam a do m elhor rancho infantil da região, exibindo-se em v árias te rra s do pais para gáudio de muitas entidades que v isiteram P ortu gal, destacando-se en tre as suas ex ib ições a que efectuou em 24 de Maio no Caste lo de S. Jo rg e , para Suas E x ce lên cias os srs. m inistros da m arinha e da guerra espanhola.
N outras activ idades de destaque, são de sa lien tar a secção de venda- gem , a Alagem M ecânica de Em barcações — organizado o sistem a d iferente do usado desde os prim eiros dias, qu ase em que com eçou a p escar-se na Nazaré e can sistia na utilização de ju n ta s de bois. Em bora ainda se pratique esta m odalidade em m enos e sc tla , fo i dada a concessão exclu siva por 10 anos, a um indivíduo que montou este serviço com tractores, reservand o para a C. P. N. a percentagem de 15°/0 da receita líquida.
Eis a traço s la rg o s o que é a obra valiosa da Casa dos P escadores da Nazaré.
S S T E núm ero dedicam o-lo â Nazaré — terra que deixou em M ontijo, com a visita do
R ancho Tà-M ar um bom motivo de propa gan da e am izade.
Chamamos a atenção dos leitores p a ra as reportagens e entrevistas d o nosso R e d a c t o r M u n o d e M e n e z e s , insertas nas páginas centrais e nesta p á gina.
Tam bém querem os sa lien ta r de uma m aneira muito especial o artigo de A l v a r o V a l e n t e —ilustre escritor e jornalista que desde a prim eira hora nos tem honrado com a sua colaboração.
Qlazait A R A I N H A das praias de Portugal
«Nós, os pescadores da Nazaré, oferecemos-te a nossa terra e o nosso mar.
Oferecemos te os nossos cos- tu-nes, as nossas lendas, as nossas tragédias.
Por algo nos procuram os poetas, os músicos, os escritores e os pintores».
A lin d a e g a la n te P r a ia da N a z a ré , é d is t r ib u íd a p o r tr ê s n ú c le o s p o p u la c io n a is q u e sã o : P r a ia o u N a z a ré , P e d e r n e ir a e S í t io . P o r v o lta d o s é c u lo X V I I I , p o n d o a d e s c o b e r to as te r r a s o n d e h o je se e r g u e a P r a ia . S ã o de 1 6 4 3 as p r i m e ir a s r e fe r e n c ia s da P r a ia da N a z a ré , te n d o j á e m 1 8 7 0 c o n s id e ra d o d e s e n v o lv im e n to p e s - c a tó r io , e x is t in d o 58 c a b a n a s p a ra a r r e c a d a ç ã o d e a p a r e lh o s de p e s c a . E m p r in c íp io s d o s é c u lo X I X , s ò m e n te e r a m
P E N S Ã O - R E S T A U R A N T E
! l i o ||
Q U A R T O S SIMPLESCOM
Agua corrente, quente e fria
Q U A R T O S
C O M C A S A DE B A N H O
R I B f l í D A RA B E R T O T O D O O A N O
Bom serviço de cozinha Ementas regionais
M A R I S C O S
C A L D E I R A D A S
On Parle Français English Spoken
Avenida da República
h a b ita d o s os lo c a is d e P e d e r n e ir a e S í t io . C o m o P r a ia de b a n h o s , e la c o m e ç o u a s e r c o n h e c id a m a is ta r d e .
P o r q u a lq u e r p r o v á v e l a c i d e n te g e o g r á f ic o d o s m a is c u r io s o s , n o d e c o r r e r d o s é c u lo X V I I I , v e r i f i c o u - s e u m a ç o - re a m e n to m a c iç o , o v a le s u b m a r in o da N a z a ré , p ro fu n d a d e p re s s ã o q u e te m in íc io ju n t o da c o s ta a c tu a l e q u e é c o n s i d e ra d a d a s m a io r e s p r o fu n d id ad es d o A t lâ n t ic o E u r o p e u , c o m u m a p ro fu n d id a d a a p r ó - x im a d a d e 1.000 m e tr o s .
O p o v o a d o m a is a n t ig o é o da P e d e r n e ir a , d e n o m in a d o a n t e s de S e n o P t t r o n e r o Ig o lfo da P e d e r n e ir a ) . N o s é c u lo X I I I o s p e s c a d o re s da P e d e r n e ir a c o n s t i tu ia m j á u m n ú c le o d e s ta c a d o , e le v a n d o as su a s v ia g e n s a té à s c o s ta s a lg a r v ia s . A f u n d a ç ã o d o c e n tr o p o p u la c io n a l do S í t io d a N a z a ré , e s tá e m ín t im a r e la ç ã o c o m a le n d a da N . S .a da N a z a ré e a d e s c o b e r t a da im a g e m .
A im a g e m tr a z id a d e E s p a n h a e m 714 e s te v e e s c o n d id a d u ra n te 468 a n o s n a s r o c h a s d o p r o m o n tó r io , c o m e ç a n d o a r e c e b e r a s h o m e n a g e n s d o p o v o d e sd e 1182.
U n s p a s to r e s d e s c o b r ir a m n a s u a la p a , a im a g e m d a S e n h o r a . D . F u a s R o u p in h o , f id a lg o , a lc a id e d o P o r to d e M ó s e o p r im e ir o a lm ir a n te p o r tu g u ê s , e r a g r a n d e a f ic io - n a d o da c a ç a , p e r c o r r e n d o d iv e r s a s v e z e s a r e g iã o do S í t io q u e o u t r o r a f o i u m a m a ta s e r ra d a . A í, d e u c o m o a c h a d o da im a g e m , e d e p o is d e a v e n e r a r v á r io s d ia s a li v o lto u a p r e s t a r - lh e c u lto . C e r to d ia , a n d a n d o à c a ç a se m o lh a r o c a m in h o , g a lo p a v a a tr a z d e u m v e a d o , q u e p e r d id o n a su a c a r r e ir a se d e s p e n h a n o m a r . O a lc a id e do P o r to d e M ó s, a p e n a s o lh o u o p e r i g o ao v e r -s e s o b r e o p e n e d o c o s te ir o d o S í t io , e ao fu n d o a g r a n d e a ltu r a o m a r r u g in d o te m e r o s o . A flito n u m a s u p lic a a c o d e - - l h e a im a g e m d a S e n h o r a da N a z a ré , e lo g o o c a v a lo e s ta c a , f ic a n d o c o m a s p a ta s t r a s e ir a s a p o ia d a s n o p e n e d o e as m ã o s n o a r s o b r e o a b is m o . E s ta v a sa lv o ; b o m c a v a le ir o , fá c i l lh e fo i d a r u m a v o lta e p ô r o c a
v a lo a p is a r ro c h e d o firme. E m a c ç ã o d e g r a ç a s , o nobre c a ç a d o r m a n d o u e r ig i r , em h o n r a da V ir g e m S an tíssim a , c o m o n u m a re c o r d a ç ã o pelo seu fa v o r , a c a p e la da Memór ia q u e d e p o is de restaurada a in d a e x is t e n o S í t io . Junto d e la . a in d a se v ê a cavidade p ro d u z id a p e lo c a v a lo com u m a d a s p a ta s n o aco n tec im e n to q u e te v e lu g a r em 14 d e S e te m b r o d e 1 1 8 2 . N o local o n d e fo i e d ifica d a a capela, fo r a m e n c o n t r a d a s d u ra n te as o b r a s , u m c o fr e co m re líqu ias e u m m a n u s c r i to , q u e haviam d e s a p a re c id o h á m u ito .
D aí p o r d ia n te a devoção a fe r v o r o u -s e p o r N ossa Sen h o r a d a N a z a ré . E l - R e i D. F e r n a n d o I , m a n d o u edificar e m su a h o n r a , a p o u ca d istân c ia d a e r m id in h a , u m a igreja m o n u m e n ta l q u e fo i in au g u ra d a a 5 d e A g o sto d e 1377, se n d o n e s s e d ia p a ra a í tians- lad ad a a im a g e m d a Senhora. C o m p le ta m e n te e d i f i c a d a , p r in c ip a lm e n te n o s reinados d e D . J o ã o I I e D . M a n u el!, a in d a h o je se e r g u e im p onente, a v is ta n d o -s e b e m lo n g e as su a s d u a s to r r e s , o b r a da R a in h a D . L e o n o r , v iú v a do P r ín c ip e P e r fe ito .
P o r a ltu r a s da in v a s ã o fran c e s a , o p o v o p o r tu g u ê s viu-se la n ç a d o d e p e sa d a s c o n tr ib u iç õ e s , 100 m i l h õ e s de f r a n c o s , e c o m o n ã o houvesse d in h e ir o q u e p e r fiz e sse tal m o n ta n te , J u n o t , o r d e n a que fo sse , r e c o lh id o à C asa da M o ed a o o ir o e a p ra ta das ig r e ja s e c o n f r a r ia s do Reim>- A t í tu lo d e c u r io s id a d e , só da N a z a ré s a ír a m n o a n o d e 180o p a ra c u m p r i m e n t o dessa r e p r e s á l i a , o b j e c t o s de p r a ta co m o p e s o d e 22o q u ilo s . E m J u l h o d e 180» o b e lo te m p lo d a N a z a ré , por s o ld a d o s f r a n c e s e s fo i sac iile " g a m e n te s a q u e a d o , p ilhan d o to d o o o ir o , p r a ta s , p ro fanaram a ig r e ja , a r r o m b a r a m o sac r á r io e s p a lh a n d o as p a r11' c u ia s , d e s a p a re c e n d o n o meio d e s ta s a c o m e tid a s d eprovadas a im a g e m d a S e n h o r a . Ap^s a to r m e n ta e a r e tira d a dos f r a n c e s e s , a v e n e ra n d a im a g ei" fo i e n c o n tr a d a a u m c a n to da
(Continua no página 5)
 C asa dos P escad o resda Qlazaré