Preparacao Fisica Jiu-jitsu

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    Proposta para preparação física especifica para lutas de jiu-jitsu

     aplicando o modelo de treinamento de cargas concentradasPropuesta para la preparación física específica para el jiu-jitsu aplicando el modelo del entrenamiento de cargas

    concentradas

     Faculdades Integradas Einstein de Limeira

    Limeira, SP(Brasil)

    Adrien Roberto [email protected]

    Homero Gustavo [email protected]

     

    Resumo

      Em competições de alto rendimento, técnicos e treinadores sempre almejam que seus atletas atinjam o maior índice de desenvolvimento possível de suasqualidades motoras, para isso devem buscar sempre métodos de treinamento teorias e práticas desenvolvidas pela ciência esportiva e pesquisadores da área. Existempoucos estudos relacionados com treinamentos específicos para a arte marcial, Jiu-Jitsu Brasileiro, notando esta carência o presente trabalho foi direcionado a área depreparação desportiva em alto nível e teve como problemática central apresentar uma proposta de treinamento baseado em referências descritas na literatura especifica,inicialmente foi realizado uma explanação da fases e os princípios do treinamento esportivo, após estudamos o sistema apresentado preconizado pelo cientista russo Yuri

     Vitale Verkhoshanski, denominado modelo de treinamento de cargas concentradas de fo rça. Baseado na revisão da li teratura foi proposto um modelo de periodização,voltado para lutadores de Jiu-Jitsu de alto nível, de acordo com o calendário das competições anuais da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ).  Unitermos: Jiu-Jitsu. Treinamento. Periodizações. Cargas concentradas.

     Abstract  In a high performance competition, experts and coaches always long for their athletes to reach the highest index possible development of their motor qualities,for this, they must often seek methods of training, theory and practice developed by the Sportive Science and researchers of the area. There are few studies related tospecific trainings for the Martial Art, Brazilian Jiu-jitsu; observing this deficiency, this study was directed to the area of Active Sports Preparation in high level and it hadas central question introducing a propose of training based on the explanation of the jiu-jitsu history, the phases and the principles of the Active Sport Training; westudied the system, brought by Russian scientist Yuri Vitale Verkhoshansky, who was named model of concentrated loads training of strength. Based in the literaturereview, it was proposed a model of periodization aimed to jiu-jitsu fighters of high level, according to the Annual Competition Calendar of the Brazilian Confederation of Jiu-jitsu.  Keywords: Jiu-jitsu. Training. Periodizations and concentrated loads. 

    EFDeportes.com, Revista Digital . Buenos Aires - Año 16 - Nº 158 - Julio de 2011. http://www.efdeportes.com/

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    Introdução

      O condicionamento físico ideal de um atleta depende do desenvolvimento de suas capacidades motoras (força, flexibilidade, velocidade,

    coordenação e resistência) que estão diretamente relacionadas com a performance dentro de sua modalidade.

      Quase todas as atividades físicas incorporam estes elementos, dessa forma, cabe aos treinadores analisar e identificar os melhores

    métodos de treinamento para aprimorar estas capacidades, tendo em vista a modalidade esportiva praticada, visando assim o sucesso de

    seu atleta durante as competições.

      Platonov, Bulatova (2003) esclarecem que a preparação física é um dos aspectos primordiais no desenvolvimento das qualidades

    motoras.

      Em atletas de alto nível o desenvolvimento adequado das qualidades físicas é fundamental, para isso é constante a busca cientifica e

    prática, exigindo grande dedicação de atletas, treinadores e pesquisadores. No treinamento moderno as metodologias visando o melhor

    aprimoramento das habilidades e capacidades motoras são temas de um grande número de pesquisas.

      A preparação física é um processo complexo, onde o treinador tem que conhecer muito bem a modalidade para poder montar um

    esquema de treinamento adequado, sempre objetivando melhorar a performance dos desportistas .

      As dificuldades encontradas pelos treinadores durante a análise da melhor forma de conduzir o treinamento, estão além do

    desenvolvimento das qualidades motoras também é preciso organizar o treino a fim de aperfeiçoar a técnica e tática, isto pode ser

    alcançado através de uma boa periodização de treinamento.

      Em esportes competitivos de alto rendimento, técnicos e treinadores sempre almejam que seus atletas atinjam o maior índice de

    desenvolvimento possível de suas qualidades motoras, para isso buscam embasamento em teorias e práticas desenvolvidas pela ciência

    esportiva e pesquisadores da área.

      Para Gomes (2002) o termo treinamento desportivo corresponde à adaptação psico-morfofuncional que é alterada durante o período de

    treinamento, onde a organização, a estruturação e o controle do treinamento auxiliam de forma decisiva o ganho da performance e altorendimento.

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      Matveev (1997) esclarece que o treinamento desportivo é definido como um processo pedagógico pertencente à educação física que

    visa diretamente o alcance de resultados desportivos superiores.

      Outro conceito sobre treinamento desportivo é proposto por Barbanti (1979, p.01) “O treinamento esportivo é um processo organizado

    de aperfeiçoamento, que é conduzido com base em princípios científicos, estimulando modificações funcionais e morfológicas no

    organismo, influindo significantemente na capacidade de rendimento do esportista”.

      Segundo Barbanti (2004) a palavra ‘periodização’ é relativamente recente dentro da esfera dos desportos, pois a sua concepção dentro

    do treinamento esportivo foi inicialmente descrita pelo prof. Matveev por volta de 1965.

      Gomes (2005) cita que Matveev foi o primeiro pesquisador das ciências do esporte a sistematizar e organizar o treinamento desportivo

    a qual ele chamou de periodização do treinamento.

      De acordo com Gil’ Ad. (1998), o sistema de periodização pode ser definido como uma técnica desenvolvida com o objetivo de planejar

    os processos de treinamento visando às competições, dividindo o plano anual de treinamento em uma sucessão de períodos, já Gomes

    (2002, p. 85) “A periodização do treinamento desportivo consiste, antes de tudo, em criar um sistema de planos para distintos períodos

    que perseguem um conjunto de objetivos mutuamente vinculados.” 

      Uma boa periodização de treinamento deve seguir uma lógica buscando o aperfeiçoamento a curto, médio ou longo prazo de acordo

    com as necessidades e calendários de competição dos atletas, onde a organização bem estruturada e controlada do treinamento de

    acordo com a modalidade especifica, norteiam o caminho a seguir pelo técnico objetivando a eficácia de seu trabalho e o sucesso de seu

    atleta.

      Barbanti (2002) aponta alguns dos principais objetivos da periodização do treinamento, que são:: preparar o atleta para conseguir

    melhores resultados; preparar para as principais competições do ano e preparar para que o mesmo atinja a melhor forma em sua

    competição mais importante.

      Gomes (2002) ressalta que a origem do trabalho orientado no sentido de aumentar as capacidades de rendimento na atividade física é

    tão antiga como o próprio desporto. Existem poucos estudos relacionados com a organização de treinamentos focados especificamente

    para o Jiu-Jitsu, percebendo esta carência o presente trabalho foi direcionado a área de preparação desportiva de alto nível, de acordo

    com Callister et al. (1990) o judô e o jiu-jitsu são artes marciais praticadas em quase todos os continentes. Entretanto, apesar de serem

    bastante difundidas e também ser um esporte olímpico, no caso do judô, o número de artigos científico abordando essas modalidades

    esportivas são muitos reduzidos.

      Dessa forma, isso acaba dificultando o planejamento mais detalhado e científico dessas lutas, fazendo com que muitos técnicos ainda

    ministrem o treinamento da mesma forma que aprenderam com seus mestres. (FREITAS, 1989). As lutas corpo a corpo sempre fizeram

    parte da história da humanidade, seja como esporte, defesa ou ataque despertando o interesse da sociedade, pôr isso todas as pesquisas

    relacionadas com este tema poderão contribuir para a melhora da performance física dos atletas e facilitando o trabalho dos profissionais

    envolvidos.

      O jiu-jítsu é uma luta de origem japonesa que tem como objetivo arremessar o adversário ao solo e dominá-lo através de técnicas de

    imobilização, estrangulamento ou chave articular. As técnicas de estrangulamento e de chave articular têm como finalidade fazer com que

    o adversário desista da luta. Nessa modalidade os atletas são subdivididos de acordo com a graduação e a massa corporal. Um dos

    princípios do jiu-jítsu é utilizar golpes que constituem alavancas mecânicas e nesse sentido possibilitam que um indivíduo com menor força

    muscular consiga vencer um adversário mais forte, porém com menor habilidade nas execuções das técnicas.(FRANCHINI E., TAKITO M.Y.,PEREIRA J. N. C., 2003)

      O jiu-jítsu desportivo é a parte competitiva, onde os atletas exibirão suas habilidades técnicas, físicas e psicológicas com o objetivo de

    alcançar a vitória superando seus adversários. Os brasileiros desenvolveram e aprimoraram as técnicas de chão e de submissão levando o

    Brasil a se tornar o centro mundial desta preciosa arte. As competições são o marco do esporte, é o momento mais importante para os

    atletas, técnicos, professores e para todos aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE

    JIU-JITSU, 2009).

      Os primeiros passos para um trabalho eficiente de preparação física passam pela identificação das particularidades do esporte. “ Ao

    organizar o processo de preparação física especifica, é indispensável não perder de vista as exigências específicas da modalidade esportiva

    em questão.” (PLATONOV, 2003, p.09).

      O objetivo principal deste trabalho é a partir da revisão literária especifica apresentar uma proposta do sistema de treinamento de

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    cargas concentradas ou sistema em blocos voltado para lutas de jiu-jítsu desenvolvido de acordo com o calendário de competições da CBJJ

    (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu).

    Princípios de treinamento

      Para Gomes (2002) o termo treinamento desportivo corresponde à adaptação psico-morfofuncional que é alterada durante o período de

    treinamento, onde a organização, a estruturação e o controle do treinamento auxiliam de forma decisiva o ganho da performance e alto

    rendimento.

      Já para Matveev (1997) o treinamento desportivo é definido como um processo pedagógico pertencente à educação física que visa

    diretamente o alcance de resultados desportivos superiores.

      Outro conceito sobre treinamento desportivo é proposto por Barbanti (1979, p.01) “O treinamento esportivo é um processo organizado

    de aperfeiçoamento, que é conduzido com base em princípios científicos, estimulando modificações funcionais e morfológicas no

    organismo, influindo significantemente na capacidade de rendimento do esportista”.

      De acordo com Oliveira (2008) ao se aplicar o sistema de treinamento em blocos com relação à aplicação de cargas deve-se sempre

    observar os princípios do treinamento desportivo, sendo essencial para o sucesso no desenvolvimento das capacidades fisiológicas dos

    atletas treinados.

      Tubino (1979) dividiu o treinamento desportivo em 05 fases interrelacionadas entre si que são:

    Individualidade Biológica, cada ser humano possui características próprias físicas, psicológicas, os treinadores devem utilizar de

    testes para verificar o potencial de cada indivíduo, seus pontos fortes e fracos e propor um treinamento de acordo com suas

    necessidades, visando à melhora de suas qualidades físicas

    Principio da adaptação, é compreendido como a assimilação do organismo ao treinamento, onde para cada ação externa há uma

    reação do organismo, dividida em 03 fases: De alarde, caracterizada pelo desconforto, devido à aplicação de sobrecargas. Da

    resistência, caracterizada pela dor, onde o organismo se adapta a carga imposta, sendo a fase que interessa ao treinamento. Da

    exaustão, que é o excesso de treinamento, onde o estímulo é alem da capacidade de recuperação, tem como característica o

    colapso, podendo chegar à morte.

    Principio da sobrecarga, também chamado de principio da progressão gradual, é fundamental para a evolução desportiva, o

    organismo após uma sessão de exercícios restitui as energias perdidas e prepara-se para uma carga de trabalho maior, onde são

    criadas maiores reservas de energia, dotando o organismo de uma maior fonte de energia para os novos estímulos.

    Principio da continuidade, é a sistematização do trabalho sem a quebra da continuidade, o processo de treinamento devera ser

    continuo, sem paralisações, o treinamento deve ser executado com uma freqüência para que as modificações fisiológicas e a

    performance adquirida se estabilize e otimize.

    Principio da interdependência volume – intensidade, de um modo geral os melhores resultados no treinamento físico podem

    ser obtidos através de maiores quantidades de trabalho com o aumento da intensidade, sempre adequando as fases do

    treinamento, porem a combinação de quantidade e intensidade, aumentando uma e diminuindo a outra ou vice versa de acordo

    com o tipo e fase do treinamento adotado.

    O principio do heterocronismo,  proposto por Hernandes Jr. (2000), onde o treinador após aplicar uma carga de trabalho aoatleta deve respeitar o tempo de descanso adequado para a recuperação do organismo antes de realizar uma nova seção, se for

    aplicado cedo demais o organismo do atleta entrara em um ciclo de desgaste das reservas energéticas, se o tempo para uma nova

    seção for muito longo acontecera uma perda dos benefícios da super compensação.

      Segundo Barbanti (1997), Supercompensação é o termo utilizado na Teoria do Treinamento para designar as adaptações estruturais,

    funcionais, ou ambas, que ocorrem em virtude de submeter o corpo a um estimulo de treinamento. Todo gasto energético para a

    realização de um movimento traz em si um estimulo para a reconstituição de energia, que se faz acima da condição anterior. A quantidade

    ou condição reconstituída acima da condição anterior é a super compensação, caracterizando as substancias vivas de um notável poder de

    adaptação a esforços físicos

      Respeitando o tempo de descanso muscular correto o organismo do atleta terá recuperado a energia e a sua performance do atleta

    será maximizada (HERNANDES JR., 2000).

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    Principio da utilidade, o treinamento deverá ser montado de acordo com as necessidades do praticante, respeitando os períodos

    de descanso, cargas e intensidade aplicadas sem subestimar ou superestimar a capacidade do atleta.

    Principio da sistematização, a montagem da estrutura do treinamento com seus conteúdos deverão ter uma seqüência

    pedagógica de acordo com as teorias do treinamento, a cada sistema de treino adotado deve-se ter uma justificativa para os

    procedimentos, iniciando com conteúdos de menor complexidade, evoluindo progressivamente com as cargas e intensidade.

    Principio da conscientização, o atleta na medida do possível deverá compreender o objetivo dos movimentos realizados, para

    que possa executa-los sabendo da importância daquele exercício para a melhora em sua performance dentro do esporte.

    O principio da especificidade   do treinamento proposto   por Foss; Keteyian (2000) onde o programa elaborado visa o

    desenvolvimento dos músculos e órgãos diretamente relacionados com a atividade desportiva praticada pelo atleta.

    Modelo de periodização em blocos

      Surgiram nos últimos anos várias teorias relacionadas ao treinamento desportivo, entre elas esta a do professor Yuri Vitale

     Verkhoshansky que desenvolveu sua própria metodologia, não se utilizando dos termos planejamento e planificação, defendendo a idéia

    que o processo de treinamento deve ser dividido em; conceito de programação, conceito de organização e conceito de controle. (GOMES,

    2002).

      Segundo Gomes (2002) no conceito de programação é a determinado a estratégia, o conteúdo, e a forma de estruturação dotreinamento, o conceito da organização se dá através da realização do programa, verificando as condições, possibilidades reais e concretas

    do atleta, e no ultimo conceito de controle são executados testes que foram estabelecidos previamente e durante a execução do

    treinamento proposto, estes testes com o objetivo principal de informar o nível de desenvolvimento atual do atleta e verificar o resultado

    do treinamento.

      Este sistema de treinamento proposto é denominado Sistema de Treinamento em Blocos, sua principal característica são as cargas

    concentradas que são distribuídas ao longo do ciclo anual na periodização simples, ao longo do semestre na dupla e quadrimestral na

    tripla (VERKHOSHANSKI, 2001).

      De acordo com Oliveira, Silva (2001) possível destacar duas características no sistema contemporâneo, a individualização das cargas de

    treinamento, ou seja as cargas de trabalho se baseiam nos princípios individuais de adaptação e as concentrações de cargas de uma

    mesma orientação utilizadas em períodos curtos de tempo.

      Este tipo de periodização segundo Verkhoshanski (2001) é composto por blocos de treinamento onde o período completo é dividido em

    03 partes denominadas como A, B, e C, onde no bloco C estão concentradas as competições principais, as competições secundárias estão

    distribuídas nos blocos A e B, o tempo de duração dos blocos são diminuídos de acordo com o sistema adotado durante o ano ou pelo

    numero de competições importantes, podendo ser composto de 02 ou 03 ciclos divididos durante o ano.

      No bloco de treinamento A, também chamado de etapa de base é concentrado o maior volume de toda a temporada, deve ser

    suficiente para desestabilizar os níveis de performance adaptados da temporada anterior e criar novas bases para a nova temporada

    (Verkhoshanski,1999, 2001).

      Oliveira, Silva (2001) escreve que a etapa A ou etapa de base é caracterizada pelo treinamento voltado para a força, com a utilização

    de cargas concentradas.

      O Bloco A é dedicado a ativação e preparação morfofuncional do organismo com o objetivo principal de aumentar o potencial motor do

    atleta, executando exercícios que se relacionem com a especificidade do desporto escolhido (JABUR, 2001).

      Verkhoshanski (2001) confirma os principais objetivos do bloco A, que são:

     Ativação dos mecanismos do processo de adaptação

    Especialização morfo-funcional do organismo direcionado ao regime motor específico.

     Aumento do potencial motor do atleta, considerando sua utilização nas competições.

      De acordo com Verkhoshanski (2001) o emprego de cargas concentradas de força no Bloco A levam a diminuição dos parâmetros

    funcionais relacionados com a capacidade específica do atleta, sendo que neste período não se consegue uma melhora da técnicadesportiva e ocorre uma redução na velocidade do Atleta.

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      Porem o autor salienta que esta fase é temporária e que após este período de cargas concentradas, é observado nas fases seguintes de

    treinamento um aumento notável e estável dos parâmetros funcionais, ultrapassando os níveis iniciais.

      Verkhoshansky (2001) afirma que por este motivo a melhora da técnica e da velocidade de execução das habilidades de competição

    devem ser treinadas nas etapas posteriores a etapa inicial, a etapa A precede o trabalho de polimento das habilidades específicas e

    velocidade de execução.

      O bloco de treinamento A é subdividido em três partes distintas denominadas microblocos A1, A2 e A3, o microbloco A1 é objetivado a

    preparação do aparelho locomotor sendo composto de exercícios multissaltos, de musculação etc., no A2 o objetivo é o aumento de

    impulso nervoso com exercícios de força rápida e cargas mistas na musculação, já no A3 são aumentadas a influencia das cargas no

    organismo, com a continuação do alto volume de cargas (VERKHOSHANSKI, 2001).

      Verkhoshansky (2001) esclarece que no bloco B são trabalhados o desenvolvimento da potência de trabalho motor do organismo em

    condições que correspondem às utilizadas nas competições, com o objetivo principal de aumentar o potencial motor específico de

    competição numa escala crescente, devendo o atleta nesta fase participar de competições.

      No bloco B, também denominado de etapa especial a estrutura é montada de forma que o volume é diminuído, permitindo o

    aperfeiçoamento das capacidades competitivas do atleta, preparando-o para a programação do próximo bloco C, chamado de etapa das

    competições importantes, que é o bloco onde estão concentradas as principais competições da temporada (GOMES, 2002).

      De acordo com Verkhoshansky (2000) no modelo de treinamento em blocos na etapa A são aplicadas cargas concentradas de força,

    acompanhada de estimulações específicas, na etapa B próxima a competição é criado uma base de aprimoramento das capacidades

    específicas, onde na etapa B ou especial ocorre um fenômeno denominado Efeito Posterior Duradouro de Treinamento, (E.P.D.T.), que

    favorece o desenvolvimento eficaz da técnica específica e da velocidade motora, da força e deslocamento, este efeito não é possível no

    método tradicional.

      Jabur (2001) escreve que durante o bloco B o principio do treinamento é voltado para o trabalho de potência com movimentos

    específicos correspondentes a competição, o atleta deverá assimilar a capacidade de executar habilmente os movimentos específicos

    requeridos pela modalidade escolhida.

      Segundo Oliveira, Silva (2001) na etapa B o objetivo principal é o aprimoramento das ações técnicas e diversidade de esquemas táticos,

    a adaptação do metabolismo especifico de competição também é aperfeiçoada nesta etapa, no ultimo bloco, denominado C, visa-se a

    manutenção das diferentes capacidades biomotoras adquiridas e o aperfeiçoamento das técnicas e das táticas que serão utilizadas erequeridas durante as competições.

      Verificamos em Jabur (2001) que o Bloco C é a conclusão do ciclo de treinamento e a transformação do organismo ao nível máximo de

    potência de trabalho específico, com o objetivo principal da realização em máxima capacidade e eficácia os movimentos utilizados em

    condições competitivas.

      Verkhoshansky (1999, 2001) afirma que na etapa C se concentram as principais competições, onde é prevista a conclusão do ciclo de

    adaptação, o organismo deverá atingir o máximo nível de potência, sendo o objetivo principal desta fase a assimilação da capacidade de

    realizar com máxima eficácia os movimentos motores nas condições de competições.

      Arruda, et al (1999) evidenciam que na etapa C o organismo do atleta tem uma reação eficaz as cargas de intensas, porem as cargas

    volumosas são contra indicadas, devem ser aplicados exercícios de força rápida e máxima com alta intensidade e curta duração, mantendoo tônus muscular.

      Verkhoshansky (2001) faz uma síntese do conjunto deste modelo de periodização onde afirma que no bloco A, são iniciados a utilização

    dos meios de força, sucessivamente continuada no bloco B através dos meios de preparação técnica e da velocidade, onde também são

    desenvolvidas no organismo do atleta a capacidade de potência específica do desporto no ultimo bloco C é composto pelas atividades de

    competição concluindo a preparação da base energética para máxima intensidade requerida nas competições.

      Segundo verkhoshansky (2001) existem 03 níveis de intensidade de trabalho que devem ser regulados e dosados de modo a não

    provocar o excesso de treinamento do organismo do atleta que são:

     A intensidade ótima, aplicada na etapa base onde é desenvolvido o volume principal da carga de treinamento.

     A intensidade máxima, que pode ser alcançada pelo atleta na etapa especial, respeitando os tempos de descanso evitando a fadigaexcessiva do organismo.

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     A intensidade limite, que é o objetivo principal do treinamento, alcançada na etapa das principais competições

      No esquema abaixo verkhoshansky (2001) exemplifica o modelo geral do sistema de treinamento em blocos denominado Grande Ciclo

    de Adaptação (CGA).

    Bloco A. Cargas de preparação física especial Bloco B: Trabalho

    de velocidade e trabalho técnico Bloco C: Cargas de competição

     A linha tracejada azul indica o nível máximo dos parâmetros funcionais mais importantes alcançados na preparação anterior

     A linha continua que representa os indicadores funcionais indica a queda de rendimento na etapa A de base, após na etapa Bacontece o Efeito Posterior Duradouro de Treinamento (E.P.D.T.), onde pode-se verificar um grande aumento dos parâmetros

    funcionais que no final etapa C de competição supera os níveis anteriores.

     A linha tracejada indica o volume das cargas aplicada em cada bloco.

      Oliveira, Silva (2001) esclarecem que são realizados uma bateria de testes de controle, efetuados com a finalidade de saber a situação

    inicial do atleta e para acompanhar a dinâmica da alteração das diferentes capacidades biomotoras ocorridas durante o macro ciclo, estes

    testes são aplicados ao final de cada micro etapa A1, A2, A3 e das etapas B e C.

    Proposta de utilização do sistema de treinamento em blocos para lutas de Jiu-Jitsu

      Devido ao calendário de competições do jiu-jítsu conter três ou mais competições importantes durante o ano o atleta lutador de alto

    nível tem que ter mais de um pico de performance, não podendo focar apenas uma ou duas competições anuais.

      Em modalidades para atletas profissionais onde o calendário de competição tiver uma divisão visando duas competições importantes

    durante o ano pode ser empregado a periodização dupla, uma vez que a periodização tripla ou de ciclos acoplados segundo Barbanti

    (1997) não tem uma estrutura rígida.

      Como o objetivo deste trabalho é a periodização e treinamento voltado para o atletas de competição em alto nível, propomos o sistema

    de cargas concentradas baseados nos estudos do Prof. verkhoshansky (1990, 2000, 2001) para desportos que exigem velocidade e força.

    O modelo abaixo foi hipotetizado a partir das competições oficiais baseado no calendário oficial da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu

    (2009), são elas:

      Campeonato Brasileiro em maio, Campeonato Paulista em junho, Campeonato Mundial em julho

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    Figura 1. Modelo de Periodização em blocos e divisão das etapas de treinamentos A, B, C, em um macrociclo

    apresentado, montada de acordo com o calendário oficial da confederação Brasileira de jiu-jitsu para o ano de 2009.

     

    Quadro 01. Divisão das etapas de treinamento, objetivos, duração e métodos utilizados para a preparação

    Etapas Objetivos Duração Meios de preparação

     A1

    Inicio do treinamento do

    metabolismo anaeróbio. Adaptação

    cardiorrespiratória

     Adaptação anatômica

     Adaptação muscular geral

    28 dias

    Exercícios em circuitos de fortalecimento geral.

    Exercícios em máquinas de força

    Exercícios trabalhando o sistema energético anaeróbio

    Exercícios de força geral com cargas crescentes

    Corridas na esteira, com piques acima do limiar

     A2

    Treinamento de força

    máxima

    Desenvolvimento da força

    máxima e resistência de

    força

    Metabolismo anaeróbio

    lático alático e Aeróbio

    Treinamento de força

    isométrica

    28 dias

    Exercícios em máquinas de força geral

    Exercícios em máquina de força especial visando às

    movimentações requeridas nas competições

    Inicio de exercícios de preparação especial com volume

    crescente

    Exercícios preparatórios em circuitos de força de

    resistênciaExercícios Isométricos especiais

    Exercícios visando o metabolismo anaeróbio alático,

    lático e aeróbio

    Lutas intervaladas contra oponentes de peso igual ou

    acima

     A3

    Treinamento da

    resistência, velocidade,

    explosão muscular,

    reativação muscular

    27 dias

    Exercícios de explosão muscular específicos

    Treinos específicos com movimentações

     Várias lutas sem descanso

    Treino anaeróbio na esteira

    Treinos em máquinas de força

    Etapa

    B 1

    Ganho de velocidade

     Aperfeiçoamento técnico e

    tático

    Ganho de explosão

    muscular força rápida

    Pliometria

    24 dias

     Aumento das cargas através de exercícios especializados

    Melhora das fontes metabólicas láticas e aláticas

     Aperfeiçoamento técnico e tático

    Exercícios de força rápida e especifica

    Treinos táticos e técnicos

    Treinos contra vários oponentes

     

    Etapa B2

     

    Etapa

    B 2

    Manutenção da força

    Melhora nas capacidades

    anaeróbias

    Melhora na capacidade

    aeróbia 

    Pliometria

    24 DIAS

    Treino em máquinas de força

    Treino de força Isométrica

    Treino em esteira, acima do limear anaeróbio

    Corridas em baixa velocidade

    Treino em circuitosTreino de resistência

    Treino com entradas de golpes em velocidade crescente

    Etapa

    C

    Manutenção das forças

    rápida e máxima,

     

    Manutenção das várias

    capacidades exigidas

    durante as competições

    28 dias

    Treino especifico contra oponentes de pesos variados

     Aperfeiçoamento técnico e tático

    Maior numero de treinos específicos e lutas

    Treino e lutas no tatame em volume crescente

    Treino de movimentações específicas no tatame

    Treino específicos no tatame focando as entradas de

    golpes mais utilizadas de acordo com o estilo de lutas

    escolhido pelo atleta

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    Etapa

    B

     Ativação dos mecanismos

    de força pura específica

    Pliometria

     Aumento da velocidade,

    coordenação

    13 dias

    Treino em máquinas de força

     Aperfeiçoamento do gesto tático

    Treinos de explosão muscular membros superiores e

    inferiores

    Treino e lutas no tatame em volume crescente

    Entradas de golpes com explosão muscular

    Etapa

     

    C

    Manutenção das forçasmáxima e rápida

    Manutenção da

    velocidade, coordenação e

    flexibilidade

     Aperfeiçoamento técnico e

    tático

    Enfoque nas capacidades

    e gestos motores

    requeridos durante as

    competições

    Desenvolvimento da

    velocidade relacionada

    com os gestos técnicos.

    42 Dias

    Circuitos treinando o metabolismo anaeróbio lático ealático

    Treinamento do metabolismo aeróbio

    Exercícios em máquinas de força

    Exercícios específicos para os membros superiores

    Treinos táticos e técnicos com posições

    Treinos contra vários oponentes sem descanso por um

    tempo maior

    Treinos com oponentes de vários pesos

    Treinos de velocidade relacionados com os gestos

    utilizados nas competições

    Manutenção do tônus muscular

    Treinos com entradas de golpes mais utilizadas de

    acordo com o estilo de luta do atleta

      Verkhoshanski (2001) afirma que o bloco A tem como objetivo a ativação e preparação morfofuncional do organismo aumentando opotencial motor do atleta, os exercícios aplicados devem ser relacionados com a especificidade do desporto, no bloco A são aplicadascargas máximas e quase máximas para o aperfeiçoamento da coordenação intramuscular e propagação do impulso nervoso quebrando ahomeostase.

      De acordo com Verkhoshanski (1998) apud Platonov, Bulatova (2003) para o desenvolvimento da força máxima, sem aumentarsignificamente a massa muscular podemos aplicar os seguintes modelos seções de treinamento:

    02 ou 03 movimentos específicos com pesos,cargas de 90% a 95% do máximo, dois regimes de trabalho: 1º sem relaxamento damusculatura entre cada execução, 2º relaxando a musculatura em cada execução. 05 séries com grupos musculares específicos, 03repetições com 90% do máximo, 01 repetição com 95% do máximo, 01 repetição com 97% do máximo, 01 repetição com 100%,01 repetição com 100% mais 01 ou 02 kg, entre as séries intervalos de 03 a 04 minutos, com exercícios para relaxamento damusculatura, se o atleta não conseguir executar a ultima série, deverá descansar de 06 a 08 minutos e repetir as primeiras séries.

    Executar, 04 a 05 séries especificas com carga de 100%, O intervalo entre as séries, fica a critério do atleta.

    Trabalho excêntrico específico com carga de 120% a 130%, três séries de 04 a 05 repetições, Intervalos de 03 a 04 minutos entreas séries, a carga volta a posição inicial com ajuda de companheiros.

    Trabalho específico excêntrico e concêntrico, no concêntrico, cargas de 70% a 90%, no excêntrico, cargas de 120% a 130%, 02séries de 02 a 03 repetições, Intervalos de 03 a 05 minutos entre as repetições, Intervalos de 06 a 08 minutos entre as séries.

      Segundo Verkhoshansky (2001) no bloco B são trabalhados o desenvolvimento da potência de trabalho motor do organismo emcondições que correspondem as utilizadas nas competições, o objetivo principal é de aumentar o potencial motor específico em umaescala crescente, o atleta deverá assimilar a capacidade de executar habilmente os movimentos específicos requeridos pela modalidadeescolhida.

      Os treinamentos no bloco B devem ser estruturados dando-se ênfase ao aspecto qualitativo (Intensidade), devido as altas cargasempregadas no bloco A. OLIVEIRA (2008).

      De acordo com verkhoshansky (1998) apud Platonov, Bulatova (2003), para a eficácia no desenvolvimento da força – velocidade podemser aplicados os seguintes sistemas de treinamento:

    Cargas de 90% e 30%, duas séries de 02 ou 03 repetições, realizadas de forma lenta, com 90%, três séries de 06 a 08 repetições,com esforço máximo, com 30%, relaxando os músculos após cada movimento, Intervalo entre as séries de mesma carga de 03 a04 minutos, entre as séries de troca de carga, intervalo de 04 a 06 minutos, entre cada série completa de 08 a 10 minutos.

    Combinação de regimes isométricos para o mesmo grupo muscular: Cargas de 100%, 02 ou 03 tensões isométricas de 06segundos, com intervalos de 02 a 03 minutos entre as séries. Após um intervalo de 03 a 04 minutos, realizando relaxamentomuscular. Realizar mais 05 ou 06 repetições do mesmo exercício, porem com uma rápida movimentação excêntrica e concêntrica,com carga de 80%. Entre as séries realizar um descanso ativo de 08 a 10 minutos.

    Combinação de regimes isométricos e dinâmicos com trabalho muscular global: Utilizando movimentos específicos de competição,realiza-se de 02 a 03 repetições com uma tensão isométrica máxima (100%) por 06 segundos, realizando um relaxamento

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    muscular de 02 minutos entre cada repetição. Imediatamente executar duas séries de 04 a 06 repetições, executando amovimentação com cargas de 40% a 60% da máxima, realizando um descanso de 04 a 06 minutos entre as séries. Deve-se realizar02 séries completas, com intervalo de 04 a 06 minutos.

    Saltos a partir da posição agachada, Saltos com esforço submáximo. Exemplo: 02 séries, de 05 a 06 execuções de 08 saltos,alternando os pés,Repetir a combinação por 02 ou 03 vezes, com intervalo de 04 a 06 minutos entre as combinações.

    05 a 06 séries de 02 repetições do exercício de agachamento, cargas de 70% a 80% do máximo, intervalo de 04 a 06 minutos, 02séries de 06 a 08 repetições de saltos no mesmo lugar, Intervalos de 06 a 08 minutos

    02 séries com 02 a 03 repetições de agachamento, cargas de 80% a 85% da máxima, intervalo de 03 a 04 minutos, 02 a 03 sériesde 04 a 06 repetições de saltos com peso, realizar combinação completa por 02 ou 03 vezes, intervalo entre as combinações de 06a 08 minutos.

    02 séries com 02 repetições de agachamento, cargas de 90% a 95% do máximo, intervalo entre as séries de 02 a 04 minutos, 02séries de salto em profundidade, intervalo de 04 a 06 minutos, após 06 a 08 saltos de impulsões verticais.

      Verkhoshansky (1998) apud Platonov, Bulatova (2003), Oliveira (2008), no bloco C a preparação deve ser voltada para os aspectostécnicos e táticos da luta, nesta etapa deve ser executada as correções, elaboradas as táticas de combate, os exercícios de força namusculação devem ser com características de manutenção, com volumes reduzidos, porem a intensidade deve ser alta, para força máximae explosiva.

      Podem ser aplicados nesta fase exercícios na seguinte seqüência:

    Força máxima: exercícios com alta intensidade e escasso volume, 03 séries de 02 repetições com cargas entre 98% a 100%, com

    intervalos entre 1 e 2 minutos, exercícios multiarticulares e básicos, supino, agachamento, arremesso em dois tempos, pulley defrente.

    Força explosiva: exercícios com alta intensidade, executados na maior velocidade possível, 04 séries de 04 repetições, com cargasde 90%, intervalos entre as séries de 02 minutos, mesmo exercícios utilizados para força máxima.

    Resistencia de força: montar um circuito contendo os seguintes exercícios, agachamento, supino reto,extensora, pulley frente,flexora, rosca direta, tríceps pulley, arremesso, com velocidade 1/1, tempo de estimulo de 01 minuto com 20 segundos de descansoentre exercícios e 01 minuto entre séries, realizar 03 séries completas.

    Considerações finais

      Nos últimos tempos o treinamento desportivo passou por significantes mudanças, que contribuíram para a melhora nos resultados emcompetições de atletas, com a ampla base de conhecimentos atuais os treinamentos devem seguir modelos com estruturação voltada paraos calendários de competições atuais, vimos no sistema de treinamento em blocos proposto pelo professor verkhoshansky uma alternativa

    aos modelos de periodizações aplicados atualmente que visam uma ou duas competições importantes anuais.

      Neste modelo as cargas de treinamento e competição aplicadas aos atletas são de extrema magnitude de volume, de intensidade, dedensidade e de duração, visam explorar com totalidade a Reserva Atual de Adaptação (RAA) dos atletas, levando-os a adaptaçõesmáximas de desempenho.

      O professor verkhoshansky coordenou o maior centro de pesquisa do desporto da antiga URSS, sendo assim este modelo detreinamento foi aplicado em atletas russos da elite mundial e olímpica.

      Verkhoshansky (1990) enfatiza que a periodização em blocos produz uma adaptação compensatória, e que neste modelo são aplicadosum grande volume de preparação física especial, que devem reproduzir os movimentos requeridos pelo atleta nas competições, otreinamento inicial deve proporcionar uma quebra da homeostase do corpo, por isso no inicio deve ocorrer uma queda nos marcadoresfuncionais de performance, com a redução dos volumes e condições ótimas de recuperação nas próximas fases deve ocorrer o fenômeno(EPDT) Efeito Posterior Duradouro de Treinamento, que elevara os marcadores funcionais de performance a níveis posteriores aos iniciais.

      Este modelo segundo Oliveira (1998), devido as altas cargas aplicadas deve ser muito bem controlado para se evitar o Over training, aaplicação deve estar voltada para atletas de competição, sendo evitado na preparação de jovens esportistas.

      Em Verkhoshansky (1990), verificamos as condições fundamentais para que a ocorrência do EPDT se manifeste plenamente que são:

     Aplicação de cargas de força com altos volumes concentrados em limitados tempos, que garantam a quebra da homeostase noatleta

    Quanto maior for a queda nos parâmetros funcionais de força rápida nas primeiras etapas do treinamento maior será a adaptaçãoposterior.

    O emprego das cargas de forças devem seguir os princípios do treinamento.

     A manifestação do EPDT ocorre através de um trabalho de desenvolvimento geral, combinado com trabalho de caráter especifico demovimentações requerida nas competições, aplicados de forma gradual e crescente.

     A duração do EPDT e determinada pelo volume e pela duração da carga concentrada de força, a principio é igual a duração daetapa de treinamento concentrado de força.

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    O EPDT tem característica individual e depende da capacidade do atleta de suportar cargas com um certo volume e da capacidadede recuperação após a aplicação das cargas.

      Este modelo de treinamento já foi aplicado no Brasil por vários pesquisadores em esportes coletivos e individuais como por exemplo noBasquetebol, no futebol, no futsal e voleibol, nas lutas somente foi aplicado e desenvolvido no Judô, sendo que para o jiu-jítsu não existenenhum modelo especifico proposto, esperamos com este trabalho auxiliar técnicos e treinadores na preparação física de atletascompetidores na modalidade de jiu-jítsu.

    Referências

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