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PREPARO PSICOLÓGICO
Procedimento
cirúrgico
Falta de
confiança
ESTRESSE DEPRESSÃO ANSIEDADE
DesconhecidoMedo
DOR PÓS-
OPERATÓRIA E
ANALGÉSICOS
USO DE
DRENOS E
CATETERES
ANESTESIA E
SEUS
AVANÇOS
QUALIDADE
DE VIDA
PÓS-OPERAT.
OSTOMIAS,
SEQÜELAS E
REABILITAÇÃO
DIAGNÓSTICO
E OPERAÇÃO
ETAPAS DO PREPARO PSICOLÓGICO DO PACIENTE
CIRÚRGICO
Explicar ao paciente, de maneira clara e concisa, a
natureza e a importância dos exames complementares
e dos preparos pré-operatórios
Informar ao paciente, de maneira didática e objetiva,
sobre os principais aspectos de sua afecção que estão
motivando a indicação cirúrgica
Descrever sumariamente o procedimento anestésico-
cirúrgico planejado, seus riscos e possíveis conseqüên-
cias, utilizando terminologia acessível ao paciente
ETAPAS DO PREPARO PSICOLÓGICO DO PACIENTE
CIRÚRGICO
Alertar o paciente e seus familiares em relação às
conseqüências da não-realização do procedimento
cirúrgico
Entender como esperados e aceitar o medo e a
ansiedade pré-operatória do paciente e de seus
familiares
Explicar o que irá acontecer no pós-operatório, por
exemplo, na sala de recuperação pós-anestésica e no
centro de tratamento intensivo, levando eventualmente
o paciente a estes ambientes antes da operação
ETAPAS DO PREPARO PSICOLÓGICO DO PACIENTE
CIRÚRGICO
Realizar discussão franca e otimista com o paciente
em relação a aspectos perioperatórios, como a dor pós-
operatória e uso de analgésicos, o uso de drenos e
cateteres, a possibilidade de ostomias, amputações etc.
Evidenciar o conhecimento e as atitudes tomadas em
relação a demandas específicas do paciente, relacio-
nadas a existência prévia de limitações e comorbidades
Ser dedicado, atencioso e solícito
com o paciente e seus familiares e,
ESCUTAR O PACIENTE
Respeito à posição no leito a ser prescrita
Mudança de decúbito no leito
Movimentação ativa e passiva de membros inferiores
Deambulação precoce
Fisioterapia e reeducação respiratória
Realização de inspirações profundas periódicas
Tosse voluntária com contenção da ferida abdominal
Respeito à prescrição de jejum e da dieta liberada
EDUCAÇÃO PARA
O PÓS-OPERATÓRIO
PREPARO IMEDIATO
Dieta-jejumBanho
pré-operatório
Tricotomia
pré-operatória*
Lavagem
intestinalEsvaziamento
vesicalVeia central
Tricotomia
•Recomenda-se não remover os pêlos, exceto ao
redor da incisão quando interferir no ato cirúrgico,
devendo ser realizado fora da sala onde será
realizada a cirurgia. Se for necessário realizar a
tricotomia, fazê-la imediatamente antes da cirurgia
com uso de aparelho elétrico (tricotomizador) que
parece diminuir o risco de infecção profunda da
ferida em comparação com a preparação com o uso
de lâmina.
CONTINUAÇÃO
O Colégio Americano de Cirurgiões recomenda a não remoção dos pêlos ou corte dos pelos no sitio cirúrgico na manhã do dia da cirurgia.
O Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, publicou normas para o controle de infecção de feridas cirúrgicas, em que não indica a remoção do cabelo, exceto se este prejudicar ou dificultar a realização do procedimento cirúrgico (havendo a necessidade de realização da tricotomia, que ela seja feita por máquina de tosquiar elétrica ou agentes para depilação).
Cateterismo venoso central
Monitorização da pressão venosa central
Via de acesso rápido para administração de
líquidos e hemoderivados
Administração de medicamentos e nutrição
parenteral central
Dificuldade na punção de veias periféricas
(pacientes submetidos a quimioterapia, longas
internações etc.)
Previsão de jejum pós-operatório prolongado e
necessidade de hidratação venosa por vários dias
Banho corporal
Antes de toda e qualquer cirurgia
preconiza-se o banho corporal total
com uso de sabão comum. Para
pacientes que serão submetidos à
cirurgia laparoscópica, enfatizar a
necessidade de higiene rigorosa do
umbigo.
CONTINUAÇÃO
O uso de anti-sépticos para o banho corporal total
está indicado para cirurgias limpas e em especial
naquelas que envolvem a colocação de implantes
(ortopédicos, cardíacos, neurológicos, entre
outos.) e deve ser orientado para ser realizado na
noite anterior e na manhã do dia da cirurgia. São
indicados para esta finalidade: solução degermante
de clorexidina 2% ou PVPI a 10% .
ATENÇÃO
Deve-se realizar higiene oral criteriosa, principalmente em pacientes que serão intubados.
A higiene pré-operatória compreende banho geral, com atenção à cabeça, axilas e genitais, pois são esses, além do trato respiratório, os locais de maiores fatores de contaminação. Atenção especial deve ser dada à cicatriz umbilical, unhas e pregas cutâneas, onde um leve esfregar torna-se necessário. Por este motivo, o banho estaria contra-indicado por ocasião da operação.
Técnicas de degermação
Trajetória Histórica
J. Lister usava o vaporizador de ácido
fênico para aspergir todo o campo
cirúrgico, os apetrechos e as mãos da
equipe. Quando ficou comprovado que os
germes do ar não eram tão patogênicos
como Lister havia imaginado, ele mesmo
o abandonou definitivamente, em 1877.
CONTINUAÇÃO
Felix Terrier, embora aceite as idéias de Lister, faz duas críticas: o perigo não está no ar, e sim na gaze, nos aparelhos cirúrgicos e nas próprias mãos do cirurgião; a destruição dos germes é aleatória, porque há formas esporuladas que não são atingidas. Mas só dez anos depois ele realiza sua velha aspiração. Um setor considerado modelo de técnica no mundo inteiro. Os doentes sépticos são separados dos assépticos. Todo o corpo do paciente é lavado, o mesmo acontecendo com as mãos e antebraços dos membros da equipe.
AS MÃOS
As mãos - tanto o cirurgião quanto seus auxiliares (incluindo a instrumentadora) procederão a degermação das mãos. As unhas serão sempre aparadas rente.
Por que dergemar se vamos usar luvas esterilizadas? Porque o uso das luvas não dispensa absolutamente a desinfecção das mãos, visto que a luva pode romper-se ou cortar-se; e calçar as luvas com a mão contaminada, irá contaminá-las também.
As mãos possuem microorganismos devidos a toques e manuseios a todo instante com objetos contaminados. Nas mãos encontram-se germes na superfície da pele, nos pêlos, nas dobras profundas, nos orifícios glandulares e até mesmo nas camadas descamativas da epiderme.
OBJETIVO
Reduzir a microbiótica transitória inibindo a
microbióta residente, através da aplicação
de germicidas, além de proporcionar efeito
residual na pele do profissional
Duração do procedimento da
Degermação
Segundo o Manual da ANVISA Segurança do
Paciente- Higienização das mãos (2008) preconiza
que a degermação das mãos seja realizada de 3 a 5
minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3
minutos para as cirurgias subseqüentes.
Já as Práticas Recomendadas pela SOBECC
(2009), diz que a degermação das mãos e
antebraço da equipe cirúrgica deva ser realizado
de 2 a 5 minutos.
Técnica de degermação
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal.
Remover todos os adereços das mãos e antebraços;
Abrir a torneira, molhar as mãos, antebraços e cotovelos.
Recolher, com as mãos em concha, o antiseptico (PVPI ou Gluconato de Clorhexidina) e espalhar nas maos, antebraço e cotovelo. No caso de escova impregnada com anti-septico, pressione a parte da esponja contra a pele e espalhe por todas as partes; Figura n.° 1.
ESCOVAÇÃO
Prefira começar a escovação pelo braço
direito, pois ficará mais tempo com solução
degermante. As pessoas canhotas devem
começar a escovação pelo braço esquerdo;
Figura n.° 2.
Proceder a escovação das unhas e pregas
supra-ungueais (cutícula); Figura n.° 3.
Degermação
Passar para a palma da mão, pressionar a parte da esponja contra a pele das pontas dos dedos até a prega do punho (sem o movimento de vaivém); Figura n.° 4
Pressionar os espaços ou sulcos interdigitais, iniciar pela borda cubital (dedo mínimo) até a borda radial (dedo polegar);
Escovar o dorso da mão até a prega do punho, começando das pontas dos dedos até o punho (sem o movimento de vaivém); Figura n.° 5
Degermação
Escovar o antebraço começando pela face anterior, depois passe para a face posterior fazendo a escovação do sentido distai para o proximal (da prega do punho até a prega de flexão do braço), mantendo as mãos em altura superior à do cotovelo;
Escovar o cotovelo por último com movimentos circulares;
Manter o braço escovado elevado e longe do corpo, mas sobre o lavabo para que não respingue solução degermante no chão;
Degermação
Usar para as mãos e os antebraços o lado da escova não utilizado para as unhas, no caso de a escova ter um só lado, usar duas escovas ou lavar as cerdas com um jato de água e em seguida colocar solução degermante para ser usado no braço oposto;
Enxaguar as mãos em água corrente, no sentido das mãos para cotovelos, retirando todo resíduo do produto. Fechar a torneira com o cotovelo, joelho ou pés, se a torneira não possuir foto sensor.
Degermação
Manter o braço enxaguado na posição
vertical sobre o lavabo enquanto a água
escorre para o cotovelo;
Terminar a escovação das mãos e
antebraços;
Manter os braços na posição vertical e sobre
o lavabo para a água escorrer; Figura n.°
Degermação
Evitar molhar o conjunto cirúrgico, pois a umidade da roupa pode penetrar e contaminar o capote estéril que será vestido;
Aplicar um jato de PVPI ou Gluconato de Clorhexidina tópico nas mãos (para promover uma película protetora), ou usar luva iodada antialérgica;
Passar para a sala de operação, com os braços semi-elevados, com as mãos em conchas e mais altas que o cotovelo e distante do resto do corpo;
Pegar uma compressa estéril que deverá ficar dobrada ao meio, enxugar a mão e o antebraço, virar no avesso a compressa e secar a outra mão e o antebraço com suaves toques, desprezá-la em local próprio;
Em seguida vestir o capote estéril e calçar as luvas.
Observação: Não utilizar álcool após a degermação, pois o efeito residual obtido será anulado.
Paramentação da equipe
cirúrgica
A paramentação cirúrgica, tradicionalmente, é
constituída de gorro, máscara, luva esterilizada,
óculos de proteção, propé, uniforme privativo,
campos cirúrgicos e avental cirúrgico
esterilizados. Seu intuito principal é prevenir a
transferência de microrganismos da equipe
cirúrgica e da própria pele do paciente para a
ferida operatória e, conseqüentemente, reduzir o
risco de sua contaminação e de ISC
Paramentação
Outro objetivo é proteger a equipe cirúrgica
contra riscos ocupacionais, decorrentes de
exposição ao sangue e a outros fluidos
orgânicos do paciente, potencialmente
contaminados com agentes infectantes,
como HIV e Hepatites B e C
Aventais e Campo Cirúrgico
O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) esclarece que aventais e campos cirúrgicos são usados para criar uma barreira entre a área circundante ao sítio cirúrgico e potenciais fontes de bactérias. Tanto os aventais quanto os campos cirúrgicos devem ser impermeáveis a líquidos e a vírus. Os aventais do campo cirúrgico devem constituir barreiras eficazes quando molhados (ou seja, deve ser confeccionado em material resistente a penetração de líquidos).
ATENÇÃO
O CDC recomenda troca de avental quando
estiver visivelmente sujo com sangue ou
outro fluido corporal potencialmente
infectante;
luvas
Recomenda-se o uso do duplo enluvamento
do cirurgião e primeiro assistente para
qualquer procedimento que durar mais que
uma hora, pois estudos demonstraram que o
procedimento de longa duração influencia a
taxa de furos nas luvas e aumenta a
exposição ao sangue;
máscaras
a Association of Perioperative Registered
Nurses (AORN) recomenda que todas as
pessoas devem utilizar máscaras cirúrgicas
ao entrarem na sala de operação, quando
materiais e equipamentos estéreis estiverem
abertos.
propés
Para garantir maior proteção eles devem ser
calçados com sapatos fechados;
- gorros: o CDC recomenda sua utilização
com intuito de evitar a contaminação do
sítio cirúrgico por cabelo ou microbiota
presente nele, o gorro deve ser bem
adaptado, permitindo cobrir totalmente o
cabelo na cabeça e face.
ATENÇÃO
adicionou-se o uso de óculos ou máscaras
protetoras dos olhos como componentes da
paramentação cirúrgica.
Antissepsia da área a ser
cirurgiada
O cirurgião inglês Sir Joseph Lister que,
incorporando as ideias microbiológicas do
químico francês Louis Pasteur, convenceu o
mundo em 1867 que a infecção cirúrgica
não deveria ser “louvável ou desejável” e
sim sempre evitada.
Continuação
Para evitar a infecção do sitio cirúrgico, recomendasse limpar a região da incisão cirúrgica antes de realizar a preparação anti-séptica da pele com o intuito de remover a contaminação grosseira. Para essa finalidade é suficiente o uso de soluções degermantes e remoção do sabão com solução fisiológica ou água esterilizada (anti-sepsia de enfermagem). Usar um agente anti-séptico apropriado para antissepsia da pele que pode ser realizada com solução alcólica de polivinipirrolidona-iodo (PVPI) ou clorexidina (antissepsia cirúrgica realizada pelo cirurgião).
Estrutura da pele
Epiderme: células epiteliais, c/
diferentes estratos, se recompõe
rapidamente
Derme: densa camada de tecido
conectivo
glândulas sebáceas
folículos pilosos
A PELE
A pele, a primeira barreira de defesa do
corpo contra o meio externo, é colonizada
por dois tipos de flora bacteriana: a flora
residente ou permanente ou ainda profunda
e a flora superficial ou transitória.
SOLUÇÕES
As soluções recomendadas para anti-ssepsia da
área a ser cirurgiada são:
Os iodofóricos são complexos orgânicos de iodo a
10%. São ativos contra Gram-negativos, Gram-
positivos, vírus e fungos. Raramente provocam
reações alérgicas e têm ótima ação residual por
quatro horas. Comercialmente são associados a
detergente sintético (degermante), solução
alcoólica (tintura ou alcóolico) e água (tópico).
SOLUÇÕES
Pacientes com hipertireoidismo e outras desordens da função tireoidiana são contra-indicações para o uso de preparações que contenham iodo. Da mesma forma, os iodóforos não devem ser aplicados em grávidas e a mulheres que estejam amamentando ou a recém-nascidos e crianças pequenas.Os iodóforos e o iodo não devem ser usados em pacientes com alergia a estas preparações.
Os derivados do clorexidina são compostos de muito boa atividade antibacteriana. Sua ação antimicrobiana persiste o por até 6 horas. Dificilmente provocam reações alérgicas e têm boa ação residual. Comercialmente são associados a detergente sintético (degermante), solução alcoólica (tintura ou alcóolico) e água (tópico).
SOLUÇÕES
A clorexidina é efetiva contra vírus lipofílicos, como o HIV, vírus influenza e vírus do herpes 1 e 2, mas vírus como o poliovírus, coxsackievírus e rotavírus não são inativados.
Embora não haja evidência de que o digluconato de clorexidina seja tóxico se for absorvido pela pele, a ototoxicidade é uma preocupação quando a clorexidina é instilada dentro do ouvido médio durante as cirurgias. Altas concentrações de clorexidina e preparações contendo outros compostos, como álcool e surfactantes, também podem danificar os olhos e seu uso em tais tecidos não é recomendado.