PRESSUPOSTOS DE DIETRICH BONHOEFFER

Dietrich Bonhoeffer foi um grande teólogo, mas no sentido tradicional não foi sistemático, por causa das guerras dos anos 30 e 40, seus trabalhos foram interrompidos, observa-se que seus estudos eram pressupostos de que Cristologia é o centro de sua obra como um todo e a Ética são reconstituições. A cristologia foi, em todos os estágios de sua peregrinação a lei interna de seu pensamento.

O seu amigo Eberhard Bethge, dividiu seus trabalhos em três períodos: 1º O ensino Acadêmico na Universidade de Berlim, 2º O conflito na igreja e o ensino na Igreja confessional; e 3º A oposição ao regime de Hitler.

Influenciado por diversos Teólogos, o mais conhecido foi Karl Barth, fez com que Bonhoeffer rompesse com os liberais teólogos, ou seja, com o movimento liberalista: seus professores de teologia. Barth foi o principal teólogo admirado por Bonhoeffer e tanto um como outro tinham o mesmo pressuposto na base da teologia centrava-se em Cristo para ter um ponto de contato com Deus, mas Bonheffer rejeitou o caráter radical da visão de Barth. Ele afirmava que a natureza da igreja não pode surgir de um conceito geral de religião, mas quem determina essa natureza é Deus.

O conflito com a Modernidade, esse conflito esteve em toda vida de Bonheffer, muitos de seus escritos foram redescobertos após sua morte e expandidas pelos teólogos seculares dos anos 60. Ele rejeitava um ma graça barata e mostra o contraste da graça custosa, ele chamava de “igrejismo”, pois para ele são crenças formuladas em que a salvação é facilmente alcançada através da crença em doutrinas, graça essa de perdão sem arrependimentos.

Bonhoeffer usa o termo “mundo amadurecido” onde queria dizer que a igreja encontra-se num mundo em que as pessoas agem de maneira autônoma sem sentir a necessidade de voltare-se para a graça divina. Em sua concepção o mundo amadureceu e não mais precisa de Deus, na religião, ciência em qual quer questão humana.

Bonhoeffer defendia um cristianismo sem religião. Frase defendida por ele, mas demonstrar a sua intenção em defender uma fé cristã em meio a uma religião falsa que ele havia rejeitado. Ele falava assim como Barth que a religião não é metafísica especulativa, pois se assim fosse não passa de uma mera tentativa humana de encontrar com Deus. Ele sugeriu que todo ensino teológicos mal intencionados deveria ser rejeitadas nas igrejas precisavam de mudanças para uma visão que coloca Deus como o além no meio de sua criação.