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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 1
PRESTAO DE CONTAS DA PREFEITA
EXERCCIO DE 2012
Municpio de Jaragu do Sul
Data de Fundao 25/07/1876
Populao: 148.353 habitantes (IBGE - 2012)
PIB: 5.259,38 (em milhes)
(IBGE - 2010)
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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SANTA CATARINA
DIRETORIA DE CONTROLE DOS MUNICPIOS DMU
Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 2
S U M R I O
INTRODUO ...................................................................................................... 3
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO ............................................................... 4
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA ....................................................... 6
3.1. Apurao do resultado oramentrio ....................................................................... 7
3.2. Anlise do resultado oramentrio ........................................................................... 9
3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias ...................................................... 10
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA ................................ 17
4.1. Situao Patrimonial ............................................................................................... 17
4.2. Anlise do resultado financeiro .............................................................................. 19
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira ......................................................... 20
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES .................................................. 23
5.1. Sade ....................................................................................................................... 23
5.2. Ensino ...................................................................................................................... 25
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias ............................... 25
5.2.2. FUNDEB............................................................................................................. 27
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF) ....................................................................... 30
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio ............................... 30
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Executivo ..................... 32
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder Legislativo ................... 33
6. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO
ADOLESCENTE - FIA ......................................................................................... 35
7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E DO
DECRETO FEDERAL N 7.185/2010 ................................................................. 37
8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE RESPONSABILIDADE
FISCAL - LRF ...................................................................................................... 41
9. RESTRIES APURADAS ............................................................................ 45
10. SNTESE DO EXERCCIO DE 2012 ............................................................. 47
CONCLUSO ..................................................................................................... 48
ANEXO ............................................................................................................... 50
APNDICE .......................................................................................................... 52
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 3
PROCESSO PCP 13/00487710
UNIDADE Municpio de Jaragu do Sul
RESPONSVEL Sra. Ceclia Konell - Prefeita Municipal
ASSUNTO Prestao de Contas da Prefeita referente ao ano de 2012
RELATRIO N 2870/2013
INTRODUO
O Tribunal de Contas de Santa Catarina, no uso de suas
competncias para a efetivao do controle externo consoante disposto no artigo
31, 1, da Constituio Federal e dando cumprimento s atribuies assentes
nos artigos 113 da Constituio Estadual e 50 e 54 da Lei Complementar n
202/2000, procedeu ao exame das Contas apresentadas pelo Municpio de
Jaragu do Sul, relativas ao exerccio de 2012.
O presente Relatrio abrange a anlise do Balano Anual do exerccio
financeiro de 2012 e as informaes dos registros contbeis e de execuo
oramentria enviadas por meio eletrnico, buscando evidenciar os resultados
alcanados pela Administrao Municipal, em atendimento s disposies dos
artigos 20 a 26 da Resoluo n TC-16/94 e artigo 22 da Instruo Normativa n
TC-02/2001, bem como o artigo 3, I da Instruo Normativa n TC-04/2004.
A referida anlise deu-se basicamente na situao Patrimonial,
Financeira e na Execuo Oramentria do Municpio, no envolvendo o exame
de legalidade e legitimidade dos atos de gesto, o resultado de eventuais
auditorias oriundas de denncias, representaes e outras, que devem integrar
processos especficos, a serem submetidos apreciao deste Tribunal de
Contas.
No que tange a anlise da situao Patrimonial e Financeira foram
abordados aspectos sobre a composio do Balano, apurao do resultado
financeiro e de quocientes patrimoniais e financeiros para auxiliar a anlise dos
resultados ao longo dos ltimos cinco exerccios.
Registre-se que a mdia regional indicada no presente relatrio
corresponde respectiva Associao de Municpios que abrange Jaragu do
Sul, sendo que as mdias apresentadas foram geradas em 22/10/2013.
Com referncia a anlise da Gesto Oramentria tomou-se por base
os instrumentos legais do processo oramentrio, a execuo do oramento de
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 4
forma consolidada a apurao e a evoluo do resultado oramentrio,
atentando-se para o cumprimento dos limites constitucionais e legais
estabelecidos no ordenamento jurdico vigente.
2. CARACTERIZAO DO MUNICPIO1
Jaragu do Sul, na poca do descobrimento do Brasil, era territrio
tupi-guarani. Antes disto, o homem sambaquiano tambm deve ter pisado este
solo. Por volta do Sculo XVII, os xoklengues ocuparam a regio. Foram estes
os indgenas que havia por ocasio da colonizao do vale. Alguns vestgios da
ocupao indgena na regio ainda podem ser encontrados. Acredita-se que
Alvar Nunes Cabeza de Vacca, na primeira metade do Sculo XVI, tenha subido
do litoral pelo Vale do Itapocu em direo a Assuno, Paraguai, seguindo um
ramal do Caminho do Peaberu. O nome Jaragu foi atribudo pelos indgenas,
primeiramente, ao atual Morro da Boa Vista, por elevar-se por sobre o vale,
como senhor ou dono do mesmo. Iara+gu tem o significado de senhor,
dominador ou dono do vale. A histria recente de Jaragu do Sul se inicia em
1864, quando a Princesa Isabel, herdeira do trono do Imprio do Brasil, casou-se
com o Conde dEu. Parte de sua rea integrava as terras dotais da Princesa, que
foram demarcadas, em 1876, pelo Coronel Emlio Carlos Jourdan. A primeira
tentativa de colonizao tambm foi dele quando, naquele ano, arrendando 430
hectares de terra, estabeleceu-se com 60 pessoas entre trabalhadores e
escravos, instalando engelho de acar, serraria e olaria. A colonizao efetiva
se deu a partir de 1890, quando colonizadores alemes, italianos, hngaros e
outros comearam a colonizar as diversas regies do Municpio. A rea central
foi colonizada a partir de 1895, com o retorno de Emlio Carlos Jourdan,
fundando a Colnia Jaragu, emancipando-se de Joinville em 1934. Jaragu do
Sul um municpio onde predomina a indstria. Desde cedo, ligados aos
comrcios locais, surgiram queijarias, aougues, fbricas de embutidos e
defumados de carne, de banha e de sabo. Muitos dos colonos montaram
alambiques, fabricando cachaa, melado e acar mascavo. Alm disso, as
fbricas de carroas e troles, as ferrarias, as serrarias, as olarias, e outras que
havia, produziam para suprir o consumo local. Na dcada de 1920, a indstria
comeou a se diversificar, ainda muito ligada ao setor de produo primria da
regio. Surgem indstrias de alimentos, como fbrica de essncias e de
refrigerantes, utilizando produtos agrcolas da regio, como por exemplo, a
laranja e a tangerina. Na dcada de 1930, d mais um passo, com o surgimento
de indstrias que utilizavam matria prima vinda de outras regies, como
malharias e indstria de escapamentos para carros. A indstria, contudo, s se
desenvolveu plenamente depois da dcada de 1950, quando foi solucionada a
falta de energia eltrica, com o estabelecimento da linha de transmisso de
1 Disponvel em: www.sc.gov.br/portalturismo
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energia entre a usina termoeltrica de Capivari de Baixo, no sul do Estado, e
Jaragu do Sul. A partir do final dos anos cinqenta, indstrias do setor tercirio,
utilizando tecnologia mais avanada, se instalam. Nos anos setenta comea-se a
experimentar um grande incremento na industrializao e o setor se diversifica
cada vez mais. Esta diversificao, inclusive, fez com que Jaragu do Sul fosse
atingido em menor intensidade pelas crises econmicas que assolaram o Brasil
nos anos oitenta e noventa. O municpio passa a ser o terceiro parque industrial
do Estado, posio que mantm at hoje.
O Municpio de Jaragu do Sul tem uma populao estimada em
148.3532 habitantes e ndice de Desenvolvimento Humano de 0,803. O Produto
Interno Bruto alcanava o valor de R$ 5.259.384.341,004, revelando um PIB per
capita poca de R$ 36.726,01, considerando uma populao estimada em
2010 de 143.206 habitantes.
Grfico 01 Produto Interno Bruto PIB
Fonte: IBGE 2009
No tocante ao desenvolvimento econmico e social mensurado pelo
IDH/PNUD/2010, o Municpio de Jaragu do Sul encontra-se na seguinte
situao:
2 IBGE - 2012
3 PNUD - 2010
4 Produto Interno Bruto dos Municpios IBGE/2010
0,00
1.000.000.000,00
2.000.000.000,00
3.000.000.000,00
4.000.000.000,00
5.000.000.000,00
6.000.000.000,00
Mdia AMVALI MUNICPIO
1.138.854.000,00
5.259.384.341,00
PIB EM REAIS
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Grfico 02 ndice de Desenvolvimento Humano IDH
Fonte: PNUD 2010
3. ANLISE DA GESTO ORAMENTRIA
A anlise da gesto oramentria envolve os seguintes aspectos:
demonstrao da apurao do resultado oramentrio do presente exerccio,
com a demonstrao dos valores previstos ou autorizados pelo Poder
Legislativo; apurando-se quocientes que demonstram a evoluo relativa do
resultado da execuo oramentria do Municpio; a demonstrao da execuo
das receitas e despesas, cotejando-as com os valores orados, bem como a
evoluo do esforo tributrio, IPTU per capita e o esforo de cobrana da dvida
ativa. Por fim, apura-se o total da receita com impostos (includas as
transferncias de impostos) e a receita corrente lquida.
Segue abaixo os instrumentos de planejamento aplicveis ao
exerccio em anlise, as datas das audincias pblicas realizadas e o valor da
receita e despesa inicialmente oradas:
0,68
0,70
0,72
0,74
0,76
0,78
0,80
BRASIL SANTA CATARINA Mdia AMVALI MUNICPIO
0,727
0,744
0,760
0,800
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Quadro 01 Leis Oramentrias
LEIS DATA DAS AUDINCIAS RECEITA ESTIMADA
487.632.930,00 PPA 5319/2009 23/04/2009
LDO 6039/2011 04/04/2011 DESPESA FIXADA
487.632.930,00 LOA 6289/2011 04/04/2011
3.1. Apurao do resultado oramentrio
O confronto entre a receita arrecadada e a despesa realizada, resultou
no Supervit de execuo oramentria da ordem de R$ 31.253.914,24,
correspondendo a 6,36% da receita arrecadada.
Aps os ajustes da receita e despesa o municpio apresentou
Supervit de R$ 23.155.141,45.
Salienta-se que o resultado consolidado, Supervit de R$
23.155.141,45, composto pelo resultado do Oramento Centralizado -
Prefeitura Municipal, Dficit de R$ 17.796.481,94 e do conjunto do Oramento
das demais Unidades Municipais Supervit de R$ 40.951.623,39.
Excluindo o resultado oramentrio do Regime Prprio de
Previdncia e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor, o
Municpio apresentou Dficit de R$ 23.734.120,77.
Ressalta-se que o Dficit em questo foi totalmente absorvido
pelo supervit financeiro do exerccio anterior (R$ 35.131.603,47), conforme
demonstrado na apurao da variao do patrimnio financeiro (item 4.2, deste
Relatrio).
Assim, a execuo oramentria do Municpio pode ser demonstrada,
sinteticamente, da seguinte forma:
Quadro 02 Demonstrao do Resultado da Execuo Oramentria (em Reais) 2012
Descrio Previso/Autorizao Execuo % Executado
RECEITA 487.632.930,00 491.642.137,65 100,82
DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)
572.308.273,30 460.388.223,41 80,44
Supervit de Execuo Oramentria 31.253.914,24
Resultado Oramentrio Consolidado Ajustado
RECEITA 487.632.930,00 491.642.137,65 100,82
DESPESA (considerando as alteraes oramentrias)
572.308.273,30 468.486.996,20 81,86
Supervit de Execuo Oramentria 23.155.141,45
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Resultado Oramentrio Consolidado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
Supervit Consolidado Ajustado
Supervit do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
Dficit excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
RECEITA 491.642.137,65 73.838.480,08 417.803.657,57
DESPESA 468.486.996,20 26.949.217,86 441.537.778,34
Resultado de Execuo Oramentria
23.155.141,45 46.889.262,22 23.734.120,77
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Quadro 02 A Ajustes do Resultado Oramentrio Consolidado
Descrio Valor
Prefeitura Municipal: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajuste do exerccio atual), conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge (elemento da despesa 92) e demonstrada no Apndice, deste Relatrio
2.213.940,87
Demais Unidades (exceto Instituto/Fundo de Previdncia): Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas (ajuste do exerccio atual), conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge (elemento da despesa 92) e demonstrada no Apndice, deste Relatrio
5.884.831,92
Total adicionado na Despesa Oramentria 8.098.772,79
Obs.: A divergncia entre a variao do patrimnio financeiro ajustado sem RPPS e
Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor e o resultado da execuo oramentria
ajustada sem RPPS e Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor no montante de R$
280.609,01, excludo o cancelamento de Restos a Pagar no valor de R$ 2.362.070,94 objeto de
apontamento no item Restries de Ordem Legal deste Relatrio.
Obs.: Com relao s despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas no
exerccio em anlise, vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal deste Relatrio.
Obs.: Consideradas as Transferncias Concedidas e Recebidas, no tocante receita no
montante de R$ 73.838.480,08, o valor de R$ 12.598.076,39 se refere receita, sem ajuste, do
Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor. No que tange despesa no montante de
R$ 26.949.217,86, o valor de R$ 12.531.278,59 se refere a despesa, sem ajuste, do
Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor (consideradas as Transferncias
Financeiras Concedidas e Recebidas).
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3.2. Anlise do resultado oramentrio
A anlise da evoluo do resultado oramentrio facilitada com o
uso de quocientes, pois os resultados absolutos expressos nas demonstraes
contbeis so relativizados, permitindo a comparao de dados entre exerccios
e Municpios distintos.
A seguir exibido quadro que evidencia a evoluo do Quociente de
Resultado Oramentrio do Municpio de Jaragu do Sul nos ltimos 5 anos:
Quadro 03 Quocientes de Resultado Oramentrio Ajustado e s/ RPPS 2008-2012
ITENS / ANO 2008 2009 2010 2011 2012 1 Receita realizada 242.141.950,99 268.386.034,36 308.132.428,83 372.709.652,40 417.803.657,57
2 Despesa executada 236.028.685,24 260.374.733,97 302.424.160,00 369.575.228,96 441.537.778,34
QUOCIENTE 2008 2009 2010 2011 2012 Resultado Oramentrio (12) 1,03 1,03 1,02 1,01 0,95
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O resultado oramentrio pode ser verificado por meio do quociente
entre a receita oramentria e a despesa oramentria. Quando esse indicador
for superior a 1,00 tem-se que o resultado oramentrio foi superavitrio
(receitas superiores s despesas).
Grfico 03 Evoluo dos Quocientes de Resultado Oramentrio: 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
1,03 1,031,02
1,01
0,95
0,85
0,90
0,95
1,00
1,05
1,10
1,15
1,20
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
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3.3. Anlise das receitas e despesas oramentrias
Os quadros que sintetizam a execuo das receitas e despesas no
exerccio trazem tambm os valores previstos ou autorizados pelo Legislativo
Municipal, de forma que se possa avaliar a destinao de recursos pelo Poder
Executivo, bem como o cumprimento de imposies constitucionais.
No mbito do Municpio, a receita oramentria pode ser entendida
como os recursos financeiros arrecadados para fazer frente s suas despesas.
A receita arrecadada do exerccio em exame atingiu o montante de R$
491.642.137,65, equivalendo a 100,82% da receita orada.
As receitas por origem e o cotejamento entre os valores previstos e os
arrecadados so assim demonstrados:
Quadro 04 Comparativo da Receita Oramentria Prevista e Arrecadada (em Reais): 2012
RECEITA POR ORIGEM PREVISO ARRECADAO %
ARRECADADO
Receita Tributria 57.687.217,00 64.026.548,82 110,99
Receita de Contribuies 16.822.889,00 20.523.179,08 122,00
Receita Patrimonial 18.850.871,38 39.401.282,83 209,02
Receita de Servios 31.588.839,00 30.319.468,49 95,98
Transferncias Correntes 272.079.775,62 269.648.490,05 99,11
Outras Receitas Correntes 14.544.475,00 18.881.377,61 129,82
Receitas Correntes Intra-Oramentrias 25.306.897,09 23.269.988,83 91,95
RECEITA CORRENTE 436.880.964,09 466.070.335,71 106,68
Operaes de Crdito 39.005.196,00 20.927.023,02 53,65
Alienao de Bens - 488.373,11 -
Amortizao de Emprstimos 211.745,00 161.565,40 76,30
Transferncias de Capital 10.600.618,00 3.658.009,29 34,51
Receitas de Capital Intra-Oramentrias 934.406,91 336.831,12 36,05
RECEITA DE CAPITAL 50.751.965,91 25.571.801,94 50,39
TOTAL DA RECEITA 487.632.930,00 491.642.137,65 100,82 Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano Geral
consolidado.
531
mailto:c@[11571]mailto:c@[11572]mailto:c@[11573]mailto:c@[11576]mailto:c@[11577]mailto:c@[11578]mailto:c@[11579]mailto:c@[11580]mailto:c@[11581]mailto:c@[11582]
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Grfico 05 Composio da Receita Oramentria Arrecadada: 2012
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O grfico anterior apresenta a relao de cada receita por origem com
o total arrecadado no exerccio. Destaca-se que parcela significativa da receita,
54,85%, est concentrada nas transferncias correntes.
Um aspecto importante a ser analisado na gesto da receita
oramentria pode ser traduzido como esforo tributrio. O grfico que segue
mostra a evoluo da receita tributria em relao ao total das receitas correntes
do Municpio.
Tributria 13,02%
Contribuies 4,17%
Patrimonial 8,01%Servios 6,17%
Transferncia Corrente 54,85%
Outras Correntes 3,84%
Correntes Intra-Oramentrias 4,73%
Operaes de Crdito 4,26%
Alienao de Bens 0,10%
Amortizao de Emprstimos 0,03%
Transferncias de Capital 0,74%
Capital Intra-Oramentrias
0,07%
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Grfico 06 Evoluo do Esforo Tributrio (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Relativamente s receitas arrecadadas, deve-se dar destaque s
receitas prprias com impostos no exerccio da competncia tributria
estabelecida constitucionalmente e exigida pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Nesse sentido, destaca-se no grfico a seguir a evoluo do IPTU
arrecadado per capita nos ltimos 5 (cinco) anos.
Grfico 07 Evoluo Comparativa do IPTU per capita (em Reais): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados, IBGE e anlise tcnica.
14,86
13,3114,24 14,28 14,46
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
60,3064,07
85,6690,96
99,45
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
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A Dvida Ativa apresentou o seguinte comportamento no exerccio em
anlise:
Quadro 05 Movimentao da Dvida Ativa (em Reais): 2012
Saldo
Anterior Inscrio
Atualizao,
juros e multa
Proviso
(lquida) Recebimento
Outras
Baixas
Saldo
Final
41.245.432,44 7.078.740,90 72.683,93 0,00 4.917.302,42 1.739.914,70 41.739.640,15
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e Notas Explicativas.
Importante tambm analisar a eficincia na cobrana da dvida ativa
ao longo dos ltimos cinco anos. O grfico seguinte mostra o percentual de
dvida ativa recebida em relao ao saldo do exerccio anterior:
Grfico 08 Evoluo do Esforo de Cobrana da Dvida Ativa (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
No tocante as despesas executadas em contraposio s oradas
(incluindo as alteraes oramentrias), segundo a classificao funcional, tem-
se a demonstrao do prximo quadro:
7,00 7,298,84
12,34 11,92
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
534
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Quadro 06 Comparativo entre a Despesa por Funo de Governo Autorizada e Executada: 2012
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
AUTORIZAO (R$) EXECUO (R$) % EXECUTADO
01-Legislativa 7.630.000,00 6.799.617,55 89,12
04-Administrao 45.078.093,48 36.204.424,66 80,31
06-Segurana Pblica 4.634.470,28 3.196.734,50 68,98
08-Assistncia Social 32.909.957,22 27.778.925,33 84,41
09-Previdncia Social 17.784.182,00 15.425.334,40 86,74
10-Sade 103.541.812,38 94.449.755,81 91,22
12-Educao 109.530.489,48 103.456.805,00 94,45
13-Cultura 8.493.542,60 7.190.687,41 84,66
14-Direitos da Cidadania 351.412,00 309.703,40 88,13
15-Urbanismo 108.634.758,86 78.968.281,01 72,69
16-Habitao 6.339.432,81 4.379.801,57 69,09
17-Saneamento 57.719.993,62 43.320.776,96 75,05
18-Gesto Ambiental 2.126.505,07 1.993.682,04 93,75
19-Cincia e Tecnologia 315.000,00 61.980,00 19,68
20-Agricultura 3.356.188,95 3.130.692,50 93,28
22-Indstria 2.113.007,19 2.006.578,38 94,96
23-Comrcio e Servios 792.408,76 717.068,12 90,49
26-Transporte 7.333.594,23 5.657.329,73 77,14
27-Desporto e Lazer 6.854.398,14 6.343.086,95 92,54
28-Encargos Especiais 21.342.326,23 18.996.958,09 89,01
99-Reserva de Contingncia 25.426.700,00 - -
TOTAL DA DESPESA 572.308.273,30 460.388.223,41 80,44
Fontes: Dados do Sistema e-Sfinge Mdulo Planejamento e Demonstrativos do Balano
Geral consolidado.
A anlise entre despesa autorizada e executada configura-se
importante quando se tem como objetivo subsidiar o parecer prvio, permitindo
identificar quais funes foram priorizadas ou contingenciadas em relao
deliberao legislativa no tocante ao oramento municipal.
O grfico seguinte demonstra o cotejamento entre as despesas
autorizadas e executadas segundo as funes de governo. Trata-se de uma
representao grfica do Quadro anterior.
535
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Grfico 09 Despesa Oramentria por Funo de Governo Autorizada x Executada: 2012
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
A evoluo das despesas executadas por funo de governo est
demonstrada no quadro a seguir:
Quadro 07 Evoluo das Despesas Executadas por Funo de Governo (em Reais): 2008 2012
DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2008 2009 2010 2011 2012
01-Legislativa 3.769.337,10 5.299.582,94 6.646.440,75 6.200.619,02 6.799.617,55
02-Judiciria 123.429,75 1.351.252,58 - - -
04-Administrao 22.214.160,43 26.994.952,00 28.354.866,99 32.941.642,45 36.204.424,66
06-Segurana Pblica 1.278.718,99 1.883.849,13 2.482.209,91 3.704.778,08 3.196.734,50
08-Assistncia Social 14.494.326,54 15.864.398,45 22.214.094,37 25.199.963,98 27.778.925,33
09-Previdncia Social 6.534.181,93 7.294.216,35 10.438.852,23 12.325.157,75 15.425.334,40
10-Sade 48.007.165,37 60.257.473,37 69.365.562,77 79.427.383,44 94.449.755,81
11-Trabalho 6.274,65 9.563,45 - - -
12-Educao 59.276.448,99 67.034.828,33 74.613.720,22 91.937.798,62 103.456.805,00
13-Cultura 5.183.532,95 4.876.285,37 5.797.432,98 7.197.351,24 7.190.687,41
14-Direitos da Cidadania - - 192.261,92 193.189,19 309.703,40
15-Urbanismo 26.133.150,59 19.280.903,29 35.816.804,39 57.066.838,83 78.968.281,01
16-Habitao 2.241.217,35 2.114.055,51 2.152.777,12 3.079.094,16 4.379.801,57
17-Saneamento 20.403.719,78 24.546.874,18 32.208.336,99 36.499.493,33 43.320.776,96
18-Gesto Ambiental 3.296.985,89 2.934.409,61 1.437.692,55 1.723.793,85 1.993.682,04
19-Cincia e Tecnologia 5.107,82 123,76 81.322,43 73.166,35 61.980,00
20-Agricultura 2.140.557,19 2.346.545,12 2.285.432,49 4.860.345,06 3.130.692,50
89,1280,3168,9884,4186,7491,2294,4584,6688,1372,6969,0975,0593,7519,6893,2894,9690,4977,1492,5489,01
0,00 50.000.000,00 100.000.000,00 150.000.000,00
01-Legislativa04-Administrao
06-Segurana Pblica08-Assistncia Social
09-Previdncia Social10-Sade
12-Educao13-Cultura
14-Direitos da Cidadania15-Urbanismo16-Habitao
17-Saneamento18-Gesto Ambiental
19-Cincia e Tecnologia20-Agricultura
22-Indstria23-Comrcio e Servios
26-Transporte27-Desporto e Lazer
28-Encargos Especiais99-Reserva de Contingncia
AUTORIZAO
EXECUO
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DESPESA POR FUNO DE GOVERNO
2008 2009 2010 2011 2012
22-Indstria 82.984,85 74.250,00 1.336.379,98 1.747.602,19 2.006.578,38
23-Comrcio e Servios 1.290.697,51 1.832.318,50 911.950,24 897.049,25 717.068,12
26-Transporte 21.133.221,18 13.360.882,07 4.001.885,52 4.513.520,23 5.657.329,73
27-Desporto e Lazer 5.702.435,01 4.712.724,55 5.520.284,64 5.835.808,82 6.343.086,95
28-Encargos Especiais 13.010.048,05 14.660.279,37 16.767.835,22 15.786.378,94 18.996.958,09
TOTAL DA DESPESA REALIZADA 256.327.701,92 276.729.767,93 322.626.143,71 391.210.974,78 460.388.223,41
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
No quadro a seguir, demonstra-se a apurao das receitas decorrente
de impostos, informao utilizada no clculo dos limites com sade e educao.
Quadro 08 Apurao da Receita com Impostos: 2012
RECEITAS COM IMPOSTOS (includas as transferncias de impostos)
Valor (R$) %
Imposto Predial e Territorial Urbano 14.753.365,61 5,61
Imposto sobre Servios de Qualquer Natureza 23.911.505,69 9,09
Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza 9.795.555,12 3,72
Imposto s/Transmisso Inter vivos de Bens Imveis e Direitos Reais sobre Bens Imveis
5.563.394,51 2,11
Cota do ICMS 142.056.713,78 53,99
Cota-Parte do IPVA 15.465.328,69 5,88
Cota-Parte do IPI sobre Exportao 2.277.237,57 0,87
Cota-Parte do FPM 43.528.424,93 16,54
Cota do ITR 22.131,75 0,01
Transferncias Financeiras do ICMS - Desonerao L.C. n 87/96 727.494,76 0,28
Receita de Dvida Ativa Proveniente de Impostos 3.388.137,13 1,29
Receita de Multas e Juros provenientes de impostos, inclusive da dvida ativa decorrente de impostos
1.625.387,53 0,62
TOTAL DA RECEITA COM IMPOSTOS 263.114.677,07 100,00
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
O ingresso de recursos provenientes de impostos tem importncia na
gesto oramentria municipal, eis que serve como denominador dos
percentuais mnimos de aplicao em sade e educao.
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Da mesma forma, o total da Receita Corrente Lquida (RCL),
demonstrado no quadro seguinte, serve como parmetro para o clculo dos
percentuais mximos das despesas de pessoal estabelecidos na Lei de
Responsabilidade Fiscal.
Quadro 09 Apurao da Receita Corrente Lquida: 2012
DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LQUIDA DO MUNICPIO Valor (R$)
Receitas Correntes Arrecadadas 483.252.110,38
(-) Deduo das receitas para formao do FUNDEB 40.451.763,50
(-) Compensao entre Regimes de Previdncia 287.959,49
(-) Contribuio dos Servidores ao Regime Prprio de Previdncia e/ou Assistncia
15.807.004,52
(-) Contribuio Patronal para custeio do Regime Prprio de Previdncia 37.219,63
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 426.668.163,24
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
4. ANLISE DA GESTO PATRIMONIAL E FINANCEIRA
A anlise compreendida neste captulo consiste em demonstrar a
situao patrimonial existente ao final do exerccio, em contraposio situao
existente no final do exerccio anterior; discriminando especificamente a variao
da situao financeira do Municpio e sua capacidade de pagamento de curto
prazo.
4.1. Situao Patrimonial
A situao patrimonial do Municpio est assim demonstrada:
Quadro 10 Balano Patrimonial do Municpio de Jaragu do Sul (em Reais): 2011 2012
ATIVO 2011 2012
PASSIVO 2011 2012
Financeiro 210.408.343,83 238.873.111,86
Disponvel 209.617.808,35 238.868.193,33
Bancos Conta Movimento 24.701.602,89 16.162.670,77
Bancos Conta Vinculada 19.450.635,04 23.055.642,22
Aplicaes Financeiras de Recursos Prprios
22.774.026,64 17.244.647,48
Aplicaes Financeiras de Recursos Vinculados
123.868,92 1.213.522,67
Investimentos do RPPS 145.827.674,86 189.691.710,19
(-) Proviso para Perdas em Investimentos do RPPS
3.260.000,00 8.500.000,00
Realizvel 790.535,48 4.918,53
Financeiro 20.657.533,84 23.628.455,83
Depsitos 1.015.319,84 2.968.054,55
Consignaes 1.012.856,84 2.887.174,33
Depsitos de Diversas Origens
2.463,00 80.880,22
Restos a Pagar 19.642.214,00 20.660.401,28
Obrigaes a Pagar 19.642.214,00 20.660.401,28
538
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ATIVO 2011 2012
PASSIVO 2011 2012
Crditos a Receber - 440,00
Depsitos Realizveis a Curto Prazo
779.908,05 -
Valores Pendentes a Curto Prazo
10.627,43 4.478,53
Permanente 237.742.717,48 268.580.044,14
Crditos 1.736,37 233.281,24
Devedores - Entidades e Agentes
1.736,37 233.281,24
Bens e Valores em Circulao
3.770.658,82 4.596.122,69
Dvida Ativa 41.245.432,44 41.759.942,93
Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Curto Prazo
1.275.763,73 -
Crditos em processo de Inscrio Dvida Ativa
0,00 1.169.965,11
Crditos Inscritos em Dvida Ativa a Longo Prazo
40.454.455,03 41.054.461,36
(-) Proviso para Perdas da Dvida Ativa a Longo Prazo
484.786,32 464.483,54
Realizvel a Longo Prazo
557.631,92 406.066,52
Crditos Realizveis a Longo Prazo
557.631,92 396.066,52
Investimentos do RPPS - LP
0,00 10.000,00
Investimentos 45.767,33 -
Imobilizado 192.121.490,60 221.584.630,76
Bens Mveis e Imveis 192.121.490,60 221.584.630,76
Bens Imveis 147.753.588,77 164.194.371,59
Bens Mveis 44.367.901,83 57.390.259,17
Permanente 106.732.965,43 189.369.232,89
Dvida Fundada 22.273.976,42 32.599.018,20
Dbitos Consolidados 9.692.465,82 10.938.450,72
Precatrios a Pagar 289.263,72 1.513.628,17
Dvidas Renegociadas 336.831,12 422.833,70
Obrigaes a Pagar - 9.001.988,85
Obrigaes Legais e Tributarias
9.066.370,98 -
Diversos 74.766.523,19 145.831.763,97
Provises Matemticas Previdencirias
74.766.523,19 145.831.763,97
DIVERSAS PROVISES 0,00 0,00
Valores Pendentes a Longo Prazo
0,00 0,00
ATIVO REAL 448.151.061,31 507.453.156,00
SALDO PATRIMONIAL 0,00 0,00
PASSIVO REAL 127.390.499,27 212.997.688,72
SALDO PATRIMONIAL 320.760.562,04 294.455.467,28
Ativo Real Lquido 320.760.562,04 294.455.467,28
TOTAL 448.151.061,31 507.453.156,00
TOTAL 448.151.061,31 507.453.156,00
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral Consolidado (fls. 516 dos autos).
Obs.: Com relao divergncia entre o resultado patrimonial apurada atravs do Anexo 15 e
aquele obtido atravs do Anexo 14, vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do
captulo Restries Apuradas, deste Relatrio.
Obs.: Com relao ausncia de contabilizao das contribuies patronais no Passivo
Permanente, conforme informado no item A.2 do Ofcio Circular (fls. 499/500 dos autos), vide
restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo Restries Apuradas, deste
Relatrio.
539
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4.2. Anlise do resultado financeiro
Dentre os componentes patrimoniais relevante no processo de
anlise das contas municipais, para fins de emisso do parecer prvio, a
verificao da evoluo do patrimnio financeiro e, sobretudo, a apurao da
situao financeira no final do exerccio, eis que a existncia de passivos
financeiros superiores a ativos financeiros revela restries na capacidade de
pagamento do Municpio frente s suas obrigaes financeiras de curto prazo.
O confronto entre o Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro do
exerccio encerrado resulta em Supervit Financeiro de R$ 13.478.944,63 e a
sua correlao demonstra que para cada R$ 1,00 (um real) de recursos
financeiros existentes, o Municpio possui R$ 0,70 de dvida de curto prazo.
Em relao ao exerccio anterior, ocorreu variao negativa de R$
21.652.658,84 passando de um Supervit de R$ 35.131.603,47 para um
Supervit de R$ 13.478.944,63.
Registre-se que a Prefeitura apresentou um Supervit de R$
4.290.786,60.
Dessa forma, a variao do patrimnio financeiro do Municpio durante
o exerccio demonstrada no quadro seguinte:
Quadro 11 Variao do patrimnio financeiro do Municpio (em Reais) 2011 - 2012
Grupo Patrimonial Saldo inicial Saldo final Variao
Ativo Financeiro 210.408.343,83 238.873.111,86 28.464.768,03
Passivo Financeiro 20.657.533,84 31.727.228,62 11.069.694,78
Saldo Patrimonial Financeiro Ajustado 189.750.809,99 207.145.883,24 17.395.073,25
Ativo Financeiro do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
155.353.748,29 194.419.088,15 39.065.339,86
Passivo Financeiro do RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
734.541,77 752.149,54 17.607,77
Saldo Patrimonial Financeiro s/ RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
35.131.603,47 13.478.944,63 -21.652.658,84
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado.
Obs.: No tocante ao Ativo Financeiro no montante de R$ 194.419.088,15, o valor de R$
13.227.377,96 se refere ao Ativo, sem ajuste, do Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao
Servidor. No que tange ao Passivo Financeiro no montante de R$ 752.149,54, o valor de R$
724.452,48 se refere ao Passivo, sem ajuste, do Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao
Servidor.
540
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O saldo patrimonial financeiro foi ajustado pelas seguintes situaes:
Quadro 11 A Ajustes do Patrimnio Financeiro (em Reais)
Descrio Valor
Prefeitura: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio atual, conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge (elemento da despesa 92) e demonstrada no Apndice, deste Relatrio
2.213.940,87
Demais Unidades: Despesas liquidadas, empenhadas e canceladas e/ou no empenhadas Ajuste exerccio atual, conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge (elemento da despesa 92) e demonstrada no Apndice, deste Relatrio
5.884.831,92
Total acrescido no Saldo Final do Passivo Financeiro 8.098.772,79
Obs.: A divergncia entre a variao do Saldo Patrimonial Financeiro e o Resultado da Execuo
Oramentria consta como restrio anotada no item Restries de Ordem Legal do captulo
Restries Apuradas, deste Relatrio.
4.3. Anlise da evoluo patrimonial e financeira
A presente anlise est baseada na demonstrao de quocientes e/ou
ndices, os quais podem ser definidos como nmeros comparveis obtidos a
partir da diviso de valores absolutos, destinados a medir componentes
patrimoniais, financeiros e oramentrios existentes nas demonstraes
contbeis.
Os quocientes escolhidos para viabilizar a anlise da evoluo
patrimonial e financeira do Municpio, nos ltimos cinco anos, esto dispostos no
quadro a seguir, com a devida memria de clculo:
Quadro 12 Quocientes de Situao Patrimonial e Financeira 2008 2012
ITENS / ANO 2008 2009 2010 2011 2012 1 Despesa Executada 256.327.701,92 276.729.767,93 322.626.143,71 391.210.974,78 460.388.223,41
2 Restos a Pagar 8.968.812,31 16.996.673,53 15.476.842,36 19.642.214,00 20.660.401,28
3
Ativo Financeiro Ajustado - Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
22.198.013,85 39.393.692,91 45.327.028,77 55.054.595,54 44.454.023,71
4
Passivo Financeiro Ajustado Excludo RPPS e/ou Fundo/Fundao/Autarquia de Assistncia ao Servidor
9.529.139,06 17.194.047,71 15.842.747,30 19.922.992,07 30.975.079,08
5 Ativo Real 291.149.981,97 345.023.971,73 390.457.025,18 448.151.061,31 507.453.156,00
6 Passivo Real 97.249.771,18 100.471.772,17 117.152.297,77 127.390.499,27 212.997.688,72
QUOCIENTES 2008 2009 2010 2011 2012 Resultado Patrimonial (56) 2,99 3,43 3,33 3,52 2,38
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 21
Situao Financeira (34) 2,33 2,29 2,86 2,76 1,44
Restos a Pagar (21)*100 3,50 6,14 4,80 5,02 4,49
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
O Quociente do Resultado Patrimonial resultante da relao entre o
Ativo Real e o Passivo Real.
No h um parmetro mnimo definido, mas se o resultado deste
quociente apresentar-se inferior a 1,00 ser indicativo da existncia de dvidas
(curto e longo prazo) sem ativos suficientes para cobri-las.
Grfico 10 Evoluo do Quociente de Resultado Patrimonial: 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico anterior, no final do exerccio de 2012 o
Ativo Real apresenta-se 2,38 vezes maior que o Passivo Real (dvidas).
O Quociente da Situao Financeira resultante da relao entre o
Ativo Financeiro e o Passivo Financeiro, demonstrando a capacidade de
pagamento de curto prazo do Municpio.
O ideal que esse quociente apresente valor maior que 1,00, pois
assim indicar que as obrigaes financeiras de curto prazo podem ser cobertas
pelos ativos financeiros do Municpio.
2,99 3,43 3,33 3,52 2,38
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
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Grfico 11 Evoluo do Quociente da Situao Financeira: 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Como demonstra o grfico, a situao financeira do Municpio
apresenta-se Superavitria, sendo que no final do exerccio de 2012 o Ativo
Financeiro representa 1,44 vezes o valor do Passivo Financeiro.
O Quociente de Restos a Pagar (processados e no processados)
expressa em termos percentuais relao entre o saldo final dos restos a pagar
e o total da Despesa Oramentria.
Quanto menor esse quociente, menos comprometida ser a gesto
oramentria e o fluxo financeiro do Municpio. Aumentos significativos deste
quociente podem indicar que o Municpio no est conseguindo pagar no
exerccio as despesas que nele empenhou.
A situao apresentada pelo Municpio de Jaragu do Sul
demonstrada no grfico a seguir:
2,33 2,29 2,86 2,76 1,440,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
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Grfico 12 Evoluo do Quociente de Restos a Pagar (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Verifica-se no grfico anterior que o saldo final de Restos a Pagar
corresponde a 4,49% da despesa oramentria do exerccio.
5. ANLISE DO CUMPRIMENTO DE LIMITES
O ordenamento vigente estabelece limites mnimos para aplicao de
recursos na Educao e Sade, bem como os limites mximos para despesas
com pessoal.
5.1. Sade
Limite: mnimo de 15% das receitas com impostos, inclusive
transferncias, de aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade para o
exerccio de 2012 artigo 77, III, e 4, do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias - ADCT.
Constatou-se que o Municpio aplicou o montante de R$
52.336.104,33 em gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, o que
corresponde a 19,89% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A
MAIOR o valor de R$ 12.868.902,77, representando 4,89% do mesmo
parmetro, CUMPRINDO o disposto no artigo 77, III, e 4, do Ato das
Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT.
3,50
6,14
4,80 5,024,49
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios
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A apurao das despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade,
pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 13 Apurao das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade: 2012
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 263.114.677,07 100,00
Total das Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 94.449.755,81 35,90
Ateno Bsica 7.045.925,66 2,68
Assistncia Hospitalar e Ambulatorial 45.235.171,78 17,19
Vigilncia Sanitria 286.025,16 0,11
Vigilncia Epidemiolgica 614.654,59 0,23
Administrao Geral 41.089.927,04 15,62
Outras Despesas com Aes e Servios Pblicos de Sade 178.051,58 0,07
(-) Total das Dedues com Aes e Servios Pblicos de Sade* 42.113.651,48 16,01
Total das Despesas para Efeito do Clculo 52.336.104,33 19,89
Valor Mnimo a ser Aplicado 39.467.201,56 15,00
Valor Acima do Limite 12.868.902,77 4,89
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Aes e Servios Pblicos de Sade:
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Grfico 13 Evoluo Histrica e Comparativa da Sade (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior demonstra que o Municpio de Jaragu do Sul em
2012 aumentou seus gastos com Aes e Servios Pblicos de Sade, em
termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2. Ensino
5.2.1. Limite de 25% das receitas de impostos e transferncias
Limite: mnimo de 25% proveniente de impostos, compreendida a
proveniente de transferncias, em gastos com Manuteno e Desenvolvimento
do Ensino (exerccio de 2012) art. 212 da Constituio Federal.
Apurou-se que o Municpio aplicou o montante de R$ 75.376.872,96
em gastos com manuteno e desenvolvimento do ensino, o que corresponde a
28,65% da receita proveniente de impostos, sendo aplicado A MAIOR o valor de
R$ 9.598.203,69, representando 3,65% do mesmo parmetro, CUMPRINDO o
disposto no artigo 212 da Constituio Federal.
A apurao das despesas com a Manuteno e Desenvolvimento do
Ensino, pode ser demonstrada da seguinte forma:
16,81 16,5518,10 17,84
19,89
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
546
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Quadro 14 Apurao das Despesas com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino: 2012
COMPONENTE VALOR (R$) %
Total da Receita com Impostos 263.114.677,07 100,00
Valor Aplicado Educao Infantil 31.765.550,97 12,07
Educao Infantil 31.765.550,97 12,07
Valor Aplicado Ensino Fundamental 65.916.975,74 25,05
Ensino Fundamental 65.916.975,74 25,05
Valor Aplicado Ensino Bsico 870,00 -
Valor Aplicado Administrao Ligada ao Ensino 870,00 -
(-) Total das Dedues com Educao Bsica* 10.964.812,50 4,17
(-) Ganho com FUNDEB 10.805.996,52 4,11
(-) Rendimentos de Aplicaes Financeiras 535.714,73 0,20
Total das Despesas para efeito de Clculo 75.376.872,96 28,65
Valor Mnimo a ser Aplicado 65.778.669,27 25,00
Valor Acima do Limite (25%) 9.598.203,69 3,65 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica. *Dedues, incluindo-se os convnios, dispostas no Anexo deste Relatrio.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento do Ensino:
Grfico 14 Evoluo Histrica e Comparativa do Ensino (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
28,21
32,15
28,50 28,66 28,65
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
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O grfico anterior demonstra que o Municpio de Jaragu do Sul em
2012 reduziu seus gastos com Manuteno e Desenvolvimento do Ensino, em
termos percentuais, quando comparado ao exerccio anterior.
5.2.2. FUNDEB
Limite 1: mnimo de 60% dos recursos oriundos do FUNDEB na
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio art. 60, XII,
do Ato das Disposies Constitucionais Transitrias - ADCT c/c art. 22 da Lei n
11.494/07.
Verificou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 49.809.288,06,
equivalendo a 96,17% dos recursos oriundos do FUNDEB, em gastos com a
remunerao dos profissionais do magistrio em efetivo exerccio, CUMPRINDO
o estabelecido no artigo 60, inciso XII do Ato das Disposies Constitucionais
Transitrias (ADCT) e artigo 22 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com profissionais do magistrio em efetivo
exerccio pode ser demonstrada da seguinte forma:
Quadro 15 Apurao das Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio
FUNDEB: 2012
COMPONENTE VALOR (R$)
Transferncias do FUNDEB 51.257.760,02
(+) Rendimentos de Aplicaes Financeiras das Contas do FUNDEB 535.714,73
Total dos recursos oriundos do FUNDEB 51.793.474,75
60% dos Recursos Oriundos do FUNDEB 31.076.084,85
Despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio aplicadas com Recursos do FUNDEB
49.809.288,06
Valor Acima do Limite 18.733.203,21
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e da anlise tcnica.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em despesas com Profissionais do Magistrio em Efetivo Exerccio:
548
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Grfico 15 Evoluo Histrica e Comparativa 60% do FUNDEB (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Limite 2: mnimo de 95% dos recursos oriundos do FUNDEB (no
exerccio financeiro em que forem creditados), em despesas com Manuteno e
Desenvolvimento da Educao Bsica art. 21 da Lei n 11.494/07.
Constatou-se que o Municpio aplicou o valor de R$ 51.520.527,08,
equivalendo a 99,47% dos recursos oriundos do FUNDEB, em despesas com
Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica, CUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21 da Lei n 11.494/2007.
A apurao das despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica com recursos oriundos do FUNDEB pode ser demonstrada da
seguinte forma:
Quadro 16 Apurao das Despesas com FUNDEB: 2012
COMPONENTE VALOR (R$)
Total dos Recursos Oriundos do FUNDEB 51.793.474,75
95% dos Recursos do FUNDEB 49.203.801,01
Despesas com manuteno e desenvolvimento da educao bsica aplicadas no exerccio com recursos do FUNDEB *
51.520.527,08
Valor Acima do Limite 2.316.726,07
Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado e anlise tcnica.
Obs.: * Apurao efetuada com base na execuo financeira, vide Quadro no Anexo deste Relatrio.
93,60 97,00
86,45 89,4096,17
0,00
20,00
40,00
60,00
80,00
100,00
120,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
549
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 29
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa da
aplicao em Manuteno e Desenvolvimento da Educao Bsica com recursos
oriundos do FUNDEB:
Grfico 16 Evoluo Histrica e Comparativa 95% do FUNDEB (%): 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Com relao s despesas com Manuteno e Desenvolvimento da
Educao Bsica custeadas com recursos do FUNDEB, no exerccio em anlise,
o Municpio de Jaragu do Sul ampliou sua aplicao, quando comparado ao
exerccio anterior.
Limite 3: utilizao dos recursos do FUNDEB, no exerccio seguinte
ao do recebimento e mediante abertura de crdito adicional - artigo 21, 2 da
Lei n 11.494/2007.
O Municpio utilizou, no 1 trimestre mediante a abertura de crdito
adicional, parcialmente o saldo anterior dos recursos do FUNDEB no valor de R$
87.384,00, quando o saldo total era de R$ 257.355,30, DESCUMPRINDO o
estabelecido no artigo 21, 2 da Lei n 11.494/2007 (Obs.: Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal).
93,75
99,37
94,30
99,45 99,47
85,00
90,00
95,00
100,00
105,00
110,00
115,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
550
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 30
Supervit financeiro do FUNDEB em 31/12/2012: No tocante ao
controle da utilizao dos recursos do FUNDEB para o exerccio seguinte
apresenta-se o Quadro abaixo:
Quadro 16A Controle da utilizao de recursos para o exerccio subsequente (art. 21, 2 da
Lei n 11.494/2007
COMPONENTE VALOR (R$)
Saldo Financeiro do FUNDEB em 31/12/2012 1.340.390,41
(-) Despesas inscritas em Restos a Pagar no exerccio e em exerccios anteriores pendentes de pagamento e/ou despesas registradas em DDO no exerccio, com disponibilidade dos recursos do FUNDEB
1.067.442,74
(=) Recursos do FUNDEB que no foram utilizados 272.947,67
Fonte: Dados do Sistema e-Sfinge e anlise tcnica.
5.3. Limites de gastos com pessoal (LRF)
5.3.1. Limite mximo para os gastos com pessoal do Municpio
Limite: 60% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Municpio art. 169 da Constituio Federal c/c o art. 19, III da Lei
Complementar n 101/2000 (LRF).
Quadro 17 Apurao das Despesas com Pessoal do Municpio: 2012
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 426.668.163,24 100,00
LIMITE DE 60% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 256.000.897,94 60,00
Despesas com Pessoal do Poder Executivo 202.545.457,61 47,47
Pessoal e Encargos 202.539.652,79 47,47
Demais Unidades (exceto Instituto/Fundo de Previdncia): Despesas com pessoal e encargos sociais liquidadas e no empenhadas (ajuste do exerccio atual), conforme pesquisa realizada no Sistema e-Sfinge (elemento da despesa 92) e demonstrada no Apndice, deste Relatrio
5.804,82 -
Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 4.805.987,67 1,13
Pessoal e Encargos 4.805.987,67 1,13
Total das dedues das despesas com pessoal* 12.179.353,21 2,85
TOTAL DA DESPESA PARA EFEITO DE CLCULO DA DESPESA COM PESSOAL DO MUNICPIO
195.172.092,07 45,74
Valor Abaixo do Limite (60%) 60.828.805,87 14,26 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
551
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 31
No exerccio em exame, o Municpio gastou 45,74% do total da receita
corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO o limite contido no
artigo 169 da Constituio Federal, regulamentado pela Lei Complementar n
101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Municpio:
Grfico 17 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Municpio: 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O grfico anterior mostra o crescimento dos gastos com pessoal do
Municpio de Jaragu do Sul, quando comparado ao exerccio anterior.
44,24 44,19 44,13 44,04 45,74
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
552
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 32
5.3.2. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Executivo
Limite: 54% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Executivo (Prefeitura, Fundos, Fundaes, Autarquias e Empresas
Estatais Dependentes) Artigo 20, III, 'b' da Lei Complementar n 101/2000
(LRF).
Quadro 18 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Executivo: 2012
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 426.668.163,24 100,00
LIMITE DE 54% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 230.400.808,15 54,00
Despesas com Pessoal do Poder Executivo 202.545.457,61 47,47
Dedues das despesas com pessoal do Poder Executivo* 12.134.348,22 2,84
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Executivo
190.411.109,39 44,63
Valor Abaixo do Limite (54%) 39.989.698,76 9,37 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
O demonstrativo acima comprova que, no exerccio em exame, o
Poder Executivo gastou 44,63% do total da receita corrente lquida em despesas
com pessoal, CUMPRINDO a norma contida no artigo 20, III, 'b' da Lei
Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Executivo:
553
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 33
Grfico 18 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Executivo: 2008 2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
Da anlise do grfico, verifica-se que os gastos com pessoal do Poder
Executivo aumentaram, quando comparado ao exerccio anterior.
5.3.3. Limite mximo para os gastos com pessoal do Poder
Legislativo
Limite: 6% da Receita Corrente Lquida para os gastos com pessoal
do Poder Legislativo (Cmara Municipal) Artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar
n 101/2000 (LRF).
Quadro 19 Apurao das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo: 2012
COMPONENTE VALOR (R$) %
TOTAL DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 426.668.163,24 100,00
LIMITE DE 6% DA RECEITA CORRENTE LQUIDA 25.600.089,79 6,00
Despesas com Pessoal do Poder Legislativo 4.805.987,67 1,13
Dedues com pessoal do Poder Legislativo* 45.004,99 0,01
Total das Despesas para efeito de Clculo das Despesas com Pessoal do Poder Legislativo
4.760.982,68 1,12
Valor Abaixo do Limite (6%) 20.839.107,11 4,88 Fonte: Demonstrativos do Balano Geral consolidado. *Dedues dispostas no Anexo deste Relatrio.
43,07 42,93 42,85 42,8644,63
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
554
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O Poder Legislativo gastou, no exerccio em exame, 1,12% do total da
receita corrente lquida em despesas com pessoal, CUMPRINDO a norma
contida no artigo 20, III, 'a' da Lei Complementar n 101/2000.
O grfico seguinte apresenta a evoluo histrica e comparativa das
despesas com pessoal do Poder Legislativo:
Grfico 19 Evoluo Histrica e Comparativa da Despesa com Pessoal do Legislativo: 2008
2012
Fonte: Demonstrativos dos Balanos Gerais consolidados e anlise tcnica.
O estudo evolutivo dos gastos com pessoal da Cmara expe que
houve uma reduo do percentual quando comparado ao exerccio anterior.
1,17 1,26 1,27 1,18 1,12
0,00
1,00
2,00
3,00
4,00
5,00
6,00
7,00
2008 2009 2010 2011 2012
Municpio Mdia AMVALI Mdia dos Municpios Limite
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6. DO FUNDO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA CRIANA E DO
ADOLESCENTE - FIA
A Constituio Federal trata do dever da famlia, da sociedade e do
Estado, em carter prioritrio, em assegurar criana e ao adolescente uma
srie de direitos, conforme pode ser constatado em seu artigo 227:
dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso.
Nessa linha foi promulgada a Lei n 8.069, de 13 de julho de 1990,
que dispe sobre o Estatuto da Criana e do Adolescente (ECA) e trata sobre a
proteo integral desses.
A referida Lei prev em seu artigo 88, incisos II e IV, a criao do
Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente e a manuteno
de fundo especial, respectivamente. Esse fundo, no caso dos Municpios, deve
ser criado por lei municipal, obedecendo ao disposto no artigo 167, IX da
Constituio Federal e artigo 74 da Lei n 4.320/64.
A receita do referido Fundo deve ser vinculada aos seus objetivos e
sua finalidade, sendo que a forma de aplicao dos recursos determinada pelo
Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente. Isto
operacionalizado atravs da aprovao de seu Plano de Aplicao feita
anualmente, em consonncia com o Plano de Ao elaborado anteriormente
tambm pelo referido Conselho, de acordo com o artigo 260, 2 da Lei n
8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do Conselho Nacional dos Direitos da
Criana e do Adolescente - CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005,
conforme segue:
Lei n 8.069/90 Art. 260. [...] 2 Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criana e do Adolescente fixaro critrios de utilizao, atravs de planos de aplicao das doaes subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente, rfos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, 3, VI, da Constituio Federal.
Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005: Art.1 - Ficam estabelecidos os Parmetros para a Criao e Funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criana e do Adolescente em todo o territrio nacional, nos termos do art.88, inciso II, do Estatuto da Criana e do Adolescente, e artigos. 227, 7 da
556
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vihttp://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art2273vi
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Constituio Federal, como rgos deliberativos da poltica de promoo dos diretos da criana e do adolescente, controladores das aes em todos os nveis no sentido da implementao desta mesma poltica e responsveis por fixar critrios de utilizao atravs de planos de aplicao do Fundo dos Direitos da Criana e do Adolescente, incumbindo-lhes ainda zelar pelo efetivo respeito ao princpio da prioridade absoluta criana e ao adolescente, nos moldes do previsto no art.4, caput e pargrafo nico, alneas b, c e d combinado com os artigos 87, 88 e 259, pargrafo nico, todos da Lei n 8.069/90 e art. 227, caput, da Constituio Federal. (grifo nosso)
No caso do Municpio de Jaragu do Sul, constata-se que a despesa
do Fundo Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente (R$ 304.634,73)
representa 0,11% da despesa total realizada pela Prefeitura Municipal (R$
276.261.565,92).
Alm disso, conforme documentao acostada ao processo s fls.
436/489, verifica-se que:
1) Os atos de posse dos Conselheiros do Conselho Municipal dos Direitos da Criana e do Adolescente esto acostados aos autos, s fls. 444/449. Entretanto, no foi encaminhada a nominata;
2) Houve a elaborao do Plano de Ao referente s polticas
pblicas voltadas Criana e ao Adolescente, porm, tais programas foram inseridos no Fundo Municipal de Assistncia Social, contrariando o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;
3) No houve a remessa do Plano de Aplicao dos recursos do FIA,
caracterizando a ausncia de elaborao do mesmo, contrariando o disposto no artigo 260, 2 da Lei n 8.069/90 c/c o artigo 1 da Resoluo do CONANDA n 105, de 15 de junho de 2005;
4) A remunerao dos Conselheiros Tutelares foi paga com recursos
da Prefeitura, conforme fls. 450.
557
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7. DO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR N 131/2009 E
DO DECRETO FEDERAL N 7.185/2010
A transparncia da gesto fiscal, entendida como a produo e
divulgao sistemtica de informaes, um dos pilares em que se assenta a
Lei Complementar n 101/2000.
Para assegurar essa transparncia a Lei Complementar n 131/2009
acrescentou dispositivos a referida Lei a fim de determinar a disponibilizao, em
tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e
financeira, referentes receita e despesa, da Unio, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municpios, bem como definiu prazos para a implantao.
O artigo 48, pargrafo nico, da Lei Complementar n 101/2000
alterado pela Lei Complementar n 131/2009, assim determina:
Art. 48. [...]
Pargrafo nico. A transparncia ser assegurada tambm mediante:
I incentivo participao popular e realizao de audincias pblicas, durante os processos de elaborao e discusso dos planos, lei de diretrizes oramentrias e oramentos;
II liberao ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira, em meios eletrnicos de acesso pblico;
III adoo de sistema integrado de administrao financeira e controle, que atenda a padro mnimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da Unio e ao disposto no art. 48-A.
Os contedos das informaes sobre a execuo oramentria e
financeira, liberados em meios eletrnicos de acesso pblico, so definidos no
artigo 48-A, I e II, da Lei Complementar n 101/2000 includo pela Lei
Complementar n 131/2009, a saber:
Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 48, os entes da Federao disponibilizaro a qualquer pessoa fsica ou jurdica o acesso a informaes referentes a:
I quanto despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo da despesa, no momento de sua realizao, com a disponibilizao mnima dos dados referentes ao nmero do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao servio prestado, pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatrio realizado;
II quanto receita: o lanamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinrios.
Quanto aos prazos para o cumprimento das determinaes dispostas
nos referidos artigos a Lei Complementar n 131/2009 estabeleceu:
Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento das determinaes dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do art. 48 e do art. 48-A:
558
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm#art73b
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I 1 (um) ano para a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios com mais de 100.000 (cem mil) habitantes;
II 2 (dois) anos para os Municpios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e 100.000 (cem mil) habitantes;
III 4 (quatro) anos para os Municpios que tenham at 50.000 (cinquenta mil) habitantes.
Pargrafo nico. Os prazos estabelecidos neste artigo sero contados a partir da data de publicao da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos no caput deste artigo.
O sistema integrado de administrao financeira e controle
SISTEMA mencionado no inciso III do pargrafo nico do artigo 48 da Lei
Complementar n 101/2000 alterado pela Lei Complementar n 131/2009, foi
regulamentado por meio do Decreto Federal n 7.185/2010, que em seu artigo 1
assim determina:
Art. 1 A transparncia da gesto fiscal dos entes da Federao referidos no art. 1, 3, da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, ser assegurada mediante a observncia do disposto no art. 48, pargrafo nico, da referida Lei e das normas estabelecidas neste Decreto.
Dessa forma, o referido Decreto tambm estabeleceu requisitos com
padro mnimo de qualidade necessrio para assegurar a transparncia da
gesto fiscal, onde se extraiu os seguintes:
Art. 2 O sistema integrado de administrao financeira e controle utilizado no mbito de cada ente da Federao, doravante denominado SISTEMA, dever permitir a liberao em tempo real das informaes pormenorizadas sobre a execuo oramentria e financeira das unidades gestoras, referentes receita e despesa, com a abertura mnima estabelecida neste Decreto, bem como o registro contbil tempestivo dos atos e fatos que afetam ou possam afetar o patrimnio da entidade.
1 Integraro o SISTEMA todas as entidades da administrao direta, as autarquias, as fundaes, os fundos e as empresas estatais dependentes, sem prejuzo da autonomia do ordenador de despesa para a gesto dos crditos e recursos autorizados na forma da legislao vigente e em conformidade com os limites de empenho e o cronograma de desembolso estabelecido.
2 Para fins deste Decreto, entende-se por:
I [...]
II - liberao em tempo real: a disponibilizao das informaes, em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, at o primeiro dia til subseqente data do registro contbil no respectivo SISTEMA, sem prejuzo do desempenho e da preservao das rotinas de segurana operacional necessrios ao seu pleno funcionamento;
III - meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico: a Internet, sem exigncias de cadastramento de usurios ou utilizao de senhas para acesso; e
IV - [...]
559
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LCP/Lcp101.htm#art13
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Art. 4 Sem prejuzo da exigncia de caractersticas adicionais no mbito de cada ente da Federao, consistem requisitos tecnolgicos do padro mnimo de qualidade do SISTEMA:
I - [...]
II - permitir o armazenamento, a importao e a exportao de dados; e
III - [...]
Art. 7 Sem prejuzo dos direitos e garantias individuais constitucionalmente estabelecidos, o SISTEMA dever gerar, para disponibilizao em meio eletrnico que possibilite amplo acesso pblico, pelo menos, as seguintes informaes relativas aos atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execuo oramentria e financeira:
I - quanto despesa:
a) o valor do empenho, liquidao e pagamento;
b) o nmero do correspondente processo da execuo, quando for o caso;
c) a classificao oramentria, especificando a unidade oramentria, funo, subfuno, natureza da despesa e a fonte dos recursos que financiaram o gasto;
d) a pessoa fsica ou jurdica beneficiria do pagamento, inclusive nos desembolsos de operaes independentes da execuo oramentria, exceto no caso de folha de pagamento de pessoal e de benefcios previdencirios;
e) o procedimento licitatrio realizado, bem como sua dispensa ou inexigibilidade, quando for o caso, com o nmero do correspondente processo; e
f) o bem fornecido ou servio prestado, quando for o caso;
II - quanto receita, os valores de todas as receitas da unidade gestora, compreendendo no mnimo sua natureza, relativas a:
a) previso;
b) lanamento, quando for o caso; e
c) arrecadao, inclusive referente a recursos extraordinrios.
O Municpio de Jaragu do Sul, com base na populao estimada
quando a Lei Complementar n 131/2009 entrou em vigor (Populao de
136.282 habitantes, IBGE 2008), acrescentando dispositivos Lei
Complementar n 101/2000, se enquadra na regra estabelecida no artigo 73-B, I,
do referido dispositivo legal, ou seja, o cumprimento das determinaes
dispostas nos incisos II e III do pargrafo nico do artigo 48 e do artigo 48-A
iniciou-se no ms de maio de 2010.
A anlise, por amostragem, do cumprimento das normas
estabelecidas na Lei Complementar n 101/2000, alterada pela Lei
Complementar n 131/2009, em conjunto com o Decreto Federal n 7.185/2010,
560
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pelo Municpio, no tocante aos dados relativos do exerccio em exame
demonstrada no Quadro a seguir:
Quadro 20 Cumprimento da Lei Complementar n 131/2009 e do Decreto Federal n 7.185/2010
I QUANTO FORMA Disponibilizao de informaes de todas as
unidades municipais (art. 2, 1, do Decreto
Federal n 7.185/2010)
CUMPRIU
Disponibilizao at o primeiro dia til
subsequente data do registro contbil
municipal (art. 2, 2, II, do Decreto Federal
n 7.185/2010)
CUMPRIU
Disponibilizao em meio eletrnico que
possibilite amplo acesso pblico na Internet,
sem exigncias de cadastramento de
usurios ou utilizao de senhas para
acesso (art. 2, 2, III, do Decreto Federal
n 7.185/2010)
DESCUMPRIU,
vide fls. 89, deste Relatrio
Permitir o armazenamento, a importao e a
exportao de dados (art. 4, II, do Decreto
Federal n 7.185/2010)
DESCUMPRIU,
vide fls. 89, deste Relatrio
I QUANTO AO CONTEDO
DESPESA
(art. 48-A, I, da Lei Complementar n 101/2000 e art. 7, I, do Decreto Federal n 7.185/2010)
a) o valor do empenho, liquidao e pagamento CUMPRIU
b) o nmero do empenho CUMPRIU
c) a classificao oramentria, especificando a
unidade oramentria, funo, subfuno,
natureza da despesa e a fonte dos recursos que
financiaram o gasto
CUMPRIU
d) a pessoa fsica ou jurdica beneficiria do
pagamento, inclusive nos desembolsos de
operaes independentes da execuo
oramentria, exceto no caso de folha de
pagamento de pessoal e de benefcios
previdencirios
CUMPRIU
e) o procedimento licitatrio realizado, bem como
sua dispensa ou inexigibilidade, quando for o
caso, com o nmero do correspondente
processo
CUMPRIU
f) o bem fornecido ou servio prestado, quando
for o caso CUMPRIU
561
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RECEITA
(art. 48-A, II, da Lei Complementar n 101/2000 e art. 7, II, do Decreto Federal n
7.185/2010)
a) previso CUMPRIU
b) lanamento DESCUMPRIU
c) arrecadao CUMPRIU
Fonte: Site da Prefeitura Municipal Portal da Transparncia Data de acesso:
22/10/2013
Obs. Vide restrio anotada no item Restries de Ordem Legal deste Relatrio.
8. DO CUMPRIMENTO DO ARTIGO 42 DA LEI DE
RESPONSABILIDADE FISCAL - LRF
A Lei de Responsabilidade Fiscal em seu artigo 42 dispe que:
Art. 42. vedado ao titular de Poder ou rgo referido no art. 20, nos ltimos dois quadrimestres do seu mandato, contrair obrigaes de despesa que no possa ser cumprida integralmente dentro dele, ou que tenha parcelas a serem pagas no exerccio seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para este efeito.
Pargrafo nico. Na determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e despesas compromissadas a pagar at o final do exerccio.
Para fins de verificao do cumprimento do dispositivo legal antes
mencionado, foi apurada a disponibilidade de caixa lquida por fonte de recursos,
conforme metodologia da Portaria STN n 407, de 20 de junho de 2011, que
"aprova a 4 edio do Manual de Demonstrativos Fiscais (MDF)".
A Fonte de Recursos trata-se de mecanismo integrador entre a receita
e a despesa, onde atribudo um cdigo que exerce duplo papel no processo
oramentrio permitindo compatibilizar a execuo oramentria com as
disponibilidades financeiras:
a) na receita oramentria: indica a destinao de recursos para a
realizao de determinadas despesas;
b) na despesa oramentria: identifica a origem dos recursos que
esto sendo utilizados.
562
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Como processo pelo qual os recursos pblicos so correlacionados a
uma aplicao, pode ser classificada em:
c) destinao vinculada: so cdigos que especificam a vinculao
entre a origem e a aplicao de recursos, de acordo com suas finalidades. Ex.:
convnios e operaes de crdito;
d) destinao ordinria: so cdigos em que a alocao entre a
origem e aplicao de recursos livre. Ex.: receita de taxas e impostos.
Com base nesses conceitos, para verificar o cumprimento do art. 42
da LRF, aplicou-se no clculo os seguintes critrios:
e) Para a disponibilidade de caixa: foram considerados os saldos por
fonte de recursos das Contas Financeiras do Ativo Financeiro (caixa, bancos,
aplicaes financeiras e outras disponibilidades financeiras) em 31/12/2012, os
quais necessariamente devem ser aqueles utilizados para abertura do exerccio
seguinte.
No caso especfico das contas do exerccio de 2012, considerando a
implementao de "conta corrente especfica" no sistema e_sfinge para
discriminao das fontes a partir de 2013, foi efetuada conferncia entre os
dados de encerramento do exerccio de 2012 e de abertura do exerccio de
2013, utilizando-se sempre os valores de coincidiam com o Ativo Financeiro.
Convm esclarecer que o controle das disponibilidades por
especificaes de fontes de recursos realizado simultaneamente tanto no
Sistema Financeiro como no Sistema Compensado, cujos saldos de
disponibilidade de caixa devem ser iguais.
f) Obrigaes Financeiras: considerou-se todas as despesas
contradas, por especificaes de fontes de recursos, divididas em at o 1
quadrimestre de 2012 (despesas de exerccios anteriores e as contradas at
30/04/2012) e as do 2 e 3 quadrimestres de 2012.
Ressalta-se que as despesas de exerccios anteriores e aquelas
assumidas at 30/04/2012 j esto compromissadas para serem pagas, e
conseqentemente, devem ser consideradas para efeito de projeo de fluxo de
caixa para verificao das disponibilidades financeiras ao final do mandato.
Neste sentido, esses compromissos interferem no comprometimento
dos recursos financeiros quando do levantamento das disponibilidades de caixa
para efeito da LRF. Assim, segundo a mesma, disponibilidade de caixa no o
valor financeiro existente em espcie na tesouraria ou nos bancos (componente
do Ativo Financeiro), sendo pois o resultado entre esses saldos e as dvidas
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Prestao de Contas de Prefeita Municpio de Jaragu do Sul exerccio de 2012 43
existentes registradas no Passivo Financeiro, alm de outras despesas no
contabilizadas, todas pendentes de pagamento. Este entendimento advm da
redao do pargrafo nico do artigo 42, o qual estabelece que "na
determinao da disponibilidade de caixa sero considerados os encargos e
despesas compromissadas a pagar at o final do exerccios".
As obrigaes financeiras so compostas pelos seguintes itens:
1) Depsitos - total dos Depsitos em 31/12/2012, pertencentes a
terceiros e resultantes de consignaes, caues e outros depsitos de diversas
origens;
2) Despesas liquidadas e no pagas - total em 31/12/2012, divididas
em at o 1 quadrimestre e 2 e 3 quadrimestres (tomando-se por base a dada
da emisso do empenho), as quais referem-se a obrigaes a pagar com
fornecedores, convnios, precatrios, pessoal, encargos sociais, provises
diversas, benefcios diversos e dbitos diversos.
3) Despesas empenhadas e no liquidadas de exerccios anteriores -
saldo em 31/12/2012 das despesas empenhadas e no liquidadas de anos
anteriores, referentes a obrigaes a pagar com fornecedores, convnios,
precatrios, pessoal, encargos sociais, provises diversas, benefcios diversos e
dbitos diversos.
4) Outras obrigaes financeiras - total em 31/12/2012, relativos as
operaes realizadas com terceiros, independentes da execuo oramentria e
so constitudas dos grupos de contas de Servio da Dvida a Pagar, Outras
Obrigaes a Curto Prazo, Depsitos Exigveis a Longo Prazo e Valores
Pendentes a Curto Prazo, evidenciadas no Balano Patrimonial - Passivo
Financeiro.
Com relao aos ajustes das disponibilidades de caixa e das
obrigaes financeiras, foram utilizadas as seguintes fontes de informaes:
auditorias; respostas dos ofcios circulares n. 7.020/2013, 7.021/2013 e
7.022/2013; dados encaminhados via Sistema e-Sfinge e demais anlises
tcnicas subsidiadas em Diligncias, Denncias e Representaes.
Informa-se que na verificao do cumprimento do artigo 42 da LRF
no sero consideradas as disponibilidades de caixa e consequentemente as
obrigaes financeiras das Cmaras Municipais, dos Regimes Prprios de
Previdncia Social e dos Fundos de Assistncia Sade do Servidor.
No tocante ao Samae - Servio Autnomo Municipal de gua e
Esgoto, Autarquias e Empresas Pblicas, suas disponibilidades de caixa sero
consideradas como recursos vinculados, mesmo que registradas contabilmente
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com especificao de Fonte de Recursos 00 - recursos ordinrios. O mesmo
procedimento ser adotado com relao as obrigaes financeiras.
A seguir, expe-se resumo da situao constatada no Municpio de
Jaragu do Sul, sendo que no Apndice, deste Relatrio, encontra-se o clculo
de forma detalhada.
Quadro 21 - Apurao do cumprimento do art. 42 da LRF (em Reais)
FONTE DE RECURSOS
DISPONIBILIDADE DE CAIXA LQUIDA /
INSUFICINCIA FINANCEIRA
Cumpriu / No
Cumpriu
RECURSOS VINCULADOS
00 - Recursos Ordinrios * 5.458.154,67 Cumpriu
16 - Contribuio de Interveno do Domnio Econmico - CIDE 15.339,02 Cumpriu
17 - Contribuio para o Custeio dos Servios de Iluminao Pblica - COSIP
125.509,95 Cumpriu
18 - Transferncias do FUNDEB - (aplicao na remunerao dos profissionais do Magistrio em efetivo exerccio na Educao B