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Wailda Marla de Macêdo Oliveira Mattos Prevalência de candidose bucal em idosos demenciados dependentes Brasília 2015

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Wailda Marla de Macêdo Oliveira Mattos

Prevalência de candidose bucal em idosos

demenciados dependentes

Brasília

2015

Wailda Marla de Macêdo Oliveira Mattos

Prevalência de candidose bucal em

idosos demenciados dependentes

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Departamento de Odontologia da Faculdade de

Ciências da Saúde da Universidade de Brasília,

como requisito parcial para a conclusão do curso

de Graduação em Odontologia.

Orientadora: Profa. Dra. Erica Negrini Lia

Co-orientadora: Profa. Dra. Liliana Vicente Melo

de Lucas Rezende

Brasília

2015

À minha família.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus pela minha vida, por jamais ter me

abandonado e sempre ter me socorrido trazendo-me paz interior

em todos os momentos de aflição e dificuldade.

Aos meus pais por tudo o que fizeram por mim durante toda a

minha vida, por todo trabalho, esforço, dedicação, e

principalmente, por terem me ensinado a lutar e nunca desistir.

Eles são o exemplo de vida que Deus poderia ter me dado.

Ao meu esposo Raphael, companheiro e amigo que me ajudou

emocionalmente e financeiramente nesses quatro anos e meio de

curso, dando-me força, dividindo comigo a tarefa de mãe em

muitos dias de estudo e sempre acreditando que todo o nosso

esforço valeria a pena.

Ao meu filho amado, que fez parte dessa história e que aos poucos

foi compreendendo a importância de um grande sonho.

À minha orientadora Erica Negrini Lia pela orientação, por todos

os ensinamentos passados, por sempre me tranquilizar em

momentos de estresse e por confiar em meu trabalho.

À minha coorientadora Liliana Vicente Melo de Lucas Rezende,

pela ajuda oferecida para a conclusão deste trabalho.

Aos professores Lucas Fernando Tabata, Cristine Miron Stefani

por toda ajuda e otimismo passados durante os três anos no

projeto de geriatria e por terem me recebido sempre de maneira

muito gentil em todas às vezes que os procurei.

À minha dupla e amiga Roberta, com quem compartilhei

momentos de tensão, alegria, descontração e companherismo.

Vivemos momentos especiais que ficarão gravados para sempre

em minha memória.

À todos os funcionários do Centro Multidisciplinar do Idoso, por

terem me recebido muito bem.

À todos os professores e funcionários do departamento de

Odontologia que direta ou indiretamente contribuíram para minha

formação.

EPÍGRAFE

“Tudo é possível àquele que crê”.

[Marcos 9,23]

Jesus Cristo

RESUMO

MATTOS, W.M.M.O. Prevalência de candidose bucal em idosos

demenciados dependentes. 2015. Trabalho de Conclusão de

Curso (Graduação em Odontologia) – Departamento de

Odontologia da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade

de Brasília.

A candidose é a infecção fúngica mais comum na boca. É

frequente em idosos, particularmente entre os demenciados

dependentes em função da dificuldade de higiene bucal dentre

outros fatores. Os cuidadores são os responsáveis pelo auxílio

prestado às atividades de vida diária do idoso, dentre elas, a

higiene pessoal e têm papel fundamental na dispensação de

cuidados, dentre eles os relacionados à saúde bucal. Diante do

exposto, o objetivo deste trabalho foi determinar a prevalência da

candidose bucal em idosos demenciados dependentes e o perfil

de seus cuidadores quanto às práticas de higiene bucal

dispensadas. Foram avaliados 33 idosos com diagnóstico de

demência, assistidos no Centro Multidisciplinar do Idoso do

Hospital Universitário de Brasília e seus cuidadores. Os idosos

foram submetidos ao exame físico intrabucal. A presença de

comorbidades, a lista de medicamentos utilizados, e os escores

do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e do Clinical Dementia

Rating (CDR) foram coletados a partir dos dados do prontuário

médico. Aos cuidadores foi aplicado um questionário próprio. Os

dados foram expressos como média e desvio padrão ou como

porcentagem. A prevalência de candidose entre os idosos foi de

24%. Dos cuidadores, 42% afirmaram não realizar a higiene bucal

do idoso e 44% afirmaram não observar a boca do idoso com

frequência. Ainda, 37% dos cuidadores não retiram a prótese do

idoso durante o período de sono noturno. Idosos demenciados

apresentam alta prevalência de candidose e nem sempre recebem

auxílio de seus cuidadores para realização da higiene bucal.

Palavras-chave: Candidíase bucal; demência; higiene bucal;

cuidadores.

ABSTRACT

MATTOS, W.M.M.O. Oral candidiasis prevalence dependent

demented older people. 2015. Undergraduate Course Final

Monograph (Undergraduate Course in Dentistry) – Department of

Dentistry, School of Health Sciences, University of Brasília.

The candidiasis is the most common fungal infection in the mouth.

It is common in the older people, particularly between dependent

demented people due to the difficulty of oral hygiene among other

factors. Caregivers are responsible for the assistance provided to

the daily life of the older people activities, among them, personal

hygiene and plays a fundamental role in dispensing care, including

those related to oral health. Given the above the objective of this

study was determine the prevalence of oral candidiasis in

dependent demented older people and the profile of their

caregivers as oral hygiene practices. The amount of Thirty-three

(33) older people demented patients of the Multidisciplinary Center

of Older People at the University Hospital of Brasilia, and their

caregivers were evaluated. The older people were submitted to

intraoral physical examination. The presence of comorbidities, the

list of drugs used and the scores of Mini Mental State Examination

(MMSE) and the Clinical Dementia Rating (CDR) were collected

from the medical records data. To the caregivers a questionnaire

itself was applied. Data were expressed as mean and standard

deviation or in percentage. The prevalence of candidiasis among

seniors was 24%, with lesions located on the palate and lip

commissure. 42% of caregivers said they did not perform the oral

hygiene of the older people and 44% said they did not observe the

mouth of the seniors frequently. Furthermore, 37% of caregivers

do not remove the old prosthesis during the night sleep. Demented

older people present a high prevalence of oral candidiasis and not

always receive help from their caregivers to conduct oral hygiene.

Keywords: oral candidiasis; dementia; oral hygiene; caregivers.

SUMÁRIO

Artigo Científico ........................................................................... 17 Folha de Título ........................................................................ 19 Resumo ................................................................................... 20 Abstract ................................................................................... 22 Introdução................................................................................ 23 Materiais e Métodos ................................................................ 25 Resultados............................................................................... 27 Discussão ................................................................................ 31

Conclusão...............................................................................34 Referências ............................................................................. 35

Anexo ........................................................................................... 38

Normas da Revista .................................................................. 38

Apêndice……………………………………………………………...44

16

17

ARTIGO CIENTÍFICO

Este trabalho de Conclusão de Curso é baseado no artigo

científico:

MATTOS, W.M.M.O. Prevalência de candidose bucal em idosos

demenciados dependentes. Apresentado sob as normas de

publicação da Revista Gerodontology.

18

19

FOLHA DE TÍTULO

Prevalência de candidose bucal em idosos demenciados

dependentes

Oral candidiasis prevalence dependent demented older people

Wailda Marla de Macêdo Oliveira Mattos1

Erica Negrini Lia2

Liliana Vicente Melo de Lucas Rezende3

1 Aluna de Graduação em Odontologia da Universidade de Brasília. 2 Professora Associada I do Curso de Odontologia da Universidade de Brasília. 3 Professora Adjunta II do Curso de Odontologia da Universidade de Brasília.

Correspondência: Profª. Drª. Erica Negrini Lia

Campus Universitário Darcy Ribeiro - UnB - Faculdade de

Ciências da Saúde - Departamento de Odontologia - 70910-900 -

Asa Norte - Brasília – DF. E-mail: [email protected] /

Telefone: (61) 31071803

20

RESUMO

Prevalência de candidose bucal em idosos demenciados

dependentes

Resumo

A candidose é a infecção fúngica mais comum na boca, frequente

em idosos, particularmente entre os demenciados dependentes

em função da dificuldade de higiene bucal dentre outros fatores.

Os cuidadores são os responsáveis pelo auxílio prestado às

atividades de vida diária do idoso, dentre elas, a higiene pessoal

e têm papel fundamental na dispensação de cuidados, dentre eles

os relacionados à saúde bucal. Diante do exposto, o objetivo

deste trabalho foi determinar a prevalência da candidose bucal em

idosos demenciados dependentes e o perfil de seus cuidadores

quanto às práticas de higiene bucal dispensadas. Foram avaliados

33 idosos com diagnóstico de demência, assistidos no Centro

Multidisciplinar do Idoso do Hospital Universitário de Brasília e

seus cuidadores. Os idosos foram submetidos ao exame físico

intrabucal. A presença de comorbidades, a lista de medicamentos

utilizados, e os escores do Mini Exame do Estado Mental (MEEM)

e do Clinical Dementia Rating (CDR) foram coletados a partir dos

dados do prontuário médico. Aos cuidadores foi aplicado um

questionário próprio. Os dados foram expressos como média e

desvio padrão ou como porcentagem. A prevalência de candidose

entre os idosos foi de 24 %. Dos cuidadores, 42% afirmaram não

realizar a higiene bucal do idoso e 44% afirmaram não observar a

boca do idoso com frequência. Ainda, 37% dos cuidadores não

retiram a prótese do idoso durante o período de sono noturno.

Idosos demenciados apresentam alta prevalência de candidose

bucal e nem sempre recebem auxílio de seus cuidadores para

realização da higiene bucal.

21

Palavras-chave: Candidíase bucal; demência; higiene bucal;

cuidadores.

Relevância Clínica

A identificação clínica da candidose bucal em idosos demenciados

permite fornecer informações necessárias aos cuidadores dos

idosos sobre as formas de prevenção e cuidados de saúde bucal.

22

ABSTRACT

Oral candidiasis prevalence dependent demented older people

Abstract

Candidiasis is the most common fungal infection in the mouth,

particularly between dependent demented elderly due to the

difficulty of oral hygiene among other factors. Caregivers are

responsible for the assistance provided to the daily life of the older

people activities, among them, personal hygiene and play a

fundamental role in dispensing care, including those related to oral

health. The objective of the study was to determine the prevalence

of oral candidiasis in dependent demented elderly and the profile

of their caregivers about the oral hygiene practices dispensed.

Thirty-three demented dependent elderly patients of the

Multidisciplinary Center of Older People at the University Hospital

of Brasilia, and their caregivers were evaluated. Patients were

submitted to intraoral physical examination. The presence of

comorbidities, the list of drugs used and the scores of Mini Mental

State Examination (MMSE) and Clinical Dementia Rating (CDR)

were collected from the medical records data. A questionnaire was

applied to the caregivers. Data were expressed as mean and

standard deviation or in percentage. The prevalence of candidiasis

among elderly was 24%, with lesions located on the palate and lip

commissure. About 42% of caregivers did not perform the oral

hygiene and 44% did not observe the mouth of the elderly

frequently. Furthermore, 37% of caregivers did not remove dental

prosthesis during the night sleep. Demented elderly present a high

prevalence of oral candidiasis and they not always receive

assistance from their caregivers to conduct oral hygiene.

Keywords: oral candidiasis; dementia; oral hygiene; caregivers.

23

INTRODUÇÃO

A candidose é uma infecção fúngica oportunista que

acomete a mucosa bucal, causada por um grupo de fungos

saprófitas que inclui oito espécies do gênero Candida, sendo a

Candida albicans a mais comum.1-2-3-4 A apresentação clínica é

variada e pode incluir lesões esbranquiçadas ou eritematosas, em

diversos sítios bucais. Lesões brancas são características das

formas pseudomembranosas e hiperplásicas. As formas

eritematosas são mais comumente encontradas, como por

exemplo as formas atrófica aguda ou crônica, multifocal crônica,

glossite rombóide mediana e queilite angular.1

A candidose atrófica crônica, comumente conhecida como

estomatite protética, é a forma mais encontrada em usuários de

próteses removíveis com cobertura palatina, em sua maioria

idosos.1,5 Observa-se lesão eritematosa sob a área chapeável da

prótese, frequentemente assintomática.6 O fluxo salivar

naturalmente restrito na região palatina contribui para a ocorrência

da estomatite protética1, entretanto sua etiologia é multifatorial.

Fatores como trauma da mucosa em função da falta de adaptação

da prótese, idade avançada, utilização de próteses antigas e mal

adaptadas, uso ininterrupto da prótese durante o sono,

hipossalivação e higiene bucal deficiente são relacionados à

estomatite protética.7-8

Embora nem todos os idosos necessitem fazer uso de

medicamentos, a existência de diversas doenças crônicas e das

sequelas que acompanham o avançar da idade, podem resultar

na prescrição de vários fármacos de diferentes grupos

terapêuticos, levando à polifarmácia9 e favorecendo sobremaneira

o desenvolvimento de infecções fúngicas como a candidose.

De acordo com o levantamento epidemiológico SB Brasil

201010, há alta taxa de edentulismo total entre idosos brasileiros,

sendo a prevalência de utilização de prótese total superior de 63%.

A prevalência de estomatite protética entre idosos usuários de

24

prótese total é alta e estudos demonstram que pode chegar a

67%.11-12 Entretanto, pode estar aumentada em idosos

demenciados, em função da dificuldade de manutenção de higiene

bucal adequada, mas há escassas publicações na literatura

científica acerca do assunto. Oliveira et al.6 demonstraram

prevalência de candidose bucal de 28% em idosos demenciados

e apontam como possíveis causas alterações do padrão alimentar

e condição precária de higiene bucal.6 É inegável a grande

importância da participação do cuidador do idoso dependente

neste processo, pois seu conhecimento e treinamento interferem

diretamente na qualidade do cuidado dispensado.

Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi determinar

a prevalência da candidose bucal em idosos demenciados, sob

acompanhamento no Centro Multidisciplinar do Idoso do Hospital

Universitário de Brasília (CMI-HUB) e o perfil de seus cuidadores

quanto ao conhecimento e realização da higiene bucal.

25

MATERIAIS E MÉTODOS

O estudo foi aprovado pelo o Comitê de Ética em Pesquisa

da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília

(CEP/FM/UnB) sob o número 074/2011.

Foram avaliados 33 idosos com diagnóstico de demência

dependentes, com idade superior a 60 anos, de ambos os

gêneros, acompanhados no Centro Multidisciplinar do Idoso do

Hospital Universitário de Brasília (CMI-HUB). Os idosos foram

submetidos ao exame físico intrabucal sob iluminação adequada

e todas as condições de biossegurança. Avaliou-se a presença de

lesões bucais, particularmente a candidose em suas diversas

formas clínicas, a presença de próteses dentárias e tipificação das

mesmas.

A partir do prontuário médico, foram coletados dados

sobre as comorbidades, lista de medicamentos utilizados, e

escores do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e do Clinical

Dementia Rating (CDR). O MEEM é o teste mais utilizado para

avaliação cognitiva, com o objetivo de rastrear casos de demência.

Apesar de avaliar vários domínios (orientação espacial, temporal,

memória imediata e de evocação, cálculo, linguagem-nomeação,

repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho), não é teste

diagnóstico, porém, indica as funções que necessitam ser

investigadas.13 O CDR é um instrumento dividido em seis

categorias cognitivo-comportamentais (memória, orientação,

julgamento ou solução de problemas, relações comunitárias,

atividades no lar e de lazer, cuidados pessoais) que por meio de

uma escala numérica, quantifica a severidade dos sinais e

sintomas da demência, identificando o grau de demência e os

casos questionáveis.14

Aos cuidadores foi aplicado um questionário composto por

10 questões acerca de dados socioeconômicos e dispensação de

cuidados em saúde e higiene bucal aos idosos.

26

O questionário passou por um período de pré-teste para

avaliação da análise semântica e de conteúdo.

Idosos com diagnóstico de demência, mas que eram

independentes, ou seja, não necessitavam de ajuda de

cuidadores, foram excluídos da amostra.

27

RESULTADOS

Foram avaliados ao total 33 idosos demenciados dependentes de

cuidadores, acompanhados no CMI-HUB no período de agosto de

2013 a março de 2014. Os dados relativos à caracterização dos

dados socioeconômicos e de saúde geral dos idosos encontram-

se descritos na Tabela 1.

TABELA 1 – Caracterização dos dados socioeconômicos e de

saúde geral dos idosos demenciados dependentes

acompanhados no CMI-HUB no período de agosto de 2013 a

março de 2014. Dados expressos como média e desvio padrão ou

número absoluto e porcentagem.

Os dados relativos ao perfil de saúde bucal dos idosos encontram-

se descritos na Tabela 2.

n = 33

Idade (anos)

79 ± 8

Gênero – n (%)

Masculino 11(33)

Feminino 22 (67)

MEEM 13 ± 6

CDR 2 ± 0,8

Número de medicamentos utilizados 6 ± 3

28

TABELA 2 - Perfil de saúde bucal dos idosos demenciados

dependentes, acompanhados no CMI-HUB no período de agosto

de 2013 a março de 2014.

A Tabela 3 descreve as características socioeconômicas e os

dados referentes aos cuidados de higiene bucal dispensados aos

idosos pelos cuidadores entrevistados.

(n = 33)

Próteses Removíveis - n (%) 17(51)

Prótese total

Prótese Parcial Removível

15(45)

2(6)

Candidose população estudada 8(24)

Tipo

Eritematosa - n (%)

- Candidose Atrófica Crônica

- Queilite angular

8(24)

1( 3)

Localização - n (%)

- Palato 8(89)

- Outras 1(11)

29

TABELA 3 - Dados socioeconômicos e de práticas de higiene

bucal dos cuidadores dos idosos dependentes acompanhados no

CMI-HUB no período de agosto de 2013 a março de 2014.

Dados expressos como média e desvio padrão ou números

absolutos e porcentagem.

(n = 33)

Idade (anos) 51,8 ± 12

Gênero

Masculino 3(9)

Feminino 30 (91)

Relação

Familiar 23(70)

Contratado 10(30)

Escolaridade (anos) 0-3 4-8

+ 8 anos

9(27,2)

12(36,4) 12(36,4)

Renda Mensal (Salários Mínimos) 3,2 ± 4

Tempo de atuação (anos) 5,4 ± 5

Possui curso de formação em cuidadores 7 (21)

Observa a boca do idoso com frequência 18(56)

Realiza a higiene bucal do idoso 19 (58)

Frequência Higiene bucal diária

Nenhuma Uma vez Duas vezes Três vezes

3 (9) 5 (15) 7(21)

18 (55) Retira a prótese do idoso durante o sono noturno 12 (63)

30

Os resultados obtidos mostraram também que 14(42%) dos

cuidadores não realizam a higiene bucal do idoso. As justificativas

mais comuns estão apresentadas nos Gráfico 1.

GRÁFICO 1 – Distribuição percentual das respostas mais

frequentemente utilizadas pelos cuidadores como

justificativa da não realização da higiene bucal do idoso.

7%

22%

7%

36%

21%

7%

Nunca tentei higienizar

O idoso não coopera

Não sabe como realizar ahigiene bucal do idoso

O idoso faz sozinho

Deixa-lo maisindependente

O idoso prefere escolvar

31

DISCUSSÃO

A expectativa de vida observada na amostra foi superior à

média encontrada pelos dados do último censo do IBGE, realizado

em 201215 para ambos os gêneros. A proporção na predominância

de pacientes do gênero feminino foi semelhante ao observado nos

estudos de Haikal et al.16 Esta realidade pode ser resultado de

maiores taxas de mortalidade por causas externas entre os

homens e o comportamento feminino em relação às doenças,

sendo, os serviços de saúde muito mais procurados e utilizados

por elas.17

Dados obtidos dos testes de avaliação cognitiva, como o

MEEM e CDR apontam que os pacientes eram portadores de

demência em fase moderada e grave. Nestes casos, é clara a

relação de dependência de um cuidador para diversas atividades,

sejam instrumentais ou atividades de vida diária, incluindo a

realização da higiene corporal. Sendo assim, o auxílio prestado ao

idoso ou a realização direta da higiene bucal, nestes casos pelo

cuidador, seria esperado, fato que não ocorreu na maior parte das

vezes.

Em relação ao uso de medicamentos, no estudo pode-se

observar a ocorrência da polifarmácia, definida por Secoli,12 como

o uso de cinco ou mais medicamentos, fato que contribui ao

aumento do risco e da gravidade das reações adversas aos

medicamentos. O uso de medicamentos de uso contínuo,

principalmente nos casos de polifarmácia, pode provocar

alterações bucais como, a diminuição do fluxo salivar, xerostomia,

alterações no paladar e candidose.18

Com relação aos dados socioeconômicos referentes ao

cuidador, foi observada maior proporção de cuidadores do gênero

feminino. A maioria dos cuidadores foi representada por familiares,

corroborando com os achados de Luzardo19 e Oliveira et al.6 que

com frequência são cônjuges, filhos e irmãos, que assumem a

responsabilidade de desempenhar atividades de cuidados ao

32

paciente dependente. O nível mais elevado de escolaridade dos

cuidadores pode estar associado ao melhor entendimento com

relação às ações de educação geral e principalmente no que

abrange a saúde bucal como um todo. Apenas uma pequena

parcela possuía curso de formação de cuidadores, evidenciando

a necessidade de formação de equipes especializadas na

formação de cuidadores de idosos com ênfase em pacientes

demenciados.

Oliveira et al.,6 citam as deficiências na escovação

dentária e no cuidado das próteses por parte dos pacientes

demenciados, dificultando o autocuidado e necessidade de

participação dos cuidadores. Por vez, foi observado no presente

estudo, que apenas parte dos cuidadores afirmam realizar a

higiene e observar a boca do paciente, a fim de observar presença

de cáries, lesões e/ou sujidades. Novamente destacamos a

importância do envolvimento familiar e de cuidadores por meio de

programas que visem o treinamento e a capacitação destes

saberem diferenciar situações de anormalidade na cavidade bucal

dos idosos.

As justificativas mais frequentes apontadas pelos

cuidadores que afirmaram não realizar a higiene bucal do idoso

foram a independência existente do paciente, ou estímulo à

independência e falta de cooperação do mesmo. Outro motivo

apontado foi o edentulismo total, entendido pelos cuidadores nesta

situação não ser necessário a dispensa de cuidados de higiene

bucal. O fato de o cuidador acreditar que o idoso seja

independente nas fases moderada e grave da demência torna-se

motivo de preocupação. Como já citado, o idoso demenciado

apresenta limitações cognitivas e até mesmo motoras, dificultando

enormemente a realização da higiene bucal.

Metade dos pacientes avaliados apresentou reabilitação

por uso de próteses removíveis, sendo a prótese total a mais

utilizada, em percentual próximo dos achados no levantamento

epidemiológico SB Brasil 2010.8 Segundo Carvalho,20 a idade

33

avançada, a presença de demência e o fato do paciente não retirar

a prótese para dormir são fatores associados ao maior risco de

ocorrência de candidose. Em nosso estudo, 37% dos idosos

portadores de prótese não a retiravam durante o período de sono.

A prevalência de candidose na forma de estomatite

protética nesse estudo foi semelhante a observada por Sadig,19

que apresentou na sua amostra prevalência de estomatite

protética entre portadores de próteses totais de 25 a 65%. No

estudo realizado por Silva et al.,22 em que metade dos idosos

examinados faziam uso de próteses dentárias, destes, mais de

60% apresentaram algum tipo de candidose, em função da má

higiene bucal. Todos os pacientes com infecções por Candida sp

avaliados em nosso estudo apresentaram lesões localizadas na

região do palato, sendo a forma clínica mais encontrada a

eritematosa, como candidose atrófica crônica, além de um caso

de queilite angular.

É importante destacar que as próteses removíveis devem

ser higienizadas e substituídas periodicamente. A infecção por

Candida sp pode ter origem na confecção inadequada dos

aparelhos protéticos levando a próteses mal adaptadas22, além do

próprio quadro demencial, higiene precária e da polifarmácia, fato

este que pode ser observado em pessoas idosas. É inquestionável

a importância do cuidado com a higiene das próteses dentárias e

remoção das mesmas durante o período do sono de modo a

prevenir infecções bucais como a candidose.

A falta de cuidados dispensados à higiene bucal por parte

dos cuidadores, bem como a não remoção das próteses durante

o período do sono podem explicar a alta prevalência de candidose

bucal entre os idosos. Sugere-se que os cuidadores devam

receber orientação dirigida à importância da saúde bucal e

práticas de higiene específicas, direcionadas aos idosos

portadores de demência.

34

CONCLUSÕES

Idosos demenciados dependentes, apresentam alta

prevalência de candidose bucal. Mais da metade da amostra

estudada usa prótese removível com cobertura palatina (prótese

total ou prótese parcial removível). Apenas pouco mais da metade

dos cuidadores, em sua maioria familiares, a despeito de

exercerem a função em média há 5 anos, não realizam a higiene

bucal do idoso, apesar da necessidade existente.

Nem sempre esses idosos recebem auxílio para a higiene

bucal por parte dos cuidadores e nem sempre suas próteses são

removidas durante o sono, orientação que deveria ser adotada

para a prevenção da candidose bucal. Sendo dessa forma,

indispensável o desenvolvimento de estratégias educativas para

dar suporte aos cuidadores.

35

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_Completas_de_Mortalidade_2012/notastecnicas.pdf”.

16. Haikal DS, Paula AMB, Martins AMEBL, Moreira NA, Ferreira

EF. Autopercepção da saúde bucal e impacto na qualidade de vida

37

do idoso: uma abordagem quanti-qualitativa. Cienc. Saúde Colet.

2011 Jul;16(7): 3317-29.

17. Tibulo C, Carli V, Dullius AIS. Evolução populacional do Brasil:

uma visão demográfica. Scientia Plena. 2012 Abr;8(4):1-10.

18. Rosa LB, Zuccolotto MCC, Bataglion C, Coronatto EAS.

Odontogeriatria – a saúde bucal na Terceira idade. RFO. 2008

maio-agosto;13(2):82-86.

19. Luzardo AR, GoriniMIPC, Silva APSS. Características de

idosos com doença de Alzheimer e seus cuidadores: uma série de

casos em um Serviço de Neurogeriatria. Texto & Contexto Enferm.

2006 Out-Dez; 15(4): 587-94.

20. Carvalho LRT. Comparação do perfil de saúde bucal em

idosos demenciados e não demenciados atendidos no Hospital

Universitário de Brasíia [dissertação]. Distrito Federal: Faculdade

de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília; 2012.

21. Sadig W. The denture hygiene, denture stomatitis and role of

dental hygienist. Int Journal of Dent Hygiene. 2010 Aug;8(3) 227–

231. PubMed; PMID: 206224193.

22. Silva SO, Trentin MS, Linden MSS, Carli JP, Silveira Neto N,

Luft LR. Saúde bucal do idoso institucionalizado em dois asilos de

Passo Fundo. Revista Gaúcha de Odontologia, Porto Alegre. 2008

Jul-Set; 56(3): 303-308.

ANEXO

38

NORMAS DA REVISTA GERODONTOLOGY

MANUSCRIPT FORMAT AND STRUCTURE

Language: The language of publication is English. Authors for

whom English is a second language may choose to have their

manuscript professionally edited by an English speaking person

before submission to make sure the English is of high quality.

Please refer to English Language Editing Services offered by Wiley

at http://wileyeditingservices.com/en/. All services are paid for and

arranged by the author, and use of one of these services does not

guarantee acceptance or preference for publication

Font: Manuscripts must be typed double-spaced.

Abbreviations, Symbols and Nomenclature: The symbol % is to

be used for percent, h for hour, min for minute, and s for second.

In vitro and in vivo are to be italicized. Use only standard

abbreviations. Units used must conform to the Système

International d'Unités (SI). All units will be metric. Use no roman

numerals in the text. In decimals, a decimal point and not a comma

will be used. For tooth notation the two digit system of FDI must be

used (see Int. Dent. J. 21, 104). Avoid abbreviations in the title. The

full term for which an abbreviation stands should precede its first

use in the text unless it is a standard unit of measurement. In cases

of doubt, the spelling orthodoxy of Webster's Third New

International Dictionary will be adhered to.

Scientific Names: Proper names of bacteria should be binomial

and should be singly underlined in the typescript. The full proper

name (e. g. Streptococcus sanguis) must be given upon first

mention. The generic name may be abbreviated thereafter with the

first letter of the genus (e. g. S. sanguis). If abbreviation of the

39

generic name could cause confusion, the full name should be

used. If the vernacular form of a genus name (e. g. streptococci) is

used, the first letter of the vernacular name is not capitalized and

the name is not underlined. Use of two letters of the genus (e. g.

Ps .for Peptostreptococcus) is incorrect, even though it might avoid

ambiguity. With regard to drugs, generic names should be used

instead of proprietary names. If a proprietary name is used, ® must

be attached when the term is first used.

The term "elders" or “older people” should be used rather than

"elderly' when using the word as a noun. The word "elderly" is an

adjective used correctly as "elderly group,” whereas "elders" is a

noun used correctly as in a "group of elders.” Refer to the "patients"

or "subjects" who participated in the study - or who consented to

the use of their health records in your research - as "participants."

This more appropriately acknowledges the role they had in your

research.

Structure

Original Articles submitted to Gerodontology should include: Title

Page, Abstract, Introduction, Material and Methods, Results,

Discussion, Conclusions, References, and Acknowledgements,

Tables, Figures and Figure Legends were appropriate.

Title Page: should contain the title of the article, name(s) of the

author(s), initials, and institutional affiliation(s), a running title not

to exceed 40 letters and spaces, and the name and complete

mailing and email address of the author responsible for

correspondence. The author must list 4 keywords for indexing

purposes.

Abstract: A separate structured abstract should not exceed 250

words. The abstract should consist of 1) the objective 2) the

background data discussing the present status of the field 3)

40

materials and methods 4) results 5) conclusion.

Introduction: Summarize the rationale and purpose of the study,

giving only strictly pertinent references. Do not review existing

literature extensively.

Material and Methods: Materials and methods should be

presented in sufficient detail to allow confirmation of the

observations. Published methods should be referenced and

discussed only briefly, unless modifications have been made.

Results: Present your results in a logical sequence in the text,

tables, and illustrations. Do not repeat in the text all of the data in

the tables and illustrations. Important observations should be

emphasized.

Discussion: Summarize the findings without repeating in detail the

data given in the Results section. Relate your observations to other

relevant studies and point out the implications of the findings and

their limitations. Cite other relevant studies.

Conclusion: Conclude the findings in brief. If authors cannot

conclude with any punch line, the referee will question who would

want to read the paper and why.

Acknowledgements: Acknowledge only persons who have made

substantive contributions to the study. Authors are responsible for

obtaining written permission from everyone acknowledged by

name because readers may infer their endorsement of the data

and conclusions. Sources of financial support may be

acknowledged.

Research in Brief and Short Case Reports: These should

include the aims and objectives of the work reported, methods

41

used, findings, and the implications for the practise, management

or education of the older adult and further research. Research in

brief submissions should be no more than 1000 words in length,

with a clear and concise title and no more than five subheadings.

These may take the format of a mini paper. A maximum of 10

references may be included but these must be clearly related to

the work reported. A limited number of figures and tables can be

included but they must be essential to the understanding of the

research or the clinical case.

References

References should be numbered consecutively in the order in

which they appear in the text, and should be kept to a pertinent

minimum. Only references which are cited in the text may be

included. References should include the beginning and ending

page numbers. Identify references in the text, tables, and figure

legends by Arabic numerals in parentheses. References cited only

in the tables or figure legends should be numbered in accordance

with a sequence established by the first notation of that figure or

table in the text. Use the style of the examples below, which is

based on Index Medicus. Manuscripts accepted but not published

may be cited in the reference list by placing 'in press'' after the

abbreviated title of the journal - all such references should be

submitted to the Editor for approval. References must be verified

by the author(s) against the original documents. We recommend

the use of a tool such as Reference Manager for reference

management and formatting. Reference Manager reference styles

can be searched for here: www.refman.com/support/rmstyles.asp

Tables, Figures, Figure Legends and Photographs.

Tables: Tables should be numbered consecutively with Arabic

numerals. Type each table on a separate sheet, with titles making

42

them self explanatory. Due regard should be given to the

proportions of the printed page.

For instructions, see Gerodontology Guide to Tables and Figures

Figures: At the Editor's discretion clinical photographs,

photomicrographs, line drawings and graphs will be published as

figures. All figures should clarify the text and their number should

be kept to a minimum. Details must be large enough to retain their

clarity after reduction in size. Illustrations should preferably fill a

single column width (54 mm) after reduction, although in some

cases 113 mm (double column) and 171 mm (full page) widths will

be accepted. Micrographs should be designed to be reproduced

without reduction, and they should be dressed directly on the

micrograph with a linear size scale, arrows, and other designators

as needed. The inclusion of colour illustrations is at the discretion

of the Editor. The author may pay for the cost of additional colour

illustrations.

Preparation of Electronic Figures for Publication: Although low

quality images are adequate for review purposes, print publication

requires high quality images to prevent the final product being

blurred or fuzzy. Submit EPS (lineart) or TIFF

(halftone/photographs) files only. MS PowerPoint and Word

Graphics are unsuitable for printed pictures. Do not use pixel-

oriented programmes. Scans (TIFF only) should have a resolution

of 300 dpi (halftone) or 600 to 1200 dpi (line drawings) in relation

to the reproduction size (see below). EPS files should be saved

with fonts embedded (and with a TIFF preview if possible).

For scanned images, the scanning resolution (at final image size)

should be as follows to ensure good reproduction: lineart: >600

dpi; half-tones (including gel photographs): >300 dpi; figures

containing both halftone and line images: >600 dpi.

43

Further information can be obtained at Wiley-Blackwell’s

guidelines for figures:

http://authorservices.wiley.com/bauthor/illustration.asp.

Check your electronic artwork before submitting it:

http://authorservices.wiley.com/bauthor/eachecklist.asp

Permissions: If all or parts of previously published illustrations are

used, permission must be obtained from the copyright holder

concerned. It is the author's responsibility to obtain these in writing

and provide copies to the Publishers.

Figure Legends: Figure legends must be typed double-spaced on

a separate page at the end of the manuscript.

Photographs of People: Gerodontology follows current HIPAA

guidelines for the protection of patient/subject privacy. If an

individual pictured in a digital image or photograph can be

identified, his or her permission is required to publish the image.

The corresponding author may submit a letter signed by the patient

authorizing Gerodontology to publish the image/photo. Or, a form

provided by Gerodontology (available by clicking the "Instructions

and Forms" link in Manuscript Central) may be downloaded for

your use. This approval must be received by the Editorial Office

prior to final acceptance of the manuscript for publication.

Otherwise, the image/photo must be altered such that the

individual cannot be identified (black bars over eyes, etc).

44

APÊNDICE

QUESTIONÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO DO IDOSO

Nome: Idade: Prontuário: Telefone: Data nascimento: Gênero: ( ) M ( )F Dependente de cuidador? SIM( ) NÃO( ) MEEM: CDR: Lista de problemas: Uso de medicamentos: 2. IDENTIFICAÇÃO DO CUIDADOR Nome: Idade: Gênero: ( ) M ( )F Relação com o idoso: ( ) familiar ( ) contratado Qual é o seu grau de escolaridade? ( 0 ) Nenhum ( 1 ) fundamental incompleto ( 2 ) fundamental completo ( 3 ) médio incompleto ( 4 ) médio completo ( 5 ) superior incompleto ( 6 ) superior completo ( 7 ) pós-graduação (mestrado, doutorado) ( 8 ) Outros (curso técnico, especializaçãoo)

Renda mensal(em salários míninos): Há quanto tempo você atua/trabalha como cuidador? Realizou curso de cuidador de idoso? ( )Não ( )Sim

45

Você realiza a higienização bucal do idoso? ( ) Não ( ) Sim Em caso de resposta negativa, por quê? (pode ser marcada mais de 1 alternativa) ( ) Nunca tentei higienizar. ( ) O idoso não coopera. ( ) Tenho asco (nojo). ( ) Tenho receio de machucar o idoso. ( ) Não sei como realizar a higiene bucal do idoso. ( ) Outra:_______________________________________________ O idoso é colaborador (ele deixa você fazer a higienização)? ( ) Sim ( ) Não Quantas vezes ao dia é realizada a higiene bucal do idoso? Caso o idoso use prótese removível (ex.: ponte móvel ou dentadura), você tem o costume de retirar a prótese do paciente para ele dormir? ( ) Sim. ( ) Não. Você costuma olhar a boca do idoso? ( )Sim ( )Não

EXAME FÍSICO Candidose presente? ( ) S ( ) N Tipo e localização: Usa prótese removível parcial ou total? ( ) S ( ) N

46