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Universidade de Brasília Faculdade de Medicina Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas VALÉRIA GOMES DA SILVA PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS EXTERNAS EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL Brasília DF 2012

PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

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Page 1: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

Universidade de Brasiacutelia

Faculdade de Medicina

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Meacutedicas

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS

EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Brasiacutelia ndash DF 2012

Universidade de Brasiacutelia

Faculdade de Medicina

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Meacutedicas

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS EM

ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de Medicina da

Universidade de Brasiacutelia como parte dos requisitos para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Orientador Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira

Coorientador Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Brasiacutelia

2012

Silva Valeacuteria Gomes da

Prevalecircncia de Alteraccedilotildees das Ceacutelulas Ciliadas Externas em Estudantes de

uma Escola do Distrito Federal Valeacuteria Gomes da Silva Brasiacutelia

Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Medicina 2012

117 f il

Orientador Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UnB FM 2011 1 Perda auditiva induzida por ruiacutedo 2 Haacutebitos auditivos 3Adolescentes 4 Exposiccedilatildeo a muacutesica alta ndash I Pires Carlos Augusto Costa II UnB FM III Tiacutetulo

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS

EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia como

parte dos requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo

de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Aprovada em 10052012

Banca Examinadora

_______________________________________________________________

Presidente Professor Doutor Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Professor Titular de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeccedila e Pescoccedilo

Faculdade de Medicina ndash Aacuterea de Cirurgia ndash Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ 1ordm Membro Professor Doutor Pedro Luiz Tauil

Professor do programa de Pos-Graduaccedilatildeo em Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________2ordm Membro Doutora Vanessa Furtado de Almeida

Pesquisadora Colaboradora do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ Suplente Doutora Roberta Lemos Vieira Bezerra

Meacutedica do Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

Aos meus pais Santos e Djanira que em momento algum mediram esforccedilos para me ajudar a realizar meus sonhos que me guiaram pelos caminhos corretos me ensinaram a fazer as melhores escolhas por serem os alicerces de minha vida e por se fazerem presentes mesmo que distantes sempre com muito amor e carinho A eles devo a pessoa que me tornei e sou feliz e orgulhosa por chamaacute-los de pai e matildee Ao meu marido Gustavo meu anjo e companheiro pelo apoio constante pela compreensatildeo nos momentos difiacuteceis pelo incentivo e por sempre compartilhar e vibrar com minhas conquistas

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

2 Amorim RB Lopes AC Santos KTP Melo ADP Lauris JRP Alteraccedilotildees auditivas da exposiccedilatildeo ocupacional em muacutesicos Arq Int otorrinolaringol 12(3) 377-383 2008

3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

4 Andrade IFC Souza AS Frota SMM C Estudo das emissotildees otoacuacutesticasndashProduto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-666 2009

5 Atchariyasathian V Chayarpham S Saekhow S Evaluation of noise induced hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions J Med Assoc Thai 91(7) 1066-1071 2008

6 Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas In Figueiredo MS Emissotildees Otoacuacutesticas e BERA Satildeo Paulo Pulso 2003 p35-83

7 Balatsouras DGdagger Tsimpiris N Korres S Karapantzos I Papadimitriou N Danielidis V The effect of impulse noise on distortion product otoacoustic emissions Int J Audiol 44(9) 540-549 2005

8 Barboni M Geralde AT Goffi-Gomez MVS Schultz C Liberman PHP Variaccedilatildeo teste-reteste da amplitude das emissotildees otoacuacutesticas transientes evocadas em indiviacuteduos normais Arq Int de Otorrinolaringol 10(2) 119-124 2006

9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

10 Bento RF et al Tratado de otologia Satildeo Paulo Editora da Universidade de Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Otorrinolaringologia FAPESP 1998 p107-16

11 Bevilacqua MC et al Tratado de Audiologia Satildeo Paulo Santos 2011 Pg 145-58

12 Bezerra MD MarquesR A Configuraccedilotildees audiomeacutetricas em sauacutede ocupacional RBPS 17(2) 61-65 2004

13 Bohlin MC Erlandsson SI Risk behaviour and noise exposure among adolescents Noise Health 9 (36) 55-63 2007

14 Borja ALV Sousa BF Ramos MM Arauacutejo RPC O que os jovens adolescentes sabem sobre perdas induzidas pelo excesso de ruiacutedo Ver Ciecircnc Meacuted Biol 1(1) 86-98 2002

15 Bosseto MC et al Neonatologia um convite agrave atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica Satildeo Paulo Lovise 1998 p289-93

16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

100

17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

101

[dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede Universidade de Brasiacutelia 2005

34 Hidecker MJC Noise-induced hearing loss in school-age children what do we know Semin Hear 29(1) 19-28 2008

35 Hotz MA Probst R Harris FP Hauser R Monitoring the Effects of Noise Exposure Using Transiently Evoked Otoacustic Acta Otolaryngol 113(3) 478-482 1993

36 Ikino CMY Bittar RSM Sato KM Capella NM Hidropsia endolinfaacutetica experimental sob accedilatildeo de inibidor do oacutexido niacutetrico sintase tipo II avaliaccedilatildeo com emissotildees otoacuacutesticas e eletrococleografia Rev Bras Otorrinolaringol 72(2) 151-157 2006

37 Lacerda ABM Gonccedilalves VGO Zocoli AMF Dias C Paula K Haacutebitos auditivos e comportamento de adolescentes diante das atividades de lazer ruidosas Ver CEFAC 13(2) 322-329 2011

38 Lonsbury-Martin BL Martin GK Telischi FF Emissotildees otoacuacutesticas na praacutetica cliacutenica In Musiek FE e Rintelmann WF Perspectivas Atuais em Avaliaccedilatildeo Auditiva Satildeo Paulo Manole 2001 p163-92

39 Lynne Marshall L Miller JAL Heller LM Wolgemuth KS Hughes LM Smith SD Kopke RD Detecting incipient inner-ear damage from impulse noise with otoacoustic emissions J Acoust Soc Am 125(2) 995-1013 2009

40 Maia JRF Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo de muacutesicos de rock and roll Proacute-Fono Rev Atualiz Cient 20(1) 49-54 2008

41 Marques FP Costa EA Exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional alteraccedilatildeo no exame de emissotildees otoacuacutesticas Rev Bras de Otorrinolaringol 72(3) 362-366 2006

42 Martinez-Wbaldo MC Soto-Vaacutezquez C Ferre-Calacich I Zambrano-Saacutenchez E Noguez-Trejo L Luacutecia PA Sensorineural hearing loss in high school teenagers in Mexico City and its relationship with recreational noise Cad Sauacutede Puacuteb 25(12) 2553-2561 2009

43 Martins JPF Magalhatildees MC Sakae TM Magajewski FRL Avaliaccedilatildeo da perda auditiva induzida por ruiacutedo em muacutesicos de Tubaratildeo-SC Arq Catarin de Med 38(1) 69-74 2009

44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

46 MINISTEacuteRIO DO TRABALHO Portaria n 19 de 09041998 ndash Diretrizes e Paracircmetros Miacutenimos para Avaliaccedilatildeo e Acompanhamento da Audiccedilatildeo em Trabalhadores Expostos a Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados

47 Mitre EI Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia Satildeo Paulo Pulso 2003 p138

48 Momensohn-Santos TM et al Determinaccedilatildeo dos limiares tonais por via aeacuterea e por via oacutessea In Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 6ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2007 p 67-95

102

49 Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 7ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2009 p 23-44

50 Montgomery JK Fujikawa S Hearing thresholds of students in the second eighth and twelfth grades Lang Epeech Hear Serv Sch 23(1) 61-3 1992

51 Morata TC Young people their noise and music exposures and the risk of hearing loss Int J Audiol 46(3) 111-2 2007

52 Muhr P Rosenhall U Self-assessed auditiry symptoms noise exposure and measure auditory finction among healthy young Swedish men Int J Audiol 49(4) 317-325 2010

53 Munhoz MSL et al Otoemissotildees acuacutesticas In Audiologia Cliacutenica Satildeo Paulo Atheneu 2000 p121-48

54 Muniz L Caldas N Caldas NS Lewis DR Doacuteris R Lessa F Estudo das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas em indiviacuteduos exposto ao ruiacutedo de trios eleacutetricos An Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco 200146(1) 28-31

55 Negratildeo MA Soares E Variaccedilotildees nas amplitudes de respostas das emissotildees otoacuacutesticas evocadas e suscetibilidade agrave perda auditiva induzida por ruiacutedo ndash PAIR Rev CEFAC 6(4) 414-422 2004

56 Nodarse EM Empleo de las emisiones otoacuacutesticas para el pesquisaje del deficit auditivo Rev Habanera Cienc Meacuted 5(1) ene-mar 2006

57 Nudelmann AA Costa EA Seligman E Ibanez RN Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo Rio de Janeiro Revinter 2001 p79-84

58 Oeken J Lenk A Bootz F Influence of age and presbyacusis on DPOAE Acta Otolaryngol 120(3) 396-403 2000

59 Oliveira TMT Vieira MM Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas em trabalhadores normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo ocupacional Proacute-Fono Rev de Atual Cient 13(1) 17-22 2001

60 Olsen SE Psychological aspects of adolescentsrsquo perceptions and habits in noisy environments [Tese] Sweden Departament of Psycology ndash Goumlteborg University 2004

61 Olszewski J Miłoński J Olszewski S Majak J Hearing threshold shift measured by otoacoustic emissions alter shooting noise exposure in soldiers using hearing protectors Otolaryngology ndash head and Neck Surgery 136 (1) 78-81 2007

62 Pawlaczyk-Luszczynsk M Dudarewicz A Bak M Fiszer M Kotylo P Sliwinska-Kowalska M Temporary changes in hearing after exposure to shooting noise Int J Occup Med Environ Health 17(2) 285-93 2004

63 Pfeiffer M Rocha RLO Oliveira FR Frota S Intercorrecircncia audioloacutegica em muacutesicos apoacutes um show de rock Rev CEFAC 9(3) 423-429 2007

64 Pialarissi PR Gattaz G Emissotildees otoacuacutesticas conceitos baacutesicos e aplicaccedilotildees cliacutenicas Rev Arq da Fund Otorrinolaringol 1 (2) 13-6 1997

65 Rabinowitz P Noise-induced hearing loss Am Fam Physician 61 (9) 2749-2756 2006

103

66 Rocha EB Azevedo MF Ximenes FJA Estudo da audiccedilatildeo de crianccedilas de gestantes expostas ao ruiacutedo ocupacional avaliaccedilatildeo por emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo Rev Bras Otorrinolaringol 73(3) 359-369 2007

67 Rowool VW Wayne LAC Auditory lifestyles and beliefs related to hearing loss among college students in the USA Noise e Health 10(38) 1-10 2008

68 Russo ICP Santos TMM Busgaib BB Osterne FJV Um estudo comparativo sobre os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica em muacutesicos de trios eleacutetricos Ver Bras Otorrinolaringol 61(6) 477-484 1995

69 Salazar BAM Fajardo CL Vera CC Garciacutea PM Soliacutes FF Comparacioacuten de emisiones otoacuacutesticas producto de distorsioacuten en individuos expuestos y no expuestos a ruido ocupacional Cienc Trab 5(10) 24-32 2003

70 Santos JD Ferreira MIDC Variaccedilatildeo dos limiares audiomeacutetricos em trabalhadores submetidos a ruiacutedo ocupacional Arq Int Otorrinolaringol 12(2) 201-209 2008

71 Seixas NS Kujawa SG Norton S Sheppard L Neitzel R Slee A Predictors of hearing threshold levels and distortion product otoacoustic emissions among noise exposed young adults Occup Environ Med 61(11) 899-907 2004

72 Serra MR Biossoni EC Hinalaf M Pavlik M Villalobo JP Program for the Conservation and Promotion of Hearing Among Adolescents Amer Jour of Audiol 16(2) 158-164 2007

73 Shupak A Dror T Zohara S May O Avi R Hillel P Otoacoustic Emissions in Early Noise-Induced Hearing Loss Otology amp Neurotology 28(6) 745-752 2007

74 Silveira JAM Brandatildeo ALA Rossi JFLLA Name MAM Estefan P Gonccedilalez F Avaliaccedilatildeo da alteraccedilatildeo auditiva provocada pelo uso do walkman por meio da audiometria tonal e das emissotildees otoacuacutesticas (produtos de distorccedilatildeo) estudo de 40 orelhas Ver Bras Otorrinolaringol 67(5) set-out 2001

75 Sliwinska-Kowalska M Kotylo P Evaluation of individuals with known or suspected noise damage to hearing Audiolog Med 5(1) 54-65 2007

76 Sousa LCA et al Eletrofisiologia da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas princiacutepios e aplicaccedilotildees clinicas Ribeiratildeo Preto Editora Novo Conceito 2010 p109-30

77 Souza DV Estudo comparativo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em militares expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo [dissertaccedilatildeo] Rio de Janeiro (RJ) Universidade Veiga de Almeida 2009

78 Torre P Howell JC Noise levels during aerobics and the potencial effects on distortion product otoacoustic emissions J Commun Disord 41(6) 501-511 2008

79 Uchida Y Ando F Shimokata H Sugiura S Ueda H Nakashima T The effects of aging on distortion-product otoacoustic emissions in adults with normal hearing Ear amp Hearing 29(2) 176-184 2008

80 Vasconcelos RM Serra LSM Aragatildeo VMF Emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em escolares Rev Bras Otorrinolaringol 74(4) 503-507 2008

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104

82 Wagner W Heppelmann G Vonthein R Zenner HP Test-retest repeatability of distortion product otoacoustic emissions Ear Hear 29(3) 378-391 2008

83 Wazen SRG Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo e dos haacutebitos auditivos de jovens do Municiacutepio de Sorocaba ndash Satildeo Paulo Pro-Fono Rev de Atual Cient 16(1) 83-94 2004

84 Weichbold V Zorowka P Can a hearing education campaign for adolescents change their music listening behavior Int Jour of Audiol 46(3) 128-133 2007

85 Wideacuten SE Holmes AE Earlandsson SI Reported hearing protection use in young adults from Sweden and the USA effects of attitude and Gender Int J audiolo 45(5) 273-280 2006

86 Wong TW Van Hasselt CA Tang LS Yiu PC The Use of Personal Cassete Players among Youths and its Effects on Hearing Public Health 104(5) 327-330 1990

87 Zhao F Manchaiah VK French D Prince SM Music expsoure and hearing disorders na overview Int J Audiol 49(1) 54-64 2010

88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 2: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

Universidade de Brasiacutelia

Faculdade de Medicina

Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias Meacutedicas

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS EM

ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de Medicina da

Universidade de Brasiacutelia como parte dos requisitos para a

obtenccedilatildeo do tiacutetulo de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Orientador Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira

Coorientador Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Brasiacutelia

2012

Silva Valeacuteria Gomes da

Prevalecircncia de Alteraccedilotildees das Ceacutelulas Ciliadas Externas em Estudantes de

uma Escola do Distrito Federal Valeacuteria Gomes da Silva Brasiacutelia

Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Medicina 2012

117 f il

Orientador Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UnB FM 2011 1 Perda auditiva induzida por ruiacutedo 2 Haacutebitos auditivos 3Adolescentes 4 Exposiccedilatildeo a muacutesica alta ndash I Pires Carlos Augusto Costa II UnB FM III Tiacutetulo

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS

EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia como

parte dos requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo

de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Aprovada em 10052012

Banca Examinadora

_______________________________________________________________

Presidente Professor Doutor Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Professor Titular de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeccedila e Pescoccedilo

Faculdade de Medicina ndash Aacuterea de Cirurgia ndash Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ 1ordm Membro Professor Doutor Pedro Luiz Tauil

Professor do programa de Pos-Graduaccedilatildeo em Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________2ordm Membro Doutora Vanessa Furtado de Almeida

Pesquisadora Colaboradora do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ Suplente Doutora Roberta Lemos Vieira Bezerra

Meacutedica do Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

Aos meus pais Santos e Djanira que em momento algum mediram esforccedilos para me ajudar a realizar meus sonhos que me guiaram pelos caminhos corretos me ensinaram a fazer as melhores escolhas por serem os alicerces de minha vida e por se fazerem presentes mesmo que distantes sempre com muito amor e carinho A eles devo a pessoa que me tornei e sou feliz e orgulhosa por chamaacute-los de pai e matildee Ao meu marido Gustavo meu anjo e companheiro pelo apoio constante pela compreensatildeo nos momentos difiacuteceis pelo incentivo e por sempre compartilhar e vibrar com minhas conquistas

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

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3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

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16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

100

17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

101

[dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede Universidade de Brasiacutelia 2005

34 Hidecker MJC Noise-induced hearing loss in school-age children what do we know Semin Hear 29(1) 19-28 2008

35 Hotz MA Probst R Harris FP Hauser R Monitoring the Effects of Noise Exposure Using Transiently Evoked Otoacustic Acta Otolaryngol 113(3) 478-482 1993

36 Ikino CMY Bittar RSM Sato KM Capella NM Hidropsia endolinfaacutetica experimental sob accedilatildeo de inibidor do oacutexido niacutetrico sintase tipo II avaliaccedilatildeo com emissotildees otoacuacutesticas e eletrococleografia Rev Bras Otorrinolaringol 72(2) 151-157 2006

37 Lacerda ABM Gonccedilalves VGO Zocoli AMF Dias C Paula K Haacutebitos auditivos e comportamento de adolescentes diante das atividades de lazer ruidosas Ver CEFAC 13(2) 322-329 2011

38 Lonsbury-Martin BL Martin GK Telischi FF Emissotildees otoacuacutesticas na praacutetica cliacutenica In Musiek FE e Rintelmann WF Perspectivas Atuais em Avaliaccedilatildeo Auditiva Satildeo Paulo Manole 2001 p163-92

39 Lynne Marshall L Miller JAL Heller LM Wolgemuth KS Hughes LM Smith SD Kopke RD Detecting incipient inner-ear damage from impulse noise with otoacoustic emissions J Acoust Soc Am 125(2) 995-1013 2009

40 Maia JRF Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo de muacutesicos de rock and roll Proacute-Fono Rev Atualiz Cient 20(1) 49-54 2008

41 Marques FP Costa EA Exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional alteraccedilatildeo no exame de emissotildees otoacuacutesticas Rev Bras de Otorrinolaringol 72(3) 362-366 2006

42 Martinez-Wbaldo MC Soto-Vaacutezquez C Ferre-Calacich I Zambrano-Saacutenchez E Noguez-Trejo L Luacutecia PA Sensorineural hearing loss in high school teenagers in Mexico City and its relationship with recreational noise Cad Sauacutede Puacuteb 25(12) 2553-2561 2009

43 Martins JPF Magalhatildees MC Sakae TM Magajewski FRL Avaliaccedilatildeo da perda auditiva induzida por ruiacutedo em muacutesicos de Tubaratildeo-SC Arq Catarin de Med 38(1) 69-74 2009

44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

46 MINISTEacuteRIO DO TRABALHO Portaria n 19 de 09041998 ndash Diretrizes e Paracircmetros Miacutenimos para Avaliaccedilatildeo e Acompanhamento da Audiccedilatildeo em Trabalhadores Expostos a Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados

47 Mitre EI Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia Satildeo Paulo Pulso 2003 p138

48 Momensohn-Santos TM et al Determinaccedilatildeo dos limiares tonais por via aeacuterea e por via oacutessea In Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 6ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2007 p 67-95

102

49 Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 7ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2009 p 23-44

50 Montgomery JK Fujikawa S Hearing thresholds of students in the second eighth and twelfth grades Lang Epeech Hear Serv Sch 23(1) 61-3 1992

51 Morata TC Young people their noise and music exposures and the risk of hearing loss Int J Audiol 46(3) 111-2 2007

52 Muhr P Rosenhall U Self-assessed auditiry symptoms noise exposure and measure auditory finction among healthy young Swedish men Int J Audiol 49(4) 317-325 2010

53 Munhoz MSL et al Otoemissotildees acuacutesticas In Audiologia Cliacutenica Satildeo Paulo Atheneu 2000 p121-48

54 Muniz L Caldas N Caldas NS Lewis DR Doacuteris R Lessa F Estudo das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas em indiviacuteduos exposto ao ruiacutedo de trios eleacutetricos An Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco 200146(1) 28-31

55 Negratildeo MA Soares E Variaccedilotildees nas amplitudes de respostas das emissotildees otoacuacutesticas evocadas e suscetibilidade agrave perda auditiva induzida por ruiacutedo ndash PAIR Rev CEFAC 6(4) 414-422 2004

56 Nodarse EM Empleo de las emisiones otoacuacutesticas para el pesquisaje del deficit auditivo Rev Habanera Cienc Meacuted 5(1) ene-mar 2006

57 Nudelmann AA Costa EA Seligman E Ibanez RN Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo Rio de Janeiro Revinter 2001 p79-84

58 Oeken J Lenk A Bootz F Influence of age and presbyacusis on DPOAE Acta Otolaryngol 120(3) 396-403 2000

59 Oliveira TMT Vieira MM Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas em trabalhadores normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo ocupacional Proacute-Fono Rev de Atual Cient 13(1) 17-22 2001

60 Olsen SE Psychological aspects of adolescentsrsquo perceptions and habits in noisy environments [Tese] Sweden Departament of Psycology ndash Goumlteborg University 2004

61 Olszewski J Miłoński J Olszewski S Majak J Hearing threshold shift measured by otoacoustic emissions alter shooting noise exposure in soldiers using hearing protectors Otolaryngology ndash head and Neck Surgery 136 (1) 78-81 2007

62 Pawlaczyk-Luszczynsk M Dudarewicz A Bak M Fiszer M Kotylo P Sliwinska-Kowalska M Temporary changes in hearing after exposure to shooting noise Int J Occup Med Environ Health 17(2) 285-93 2004

63 Pfeiffer M Rocha RLO Oliveira FR Frota S Intercorrecircncia audioloacutegica em muacutesicos apoacutes um show de rock Rev CEFAC 9(3) 423-429 2007

64 Pialarissi PR Gattaz G Emissotildees otoacuacutesticas conceitos baacutesicos e aplicaccedilotildees cliacutenicas Rev Arq da Fund Otorrinolaringol 1 (2) 13-6 1997

65 Rabinowitz P Noise-induced hearing loss Am Fam Physician 61 (9) 2749-2756 2006

103

66 Rocha EB Azevedo MF Ximenes FJA Estudo da audiccedilatildeo de crianccedilas de gestantes expostas ao ruiacutedo ocupacional avaliaccedilatildeo por emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo Rev Bras Otorrinolaringol 73(3) 359-369 2007

67 Rowool VW Wayne LAC Auditory lifestyles and beliefs related to hearing loss among college students in the USA Noise e Health 10(38) 1-10 2008

68 Russo ICP Santos TMM Busgaib BB Osterne FJV Um estudo comparativo sobre os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica em muacutesicos de trios eleacutetricos Ver Bras Otorrinolaringol 61(6) 477-484 1995

69 Salazar BAM Fajardo CL Vera CC Garciacutea PM Soliacutes FF Comparacioacuten de emisiones otoacuacutesticas producto de distorsioacuten en individuos expuestos y no expuestos a ruido ocupacional Cienc Trab 5(10) 24-32 2003

70 Santos JD Ferreira MIDC Variaccedilatildeo dos limiares audiomeacutetricos em trabalhadores submetidos a ruiacutedo ocupacional Arq Int Otorrinolaringol 12(2) 201-209 2008

71 Seixas NS Kujawa SG Norton S Sheppard L Neitzel R Slee A Predictors of hearing threshold levels and distortion product otoacoustic emissions among noise exposed young adults Occup Environ Med 61(11) 899-907 2004

72 Serra MR Biossoni EC Hinalaf M Pavlik M Villalobo JP Program for the Conservation and Promotion of Hearing Among Adolescents Amer Jour of Audiol 16(2) 158-164 2007

73 Shupak A Dror T Zohara S May O Avi R Hillel P Otoacoustic Emissions in Early Noise-Induced Hearing Loss Otology amp Neurotology 28(6) 745-752 2007

74 Silveira JAM Brandatildeo ALA Rossi JFLLA Name MAM Estefan P Gonccedilalez F Avaliaccedilatildeo da alteraccedilatildeo auditiva provocada pelo uso do walkman por meio da audiometria tonal e das emissotildees otoacuacutesticas (produtos de distorccedilatildeo) estudo de 40 orelhas Ver Bras Otorrinolaringol 67(5) set-out 2001

75 Sliwinska-Kowalska M Kotylo P Evaluation of individuals with known or suspected noise damage to hearing Audiolog Med 5(1) 54-65 2007

76 Sousa LCA et al Eletrofisiologia da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas princiacutepios e aplicaccedilotildees clinicas Ribeiratildeo Preto Editora Novo Conceito 2010 p109-30

77 Souza DV Estudo comparativo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em militares expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo [dissertaccedilatildeo] Rio de Janeiro (RJ) Universidade Veiga de Almeida 2009

78 Torre P Howell JC Noise levels during aerobics and the potencial effects on distortion product otoacoustic emissions J Commun Disord 41(6) 501-511 2008

79 Uchida Y Ando F Shimokata H Sugiura S Ueda H Nakashima T The effects of aging on distortion-product otoacoustic emissions in adults with normal hearing Ear amp Hearing 29(2) 176-184 2008

80 Vasconcelos RM Serra LSM Aragatildeo VMF Emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em escolares Rev Bras Otorrinolaringol 74(4) 503-507 2008

81 Vono-Coube CZ Filho OAC Emissotildees otoacuacutesticas uma visatildeo geral In Frota S Fundamentos em Fonoaudiolgia ndash Audiologia Rio de janeiro Guanabara Koogan 2003 p95-106

104

82 Wagner W Heppelmann G Vonthein R Zenner HP Test-retest repeatability of distortion product otoacoustic emissions Ear Hear 29(3) 378-391 2008

83 Wazen SRG Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo e dos haacutebitos auditivos de jovens do Municiacutepio de Sorocaba ndash Satildeo Paulo Pro-Fono Rev de Atual Cient 16(1) 83-94 2004

84 Weichbold V Zorowka P Can a hearing education campaign for adolescents change their music listening behavior Int Jour of Audiol 46(3) 128-133 2007

85 Wideacuten SE Holmes AE Earlandsson SI Reported hearing protection use in young adults from Sweden and the USA effects of attitude and Gender Int J audiolo 45(5) 273-280 2006

86 Wong TW Van Hasselt CA Tang LS Yiu PC The Use of Personal Cassete Players among Youths and its Effects on Hearing Public Health 104(5) 327-330 1990

87 Zhao F Manchaiah VK French D Prince SM Music expsoure and hearing disorders na overview Int J Audiol 49(1) 54-64 2010

88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 3: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

Silva Valeacuteria Gomes da

Prevalecircncia de Alteraccedilotildees das Ceacutelulas Ciliadas Externas em Estudantes de

uma Escola do Distrito Federal Valeacuteria Gomes da Silva Brasiacutelia

Universidade de Brasiacutelia Faculdade de Medicina 2012

117 f il

Orientador Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Dissertaccedilatildeo (Mestrado) - UnB FM 2011 1 Perda auditiva induzida por ruiacutedo 2 Haacutebitos auditivos 3Adolescentes 4 Exposiccedilatildeo a muacutesica alta ndash I Pires Carlos Augusto Costa II UnB FM III Tiacutetulo

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS

EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia como

parte dos requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo

de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Aprovada em 10052012

Banca Examinadora

_______________________________________________________________

Presidente Professor Doutor Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Professor Titular de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeccedila e Pescoccedilo

Faculdade de Medicina ndash Aacuterea de Cirurgia ndash Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ 1ordm Membro Professor Doutor Pedro Luiz Tauil

Professor do programa de Pos-Graduaccedilatildeo em Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________2ordm Membro Doutora Vanessa Furtado de Almeida

Pesquisadora Colaboradora do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ Suplente Doutora Roberta Lemos Vieira Bezerra

Meacutedica do Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

Aos meus pais Santos e Djanira que em momento algum mediram esforccedilos para me ajudar a realizar meus sonhos que me guiaram pelos caminhos corretos me ensinaram a fazer as melhores escolhas por serem os alicerces de minha vida e por se fazerem presentes mesmo que distantes sempre com muito amor e carinho A eles devo a pessoa que me tornei e sou feliz e orgulhosa por chamaacute-los de pai e matildee Ao meu marido Gustavo meu anjo e companheiro pelo apoio constante pela compreensatildeo nos momentos difiacuteceis pelo incentivo e por sempre compartilhar e vibrar com minhas conquistas

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

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27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

101

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42 Martinez-Wbaldo MC Soto-Vaacutezquez C Ferre-Calacich I Zambrano-Saacutenchez E Noguez-Trejo L Luacutecia PA Sensorineural hearing loss in high school teenagers in Mexico City and its relationship with recreational noise Cad Sauacutede Puacuteb 25(12) 2553-2561 2009

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44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

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48 Momensohn-Santos TM et al Determinaccedilatildeo dos limiares tonais por via aeacuterea e por via oacutessea In Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 6ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2007 p 67-95

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82 Wagner W Heppelmann G Vonthein R Zenner HP Test-retest repeatability of distortion product otoacoustic emissions Ear Hear 29(3) 378-391 2008

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87 Zhao F Manchaiah VK French D Prince SM Music expsoure and hearing disorders na overview Int J Audiol 49(1) 54-64 2010

88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 4: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

VALEacuteRIA GOMES DA SILVA

PREVALEcircNCIA DE ALTERACcedilOtildeES DAS CEacuteLULAS CILIADAS EXTERNAS

EM ESTUDANTES DE UMA ESCOLA DO DISTRITO FEDERAL

Dissertaccedilatildeo apresentada agrave Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia como

parte dos requisitos para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo

de mestre em Ciecircncias Meacutedicas

Aprovada em 10052012

Banca Examinadora

_______________________________________________________________

Presidente Professor Doutor Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira Professor Titular de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeccedila e Pescoccedilo

Faculdade de Medicina ndash Aacuterea de Cirurgia ndash Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ 1ordm Membro Professor Doutor Pedro Luiz Tauil

Professor do programa de Pos-Graduaccedilatildeo em Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________2ordm Membro Doutora Vanessa Furtado de Almeida

Pesquisadora Colaboradora do Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ciecircncias da Sauacutede da Universidade de Brasiacutelia

____________________________________________________________________________ Suplente Doutora Roberta Lemos Vieira Bezerra

Meacutedica do Setor de Otorrinolaringologia do Hospital Universitaacuterio de Brasiacutelia

Aos meus pais Santos e Djanira que em momento algum mediram esforccedilos para me ajudar a realizar meus sonhos que me guiaram pelos caminhos corretos me ensinaram a fazer as melhores escolhas por serem os alicerces de minha vida e por se fazerem presentes mesmo que distantes sempre com muito amor e carinho A eles devo a pessoa que me tornei e sou feliz e orgulhosa por chamaacute-los de pai e matildee Ao meu marido Gustavo meu anjo e companheiro pelo apoio constante pela compreensatildeo nos momentos difiacuteceis pelo incentivo e por sempre compartilhar e vibrar com minhas conquistas

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

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88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 5: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

Aos meus pais Santos e Djanira que em momento algum mediram esforccedilos para me ajudar a realizar meus sonhos que me guiaram pelos caminhos corretos me ensinaram a fazer as melhores escolhas por serem os alicerces de minha vida e por se fazerem presentes mesmo que distantes sempre com muito amor e carinho A eles devo a pessoa que me tornei e sou feliz e orgulhosa por chamaacute-los de pai e matildee Ao meu marido Gustavo meu anjo e companheiro pelo apoio constante pela compreensatildeo nos momentos difiacuteceis pelo incentivo e por sempre compartilhar e vibrar com minhas conquistas

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

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9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

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19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

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23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

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34 Hidecker MJC Noise-induced hearing loss in school-age children what do we know Semin Hear 29(1) 19-28 2008

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36 Ikino CMY Bittar RSM Sato KM Capella NM Hidropsia endolinfaacutetica experimental sob accedilatildeo de inibidor do oacutexido niacutetrico sintase tipo II avaliaccedilatildeo com emissotildees otoacuacutesticas e eletrococleografia Rev Bras Otorrinolaringol 72(2) 151-157 2006

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44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

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66 Rocha EB Azevedo MF Ximenes FJA Estudo da audiccedilatildeo de crianccedilas de gestantes expostas ao ruiacutedo ocupacional avaliaccedilatildeo por emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo Rev Bras Otorrinolaringol 73(3) 359-369 2007

67 Rowool VW Wayne LAC Auditory lifestyles and beliefs related to hearing loss among college students in the USA Noise e Health 10(38) 1-10 2008

68 Russo ICP Santos TMM Busgaib BB Osterne FJV Um estudo comparativo sobre os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica em muacutesicos de trios eleacutetricos Ver Bras Otorrinolaringol 61(6) 477-484 1995

69 Salazar BAM Fajardo CL Vera CC Garciacutea PM Soliacutes FF Comparacioacuten de emisiones otoacuacutesticas producto de distorsioacuten en individuos expuestos y no expuestos a ruido ocupacional Cienc Trab 5(10) 24-32 2003

70 Santos JD Ferreira MIDC Variaccedilatildeo dos limiares audiomeacutetricos em trabalhadores submetidos a ruiacutedo ocupacional Arq Int Otorrinolaringol 12(2) 201-209 2008

71 Seixas NS Kujawa SG Norton S Sheppard L Neitzel R Slee A Predictors of hearing threshold levels and distortion product otoacoustic emissions among noise exposed young adults Occup Environ Med 61(11) 899-907 2004

72 Serra MR Biossoni EC Hinalaf M Pavlik M Villalobo JP Program for the Conservation and Promotion of Hearing Among Adolescents Amer Jour of Audiol 16(2) 158-164 2007

73 Shupak A Dror T Zohara S May O Avi R Hillel P Otoacoustic Emissions in Early Noise-Induced Hearing Loss Otology amp Neurotology 28(6) 745-752 2007

74 Silveira JAM Brandatildeo ALA Rossi JFLLA Name MAM Estefan P Gonccedilalez F Avaliaccedilatildeo da alteraccedilatildeo auditiva provocada pelo uso do walkman por meio da audiometria tonal e das emissotildees otoacuacutesticas (produtos de distorccedilatildeo) estudo de 40 orelhas Ver Bras Otorrinolaringol 67(5) set-out 2001

75 Sliwinska-Kowalska M Kotylo P Evaluation of individuals with known or suspected noise damage to hearing Audiolog Med 5(1) 54-65 2007

76 Sousa LCA et al Eletrofisiologia da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas princiacutepios e aplicaccedilotildees clinicas Ribeiratildeo Preto Editora Novo Conceito 2010 p109-30

77 Souza DV Estudo comparativo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em militares expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo [dissertaccedilatildeo] Rio de Janeiro (RJ) Universidade Veiga de Almeida 2009

78 Torre P Howell JC Noise levels during aerobics and the potencial effects on distortion product otoacoustic emissions J Commun Disord 41(6) 501-511 2008

79 Uchida Y Ando F Shimokata H Sugiura S Ueda H Nakashima T The effects of aging on distortion-product otoacoustic emissions in adults with normal hearing Ear amp Hearing 29(2) 176-184 2008

80 Vasconcelos RM Serra LSM Aragatildeo VMF Emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em escolares Rev Bras Otorrinolaringol 74(4) 503-507 2008

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104

82 Wagner W Heppelmann G Vonthein R Zenner HP Test-retest repeatability of distortion product otoacoustic emissions Ear Hear 29(3) 378-391 2008

83 Wazen SRG Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo e dos haacutebitos auditivos de jovens do Municiacutepio de Sorocaba ndash Satildeo Paulo Pro-Fono Rev de Atual Cient 16(1) 83-94 2004

84 Weichbold V Zorowka P Can a hearing education campaign for adolescents change their music listening behavior Int Jour of Audiol 46(3) 128-133 2007

85 Wideacuten SE Holmes AE Earlandsson SI Reported hearing protection use in young adults from Sweden and the USA effects of attitude and Gender Int J audiolo 45(5) 273-280 2006

86 Wong TW Van Hasselt CA Tang LS Yiu PC The Use of Personal Cassete Players among Youths and its Effects on Hearing Public Health 104(5) 327-330 1990

87 Zhao F Manchaiah VK French D Prince SM Music expsoure and hearing disorders na overview Int J Audiol 49(1) 54-64 2010

88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 6: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

AGRADECIMENTOS

A Deus meu refuacutegio e fortaleza pelas imerecidas becircnccedilatildeos

Ao Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira pela oportunidade de

realizar este trabalho

Ao Dr Andreacute Luiz Lopes Sampaio por ter acreditado e apostado no meu

esforccedilo e capacidade pelas saacutebias orientaccedilotildees obrigada pelo conhecimento

transmitido e por estar sempre disposto a me atender

Ao Prof Dr Pedro Tauil pela disponibilidade em me auxiliar na parte de

anaacutelise dos dados e por aceitar o convite de ser um dos membros da banca

examinadora

Aos meus irmatildeos Cleacuteia e Cleacuteber pelo amor e carinho e em especial a vocecirc

minha querida irmatilde por nunca ter me deixado desistir de meus sonhos e pelas

constantes oraccedilotildees

Agrave amiga Glaacuteucia Magalhatildees por ter disponibilizado seu equipamento e por me

ajudar na coleta de dados com tanta presteza e confianccedila

Aacute amiga Marlene Escher pela ajuda na organizaccedilatildeo de parte do meu trabalho

e por compartilhar suas experiecircncias em elaboraccedilatildeo de trabalho cientiacutefico

Agrave querida Ada Urdapilleta pelo conhecimento transmitido e por estar sempre

disposta a me ajudar

Agrave amiga Ocania Costa Vale por compartilhar um pouco de sua experiecircncia e

conhecimento em audiologia pelos livros emprestados e por me ajudar tantas vezes

em momentos difiacuteceis da minha profissatildeo

Agrave querida Jovana Denipoti por contribuir para o enriquecimento de minha

pesquisa

Ao casal de amigos Liacutevea Helena e Juacutenior que com muita presteza colaborou

com o serviccedilo de mediccedilatildeo do ruiacutedo

Ao Prof Aacutelvaro (Diretor do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte) por aceitar a realizaccedilatildeo

desta pesquisa e pelo acolhimento durante a coleta de dados

Aos alunos do Ensino Meacutedio do Coleacutegio Sigma ndash Asa Norte que

voluntariamente aceitaram participar desta pesquisa e assim contribuir para o

enriquecimento do estudo

A todos que direta ou indiretamente participaram da concretizaccedilatildeo deste ideal

A todos meu carinho e muito obrigada

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

2 Amorim RB Lopes AC Santos KTP Melo ADP Lauris JRP Alteraccedilotildees auditivas da exposiccedilatildeo ocupacional em muacutesicos Arq Int otorrinolaringol 12(3) 377-383 2008

3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

4 Andrade IFC Souza AS Frota SMM C Estudo das emissotildees otoacuacutesticasndashProduto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-666 2009

5 Atchariyasathian V Chayarpham S Saekhow S Evaluation of noise induced hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions J Med Assoc Thai 91(7) 1066-1071 2008

6 Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas In Figueiredo MS Emissotildees Otoacuacutesticas e BERA Satildeo Paulo Pulso 2003 p35-83

7 Balatsouras DGdagger Tsimpiris N Korres S Karapantzos I Papadimitriou N Danielidis V The effect of impulse noise on distortion product otoacoustic emissions Int J Audiol 44(9) 540-549 2005

8 Barboni M Geralde AT Goffi-Gomez MVS Schultz C Liberman PHP Variaccedilatildeo teste-reteste da amplitude das emissotildees otoacuacutesticas transientes evocadas em indiviacuteduos normais Arq Int de Otorrinolaringol 10(2) 119-124 2006

9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

10 Bento RF et al Tratado de otologia Satildeo Paulo Editora da Universidade de Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Otorrinolaringologia FAPESP 1998 p107-16

11 Bevilacqua MC et al Tratado de Audiologia Satildeo Paulo Santos 2011 Pg 145-58

12 Bezerra MD MarquesR A Configuraccedilotildees audiomeacutetricas em sauacutede ocupacional RBPS 17(2) 61-65 2004

13 Bohlin MC Erlandsson SI Risk behaviour and noise exposure among adolescents Noise Health 9 (36) 55-63 2007

14 Borja ALV Sousa BF Ramos MM Arauacutejo RPC O que os jovens adolescentes sabem sobre perdas induzidas pelo excesso de ruiacutedo Ver Ciecircnc Meacuted Biol 1(1) 86-98 2002

15 Bosseto MC et al Neonatologia um convite agrave atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica Satildeo Paulo Lovise 1998 p289-93

16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

100

17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

101

[dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede Universidade de Brasiacutelia 2005

34 Hidecker MJC Noise-induced hearing loss in school-age children what do we know Semin Hear 29(1) 19-28 2008

35 Hotz MA Probst R Harris FP Hauser R Monitoring the Effects of Noise Exposure Using Transiently Evoked Otoacustic Acta Otolaryngol 113(3) 478-482 1993

36 Ikino CMY Bittar RSM Sato KM Capella NM Hidropsia endolinfaacutetica experimental sob accedilatildeo de inibidor do oacutexido niacutetrico sintase tipo II avaliaccedilatildeo com emissotildees otoacuacutesticas e eletrococleografia Rev Bras Otorrinolaringol 72(2) 151-157 2006

37 Lacerda ABM Gonccedilalves VGO Zocoli AMF Dias C Paula K Haacutebitos auditivos e comportamento de adolescentes diante das atividades de lazer ruidosas Ver CEFAC 13(2) 322-329 2011

38 Lonsbury-Martin BL Martin GK Telischi FF Emissotildees otoacuacutesticas na praacutetica cliacutenica In Musiek FE e Rintelmann WF Perspectivas Atuais em Avaliaccedilatildeo Auditiva Satildeo Paulo Manole 2001 p163-92

39 Lynne Marshall L Miller JAL Heller LM Wolgemuth KS Hughes LM Smith SD Kopke RD Detecting incipient inner-ear damage from impulse noise with otoacoustic emissions J Acoust Soc Am 125(2) 995-1013 2009

40 Maia JRF Russo ICP Estudo da audiccedilatildeo de muacutesicos de rock and roll Proacute-Fono Rev Atualiz Cient 20(1) 49-54 2008

41 Marques FP Costa EA Exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional alteraccedilatildeo no exame de emissotildees otoacuacutesticas Rev Bras de Otorrinolaringol 72(3) 362-366 2006

42 Martinez-Wbaldo MC Soto-Vaacutezquez C Ferre-Calacich I Zambrano-Saacutenchez E Noguez-Trejo L Luacutecia PA Sensorineural hearing loss in high school teenagers in Mexico City and its relationship with recreational noise Cad Sauacutede Puacuteb 25(12) 2553-2561 2009

43 Martins JPF Magalhatildees MC Sakae TM Magajewski FRL Avaliaccedilatildeo da perda auditiva induzida por ruiacutedo em muacutesicos de Tubaratildeo-SC Arq Catarin de Med 38(1) 69-74 2009

44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

46 MINISTEacuteRIO DO TRABALHO Portaria n 19 de 09041998 ndash Diretrizes e Paracircmetros Miacutenimos para Avaliaccedilatildeo e Acompanhamento da Audiccedilatildeo em Trabalhadores Expostos a Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados

47 Mitre EI Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia Satildeo Paulo Pulso 2003 p138

48 Momensohn-Santos TM et al Determinaccedilatildeo dos limiares tonais por via aeacuterea e por via oacutessea In Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 6ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2007 p 67-95

102

49 Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 7ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2009 p 23-44

50 Montgomery JK Fujikawa S Hearing thresholds of students in the second eighth and twelfth grades Lang Epeech Hear Serv Sch 23(1) 61-3 1992

51 Morata TC Young people their noise and music exposures and the risk of hearing loss Int J Audiol 46(3) 111-2 2007

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57 Nudelmann AA Costa EA Seligman E Ibanez RN Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo Rio de Janeiro Revinter 2001 p79-84

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63 Pfeiffer M Rocha RLO Oliveira FR Frota S Intercorrecircncia audioloacutegica em muacutesicos apoacutes um show de rock Rev CEFAC 9(3) 423-429 2007

64 Pialarissi PR Gattaz G Emissotildees otoacuacutesticas conceitos baacutesicos e aplicaccedilotildees cliacutenicas Rev Arq da Fund Otorrinolaringol 1 (2) 13-6 1997

65 Rabinowitz P Noise-induced hearing loss Am Fam Physician 61 (9) 2749-2756 2006

103

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70 Santos JD Ferreira MIDC Variaccedilatildeo dos limiares audiomeacutetricos em trabalhadores submetidos a ruiacutedo ocupacional Arq Int Otorrinolaringol 12(2) 201-209 2008

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86 Wong TW Van Hasselt CA Tang LS Yiu PC The Use of Personal Cassete Players among Youths and its Effects on Hearing Public Health 104(5) 327-330 1990

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88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 7: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AASI - Aparelho de Amplificaccedilatildeo Sonora Individual ABNT - Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ANOVA - Anaacutelise de Variacircncia AO - Ambas Orelhas ATL - Audiometria Tonal Limiar CCE - Ceacutelulas Ciliadas Externas CCI - Ceacutelulas Ciliadas Internas dB - Decibeacuteis dBNA - Decibeacuteis Nivel de Audiccedilatildeo dBNPS - Decibeis Niacutevel de Pressatildeo Sonora DF - Distrito Federal DP - Desvio Padratildeo EOAE - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas EOAPD - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo EOAT - Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes EOA - Emissotildees Otoacuacutesticas F1 - Tom Primaacuterio 1 F2 - Tom Primaacuterio 2 GI - Grupo 1 GII - Grupo 2 Hz - Hertz KHz - Kilohertz L1 - Intensidade do Tom Primaacuterio 1 L2 - Intensidade do Tom Primaacuterio 2 MAE - Meato Acuacutestico Externo Max - Maacuteximo Min - Miacutenimo N - Nuacutemero NR - Norma Regulamentadora OD - Orelha Direita OE - Orelha Esquerda PAINEPS - Perda Auditiva Induzida por Niacuteveis Elevados de Pressatildeo Sonora PAIR - Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo PD - Produto de Distorccedilatildeo PTS - Permanent Threshold Shift PUC ndash SP - Pontiacutefica Universidade Catoacutelica de Satildeo Paulo REPRO - Reprodutibilidade SR - SinalRuiacutedo TE - Transiente TTS - Temporary Threshold Shift YANS - Youth Attitude to Noise Scale - Porcentagem

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

2 Amorim RB Lopes AC Santos KTP Melo ADP Lauris JRP Alteraccedilotildees auditivas da exposiccedilatildeo ocupacional em muacutesicos Arq Int otorrinolaringol 12(3) 377-383 2008

3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

4 Andrade IFC Souza AS Frota SMM C Estudo das emissotildees otoacuacutesticasndashProduto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-666 2009

5 Atchariyasathian V Chayarpham S Saekhow S Evaluation of noise induced hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions J Med Assoc Thai 91(7) 1066-1071 2008

6 Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas In Figueiredo MS Emissotildees Otoacuacutesticas e BERA Satildeo Paulo Pulso 2003 p35-83

7 Balatsouras DGdagger Tsimpiris N Korres S Karapantzos I Papadimitriou N Danielidis V The effect of impulse noise on distortion product otoacoustic emissions Int J Audiol 44(9) 540-549 2005

8 Barboni M Geralde AT Goffi-Gomez MVS Schultz C Liberman PHP Variaccedilatildeo teste-reteste da amplitude das emissotildees otoacuacutesticas transientes evocadas em indiviacuteduos normais Arq Int de Otorrinolaringol 10(2) 119-124 2006

9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

10 Bento RF et al Tratado de otologia Satildeo Paulo Editora da Universidade de Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Otorrinolaringologia FAPESP 1998 p107-16

11 Bevilacqua MC et al Tratado de Audiologia Satildeo Paulo Santos 2011 Pg 145-58

12 Bezerra MD MarquesR A Configuraccedilotildees audiomeacutetricas em sauacutede ocupacional RBPS 17(2) 61-65 2004

13 Bohlin MC Erlandsson SI Risk behaviour and noise exposure among adolescents Noise Health 9 (36) 55-63 2007

14 Borja ALV Sousa BF Ramos MM Arauacutejo RPC O que os jovens adolescentes sabem sobre perdas induzidas pelo excesso de ruiacutedo Ver Ciecircnc Meacuted Biol 1(1) 86-98 2002

15 Bosseto MC et al Neonatologia um convite agrave atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica Satildeo Paulo Lovise 1998 p289-93

16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

100

17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

101

[dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Ciecircncias da Sauacutede Universidade de Brasiacutelia 2005

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45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

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88 Zocoli AMF Morata T Marques J Corteletti LJ Brazilian young adults and noise attitudes habits and audiological characteristics Int J Audiol 48(10) 692-6992009

Page 8: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Tabela 2 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Tabela 3 ndash Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Tabela 4 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 5 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 6 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Tabela 7 ndash Prevalecircncia das EOAPD segundo o gecircnero

Tabela 8 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Tabela 9 ndash Meacutedia erro padratildeo valor miacutenimo e maacuteximo das amplitudes do sinal e

relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Tabela 10 ndash Prevalecircncia das EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Tabela 11 ndash Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com

muacutesica amplificada segundo o gecircnero

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

2 Amorim RB Lopes AC Santos KTP Melo ADP Lauris JRP Alteraccedilotildees auditivas da exposiccedilatildeo ocupacional em muacutesicos Arq Int otorrinolaringol 12(3) 377-383 2008

3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

4 Andrade IFC Souza AS Frota SMM C Estudo das emissotildees otoacuacutesticasndashProduto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-666 2009

5 Atchariyasathian V Chayarpham S Saekhow S Evaluation of noise induced hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions J Med Assoc Thai 91(7) 1066-1071 2008

6 Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas In Figueiredo MS Emissotildees Otoacuacutesticas e BERA Satildeo Paulo Pulso 2003 p35-83

7 Balatsouras DGdagger Tsimpiris N Korres S Karapantzos I Papadimitriou N Danielidis V The effect of impulse noise on distortion product otoacoustic emissions Int J Audiol 44(9) 540-549 2005

8 Barboni M Geralde AT Goffi-Gomez MVS Schultz C Liberman PHP Variaccedilatildeo teste-reteste da amplitude das emissotildees otoacuacutesticas transientes evocadas em indiviacuteduos normais Arq Int de Otorrinolaringol 10(2) 119-124 2006

9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

10 Bento RF et al Tratado de otologia Satildeo Paulo Editora da Universidade de Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Otorrinolaringologia FAPESP 1998 p107-16

11 Bevilacqua MC et al Tratado de Audiologia Satildeo Paulo Santos 2011 Pg 145-58

12 Bezerra MD MarquesR A Configuraccedilotildees audiomeacutetricas em sauacutede ocupacional RBPS 17(2) 61-65 2004

13 Bohlin MC Erlandsson SI Risk behaviour and noise exposure among adolescents Noise Health 9 (36) 55-63 2007

14 Borja ALV Sousa BF Ramos MM Arauacutejo RPC O que os jovens adolescentes sabem sobre perdas induzidas pelo excesso de ruiacutedo Ver Ciecircnc Meacuted Biol 1(1) 86-98 2002

15 Bosseto MC et al Neonatologia um convite agrave atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica Satildeo Paulo Lovise 1998 p289-93

16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

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17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

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44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

46 MINISTEacuteRIO DO TRABALHO Portaria n 19 de 09041998 ndash Diretrizes e Paracircmetros Miacutenimos para Avaliaccedilatildeo e Acompanhamento da Audiccedilatildeo em Trabalhadores Expostos a Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados

47 Mitre EI Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia Satildeo Paulo Pulso 2003 p138

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102

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Page 9: PREVALÊNCIA DE ALTERAÇÕES DAS CÉLULAS CILIADAS … · precoce de alterações cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal. Objetivo: Investigar a prevalência

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 7 - Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada

frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo SR) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

orelha em cada frequecircncia

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada

gecircnero em cada frequecircncia

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada orelha em cada frequecircncia

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para

cada gecircnero em cada frequecircncia

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em

cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha

em cada frequecircncia registrada

LISTA DE ANEXOS

Anexo I ndash Aprovaccedilatildeo do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa

Anexo II ndash Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Anexo III ndash Laudo de Mediccedilatildeo

Anexo IV ndash Protocolo de Seleccedilatildeo

Anexo V ndash Texto Informativo

LISTA DE APEcircNDICES

Apecircndice I ndash Dados dos 134 participantes

Apecircndice IIndash Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice III ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice IV ndash Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice V ndash Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134

participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice VI ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OE

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da OD

Apecircndice VII ndash Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio

ldquoPassaFalhardquo

Apecircndice IX ndash Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

RESUMO

IntroduccedilatildeoOs jovens principalmente os adolescentes estatildeo cada vez mais expostos a ruiacutedos de alta intensidade entre eles se destaca a muacutesica Determinados ambientes e mesmo os fones de ouvidos podem atingir niacuteveis de pressatildeo sonora elevados capazes de lesionar o aparelho auditivo mais precisamente as ceacutelulas ciliadas externas O teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas por ser mais sensiacutevel agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Objetivo Investigar a prevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas por meio do teste de emissotildees otoacuacutesticas em uma amostra de estudantes de uma escola privada do Distrito Federal Meacutetodos Foram realizados os testes de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em 134 indiviacuteduos 268 orelhas Os exames foram analisados de acordo com o criteacuterio ldquopassafalhardquo nos paracircmetros da amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Simultaneamente os indiviacuteduos foram investigados sobre o uso de fones de ouvido e quanto agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada Resultados observou-se que dos 134 participantes 806 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas transiente alteradas sendo a maioria do gecircnero masculino 978 apresentaram emissotildees otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo alteradas e 799 apresentaram alteraccedilatildeo tanto em transiente quanto em produto de distorccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas sendo a maioria do gecircnero masculino e ainda 940 relataram fazer uso de fones de ouvido e 828 declararam frequentar algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Conclusatildeo Do total de jovens que fizeram parte deste estudo um nuacutemero significante apresentou sinais de alteraccedilatildeo de ceacutelulas ciliadas externas Isso poderia indicar precocemente uma disfunccedilatildeo coclear e pelo alto nuacutemero de participantes que relataram se expor a muacutesica alta haacute suspeita de que esse haacutebito pode estar influenciando nessas alteraccedilotildees cocleares

Palavras-Chave Perda auditiva induzida por ruiacutedo haacutebitos auditivos adolescentes exposiccedilatildeo a muacutesica alta

ABSTRACT

Introduction Young people specifically teenagers are increasingly exposed to high intensity noises especially music Certain environments and even the headphones can achieve high sound pressure levels capable of injuring the hearing specifically the outer hair cells The otoacoustic emissions test more sensitive to noise exposure allows early detection of cochlear changes before they are observed by audiometry Objective To investigate the prevalence of injury of outer hair cells through the otoacoustic emissions test in a sample of students at a private school in the Federal District Method Tests of transient-evoked and distortion product otoacoustic emissions were performed in 134 subjects 268 ears The scans were analyzed according to the criterion passfail in the parameters of the amplitude and signnoise ratio Simultaneously subjects were evaluated on the use of headphones and how often attend to places with amplified music Results It was found that of the 134 participants 806 had abnormal transient evoked otoacustic emissions mostly male 978 had abnormal distortion product otoacustic emission and 799 showed abnormalities in both transient and distortion product otoacustic emission in at least one ear mostly male and also 940 reported making use of headphones and 828 reported attending some type of place with amplified music Conclusion Of all the youths who participated in this study a significant number showed signs of change in outer hair cells This could indicate an early cochlear dysfunction and the high number of participants who reported being exposed to loud music there is suspicion that this habit may be influencing such cochlear changes

Key Words Noise-induced hearing loss listening habits adolescents exposure to loud music

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 1

2 OBJETIVOS 3

21 OBJETIVO GERAL 3 22 OBJETIVOS ESPECIacuteFICOS 3

3 REVISAtildeO DE LITERATURA 4

31 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA COacuteCLEA 4 32 EMISSOtildeES OTOACUacuteSTICAS EVOCADAS 5 33 A IMPORTAcircNCIA DAS EOA NO DIAGNOacuteSTICO PRECOCE DAS PERDAS AUDITIVAS 10 34 A INFLUEcircNCIA DO RUIacuteDO NA AUDICcedilAtildeO E AS EOAE 12 35 OS JOVENS A MUacuteSICA E OS RISCOS A SUA AUDICcedilAtildeO 20

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS 27

41 ASPECTOS EacuteTICOS 27 42 LOCAL PARA APLICACcedilAtildeO DO PROCEDIMENTO 27 43 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 27 44 MATERIAIS 28 45 PROCEDIMENTOS 28 46 AVALIACcedilAtildeO DA AUDICcedilAtildeO POR EOA 29 47 CRITEacuteRIO PARA ANAacuteLISE DOS RESULTADOS 30 48 MEacuteTODOS ESTATIacuteSTICOS 33

5 RESULTADOS 35

51 CARACTERIZACcedilAtildeO DA AMOSTRA 35 52 ESTUDO DAS EOAT 35

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 35 522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 36

53 ESTUDO DAS EOAPD 42 531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 42 532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 43

54 ESTUDO DAS EOAT E DAS EOAPD ASSOCIADAMENTE 48 55 ESTUDO DA EXPOSICcedilAtildeO Agrave MUacuteSICA AMPLIFICADA 48

6 DISCUSSAtildeO 50

61 ESTUDO DAS EOAT 50 611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 51 612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT 51

62 ESTUDO DAS EOAPD 55 621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo 55 622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD 56

63 ESTUDO DAS EOAT E EOAPD 59 64 EXPOSICcedilAtildeO A MUacuteSICA AMPLIFICADA 61

7 CONCLUSAtildeO 64

ANEXOS 65

APEcircNDICES 72

REFEREcircNCIAS 99

1

1 INTRODUCcedilAtildeO

Muito tem-se falado em toda a miacutedia acerca da audiccedilatildeo e sobre as possiacuteveis

perdas auditivas em pessoas jovens provocadas por exposiccedilatildeo a ruiacutedo

Independentemente do local em atividades rotineiras ou de lazer estamos

sempre expostos aos mais diferentes ruiacutedos e entre os jovens essa exposiccedilatildeo vem

aumentando cada vez mais O que muitos podem natildeo saber eacute que apesar de

esporaacutedicas essas exposiccedilotildees satildeo responsaacuteveis por grandes malefiacutecios ao homem

alterando seu bem-estar fiacutesico e mental (NUDELMANN et al 2001)

Barros et al (2007) comentam que o aparelho auditivo humano eacute

extremamente vulneraacutevel agrave accedilatildeo do ruiacutedo o qual pode atingir niacuteveis de intensidade

elevados capazes de prejudicar a audiccedilatildeo e a sauacutede em geral

Dos agentes nocivos agrave audiccedilatildeo humana o ruiacutedo estaacute sendo citado como um

dos agressores que contribuem para o elevado percentual de deficiecircncia auditiva e um

dos principais causadores de perdas auditivas do tipo neurossensoriais em indiviacuteduos

adultos (RABINOWITZ 2006 DANIEL 2007 SLIWINSKA-KOWALSKA e KOTYLO

2007) Entre os jovens contudo esses dados ainda estatildeo em estudo

A ideia de que a perda auditiva por exposiccedilatildeo a ruiacutedos estaacute ligada somente aos

adultos (idosos) ou que eacute peculiar a fatores ocupacionais deve ser reavaliada Silveira

et al (2001) e Dias et al (2006) jaacute observaram que jovens com quadro de perda

auditiva apresentam audiogramas caracteriacutesticos de perda por exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Eacute comum por exemplo ver pessoas fazendo uso de fones de ouvido e esse

haacutebito pode ser observado com maior frequecircncia entre os jovens que cada vez mais

usam esse dispositivo como entretenimento em seus momentos de lazer Outras

praacuteticas de lazer apreciadas pela maioria dos jovens podem estar prejudicando sua

sauacutede auditiva tais como ouvir muacutesica em volumes altos em casa ou no carro usar

fones de ouvido dos celulares e dos Media Players mais conhecidos como MP3

Players estar sempre em shows musicais boates e academias Essas atividades

podem ser prazerosas poreacutem satildeo consideradas nocivas agrave audiccedilatildeo quando realizadas

sem moderaccedilatildeo (WAZEN e RUSSO 2004)

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas geralmente satildeo feitos por

meio da audiometria tonal limiar Contudo as emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOA)

2

por serem mais sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo permitem a detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees cocleares antes mesmo de serem observadas pela audiometria tonal Elas

possibilitam uma avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear e que natildeo oferece

riscos ou desconforto eacute raacutepido indolor e de faacutecil aplicabilidade (MUNIZ et al 2001

MARQUES e COSTA 2006 BARROS et al 2007 VASCONCELOS et al 2008)

Levando em consideraccedilatildeo os efeitos do ruiacutedo na coacuteclea e o caraacuteter preventivo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas no monitoramento auditivo foi motivada a

execuccedilatildeo do presente trabalho com o objetivo avaliar o funcionamneto das ceacutelulas

ciliadas externas (CCE) por meio do exame de emissotildees otoacuacutesticas em um grupo

de estudantes do Distrito Federal

3

2 OBJETIVOS

21 Objetivo Geral

- Avaliar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nas ceacutelulas ciliadas externas do oacutergatildeo de

Corti por meio das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em uma amostra de

estudantes do ensino meacutedio de uma escola privada do Distrito Federal

22 Objetivos Especiacuteficos

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de alteraccedilotildees nos exames de emissotildees otoacuacutesticas

transientes e produto de distorccedilatildeo associadamente

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas transientes

- Analisar a amplitude e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por frequecircncia nas emissotildees

otoacuacutesticas produto de distorccedilatildeo

- Determinar a prevalecircncia de exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada nesta amostra

4

3 REVISAtildeO DE LITERATURA

Para melhor compreensatildeo deste estudo cabe aqui falar de aspectos

importantes como anatomofisiologia do oacutergatildeo da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas

evocadas jaacute que satildeo o principal objeto da pesquisa

31 Anatomia e Fisiologia da Coacuteclea

O ouvido eacute o oacutergatildeo capaz de reconhecer o som emitido pelo ambiente e

traduzir essa informaccedilatildeo para o ceacuterebro Ele se divide em trecircs partes ouvido externo

meacutedio e interno Para os objetivos do presente trabalho seratildeo enfatizados os

aspectos morfofisioloacutegicos do ouvido interno pois nele eacute que se localiza a coacuteclea

foco desta anaacutelise

A primeira parte o ouvido externo eacute composta pelo pavilhatildeo auricular e pelo

meato acuacutestico externo (MAE) ou conduto auditivo reponsaacuteveis pela captaccedilatildeo e

conduccedilatildeo do som A segunda parte o ouvido meacutedio eacute representada pela cavidade

timpacircnica e por sua vez comeccedila na membrana timpacircnica e consiste em sua

totalidade de um espaccedilo aeacutereo ndash a cavidade timpacircnica ndash no osso temporal Dentro

dela estatildeo trecircs ossiacuteculos articulados entre si cujos nomes descrevem sua forma

martelo bigorna e estribo apresentam a funccedilatildeo de transmissatildeo e amplificaccedilatildeo do

som que vai do ouvido externo ao ouvido interno Por fim tem-se o ouvido interno

chamado labirinto formado por escavaccedilotildees no osso temporal revestidas por

membrana e preenchidas por liacutequido Limita-se com a orelha meacutedia pelas janelas

oval e redonda O labirinto apresenta uma parte anterior a coacuteclea relacionada com a

audiccedilatildeo e uma parte posterior relacionada com o equiliacutebrio e constituiacuteda pelo

vestiacutebulo e pelos canais semicirculares (BENTO et al 1998 MOMENSOHN-SANTOS

e RUSSO 2009)

Eacute no ouvido interno que se localiza a coacuteclea e nela se abriga o oacutergatildeo de Corti

que conteacutem as ceacutelulas auditivas sensoriais ndash as ceacutelulas ciliadas ndash as quais agem

como microfones para converter o som para transmissatildeo ao ceacuterebro via nervo

acuacutestico Haacute dois tipos de ceacutelulas ciliadas a ceacutelula ciliada interna que possui um

corpo celular mais curto arredondado e muitas fibras nervosas ligadas a sua base e

a ceacutelula ciliada externa que possui um corpo tubular longo e menos fibras nervosas

5

que quando estimuladas podem mudar a tensatildeo dentro de suas paredes (BENTO et

al 1998)

A ceacutelula auditiva sensorial ou ceacutelula ciliada eacute o ponto focal do mecanismo de

audiccedilatildeo O som externo converge para as ceacutelulas que satildeo por meio disso

estimuladas e correspondentemente produzem sinais eleacutetricos que satildeo entatildeo

transmitidos para o ceacuterebro pelas fibras do nervo acuacutestico Eacute um sentido essencial agrave

vida pois constitui a base da comunicaccedilatildeo humana Portanto qualquer alteraccedilatildeo

no mecanismo das ceacutelulas ciliadas consequentemente ocasiona um

comprometimento da audiccedilatildeo (AZEVEDO 2003)

Ao estudar o movimento das ceacutelulas ciliadas Kemp verificou que depois de

uma curta erupccedilatildeo de som houve apoacutes um breve atraso uma produccedilatildeo de som do

ouvido interno Esse som saiacutedo do ouvido era muito semelhante ao som que fora

colocado dentro e assim Kemp o nomeou ldquoecordquo coclear ou mais formalmente

emissotildees otoacuacutesticas evocadas (EOAE) Poreacutem para ocorrecircncia desses ecos tinha

que haver integridade das ceacutelulas ciliadas Se elas tecircm um mau funcionamento este

eco reduz e eacute entatildeo perdido (BENTO et al 1998 BEVILACQUA et al 2011)

Assim as emissotildees otoacuacutesticas melhor explanadas no proacuteximo capiacutetulo natildeo

apenas possuem um papel na teoria da audiccedilatildeo como tambeacutem apresentam um

potencial de prover um indicador bastante sensiacutevel de perdas auditivas ateacute mesmo

aquelas em desenvolvimento porque a ausecircncia das emissotildees pode preceder uma

perda auditiva

32 Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas (EOA) satildeo sons registrados no conduto auditivo

externo gerados pela atividade fisioloacutegica dentro da coacuteclea mais especificamente

pelas ceacutelulas ciliadas externas (CCE) do oacutergatildeo de Corti Satildeo respostas originadas na

coacuteclea pelas ceacutelulas ciliadas que permitem avaliar a funccedilatildeo coclear Foram definidas

por Kemp em 1978 como ldquouma liberaccedilatildeo de energia sonora produzida na coacuteclea

que se propaga pela orelha meacutedia ateacute o meato acuacutestico externordquo e satildeo observadas

em indiviacuteduos com integridade de funccedilatildeo coclear Para a obtenccedilatildeo das emissotildees

otoacuacutesticas colaca-se uma sonda no conduto auditivo externo a qual dispotildee de um

microfone capaz de medi-las As EOA classificam-se em espontacircneas e evocadas ndash

sendo a uacuteltima subdividida em transiente (TE) e produto de distorccedilatildeo (PD) ndash e

6

caracterizam-se por serem vulneraacuteveis a agentes que danificam a coacuteclea de forma

provisoacuteria ou permanente como ruiacutedos de forte intensidade e drogas ototoacutexicas

(AZEVEDO 2003 BEVILACQUA et al 2011)

As EOA espontacircneas satildeo registradas independentemente da apresentaccedilatildeo de

estiacutemulo acuacutestico podendo ser observadas em 50 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo

normal e justamente por isso seu valor cliacutenico ainda natildeo estaacute definido contudo

interferem no registro dos outros tipos de emissotildees em relaccedilatildeo agrave amplitude

Por outro lado as EOA evocadas surgem em consequecircncia de um estiacutemulo

acuacutestico e como mencionado satildeo subdivididas em transiente e produto de distorccedilatildeo

(AZEVEDO 2003 MARQUES E COSTA 2006) Entre os tipos de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas as transientes e produtos de distorccedilatildeo satildeo as que possuem

maior aplicaccedilatildeo cliacutenica (NODARSE 2006)

De acordo com Bento (1998) as emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes

(EOAT) satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo de um estiacutemulo de curta duraccedilatildeo tipo clique

na intensidade de 80 decibeacuteis niacutevel de pressatildeo sonora (dBNPS) geralmente nas

frequecircncias de 1000 a 4000 Hertz (Hz) que permite a estimulaccedilatildeo da coacuteclea como

um todo Estatildeo presentes em 98-99 dos indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal A

amplitude de resposta varia em funccedilatildeo de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia

do niacutevel de ruiacutedo interno eou externo As EOAT estatildeo ausentes em indiviacuteduos com

perda auditiva leve (acima de 25 dB) e satildeo mais recomendadas para diagnoacutestico

diferencial das alteraccedilotildees cocleares e principalmente para triagem auditiva em

neonatos por ser um teste objetivo natildeo invasivo e pela rapidez e facilidade da

testagem (AZEVEDO 2003 SOUSA et al 2010)

Para registro das EOAT a sonda deve apresentar dois tubos o transdutor

para emitir o estiacutemulo clique e o microfone para a captaccedilatildeo das emissotildees

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo satildeo sons gerados

pelas ceacutelulas ciliadas externas evocadas por dois tons puros apresentados

simultaneamente Elas surgem como resultado de um estiacutemulo sonoro

Azevedo (2003) explica que as EOAPD satildeo obtidas apoacutes apresentaccedilatildeo

simultacircnea de dois tons puros denominados f1 e f2 com frequecircncias sonoras muito

proacuteximas Portanto o produto de distorccedilatildeo eacute um terceiro tom produzido pela coacuteclea

em decorrecircncia de sua incapacidade de amplificar de forma linear dois estiacutemulos

diferentes

7

A EOAPD tecircm a vantagem de fornecer informaccedilotildees mais precisas para as

frequecircncias altas e a capacidade de avaliar um maior nuacutemero de frequecircncias e

tambeacutem a coacuteclea desde a sua espira basal ateacute apical Elas estatildeo presentes em

indiviacuteduos com audiccedilatildeo normal e em perdas auditivas de ateacute 35dB

Para o registro das EOAPD eacute necessaacuteria uma sonda com dois transdutores

que apresentaratildeo os tons que seratildeo misturados acusticamente e o microfone para

captaccedilatildeo das emissotildees geradas

Munhoz et al (2000) relataram os criteacuterios e paracircmetros utilizados na avaliaccedilatildeo

das emissotildees otoacuacutesticas evocadas As EOAT podem ser mensuradas pela energia

total do espectro pelo iacutendice de correlaccedilatildeo dos bancos de memoacuteria chamado de

REPRO e pela magnitude das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas sobre o ruiacutedo

ou seja a relaccedilatildeo sinalruiacutedo As EOAPD podem ser avaliadas pelos niacuteveis das

amplitudes absoluta e sinalruiacutedo bem como pela latecircncia

Portanto as medidas para avaliaccedilatildeo das EOAE satildeo reprodutibilidade

(REPRO) amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) As EOAT satildeo melhor

analisadas nas frequecircncias de 500Hz 1000Hz e 2000Hz e as EOAPD nas

frequecircncias acima de 4000Hz (GORGA e Col 1993 apud GRANJEIRO 2005)

Costa (2007) reforccedila que a correlaccedilatildeo e a associaccedilatildeo entre os resultados das

EOAT e EOAPD satildeo significantes e que um meacutetodo complementa o outro Enquanto

as EOAT satildeo mais eficazes nas bandas de frequecircncias baixas as EAEPD permitem a

avaliaccedilatildeo das bandas de frequecircncias acima de 4KHz

Souza (2009) relata que as EOAPD satildeo mais sensiacuteveis que as EOAT em

detectar diferenccedilas entre os grupos de indiviacuteduos expostos a ruiacutedo e de natildeo expostos

haja vista que entre os trecircs criteacuterios de avaliaccedilatildeo (reprodutibilidade amplitude e

relaccedilatildeo sinalruiacutedo) identificou diferenccedilas em dois amplitude (PD) e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo

A pesquisa das EOA deve ser realizada em local silencioso de preferecircncia

com niacutevel de ruiacutedo de 40 dBNPS ou menos (KEMP 2002 apud SOUSA 2010) Antes

do procedimento eacute importante orientar o paciente e realizar a otoscopia para garantir

condiccedilotildees adequadas do conduto auditivo externo e para verificar se haacute alteraccedilatildeo de

orelha meacutedia que deveraacute ser considerada na anaacutelise do registro obtido A pesquisa

das EOA eacute um procedimento natildeo invasivo que fornece informaccedilotildees importantes sobre

a funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas estruturas que na maioria das

doenccedilas cocleares satildeo as primeiras a sofrer alteraccedilotildees Por estarem presentes

8

essencialmente em orelhas com funccedilatildeo perifeacuterica normal ateacute ceacutelulas ciliadas

externas por meio delas eacute possiacutevel identificar os pacientes com perda auditiva

coclear (SOUSA 2010)

Vono-Coube e Filho (2003) ressaltaram a importacircncia dos niacuteveis de intensidade

utilizados na evocaccedilatildeo das EOAPD pois a intensidade do estiacutemulo influencia os

niacuteveis das amplitudes Alertaram tambeacutem que os niacuteveis dos estiacutemulos sonoros natildeo

devem ultrapassar 80 dBNPS Acima desse valor haacute risco de se ativarem os reflexos

acuacutesticos aumentando a impedacircncia da orelha meacutedia e podendo causar reduccedilatildeo dos

niacuteveis de pressatildeo sonora das amplitudes

Fiorini e Parrado-Moran (2005) verificaram os diferentes paracircmetros de

intensidade no teste de EOAPD em sujeitos com e sem perda auditiva O grupo sem

perda auditiva foi formado por 80 sujeitos com limiares entre 0 a 20 dBNA e o grupo

com perda auditiva foi constituiacutedo por 89 trabalhadores expostos ao ruiacutedo industrial

com limiares auditivos comprometidos a partir de 3 KHz Ambos os grupos realizaram

duas avaliaccedilotildees de EOAPD uma com a intensidade de L1=L2= 70 dBNPS e outra

com L1=65 e L2=55 dBNPS Os achados do grupo sem perda auditiva foram

indiferentes com relaccedilatildeo agraves intensidades Jaacute no grupo com perda auditiva observou-

se que as intensidades de L1=65 e L2=55 dBNPS apresentaram correlaccedilatildeo estatiacutestica

significante entre as respostas das EOAPD e os limiares auditivos dos participantes

Logo concluiacuteram que o paracircmetro de L1=65 e L2=55 dBNPS parece ser o mais

indicado na avaliaccedilatildeo auditiva ocupacional para os sujeitos com e sem perda auditiva

Sendo a coacuteclea um oacutergatildeo fisiologicamente ativo o fator idade pode interferir na

ocorrecircncia das EOA Com a finalidade de identificar diferenccedilas entre os registros

dessas emissotildees nas diversas faixas etaacuterias Oeken et al (2000) realizaram o teste

de EOAPD em 180 orelhas de 96 sujeitos normo-ouvintes com idade entre 14 e 82

anos A amostra foi dividida em seis grupos etaacuterios menores de 30 anos 30-39 anos

40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos e maiores de 70 anos Analisaram os valores das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo (maior que 3 dBNPS) e os percentuais de

ocorrecircncia Os resultados mostraram uma relaccedilatildeo significativa entre aumento da

idade e diminuiccedilatildeo das amplitudes das EOAPD Os percentuais de ocorrecircncia

mostraram-se significativamente mais reduzidos no grupo dos sujeitos mais velhos

principalmente no grupo com idade maior que 70 anos

Azevedo (2003) fez referecircncia agrave variabilidade dos niacuteveis de amplitude das EOA

de acordo com idade gecircnero e orelha Com relaccedilatildeo ao gecircnero as mulheres podem

9

apresentar maiores amplitudes que os homens Essa diferenccedila estaria associada agrave

relevacircncia de emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas no gecircnero feminino As emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas tambeacutem podem estar associadas a uma maior prevalecircncia

de EOAT na orelha direita Com relaccedilatildeo agrave idade as amplitudes decrescem com o

envelhecimento para as EOAT a amplitude de resposta situa-se em torno de 20

dBNPS nos receacutem-nascidos 10 dBNPS nos adultos e 6 dBNPS nos idosos Para as

EOAPD os valores satildeo semelhantes a amplitude de resposta situa-se entre 0 e 10

dBNPS nos adultos e entre 10 a 20 dBNPS no neonato A reduccedilatildeo das amplitudes

relacionada agrave idade eacute geralmente atribuiacuteda aos efeitos do tamanho do meato acuacutestico

externo (MAE) e agrave integridade coclear

Tendo como finalidade investigar se haacute mudanccedilas na atividade das CCE com o

avanccedilo da idade Uchida et al (2008) selecionaram o teste das EOAPD e avaliaram

331 sujeitos com limiares auditivos ateacute 15 dBNA nas frequecircncias de 1 2 4 e 8 KHz A

amostra foi composta por homens e mulheres alocados em trecircs grupos etaacuterios 40-49

anos 50-59 anos e 60 anos ou mais Eles utilizaram o criteacuterio de anaacutelise da amplitude

absoluta e avaliaram as frequecircncias de 1000 a 6000 Hz Os resultados mostraram

uma associaccedilatildeo entre aumento da idade e reduccedilatildeo das amplitudes absolutas

Verificou-se tambeacutem que os efeitos da idade sobre as EOAPD foram maiores nas

mulheres do que nos homens Neste uacuteltimo o efeito negativo da idade nos niacuteveis das

amplitudes absolutas foi significante apenas na frequecircncia de 1086 Hz jaacute para as

mulheres houve reduccedilatildeo significante das amplitudes absolutas nas frequecircncias de

1184 2002 2185 4004 e 4358 Hz

Buscando verificar se haacute consistecircncia nos registros das EOA Barboni et al

(2006) estudaram a variaccedilatildeo das amplitudes das EOAT por meio da aplicaccedilatildeo de

teste-reteste em 35 sujeitos normo-ouvintes Os sujeitos foram submetidos a trecircs

avaliaccedilotildees com um intervalo de uma semana Os pesquisadores natildeo conseguiram

quantificar a variaccedilatildeo das amplitudes pois os resultados revelaram um alto desvio

padratildeo demonstrando que as amplitudes podem apresentar grande variabilidade

intrassujeitos Como a anaacutelise da variabilidade das amplitudes entre as testagens natildeo

foi estatisticamente significante elas confirmaram a confiabilidade do teste de EOA

Apoacutes trecircs deacutecadas da descoberta das EOA observa-se um grande avanccedilo na

aacuterea da microfisiologia relacionado agraves atividades bioquiacutemicas e moleculares da

coacuteclea

10

O conhecimento do metabolismo coclear propiciou mudanccedilas nos conceitos

associados agrave forma como a coacuteclea processa os sons Hoje sabe-se que mecanismos

bioeletrofisioloacutegicos satildeo realizados durante a transduccedilatildeo do estiacutemulo acuacutestico no

oacutergatildeo de Corti e que as CCE possuem um papel ativo neste processo A

eletromotilidade das CCE eacute responsaacutevel pelo aumento da vibraccedilatildeo da membrana

basilar na regiatildeo de audiofrequecircncia do estiacutemulo que foi dado Assim elas participam

da amplificaccedilatildeo e da seletividade de frequecircncias Ainda hoje considera-se que as

EOA sejam a energia acuacutestica advinda desse processo (IKINO et al 2006

MOMENSOHN-SANTOS et al 2007)

Devido agrave possibilidade de as EOA demonstrarem o status do funcionamento

das CCE este teste vem sendo adotado como procedimento de investigaccedilatildeo auditiva

em diversas situaccedilotildees cliacutenicas na triagem auditiva neonatal no diagnoacutestico

diferencial da perda auditiva neurossensorial na exclusatildeo das pseudohipoacusias no

monitoramento da audiccedilatildeo durante administraccedilatildeo de ototoacutexocos aleacutem do

monitoramento da audiccedilatildeo dos sujeitos expostos ao ruiacutedo ocupacional (WAGNER et

al 2008)

Por esses motivos o teste das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vem se

destacando dentre o conjunto de avaliaccedilotildees auditivas por suas caracteriacutesticas de

rapidez objetividade e principalmente pela possibilidade de detectar precocemente

alteraccedilotildees cocleares advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo natildeo identificadas pela

audiometria tonal (CARVALHO et al 2000 MARQUES e COSTA 2006) Sua

importacircncia seraacute melhor explanada no proacuteximo item

33 A importacircncia das EOA no diagnoacutestico precoce das perdas auditivas

A avaliaccedilatildeo e o monitoramento das perdas auditivas em geral satildeo realizados

por meio da audiometria tonal limiar que determina a menor intensidade capaz de

desencadear uma sensaccedilatildeo auditiva em cada frequecircncia testada Contudo pode natildeo

ser capaz de retratar a real situaccedilatildeo do funcionamento da coacuteclea (GATTAZ et al

1994)

No campo da audiologia ocupacional a audiometria tonal liminar (ATL)

representa o instrumento legal (PORTARIA n 191998 do MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO) para o monitoramento da sauacutede auditiva dos profissionais expostos ao

ruiacutedo A sauacutede auditiva desses profissionais eacute monitorada pela realizaccedilatildeo de exames

audiomeacutetricos perioacutedicos classificados como de referecircncia ou sequencial

11

comparados e gerenciados por programas ocupacionais de sauacutede auditiva Apesar do

seu valor legal autores como Barros et al (2007) e o Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e

Conservaccedilatildeo Auditiva Boletim n 2 (2000) reconhecem que a audiometria tonal eacute

apenas um dos meacutetodos que compotildeem a avaliaccedilatildeo audioloacutegica ocupacional

podendo entretanto apresentar algumas desvantagens como por exemplo a

subjetividade Jaacute a aplicaccedilatildeo de testes objetivos como o teste de EOA ndash mais

sensiacuteveis agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ndash permite a detecccedilatildeo precoce de alteraccedilotildees cocleares

antes mesmo de elas serem observadas pela audiometria tonal e possibilita uma

avaliaccedilatildeo especiacutefica da funcionalidade das ceacutelulas ciliadas externas (BARROS et al

2007 ROCHA et al 2007)

Na literatura cientiacutefica muitos trabalhos relacionados agraves emissotildees otoacuacutesticas

evocadas em trabalhadores expostos ao ruiacutedo foram realizados (OLIVEIRA et al

2001 FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 FIORINI e PARRADO-

MORAN 2005 BARROS et al 2007) No entanto a maioria envolve a populaccedilatildeo do

setor industrial com jornada de trabalho geralmente de 8 horas diaacuterias

Diferentemente dos profissionais da induacutestria os jovens natildeo apresentam ciclo de

exposiccedilatildeo definido podendo ter exposiccedilatildeo tanto aos ruiacutedos de impacto comuns do dia

a dia quanto exposiccedilatildeo a muacutesicas amplificadas pelo uso de fones de ouvido ou por

frequentarem ambientes com muacutesica amplificada

Para Muniz et al (2001) com esse exame eacute possiacutevel detectar lesotildees nas

ceacutelulas ciliadas externas da orelha interna consideradas principais alvos de traumas

sonoros Elas natildeo quantificam a deficiecircncia auditiva poreacutem detectam a sua ocorrecircncia

Uma vez que estatildeo presentes completamente indicam que haacute integridade no

funcionamento coclear

Trata-se de um exame natildeo invasivo sensiacutevel ao estado coclear que natildeo

oferece danos riscos ou desconforto sendo raacutepido indolor sem contraindicaccedilatildeo de

faacutecil aplicabilidade com alta sensibilidade e especificidade para detectar alteraccedilotildees

auditivas (PIALARISSI e GATTAZ 1997 BOSSETO et al 1998 VASCONCELOS et

al 2008)

Portanto como mencionado as EOAPD complementam as EOAT por

verificarem o estado coclear em frequecircncias mais altas e satildeo mais recomendadas

para monitorizaccedilatildeo da funccedilatildeo coclear em indiviacuteduos que se expotildeem a ruiacutedos intensos

12

Em casos de mudanccedila na amplitude de resposta haacute indiacutecios de disfunccedilatildeo coclear com

risco de lesatildeo colear A avaliaccedilatildeo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas eacute um

instrumento cliacutenico efetivo para o monitoramento da coacuteclea pois oferece muacuteltiplas

vantagens o que permite a detecccedilatildeo de alteraccedilotildees cocleares sutis antes que sejam

observadas na avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica tonal liminar Aleacutem disso eacute de grande valia no

monitoramento da audiccedilatildeo de grupos de indiviacuteduos expostos a niacuteveis elevados de

pressatildeo sonora (HOTZ et al 1993 CARVALHO et al 2000 BARROS 2007)

34 A influecircncia do ruiacutedo na audiccedilatildeo e as EOAE

O ruiacutedo eacute o agente fiacutesico nocivo mais comum em nosso ambiente A exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo intenso lesa as ceacutelulas ciliares do oacutergatildeo de Corti causando perda irreversiacutevel

da audiccedilatildeo doenccedila conhecida como perda auditiva induzida pelo ruiacutedo (PAIR)

A PAIR instala-se de forma lenta e progressiva e caracteriza-se como uma

perda auditiva do tipo neurossensorial natildeo muito profunda quase sempre similar

bilateralmente e absolutamente irreversiacutevel Os padrotildees tiacutepicos da PAIR mostram

uma perda auditiva na faixa de frequecircncias altas de 4 a 6KHz (Kilohertz) com perdas

menores em frequecircncias acima e abaixo dessa banda formando o que comumente eacute

chamado de entalhe (COMITEcirc NACIONAL DE RUIacuteDO e CONSERVACcedilAtildeO AUDITIVA

1994) Os afetados pela PAIR comeccedilam a ter dificuldades para perceber os sons

agudos tais como telefone apitos campainhas e logo a deficiecircncia se estende ateacute

a aacuterea meacutedia do campo audiomeacutetrico comprometendo frequecircncias relacionadas agrave

fala e consequentemente afetando a comunicaccedilatildeo Alguns fatores podem influenciar

sua ocorrecircncia entre eles niacutevel de pressatildeo sonora tempo intensidade e frequecircncia

de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo e a suscetibilidade individual (MARQUES E COSTA 2006)

A Portaria n 191998 do Ministeacuterio do Trabalho denominou de ldquoPerda Auditiva

Induzida por Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados (PAINPSE)rdquo os efeitos do ruiacutedo

sobre a audiccedilatildeo Eacute caracterizada por alteraccedilatildeo irreversiacutevel dos limiares auditivos do

tipo sensorioneural com progressatildeo gradual relacionada ao tempo de exposiccedilatildeo ao

risco

Para Rocha et al (2007) e Mendes e Morata (2007) o ruiacutedo pode ser social e

ocupacional O ruiacutedo ocupacional jaacute bastante conhecido e estudado pela comunidade

cientiacutefica estaacute relacionado ao ambiente de trabalho no qual o indiviacuteduo fica exposto

por um longo periacuteodo Jaacute o ruiacutedo social estaacute diretamente relacionado a ambientes de

13

lazer como boates shows bandas de rock carros barulhentos fones de ouvido

entre outros geralmente de curta duraccedilatildeo mas ndash dependendo da frequecircncia ndash

capazes de produzir efeitos deleteacuterios sobre a sauacutede auditiva comprometendo uma

das mais importantes funccedilotildees humanas que eacute a comunicaccedilatildeo

O ruiacutedo em alta intensidade pode desencadear rupturas mecacircnicas na

membrana basilar e de suas ceacutelulas sensoriais produzindo perdas auditivas

imediatas de graus variados as quais desencadeiam alteraccedilotildees temporaacuterias ou

permanentes do limiar auditivo As perdas auditivas ocasionadas por exposiccedilatildeo a

niacuteveis intensos de ruiacutedo surgem primeiramente de forma reversiacutevel por meio de

mudanccedilas temporaacuterias de limiar Essas alteraccedilotildees do limiar de audibilidade vecircm

sendo intensamente analisadas pois sua presenccedila em maior ou menor grau sinaliza

um prognoacutestico de suscetibilidade para perdas auditivas permanentes (BARROS et

al 2007)

Bouccara et al (2006) ressaltaram que os efeitos do ruiacutedo sobre a audiccedilatildeo

dependem aleacutem das caracteriacutesticas fiacutesicas do ruiacutedo e do tempo de exposiccedilatildeo

tambeacutem de fatores individuais uma vez que eacute grande a influecircncia da susceptibilidade

individual na instalaccedilatildeo da PAIR

Uma exposiccedilatildeo eventual a um ruiacutedo natildeo tatildeo intenso pode provocar uma

alteraccedilatildeo temporaacuteria de limiar com recuperaccedilatildeo agrave normalidade apoacutes algum tempo de

repouso auditivo Por outro lado se o niacutevel de pressatildeo sonora for extremamente

elevado (acima de 120 dBNA) pode-se formar um quadro de trauma acuacutestico

caracterizado por instalaccedilatildeo imediata de uma perda auditiva sensorioneural Se as

estruturas da orelha meacutedia forem atingidas essa perda seraacute mista (BEZERRA e

MARQUES 2004)

Segundo Pfeiffer et al (2007) e Serra et al (2007) a perda auditiva temporaacuteria

(TTS ndash Temporary Threshold Shift) eacute uma discreta perda auditiva por um curto

periacuteodo de tempo que ocorre apoacutes exposiccedilatildeo a ruiacutedos intensos Isso acontece em

virtude de as ceacutelulas ciliadas do ouvido serem temporariamente danificadas depois de

terem sofrido exposiccedilatildeo a sons muito altos Apoacutes um periacuteodo de repouso (em

silecircncio) elas se regeneram Poreacutem quando a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo passa a ser

frequente essas ceacutelulas tendem a natildeo mais se regenerar acarretando perdas

permanentes A perda auditiva permanente (PTS - Permanent Threshold Shift) eacute

definida como uma perda irreversiacutevel por exposiccedilatildeo prolongada a ruiacutedo intenso que

se instala lentamente Isso acorre porque niacuteveis extremos de stress auditivo atingem

14

as ceacutelulas ciliadas externas que satildeo gravemente danificadas sem regeneraccedilatildeo

posterior

Pfeiffer et al 2007 verificaram mudanccedilas temporaacuterias do limiar de audiccedilatildeo de

seis muacutesicos do gecircnero masculino componentes de uma banda de ldquorockrdquo com idade

entre 20 e 30 anos Foram feitas anamnese ocupacional determinaccedilatildeo dos niacuteveis

miacutenimos de audiccedilatildeo e medida do reflexo acuacutestico antes e apoacutes o show de rock

Quanto aos aspectos comportamentais relacionados ao ruiacutedo os resultados

mostraram que o zumbido foi a queixa mais presente entre os integrantes Na

audiometria tonal as maiores diferenccedilas preacute e poacutes-exposiccedilatildeo foram encontradas nas

frequecircncias altas sendo a orelha direita a que apresentou maiores mudanccedilas

temporaacuterias de limiar Na medida do reflexo acuacutestico apoacutes o show a orelha direita

obteve o maior percentual de ausecircncia de reflexo (40) Os autores concluiacuteram que

muacutesicos expostos a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora intensa apresentam alteraccedilatildeo

temporaacuteria do limiar e alteraccedilatildeo do reflexo acuacutestico

Como acontece nas demais lesotildees auditivas haacute surgimento de sintomas

auditivos ou natildeo O mais caracteriacutestico da PAIR eacute o zumbido tambeacutem chamado de

acuacutefeno ou tiacutenitus que pode ser definido como uma ilusatildeo auditiva isto eacute uma

sensaccedilatildeo sonora produzida na ausecircncia de fonte externa geradora de som Isso

significa que o zumbido eacute uma percepccedilatildeo auditiva fantasma que pode ser notada

apenas pelo acometido na maior parte dos casos o que dificulta sua mensuraccedilatildeo

padronizada A fisiopatologia do zumbido eacute ainda controversa Trata-se de um

sintoma que produz extremo desconforto de difiacutecil tratamento podendo de acordo

com sua gravidade excluir o indiviacuteduo do conviacutevio social (GONCcedilALVES et al 2007

PFEIFER et al 2007 e DIAS et al 2006)

Existem inuacutemeros estudos abordando a perda auditiva induzida por ruiacutedo no

acircmbito ocupacional e suas implicaccedilotildees aos trabalhadores a ele exposto Entretanto

esse nuacutemero eacute bastante reduzido quando se trata de perdas auditivas induzidas por

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora fora do ambiente de trabalho Para Wazen e

Russo (2004) esses ruiacutedos denominados de extraocupacionais podem tambeacutem

acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Amorim et al 2008 estudaram 30 muacutesicos os quais foram submetidos a

entrevista especiacutefica audiometria tonal convencional e de altas frequecircncias

timpanometria e emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de

distorccedilatildeo Os resultados mostraram que 17 dos sujeitos apresentaram audiograma

15

sugestivo de perda auditiva induzida por ruiacutedo 7 normal com entalhe e 7 com

outras configuraccedilotildees A meacutedia dos limiares das frequecircncias de 3 4 e 6 kHz mostrou-

se com maior niacutevel de intensidade quando comparada com as de 500 1 e 2 kHz

assim como a meacutedia dos limiares da audiometria de altas frequecircncias quando

comparada com a audiometria convencional Houve correlaccedilatildeo positiva dos limiares

com idade e com tempo de profissatildeo Observou-se ausecircncia de emissotildees

otoacuacutesticas evocadas transientes em 267 (orelha direita) e em 233 (orelha

esquerda) e ausecircncia de emissotildees em frequecircncias isoladas nas emissotildees

otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo Concluiacuteram que o teste das

emissotildees otoacuacutesticas mostrou maior sensibilidade na detecccedilatildeo precoce de

alteraccedilotildees auditivas e que muacutesicos apresentam risco significativo de desenvolverem

perda auditiva

Um estudo de delineamento transversal feito por Maia e Russo (2008) retratou

o status auditivo de sujeitos expostos a niacuteveis sonoros elevados de uma banda de

rock and roll Na amostra foram incluiacutedos 23 sujeitos sendo 19 do gecircnero masculino

e quatro do gecircnero feminino com idade variando entre 21 a 28 anos e tempo de

exposiccedilatildeo entre 2 e 20 anos na qual 65 tiveram exposiccedilatildeo entre 2 e 10 anos Para

averiguar as condiccedilotildees auditivas realizaram os testes de audiometria tonal

imitanciometria EOAT e EOAPD As EOA foram avaliadas segundo os criteacuterios de

amplitude na relaccedilatildeo sinalruiacutedo e ocorrecircncia As EOAT foram consideradas

presentes quando apresentaram reprodutibilidade maior que 50 e relaccedilatildeo

sinalruiacutedo maior que 3 dBNPS em pelo menos trecircs faixas de frequecircncia As EOAPD

foram consideradas presentes quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassasse 6 dBNPS

acima do primeiro desvio padratildeo ou 3 dBNPS acima do segundo desvio padratildeo

Apoacutes a aplicaccedilatildeo dos testes audioloacutegicos observaram que 100 das orelhas

apresentaram limiares dentro dos padrotildees de normalidade (500 1 e 2 KHz) no

entanto 41 das orelhas possuiacuteam entalhe audiomeacutetrico em 4-6 KHz O resultados

relacionados agraves EOA revelaram que os niacuteveis das amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo

variou de 404 a 143 dBNPS nas EOAT e de 1164 a 616 dBNPS nas EOAPD O

percentual de ocorrecircncia de EOAT foi de 39 Para as EOAPD os percentuais de

ocorrecircncia variaram de acordo com as frequecircncias

Os efeitos do ruiacutedo sobre o funcionamento das CCE apoacutes uma aula de

aeroacutebica foi objeto de estudo na pesquisa realizada por Torre e Howell (2008)

Participaram do estudo 50 sujeitos sendo 48 mulheres e 2 homens todos com

16

audiccedilatildeo normal Os participantes realizaram avaliaccedilatildeo de EOAPD antes e apoacutes 50

minutos de aula Os niacuteveis de ruiacutedo foram mensurados por dosimetria e constatou-se

meacutedia de 871 dBA A comparaccedilatildeo dos niacuteveis das amplitudes (preacute e poacutes exposiccedilatildeo)

obtidos na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostrou reduccedilatildeo na maioria das frequecircncias testadas

em ambas as orelhas

Foi estudada por Frota e Ioacuterio (2002) a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD

apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo O estudo foi composto por 20 homens e 20 mulheres todos

com audiccedilatildeo ateacute 25 dBNA e faixa etaacuteria entre 18 e 36 anos Os sujeitos ficaram

expostos durante 10 minutos ao ruiacutedo dentro de uma cabina acuacutestica Apoacutes serem

expostos as amplitudes das EOAPD mostraram-se reduzidas em ambos os grupos

No grupo dos homens todavia a reduccedilatildeo das amplitudes das EOAPD atingiu um

nuacutemero maior de frequecircncias quando comparada ao grupo das mulheres Natildeo foi

identificada diferenccedila interaural significativa Os autores concluiacuteram que as EOAPD

foram eficazes em detectar alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Pawlaczyk-luszcynska et al (2004) utilizaram as EOAT para averiguar as

alteraccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de impacto de armas de fogo de

pequeno calibre Participaram da pesquisa 18 sujeitos que tinham a caccedila com rifle

como hobby e 28 candidatos ao cargo de policial Os grupos foram denominados GI e

GII respectivamente A composiccedilatildeo dos grupos foi heterogecircnea O GI foi composto

por sujeitos mais velhos com e sem perda auditiva e com histoacuterico de exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional O GII foi formado por sujeitos mais novos com audiccedilatildeo normal e

sem exposiccedilatildeo pregressa ao ruiacutedo ocupacional Todos ficaram expostos a niacuteveis de

pressatildeo sonora de 148- 161 dB durante um periacuteodo de 2 a 10 minutos entretanto

somente o GII utilizou protetores auditivos Os achados revelaram que apenas o GI

apresentou reduccedilatildeo significativa das amplitudes (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) abrangendo as

bandas de frequecircncia de 1 a 4 KHz Entatildeo concluiacuteram que as EOAT foram sensiacuteveis

em detectar alteraccedilotildees cocleares ocorridas pelo ruiacutedo de impacto e que os protetores

auditivos foram eficazes em atenuar o ruiacutedo das armas de fogo de pequeno calibre

Fiorini e Fischer (2004) analisaram a audiccedilatildeo de 80 trabalhadores de uma

induacutestria tecircxtil e comparam os resultados com um grupo controle sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Tambeacutem foram analisados os haacutebitos sonoros natildeo

ocupacionais e avaliadas diferenccedilas quanto aos limiares tonais e quanto agrave ocorrecircncia

de EOAT Consideraram ocorrecircncia de EOAT quando os niacuteveis das amplitudes

estivessem iguais ou superiores a 3 dBNPS em relaccedilatildeo ao ruiacutedo de fundo O estudo

17

foi constituiacutedo por sujeitos do gecircnero masculino com meacutedia de 36 anos com limiares

auditivos melhores que 25 dBNA Os sujeitos expostos tinham histoacuterico de exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo por um periacuteodo de 1 a 19 anos sendo 70 com tempo de um a cinco anos

Os resultados mostraram que o grupo natildeo exposto apresentou maior ocorrecircncia de

resposta (556) quando comparado ao grupo exposto (413) sendo esta diferenccedila

estatisticamente significante As autoras consideraram entatildeo que o teste de EOAT

foi sensiacutevel em detectar os efeitos do ruiacutedo na a audiccedilatildeo Dessa forma essa

avaliaccedilatildeo pode ser um instrumento de grande utilidade no monitoramento das

alteraccedilotildees auditivas iniciais decorrentes da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Oliveira et al (2001) pesquisaram as condiccedilotildees cocleares por meio das EOAT

e EOAPD de 25 trabalhadores de uma faacutebrica de moacuteveis e compararam os

resultados com um grupo de 25 sujeitos sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Todos os

participantes eram do gecircnero masculino com idade meacutedia de 23 anos limiares tonais

dentro dos padrotildees de normalidade e tempo meacutedio de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo de um a

quatro anos As EOAT foram analisadas segundo os criteacuterios de amplitude

reprodutibilidade e ocorrecircncia em trecircs faixas de frequecircncia 1 (05 a 1 KHz) 2 (1 a 2

KHz) e 3 (2 a 4 KHz) e as EOAPD seguindo os criteacuterios de amplitude e ocorrecircncia

nas frequecircncias de 1 2 3 4 6 e 8 KHz Apoacutes a anaacutelise comparativa dos resultados

os autores verificaram que nas EOAT os grupos diferiram de forma significativa

apenas no criteacuterio ocorrecircncia Nesse ponto a diferenccedila significativa foi vista somente

na orelha esquerda nas faixas de frequecircncias 1 e 3 O grupo natildeo exposto apresentou

maiores percentuais de ocorrecircncia (100) em relaccedilatildeo ao grupo com exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo (88) Os niacuteveis das amplitudes foram maiores no grupo sem exposiccedilatildeo e

variaram de 02 a -46 na orelha direita e de -11 a -52 na orelha esquerda Para o

grupo exposto a variaccedilatildeo das amplitudes encontrada foi de -04 a -54 e de -05 a -

59 nas orelhas direita e esquerda respectivamente Com relaccedilatildeo ao criteacuterio de

reprodutibilidade todos os sujeitos do grupo sem exposiccedilatildeo apresentaram niacuteveis

maiores que 50 Jaacute no grupo exposto trecircs orelhas mostraram reprodutibilidade

inferior a esse valor Os resultados das EOAPD revelaram que o grupo natildeo exposto

em relaccedilatildeo ao exposto apresentou maiores amplitudes nas frequecircncias de 3 4 e 6

na orelha direita e nas frequecircncias 3 4 6 e 8 na orelha esquerda Observaram ainda

que os niacuteveis das amplitudes foram diminuindo de acordo com o aumento das

frequecircncias No criteacuterio ocorrecircncia natildeo apresentaram diferenccedilas significativas

18

Um estudo realizado por Salazar et al (2003) investigou os efeitos da

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional na coacuteclea utilizando as EOAPD A amostra foi

composta por sujeitos com faixa etaacuteria entre 20 e 30 anos com limiares ateacute 25 dBNA

O grupo exposto foi formado por trabalhadores com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo em niacuteveis

elevados (85 a 110 dBNA) durante oito horas diaacuterias com uso de protetores

auditivos por um periacuteodo miacutenimo de um ano A anaacutelise das amplitudes absolutas

mostrou que a exposiccedilatildeo teve influecircncia negativa nas EOAPD O grupo exposto

apresentou amplitudes significativamente menores que o grupo natildeo exposto

bilateralmente em todas as frequecircncias com exceccedilatildeo de 1500 Hz Eles tambeacutem

observaram correspondecircncia entre a diminuiccedilatildeo das amplitudes e o aumento das

frequecircncias sendo as altas (5 e 6 KHz) as mais afetadas

Negratildeo e Soares (2004) compararam as variaccedilotildees nas amplitudes das EOAT e

EOAPD em trabalhadores com e sem PAINPSE Formaram entatildeo dois grupos de

acordo com a presenccedila ou natildeo deste agravo Cada grupo foi composto por 20 sujeitos

com meacutedia de 24 anos de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional O grupo sem perda

auditiva foi denominado de resistente e foi constituiacutedo por trabalhadores com histoacuterico

de uso de protetores auditivos somente nos uacuteltimos 10 anos de exposiccedilatildeo Apesar

disso ainda possuiacuteam audiccedilatildeo normal Jaacute o grupo com PAINPSE foi chamado de

sensiacutevel pois apesar do uso de protetores em menos da metade do tempo de

exposiccedilatildeo adquiriram perda auditiva Os valores das amplitudes foram obtidos antes

e apoacutes exposiccedilatildeo ao ruiacutedo branco de 105 dB durante 10 minutos Os resultados

foram classificados em piora manutenccedilatildeo ou melhora Com relaccedilatildeo agraves

EOATobservou-se que ocorreu maior variaccedilatildeo nas frequecircncias graves e meacutedias e

em geral foram menores que 3 dB Natildeo houve diferenccedila entre as orelhas Verificou-

se maior incidecircncia de piora no grupo resistente poreacutem as autoras relacionaram esse

dado ao fato de o grupo sensiacutevel ter perda auditiva assim muitos natildeo apresentaram

ocorrecircncia de EOAT Com relaccedilatildeo agraves EOAPD tambeacutem foi verificada maior incidecircncia

de agravamento no entanto ao contraacuterio das EOAT nesse teste o grupo sensiacutevel

teve piores registros que o grupo resistente Elas concluiacuteram que no caso as EOAPD

foram mais eficazes que as EOAT em registrar variaccedilotildees cocleares apoacutes exposiccedilatildeo

ao ruiacutedo

Marques e Costa (2006) verificaram que as EOAPD podem ser uacuteteis na

identificaccedilatildeo precoce de perdas auditivas advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

ocupacional Nesse trabalho a casuiacutestica foi composta por 74 funcionaacuterios da

19

Universidade de Satildeo Paulo todos do gecircnero masculino com limiares tonais ateacute 25

dBNA Os participantes foram alocados em dois grupos cada um com 37 sujeitos

distribuiacutedos conforme a variaacutevel exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional Para mensurar a

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo foi utilizado o meacutetodo do caacutelculo da dose de ruiacutedo pelo fato de o

ambiente laborativo natildeo ter ciclo de exposiccedilatildeo definido Para anaacutelise das EOAPD

utilizaram o criteacuterio ocorrecircncia na relaccedilatildeo sinalruiacutedo Os achados mostraram uma

diferenccedila significante na ocorrecircncia de EOAPD entre os grupos No grupo sem

exposiccedilatildeo apenas trecircs participantes apresentaram ausecircncia de EOAPD jaacute no grupo

exposto ao ruiacutedo 19 tiveram ausecircncia de EOAPD Os autores tambeacutem encontraram

uma relaccedilatildeo significante entre dose de ruiacutedo e ausecircncia de EOAPD Os participantes

com dose de ruiacutedo superior a 15 tiveram maior prevalecircncia de ausecircncia de EOAPD

(77) do que aqueles com dose de ruiacutedo entre 1 e 15 (375)

Atchariyasathian et al (2008) identificaram diferenccedilas significantes nos criteacuterios

relacionados ao niacutevel de amplitude absoluta agrave relaccedilatildeo sinalruiacutedo e agrave ocorrecircncia das

EOAPD entre sujeitos expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo ocupacional Foram

avaliados 32 trabalhadores industriais expostos ao ruiacutedo por um periacuteodo de 15 anos

com faixa etaacuteria entre 24 e 45 anos Dos 32 trabalhadores 13 apresentaram perda

auditiva Os achados foram comparados com o grupo controle formado por 18

sujeitos com audiccedilatildeo normal e sem histoacuterico de exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Os participantes

foram distribuiacutedos em trecircs grupos de acordo com as variaacuteveis ldquoexposiccedilatildeo ao ruiacutedordquo e

ldquoperda auditivardquo A anaacutelise comparativa entre os grupos foi demonstrada por graacutefico e

revelou que as meacutedias dos niacuteveis das amplitudes absolutas e dos niacuteveis das

amplitudes na relaccedilatildeo sinalruiacutedo do grupo exposto ao ruiacutedo com e sem perda

auditiva foram estatisticamente mais reduzidas do que as do grupo controle em

ambas as orelhas e em todas as frequecircncias (1-6 KHz) Houve correspondecircncia entre

aumento de frequecircncia e reduccedilatildeo das amplitudes Os autores consideraram

ocorrecircncia de EOAPD quando a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi igual ou maior que 6 dBNPS

Verificaram que o grupo sem exposiccedilatildeo ao ruiacutedo apresentou percentuais entre 94 a

91 o grupo normo-ouvinte com exposiccedilatildeo ao ruiacutedo teve percentuais entre 91 a

68 e os percentuais do grupo exposto ao ruiacutedo e com perda auditiva variaram de

63 a 5 A frequecircncia de 6 KHZ foi a que demonstrou menores percentuais nos

grupos dos trabalhadores

O teste das EOAPD foi instrumento de avaliaccedilatildeo do impacto auditivo causado

pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ocupacional no trabalho de Seixas et al (2004) Nesse

20

estudo o ambiente ocupacional foi o da construccedilatildeo civil Selecionaram 393 sujeitos

expostos a niacuteveis de ruiacutedo de aproximadamente 90 dBNA haacute pelo menos dois anos

Compararam os resultados com um grupo de 63 estudantes sem histoacuterico de

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo com idade meacutedia de 27 anos Aleacutem da variaacutevel exposiccedilatildeo ao

ruiacutedo ocupacional outros fatores de risco auditivo como exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

recreativo serviccedilo militar uso de motocicleta entre outros tambeacutem foram

pesquisados compondo dessa forma uma anaacutelise multivariada As EOAPD foram

avaliadas na faixa de frequecircncia de 2 a 8 dBNPS com niacuteveis de intensidade de L1=65

e L2=55 dBNPS Os resultados mostraram que a exposiccedilatildeo ao ruiacutedo da construccedilatildeo

civil teve maior influecircncia nas amplitudes das EOAPD que os outros fatores de risco

auditivo pesquisados O grupo exposto apresentou amplitudes das EOAPD mais

reduzidas que o grupo natildeo exposto principalmente na faixa de frequecircncia de 3 a 8

KHz As amplitudes das EOAPD podem apresentar variaccedilotildees de acordo com os

niacuteveis de intensidade utilizados para os tons primaacuterios (F1 e F2)

Davis et al (2005) monitoraram os efeitos do ruiacutedo nas CCE de 12 chinchilas

Constataram que o ruiacutedo causou uma reduccedilatildeo nos niacuteveis das amplitudes das EOAPD

de aproximadamente 15 dB Houve perda de 15 de CCE Eles concluiacuteram que a

avaliaccedilatildeo das EOAPD possui sensitividade em detectar alteraccedilotildees cocleares sutis

Recomendaram a utilizaccedilatildeo desse teste na rotina cliacutenica audioloacutegica e nos programas

de conservaccedilatildeo auditiva

35 Os jovens a muacutesica e os riscos a sua audiccedilatildeo

A muacutesica eacute vista como um som agradaacutevel e por isso eacute geralmente associada a

fatos importantes da vida de cada indiviacuteduo proporcionando prazer a quem a ouve

Assim ela eacute vista por muitos como sendo incapaz de causar algum dano ao ser

humano Contudo quando usada de forma intensa e por um periacuteodo longo de

exposiccedilatildeo pode acarretar transtorno auditivo alterando a qualidade de vida por uma

induccedilatildeo agrave perda auditiva (ANDRADE et al 2002 MARTINS et al 2008)

A exposiccedilatildeo contiacutenua agrave muacutesica alta eacute considerada o fator mais importante para

o aumento da prevalecircncia de perda auditiva em jovens (WEICHBOLD E ZOROWKA

2007) Uma pesquisa feita nos USA por Rowool (2008) com 238 estudantes colegiais

revelou um numero significativo (44) de jovens que usam frequentemente

equipamentos de som e estes em sua maioria relataram natildeo acreditar que poderiam

desenvolver uma perda auditiva ainda na juventude Esses jovens podem natildeo saber

21

que ruiacutedos de lazer relacionados agrave muacutesica (boates shows som de carro fones de

ouvido) podem acarretar prejuiacutezos agrave audiccedilatildeo

Na praacutetica cliacutenica jaacute se observou um nuacutemero elevado de jovens que estatildeo

ingressando no mercado de trabalho com achados audioloacutegicos caracteriacutesticos de

perda auditiva induzida por ruiacutedo sem que antes tenham se exposto a ruiacutedos

ocupacionais Um levantamento feito em Sorocaba - SP constatou que jovens

independentemente da classe social ou econocircmica estatildeo frequentemente expostos a

niacuteveis elevados de pressatildeo sonora nas mais diferentes atividades Do grupo de

jovens avaliados nesse estudo 453 apresentaram algum tipo de alteraccedilatildeo auditiva

na faixa de frequecircncia de 3 a 6KHz E quanto aos seus haacutebitos auditivos a maioria

deles 733 expotildee-se principalmente agrave muacutesica coletiva excessivamente amplificada

em discotecas e 573 usam fones de ouvido (WAZEN e RUSSO 2004)

Estudo realizado por Fissore et al (2003) na cidade de Rosaacuterio ndash Santa Feacute

com 65 adolescentes por meio das emissotildees otoacuacutesticas e audiometria tonal

revelou que 6 dos adolescentes apresentaram algum tipo de hipoacusia Jaacute os

resultados com as EOAPD revelaram que 63 dos adolescentes apresentaram

produto de distorccedilatildeo com amplitudes diminuiacutedas e 86 relataram apresentar

sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo de muacutesica elevada Ainda nesse estudo foi

observada a incidecircncia de jovens que se expotildeem a muacutesica amplificada relatando-se

que no grupo estudado 76 admitiram usar fones de ouvidos e 91 tecircm haacutebitos de

frequentar lugares com muacutesica amplificada Os autores concluiacuteram que uma elevada

porcentagem de jovens conhece os efeitos nocivos do ruiacutedo e se coloca dentro de

um grupo de risco Tambeacutem concluiacuteram que alta porcentagem de adolescentes com

audiccedilatildeo normal poreacutem com emissotildees por produto de distorccedilatildeo diminuiacutedas poderia

estar indicando de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear que ainda natildeo eacute evidente

na audiometria tonal e que estaria relacionada com os haacutebitos auditivos

anteriormente mencionados

Martinez-Wbaldo et al (2009) estudaram as alteraccedilotildees auditivas de

adolescentes do Ensino Meacutedio expostos a ruiacutedo recreativo e alguns fatores de risco

associados O estudo envolveu 214 adolescentes de uma escola da cidade do

Meacutexico com faixa etaacuteria de 16 anossendo 73 do gecircnero masculino e 27 do

gecircnero feminino Foi aplicado um questionaacuterio com o objetivo de identificar os fatores

22

de risco para alteraccedilotildees auditivas e feita avaliaccedilatildeo audioloacutegica com audiometria tonal

e timpanometria Na avaliaccedilatildeo dos resultados foram encontradas alteraccedilotildees

auditivas em 21 dos adolescentes Os principais fatores de risco associados a

alteraccedilotildees auditivas foram exposiccedilatildeo a ruiacutedo recreacional idas a discotecasboates

shows de rock uso de fones de ouvido e exposiccedilatildeo a ruiacutedo nas ldquooficinas

escolaresrdquoConcluiu-se que houve uma alta frequecircncia (quase uma quinta parte) de

alteraccedilotildees auditivas nos adolescentes do ensino meacutedio associadas agrave presenccedila de

ruiacutedo recreativo excessivo

Lacerda et al (2011) realizaram um estudo que identificou atitudes e haacutebitos

auditivos de adolescentes diante do ruiacutedo (ambiental e lazer) Participaram desse

estudo 125 adolescentes de ambos os gecircneros com meacutedia de idade de 167 anos

estudantes dos ensinos fundamental e meacutedio de escolas de diversos municiacutepios

paranaenses Utilizou-se a versatildeo brasileira do questionaacuterio Youth Attitude to Noise

Scale (YANS) para explorar atitudes dos adolescentes diante do ruiacutedo e questotildees

relacionadas aos haacutebitos auditivos Os resultados referentes agraves atitudes dos

adolescentes mostraram que 402 concordam que barulhos e sons altos satildeo

aspectos naturais da nossa sociedade 32 sentem-se preparados para tornar o

ambiente escolar mais silencioso 416 consideram importante tornar o som

ambiental mais confortaacutevel e 384 apresentam zumbido e consideram-se sensiacuteveis

ao ruiacutedo A maioria (856) dos entrevistados relatou natildeo se preocupar antes de ir a

shows e discotecas mesmo com experiecircncias precedentes de zumbido 752 natildeo

fazem uso de protetor auditivo Quanto aos haacutebitos auditivos observou-se que

464 referiram ouvir muacutesica com fones de ouvido diariamente e 344 ouvir

muacutesica com equipamento de som em casa Diferenccedilas significantes entre os gecircneros

foram observadas na praacutetica de atividades esportivas e naacuteuticas e de grupo musical

Os autores concluiacuteram que o comportamento de jovens dos ensinos fundamental e

meacutedio relacionado agraves atitudes e aos haacutebitos auditivos pode ser nocivo agrave sauacutede e que

escutar muacutesica utilizando fone de ouvido com equipamento de som em casa ou no

carro foi o haacutebito mais frequente relatado pelos jovens Eles observaram que grande

parte deles apresenta zumbido contudo isso natildeo os preocupa nem os faz evitar

exposiccedilotildees a elevadas intensidades sonoras ldquoOs jovens gostam da muacutesica alta e

natildeo se preocupam com o volume excessivo do somrdquo

23

Um estudo de Borja et al (2002) que envolveu 700 adolescentes com faixa

etaacuteria entre 14 e 20 anos verificou o grau de conhecimento de jovens adolescentes

em relaccedilatildeo agraves perda auditivas induzidas por ruiacutedo Os resultados demonstraram que

embora 88 da populaccedilatildeo estudada afirme ter conhecimento de que ruiacutedo de alta

intensidade pode causar perdas auditivas 90 natildeo sabe como proteger sua audiccedilatildeo

ou usam meacutetodos ineficientes

Silveira et al 2001 realizaram um estudo utilizando a audiometria associada agraves

EOA para avaliar as alteraccedilotildees auditivas apoacutes exposiccedilatildeo de 60 minutos ao walkman

em alta intensidade aleacutem da prevalecircncia de sintomas como hipoacusia plenitude

auricular e zumbido Foram analisadas 40 orelhas de voluntaacuterios cujas idades

variaram de 22 a 30 anos sendo 12 do gecircnero feminino e 8 do gecircnero masculino

Entre os indiviacuteduos estudados natildeo havia histoacuteria de surdez familiar exposiccedilatildeo a

drogas ototoacutexicas ou de perda auditivaestando o exame otorrinolaringoloacutegico dentro

da normalidade Todos os indiviacuteduos estudados foram submetidos agrave audiometria tonal

e a emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo A seguir foram expostos ao uso

de walkman da marca AIWA TA 154 por 60 minutos com muacutesica tipo rock pesado

na maacutexima intensidade tolerada por cada um dos voluntaacuterios Essa intensidade foi

estimada no ponto de maior energia sonora da primeira muacutesica e variou de 87 a

113dBNA Imediatamente apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman repetiram-se a EOAPD e a

audiometria tonal Os voluntaacuterios foram interrogados quanto ao aparecimento de

hipoacusia eou plenitude auricular aleacutem de zumbido Considerando a alteraccedilatildeo dos

produtos de distorccedilatildeo apoacutes uso de walkman foi observada diferenccedila significativa nas

frequecircncias de 3KHz 4KHz e 6KHz sendo que na anaacutelise de produto de distorccedilatildeo

subtraiacutedo do ruiacutedo de fundo (PD - RF) para cada frequecircncia houve diferenccedila

significativa nas frequecircncias de 2KHz a 8KHz Quanto aos limiares nas diversas

frequecircncias da audiometria tonal observou-se importante incidecircncia de diferenccedila dos

limiares audiomeacutetricos nas frequecircncias de 4KHz 6KHz e 8KHz A hipoacusia eou a

plenitude auricular apoacutes a exposiccedilatildeo ao walkman ocorreram em uma incidecircncia de

25 e o aparecimento de zumbidos foi observado em 725 das orelhas Esse

estudo por meio das emissotildees otoacuacutesticas da audiometria e do quadro cliacutenico

confirma a presenccedila de TTS poacutes-exposiccedilatildeo ao walkman em alta intensidade sendo

mais atingidas as frequecircncias de 4 KHz e 6 KHz

A perda auditiva induzida por ruiacutedo eacute um risco para os usuaacuterios de fones de

ouvido Fartan et al (2008) fizeram essa firmaccedilatildeo apoacutes terem realizado um estudo

24

com 80 sujeitos com meacutedia de idade de 112 anos usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones

de ouvido Da amostra analisada 63 dos sujeitos eram usuaacuterios de fones de ouvido

e os 362 restantes eram natildeo usuaacuterios O resultado da audiometria tonal observou

ldquotrauma acuacutesticordquo em 49 das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido e em 155

dos natildeo usuaacuterios O questionaacuterio aplicado foi capaz de identificar caracteriacutesticas entre

usuaacuterios e natildeo usuaacuterios de fones de ouvido assim como os sujeitos com e sem

alteraccedilatildeo auditiva Nessa pesquisa registrou-se ldquodanordquo auditivo em mais do dobro

das orelhas dos usuaacuterios de fones de ouvido em comparaccedilatildeo com os natildeo usuaacuterios

Segundo estudo da Associaccedilatildeo Americana de Fala Linguagem e Audiccedilatildeo

(Asha na sigla em inglecircs) realizado em 2006 os testes feitos em walkmans e

tocadores de MP3 mostraram que todos satildeo capazes de reproduzir muacutesica acima

dos 100 dB (decibeacuteis) e pessoas que frequentam boates e shows tambeacutem satildeo

expostos a sons acima de 100dB (GONCcedilALVES 2007 SERRA 2007)

A evoluccedilatildeo da eletrocircnica e o gradativo aumento da potecircncia dos amplificadores

acoplados aos instrumentos musicais modernos levam ao aumento da intensidade da

muacutesica e tecircm provocado efeitos nocivos agrave audiccedilatildeo especialmente dos muacutesicos Na

deacutecada de 60 eram empregados amplificadores de 100 watts nos concertos de rock

poreacutem sua potecircncia aumentou para 20000 e 30000 watts e os alto-falantes podem

atingir valores situados entre 100000 e 500000 watts (RUSSO et al 1995 MENDES

E MORATA 2007 MARTINS et al 2008)

Como relatam Russo et al (1995) em seu estudo os niacuteveis de pressatildeo sonoros

miacutenimos e maacuteximos em bandas de trios eleacutetricos variam de 104 a 114 dB e nas

bandas de rock satildeo de 102 a 116dB Com uma intensidade na magnitude de 100 dB

o indiviacuteduo poderia ficar exposto no maacuteximo 1 hora por dia jaacute a 115dB satildeo

permitidos apenas 7 minutos diaacuterios Diante disso o que dizer dos jovens que passam

mais de trecircs horas dentro de uma boate ou em shows expostos a sons acima de

100dBNPS

Mitre (2003) reportou que os mecanismos de proteccedilatildeo da orelha satildeo eficazes

na exposiccedilatildeo ateacute 85 a 90dBNA causando prejuiacutezo agraves estruturas auditivas os niacuteveis

de intensidade acima desses valores Portanto o ouvido humano eacute capaz de suportar

sons entre 0 e 90 dBNPS poreacutem os que excedem esse limite tornam-se

desconfortaacuteveis e dolorosos (BRASIL MINISTEacuteRIO do TRABALHO e EMPREGO

25

Portaria 3214 de jul 1978) Os sons que se aproximam de 130dB NPS podem causar

lesotildees destrutivas ao aparelho auditivo (ALBERTI 1994)

A legislaccedilatildeo brasileira afirma que os niacuteveis sonoros que excedem a 85dB

sejam eles gerados por fones de ouvido ambiente de trabalho ruidoso brinquedos

sonoros atividades domeacutesticas e recreacionais podem acarretar danos agrave sauacutede e

principalmente agrave audiccedilatildeo do indiviacuteduo (SANTOS E FERREIRA 2008 ANDRADE et

al 2009)

No Brasil natildeo consta nas normas da ABNT (Associaccedilatildeo Brasileira de Normas

Teacutecnicas) nenhuma diretriz de controle do ruiacutedo em atividades de lazer Existe para o

ambiente industrial a Norma Regulamentadora (NR 15) que estipula o maacuteximo de 85

dB para uma exposiccedilatildeo de oito horas diaacuterias ao ruiacutedo contiacutenuo ou intermitente

Analisando a tabela que consta na NR 15 basta aumentar de 3 a 5 dB a partir do

limite de 85 dB para que o tempo maacuteximo de exposiccedilatildeo ocupacional recomendado

caia pela metade ou seja para quatro horas Conforme a norma se o ruiacutedo for de

115 dB o tempo de exposiccedilatildeo permitido eacute de sete minutos e acima desse niacutevel

desaconselhaacutevel sem o uso de protetores auditivos (BRASIL MINISTEacuteRIO DO

TRABALHO E EMPREGO PORTARIA 3 214 1978)

A Sueacutecia eacute um dos poucos paiacuteses que tem recomendaccedilotildees especiacuteficas e

limites de seguranccedila ocupacional no que diz respeito ao ruiacutedo no trabalho e em

atividades musicais tanto para muacutesicos quanto para ouvintes Para os ouvintes a

recomendaccedilatildeo da Diretoria Nacional de Sauacutede e Bem-Estar Social da Sueacutecia eacute

estabelecida em 100 dB sendo que o valor maacuteximo durante uma apresentaccedilatildeo

musical eacute de 115 dB Jaacute para os muacutesicos a Administraccedilatildeo Sueca de Sauacutede e

Seguranccedila Ocupacional tem regulamentado no caacutelculo de risco de perda auditiva 85

dB8h com 115 dB e 140 dB de pico como niacutevel maacuteximo (MENDES E MORATA

2007 WEICHBOLD E ZOROWKA 2007 SERRA 2007)

Segundo Serra et al (2007) em alguns lugares onde os jovens costumam se

encontrar como bares boates shows e outros geralmente a intensidade do som eacute

superior a 100 dB e nos equipamentos portaacuteteis como os fones de ouvido pode ateacute

ultrapassar esse niacutevel

Por isso vem aumentando cada vez mais a preocupaccedilatildeo com a perda auditiva

induzida pelo ruiacutedo a que os jovens ficam expostos nas atividades de lazer (praacutetica de

esportes em ginaacutesios eou academias frequecircncia a boates e o uso de equipamentos

portaacuteteis como os fones de ouvido) Isso pode ser notado por alguns estudos

26

cientiacuteficos jaacute realizados principalmente os internacionais (SERRA et al 2005 WIDEacuteN

et al 2006 BOHLIN e ERLANDSSON 2007 HIDECKER 2008 ZOCOLI et al 2009

MUHR e ROSENHALL 2010 ZHAO et al 2010) Jaacute na literatura nacional natildeo haacute

tantos estudos com jovens expostos a niacuteveis sonoros elevados entretanto de acordo

com Morata (2007) a integridade auditiva desses jovens pode estar relacionada com

seu estilo de vida e suas preferecircncias nas atividades de lazer

27

4 MEacuteTODOS E SUJEITOS

41 Aspectos Eacuteticos

O tipo de estudo eacute descritivo do tipo inqueacuterito de prevalecircncia O presente

estudo foi elaborado segundo as normas da Resoluccedilatildeo 19696 (BRASIL 1996) tendo

sido portanto submetido agrave anaacutelise do Comitecirc de Eacutetica em Pesquisa da Faculdade de

Medicina da Universidade de Brasiacutelia com aprovaccedilatildeo em 29 de outubro de 2008 sob

o protocolo CEP-FM Ndeg 0602008 (Anexo I)

A participaccedilatildeo da populaccedilatildeo em estudo foi voluntaacuteria e gratuita O Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo II) foi entregue em sala de aula e os

maiores de 18 anos puderam assinaacute-lo e os menores de 18 anos levaram-no para

casa a fim de que os pais eou responsaacuteveis legais o assinassem consentindo e

autorizando a participaccedilatildeo na pesquisa e a divulgaccedilatildeo dos resultados

42 Local para Aplicaccedilatildeo do Procedimento

Os exames de emissotildees otoacuacutesticas foram realizados nas dependecircncias da

proacutepria instituiccedilatildeo de ensino sem que houvesse necessidade de deslocamento dos

alunos O estudo foi realizado na sala de laboratoacuterio de fiacutesica do Coleacutegio Sigma

Unidade Asa Norte situado agrave Quadra 910 ndash Norte na cidade de Brasiacutelia-DF A sala

escolhida pela direccedilatildeo da escola oferecia o menor niacutevel de ruiacutedo possiacutevel (406dB)

indicado pela literatura (Vide pg7) O niacutevel de ruiacutedo do ambiente foi verificado

previamente pela mediccedilatildeo (Anexo III) por profissional habilitado O projeto de

pesquisa foi apresentado agrave direccedilatildeo da escola e posteriormente aceito pela equipe

43 Caracterizaccedilatildeo da Amostra

A amostra foi composta por 144 estudantes de ambos os gecircneros do ensino

meacutedio de uma escola particular do Distrito Federal selecionados aleatoriamente

atraveacutes de sorteio pelo professor da turma durante o periacuteodo de abril a maio de 2010

Foram excluiacutedos 10 indiviacuteduos que apresentaram problemas de orelha meacutedia como

presenccedila de ceruacutemen portanto a coleta de dados se deu com os 134 restantes

sendo 56 masculinos e 78 femininos na faixa etaacuteria entre 14 e 19 anos e com os

seguintes criteacuterios para sua inclusatildeo

28

- Concordacircncia em participar da pesquisa mediante apresentaccedilatildeo do Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido devidamente assinado pelos pais ou

responsaacutevel legal

- Aceitar submeter-se aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas

- Natildeo apresentar queixas eou sintomas de doenccedilas otoloacutegicas

- Natildeo apresentar histoacuteria preacutevia de perda auditiva

- Natildeo ter usado medicamentos ototoacutexicos

- Natildeo usar aparelho de amplificaccedilatildeo sonora individual (AASI)

- Natildeo apresentar problemas de orelha meacutedia e externa tais como presenccedila de

ceruacutemen ou infecccedilotildees (observadas por meio da inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

A fim de determinar a inclusatildeo ou a possiacutevel exclusatildeo dos sujeitos no presente

estudo eles foram questionados por intermeacutedio de um protocolo de seleccedilatildeoinventaacuterio

(Anexo IV) composto por perguntas referentes aos criteacuterios acima apresentados

haacutebitos auditivos doenccedilas da orelha perda de audiccedilatildeo entre outros

44 Materiais

- Otoscoacutepio e espeacuteculos marca Mikatos (para inspeccedilatildeo do conduto auditivo)

- Aparelho de Emissotildees Otoacuacutesticas portaacutetil e itens de seacuterie como sonda e

olivas de diversos tamanhos marca MAICO modelo ERO-SCAN ano de

fabricaccedilatildeo 2006

- Netbook marca HP modelo Mine 210-10 configuraccedilatildeo Windows 7 (para

transferecircncia e anaacutelise dos dados examinados)

45 Procedimentos

A coleta de dados foi feita nas dependecircncias da instituiccedilatildeo de ensino pela

proacutepria pesquisadora Foram dadas informaccedilotildees acerca do exame e instruccedilotildees de

posicionamento tais como execuccedilatildeo raacutepida indolor necessidade de se manter

relaxado e de evitar movimentos

Apoacutes esse procedimento foi realizada uma inspeccedilatildeo do conduto auditivo pela

fonoaudioacuteloga pesquisadora para visualizaccedilatildeo de possiacutevel presenccedila de ceruacutemen e

outros agentes que pudessem interferir na realizaccedilatildeo do exame Os indiviacuteduos que

apresentaram presenccedila de ceruacutemen foram encaminhados para a clinica de

otorrinolaringologia para avaliaccedilatildeo Em seguida os participantes foram submetidos

29

aos exames de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto

de distorccedilatildeo mais bem detalhados no proacuteximo item Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Ao final os alunos receberam um texto informativo (Anexo V) a respeito da audiccedilatildeo e

os riscos de exposiccedilatildeo a sons de alta intensidade para conhecimento e prevenccedilatildeo

46 Avaliaccedilatildeo da audiccedilatildeo por EOA

Os exames foram realizados em ambiente favoraacutevel em horaacuterio matutino

(apropriado devido ao repouso auditivo) Foi feita uma inspeccedilatildeo do meato acuacutestico

externo a fim de verificar presenccedila de rolha de cerume e por fim avaliaccedilatildeo das

emissotildees otoacuacutesticas evocadas realizada em ambas as orelhas tendo sido aleatoacuteria

a escolha da primeira orelha a ser avaliada sem repeticcedilotildees na execuccedilatildeo dos exames

Os sujeitos estavam sentados confortavelmente e receberam instruccedilotildees acerca do

procedimento do exame Foi inserida a sonda no canal auditivo externo para captaccedilatildeo

das respostas das emissotildees otoacuacutesticas primeiramente por transientes em cada

orelha e depois por produto de distorccedilatildeo

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas foram detectadas por meio de um

microfone e de um gerador de estiacutemulos miniaturizados acoplados a uma sonda

inserida no conduto auditivo externo do aluno Um estiacutemulo sonoro foi emitido no

sentido da orelha meacutedia para a orelha interna estimulando a coacuteclea que emite um eco

em direccedilatildeo inversa O microfone captou as respostas evocadas apoacutes a apresentaccedilatildeo

do estiacutemulo Essas respostas foram coletadas ampliadas e filtradas durante vaacuterias

repeticcedilotildees dos estiacutemulos e finalmente processadas sendo o produto final o registro

das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes foram testadas nas

frequecircncias de 1500Hz 2000Hz 2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz a uma

intensidade de 80dBNPS utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico o clique de banda

larga apresentado de forma contiacutenua o que permite a avaliaccedilatildeo da coacuteclea como um

todo Nessas foram avaliadas a amplitude e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

As emissotildees otoacuacutesticas evocadas por produto de distorccedilatildeo (EOAPD) foram

testadas nas frequecircncias de 2000Hz 4000Hz 6000Hz 8000Hz 10000Hz e

12000Hz com intensidades de L1=65 e L2=55 utilizando-se como estiacutemulo acuacutestico

dois tons puros (F1 e F2) apresentados simultaneamente ndash com frequecircncias sonoras

muito proacuteximas ndash pareados a uma relaccedilatildeo tal que F1F2=122 Nessas foram

avaliadas a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinal ruiacutedo (SR)

30

47 Criteacuterio para Anaacutelise dos Resultados

Em relaccedilatildeo agraves anaacutelises das emissotildees otoacuacutesticas evocadas vale ressaltar

que foi utilizado o programa padratildeo do equipamento para os registros tanto para

estiacutemulos transientes quanto para produto de distorccedilatildeo

O tipo de analisador de emissotildees otoacuacutesticas usado neste estudo monitorou

automaticamente o niacutevel de ruiacutedo a linearidade do estiacutemulo durante o teste e o

posicionamento adequado da sonda Para indicar o momento em que cada um

desses aspectos tornou-se inadequado para a testagem apareceram na tela

respectivamente as mensagens ldquoNOISYrdquo e ldquoNO SEALrdquo Para solucionar a oliva foi

trocada ou reposicionada e a avaliaccedilatildeo reiniciada

Para o teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente

(EOAT) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que apresentaram

valores de amplitude igual ou superior a -12 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (1500Hz 2000Hz

2500Hz 3000Hz 3500Hz e 4000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 1 e 2 exemplificam um exame EOAT ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

31

Figura 1 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoPassardquo

Figura 2 ndash Modelo de exame de EOAT ldquoFalhardquo

32

Para Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas por Estiacutemulo Produto de Distorccedilatildeo

(EOAPD) foram considerados normais eou ldquoPASSArdquo os resultados que

apresentaram amplitude igual ou superior a -5 e relaccedilatildeo sinalruiacutedo (SR) igual ou

superior a 6dB em todas as 6 (seis) frequecircncias testadas (2000Hz 4000Hz

6000Hz 8000Hz 10000Hz e 12000Hz) Os resultados que apresentaram dados

inferiores aos citados em pelo menos uma frequecircncia foram considerados alterados

eou ldquoFALHArdquo

As Figuras 3 e 4 exemplificam um exame EOAPD ldquoPASSArdquo e um exame

ldquoFALHArdquo respectivamente

Figura 3 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoPassardquo

33

Figura 4 ndash Modelo de exame de EOAPD ldquoFalhardquo

48 Meacutetodos Estatiacutesticos

As variaacuteveis estudadas foram amplitude do sinal relaccedilatildeo sinalruiacutedo gecircnero e

lado da orelha Os dados dos resultados seratildeo reportados apresentando-se meacutedia

valor miacutenino e maacuteximo desvio padratildeo e valor absoluto (n)

Os dados coletados foram digitalizados e transferidos para uma planilha do

Excel para posterior anaacutelise estatiacutestica

As anaacutelises foram desenvolvidas utilizando-se o software SPSS 13reg (Statistical

Package for the Social Sciences Chicago IL) para Windowsreg

As possiacuteveis diferenccedilas entre as meacutedias de idade dos participantes de cada

gecircnero foi investigada com o teste-t de Student

Para a anaacutelise da prevalecircncia dos resultados dos exames de EOAT e de

EOAPD no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo segundo o gecircnero em ambas orelhas foi utilizado

o teste chi-quadrado (teste exato de Fisher)

As comparaccedilotildees das meacutedias de amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo entre os

gecircneros em cada lado da orelha e em cada frequecircncia foram feitas com o teste

ANOVA de desenho misto com os fatores gecircnero (2 niacuteveis fator entre sujeitos)

Orelha (2 niacuteveis medida repetida) e Frequecircncia (6 niacuteveis) Investigou-se se existiam

34

diferenccedilas estatisticamente significativas entre as meacutedias dos resultados Utilizou-se o

meacutetodo de Greenhouse-Geisser para a correccedilatildeo dos desvios da esfericidade Foram

aplicadas anaacutelises pos hoc para investigar as interaccedilotildees de ateacute dois fatores

A correlaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas para amplitude do sinal em cada

lado da orelha e a frequecircncia analisada nas EOAT foi avaliada com o Teste de

Correlaccedilatildeo de Pearson O mesmo teste foi utilizado para a anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo e tambeacutem para a amplitude do sinal e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

A associaccedilatildeo entre a prevalecircncia de falhas nos dois testes (EOAT e EOAPD)

com o gecircnero dos participantes foi analisada com o teste chi-quadrado (teste exato de

Fisher) O mesmo teste foi utilizado para avaliar a associaccedilatildeo entre a variaacutevel gecircnero

e a exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

O niacutevel de significacircncia estatiacutestica foi estabelecido em 5 (p=005) Todos os

testes foram bicaudais

Para o estudo de prevalecircncia o tamanho da amostra foi calculado para um

grau de confianccedila de 95 e a prevalecircncia estimada de alteraccedilotildees das CCE de 90

resultou em 121

35

5 RESULTADOS

A fim de facilitar a compreensatildeo e a anaacutelise dos resultados os dados seratildeo

apresentados por meio de tabelas e figuras para melhor visualizaccedilatildeo

51 Caracterizaccedilatildeo da amostra

Foram estudados 134 adolescentes 56 do gecircnero masculino e 78 do gecircnero

feminino com meacutedia de 15 anos de idade Na tabela 1 encontra-se a meacutedia geral de

idade dos participantes segundo o gecircnero (meacutedia desvio padratildeo miacutenima e maacutexima)

Os dados individuais dos 134 participantes relacionados a gecircnero e a idade estatildeo

descritos no Apecircndice I

Tabela 1 ndash Meacutedia de idade dos participantes segundo o gecircnero

Gecircnero N Meacutedia DP Maacutexima Miacutenima

Feminino 78 1517 109 17 14

Masculino 56 1532 116 18 14

Total 134 1523 111 18 14

N - nuacutemero DP- desvio padratildeo

Natildeo houve diferenccedila entre a meacutedia de idade de homens e mulheres (t=-0765 p=0446) (Tabela 1)

52 Estudo das EOAT

521 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados ldquoPassaFalhardquo das emissotildees otoacuacutesticas

evocadas transientes encontra-se na Tabelas 2 e estaacute descrita segundo a lateralidade

da orelha Pode-se observar que 194 (26) dos participantes passaram tanto na

orelha direita quanto na orelha esquerda 299 (40) passaram na orelha esquerda e

291 (39) passaram na orelha direita 806 (108) falharam em uma das orelhas

701 (94) falharam na orelha esquerda e 709 (95) falharam na orelha direita

36

Tabela 2 - Prevalecircncia das EOAT segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N

ODOE 26 194 108 806 134 100

OE 40 299 94 701 134 100

OD 39 291 95 709 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se qualquer uma das orelhas ou em ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita EOAT- emissoes otoacuacutesticas evocadas transientes

Ao avaliar a prevalecircncia geral dos resultados dos testes de EOAT segundo o

gecircnero observa-se que do total de mulheres 282 passaram e 718 falharam Do

total de homens 71 passaram e 929 falharam Analisando o total de

alteraccedilotildeesfalhas nota-se que 108 (806) dos sujeitos falharam nas EOAT em pelo

menos uma orelha (Tabela 3)

Tabela 3 - Prevalecircncia das EOAT segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 56 718 22 282 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 108 806 26 194 134 100

ODOE ndash refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

Foi encontrada uma diferenccedila estatisticamente significativa entre o gecircnero dos

participantes e a presenccedila de alteraccedilotildees no teste de EOAT (Tabela 3) A

porcentagem de homens que apresentaram falha no exame foi significativamente

superior agrave porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo (χ2=9247 gl=1

p=0003)

522 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Na anaacutelise das amplitudes do sinal por banda de frequecircncia na orelha

esquerda observa-se que apesar de estarem dentro do padratildeo de normalidade

adotado neste estudo as menores meacutedias encontram-se nas frequecircncias de 3 e

4KHz Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo na mesma orelha nota-se que a frequecircncia

de 4KHz apresentou a menor meacutedia (Tabela 4)

37

Tabela 4 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 185 055 -14 26 933 055 -6 28

2 -272 054 -20 13 1039 054 -5 26

25 -750 053 -26 6 1133 056 -5 26

3 -961 058 -26 6 1107 056 -4 23

35 -899 058 -25 7 951 057 -4 25

4 -1071 056 -22 17 585 051 -5 25 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se comportamento

semelhante ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo

por banda de frequecircncia visto que os menores valores tambeacutem estatildeo presentes nas

frequecircncias de 3 e 4 KHz para amplitudes e 4KHz para relaccedilatildeo SR (Tabela 5)

Tabela 5 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAT para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia Ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

15 049 051 -14 19 789 049 -6 22

2 -420 049 -18 11 877 050 -4 24

25 -824 056 -24 15 989 051 -3 25

3 -1001 062 -24 19 1063 054 -4 28

35 -923 060 -25 15 957 059 -3 29

4 -1078 056 -24 19 605 050 -7 24 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SR sinalruiacutedo EOAT Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Transientes

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAT entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que os do

gecircnero masculino (plt0001) ndash Figura 5

A anaacutelise de variacircncia (ANOVA) de medidas repetidas encontrou diferenccedilas

estatisticamente significativas entre as meacutedias de amplitude do sinal das EOAT das

38

orelhas direita e esquerda (p=0009) Em meacutedia as amplitudes registradas na orelha

direita foram maiores (Figura 6)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

diferenccedilas significativas (plt0001) O procedimento de comparaccedilotildees muacuteltiplas

demonstrou que haacute diferenccedilas entre todas as frequecircncias exceto entre 3 e 35 kHz

(p=0724) (Figura 6)

Figura 5 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia F Feminino M Masculino Note-se que para todas as frequecircncias as meacutedias no gecircnero F foram maiores

Figura 6 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAET - Amplitude

-15

-12

-9

-6

-3

0

3

6

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

F

M

EOAET - Amplitude

-12

-8

-4

0

4

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

39

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAT entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0001) Figura 7 Foi demonstrada tambeacutem diferenccedila estatisticamente significativa

entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direita e esquerda (p=0022) As

meacutedias da relaccedilatildeo SR foram significativamente superiores na orelha direita (Figura

8)

Houve diferenccedilas significativas entre as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas em

cada frequecircncia quando desconsideramos a orelha registrada (plt0001) Em resumo

os resultados encontrados foram 4 lt 15 asymp 35 asymp 2 asymp 25 lt 3 kHz (plt005) em todos os

casos) (Figura 8)

Figura 7 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo F Feminino M Masculino

EOAET - SR

0

2

4

6

8

10

12

14

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

DB

F

M

40

Figura 8 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAT registradas para cada orelha em cada frequecircncia SR relaccedilatildeo sinalruiacutedo OE Orelha esquerda OD Orelha direita

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionadas agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 9) mostrou uma correlaccedilatildeo linear positiva entre frequecircncia e porcentagem de

falhas na orelha esquerda (p=0004) e na orelha direita (p=0003) evidenciando uma

tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior o nuacutemero de falhas Da mesma

forma na avaliaccedilatildeo da relaccedilatildeo SR tambeacutem foi encontrada uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada orelha (Figura 10) Tanto para

a orelha esquerda (p=0042) como para a orelha direita (p=0001) foi observada uma

tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram aumentando

poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 15 e 2KHz

EOAET - SR

4

5

6

7

8

9

10

11

12

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

41

Figura 9 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 10 ndash Porcentagem de falhas nas EOAT (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAT com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice II Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis no

Apecircndice III e os da orelha direita estatildeo no Apecircndice IV

Amplitude EOAET - Falhas

0

10

20

30

40

50

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Linear (OE)

Linear (OD)

SR EOAET - Falhas

15

25

35

45

55

15 2 25 3 35 4

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

42

53 Estudo das EOAPD

531 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia geral dos resultados das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas

Produto de Distorccedilatildeo encontra-se na Tabela 6 e estatildeo descritas segundo a

lateralidade e o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo Pode-se observar que 22 (3) dos

participantes passaram em ambas as orelhas 82 (11) passaram na orelha

esquerda e 75 (10) passaram na orelha direita Jaacute 978 (131) falharam em

ambas as orelhas 918 (123) falharam na orelha esquerda e 925 (124) na orelha

direita

Tabela 6 - Prevalecircncia das EOAPD segundo a lateralidade

Lateralidade Passa Falha Total

N N N ODOE 3 22 131 978 134 100

OE 11 82 123 918 134 100 OD 10 75 124 925 134 100

N- nuacutemero - porcentagem ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas OE- orelha esquerda OD- orelha direita OAPD- Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Ao avaliar a prevalecircncia dos resultados dos testes das EOAPD segundo o

criteacuterio passafalha e o gecircnero (Tabela 7) nota-se que nenhum (000) participante

do gecircnero masculino passou em PD e que apenas 38 (3) do gecircnero feminino

passaram Quando consideradas as alteraccedilotildees encontradas ou seja ldquoFalhardquo nos

exames de EOAPD nota-se que 978 (131) participantes falharam em pelo menos

uma orelha Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre a variaacutevel gecircnero

e a presenccedila de alteraccedilotildees nas EOAPD (χ2=2203 gl=1 p=0256) (Tabela 7)

43

Tabela 7 - Prevalecircncia de EOAPD segundo o gecircnero

Resultado ODOE

Gecircnero Passa Falha Total

N N N

Feminino 75 962 3 38 78 100

Masculino 56 1000 0 0 56 100

Total 131 978 3 22 134 100

ODOE- refere-se a qualquer uma das orelhas ou ambas orelhas

532 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Na anaacutelise das amplitudes do sinal nos testes de EOAPD por banda de

frequecircncia na orelha esquerda observa-se que as menores meacutedias encontram-se nas

frequecircncias de 8 e 12KHz estando a de 12KHz abaixo de -5 Jaacute na anaacutelise da relaccedilatildeo

sinalruiacutedo na mesma orelha eacute possiacutevel notar-se que a maioria estaacute dentro do padratildeo

de normalidade com exceccedilatildeo da frequecircncia de 12KHz (Tabela 8)

Tabela 8 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha esquerda

Amplitude SR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 731 061 -15 22 1304 077 -16 33 4 179 046 -12 15 1957 058 0 35 6 023 064 -20 17 1932 064 0 37 8 -496 086 -20 25 1050 093 -16 45 10 013 083 -20 23 1323 084 -12 35 12 -970 058 -20 9 416 061 -13 24

Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Na mesma anaacutelise poreacutem na orelha direita observa-se resultado semelhante

ao serem consideradas as meacutedias de amplitudes e a relaccedilatildeo sinalruiacutedo por banda de

frequecircncia visto que os menores valores estatildeo presentes tambeacutem nas frequecircncias de

8 e 12KHz para amplitudes e 12KHz para relaccedilatildeo SR sendo que na orelha direita a

amplitude e a relaccedilatildeo SR em 12KHz encontram-se fora do padratildeo de normalidade

(Tabela 9)

44

Tabela 9 - Meacutedia erro padratildeo valor miacutenima e maacutexima das amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR das EOAPD para cada frequecircncia registrada na orelha direita

Amplitude SNR

Freq (kHz)

Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima Meacutedia ep Miacutenima Maacutexima

2 891 054 -11 33 1395 073 -9 34

4 204 046 -14 14 1990 057 -7 33

6 007 063 -20 15 1913 070 -13 35

8 -482 087 -20 23 929 093 -15 38

10 173 077 -20 26 1492 076 -6 32

12 -822 069 -20 12 457 067 -10 26 Freq Frequecircncia ep erro padratildeo SNR Relaccedilatildeo sinalruiacutedo EOAPD Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas Produto de Distorccedilatildeo

Foi encontrada diferenccedila estatisticamente significativa entre as meacutedias das

amplitudes do sinal das EOAPD das orelhas direita e esquerda (p=0017) As meacutedias

de amplitude do sinal registradas na orelha direita foram significativamente maiores

que as meacutedias da orelha esquerda (Tabela 8 e Tabela 9)

As amplitudes meacutedias registradas em cada frequecircncia tambeacutem apresentaram

efeito significativo (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 6 asymp 10 asymp 4 lt 2 kHz (plt0004 em

todos os casos) (Figura 11)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de amplitude do sinal das EOAPD entre os gecircneros sendo que os

participantes do gecircnero feminino apresentaram amplitude do sinal maior que o gecircnero

masculino (plt0007) (Figura 12)

Figura 11 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOADP - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

45

Figura 12 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das amplitudes das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

Houve diferenccedila significativa entre as meacutedias da relaccedilatildeo SR registradas em

cada frequecircncia (plt0001) Em resumo 12 lt 8 lt 2 asymp 10 lt 6 asymp 4 kHz (plt0009 em

todos os casos) (Figura 13) Natildeo houve diferenccedila estatisticamente significativa entre

as orelhas (p=0499)

Houve diferenccedila estatisticamente significante quando comparada a distribuiccedilatildeo

dos valores de relaccedilatildeo SR das EOAPD entre os gecircneros sendo que os participantes

do gecircnero feminino apresentaram relaccedilatildeo SR maior que o gecircnero masculino

(plt0013) (Figura 14)

Figura 13 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada orelha em cada frequecircncia OE Orelha esquerda OD Orelha direita

EOAPD - Amplitude

-15

-10

-5

0

5

10

15

2 4 6 8 10 12

Frquecircncia (kHz)

dB F

M

EOADP - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

dB

OE

OD

46

Figura 14 ndash Meacutedia plusmn erro padratildeo das relaccedilotildees sinalruiacutedo das EOAPD registradas para cada gecircnero em cada frequecircncia FgtM plt005

A anaacutelise da porcentagem de falhas encontradas nos testes das EOAT

relacionada agrave amplitude do sinal em cada frequecircncia e em cada lado da orelha

(Figura 15) demonstrou uma relaccedilatildeo estatisticamente significativa entre a frequecircncia

avaliada e a porcentagem de falhas na orelha esquerda (p=0008) e na orelha direita

(p=0003) mostrando uma tendecircncia de que quanto maior a frequecircncia maior foi o

nuacutemero de falhas poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

Essa mesma avaliaccedilatildeo na relaccedilatildeo SR revelou tambeacutem uma relaccedilatildeo entre

frequecircncia avaliada e porcentagem de falhas em cada lado da orelha (Figura 10)

Nem para a orelha esquerda (p=0132) nem para a orelha direita (p=0228) foram

encontradas relaccedilotildees estatisticamente significativas entre a frequecircncia e a

porcentagem de falhas Tanto na orelha direita como na orelha esquerda foi

encontrada uma tendecircncia de aumento de falhas agrave medida que as frequecircncias foram

aumentando poreacutem com uma diferenccedila na frequecircncia de 8 e 10KHz

EOAPD - SR

0

5

10

15

20

25

2 4 6 8 10 12

Frequecircncias (kHz)

dB F

M

47

Figura 15 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (amplitude) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

Figura 16 ndash Porcentagem de falhas nas EOAPD (relaccedilatildeo sinalruiacutedo) para cada orelha em cada frequecircncia registrada

A planilha de dados com os resultados das EOAPD com relaccedilatildeo ao criteacuterio

ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice V Os valores da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD da orelha esquerda estatildeo disponiacuteveis

no Apecircndice VI e os da orelha direita estatildeo no Anexo VII

Amplitude EOADP - Falhas

0

20

40

60

80

2 4 6 8 10 12

Frequecircncia (kHz)

OE

OD

Potecircncia (OE)

Potecircncia (OD)

SR EOADP - Falhas

0

10

20

30

40

50

60

70

2 4 6 8 10 12

Freuqecircncia (kHz)

OE

OD

Polinocircmio (OE)

Polinocircmio (OD)

48

54 Estudo das EOAT e das EOAPD associadamente

O resultado dos exames foi classificado como ldquoFalhardquo quando tanto TE quanto

PD apresentavam alteraccedilatildeo em pelo menos uma das orelhas Os outros casos foram

considerados ldquoPassardquo Dos 134 participantes somando homens e mulheres 799

falharam tanto em TE quanto em DP em pelo menos uma orelha Do total de

mulheres 295 passaram e 705 falharam E do total de homens 71 passaram

e 929 falharam (Tabela 10)

Testou-se a possiacutevel associaccedilatildeo entre o gecircnero dos participantes e a presenccedila

de Falha O teste de chi-quadrado encontrou associaccedilatildeo estatisticamente significativa

entre as duas variaacuteveis (χ2=10115 gl=1 p=0002) Como pode ser observado na

Tabela 10 a porcentagem de homens com exames classificados como Falha foi

superior agrave porcentagem de mulheres na mesma categoria de resultado

Tabela 10 - Prevalecircncia EOAT e EOAPD associadamente segundo o gecircnero

Gecircnero Resultado

Falha Passa Total

Feminino 55 705 23 295 78 100

Masculino 52 929 4 71 56 100

Total 107 799 27 201 134 100

A planilha de dados com os resultados das EOAT e das EOAPD com relaccedilatildeo

ao criteacuterio ldquopassafalhardquo das 268 orelhas testadas estaacute exposta no Apecircndice VIII

55 Estudo da exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificada

Foram coletados dados de 134 participantes com relaccedilatildeo agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada A Tabela 11 apresenta a distribuiccedilatildeo de frequecircncias das variaacuteveis

ldquogecircnerordquo ldquousa fone de ouvidordquo e ldquofrequenta lugar com muacutesica amplificadardquo Dos 134

participantes 940 usam fones de ouvido e 828 relataram frequentar algum tipo

de lugar com muacutesica amplificada

Natildeo houve associaccedilatildeo estatisticamente significante entre a variaacutevel gecircnero e o

uso de fones de ouvido (χ2=1500 gl=1 p=0278) entre gecircnero e frequenta lugar com

muacutesica amplificada (χ2=2477 gl=1 p=0163) nem entre uso de fones de ouvido e

frequenta lugar com muacutesica amplificada (χ2=0367 gl=1 p=0625)

49

Tabela 11- Prevalecircncia do uso de fones de ouvido e frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada segundo o gecircnero

Variaacutevel Gecircnero Total

Fone F M

Sim 75 5952 51 4048 126

Natildeo 3 3750 5 6250 8

Frequenta lugar

Sim 68 6126 43 3874 111

Natildeo 10 4348 13 5652 23

Freq lugar Frequenta lugar com muacutesica amplificada

A planilha com os resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica

amplificada encontra-se no Apecircndice IX

50

6 DISCUSSAtildeO

A possibilidade de identificaccedilatildeo precoce de uma alteraccedilatildeo coclear em sujeitos

com audiccedilatildeo normal levou diversos pesquisadores (SALAZAR et al 2003 SEIXAS et

al 2004 MILLER et al 2006 MARSHALL et al 2009) a estudarem os efeitos

auditivos causados pelo ruiacutedo ocupacional por meio do teste das EOA

Reconhecendo que as EOA podem representar um recurso teacutecnico importante

de prevenccedilatildeo da PAINPSE escolheu-se esse instrumento de avaliaccedilatildeo auditiva a fim

de estudar as condiccedilotildees cocleares de estudantes do ensino meacutedio por serem

pessoas com possiacuteveis haacutebitos que os colocam num grupo de risco para a audiccedilatildeo

61 Estudo das EOAT

Na literatura pesquisada foram encontrados poucos trabalhos relativos agraves

EOAT em jovens de mesmas carateriacutesticas deste estudo Entretanto os resultados

seratildeo discutidos em relaccedilatildeo aos dados de normalidade da literatura em pacientes

normais ou com exposiccedilatildeo a ruiacutedo ocupacional

Alguns autores (BARBONI et al 2006 BARROS et al 2007 MOMENSOHN-

SANTOS et al 2007) jaacute fizeram referecircncia agrave sensibilidade das EOAT em detectar

alteraccedilotildees sutis na coacuteclea advindas da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo Fiorini e Fischer (2004)

relataram que a presenccedila de EOAT indicam que a maioria dos limiares estaacute dentro

dos padrotildees de normalidade e por outro lado a sua ausecircncia pode indicar um

comprometimento inicial das CCE Como acredita-se ser a casuiacutestica composta por

jovens com audiccedilatildeo normal a sensibilidade da avaliaccedilatildeo das EOAT foi um fator

consideraacutevel

A seguir seratildeo comentados os achados referentes agrave prevalecircncia dos resultados

para amplitude do sinal e relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAT

51

611 Anaacutelise dos resultados das EOAT em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

A prevalecircncia dos resultados das EOAT foi analisada por lado da orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

As EOAT estatildeo presentes na maioria dos sujeitos com audiccedilatildeo dentro dos

padrotildees de normalidade (NODARSE 2006) Poreacutem de acordo com o criteacuterio de

ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os resultados demonstraram um

alto percentual ldquoFalhardquo de EOAT A prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees transientes

na orelha direita foi de 709 (95) e na orelha esquerda de 701 (94) Foi

encontrada uma associaccedilatildeo estatisticamente significativa entre o gecircnero sendo a

porcentagem de homens que apresentaram ldquoFalhardquo significativamente superior agrave

porcentagem de mulheres que apresentaram essa alteraccedilatildeo

Esperava-se um nuacutemero menor de alteraccedilotildees Apesar de os adolescentes natildeo

terem sido avaliados audiometricamente supondo-se que tinham limiares auditivos

dentro dos padrotildees de normalidade os percentuais encontrados mostraram que a

ausecircncia de EOAT pode ocorrer mesmo com limiares auditivos normais

Oliveira et al (2001) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAT em sujeitos

expostos ao ruiacutedo encontraram percentuais mais elevados de normalidade que os

verificados na presente pesquisa que foi de 194 (26) Poreacutem o criteacuterio de

avaliaccedilatildeo adotado pelos autores foi menos rigoroso que o aqui empregado pois eles

levaram em consideraccedilatildeo apenas a anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo

Houve grande diferenccedila de percentuais na comparaccedilatildeo dos achados da

presente pesquisa com os dos estudos aqui citados provavelmente pelas

divergecircncias metodoloacutegicas

612 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAT

Verificou-se que os registros da amplitude do sinal do teste de EOAT tanto na

orelha direita como na orelha esquerda apresentaram-se em grande maioria com

valores negativos (Anexos 8 e 9) Em consequecircncia as meacutedias das amplitudes do

sinal em ambas as orelhas tiveram tambeacutem valores negativos em quase todas as

bandas de frequecircncia com exceccedilatildeo apenas de 1500 Hz

52

Em razatildeo da uniformidade de registros da amplitude do sinal do teste de EOAT

com valores negativos encontrados inferiu-se que este dado foi uma caracteriacutestica da

energia do espectro das EOAT mensurada pelo aparelho de emissotildees otoacuacutesticas

usado tendo em vista que haacute a recomendaccedilatildeo de um valor negativo para amplitude

miacutenima de -12 dBNPS Corroborando os achados deste estudo outros autores como

Oliveira et al(2001) e Souza (2009) tambeacutem verificaram amplitudes absolutas de

EOAT com valores negativos

Segundo Azevedo (2003) a amplitude da resposta (TE) pode variar em funccedilatildeo

de idade gecircnero e lado e sofre interferecircncia do niacutevel de ruiacutedos externos (ambientais)

ou internos (do indiviacuteduo) e do niacutevel de pressatildeo sonora do estiacutemulo No que se refere

agrave idade quanto maior menor seraacute a amplitude de resposta situando-se em torno de

20dB nos receacutem-nascidos 10dB nos adultos jovens e 6dB nos idosos Este estudo

natildeo aplicou essa avaliaccedilatildeo por ter sido constituido por indiviacuteduos com distribuiccedilatildeo de

idade homogecircnea

Foi encontada correlaccedilatildeo entre aumento das frequecircncias e diminuiccedilatildeo dos

registros das amplitudes do sinal aspecto tambeacutem visto no trabalho de Oliveira et al

(2001) O decreacutescimo dos registros das EOAT nas altas frequecircncias pode estar

relacionado agraves propriedades de filtragem da orelha meacutedia e tambeacutem agrave curta latecircncia

apresentada nas altas frequecircncias o que dificulta o registro delas pelo microfone do

equipamento (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na literatura cientiacutefica pesquisada natildeo foram encontradas outras referecircncias

com este mesmo criteacuterio de anaacutelise ou com registros de amplitudes do sinal de EOAT

negativas Entatildeo acredita-se que a descriccedilatildeo desses achados poderaacute contribuir como

fonte de dados para outros estudos que venham analisar a energia total do espectro

das amplitudes do sinal ou que utilizem o mesmo analisador de EOA desta pesquisa

A anaacutelise comparativa das meacutedias das amplitudes do sinal do teste das EOAT

das orelhas direitas e esquerdas demonstrou que as amplitudes do sinal registradas

foram significativamente maiores na orelha direita e no gecircnero feminino Isso

corrobora os descritos de Azevedo (2003) quando relata que as amplitudes das

EOAT satildeo maiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Alguns autores (AZEVEDO 2003 NODARSE 2006 BEVILACQUA 2011)

descreveram que as amplitudes das EOAT podem ser maiores na orelha direita

devido agrave influecircncia das emissotildees otoacuacutesticas espontacircneas que apesar de serem

geralmente bilaterais ao se apresentarem unilateralmente satildeo mais frequentes na

53

orelha direita Poreacutem nas pesquisas consultadas nenhum estudo fez referecircncia agrave

assimetria na mensuraccedilatildeo da energia do espectro das EOAT Nos trabalhos

consultados (FIORINI e FISCHER 2004 NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al

2006 BARROS et al 2007 OLSZEWSKI et al 2007) a observaccedilatildeo foi no sentido de

que de uma forma geral o comportamento das EOAT mostrou equivalecircncia entre as

orelhas

Oliveira et al (2001) ao compararem as meacutedias das amplitudes das orelhas

direitas e esquerdas natildeo viram diferenccedilas significantes neste estudo todavia

aconteceu o inverso

Nesta pesquisa a frequecircncia de 1KHz natildeo foi incluiacuteda na avaliaccedilatildeo por

questotildees de escolha de protocolo Preferiu-se optar por um protocolo que oferecesse

maior nuacutemero de frequecircncias agrave avaliar e esta opccedilatildeo excluiacutea a frequecircncia de 1KHz

Poreacutem foram avaliadas as frequecircncias a partir de 15Khz tendo-se observado que as

maiores meacutedias de amplitudes ocorreram em 15 e 2KHz Azevedo (2003) comenta

que as maiores amplitudes da EOAT obtidas nos adultos encontram-se nas

frequecircncias de 1 e 2 KHz enquanto nos neonatos situam-se entre 3 e 4 KHz e essas

diferenccedilas satildeo atribuiacutedas aos efeitos do tamanho da orelha externa e meacutedia das

caracteriacutesticas de ressonacircncia do meato acuacutestico externo e da presenccedila de emissotildees

otoacuacutesticas espontacircneas que reforccedilariam determinadas frequecircncias

Segundo Munhoz et al (2000) a energia do espectro eacute um paracircmetro difiacutecil

para determinar um valor absoluto para corte de padratildeo de normalidade por isso

deve ser acompanhada da anaacutelise da relaccedilatildeo sinalruiacutedo Esses resultados nos fazem

refletir sobre o quanto eacute importante investigar o comportamento da energia total do

espectro das amplitudes analisado de forma isolada

A anaacutelise da relaccedilatildeo entre o sinal e o ruiacutedo eacute o criteacuterio mais utilizado nos

estudos das EOAT (OLIVEIRA et al 2001 FIORINI e FISCHER 2004

PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 BARBONI et al 2006 MILLER et al 2006

SHUPAK et al 2007 MAIA e RUSSO 2008) A importacircncia deste criteacuterio de anaacutelise

eacute tamanha que muitos destes autores selecionaram-no como o uacutenico aspecto de

anaacutelise das EOAT (PAWLACZYK-LUSZCYNSKA et al 2004 MILLER et al 2006

OLSZEWSKI et al 2007 MARSHALL et al 2009)

Neste trabalho os valores registrados na relaccedilatildeo sinalruiacutedo mostraram-se

positivos na maioria das frequecircncias Tal como as amplitudes das EOAT os valores

da relaccedilatildeo sinalruiacutedo diferenciaram-se na frequecircncia de 4 KHz em ambas orelhas A

54

frequecircncia de 4 KHz foi a que apresentou o menor valor de relaccedilatildeo sinalruiacutedo

reforccedilando dessa forma a hipoacutetese que retrata a dificuldade de se registrar as EOAT

em frequecircncia alta devido agraves propriedades da orelha meacutedia e agrave curta latecircncia dessas

frequecircncias (LONSBURY-MARTIN et al 2001)

Na orelha direita as meacutedias variaram de 585 a 1133 dBNPS Na orelha

esquerda variaram de 605 a 1063 dBNPS Com relaccedilatildeo ao niacutevel maacuteximo das

amplitudes analisadas pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo Lonsbury-Martin et al (2001)

relataram que raramente as EOAT excedem a magnitude de 15 a 20 dBNPS

Entretanto na presente pesquisa verificou-se que por diversas vezes os valores da

relaccedilatildeo sinalruiacutedo ultrapassaram esses limites (Anexos 8 e 9) A magnitude das

amplitudes pela relaccedilatildeo sinalruiacutedo registrada chegou a atingir niacuteveis maacuteximos de 29

dBNPS Foi demonstrada nesse estudo diferenccedila estatisticamente significativa entre

as relaccedilotildees sinalruiacutedo registradas nas orelhas direitas e esquerdas sendo as meacutedias

de SR significativamente superiores na orelha direita e no gecircnero feminino

Considera-se entatildeo a hipoacutetese de que os resultados deste estudo foram

elevados em relaccedilatildeo aos paracircmetros descritos pelos autores referenciados acima em

virtude da diferenccedila de equipamento Conforme relatado por Vono-Coube e Filho

(2003) natildeo haacute um paracircmetro de normalidade universalmente aceito para anaacutelise das

EOA Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 FIORINI e FISCHER 2004) jaacute

relataram que a variedade de paracircmetros e criteacuterios utilizados nas pesquisas de EOA

pode levar a resultados diversos Entretanto a padronizaccedilatildeo do teste de EOA natildeo

parece ser uma tarefa faacutecil pois eacute grande a variaccedilatildeo desses valores entre os sujeitos

(BARBONI et al 2006) Portanto esse fator pode ter influenciado no elevado nuacutemero

de resultados alterados

Enquanto natildeo se tem uma padronizaccedilatildeo para o teste de EOA julga-se ser

mais importante a verificaccedilatildeo dos valores de sinalruiacutedo dentro da proacutepria casuiacutestica

Natildeo houve comparaccedilatildeo dos resultados deste estudo referentes ao criteacuterio sinalruiacutedo

com outros estudos Os artigos costumam descrever apenas os percentuais de

ocorrecircncia e natildeo os valores encontrados

Observou-se que a maioria das pesquisas de EOAT satildeo realizadas em

ambiente ocupacional (NEGRAtildeO e SOARES 2004 MILLER et al 2006 SHUPAK et

al 2007 BARROS et al 2007 MARSHALL et al 2009) investigando-se os efeitos

deleteacuterios do ruiacutedo sobre a coacuteclea e alteraccedilotildees (reduccedilotildees) das amplitudes e relaccedilatildeo

SR por meio da comparaccedilatildeo dos registros antes e logo apoacutes um periacuteodo de

55

exposiccedilatildeo ao ruiacutedo ao contraacuterio da nossa proposta em que buscamos verificar os

efeitos do ruiacutedo sem saber do grau e da frequecircncia agrave exposiccedilatildeo Este trabalho

distinguiu-se de outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 NEGRAtildeO e SOARES 2004

FIORINI e FISCHER 2004 e BARROS et al 2007) que analisaram os efeitos do

ruiacutedo em trabalhadores do meio industrial no qual geralmente os ciclos expositivos

satildeo definidos

62 Estudo das EOAPD

Primeiramente eacute importante ressaltar que na literatura pesquisada natildeo foram

encontrados trabalhos com EOAPD em altas frequecircncias (acima de 8 KHz) Portanto

seratildeo discutidos os resultados a partir dos dados obtidos ateacute 8 KHz

A legislaccedilatildeo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO)

reconheceu que as alteraccedilotildees cocleares provocadas pela exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

atingem no iniacutecio especificamente a faixa das frequecircncias altas Dessa forma um

teste auditivo que possibilitasse a investigaccedilatildeo da integridade tonotoacutepica coclear

abrangendo as altas frequecircncias teria relevacircncia no monitoramento ocupacional Por

isso as EOAPD satildeo o tipo de teste de EOA mais utilizado em pesquisas relacionadas

agrave exposiccedilatildeo ao ruiacutedo (FROTA e IOacuteRIO 2002 SALAZAR et al 2003 SEIXAS et al

2004 FIORINI e PARRADO-MORAN 2005 MARQUES e COSTA 2006)

Seratildeo comentados nos itens subsequentes os resultados da prevalecircncia da

amplitude e da relaccedilatildeo sinalruiacutedo das EOAPD

621 Anaacutelise dos resultados das EOAPD em relaccedilatildeo ao criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

De acordo com o criteacuterio ldquoPassaFalhardquo estabelecido na presente pesquisa os

resultados de (PD) tambeacutem demonstraram um alto percentual de ldquoFalhardquo A

prevalecircncia de alteraccedilotildees de emissotildees por produto de distorccedilatildeo na orelha direita foi

de 925 e na orelha esquerda de 918 obtendo-se um valor de 978 de

alteraccedilotildees Esta diferanccedila natildeo foi estatisticamente significativa

Eacute impotante ressaltar que o protocolo de avaliaccedilatildeo escolhido oferecia um maior

nuacutemero de frequecircncias altas agrave avaliar e por este motivo excluiu-se as frequancias de

750 1000 e 1500Hz Segundo Azevedo 2003 as EOAPD satildeo mais limitadas nas

frequecircncias baixas nas quais o ruiacutedo interfere mais O melhor desempenho de teste

ocorre nas frequecircncias acima de 2000Hz pois o ruiacutedo diminui com o aumento da

56

frequecircncia e a transmissatildeo da energia pela orelha meacutedias eacute mais eficiente para as

frequecircncias meacutedias e altas

Cocircrtes-Andrade et al (2009) ao analisarem a ocorrecircncia de EOAPD em

sujeitos expostos agrave muacutesica alta apoacutes atividade esportiva encontraram percentuais

mais elevados de normalidade (75) que os verificados neste estudo (22) Poreacutem

natildeo foi relatado com precisatildeo o criteacuterio de avaliaccedilatildeo adotado pelos autores

Jaacute os estudos de Fissore et al (2003) com adolescentes revelaram um

percentual significativo de alteraccedilotildees (63) Mesmo assim os resultados deste

estudo foram superiores aos demais havendo grande diferenccedila de percentuais na

comparaccedilatildeo dos achados com os dos estudos aqui citados possivelmente tambeacutem

devido agraves divergecircncias metodoloacutegicas

Por outro lado acredita-se que essa diferenccedila deva-se ao fato de ter sido

usado um criteacuterio muito riacutegido e utilizada uma avaliaccedilatildeo com altas frequecircncias

considerando que o maior numero de alteraccedilotildees ocorreram nas frequecircncia de 12KHz

No entanto esses achados podem indicar de forma precoce uma disfunccedilatildeo coclear

622 Anaacutelise da amplitude e da relaccedilatildeo SinalRuiacutedo das EOAPD

Assim como as amplitudes do sinal das EOAT este criteacuterio estaacute relacionado agrave

avaliaccedilatildeo das amplitudes absolutas das EOA Entre os aspectos analisados nas

EOAPD a amplitude do sinal eacute a caracteriacutestica mais mensurada neste tipo de EOA

Os equipamentos de EOA de diagnoacutestico cliacutenico apresentam dois programas para

anaacutelise das amplitudes das EOAPD o ldquoDpgramrdquo e a ldquoRazatildeo de Crescimentordquo

A ldquoRazatildeo de Crescimentordquo eacute um meacutetodo de mensuraccedilatildeo pouco utilizado na

praacutetica cliacutenica Avalia o niacutevel das amplitudes das EOAPD (dBNPS) em uma

frequecircncia especiacutefica em funccedilatildeo do niacutevel do tom primaacuterio (F1F2) decrescendo os

niacuteveis de intensidade ateacute o desaparecimento da resposta (MUNHOZ et al 2000)

Esse programa natildeo eacute realizado pelo analisador de EOA visto nesse estudo Segundo

MUNHOZ et al (2000) a outra forma de avaliaccedilatildeo das amplitudes das EOAPD mede

os niacuteveis de dBNPS nas diversas frequecircncias pesquisadas e posteriormente

compara as amplitudes absolutas com o correspondente ruiacutedo de fundo mantendo os

niacuteveis de intensidade fixos Nos equipamentos de diagnoacutestico cliacutenico esta relaccedilatildeo

entre frequecircncia e intensidade eacute demonstrada por meio de um traccedilado graacutefico

denominado de ldquoDpgramrdquo por lembrar um audiograma tonal

57

O equipamento utilizado na presente pesquisa usa esse meacutetodo de

mensuraccedilatildeo Por meio dele podem-se analisar ainda dois aspectos a amplitude

absoluta e a magnitude da amplitude sobre o ruiacutedo ou seja a relaccedilatildeo entre o sinal e

o ruiacutedo Os niacuteveis das amplitudes das EOAPD dependeram dos paracircmetros

estabelecidos para os tons primaacuterios (F1 e F2) e da relaccedilatildeo entre os niacuteveis de

intensidade (L1 L2) Os niacuteveis de intensidades das frequecircncias primaacuterias podem

variar sendo os paracircmetros de L1=L2=70 ou L1=65 e L2=55 dBNPS os mais

utilizados (LONSBURY-MARTIN et al 2001 VONO-COUBE e FILHO 2003)

Foram analisadas as amplitudes das EOAPD pela relaccedilatildeo de 2F1-F2 (122)

com o paracircmetro de intensidade L1=65 e L2=55 dBNPS A exemplo das EOAT

tambeacutem natildeo haacute um padratildeo de normalidade universal para as amplitudes absolutas

das EOAPD sendo recomendaacutevel que cada centro de atividade desenvolva seus

protocolos e normatizaccedilotildees proacuteprias (MUNHOZ et al 2000) Observamos que os

valores miacutenimos adotados para mensurar as amplitudes absolutas podem variar de

acordo com o equipamento

Neste estudo considerou-se amplitude absoluta de EOAPD quando os NPS

atingiram um valor igual ou maior que -5 dBNPS O trabalho de Uchida et al (2008)

realizado com o analisador de EOA teve como referecircncia para amplitude absoluta de

EOAPD o valor miacutenimo de -20dB NPS Assim ratifica-se que nossos dados referentes

agraves amplitudes possam servir como base para pesquisas que venham a utilizar o

mesmo equipamento

Examinando as tabelas 9 e 10 constatou-se que as meacutedias das amplitudes

(PD) diminuiacuteram com o aumento da frequecircncia Esse achado foi observado tambeacutem

em outros estudos (OLIVEIRA et al 2001 SALAZAR et al 2003) Apesar de

Lonsbury-Martin et al (2001) terem referenciado a dificuldade de registro de

frequecircncias altas para as EOAT acredita-se que no caso das EOAPD tambeacutem haacute

alguma correspondecircncia com a propriedade de curta latecircncia das frequecircncias altas

dificultando a captaccedilatildeo destas pelo microfone do analisador de EOA

Neste estudo as meacutedias das amplitudes da orelha direita foram

significativamente maiores que as da orelha esquerda Como ocorreu nas amplitudes

das EOAT ao analisarmos as orelhas esquerda e direita os valores das amplitudes

das EOAPD nas bandas de frequecircncias de 8 e 12 KHz foram significativamente

menores do que as amplitudes das demais frequecircncias

58

Considerou-se a hipoacutetese de que as menores amplitudes encontradas possam

ser sugestivas de um comprometimento inicial do funcionamento coclear jaacute que as

menores amplitudes do sinal e relaccedilatildeo SR ocorreram justamente nas altas

frequecircncias Pode-se considerar a hipoacutetese de que tais regiotildees cocleares podem ser

afetadas pelo ruiacutedo (PORTARIA n 191998 DO MINISTEacuteRIO DO TRABALHO

BEZERRA e MARQUES 2004) Apesar de natildeo terem sido encontradas outras

justificativas para esse fato natildeo se considera esta resposta como um dado aleatoacuterio

Propotildee-se que novos estudos sejam realizados para investigaccedilatildeo de possiacuteveis

registros das amplitudes absolutas das EOAPD em sujeitos utilizando altas

frequecircncias (acima de 8 KHz)

Assim como nas EOAT a relaccedilatildeo sinalruiacutedo foi o criteacuterio mais utilizado na

anaacutelise das EOAPD por outros autores (OLIVEIRA et al 2001 FROTA e IOacuteRIO

2002 BALATSOURAS et al 2005 MILLER et al 2006 SHUPAK et al 2007 MAIA

e RUSSO 2008 TORRE e HOWELL 2008 MARSHALL et al 2009) Na orelha

direita as meacutedias variaram de 45 a 199 NPS e para a orelha esquerda as meacutedias

foram de 41 a 196 Embora alguns estudos que utilizaram um aparelho diferente da

presente pesquisa tenham apresentado os valores apenas por graacuteficos (OLIVEIRA et

al 2001) visualizou-se que as amplitudes mostraram-se mais baixas que as

verificadas em nossa pesquisa em meacutedia o traccedilado graacutefico compreendeu a faixa

entre 15 a 10 dBNPS em grupos sem exposiccedilatildeo e entre 15 a 5 dBNPS em grupos

normo-ouvintes expostos ao ruiacutedo Maia e Russo (2008) tambeacutem encontraram valores

de relaccedilatildeo sinalruiacutedo mais baixos que os nossos

Supotildee-se entatildeo que os resultados deste estudo foram elevados em

comparaccedilatildeo agrave literatura compulsada devido agrave diferenccedila de equipamento Dessa

forma sugere-se que outras pesquisas sejam realizadas com o mesmo equipamento

para aferir os resultados

Pode-se observar que as meacutedias da relaccedilatildeo sinalruiacutedo foram maiores nas

frequecircncias abaixo de 12 KHz com exceccedilatildeo de 8 KHz Em ambas as orelhas a

frequecircncia de 12 KHz apresentou meacutedia de relaccedilatildeo SR inferior agraves demais atingindo

uma meacutedia de 41 na orelha esquerda e de 4 5 na orelha direita

Apesar de terem sido encontradas apenas essas diferenccedilas pode-se levantar

a hipoacutetese de que esse achado correlacionou-se ao iniacutecio de comprometimento

coclear nos adolescentes tendo em vista que outras pesquisas mesmo que

59

diferentes desta (TORRE e HOWELL 2008) constataram que frequecircncias mais altas

foram as mais afetadas pela accedilatildeo deleteacuteria da exposiccedilatildeo ao ruiacutedo

Assim como nas EOAT a prevalecircncia de EOAPD foi analisada por orelha e

gecircnero e vinculada agrave verificaccedilatildeo dos dois criteacuterios amplitude do sinal e relaccedilatildeo

SinalRuiacutedo em todas as seis bandas de frequecircncia

A vantagem das EOAPD eacute a maior especificidade de frequecircncia podendo-se

avaliar a funccedilatildeo coclear desde a espira basal ateacute a apical As respostas em

frequecircncias baixas satildeo mais difiacuteceis de se medir pela presenccedila de ruiacutedos externos

(ambientais) e internos (do paciente) o que pocircde ser notado na frequecircncia de 2KHz

em que o valor de relaccedilatildeo SR foi menor Esse tipo de emissatildeo fornece informaccedilotildees

mais precisas para as frequecircncias altas (acima de 2 KHz) Em geral a resposta em 8

KHz natildeo eacute boa pela necessidade de um alto-falante com maior voltagem que

aumenta a distorccedilatildeo (AZEVEDO 2003) Neste estudo foi observado esse decreacutescimo

na resposta em 8KHz e acredita-se que essa ocorrecircncia tenha relaccedilatildeo com o que foi

citado

63 Estudo das EOAT e EOAPD

Segundo reportado por Lonsbury-Martin et al (2001) a ocorrecircncia de EOA

costuma ser analisada por um conjunto de criteacuterios Na presente pesquisa

selecionaram-se os criteacuterios amplitude (PD) e sinalruiacutedo a fim de avaliar a

prevalecircncia de alteraccedilotildees das EOAT e das EOAPD como jaacute foi citado

Percebe-se que o percentual de alteraccedilotildees (falhas) foi surpreendentemente

alto principalmente em EOAPD em comparaccedilatildeo com EOAT havendo pouca

variaccedilatildeo entre as orelhas

Constatou-se entatildeo ao se confrontar os resultados deste estudo que os

percentuais de ocorrecircncia ou de alteraccedilotildees tanto de EOAT quanto de EOAPD

podem apresentar grande variabilidade Supotildee-se que essa diversidade possa estar

relacionada aos aspectos metodoloacutegicos aos paracircmetros utilizados e aos criteacuterios

selecionados para anaacutelise Outros autores (FROTA e IOacuteRIO 2002 VONO-COUBE e

FILHO 2003 FIORINI e FISCHER 2004) fizeram referecircncia agrave variedade dos

resultados encontrados nas EOA em decorrecircncia da falta de padronizaccedilatildeo universal

desse teste

As supostas alteraccedilotildees de CCE encontrados nos exames de EOAT e EOAPD

natildeo satildeo suficientes para alterar os limiares audiomeacutetricos Esses dados satildeo

60

justificados por Kemp (1979 1986) apud Granjeiro (2005) e Bevilacqua (2011) que

relataram ser a avaliaccedilatildeo audiomeacutetrica insuficiente para determinar o estado funcional

das CCE pois lesotildees de ateacute 30 das CCE com ceacutelulas cicliadas internas (CCI)

iacutentegras podem ocorrer antes que qualquer perda auditiva seja detectada

Portanto as EOA satildeo eficientes para avaliar precocemente a funccedilatildeo coclear

(CCE) em sujeitos expostos a ruiacutedo sem que tenha sido diagnosticada alguma perda

auditiva Sugere-se que esse exame seja adicionado na rotina cliacutenica para

complementar o diagnostico de PAIR

61

64 Exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

A exposiccedilatildeo sonora natildeo ocupacional tem sido cada vez mais valorizada O

Instituto de Pesquisas Meacutedicas de Patologias Auditivas do Reino Unido em revisatildeo

de literatura revela que o ruiacutedo natildeo ocupacional oferece menor risco de causar lesatildeo

poreacutem o nuacutemero de jovens que se expotildeem a esse tipo de ruiacutedo (particularmente o

fone de ouvido) eacute bastante significativo chegando a 5 milhotildees de pessoas na

populaccedilatildeo daqueles paiacuteses (WONG et al 1990)

Nesta pesquisa os resultados relacionados agrave exposiccedilatildeo dos adolescentes agrave

muacutesica amplificada sugerem que a cultura atual da juventude natildeo parece preocupar-

se com os efeitos nocivos da muacutesica alta o que se confirma ao ser considerada a alta

prevalecircncia de exposiccedilatildeo a muacutesica alta

Ao serem questionados quanto ao haacutebito de usar fones de ouvido e de

frequentar lugares com muacutesica amplificada a maioria ou melhor quase que a

totalidade dos adolescentes declararam ter esse haacutebito 940 disseram usar fones

de ouvido e 828 frequentam algum tipo de lugar com muacutesica amplificada Nos

estudos de Fissora et al (2003) observou-se o contraacuterio o uso de fones de ouvido foi

menor (76) comparado agrave frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada (91)

A muacutesica eacute um som prazeroso ao ouvido humano contudo este som possui

potencial para ser considerado como ruiacutedo Como afirma Pfeiffer (2007) os sons

prazerosos como a muacutesica apesar de serem menos prejudiciais se comparados aos

sons considerados natildeo prazerosos como o ruiacutedo industriaisocupacionais natildeo

deixam de ser um fator de risco para perdas auditivas Os resultados encontrados

neste estudo refletem a falta de conscientizaccedilatildeo dos jovens sobre a problemaacutetica

deste tipo de ruiacutedo e seus efeitos

De acordo com Oslen (2004) os niacuteveis de pressatildeo sonora intensos tecircm sido

considerados nas uacuteltimas deacutecadas os agentes mais nocivos agrave sauacutede estando

presentes nos ambientes urbanos e sociais Satildeo encontrados mais frequentemente

em lugares de atividade de lazer na forma de muacutesica em intensidade elevada

configurando-se como problema ambiental na atualidade

Neste trabalho foram levantados somente os haacutebitos referentes ao uso de

fones de ouvido e de frequentar lugares com muacutesica amplificada Todavia haacute

estudos como o de Lacerda et al (2011) e Wazen e Russo (2004) que abordaram

outros tipos de haacutebitos (como praticar esportes tocar instrumentos musicais

62

frequentar academias entre outros) em que a populaccedilatildeo jovem estaacute inserida No

entanto o haacutebito de escutar muacutesica utilizando fones de ouvido eacute o mais comum entre

os jovens Os achados desta pesquisa confirmam esses dados quando revelam que

o nuacutemero de adolescentes que relataram usar fones de ouvido foi maior que a

frequecircncia a lugares com muacutesica amplificada corroborando o que vem sendo

encontrado na literatura (Hidecker (2008) e Zocoli et al (2009)) no sentido de que

esse comportamento estaacute cada vez mais comum entre os adolescentes podendo ser

um risco para a audiccedilatildeo

Assim como neste estudo Rowool (2008) e Lacerda et al (2011) tambeacutem

encontraram um nuacutemero significativo de adolescentes que frequentam lugares com

muacutesica amplificada (como boates shows de rock bailes) entretanto ainda

destacaram sintomas posteriores agrave exposiccedilatildeo a muacutesica intensa

A PAIR eacute um problema invisiacutevel que pode estar sendo ignorado pela

populaccedilatildeo jovem quando se trata da muacutesica de alta intensidade e poderia ser

erradicado com o apoio das escolas e de educaccedilatildeo

A porcentagem de alteraccedilotildees auditivas entre jovens do ensino meacutedio aumentou

28 vezes nas uacuteltimas deacutecadas segundo estudo realizado nos Estados Unidos jaacute no

Brasil natildeo haacute estudos que mostrem mudanccedilas nos limiares auditivos nesta

populaccedilatildeo Esse fato nos faz refletir sobre a necessidade de investir em estudos

nessa aacuterea e de campanhas informativas Os jovens deveriam ser informados sobre o

risco para a audiccedilatildeo quando satildeo submetidos agrave exposiccedilatildeo a muacutesicas de alta

intensidade seja por meio do uso de fones ou em atividades de lazer que envolvam

muacutesica alta

Poucos satildeo os programas preventivos de perda auditiva consistentemente

implementados em locais onde se concentra o maior nuacutemeros de adolescentes como

em escolas por exemplo No Brasil existem campanhas cujo objetivo eacute a promoccedilatildeo

da sauacutede auditiva como ldquoO Dia Internacional de Conscientizaccedilatildeo dos Efeitos do

Ruiacutedordquo e tambeacutem o ldquoPasse Adiante Esta Ideiardquo Contudo ainda natildeo satildeo suficientes

para trabalhar a conscientizaccedilatildeo da populaccedilatildeo jovem

Atitudes mais severas deveriam ser tomadas para trabalhar esses maus

haacutebitos como fiscalizaccedilatildeo rigorosa nos niacuteveis de intensidade dos equipamentos

esteacutereis portaacuteteis estipulando uma capacidade maacutexima tal que natildeo seja tatildeo

prejudicial agrave audiccedilatildeo estabelecimento e fiscalizaccedilatildeo de niacuteveis de intensidades para

ambientes com muacutesica como academias bares boates entre outros Outra sugestatildeo

63

seria a de implementar programas que incentivem a mudanccedila de haacutebitos em relaccedilatildeo

agrave muacutesica amplificada desde a fase infantil As escolas poderiam adotar para seus

curriacuteculos questotildees que abordassem haacutebitos auditivos saudaacuteveis uso de protetores

auditivos e os efeitos da exposiccedilatildeo agrave muacutesica de alta intensidade sobre a audiccedilatildeo

desde as seacuteries mais iniciais Tambeacutem podem-se adotar formas de monitoramento

auditivo com solicitaccedilotildees de exames perioacutedicos anuais como um trabalho de

prevenccedilatildeo da sauacutede auditiva e de melhoria da qualidade de vida desses jovens

Eacute possiacutevel que os altos percentuais de axames negativos encontrados neste

estudo seja devido aacute alta percentagem de estudantes expostos a fones de ouvido e agrave

muacutesica amplificada

64

7 CONCLUSAtildeO

Apoacutes anaacutelise criteriosa dos resultados obtidos das EOAT e das EOAPD em

adolescentes do Ensino Meacutedio de uma escola privada de Brasiacutelia conclui-se que

- 806 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAT em

pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero masculino

- 978 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAPD em

pelo menos uma orelha natildeo havendo diferenccedila estatisticamente significativa entre os

gecircneros

799 dos adolescentes avaliados apresentaram alteraccedilotildees nas EOAE tanto

em TE quanto em PD em pelo menos uma orelha sendo a maioria do gecircnero

masculino

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAT foram significativamente maiores no

gecircnero feminino e na orelha direita

- As amplitudes e a relaccedilatildeo SR nas EOAPD foram maiores no gecircnero

feminino A orelha direita apresentou maiores amplitudes jaacute na relaccedilatildeo SR natildeo

houve diferenccedila significativa entre as orelhas

- Quanto agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada 940 usam fones de ouvido e

828 frequentam lugares com muacutesica amplificada

Foram encontradas diferenccedilas estatiacutesticamente significativas em relaccedilatildeo ao

gecircnero sendo que indiviacuteduos do gecircnero masculino tecircm maior probabilidade de

desenvolver alteraccedilotildees de CCE

Com base nisso conclui-se que estudantes do Ensino meacutedio de uma escola

privada do Distrito Federal apresentam alta prevalecircncia de alteraccedilotildees nas CCE

indicando risco para o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial

65

ANEXOS

ANEXO I

APROVACcedilAtildeO DO COMITEcirc DE EacuteTICA EM PESQUISA

66

ANEXO II

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Universidade de Brasiacutelia (UnB)

De acordo com a Resoluccedilatildeo n 19696 de 10 de outubro de 1996 do Conselho de

Sauacutede esta pesquisa intitulada ldquoPrevalecircncia de lesatildeo das ceacutelulas ciliadas externas em

estudantes de uma escola do Distrito Federal e sua relaccedilatildeo com o uso de fones de ouvido e

exposiccedilatildeo agrave muacutesica amplificadardquo seraacute realizada pela pesquisadora Fonoaudioacuteloga Valeacuteria

Gomes da Silva sob orientaccedilatildeo do Prof Dr Carlos Augusto Costa Pires de Oliveira e do Dr

Andreacute Luiz Lopes Sampaio

Esta pesquisa realizada em niacutevel de mestrado no Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo da

Faculdade de Medicina da Universidade de Brasiacutelia (UnB) tem por finalidade investigar os

haacutebitos auditivos e avaliar a audiccedilatildeo de jovens e adolescentes Este trabalho que seraacute feito na

proacutepria escola seraacute realizado por meio da aplicaccedilatildeo de um questionaacuterio sobre os haacutebitos

auditivos e de exames que avaliam as ceacutelulas responsaacuteveis pela audiccedilatildeo denominado Emissotildees

Otoacuacutesticas Evocadas (EOA) o qual eacute indolor natildeo eacute invasivo e natildeo oferece nenhum risco agrave

sauacutede ou desconforto ao participante

A participaccedilatildeo na pesquisa eacute voluntaacuteria natildeo havendo pagamentos Caso decida natildeo

participar ou desista por qualquer motivo natildeo haveraacute nenhum prejuiacutezo Seraacute garantido o sigilo

das informaccedilotildees obtidas e na publicaccedilatildeo dos resultados seraacute mantido o anonimato dos

participantes

A pesquisadora estaraacute agrave disposiccedilatildeo para prestar qualquer esclarecimento que se fizer

necessaacuterio e ficaraacute responsaacutevel pela guarda deste documento e de todas as informaccedilotildees obtidas

Diante do exposto solicito sua valiosa contribuiccedilatildeo para participar da pesquisa

conforme os procedimentos citados

OBS AOS MENORES DE 18 ANOS (Obrigatoacuteria assinatura do pai ou responsaacutevel legal)

Eu _____________________________ abaixo assinado declaro ter lido o presente

documento e de forma livre e esclarecida manifesto meu consentimento e autorizo a

participaccedilatildeo do aluno(a)_________________________________________________no

presente estudo conforme os procedimentos informados acima

_________________________________

Assinatura do Responsaacutevel

____________________________________

Assinatura do Pesquisador

Brasiacutelia ____ de _______________ de 2010

67

ANEXO III

Laudo de Mediccedilatildeo

Empresa

Coleacutegio Sigma ndash Brasiacutelia Quadra 910 Norte Ed Sigma ndash Asa Norte Brasiacutelia - DF

Caracteriacutesticas da Edificaccedilatildeo

1 Trata-se de aacuterea totalmente cercada com acesso atraveacutes de portotildees 2 Trata-se de uma instituiccedilatildeo educacional toda edificada em alvenaria 3 O terreno em questatildeo faz limites frontais com a rua pavimentada 4 O terreno em questatildeo faz limites laterais com 2 vizinhos 5 No fundo do terreno natildeo haacute vizinhos

Condiccedilotildees do Local durante Levantamento dos Niacuteveis Sonoros

1 Realizado em 20 de marccedilo de 2010 2 No periacuteodo da manhatilde 3 Em dia normal de trabalho 4 Temperatura meacutedia do local 255ordmC 5 Umidade Relativa do Ar 68 6 Velocidade do Ar no centro da edificaccedilatildeo 32 ms

Teacutecnica Empregada na Avaliaccedilatildeo

Utilizado instrumento de mediccedilatildeo de niacuteveis de pressatildeo sonora (Decibeliacutemetro) operando no circuito de compensaccedilatildeo ldquoArdquo e circuito de resposta lenta (SLOW) com niacuteveis de ruiacutedo contiacutenuos medidos em decibeacuteis (dB)

APARELHO Decibeliacutemetro

MARCA LUTRON

MODELO DEC 410 ndash N 100974

ESCALAS DE MEDICcedilAtildeO

30 ndash 80 dB

50 ndash 100 dB

80 ndash 130 dB

CONDICcedilOtildeES DO APARELHO Calibrado

CIRCUITO DE RESPOSTA Slow

CIRCUITO DE COMPENSACcedilAtildeO A

TEMPO DE REPOUSO 20 min

Especificaccedilatildeo do Local Mensurado

1 Laboratoacuterio de Fiacutesica da instituiccedilatildeo educacional 2 Este local mede aproximadamente 70m

2

3 Tem formaccedilatildeo aproximadamente retangular 4 Possui 1 porta de acesso com largura de 090m 5 Possui paredes comuns emassadas e pintadas com tinta imobiliaacuteria comum 6 Possui janelas tipo blindex modelo basculante 7 Possui vaacuterias bancadas de maacutermore e vaacuterias banquetas de madeira 8 Piso liso padratildeo comercial 9 Teto de concreto com luminaacuterias largas

68

Observaccedilotildees

1 Foram feitas 3 sessotildees com 5 mediccedilotildees neste local sendo uma em cada extremidade do laboratoacuterio e uma no centro

2 Medidor colocado na altura do ouvido dos estudantes 3 Mediccedilotildees em dia normal 4 Foi evitada a interferecircncia do vento no microfone do medidor para isso foi utilizado um

dispositivo denominado ldquowindscreenrdquo que evita o ldquosoprordquo sobre o microfone 5 Foram evitadas superfiacutecies refletoras que natildeo sejam comuns ao ambiente para evitar que o

corpo da pessoa que faz a mediccedilatildeo natildeo interfira nas medidas 6 O principal causador de erros nas mediccedilotildees de ruiacutedo eacute o Ruiacutedo de Fundo Trata-se do ruiacutedo do

ambiente que natildeo faz parte do ruiacutedo daquele local Para comprovar a sua influecircncia mede-se o niacutevel de ruiacutedo de uma maacutequina em funcionamento que em seguida eacute desligada No primeiro caso eacute medido o ruiacutedo total (ruiacutedo da maacutequina + ruiacutedo de fundo) e no segundo caso apenas o ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila do niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo Se a diferenccedila no niacutevel for menor que 3 dB indica um ruiacutedo de fundo bastante intenso que deve ser levado em consideraccedilatildeo nas mediccedilotildees Neste caso especiacutefico foram feitas mediccedilotildees somente com os equipamentos desligados visto que satildeo utilizados esporadicamente

N DE MARCACcedilAtildeO

LOCAL DE MEDICcedilAtildeO MEDICcedilAtildeO EM

dB Obs

PRIMEIRA MEDICcedilAtildeO

1 Centro do Laboratoacuterio 4010 () 2 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4008 () 3 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 4 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 () 5 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4120 ()

SEGUNDA MEDICcedilAtildeO ()

6 Centro do Laboratoacuterio 4101 () 7 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 8 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4090 () 9 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4100 ()

10 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (Canto D) 4110 ()

TERCEIRA MEDICcedilAtildeO ()

11 Centro do Laboratoacuterio 4108 () 12 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto A) 4010 () 13 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto B) 4106 () 14 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto C) 4010 () 15 Proacuteximo a um dos cantos do laboratoacuterio (canto D) 4008 ()

() ndash Dados sobre ruiacutedos coletados em local normal de trabalho e ao niacutevel do ouvido humano

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a primeira mediccedilatildeo

() ndash Realizada 40 minutos apoacutes a segunda mediccedilatildeo

69

Legislaccedilatildeo

Portaria 3214 ndash Norma Regulamentadora NR 15 ndash Anexo I

TABELA DE LIMITES DE TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE

Niacutevel de Ruiacutedo dB (A) Maacutexima Exposiccedilatildeo Diaacuteria Permissiacutevel

85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e trinta minutos 90 4 horas 91 3 horas e trinta minutos 92 3 horas 93 2 horas e quarenta minutos 94 2 horas e quinze minutos 95 2 horas 96 1 hora e quarenta e cinco minutos 98 1 hora e quinze minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos

COMENTAacuteRIO Niacuteveis de ruiacutedo foram observados em dia normal e habitual de trabalho

OBSERVACcedilOtildeES

ndash Os niacuteveis de ruiacutedo observados nestes ambientes de trabalho estatildeo dentro dos LIMITES DE

TOLERAcircNCIA PARA RUIacuteDO CONTIacuteNUO OU INTERMITENTE segundo o ANEXO N 1 da Norma

Regulamentadora NR 15 da Portaria N 3214 do Ministeacuterio do Trabalho (MTb) Interna e

externamente

ndash Natildeo observados ruiacutedos de impacto significativos ou relevantes neste ambiente laboral

REALIZADO POR

Joatildeo Batista Avelino Filho Teacutecnico de Seguranccedila do Trabalho Registro no Ministeacuterio do Trabalho ndash 1300053 Higienista Ocupacional Registro na Associaccedilatildeo Brasileira de Higienistas Ocupacionais (ABHO) ndash 302DF Brasiacutelia-DF 20 de marccedilo de 2010

70

ANEXO IV

PROTOCOLO DE SELECcedilAtildeO

Nome ____________________________________________________

Turma _______________________________Idade________________

Gecircnero ( ) M ( ) F

ANTECEDENTES GERAIS

Jaacute esteve internado tomando antibioacuteticos sim ( ) natildeo ( )

Fez tratamento quimioteraacutepico sim ( ) natildeo ( )

Sente tonturas com frequecircncia sim ( ) natildeo ( )

Fez uso recente de medicamentos sim ( ) natildeo ( )

Qual ________________________

ANTECEDENTES OTOLOacuteGICOS

Jaacute foi submetido a cirurgia no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Alguma vez jaacute saiu pus ou sangue do ouvido sim ( ) natildeo ( )

Jaacute foi diagnosticado ou nasceu com doenccedila

no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente dor de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Sente pressatildeo ou ouvido tampado sim ( ) natildeo ( )

Sente zumbido ou barulho no ouvido sim ( ) natildeo ( )

Possui perda auditiva sim ( ) natildeo ( )

HAacuteBITOS AUDITIVOS

Ouve muacutesica usando fones de ouvido sim ( ) natildeo ( )

Frequenta lugares com muacutesica amplificada

como boates shows etc sim ( ) natildeo ( )

Obs ______________________________________________________ ___________________________________________________________ ___________________________________________________________

71

ANEXO V

TEXTO INFORMATIVO

Vocecirc sabia Ficar exposto por muito tempo a certos tipos de ruiacutedos pode causar perda de audiccedilatildeo

A PAIR ndash Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo eacute um tipo de perda auditiva decorrente da

exposiccedilatildeo prolongada a sons de alta intensidade Ela ocorre muito lentamente ao longo do tempo

danificando os microciacutelios (ceacutelulas ciliadas) localizados na coacuteclea e uma vez danificados eles natildeo

podem ser mais recuperados ou seja trata-se de uma perda auditiva irreversiacutevel Em determinados

casos uma uacutenica exposiccedilatildeo a sons intensos eacute capaz de danificar a audiccedilatildeo

A audiccedilatildeo eacute fundamental agrave vida pois eacute a base da comunicaccedilatildeo humana O ouvido oacutergatildeo

responsaacutevel pela audiccedilatildeo eacute dividido em trecircs partes ouvido externo meacutedio e interno Dessas partes o

ouvido interno eacute o mais importante pois eacute onde se localiza a coacuteclea Nela estaacute localizada uma

estrutura essencial a audiccedilatildeo o oacutergatildeo de corti que abriga as ceacutelulas ciliadas Portanto a exposiccedilatildeo

contiacutenua a ruiacutedos altos de 90dB ou mais jaacute pode causar lesotildees no ouvido interno resultando em uma

perda auditiva

Se vocecirc trabalha eou convive em ambientes ruidosos ou mesmo tem o habito de se expor com

frequecircncia a sons de alta intensidade fique atento Buzinas maacutequinas shows boates muacutesicas em

volumes altos e ateacute mesmo os MP3 atingem intensidades sonoras muito elevadas que podem estar

comprometendo sua audiccedilatildeo

Existem sinais que indicam que vocecirc estaacute sendo exposto a niacuteveis excessivos de ruiacutedo Veja alguns

Ter de gritar para ser ouvido Ouvir uma campainha ou barulho no ouvido (zumbido) Perder audiccedilatildeo ainda que temporariamente apoacutes exposiccedilatildeo a som intenso

Conheccedila os principais niacuteveis sonoros

NIacuteVEL EM DECIBEacuteIS (DB) SONS

30 Sussurro

50 Chuva escritoacuterio tranquilo geladeira

60 Conversa maacutequina de lavar louccedilas

70 Tracircnsito aspirador de poacute restaurantes

80 Alarme de reloacutegio metrocirc apito de induacutestria

90 Barbeador eleacutetrico cortador de grama

100 Caminhatildeo serra eleacutetrica aparelhos de som

110 Show de rock boate motoserra

120 Turbina de aviatildeo danceteriasboates MP3

140 Tiro alarmes de ataque aeacutereo

180 Decolagem de foguete

lsquoSons de 85dB acima por tempo prolongado levam agrave perda de audiccedilatildeo

72

APEcircNDICES

Apecircndice I

DADOS DOS 134 PARTICIPANTES

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

1 EHF 14 Masculino

2 CC 14 Feminino

3 AJA 15 Masculino

4 ACAP 14 Feminino

5 AAR 15 Masculino

6 AGAG 15 Feminino

7 AAL 14 Masculino

8 AK 14 Masculino

9 ALA 15 Masculino

10 GMB 14 Feminino

11 ACGP 15 Feminino

12 BBU 16 Masculino

13 FLPM 14 Masculino

14 AJS 15 Feminino

15 AMM 14 Feminino

16 ALASF 15 Feminino

17 CSC 14 Feminino

18 CBB 14 Feminino

19 ALHA 14 Masculino

20 FJ 14 Masculino

21 CHDS 15 Masculino

22 CYF 14 Feminino

23 ASX 15 Feminino

24 AFC 14 Feminino

25 APJ 15 Masculino

26 ALCG 15 Feminino

27 AH 14 Masculino

28 BVR 15 Feminino

29 ACBR 15 Feminino

30 ASS 14 Feminino

31 CMP 14 Feminino

32 ACSR 14 Feminino

33 BGV 15 Feminino

34 ABV 16 Feminino

35 GF 14 Masculino

36 CLR 14 Feminino

37 ASF 15 Feminino

38 BRMA 14 Feminino

39 AKDB 15 Masculino

40 DM 15 Feminino

41 ALPC 15 Feminino

42 AP 15 Feminino

43 BB 15 Feminino

44 AAGO 15 Masculino

45 BF 15 Feminino

46 BAGFL 15 Masculino

73

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

47 MGP 16 Masculino

48 LCM 17 Masculino

49 YFV 17 Masculino

50 CFLD 17 Feminino

51 NEF 16 Feminino

52 GPL 18 Masculino

53 HAL 17 Masculino

54 RG 17 Feminino

55 DKGM 16 Feminino

56 FBC 17 Masculino

57 PESP 16 Masculino

58 AOU 17 Feminino

59 FDC 17 Masculino

60 BPF 17 Feminino

61 CL 17 Feminino

62 RAP 18 Masculino

63 JVSB 17 Feminino

64 SVO 17 Feminino

65 DTC 17 Feminino

66 RRR 17 Masculino

67 AKLCDA 17 Feminino

68 FRMSRS 17 Masculino

69 NFS 17 Feminino

70 IRM 17 Feminino

71 JG 17 Feminino

72 GPF 17 Masculino

73 LFTL 17 Feminino

74 LLC 17 Feminino

75 PHGDO 17 Masculino

76 VRR 17 Masculino

77 MGB 17 Feminino

78 JCTP 17 Masculino

79 NMMC 17 Feminino

80 PVCG 15 Masculino

81 BVM 15 Masculino

82 MHM 15 Masculino

83 LGR 14 Feminino

84 SHSA 14 Masculino

85 HRSL 14 Masculino

86 MAV 15 Feminino

87 HASN 14 Masculino

88 TC 15 Feminino

89 JM 15 Feminino

90 RV 15 Feminino

91 MM 15 Masculino

92 MMG 14 Feminino

93 CF 16 Feminino

94 MFF 15 Feminino

95 JVLR 15 Masculino

96 DF 15 Feminino

97 GFO 14 Feminino

98 LG 14 Masculino

99 JPCC 15 Masculino

74

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO IDADE GEcircNERO

100 LY 15 Masculino

101 JBVT 15 Masculino

102 MS 16 Masculino

103 MVO 15 Masculino

104 MLC 15 Masculino

105 TSC 15 Masculino

106 HF 15 Masculino

107 LTQC 15 Feminino

108 MMM 16 Feminino

109 PBV 15 Masculino

110 DCB 15 Masculino

111 DMM 15 Masculino

112 JB 15 Feminino

113 IPFC 14 Feminino

114 IAQ 14 Feminino

115 GD 15 Feminino

116 ISO 15 Feminino

117 EF 14 Feminino

118 JOM 14 Feminino

119 FCFM 15 Feminino

120 IAPE 15 Feminino

121 GFBR 14 Feminino

122 ELBS 15 Feminino

123 FLM 15 Masculino

124 GMP 15 Feminino

125 JALCR 15 Feminino

126 FPS 15 Feminino

127 NMCLGB 14 Feminino

128 LKM 15 Feminino

129 GHCM 14 Masculino

130 NBS 15 Masculino

131 DRM 14 Feminino

132 IF 14 Feminino

133 GMS 14 Masculino

134 LAS 15 Feminino

75

Apecircndice II

Resultados das EOAT das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF FALHA FALHA FALHA

2 CC FALHA FALHA FALHA

3 AJA FALHA FALHA FALHA

4 ACAP FALHA FALHA FALHA

5 AAR FALHA FALHA FALHA

6 AGAG FALHA FALHA FALHA

7 AAL FALHA FALHA FALHA

8 AK FALHA FALHA FALHA

9 ALA FALHA FALHA FALHA

10 GMB PASSA PASSA PASSA

11 ACGP PASSA PASSA PASSA

12 BBU FALHA FALHA FALHA

13 FLPM PASSA PASSA PASSA

14 AJS FALHA FALHA FALHA

15 AMM FALHA FALHA FALHA

16 ALASF PASSA PASSA PASSA

17 CSC FALHA FALHA FALHA

18 CBB PASSA PASSA PASSA

19 ALHA FALHA FALHA FALHA

20 FJ FALHA FALHA FALHA

21 CHDS PASSA PASSA PASSA

22 CYF FALHA FALHA FALHA

23 ASX FALHA FALHA FALHA

24 AFC FALHA PASSA FALHA

25 APJ PASSA FALHA FALHA

26 ALCG PASSA FALHA FALHA

27 AH FALHA PASSA FALHA

28 BVR FALHA FALHA FALHA

29 ACBR PASSA FALHA FALHA

30 ASS FALHA FALHA FALHA

31 CMP FALHA FALHA FALHA

32 ACSR FALHA FALHA FALHA

33 BGV PASSA PASSA PASSA

34 ABV PASSA PASSA PASSA

35 GF FALHA FALHA FALHA

36 CLR PASSA PASSA PASSA

37 ASF PASSA FALHA FALHA

38 BRMA PASSA FALHA FALHA

39 AKDB FALHA FALHA FALHA

40 DM FALHA FALHA FALHA

41 ALPC PASSA FALHA FALHA

42 AP FALHA FALHA FALHA

43 BB FALHA FALHA FALHA

44 AAGO FALHA FALHA FALHA

45 BF FALHA FALHA FALHA

46 BAGFL FALHA FALHA FALHA

47 MGP FALHA FALHA FALHA

76

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM FALHA FALHA FALHA

49 YFV FALHA FALHA FALHA

50 CFLD FALHA FALHA FALHA

51 NEF PASSA PASSA PASSA

52 GPL FALHA FALHA FALHA

53 HAL FALHA FALHA FALHA

54 RG FALHA FALHA FALHA

55 DKGM FALHA PASSA FALHA

56 FBC FALHA FALHA FALHA

57 PESP FALHA FALHA FALHA

58 AOU FALHA PASSA FALHA

59 FDC FALHA PASSA FALHA

60 BPF FALHA FALHA FALHA

61 CL FALHA FALHA FALHA

62 RAP FALHA FALHA FALHA

63 JVSB PASSA PASSA PASSA

64 SVO FALHA PASSA FALHA

65 DTC FALHA FALHA FALHA

66 RRR FALHA FALHA FALHA

67 AKLCDA PASSA PASSA PASSA

68 FRMSRS FALHA FALHA FALHA

69 NFS PASSA PASSA PASSA

70 IRM FALHA FALHA FALHA

71 JG FALHA PASSA FALHA

72 GPF FALHA FALHA FALHA

73 LFTL PASSA PASSA PASSA

74 LLC FALHA FALHA FALHA

75 PHGDO FALHA FALHA FALHA

76 VRR FALHA FALHA FALHA

77 MGB FALHA FALHA FALHA

78 JCTP FALHA FALHA FALHA

79 NMMC PASSA FALHA FALHA

80 PVCG PASSA FALHA FALHA

81 BVM FALHA FALHA FALHA

82 MHM FALHA FALHA FALHA

83 LGR FALHA FALHA FALHA

84 SHSA PASSA PASSA PASSA

85 HRSL FALHA FALHA FALHA

86 MAV PASSA PASSA PASSA

87 HASN FALHA FALHA FALHA

88 TC PASSA PASSA PASSA

89 JM FALHA PASSA FALHA

90 RV FALHA PASSA FALHA

91 MM FALHA FALHA FALHA

92 MMG FALHA FALHA FALHA

93 CF FALHA FALHA FALHA

94 MFF PASSA PASSA PASSA

95 JVLR FALHA FALHA FALHA

96 DF PASSA PASSA PASSA

97 GFO PASSA PASSA PASSA

98 LG FALHA FALHA FALHA

99 JPCC FALHA FALHA FALHA

100 LY FALHA FALHA FALHA

77

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT FALHA FALHA FALHA

102 MS FALHA FALHA FALHA

103 MVO PASSA PASSA PASSA

104 MLC FALHA FALHA FALHA

105 TSC FALHA FALHA FALHA

106 HF FALHA PASSA FALHA

107 LTQC PASSA PASSA PASSA

108 MMM PASSA PASSA PASSA

109 PBV FALHA FALHA FALHA

110 DCB FALHA FALHA FALHA

111 DMM FALHA PASSA FALHA

112 JB PASSA FALHA FALHA

113 IPFC FALHA FALHA FALHA

114 IAQ FALHA FALHA FALHA

115 GD PASSA FALHA FALHA

116 ISO PASSA FALHA FALHA

117 EF PASSA PASSA FALHA

118 JOM FALHA FALHA FALHA

119 FCFM PASSA PASSA PASSA

120 IAPE FALHA FALHA FALHA

121 GFBR FALHA PASSA FALHA

122 ELBS FALHA FALHA FALHA

123 FLM FALHA FALHA FALHA

124 GMP PASSA FALHA FALHA

125 JALCR FALHA FALHA FALHA

126 FPS PASSA FALHA FALHA

127 NMCLGB FALHA FALHA FALHA

128 LKM PASSA PASSA PASSA

129 GHCM FALHA FALHA FALHA

130 NBS FALHA FALHA FALHA

131 DRM PASSA PASSA PASSA

132 IF FALHA FALHA FALHA

133 GMS FALHA FALHA FALHA

134 LAS FALHA FALHA FALHA

78

Apecircndice III

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF -4 -5 -6 -1 -12 3 -16 4 -19 -1 -22 -4

2 CC 8 15 0 16 -6 17 -16 7 -9 16 -9 14

3 AJA -3 7 -14 4 -10 9 -14 9 -14 10 -18 5

4 ACAP -2 1 -9 -2 -11 5 -5 14 -7 10 -14 1

5 AAR -8 -1 -11 5 -17 4 -20 2 -17 8 -14 4

6 AGAG 2 7 -7 5 -9 10 -10 8 -8 10 -11 14

7 AAL -2 8 -7 8 -12 10 -18 6 -16 6 -17 2

8 AK 2 14 -3 10 -12 4 -11 10 -11 6 -10 5

9 ALA 0 9 -2 9 -8 16 -10 11 -13 8 -19 2

10 GMB 8 9 1 8 -1 16 -10 11 -4 17 -9 10

11 ACGP 1 10 0 12 -6 13 -1 24 -6 18 -5 14

12 BBU -3 9 -4 13 -6 22 -9 19 -14 10 -17 3

13 FLPM 6 12 3 14 0 21 -11 11 -9 11 -6 11

14 AJS -5 3 -8 6 -20 -1 -18 6 -10 15 -17 4

15 AMM -1 -3 -8 -1 -13 3 -13 -3 -10 2 -12 1

16 ALASF 10 13 5 13 -7 12 -7 12 -7 8 -5 9

17 CSC 4 15 -11 -1 -3 18 -7 16 -5 13 -13 8

18 CBB 10 10 6 11 1 13 6 18 6 20 5 22

19 ALHA -5 2 -10 5 -16 2 -16 9 -11 11 -13 7

20 FJ -3 4 -6 12 -13 7 -9 16 -1 25 -8 21

21 CHDS 6 6 3 13 -4 8 -5 14 0 17 -2 12

22 CYF -2 8 -4 16 -17 8 -15 10 -12 13 -16 7

23 ASX -2 8 2 17 -3 19 -12 16 -20 3 -16 6

24 AFC 4 10 0 10 -6 14 -14 5 -12 12 -8 14

25 APJ 2 12 -2 10 -9 13 -11 12 -8 16 -12 9

26 ALCG 13 9 4 6 2 13 -2 12 -5 11 -3 12

27 AH -2 4 -3 12 -7 14 -13 7 -4 17 -9 12

28 BVR -1 6 -5 10 -17 7 -24 4 -18 5 -24 -1

29 ACBR -2 6 -2 12 -6 15 -12 14 -9 17 -11 10

30 ASS 4 3 0 5 -11 -2 -11 9 -12 4 -11 2

31 CMP 1 5 -1 6 -9 5 -12 4 -12 3 -6 10

32 ACSR -5 7 -4 11 -13 5 -15 10 -14 8 -16 6

33 BGV 8 14 4 16 -11 6 -10 11 -8 12 -11 10

34 ABV 5 6 2 10 4 25 5 22 3 22 -5 9

35 GF 1 11 -4 10 -9 14 -12 11 -22 1 -19 0

36 CLR 4 7 2 11 -3 11 -3 16 -3 17 -1 14

37 ASF 9 9 11 22 6 18 0 23 2 20 0 16

38 BRMA 3 9 -6 9 -6 10 -10 12 -7 11 -8 10

39 AKDB 3 20 0 18 -11 11 -18 12 -18 8 -16 4

40 DM -4 3 -12 0 -16 0 -15 5 -16 -1 -14 -2

41 ALPC 12 19 -1 9 -7 11 -10 12 -12 8 -6 12

42 AP -5 2 -11 1 -21 -2 -14 1 -12 1 -18 -2

43 BB -2 12 -3 15 -13 6 -12 17 -2 26 -8 15

44 AAGO 1 13 -11 3 -14 5 -20 0 -18 -1 -19 -2

45 BF 8 10 -1 10 -11 6 -17 10 -7 12 -10 11

46 BAGFL 0 6 -12 5 -16 2 -6 20 -10 17 -18 5

79

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

47 MGP 1 11 -1 13 -4 13 -9 14 -7 19 -13 4

48 LCM -4 7 -16 -2 -15 4 -19 4 -18 -2 -15 1

49 YFV 2 6 -2 8 -17 0 -12 2 -14 -1 -15 0

50 CFLD -3 2 -10 -1 -3 17 -7 15 -5 14 -10 5

51 NEF -2 7 -3 10 -2 20 0 19 -1 18 -9 7

52 GPL 2 14 -7 9 -10 11 -9 14 -11 5 -14 -1

53 HAL -1 7 -10 8 -10 6 -13 5 -11 12 -15 3

54 RG 1 13 -4 10 -6 11 -15 8 -16 7 -15 3

55 DKGM 3 14 -2 13 -6 15 -11 9 -6 13 -12 5

56 FBC 0 2 -4 7 -5 10 -7 12 -5 9 -12 -3

57 PESP 9 22 -2 14 -13 5 -4 16 0 22 -6 9

58 AOU 2 12 -4 8 -8 8 -12 5 -8 5 -7 4

59 FDC -6 -3 -12 1 -15 3 -15 2 -10 4 -17 -7

60 BPF 6 16 -8 6 -6 14 -8 16 -5 11 -8 5

61 CL -8 7 -9 8 -11 11 -13 11 -13 9 -16 2

62 RAP 0 1 -5 0 -9 5 -14 0 -11 -2 -10 0

63 JVSB 5 10 2 12 3 15 -6 12 2 15 1 11

64 SVO -1 8 -1 12 2 20 -3 14 -5 9 -6 2

65 DTC 2 7 -4 3 -12 6 -9 9 -10 10 -10 5

66 RRR -6 0 -4 10 -11 8 -14 8 -14 7 -18 2

67 AKLCDA 3 13 -3 9 -1 14 -5 14 -5 10 -6 6

68 FRMSRS 1 6 -7 4 -8 14 -6 14 -18 -1 -16 1

69 NFS 11 13 2 10 -6 9 -8 9 -2 17 -7 9

70 IRM 7 14 -1 13 -7 12 -5 14 -7 9 -9 2

71 JG 3 16 -1 19 -1 20 -3 23 -9 14 -17 3

72 GPF -4 5 -15 -1 -12 5 -13 9 -9 8 -20 0

73 LFTL -4 10 -8 9 -3 13 -2 18 -3 12 -9 9

74 LLC 1 6 -3 9 -4 12 -4 11 -12 5 -14 3

75 PHGDO -2 3 -5 4 -11 2 -19 1 -19 -3 -14 4

76 VRR -6 3 -7 8 -6 10 -12 8 -16 5 -13 1

77 MGB 1 9 -4 1 -9 1 -10 1 -9 7 -10 2

78 JCTP 0 12 -12 5 -16 7 -19 1 -19 1 -14 -1

79 NMMC 1 8 1 11 -6 10 -5 16 -8 9 -10 6

80 PVCG -7 8 -7 10 -6 17 -6 18 -6 14 -8 15

81 BVM -9 0 -18 -4 -23 -3 -20 3 -19 2 -13 3

82 MHM -7 4 -9 7 -20 0 -11 12 -12 10 -9 11

83 LGR 3 13 -6 8 -4 14 -17 11 -6 17 -15 4

84 SHSA 7 14 -5 8 -2 17 5 21 -2 15 -7 7

85 HRSL -7 -2 -10 7 -19 0 -22 2 -25 -2 -15 4

86 MAV -1 13 -2 9 -6 10 -7 11 2 17 -1 15

87 HASN -4 3 -1 14 -12 10 -16 3 -17 -2 -14 8

88 TC 5 13 1 16 -2 15 -5 16 -1 19 -7 7

89 JM 5 5 2 5 -2 8 0 13 -3 9 -3 7

90 RV 0 8 4 13 -1 14 1 19 2 19 -8 1

91 MM -7 8 -12 8 -13 11 -14 13 -14 11 -17 5

92 MMG -5 7 -8 9 -17 6 -8 10 -12 6 -16 -1

93 CF -4 12 -14 3 -13 12 -17 6 -21 -2 -15 5

94 MFF 4 11 6 16 -2 13 -1 16 -5 7 1 12

95 JVLR -5 9 -8 9 -7 16 -13 10 -15 9 -16 5

96 DF 5 18 -4 22 13 16 -12 13 -11 13 -11 10

97 GFO -4 6 -3 16 -8 9 -5 14 -8 10 -9 8

98 LG -3 9 -8 10 -5 18 -11 16 -6 15 -12 8

80

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

99 JPCC 19 5 4 -2 4 0 -13 2 -10 -1 -8 3

100 LY -8 -2 -10 5 -8 10 -12 8 -13 6 -16 1

101 JBVT 4 -1 2 8 -10 3 -5 11 -4 14 -15 0

102 MS 3 17 -6 11 -13 9 -15 11 -18 3 -18 0

103 MVO 0 7 -7 6 -2 17 -5 18 -8 8 -9 7

104 MLC -14 3 -10 12 -15 8 -21 4 -19 1 -20 -2

105 TSC -9 1 -12 6 -12 10 -9 15 -15 3 -15 6

106 HF 6 13 5 16 -5 16 -10 12 -6 9 -13 -1

107 LTQC 7 13 2 11 2 17 7 28 9 29 1 16

108 MMM -4 11 -5 16 -12 14 -11 14 -2 22 -6 11

109 PBV -11 10 -4 18 -13 11 -19 6 -18 8 -20 -1

110 DCB -12 -5 -10 -1 -14 7 -20 3 -22 -2 -12 7

111 DMM -2 3 -4 8 -9 9 -10 7 -4 16 -6 12

112 JB 6 14 -2 7 -5 11 -7 10 -6 11 -4 12

113 IPFC 5 5 -2 3 -7 1 -13 -4 -10 5 -13 4

114 IAQ 8 0 -3 -1 -9 2 -10 1 -8 0 -1 1

115 GD -5 7 -6 7 -4 18 -7 16 -8 11 -8 13

116 ISO -1 7 -4 15 -11 9 -6 18 -4 16 -3 21

117 EF 7 18 6 24 -9 15 1 25 -7 18 -11 9

118 JOM 0 5 -2 8 -16 3 -12 10 -7 14 -1 18

119 FCFM 1 13 6 17 -3 10 -5 15 -4 9 -3 8

120 IAPE -2 6 -12 2 -24 -3 -24 -1 -18 -3 -15 -2

121 GFBR 4 16 -1 19 -10 10 -15 7 -17 6 -9 8

122 ELBS -5 6 -10 6 -16 5 -24 1 -17 4 -16 5

123 FLM -9 6 -14 1 -9 10 -16 4 -13 9 -13 7

124 GMP 5 17 4 15 -7 12 -3 22 13 12 -4 15

125 JALCR -3 4 -11 4 -10 12 -17 10 -8 14 -11 8

126 FPS 10 16 9 20 -1 11 1 17 0 13 5 7

127 NMCLGB -6 7 -3 17 -7 17 -11 12 -13 9 -20 0

128 LKM -3 9 -1 12 -5 15 -2 17 -5 16 -8 6

129 GHCM -2 3 -6 7 -13 5 13 10 15 6 -22 -1

130 NBS 1 4 -6 8 -11 6 -13 11 -13 5 -21 -1

131 DRM 13 22 1 16 -1 22 -12 12 -4 17 5 24

132 IF 18 -6 -15 5 -16 7 -22 3 -18 1 -16 0

133 GMS -3 1 -7 2 -12 7 19 2 -12 5 -16 2

134 LAS -7 -2 -13 -2 15 9 -21 7 -19 3 19 0

81

Apecircndice IV

Resultados das EOAT segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 13 2 0 -1 -14 -3 -18 -3 -12 -1 -15 2

2 CC 5 15 -1 17 -3 20 -7 15 -7 9 -15 5

3 AJA 3 16 -12 3 -14 11 -11 13 -10 7 -14 6

4 ACAP 1 5 -6 3 -8 5 -13 10 -6 9 -16 -1

5 AAR -4 1 -11 1 -14 5 -13 7 -17 0 -18 2

6 AGAG 1 12 -1 14 -9 11 -13 9 -11 8 -7 12

7 AAL 0 6 -3 12 -8 11 -18 3 -10 10 -12 10

8 AK -2 5 2 14 -7 11 -12 8 -12 5 -9 7

9 ALA -2 4 0 12 -5 14 -18 3 -18 2 -19 2

10 GMB 6 11 -2 12 -1 20 1 21 -2 17 -9 9

11 ACGP 4 8 -2 9 -3 16 -8 15 -2 17 -2 15

12 BBU 3 5 -6 8 -9 11 -15 10 -8 15 -14 9

13 FLPM 5 10 -6 6 -3 15 0 22 2 22 2 25

14 AJS -6 3 -6 7 -17 5 -26 -1 -20 2 -14 3

15 AMM 4 8 -6 5 -10 10 -15 9 -8 16 -12 5

16 ALASF 11 13 6 14 -1 13 -1 16 -2 13 -1 16

17 CSC -7 3 -4 7 -7 11 -18 -1 -21 -4 -17 -2

18 CBB 10 9 9 16 4 21 1 17 4 19 4 19

19 ALHA -2 4 -8 3 -12 8 -14 9 -9 9 -12 18

20 FJ 2 5 -4 4 -1 8 -2 12 -6 0 -2 2

21 CHDS 9 11 3 10 -7 10 -8 8 -6 13 -3 12

22 CYF 1 10 -2 18 -9 18 -13 11 -4 16 -14 6

23 ASX 6 19 4 19 -11 11 -12 10 -9 2 -12 8

24 AFC 7 8 -1 8 -6 12 -6 12 1 17 -1 14

25 APJ 6 15 -4 8 -9 11 -7 14 -20 -1 -19 0

26 ALCG 8 4 5 10 -2 8 2 16 -4 10 -3 9

27 AH 5 13 3 18 -9 7 -12 8 2 23 -8 14

28 BVR 1 13 -16 13 -17 2 -19 7 -20 3 -22 -1

29 ACBR -4 5 -3 10 -12 6 -13 8 -15 5 -22 -2

30 ASS 3 15 -4 12 -4 19 -8 12 -14 2 -16 2

31 CMP 11 4 -2 -4 -6 4 -11 4 -5 5 -6 1

32 ACSR -1 4 -2 16 -2 18 -6 16 -15 7 -12 6

33 BGV 8 16 4 16 -4 17 -10 13 -8 10 -12 13

34 ABV 4 9 6 18 -1 15 -3 16 3 13 0 16

35 GF -1 12 -1 17 -13 10 -20 9 -25 -2 -18 -1

36 CLR 4 11 3 13 -5 10 1 21 -7 9 -3 11

37 ASF 26 -2 13 3 0 0 2 10 2 8 -3 5

38 BRMA 7 15 2 14 -6 18 -13 15 -3 18 -8 12

39 AKDB 4 16 3 23 -2 22 -13 14 -13 12 -15 6

40 DM -3 -2 -9 -1 -23 -4 -21 -2 -19 -4 -19 -1

41 ALPC 11 15 9 16 -7 10 -2 17 -5 7 -9 4

42 AP -7 -6 -8 2 -15 2 -16 -2 -15 2 -17 -3

43 BB 9 4 5 10 -3 5 -11 5 0 15 -9 6

44 AAGO -1 7 -13 0 -11 9 -16 1 -12 5 -17 -2

45 BF 11 1 3 4 -3 4 -9 5 0 10 -6 2

46 BAGFL -1 7 -5 10 -16 4 -15 9 -12 13 -9 11

47 MGP 9 21 -2 10 -7 10 -13 4 -12 4 -13 1

82

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM -7 6 -7 12 -18 3 -16 5 -13 10 -16 -1

49 YFV 5 3 -1 2 -9 0 -8 1 -8 1 -13 -4

50 CFLD 0 14 -13 2 -10 11 -11 15 -15 7 -18 4

51 NEF 0 12 -6 10 -8 9 0 20 -1 15 -8 8

52 GPL 5 18 -4 13 -8 11 -8 14 -9 9 -13 4

53 HAL 4 12 -6 8 -14 10 -18 3 -15 11 17 3

54 RG 3 11 0 15 -4 17 -10 13 -14 5 -16 0

55 DKGM 2 10 5 23 3 26 -3 19 -5 14 -10 7

56 FBC 4 14 3 16 -5 19 -11 9 -1 16 -8 5

57 PESP 5 16 7 16 -2 8 -14 -3 -4 16 -3 17

58 AOU 3 15 -6 11 -10 10 -3 18 -1 19 -8 11

59 FDC 1 12 0 16 -9 13 -12 11 -10 12 -11 6

60 BPF 2 15 1 17 -10 10 -14 7 -12 12 -9 9

61 CL -10 3 -20 0 -20 6 -18 5 -16 3 -17 -2

62 RAP -13 -3 -14 0 -16 2 -19 4 -16 4 -18 -3

63 JVSB 9 10 5 14 2 15 6 22 2 17 0 14

64 SVO -2 13 6 23 -1 21 -2 19 -2 18 -5 7

65 DTC 1 15 1 21 2 25 -4 18 -2 19 -13 4

66 RRR 0 11 -8 10 -10 12 -17 7 -14 8 -20 -1

67 AKLCDA 8 18 -1 13 -1 18 -2 17 -6 9 -6 8

68 FRMSRS -1 4 -5 10 -14 8 -11 12 -19 1 -19 -3

69 NFS 8 11 6 17 -3 13 0 18 -3 14 2 16

70 IRM 4 14 -6 7 -9 8 -19 1 -14 3 -12 -2

71 JG 6 22 -1 23 -4 22 -4 19 -7 17 -10 9

72 GPF -4 9 -10 6 -15 2 -15 4 -13 6 -14 2

73 LFTL -1 8 1 13 -8 10 -4 14 -3 15 -8 10

74 LLC 2 5 -2 10 -8 8 -7 13 -12 7 -17 0

75 PHGDO -4 15 -13 9 -14 13 -13 13 -13 10 -17 1

76 VRR -7 3 -8 3 -7 15 -6 11 -9 6 -12 -1

77 MGB -3 4 -6 3 -5 9 -7 11 -7 10 -13 1

78 JCTP -3 13 -10 9 -16 7 -17 2 -22 -3 -18 -2

79 NMMC 7 15 -4 8 -3 15 2 20 -11 5 -19 0

80 PVCG -1 13 -5 10 -6 17 -13 11 -3 15 -12 4

81 BVM -8 9 -16 2 -26 -5 -12 14 -8 15 -11 8

82 MHM -6 4 -11 10 -8 14 -10 8 -15 7 -16 9

83 LGR 4 9 -6 7 -4 15 -17 8 -6 12 -16 4

84 SHSA 5 12 1 12 5 21 -4 12 -6 9 -3 9

85 HRSL -8 2 -12 3 -14 6 -17 10 -20 -3 -19 0

86 MAV -1 6 2 16 0 19 4 23 -4 19 -3 9

87 HASN -1 6 -1 8 -6 11 -13 7 -10 9 -11 6

88 TC 5 15 3 15 3 20 -8 9 1 13 -5 7

89 JM 4 7 2 10 -2 13 2 16 2 17 -6 11

90 RV 4 9 1 12 6 20 0 17 2 14 -3 9

91 MM -8 12 -12 8 -13 10 -15 13 -14 8 -15 5

92 MMG 6 23 4 21 0 21 -2 20 -13 10 -13 12

93 CF -7 6 -16 4 -17 2 -23 0 -18 4 -11 7

94 MFF 10 28 10 26 1 22 -7 15 -4 16 -10 6

95 JVLR -9 3 -3 16 -3 23 -6 17 -13 7 -8 9

96 DF 9 17 4 16 -9 9 -6 10 -3 16 -3 15

97 GFO 7 18 -4 14 -2 23 2 21 -6 15 -9 6

98 LG 3 13 -5 7 -2 19 -5 20 -3 21 -2 19

99 JPCC 21 3 4 -2 -4 2 -9 3 -12 -4 -9 -2

83

15 KHz 2KHz 25KHz 3KHz 35KHz 4KHz

Sujeito Identificaccedilatildeo AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -4 3 -3 10 -10 10 -12 9 -8 12 -17 0

101 JBVT 2 9 -9 3 -9 11 -11 10 -10 9 -18 3

102 MS 5 16 -4 15 -7 16 -10 16 -14 7 -21 -4

103 MVO -1 10 -2 11 -9 8 -4 17 1 19 -2 10

104 MLC -10 1 -14 -1 -22 -2 -19 1 -20 3 -17 1

105 TSC -3 5 -5 8 -15 2 -20 -4 -15 4 -14 -1

106 HF 13 14 6 18 0 16 0 19 -8 13 -8 6

107 LTQC 8 16 3 12 0 18 -2 21 -2 16 -2 10

108 MMM -1 17 -7 13 -8 11 -2 22 -9 12 -9 7

109 PBV -6 14 -12 5 -14 11 -18 9 -19 3 -16 -1

110 DCB -6 4 -7 8 -12 8 -12 14 -12 9 -16 3

111 DMM 7 14 -2 12 -12 8 -9 16 -7 13 -5 17

112 JB 4 8 -4 8 -8 9 -8 11 -9 8 -11 4

113 IPFC 4 8 -6 4 -10 6 -14 3 -7 11 -14 6

114 IAQ 1 -1 -6 3 -9 9 -7 10 -13 4 -11 0

115 GD -2 1 -5 9 -10 8 -10 11 -13 4 -12 7

116 ISO -3 2 -9 5 -11 6 -10 9 -12 12 -13 4

117 EF 8 16 5 18 4 21 -1 21 -2 15 -4 9

118 JOM 0 7 -2 9 -4 17 -7 12 -8 15 -17 7

119 FCFM 4 16 3 15 2 15 3 20 0 15 -2 13

120 IAPE -5 -3 -9 3 -14 6 -9 10 -9 12 -11 6

121 GFBR -5 12 -2 16 -4 19 -6 18 -7 15 -12 6

122 ELBS -3 6 -10 10 -16 7 -20 2 -15 8 -17 5

123 FLM -1 15 -7 13 -7 16 -8 17 -15 3 -8 12

124 GMP 12 7 4 11 -2 13 -17 7 -2 23 -2 15

125 JALCR 5 5 -3 4 -8 7 -9 13 -9 10 -11 5

126 FPS 12 26 6 20 -9 13 -17 8 -18 -1 -16 0

127 NMCLGB 1 17 -3 16 -6 13 -10 10 -16 3 -20 -5

128 LKM -3 8 4 21 0 23 -1 22 4 25 -1 20

129 GHCM -4 6 -3 12 -14 7 -11 14 -16 1 -17 3

130 NBS 3 5 -2 14 -15 6 -19 6 -19 5 -19 3

131 DRM 9 18 10 20 -1 21 -4 16 7 25 1 10

132 IF -14 -6 -14 -5 -13 5 -15 7 -13 1 -10 0

133 GMS 0 3 -2 11 -12 7 -18 1 -12 5 -11 7

134 LAS -9 -2 -7 7 -13 8 -15 14 -20 2 -17 3

84

Apecircndice V

Resultados das EOAPD das orelhas esquerda e direita dos 134 participantes no criteacuterio ldquoPassaFalhardquo

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Falha Falha Falha

11 ACGP Falha Falha Falha

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Falha Falha Falha

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF passa passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Falha Falha Falha

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Falha Falha Falha

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Falha Falha Falha

34 ABV Falha passa Falha

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Falha passa Falha

37 ASF passa Falha Falha

38 BRMA Falha passa Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM passa Falha Falha

41 ALPC passa passa Passa

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha passa Falha

85

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

51 NEF Falha Falha Falha

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Falha Falha Falha

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Falha Falha Falha

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS passa passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Falha Falha Falha

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Falha Falha Falha

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Falha Falha Falha

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Falha Falha Falha

89 JM Falha Falha Falha

90 RV passa Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF passa Falha Falha

95 JVLR passa Falha Falha

96 DF Falha Falha Falha

97 GFO passa Falha Falha

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

86

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO OE OD PASSAFALHA

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Falha Falha Falha

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Falha Falha Falha

108 MMM Falha Falha Falha

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Falha falha Falha

120 IAPE Falha falha Falha

121 GFBR Falha falha Falha

122 ELBS Falha falha Falha

123 FLM Falha falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha passa Falha

126 FPS Falha falha Falha

127 NMCLGB Falha passa Falha

128 LKM Falha falha Falha

129 GHCM Falha falha Falha

130 NBS passa Falha Falha

131 DRM passa falha Falha

132 IF Falha falha Falha

133 GMS Falha falha Falha

134 LAS Falha passa Falha

87

Apecircndice VI

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e relaccedilatildeo SR da Orelha Esquerda

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 12 8 3 11 -3 17 -1 19 -5 6 -19 -2

2 CC 15 23 8 28 10 30 -8 8 -12 1 3 14

3 AJA -3 8 -3 17 -12 8 -9 9 10 21 -20 -2

4 ACAP 3 3 -2 15 -7 13 -8 12 -1 12 -9 6

5 AAR 0 5 4 24 -6 14 -6 14 -9 7 -4 7

6 AGAG 5 8 6 25 1 20 1 12 6 17 -10 6

7 AAL 0 10 1 21 -1 19 -11 7 -1 14 -4 5

8 AK 13 25 -1 19 1 21 -8 10 7 22 -1 10

9 ALA 6 13 -1 19 -6 14 6 24 9 23 -8 12

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 13 20 5 25 11 31 1 20 7 21 -11 2

12 BBU 10 17 3 23 -5 15 -18 -4 -20 -6 -20 -8

13 FLPM 13 24 1 21 5 25 0 18 3 18 -20 -2

14 AJS 5 17 -3 17 -11 9 -15 4 -9 8 -14 3

15 AMM 6 10 9 29 7 27 -11 8 5 18 -14 -2

16 ALASF 17 18 6 23 3 23 1 20 5 25 2 18

17 CSC 11 13 8 28 4 24 6 23 2 17 -17 -3

18 CBB 10 11 15 35 -2 18 -15 3 -1 13 -20 -3

19 ALHA -2 7 -2 18 5 25 -9 11 1 13 -12 1

20 FJ 4 5 6 21 -2 13 1 5 -19 -10 -10 5

21 CHDS 18 6 9 29 5 25 6 26 5 14 -16 -2

22 CYF 7 22 0 20 -4 16 -20 -1 -8 7 -13 3

23 ASX 12 23 8 28 3 21 -8 10 2 18 -3 13

24 AFC 14 24 3 23 4 24 -8 10 1 14 3 18

25 APJ 12 20 3 20 0 17 3 22 10 22 -10 1

26 ALCG 18 14 10 30 9 26 -13 4 -9 2 1 14

27 AH -3 1 4 24 2 22 11 25 -7 6 -18 -2

28 BVR 4 12 -10 10 -20 0 -19 1 -20 -5 -20 -9

29 ACBR 9 6 2 22 6 26 0 14 -7 13 -14 2

30 ASS 3 -2 0 15 3 18 -1 6 -1 8 -2 9

31 CMP 22 5 12 7 14 12 22 17 23 21 -9 4

32 ACSR 4 9 -3 17 -5 15 -15 4 -1 17 -20 -8

33 BGV 6 5 4 24 -1 19 -15 4 1 16 -2 11

34 ABV 13 23 7 27 8 28 -10 10 3 17 -5 8

35 GF 6 5 5 25 0 20 7 19 12 26 -12 3

36 CLR 12 20 3 23 9 29 -6 8 -3 9 -5 2

37 ASF 15 13 4 21 13 29 1 12 14 28 3 15

38 BRMA 8 13 5 25 1 21 -7 13 -1 13 -7 13

39 AKDB 14 26 2 22 -5 15 -17 -1 5 21 -7 7

40 DM 9 18 3 23 5 25 -3 12 3 17 -4 12

41 ALPC 16 24 7 27 13 32 5 24 17 35 -3 11

42 AP 4 2 -9 11 -4 16 -20 -2 -8 8 -13 -2

43 BB 12 23 6 26 12 32 -10 7 1 15 -13 -2

44 AAGO -8 -9 -5 15 3 23 -8 9 -16 -1 -10 5

45 BF 19 7 3 14 -2 18 -7 5 -6 2 -4 12

46 BAGFL 4 8 -1 19 4 24 10 29 10 24 -20 -5

47 MGP 11 15 6 23 11 31 25 45 0 19 -9 2

88

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

48 LCM 3 11 -12 8 -2 18 4 24 -5 6 -15 3

49 YFV 5 20 -12 8 -19 1 -15 5 -13 6 -13 -1

50 CFLD 13 22 5 24 9 28 13 15 19 23 -7 5

51 NEF 12 27 7 27 7 27 8 23 15 28 -14 3

52 GPL 5 14 5 25 5 25 4 22 2 16 -14 3

53 HAL 3 12 4 24 -3 17 0 18 -12 3 -12 5

54 RG 8 8 -3 14 -6 14 -13 3 -20 -4 -8 3

55 DKGM 16 17 5 16 -1 19 -12 -3 3 22 -8 6

56 FBC 11 8 5 0 3 23 5 20 7 20 -11 0

57 PESP 14 21 -8 7 -7 9 -7 5 -8 2 -14 -1

58 AOU -8 3 1 21 2 22 -20 -4 -3 12 -19 -7

59 FDC -1 1 -1 15 -3 17 -2 14 1 11 -15 -1

60 BPF 7 18 6 23 1 21 -15 3 -8 8 -12 5

61 CL 2 2 -9 0 -2 12 -20 -10 2 6 -7 -1

62 RAP 12 7 -3 17 0 20 0 8 -2 7 -12 1

63 JVSB 8 9 4 23 5 25 -11 1 9 19 5 16

64 SVO 11 24 6 26 5 25 -7 1 8 25 -7 7

65 DTC 14 15 3 9 0 17 -5 5 -4 7 -10 4

66 RRR 11 17 5 25 7 27 10 25 11 24 -16 -3

67 AKLCDA 17 27 9 19 -1 19 -12 -2 -3 6 -2 12

68 FRMSRS 7 17 0 20 -10 10 -18 -2 -19 -5 -18 -8

69 NFS 13 18 6 24 7 25 -4 16 4 17 -3 12

70 IRM 3 4 4 14 -1 18 -10 1 -20 -12 -1 3

71 JG 14 6 4 11 -4 10 -14 -6 -3 12 -9 9

72 GPF 2 -1 -5 11 -6 14 -14 -5 4 9 -16 -6

73 LFTL 4 15 5 25 -1 19 0 20 3 19 -10 0

74 LLC 2 2 0 13 -9 11 -14 -9 -10 1 -20 -5

75 PHGDO 3 15 -6 14 -11 9 -13 1 -2 5 -19 -2

76 VRR 3 13 2 22 3 23 0 13 -1 11 -16 0

77 MGB -3 8 2 22 8 28 0 18 1 16 -6 7

78 JCTP 4 17 -1 19 -6 14 -16 2 -9 8 -10 10

79 NMMC 14 22 9 29 7 27 8 23 15 27 -11 1

80 PVCG 3 18 5 22 7 25 4 17 13 27 -9 3

81 BVM 3 2 -10 10 4 24 8 28 8 24 -17 -5

82 MHM 7 1 2 17 -8 12 3 23 6 19 -11 5

83 LGR 11 16 -3 27 -13 7 -9 7 0 10 -15 2

84 SHSA 12 15 4 18 2 14 4 17 5 13 -20 -13

85 HRSL -2 8 -4 16 -14 6 -20 -4 -10 6 -11 8

86 MAV 9 24 8 28 12 32 7 25 -8 4 -7 2

87 HASN 1 8 -2 18 -4 16 -5 14 0 17 -14 0

88 TC 14 28 5 25 1 21 1 20 1 15 -16 -2

89 JM 9 15 7 22 6 26 -7 12 7 23 -13 3

90 RV 16 20 11 25 9 21 15 33 21 33 1 14

91 MM 13 3 -2 1 4 24 10 27 1 12 -14 6

92 MMG -6 -4 -1 19 -12 6 -4 8 -5 6 -8 -1

93 CF 5 14 4 22 9 29 8 25 -6 5 -14 1

94 MFF 16 28 8 28 7 27 4 11 3 13 4 21

95 JVLR 5 6 5 22 6 23 8 26 16 24 -3 9

96 DF 10 18 3 23 4 24 -3 14 -3 14 -13 4

97 GFO 11 25 -1 19 3 23 -1 18 4 18 6 24

98 LG 9 20 4 24 1 21 -20 -16 -1 14 -11 0

99 JPCC 21 0 6 12 7 12 4 5 12 20 1 9

89

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

100 LY -3 9 0 20 -2 18 5 25 6 19 -10 9

101 JBVT 5 7 -1 19 0 20 -16 2 13 28 -2 15

102 MS 12 17 2 22 5 25 -9 8 -14 -4 -11 -2

103 MVO 6 21 4 24 7 27 6 21 12 21 -20 0

104 MLC -15 -16 -8 9 -20 0 -7 13 -20 -7 -14 0

105 TSC 3 11 -4 15 -9 11 -11 9 -16 -3 -18 -6

106 HF 13 23 -1 19 3 23 -8 7 -4 12 -10 3

107 LTQC 15 30 8 28 2 22 11 28 19 33 -15 -4

108 MMM -15 -6 -8 8 -20 0 -15 -8 -4 4 -8 0

109 PBV 3 16 -2 18 -1 19 -19 -2 -15 0 -20 -4

110 DCB -7 8 -5 15 -8 12 -20 0 -18 -4 -20 -4

111 DMM 10 20 7 27 1 21 -6 9 -3 9 -10 7

112 JB 7 11 1 15 -7 7 -16 7 2 11 -12 -5

113 IPFC 11 14 0 15 -1 19 -14 5 -13 -1 -11 5

114 IAQ 4 1 -6 3 -5 11 0 11 8 14 -11 3

115 GD 3 11 0 20 -4 16 -17 -3 1 11 -2 18

116 ISO 4 15 -1 19 -2 18 -6 10 4 20 -10 4

117 EF 17 25 8 28 6 26 -14 2 3 20 -3 12

118 JOM 5 11 -2 18 1 21 -17 3 1 15 -3 11

119 FCFM 15 23 9 29 10 30 12 29 3 23 -11 8

120 IAPE 8 0 5 3 1 16 -10 -10 3 3 -3 5

121 GFBR 11 23 4 24 0 20 -11 -1 3 20 -14 2

122 ELBS -3 -1 -1 19 -4 16 -12 -2 -3 11 -16 -4

123 FLM 8 21 1 21 -5 15 -13 6 -12 8 -11 3

124 GMP 12 16 4 24 8 28 6 21 14 30 -6 14

125 JALCR -4 9 0 20 5 25 -20 -7 1 13 3 15

126 FPS 18 33 10 30 2 22 -14 1 -3 17 -9 1

127 NMCLGB 7 22 -2 18 -2 18 -19 0 -14 2 -12 0

128 LKM 5 14 -2 18 -16 4 -16 -3 4 18 9 23

129 GHCM -5 -2 -10 10 -8 12 -4 14 7 23 -14 0

130 NBS 12 17 -3 17 -5 15 -3 12 10 20 -5 10

131 DRM 12 19 7 27 17 37 14 32 13 29 1 16

132 IF -1 14 5 24 -14 6 -15 4 -19 -6 -7 7

133 GMS 5 15 -6 14 -1 19 0 17 5 21 -16 0

134 LAS -7 6 -4 16 5 25 4 24 10 22 -5 8

90

Apecircndice VII

Resultados das EOAPD segundo a amplitude e a relaccedilatildeo SR da Orelha Direita

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

1 EHF 14 3 0 4 -5 8 0 14 -4 7 -20 -3

2 CC 13 23 3 23 8 28 -2 4 0 18 6 17

3 AJA 0 9 1 21 -4 16 0 15 10 24 -13 5

4 ACAP 8 15 0 17 1 21 -10 9 -8 10 -3 16

5 AAR 4 15 3 23 -17 3 -20 0 -16 -2 -7 9

6 AGAG 1 1 9 29 1 21 6 24 5 22 -9 5

7 AAL -5 3 0 20 -3 17 -20 -2 4 23 1 11

8 AK 10 17 3 23 -1 19 3 23 0 10 -6 5

9 ALA 7 5 -5 15 -5 15 -2 15 7 19 -15 -2

10 GMB 14 28 4 24 8 28 -7 13 9 23 0 15

11 ACGP 12 23 10 30 13 33 11 31 12 24 -11 3

12 BBU 8 13 -2 18 -5 15 -15 -1 -20 -6 -8 7

13 FLPM 10 18 2 22 8 28 -3 13 5 17 -11 0

14 AJS 9 15 -3 17 -15 5 11 9 -18 -2 -14 0

15 AMM 14 13 2 21 -3 17 -9 7 -4 14 -9 2

16 ALASF 18 24 9 29 9 29 -3 17 13 22 2 16

17 CSC 11 10 6 26 -5 10 -3 10 5 0 4 3

18 CBB 19 19 11 31 -7 13 -11 3 -18 2 -12 0

19 ALHA 33 8 -1 13 2 22 20 23 5 19 -7 6

20 FJ 12 13 11 20 -1 4 5 8 -14 -3 -14 -5

21 CHDS 13 20 12 24 2 21 7 17 12 15 -18 -8

22 CYF 6 15 3 23 0 20 -20 -5 1 6 -6 12

23 ASX 10 20 1 21 -3 17 -10 6 -6 7 5 9

24 AFC 17 28 1 21 4 24 -20 -5 7 26 2 16

25 APJ 12 13 0 20 -10 10 -14 -5 4 20 -12 -3

26 ALCG 14 11 -2 16 -4 16 -20 0 -10 4 -8 8

27 AH 8 11 3 23 2 22 8 28 -1 16 -18 -4

28 BVR 7 19 -12 8 -10 10 -20 -4 -20 -1 -5 15

29 ACBR 3 8 -1 19 -15 5 -5 12 -8 7 -19 -7

30 ASS -4 7 1 21 -7 13 -16 1 -11 9 -10 1

31 CMP 12 1 9 29 14 31 23 38 26 32 -5 8

32 ACSR 5 17 4 24 -5 15 -2 18 6 16 -15 0

33 BGV 10 18 6 25 0 20 -8 -2 6 22 -1 14

34 ABV 13 21 3 23 11 31 -1 15 3 21 4 21

35 GF 12 16 8 27 1 21 -3 17 10 22 -7 6

36 CLR 10 19 0 20 15 35 0 17 8 25 9 26

37 ASF 12 5 9 19 10 23 -2 10 8 16 0 7

38 BRMA 10 13 8 28 7 27 -3 14 8 28 1 16

39 AKDB 12 27 1 21 -5 15 2 10 6 23 -9 5

40 DM 15 14 2 18 2 22 -9 7 4 19 1 0

41 ALPC 15 11 6 18 11 30 3 19 16 30 4 14

42 AP 11 22 2 21 3 23 -20 -2 -1 10 -12 1

43 BB 7 4 7 26 14 34 -2 17 5 17 4 15

44 AAGO 2 5 2 22 1 21 -7 13 -5 9 -16 -5

45 BF 9 8 1 21 -15 3 -12 -4 -2 7 -8 3

46 BAGFL 9 14 -2 18 5 25 10 20 8 24 -20 -4

47 MGP 14 20 -2 16 5 25 2 22 15 31 4 21

48 LCM -5 -2 -6 14 -1 19 6 20 3 17 -16 0

91

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

49 YFV 4 5 -6 14 -20 0 -20 -2 -20 -3 -19 -7

50 CFLD 3 2 -2 18 4 18 7 12 17 24 -4 8

51 NEF 9 14 7 24 2 12 -8 -10 12 15 -4 0

52 GPL 13 20 1 21 2 22 10 28 12 26 -16 0

53 HAL 12 16 2 16 1 19 6 14 0 13 -6 5

54 RG 11 9 6 24 1 21 -20 -5 2 13 -9 0

55 DKGM 15 25 6 21 -4 14 -16 1 -15 0 -15 -1

56 FBC 7 20 5 25 1 21 2 17 6 22 -11 7

57 PESP 10 23 -4 16 -2 18 -12 8 2 22 -3 17

58 AOU 7 21 -2 18 4 24 -12 7 3 15 -3 10

59 FDC 6 17 0 20 -8 12 1 15 1 10 -13 7

60 BPF 13 26 1 21 1 21 -20 -9 -6 8 -20 -4

61 CL 1 6 -2 10 -9 5 -7 4 -10 -3 2 11

62 RAP 20 4 -14 -7 -9 11 8 21 -15 -3 -20 -4

63 JVSB 16 22 4 20 10 30 -8 8 1 16 7 23

64 SVO 12 15 3 21 3 23 -9 5 9 22 -20 -9

65 DTC 11 7 -1 15 -14 5 -16 0 -7 8 -6 9

66 RRR -11 -9 -3 11 -6 14 -1 12 -1 15 -15 -1

67 AKLCDA 9 15 7 23 0 17 4 9 10 18 -10 0

68 FRMSRS 12 5 2 2 -17 -13 -3 -2 -3 6 -14 -2

69 NFS 18 21 10 30 11 31 10 25 4 15 -1 13

70 IRM 12 19 -5 14 0 20 -9 -4 -2 13 -13 3

71 JG 8 8 9 26 3 23 -2 16 9 20 -20 -10

72 GPF 15 4 0 8 -3 10 -20 -15 1 12 -4 7

73 LFTL -7 -3 3 17 -2 18 5 21 8 18 -15 2

74 LLC 10 23 -4 16 -14 6 -20 0 -7 10 -17 -2

75 PHGDO 6 21 -1 19 -5 15 -16 10 9 26 -16 -2

76 VRR 5 -7 4 20 -1 19 -2 18 -8 7 -9 5

77 MGB -2 -1 -4 4 4 24 0 15 -3 9 -20 -6

78 JCTP 3 14 -1 19 -3 17 -15 5 3 20 -14 3

79 NMMC 16 24 7 27 7 27 -11 -4 3 18 -2 7

80 PVCG 9 22 7 27 5 25 5 24 10 27 -7 7

81 BVM 3 18 -2 18 3 23 -2 8 1 -1 -16 -6

82 MHM 4 13 0 20 -7 13 -5 10 -8 7 -14 0

83 LGR 2 4 -2 18 -11 9 -11 -8 4 16 -11 1

84 SHSA 12 18 7 24 5 21 8 6 -10 -2 4 2

85 HRSL 7 9 -5 14 -15 5 -20 -4 -13 2 -9 2

86 MAV 10 21 10 30 7 27 -14 5 -4 8 -12 -6

87 HASN 5 14 -5 15 0 20 1 15 6 18 -11 5

88 TC 13 20 1 21 -6 14 -7 3 -3 6 -11 0

89 JM 15 11 -5 8 -4 14 -5 8 6 23 -4 5

90 RV 14 2 14 18 10 30 7 22 12 19 12 17

91 MM -6 -3 1 19 9 29 11 27 16 27 -15 -4

92 MMG 13 28 5 25 -6 12 -20 -7 0 6 -4 -1

93 CF 6 14 4 24 9 29 15 35 9 27 -20 -3

94 MFF 12 27 3 23 2 22 0 18 9 22 -8 6

95 JVLR 3 2 8 27 4 22 -5 2 15 25 5 21

96 DF 17 27 8 28 7 26 -7 11 -7 10 1 18

97 GFO 9 7 3 21 6 26 -8 6 5 17 -2 10

98 LG 9 15 7 27 -5 15 -14 -3 -9 10 -2 15

99 JPCC 14 5 4 16 -4 16 -12 2 0 15 -9 5

100 LY 2 13 -2 18 2 22 5 23 2 15 -19 -2

92

2 KHz 4KHz 6KHz 8KHz 10KHz 12KHz

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR AMP SR

101 JBVT 12 14 2 19 2 22 -20 -6 6 20 -2 5

102 MS 16 29 1 21 5 25 -9 10 2 16 -11 0

103 MVO 12 27 7 27 6 26 9 16 9 20 -15 1

104 MLC 1 12 -11 6 -6 14 -4 16 5 24 -5 7

105 TSC 19 22 -7 11 -1 19 -11 7 -10 9 -4 7

106 HF 12 10 7 24 -2 18 -14 -1 -3 7 -14 -2

107 LTQC 14 26 13 33 7 27 -2 15 9 22 -20 -7

108 MMM 4 19 6 26 8 28 -3 14 9 23 -17 -1

109 PBV 6 15 -1 19 -5 15 -20 -6 -8 6 -9 4

110 DCB 3 17 -1 19 -1 19 -16 -4 -16 0 -20 0

111 DMM 7 4 3 14 0 19 -7 5 3 13 -12 2

112 JB -4 0 4 14 -4 7 -9 0 8 15 7 12

113 IPFC 11 11 -11 1 -10 6 -6 -7 1 4 -5 3

114 IAQ 14 25 5 25 -3 17 -5 14 6 22 -13 6

115 GD 3 13 -7 13 0 20 -11 3 1 12 -16 -2

116 ISO 7 21 -1 19 -2 18 -12 5 3 19 -14 -1

117 EF 14 21 7 27 9 29 -5 3 6 21 1 17

118 JOM 6 12 -2 18 4 24 3 23 10 22 -19 -9

119 FCFM 11 21 9 29 12 32 4 21 4 18 -11 4

120 IAPE 0 -3 3 17 6 26 -16 -3 6 13 2 12

121 GFBR 11 26 4 24 1 21 -20 -1 3 20 -9 3

122 ELBS 6 12 -7 13 -2 18 2 8 -2 18 -9 5

123 FLM 6 15 4 24 1 21 -18 -9 -1 11 -19 -6

124 GMP 7 14 8 28 10 30 8 20 14 26 -6 10

125 JALCR 6 11 1 21 2 22 4 22 1 13 1 17

126 FPS 21 34 11 31 5 25 -20 -3 -11 5 0 13

127 NMCLGB 10 24 2 22 1 21 -3 13 1 15 2 19

128 LKM 7 11 10 30 3 23 -9 11 10 26 -16 0

129 GHCM 4 16 4 24 -2 18 9 25 11 22 -18 -3

130 NBS 8 12 -2 18 3 17 1 16 11 29 -6 6

131 DRM 17 20 5 20 14 34 15 26 15 27 -13 2

132 IF -2 3 -6 14 -16 3 -18 -7 -9 10 8 2

133 GMS 4 12 -4 15 -3 17 2 18 3 17 -20 -8

134 LAS 13 10 1 14 8 28 9 29 14 26 0 16

93

Apecircndice VIII

Resultados das EOAT e EOAPD associadamente no criteacuterio ldquoPassaFalha

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

1 EHF Falha Falha Falha

2 CC Falha Falha Falha

3 AJA Falha Falha Falha

4 ACAP Falha Falha Falha

5 AAR Falha Falha Falha

6 AGAG Falha Falha Falha

7 AAL Falha Falha Falha

8 AK Falha Falha Falha

9 ALA Falha Falha Falha

10 GMB Passa Falha Natildeo

11 ACGP Passa Falha Natildeo

12 BBU Falha Falha Falha

13 FLPM Passa Falha Natildeo

14 AJS Falha Falha Falha

15 AMM Falha Falha Falha

16 ALASF Passa Passa Passa

17 CSC Falha Falha Falha

18 CBB Passa Falha Natildeo

19 ALHA Falha Falha Falha

20 FJ Falha Falha Falha

21 CHDS Passa Falha Natildeo

22 CYF Falha Falha Falha

23 ASX Falha Falha Falha

24 AFC Falha Falha Falha

25 APJ Falha Falha Falha

26 ALCG Falha Falha Falha

27 AH Falha Falha Falha

28 BVR Falha Falha Falha

29 ACBR Falha Falha Falha

30 ASS Falha Falha Falha

31 CMP Falha Falha Falha

32 ACSR Falha Falha Falha

33 BGV Passa Falha Natildeo

34 ABV Passa Falha Natildeo

35 GF Falha Falha Falha

36 CLR Passa Falha Natildeo

37 ASF Falha Falha Falha

38 BRMA Falha Falha Falha

39 AKDB Falha Falha Falha

40 DM Falha Falha Falha

41 ALPC Falha Passa Natildeo

42 AP Falha Falha Falha

43 BB Falha Falha Falha

44 AAGO Falha Falha Falha

45 BF Falha Falha Falha

46 BAGFL Falha Falha Falha

47 MGP Falha Falha Falha

48 LCM Falha Falha Falha

49 YFV Falha Falha Falha

50 CFLD Falha Falha Falha

94

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

51 NEF Passa Falha Natildeo

52 GPL Falha Falha Falha

53 HAL Falha Falha Falha

54 RG Falha Falha Falha

55 DKGM Falha Falha Falha

56 FBC Falha Falha Falha

57 PESP Falha Falha Falha

58 AOU Falha Falha Falha

59 FDC Falha Falha Falha

60 BPF Falha Falha Falha

61 CL Falha Falha Falha

62 RAP Falha Falha Falha

63 JVSB Passa Falha Natildeo

64 SVO Falha Falha Falha

65 DTC Falha Falha Falha

66 RRR Falha Falha Falha

67 AKLCDA Passa Falha Natildeo

68 FRMSRS Falha Falha Falha

69 NFS Passa Passa Passa

70 IRM Falha Falha Falha

71 JG Falha Falha Falha

72 GPF Falha Falha Falha

73 LFTL Passa Falha Natildeo

74 LLC Falha Falha Falha

75 PHGDO Falha Falha Falha

76 VRR Falha Falha Falha

77 MGB Falha Falha Falha

78 JCTP Falha Falha Falha

79 NMMC Falha Falha Falha

80 PVCG Falha Falha Falha

81 BVM Falha Falha Falha

82 MHM Falha Falha Falha

83 LGR Falha Falha Falha

84 SHSA Passa Falha Natildeo

85 HRSL Falha Falha Falha

86 MAV Passa Falha Natildeo

87 HASN Falha Falha Falha

88 TC Passa Falha Natildeo

89 JM Falha Falha Falha

90 RV Falha Falha Falha

91 MM Falha Falha Falha

92 MMG Falha Falha Falha

93 CF Falha Falha Falha

94 MFF Passa Falha Natildeo

95 JVLR Falha Falha Falha

96 DF Passa Falha Natildeo

97 GFO Passa Falha Natildeo

98 LG Falha Falha Falha

99 JPCC Falha Falha Falha

100 LY Falha Falha Falha

101 JBVT Falha Falha Falha

102 MS Falha Falha Falha

103 MVO Passa Falha Natildeo

95

SUJEITO IDENTIFICACcedilAtildeO Te Dp Te e Dp

104 MLC Falha Falha Falha

105 TSC Falha Falha Falha

106 HF Falha Falha Falha

107 LTQC Passa Falha Natildeo

108 MMM Passa Falha Natildeo

109 PBV Falha Falha Falha

110 DCB Falha Falha Falha

111 DMM Falha Falha Falha

112 JB Falha Falha Falha

113 IPFC Falha Falha Falha

114 IAQ Falha Falha Falha

115 GD Falha Falha Falha

116 ISO Falha Falha Falha

117 EF Falha Falha Falha

118 JOM Falha Falha Falha

119 FCFM Passa Falha Natildeo

120 IAPE Falha Falha Falha

121 GFBR Falha Falha Falha

122 ELBS Falha Falha Falha

123 FLM Falha Falha Falha

124 GMP Falha Falha Falha

125 JALCR Falha Falha Falha

126 FPS Falha Falha Falha

127 NMCLGB Falha Falha Falha

128 LKM Passa Falha Natildeo

129 GHCM Falha Falha Falha

130 NBS Falha Falha Falha

131 DRM Passa Falha Natildeo

132 IF Falha Falha Falha

133 GMS Falha Falha Falha

134 LAS Falha Falha Falha

96

Apecircndice IX

Resultados das respostas referentes agrave exposiccedilatildeo a muacutesica amplificada

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

1 EHF sim sim

2 CC sim sim

3 AJA sim natildeo

4 ACAP sim natildeo

5 AAR sim natildeo

6 AGAG sim natildeo

7 AAL sim natildeo

8 AK sim natildeo

9 ALA sim sim

10 GMB sim sim

11 ACGP sim natildeo

12 BBU natildeo sim

13 FLPM sim sim

14 AJS sim sim

15 AMM natildeo natildeo

16 ALASF sim sim

17 CSC sim sim

18 CBB sim natildeo

19 ALHA sim natildeo

20 FJ sim sim

21 CHDS sim sim

22 CYF sim sim

23 ASX sim sim

24 AFC sim sim

25 APJ sim sim

26 ALCG sim sim

27 AH sim sim

28 BVR sim sim

29 ACBR sim sim

30 ASS sim sim

31 CMP sim natildeo

32 ACSR sim sim

33 BGV sim sim

34 ABV sim sim

35 GF sim sim

36 CLR sim sim

37 ASF sim sim

38 BRMA sim sim

39 AKDB sim sim

40 DM sim sim

41 ALPC sim sim

42 AP sim sim

43 BB sim sim

44 AAGO sim sim

45 BF sim sim

46 BAGFL sim sim

47 MGP sim sim

48 LCM sim sim

49 YFV sim natildeo

97

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

50 CFLD sim sim

51 NEF sim sim

52 GPL sim sim

53 HAL sim natildeo

54 RG sim sim

55 DKGM sim sim

56 FBC sim sim

57 PESP sim natildeo

58 AOU sim sim

59 FDC sim sim

60 BPF sim sim

61 CL sim sim

62 RAP sim sim

63 JVSB sim natildeo

64 SVO sim sim

65 DTC sim natildeo

66 RRR sim sim

67 AKLCDA sim sim

68 FRMSRS sim sim

69 NFS sim sim

70 IRM sim sim

71 JG sim sim

72 GPF sim sim

73 LFTL natildeo natildeo

74 LLC sim sim

75 PHGDO sim natildeo

76 VRR sim sim

77 MGB sim sim

78 JCTP natildeo sim

79 NMMC sim sim

80 PVCG sim sim

81 BVM sim sim

82 MHM sim sim

83 LGR sim sim

84 SHSA sim sim

85 HRSL sim sim

86 MAV sim sim

87 HASN sim sim

88 TC sim sim

89 JM sim sim

90 RV sim sim

91 MM sim natildeo

92 MMG sim sim

93 CF sim sim

94 MFF sim sim

95 JVLR sim sim

96 DF sim sim

97 GFO sim natildeo

98 LG sim sim

99 JPCC sim sim

100 LY sim natildeo

101 JBVT natildeo sim

98

Sujeito Identificaccedilatildeo Usa fone Freq Lugar

102 MS sim sim

103 MVO sim sim

104 MLC natildeo sim

105 TSC sim sim

106 HF sim sim

107 LTQC sim sim

108 MMM sim sim

109 PBV sim natildeo

110 DCB sim sim

111 DMM sim natildeo

112 JB sim sim

113 IPFC sim sim

114 IAQ sim sim

115 GD sim sim

116 ISO sim sim

117 EF sim sim

118 JOM sim sim

119 FCFM sim sim

120 IAPE sim sim

121 GFBR sim sim

122 ELBS sim sim

123 FLM sim sim

124 GMP sim sim

125 JALCR sim sim

126 FPS sim sim

127 NMCLGB sim sim

128 LKM sim sim

129 GHCM sim sim

130 NBS sim sim

131 DRM sim sim

132 IF natildeo sim

133 GMS natildeo sim

134 LAS sim sim

99

REFEREcircNCIAS

1 Alberti PW Deficiecircncia auditiva induzida pelo ruiacutedo In Lopes Filho O Campos CA Tratado de Otorrinolaringologia Satildeo Paulo Roca 1994 p934-49

2 Amorim RB Lopes AC Santos KTP Melo ADP Lauris JRP Alteraccedilotildees auditivas da exposiccedilatildeo ocupacional em muacutesicos Arq Int otorrinolaringol 12(3) 377-383 2008

3 Andrade AIA Russo ICP Lima MLLT Oliveira LCS Avaliaccedilatildeo auditiva em muacutesicos de frevo e maracatu Ver Bras Otorrinolaringol 68(5) 714-720 2002

4 Andrade IFC Souza AS Frota SMM C Estudo das emissotildees otoacuacutesticasndashProduto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-666 2009

5 Atchariyasathian V Chayarpham S Saekhow S Evaluation of noise induced hearing loss with audiometer and distortion product otoacoustic emissions J Med Assoc Thai 91(7) 1066-1071 2008

6 Azevedo MF Emissotildees otoacuacutesticas In Figueiredo MS Emissotildees Otoacuacutesticas e BERA Satildeo Paulo Pulso 2003 p35-83

7 Balatsouras DGdagger Tsimpiris N Korres S Karapantzos I Papadimitriou N Danielidis V The effect of impulse noise on distortion product otoacoustic emissions Int J Audiol 44(9) 540-549 2005

8 Barboni M Geralde AT Goffi-Gomez MVS Schultz C Liberman PHP Variaccedilatildeo teste-reteste da amplitude das emissotildees otoacuacutesticas transientes evocadas em indiviacuteduos normais Arq Int de Otorrinolaringol 10(2) 119-124 2006

9 Barros SMS Frota S Atherino CCT Osterne F A eficiecircncia das emissotildees otoacuacutesticas transientes e audiometria tonal na detecccedilatildeo de mudanccedilas temporaacuterias nos limiares auditivos apoacutes exposiccedilatildeo a niacuteveis elevados de pressatildeo sonora Rev Bras Otorrinolaringol 73(5) 592-598 2007

10 Bento RF et al Tratado de otologia Satildeo Paulo Editora da Universidade de Satildeo Paulo Fundaccedilatildeo Otorrinolaringologia FAPESP 1998 p107-16

11 Bevilacqua MC et al Tratado de Audiologia Satildeo Paulo Santos 2011 Pg 145-58

12 Bezerra MD MarquesR A Configuraccedilotildees audiomeacutetricas em sauacutede ocupacional RBPS 17(2) 61-65 2004

13 Bohlin MC Erlandsson SI Risk behaviour and noise exposure among adolescents Noise Health 9 (36) 55-63 2007

14 Borja ALV Sousa BF Ramos MM Arauacutejo RPC O que os jovens adolescentes sabem sobre perdas induzidas pelo excesso de ruiacutedo Ver Ciecircnc Meacuted Biol 1(1) 86-98 2002

15 Bosseto MC et al Neonatologia um convite agrave atuaccedilatildeo fonoaudioloacutegica Satildeo Paulo Lovise 1998 p289-93

16 Bouccara D Ferrary E Sterkers O Effects of noise on inner ear Med SCi (Paris) 22(11) 979-984 2006

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17 Brasil Ministeacuterio do Trabalho e Emprego Portaria 3 214 de Julho de 1978 Normas regulamentadoras de seguranccedila e sauacutede no trabalho (NR-15) atividade e operaccedilotildees insalubres Brasiacutelia 1978

18 Carvallo RMM Sanches SGG Ravagnani MP Amplitude of transient and distortion product otoacoustic emissions in young and elderly people Rev Bras Otorrinolaringol 66(1) 38-45 2000

19 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Arquivos Internacionais de Otorrinolaringologia vol 4 n 2 abrjun 2000

20 Comitecirc Nacional de Ruiacutedo e Conservaccedilatildeo Auditiva Perda auditiva induzida por ruiacutedo relacionado ao trabalho Acust Vibr 1994 13123-25

21 Cocircrtes-Andrade IF Souza AS Frota SMMC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas ndash produto de distorccedilatildeo durante a praacutetica esportiva associada agrave exposiccedilatildeo agrave muacutesica Rev CEFAC 11(4) 644-661 2009

22 Costa JMD Emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulo transiente e por produto de distorccedilatildeo em receacutem-nascidos prematuros [dissertaccedilatildeo] Brasiacutelia (DF) Faculdade de Medicina Universidade de Brasiacutelia 2007

23 Daniel E Noise-induced hearing loss A Review J Sch Health 77(5) 225-231 2007

24 Davis B Qiu W Hamernik RP Sensitivity of distortion product otoacoustic emissions in noise-exposed chinchillas J Am Acad Audiol 16(2) 69-78 2005

25 Dias A Cordeiro R Corrente JE Gonccedilalves CGO Associaccedilatildeo entre perda auditiva induzida pelo ruiacutedo e zumbidos Cad Sauacute Puacuteb 22(1) 63-68 2006

26 Farfaacuten IG Lujaacuten LA Hernaacutendez SL Correlacioacuten de test sobre exposicioacuten a ruido yhallazgos audioloacutegicos evaluados en nintildeos y adolescentes mexicanos An Med (Mex) 53(3) 143-148 2008

27 Fiorini AC Fischer FM Expostos e natildeo expostos a ruiacutedo ocupacional estudo dos haacutebitos sonoros entalhe audiomeacutetrico e teste de emissotildees otoacuacutesticas evocadas por estiacutemulos transientes Dist da Comun 16(3) 371-383 2004

28 Fiorini AC Parrado-Moran MES Emissotildees otoacuacutesticas - produto de distorccedilatildeo estudo de diferentes relaccedilotildees de niacuteveis sonoros no teste em indiviacuteduos com e sem perdas auditivas Dist da Comun 17(3) 385-396 2005

29 Fissore L Jannelli A Casaprima V Exploracioacuten auditiva en adolescentes mediante el uso de otoemisiones acuacutesticas Arch Argent Pediatr 101(6) 448-453 2003

30 Frota S Ioacuterio MCM Emissotildees otoacuacutesticas por produtos de distorccedilatildeo e audiometria tonal liminar estudo da mudanccedila temporaacuteria do limiar Rev Bras Otorrinolaringol 68(1) 15-20 2002

31 Gattaz G Ruggieri M Bogar P Estudo das Emissotildees Otoacuacutesticas Evocadas em Adultos Jovens Audiologicamente Normais Rev Bras Otorrinolaringol 60(1) 15-18 1994

32 Gonccedilalves MS Tochetto TM Gambini C Hiperacusia em muacutesicos de banda militar Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(4) 298-303 2007

33 Granjeiro RC Estudo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas transientes e por produto de distorccedilatildeo em indiviacuteduos com zumbido e limiar auditivo normal

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34 Hidecker MJC Noise-induced hearing loss in school-age children what do we know Semin Hear 29(1) 19-28 2008

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43 Martins JPF Magalhatildees MC Sakae TM Magajewski FRL Avaliaccedilatildeo da perda auditiva induzida por ruiacutedo em muacutesicos de Tubaratildeo-SC Arq Catarin de Med 38(1) 69-74 2009

44 Mendes MH Morata TC Exposiccedilatildeo profissional agrave muacutesica uma revisatildeo Rev Soc Bras Fonoaudiol 12(1) 63-69 2007

45 Miller JAL Marshall L Heller LM Hughes LM Low-level otoacoustic emissions may predict susceptibility to noise-induced hearing loss J Acoust Soc Am 120 (1) 280-296 2006

46 MINISTEacuteRIO DO TRABALHO Portaria n 19 de 09041998 ndash Diretrizes e Paracircmetros Miacutenimos para Avaliaccedilatildeo e Acompanhamento da Audiccedilatildeo em Trabalhadores Expostos a Niacuteveis de Pressatildeo Sonora Elevados

47 Mitre EI Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia Satildeo Paulo Pulso 2003 p138

48 Momensohn-Santos TM et al Determinaccedilatildeo dos limiares tonais por via aeacuterea e por via oacutessea In Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 6ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2007 p 67-95

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49 Momensohn-Santos TM e Russo ICP Praacutetica da audiologia cliacutenica 7ordf ed Satildeo Paulo Cortez 2009 p 23-44

50 Montgomery JK Fujikawa S Hearing thresholds of students in the second eighth and twelfth grades Lang Epeech Hear Serv Sch 23(1) 61-3 1992

51 Morata TC Young people their noise and music exposures and the risk of hearing loss Int J Audiol 46(3) 111-2 2007

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53 Munhoz MSL et al Otoemissotildees acuacutesticas In Audiologia Cliacutenica Satildeo Paulo Atheneu 2000 p121-48

54 Muniz L Caldas N Caldas NS Lewis DR Doacuteris R Lessa F Estudo das amplitudes das emissotildees otoacuacutesticas em indiviacuteduos exposto ao ruiacutedo de trios eleacutetricos An Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco 200146(1) 28-31

55 Negratildeo MA Soares E Variaccedilotildees nas amplitudes de respostas das emissotildees otoacuacutesticas evocadas e suscetibilidade agrave perda auditiva induzida por ruiacutedo ndash PAIR Rev CEFAC 6(4) 414-422 2004

56 Nodarse EM Empleo de las emisiones otoacuacutesticas para el pesquisaje del deficit auditivo Rev Habanera Cienc Meacuted 5(1) ene-mar 2006

57 Nudelmann AA Costa EA Seligman E Ibanez RN Perda Auditiva Induzida por Ruiacutedo Rio de Janeiro Revinter 2001 p79-84

58 Oeken J Lenk A Bootz F Influence of age and presbyacusis on DPOAE Acta Otolaryngol 120(3) 396-403 2000

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61 Olszewski J Miłoński J Olszewski S Majak J Hearing threshold shift measured by otoacoustic emissions alter shooting noise exposure in soldiers using hearing protectors Otolaryngology ndash head and Neck Surgery 136 (1) 78-81 2007

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63 Pfeiffer M Rocha RLO Oliveira FR Frota S Intercorrecircncia audioloacutegica em muacutesicos apoacutes um show de rock Rev CEFAC 9(3) 423-429 2007

64 Pialarissi PR Gattaz G Emissotildees otoacuacutesticas conceitos baacutesicos e aplicaccedilotildees cliacutenicas Rev Arq da Fund Otorrinolaringol 1 (2) 13-6 1997

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70 Santos JD Ferreira MIDC Variaccedilatildeo dos limiares audiomeacutetricos em trabalhadores submetidos a ruiacutedo ocupacional Arq Int Otorrinolaringol 12(2) 201-209 2008

71 Seixas NS Kujawa SG Norton S Sheppard L Neitzel R Slee A Predictors of hearing threshold levels and distortion product otoacoustic emissions among noise exposed young adults Occup Environ Med 61(11) 899-907 2004

72 Serra MR Biossoni EC Hinalaf M Pavlik M Villalobo JP Program for the Conservation and Promotion of Hearing Among Adolescents Amer Jour of Audiol 16(2) 158-164 2007

73 Shupak A Dror T Zohara S May O Avi R Hillel P Otoacoustic Emissions in Early Noise-Induced Hearing Loss Otology amp Neurotology 28(6) 745-752 2007

74 Silveira JAM Brandatildeo ALA Rossi JFLLA Name MAM Estefan P Gonccedilalez F Avaliaccedilatildeo da alteraccedilatildeo auditiva provocada pelo uso do walkman por meio da audiometria tonal e das emissotildees otoacuacutesticas (produtos de distorccedilatildeo) estudo de 40 orelhas Ver Bras Otorrinolaringol 67(5) set-out 2001

75 Sliwinska-Kowalska M Kotylo P Evaluation of individuals with known or suspected noise damage to hearing Audiolog Med 5(1) 54-65 2007

76 Sousa LCA et al Eletrofisiologia da audiccedilatildeo e emissotildees otoacuacutesticas princiacutepios e aplicaccedilotildees clinicas Ribeiratildeo Preto Editora Novo Conceito 2010 p109-30

77 Souza DV Estudo comparativo das emissotildees otoacuacutesticas evocadas em militares expostos e natildeo expostos ao ruiacutedo [dissertaccedilatildeo] Rio de Janeiro (RJ) Universidade Veiga de Almeida 2009

78 Torre P Howell JC Noise levels during aerobics and the potencial effects on distortion product otoacoustic emissions J Commun Disord 41(6) 501-511 2008

79 Uchida Y Ando F Shimokata H Sugiura S Ueda H Nakashima T The effects of aging on distortion-product otoacoustic emissions in adults with normal hearing Ear amp Hearing 29(2) 176-184 2008

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82 Wagner W Heppelmann G Vonthein R Zenner HP Test-retest repeatability of distortion product otoacoustic emissions Ear Hear 29(3) 378-391 2008

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