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SALÁRIO R$724,00(01/01/de 2014)- DECRETO Nº 8.166 DE 23.12.2013
Art. 194 CF/88
LEIS Nº 8.212 de 24/07/1992 (105 artigos) e 8.213(156 artigos) de 24/07/91
DECRETO LEI Nº 3.048, 06/05/99(382 artigos e cinco anexos)
DECRETO 6.042, de 12/02/2007 (Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, disciplina a aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção- FAP e do Nexo Técnico Epidemiológico, e dá outras providências.) Com a publicação do Decreto nº 6.042, e agora o Decreto 6257 de 23 de novembro de 2007, alteraram significativamente o sistema de pagamento do SAT, cujo valor passará a ser determinado pelo número de acidentes e doenças que acometem mais frequentemente a categoria econômica e a empresa. Segundo a Previdência Social, por intermédio desse mecanismo, a Previdência redefiniu a tributação para fins de custeio do Seguro de Acidente de Trabalho, com cobrança a partir de Janeiro de 2009. Também operacionaliza o FAP, que reduz em até 50%, e amplia em até 100%, os atuais e rígidos tributos, e reenquadra as alíquotas em conformidade com o grau de risco, por segmento econômico. A nova legislação, portanto, altera o inicio da vigência para a cobrança do FAP (janeiro de 2009), mas mantém desde a publicação do Decreto 6.042, a obrigatoriedade de redução dos afastamentos que impliquem em pagamento de auxílio-doença, pelo INSS, sob pena de caracterização do NTEP e, via de consequência, de aumento do FAP das empresas.
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 118, DE 14/04/2005 (criou o Fator Previdenciário).
Emenda Constitucional (EC) Nº 045, DE 31/12/2004: AMPLIAÇÃO DA COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (RELAÇÃO DE EMPREGO RELAÇÃO DE TRABALHO)
PREVIDÊNCIA SOCIAL: É UM SEGURO PÚBLICO
SISTEMA PREVIDENCIÁRIO BRASILEIRO: TRIPÉ: Porque temos 3 regimes de Previdência Social do Brasil
RGPS RPMF RPPS
REGIME GERAL REGIME DE PREVIDÊNCIA REGIME PRÓPRIO
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS MILITARES FEDERAIS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL
Caráter contributivo Estatuto dos Militares Lei nº 8.112/90
e filiação obrigatória (Lei nº 6.880/80 e 5.787 de 1972)
GESTÃO ADMINISTRATIVA: QUADRIPARTITE
EMPRESAS EMPREGADOS GOVERNO APOSENTADOS
O Direito Previdenciário está previsto no capítulo II da Constituição Federal, a qual dispõe no art. 194 que a gestão administrativa da seguridade social é quadripartite, ou seja, há a participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados.
PREVIDÊNCIA SOCIAL: É UM SEGURO SOCIAL E PÚBLICO: ADMINISTRADO PELO INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL OU INSS.
QUEM PAGA: O CONTRIBUINTE OU SEGURADO
QUEM RECEBE: O CONTRIBUINTE OU SEGURADO E DEPENDENDO DO CASO OS DEPENDENTES
DEP/COATEP
CURSO: SEGURANÇA DO TRABALHO -BLOCO TEMÁTICO: LEGISLAÇÃO
PROFESSOR(A): LUCIANA MARTINS GOMES
ALUNO(A):
TURMA: ______ TURNO: DATA:
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O QUE JUSTIFICA O RECEBIMENTO DO SEGURO: A PERDA DA CAPACIDADE LABORAL.
MOTIVO: DOENÇA, ACIDENTE DE TRABALHO, VELHICE, MATERNIDADE, MORTE E RECLUSÃO.
OBSERVAÇÃO: A Lei nº 5.316 de 1967 trouxe uma inovação: o seguro previdenciário passou a ser monopólio do chamado, na época, INPS – Instituto Nacional de Previdência Social agora Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
SEGURIDADE SOCIAL (TRIPÉ): dever do Estado: prevista na CF/88
*SAÚDE: PARA TODOS: NÃO DEPENDE DE CONTRIBUIÇÃO: HOSPITAIS, POSTOS DE SAÚDE.
*ASSISTÊNCIA SOCIAL: PARA OS QUE PRECISAM E COMPROVAM QUE PRECISAM: FOME ZERO, BOLSA ESCOLA, AMPARO AO IDOSO (65 anos) E AO DEFICIENTE (0 a 12 anos / 12 e 18 anos) E RENDA MENSAL VITALÍCIA: um salário mínimo.
*SEGURIDADE SOCIAL: PARA QUEM PAGA: SEGURO SOCIAL ATÉ O LIMITE DE R$-4.159,00 (ESTE LIMITE MUDA ANO A ANO COM A EDIÇÃO DE NOVO SALÁRIO MÍNIMO) – (Os que não contribuem também possuem direito ao SUS e a Aposentaria por Idade:65 anos ou AMPARO ASSISTENCIAL AO IDOSO).
FONTES DE CUSTEIO -UNIÃO/ESTADOS/DF E MUNICÍPIOS: ORÇAMENTOS;
- CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS: EMPREGADOR (12%, 11% E 9%),
- DA EMPRESA: TRIBUTOS, EMPREGADOS (8%, 9% E 11%),
- OUTRAS FONTES: SISTEMAS NACIONAIS DE APRENDIZAGEM: SENAI, SENAC,
SENAR, SENAT E SESCOOP- LEILÕES, MULTA, CONCURSOS, ETC.
SEGURADOS
SEGURADO: QUALQUER PESSOA QUE EXERÇA ATIVIDADE E CONTRIBUA, COM EXCEÇÃO DOS FACULTATIVOS OU SEM RENDA
*OBRIGATÓRIOS: QUE PUSSUEM RENDA
EMPREGADO C/ CARTEIRA ASSINADA;
DOMÉSTICOS: ENFERMEIRO, JARDINEIRO, MOTORISTA PARTICULAR;
TRABALHADORES AVULSOS (CONTRATADOS POR SINDICATOS OU ÓRGÃOS GESTORES DE MÃO-DE-OBRA: ESTIVADOR, CARREGADOR-PRESTAM SERVIÇOS A DIVERSAS EMPRESAS SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO;
CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS: EMPRESÁRIOS, AUTÔNOMOS (TRABALHAM POR CONTA PRÓPRIA) OU PRESTAM SERVIÇOS (PESCA, AGROPECUÁRIA, AMBULANTES, DIARISTAS, PINTORES) E
ESPECIAIS (TRABALHADORES RURAIS QUE TRABALHAM EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR: PESCADOR ARTESANAL E O ÍNDIO). JOVEM APRENDIZ (14-24 ANOS)
Segurados Especiais
Foi sancionada a Lei 12.873/2013 que garante salário-maternidade de 120 dias para o segurado ou segurada da Previdência Social que adotar um filho, independente da idade da criança.
A nova lei contempla, ainda, os segurados especiais que trabalham no campo. A partir de agora, esta categoria pode participar de sociedade empresária ou ser empresário individual, desde que seja considerado microempresa, sem perder a qualidade de segurado
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especial. Contudo, a pessoa jurídica deve ser de objeto ou de âmbito agrícola, agroindustrial ou agro turístico, e o segurado ainda deve manter o exercício da sua atividade rural.
Outra limitação especificada na lei – feita para garantir a economia da região – é que a empresa deverá ter em sua composição apenas segurados especiais. A sede do estabelecimento terá que ser na sede do mesmo município onde trabalham os trabalhadores rurais ou em municípios limítrofes.
Mesmo sem participar de pessoa jurídica, o segurado especial pode contratar empregados para ajudar no trabalho do campo. Antes dessa publicação, a contratação só poderia ser feita em períodos de safra. Nesse caso, as informações relacionadas ao registro de trabalhadores era feita via GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de informações à Previdência Social).
Agora, a contratação pode ser feita a qualquer tempo e as informações dos empregados contratados serão computadas em sistema eletrônico com entrada única de dados de informações relacionadas aos ministérios da Previdência Social, Trabalho e Emprego e da Fazenda.
A nova regra simplificou o processo de registro de trabalhadores, unificando informações previdenciárias, trabalhistas e tributárias em um único sistema.
A Lei nº 12.873 altera, além de outras normas, dispositivos das leis 8.212/91 e 8.213/91 que tratam dos benefícios da Previdência Social.
*FACULTATIVOS (QUEM NÃO TEM RENDA)
MAIORES DE 16 ANOS, DONAS DE CASA, SÍNDICOS (não remunerados), DESEMPREGADOS.
DONA DE CASA PODE RECOLHER INSS PARA TER DIREITO A BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Sergio Ferreira Pantaleão
Em setembro/2011 entrou em vigor a Lei 12.470/2011 que possibilitou à dona de casa, de baixa renda, contribuir com a Previdência Social e garantir os principais benefícios previdenciários como aposentadoria por idade, por invalidez, auxílio-doença, pensão por morte, salário maternidade e auxílio-reclusão, exceto a aposentadoria por tempo de contribuição.
A aposentadoria por idade (um dos benefícios a que terá direito) se dá aos 60 anos (se mulher) e aos 65 anos (se homem).
Por se dedicar exclusivamente ao trabalho doméstico no âmbito da própria residência e por não dispor de renda própria, a dona de casa é enquadrada na legislação previdenciária como segurado facultativo. Nada obsta que o dono de casa também se beneficie da nova alíquota para ter direito aos benefícios, já que a figura masculina que trabalha no ambiente familiar já é algo comum hodiernamente.
Não só a dona de casa pode filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social como segurado facultativo, mas qualquer pessoa maior de dezesseis anos de idade que não exerça atividade remunerada tais como o estudante, o síndico de condomínio não remunerado, o desempregado (até que encontre outro emprego), o bolsista ou estagiário, o presidiário que não exerce atividade remunerada, dentre outros.
O percentual de contribuição que antes era de 11% (art. 21, § 2º da Lei 8.212/91) foi reduzido para 5% sobre o salário mínimo a partir da nova lei, possibilitando que os benefícios acima citados sejam garantidos à(ao) segurada(o) que contribuir com um valor mensal de R$ 33,90 (válido a partir de jan/13).
Considerando o salário mínimo atual, a dona de casa irá contribuir anualmente com o valor de R$ 406,80 e quando estiver incapacitada para o trabalho ou em período de gestação, por exemplo, lhe será garantido o benefício mensal equivalente a um salário mínimo, hoje de R$ 678,00.
De acordo com a referida lei todas as famílias com renda mensal de até 2 salários mínimos (R$ 1.356,00) poderão contribuir com o percentual reduzido e ter direito aos respectivos benefícios, desde que estejam inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico). Para fazer a inscrição no CadÚnico procure a prefeitura de sua cidade.
Para quem possui esta renda mensal e já contribuía no valor de R$ 74,58 (11%) poderá passar a contribuir no novo percentual, tendo uma economia mensal de R$ 40,68 (R$ 74,58 - R$ 33,90) e manter o direito aos benefícios.
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Mesmo a dona de casa (ou dono de casa) que não é de família de baixa renda, ou seja, que está fora da faixa da renda mensal familiar (R$ 1.356,00), também poderá contribuir para a Previdência Social como segurada facultativa. Neste caso o valor da contribuição é de, no
mínimo, 11% sobre o salário mínimo, tendo direito aos mesmos benefícios já citados anteriormente.
Como a contribuição é sempre sobre o salário mínimo, quando do recebimento do benefício o valor também está limitado ao mínimo. O segurado (de baixa renda ou não) só terá direito a receber acima do mínimo, quando optar por recolher 20% de INSS sobre uma base de cálculo que couber em seu orçamento, ou seja, se recolher mensalmente 20% sobre um valor de R$ 1.000,00 (R$ 200,00), quando se aposentar, por exemplo, seu rendimento será equivalente a base de contribuição (R$ 1.000,00) e não o salário mínimo.
Para quem não é contribuinte, poderá fazer a inscrição pelo telefone 135 ou pelo site da Previdência Social clicando aqui. O número do PIS será automaticamente gerado após o cadastro junto a Previdência. Para o cadastro na internet tenha em mãos os seguintes dados:
Nome completo;
Nome da mãe completo;
Data de nascimento;
CPF;
CTPS (se tiver);
Carteira de Identidade (RG);
Título de Eleitor;
Certidão de Nascimento (informando o livro, folha e termo).
A previdência social publicou os novos códigos de recolhimento para os contribuintes de baixa renda, os quais poderão optar pelo recolhimento mensal ou trimestral, conforme códigos abaixo:
A dona de casa poderá emitir a Guia da Previdência Social - GPS para pagamento se utilizando de um dos códigos acima (optando por recolher mensalmente ou trimestralmente). Realizado o cadastramento pelo 135 ou pelo site da Previdência Social, clique aqui para emitir a GPS.
Após a emissão da GPS o pagamento poderá ser feito acessando sua conta bancária pela internet (caso seu banco disponibilize esta forma de pagamento) ou se dirigindo a uma agência bancária mais próxima de sua residência. O valor mínimo da GPS que era de R$ 29,00 passou para R$ 10,00 em função da redução do percentual de contribuição.
Esta redução exigiu também uma adaptação por parte dos bancos, os quais incluíram os novos códigos de recolhimento bem como se adequaram ao novo valor mínimo de recebimento.
O prazo para recolhimento da contribuição por parte do segurado facultativo é até o dia 15 do mês subsequente, ou seja, o valor de INSS a recolher da competência maio/2013 é até o dia 15 de junho/2013, conforme estabelece o art. 30, alínea c, inciso II da Lei 8.212/91. Como dia 15 de junho é sábado, neste caso o recolhimento poderá ser feito até o dia 17.
Com a nova possibilidade de contribuição a dona de casa que sofrer um acidente, por exemplo, e não puder fazer as tarefas domésticas, terá direito a receber mensalmente o valor de um salário mínimo, até que seja constatada a sua recuperação.
Código de Pagamento
Percentual de Pagamento
Descrição
1929 5% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal
1937 5% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral
1945 15% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal - Complemento
1953 15% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral - Complemento
1830 6% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Mensal - Complemento para plano simplificado da Previdência Social – PSPS
1848 6% Facultativo Baixa Renda - Recolhimento Trimestral - Complemento para plano simplificado da Previdência Social – PSPS
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Será garantido da mesma forma a aposentadoria por invalidez em caso doença grave que a incapacite definitivamente para as atividades diárias, bem como será assegurado aos dependentes, a pensão por morte em caso de falecimento da segurada.
CUIDADO COM A RESOLUÇÃO Nº 04, 19/10/2006
OS FACULTATIVOS QUE DEIXAREM DE CONTRIBUIR TÊM QUE COMPROVAR A INTERRUPÇÃO, OU SEJA, PEDIR A BAIXA DO SEU CADASTRO, sob pena de ser considerado em débito e ser lançado na DÍVIDA ATIVA DO ESTADO E NO SERASA.
Nota: A partir do momento em que for feita a inscrição, é necessário que as contribuições estejam em dia. Caso o segurado pare de contribuir, é preciso solicitar a baixa da inscrição, pois, caso contrário, ficará em débito com a Previdência Social. E Para dar baixa na inscrição é necessário se dirigir a uma das Agências da Previdência Social/INSS.
FILIAÇÃO: FORMALIZA-SE COM A INSCRIÇÃO
*PIS - PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL (EMPREGADO COM CARTEIRA ASSINADA)
*NIT (PARA OS CONTRIBUINTES INDIVIDUAIS E DOMÉSTICOS)
www.previdencia.gov.br: Para fazer o cadastramento
E-SOCIAL
PREPARATIVO PARA O eSOCIAL - QUALIFICAÇÃO CADASTRAL DOS TRABALHADORES
Fonte: e-Social - 18/11/2013
Para possibilitar a instituição do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que visa unificar o envio de informações pelo empregador em relação aos trabalhadores que lhe prestam serviços remunerados, foi desenvolvido o aplicativo de Qualificação Cadastral.
Referido aplicativo permite a empregados, empregadores, contribuintes individuais e facultativos verificar se o Cadastro de Pessoa Física – CPF e o Número de Identificação Social – NIS (NIT/PIS/PASEP), estão aptos para serem utilizados no eSocial.
Para tanto, deverão ser informados:
CPF;
Número de Identificação Social - NIS (PIS/PASEP/NIT); e
Data de nascimento do trabalhador;
Após a verificação cadastral nas bases de dados do CPF e do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS, o aplicativo retornará o
resultado para o usuário sobre a validação de cada campo informado (CPF, NIS e data de nascimento), informando quais os campos estão
com divergências.
Caso haja divergência nos dados informados, o aplicativo apresentará as orientações para que se proceda a correção, sendo:
Divergências relativas ao CPF (situação "suspenso", "nulo" ou "cancelado", ou data de nascimento divergente) - o aplicativo apresentará a mensagem de direcionamento aos conveniados da RFB, Banco do Brasil e Correios;
Divergências relativas ao NIS (CPF ou data de nascimento divergentes) - o usuário deverá estar atento, pois a orientação será dada de acordo com o ente responsável pelo cadastro do NIS (INSS, CAIXA ou Banco do Brasil).
Se você ainda não está inscrito junto à Previdência Social, basta se cadastrar se utilizando um dos seguintes meios:
Internet: Como Filiado (para todo cidadão que se relaciona com a Previdência Social na qualidade de segurado obrigatório (Contribuinte Individual eEmpregado Doméstico) ou facultativo, mediante contribuição) ou Não Filiado (todo cidadão que se relaciona com a Previdência Social na condição de dependente, representante legal, procurador ou componente do grupo familiar do BPC LOAS);
pela Central de Atendimento, pelo telefone 135, de segunda à sábado, das 07:00 às 22:00, horário de Brasília;
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na Agência da Previdência Social mais próxima de sua residência;
CLASSE DOS DEPENDENTES DOS SEGURADOS no caso de PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO RECLUSÃO
Não cumulativos-havendo DEPENDENTES de uma mesma classe-outros perdem o direito-exceto se na mesma classe houver mais de um-divide-se o BENEFÍCIO.
No que diz respeito ao Regime Geral de Previdência Social, o Decreto 3.048/99 em seus artigos 16 e 17 e incisos versam que :
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido;
II -... omissis...
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido.
*1ª CLASSE: PREFERENCIAIS ou PRESUMIDOS: CÔNJUGE, COMPANHEIRA (O) - UNIÃO ESTÁVEL E O FILHO ATÉ 18 ANOS NÃO
EMANCIPADOS OU INVÁLIDOS - DEPENDÊNCIA PRESUMIDA. (AINDA ESTÁ VIGORANDO ATÉ 21 ANOS, POIS APESAR DA LEI Nº
10.406/2002 TER DIMINUÍDO A MAIORIDADE PARA 18 ANOS-AINDA PREVALECE O ART. 16, I DA LEI Nº 8.213/91): basta apresentar
provas documentais e não materiais, com exceção dos:
*HOMOSSEXUAIS (PENSÃO POR MORTE E AUXÍLIO-RECLUSÃO) DESDE 05/04/1991 E COMPANHEIROS QUE NÃO POSSUEM DECLARAÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL EMITIDA POR CARTÓRIO- PRECISARÃO APRESENTAR:
*Provas: Documentais e 3 provas materiais (MESMO ENDEREÇO, CONTA BANCÁRIA CONJUNTA, SEGURO DE VIDA, BENS MÓVEIS, JUSTIFICAÇÃO/ IRPF, ETC.)
Espírito Santo é o terceiro estado a regulamentar casamento entre pessoas do mesmo sexo -29/08/2012 Fonte: Assessoria de Comunicação do IBDFAM
No dia 15 de agosto de 2012 o desembargador e corregedor-geral de Justiça do Espírito Santo, Carlos Henrique Rios do Amaral, expediu um ofício circular recomendando aos oficiais do Registro Civil que unifiquem o procedimento de habilitação para o casamento civil, nos termos da legislação aplicável aos casamentos heteroafetivos, sem distinção no procedimento em função do sexo.
Há menos de um mês, foi a vez da Corregedoria Geral do Estado de Sergipe expedir o provimento (06/2012) que orienta os cartórios de
registro civil a receberem pedidos de habilitação para o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas o precursor dessas ações de
regulamentação do casamento é o estado de Alagoas que, no final do ano passado, publicou o Provimento n° 40, que autoriza
processamento de pedido de casamento entre pessoas do mesmo sexo de forma extrajudicial.
Essas normatizações decorrem da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que autorizou o casamento entre pessoas do mesmo
sexo e ainda, do julgamento favorável do Supremo Tribunal Federal (STF), em 04 de maio do ano passado, reconhecendo como entidades
familiares as uniões homoafetivas. Além disso, os atos normativos das corregedorias de Justiça têm como objetivo unificar as divergências
ocorridas entre os registradores civis e ampliar a possibilidade de legitimar os pedidos de casamento entre homossexuais de forma
extrajudicial.
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, Toni Reis, no
Brasil foram realizados 272 casamentos entre pessoas do mesmo sexo. “É preciso normatizar para que esse número cresça. Ainda mais
que a Constituição brasileira não prevê nenhum tipo de discriminação aos homossexuais e nenhum impedimento ao casamento”, completa.
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*2ª CLASSE: DEPENDENTES QUE TEM COMPROVAR TAL QUALIDADE: PAI E MÃE
*3ª CLASSE: IRMÃOS ATÉ 18 ANOS NÃO EMANCIPADOS OU INVÁLIDOS (SEM LIMITE DE IDADE)- DESDE QUE COMPROVEM C/DOCUMENTOS PESSOAIS E TRÊS PROVAS MATERIAIS (MESMO ENDEREÇO, CONTA BANCÁRIA CONJUNTA, SEGURO DE VIDA, BENS MÓVEIS, JUSTIFICAÇÃO/ IRPF, ETC.)- AINDA PREVALECE O ART. 16, I DA LEI Nº 8.213/91: 21 anos.
***Dá nova redação ao § 6º do art. 16 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999.-O PRESIDENTE DA REPÚBLICA no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nos 8.213, de 24 de julho de 1991, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002, DECRETA:
Art. 1o O § 6o do art. 16 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar com a seguinte redação:“§ 6o Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, observado o § 1o do art. 1.723 do Código Civil, instituído pela Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002.” (NR).
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação - Brasília, 27 de fevereiro de 2008.LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.
Resumo:
DEPENDENTES
São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
a) o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido;
b) os pais; ou
c) o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido.
A dependência econômica das pessoas de que trata a letra "a" é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Concorrência Entre Classes
Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições.
A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
Equiparação a Filhos
Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado e desde que comprovada a dependência econômica, o enteado e o
menor que esteja sob sua tutela e não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação.
O menor sob tutela somente poderá ser equiparado aos filhos do segurado mediante apresentação de termo de tutela.
Companheira (o)
Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que mantenha união estável com o segurado ou segurada.
Considera-se união estável aquela verificada entre o homem e a mulher como entidade familiar, quando forem solteiros, separados
judicialmente, divorciados ou viúvos, ou tenham prole em comum, enquanto não se separarem (houve um abrandamento da lei, em termos
jurisprudenciais, para incluir neste rol os HOMOSSEXUAIS).
INSCRIÇÃO DE DEPENDENTE
Considera-se inscrição de dependente, para os efeitos da previdência social, o ato pelo qual o segurado se qualifica perante ela e decorre
da apresentação de:
para os dependentes preferenciais:
a) cônjuge e filhos → certidões de casamento e de nascimento;
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b) companheira ou companheiro → documento de identidade e certidão de casamento com averbação da separação judicial ou
divórcio, quando um dos companheiros ou ambos já tiverem sido casados, ou de óbito, se for o caso; e
c) equiparado a filho → certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de casamento do segurado e de nascimento
do dependente, observado o disposto no subitem Equiparação a Filhos.
pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; e
irmão - certidão de nascimento.
A inscrição do cônjuge e filhos será efetuada na empresa se o segurado for empregado, no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, se
trabalhador avulso, e no INSS, nos demais casos.
Incumbe ao segurado a inscrição do dependente, que deve ser feita, quando possível, no ato da inscrição do segurado. O segurado
casado não poderá realizar a inscrição de companheira.
COMPROVAÇÃO DE VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA
Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, conforme o caso, podem ser apresentados os seguintes documentos:
a) certidão de nascimento de filho havido em comum;
b) certidão de casamento religioso;
c) declaração do Imposto de Renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente;
d) disposições testamentárias;
f) declaração especial feita perante tabelião;
g) prova de mesmo domicílio;
h) prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil;
i) procuração ou fiança reciprocamente outorgada;
j) conta bancária conjunta;
l) registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado;
m) anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados;
n) apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária;
o) ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável;
p) escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente;
q) declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou
r) quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar.
O fato superveniente que importe em exclusão ou inclusão de dependente deve ser comunicado ao INSS, com as provas cabíveis.
Somente será exigida a certidão judicial de adoção quando esta for anterior a 14 de outubro de 1990, data da vigência da Lei 8.069/90.
No caso de dependente inválido, para fins de inscrição e concessão de benefício, a invalidez será comprovada mediante exame médico-
pericial a cargo do INSS.
No ato de inscrição, o dependente menor de vinte e um anos deverá apresentar declaração de não emancipação.
Os dependentes excluídos de tal condição em razão de lei têm suas inscrições tornadas nulas de pleno direito.
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No caso de equiparado a filho, a inscrição será feita mediante a comprovação da equiparação por documento escrito do segurado falecido
manifestando essa intenção, da dependência econômica e da declaração de que não tenha sido emancipado.
PAIS OU IRMÃOS - CONCESSÃO DE BENEFÍCIOS
Os pais ou irmãos deverão, para fins de concessão de benefícios, comprovar a inexistência de dependentes preferenciais, mediante
declaração firmada perante o INSS.
PERDA DA QUALIDADE DE DEPENDENTE
A perda da qualidade de dependente ocorre:
para o cônjuge, pelo divórcio, enquanto não lhe for assegurada a prestação de alimentos, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;
para a companheira ou companheiro, pela cessação da união estável com o segurado ou segurada, enquanto não lhe for garantida a prestação de alimentos;
para o filho e o irmão, de qualquer condição, ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se inválidos, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, neste caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior; e
para os dependentes em geral:
a) pela cessação da invalidez; ou
b) pelo falecimento.
(Base legal: artigos 16, 17, 22 e 24 do Decreto nº 3.048/99 - Regulamento da Previdência Social-RPS.)
*CONTRIBUIÇÃO
É A PARCELA QUE É DESCONTADA DO SALÁRIO DOS SEGURADOS E TAMBÉM PAGA PELOS PATRÕES
A contribuição destes segurados é calculada mediante a aplicação da correspondente alíquota, de forma não cumulativa, sobre o seu salário-de-contribuição mensal, de acordo com a seguinte tabela:
Salário-de-contribuição (R$) Alíquota para fins de recolhimento
ao INSS (%)
até R$ 1.317,07 8,00
de R$ 1.317,08 a R$ 2.195,12 9,00
de R$ 2.195,13 a R$ 4.390,24 11,00
Observação: Sempre que ocorrer mais de um vínculo empregatício para os segurados empregado e doméstico, as remunerações deverão ser somadas para o correto enquadramento na tabela acima, respeitando-se o limite máximo de contribuição. Esta mesma regra se aplica às remunerações do trabalhador avulso. Quando houver pagamento de remuneração relativa a décimo terceiro salário, este não deve ser somado a remuneração mensal para efeito de enquadramento na tabela de salários-de-contribuição, ou seja, será aplicada a alíquota sobre os valores em separado.
Para o contribuinte individual (autônomo ou empresário) que prestar serviço a uma ou mais empresas terá, descontado de sua remuneração, o valor referente a 11% , o qual empresa ficará responsável pelo recolhimento, juntamente com as contribuições a seu cargo, até o dia dez do mês seguinte ao da competência.
Observação: A empresa que remunerar contribuinte individual deverá fornecer a este, comprovante de pagamento pelo serviço prestado consignando, além dos valores da remuneração e do desconto feito a título de contribuição previdenciária, a sua identificação completa, inclusive com o número do cadastro Nacional de Pessoa Jurídica(CNPJ) e o número de inscrição do contribuinte individual do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);
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Para efeito da observância do limite máximo do salário-de-contribuição, o contribuinte individual que prestar serviço, no mesmo mês, a mais de uma empresa, deverá informar a cada empresa, o valor recebido sobre o qual já tenha incidido o desconto de contribuição, mediante a apresentação do comprovante de pagamento.
O contribuinte individual que prestar serviço a empresas e, concomitantemente, exercer atividade como empregado ou trabalhador avulso, para observância do limite máximo de contribuição, deverá apresentar às contratantes o recibo de pagamento de salário relativo à competência anterior à da prestação de serviços ou prestar declaração, sob as penas da lei, de que é segurado empregado, inclusive doméstico ou trabalhador avulso, consignando o valor sobre o qual é descontada a contribuição naquela atividade ou declarando que a remuneração recebida naquela atividade atingiu o limite máximo do salário-de-contribuição e identificando a empresa ou o empregador doméstico que efetuou ou efetuará o desconto sobre o valor por ele declarado.
Na hipótese de o segurado exercer as duas atividades, conforme previsto acima e ser efetuado primeiro o desconto da contribuição como
segurado contribuinte individual, o fato deverá ser comunicado à empresa em que estiver prestando serviços como segurado empregado ou
trabalhador avulso, ou ao empregador doméstico, no caso de segurado empregado doméstico, mediante declaração.
Com a Medida Provisória Nº 83 de 12/12/2002 e a Lei nº 10.666 de 08 de maio de 2003, as empresas (inclusive empregador rural pessoa jurídica, microempresas e empresas optantes pelo SIMPLES) e cooperativas são obrigadas a arrecadar a contribuição previdenciária do Contribuinte Individual a seu serviço, mediante desconto da remuneração paga, devida ou creditada a este segurado. A contribuição, em razão da dedução prevista, corresponde a 11% (onze por cento) do total da remuneração paga, devida ou creditada, a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado contribuinte individual, observando o limite máximo do salário-de-contribuição. Dessa maneria, o segurado fica isento de contribuir com o carnê; exceto quando:
- o total da remuneração mensal, recebida pelo contribuinte individual por serviços prestados a uma ou mais empresas, for inferior ao limite mínimo do salário-de-contribuição. Assim o segurado deverá recolher diretamente a complementação da contribuição;
- o segurado quiser contribuir com um valor superior ao descontado pela empresa, somente poderá fazê-lo, se exercer outra atividade que o enquadre como segurado obrigatório. Dessa forma, será aplicada sobre a parcela complementar, a alíquota de 20% (vinte por cento), observando o limite máximo do salário-de-contribuição.
- o contribuinte individual prestar serviço a outro contribuinte individual, a produtor rural pessoa física, a missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeira. Neste caso, o segurado continua responsável pelo recolhimento da sua contribuição, podendo deduzir quarenta e cinco por cento da contribuição patronal da empresa, limitado a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição;
Observação: No caso de contribuintes individuais que prestarem serviço à Entidades Filantrópicas isentas de contribuições sociais patronais, a contribuição a ser descontada é de 20% sobre a remuneração paga, devida ou creditada, ao segurado.
A referida lei (A lei 8.212/91) estabelecia que o financiamento da seguridade social, para os segurados contribuinte individual e
facultativo, era de 20% (vinte por cento) sobre o respectivo salário-de-contribuição. Com o intuito de atender as pessoas de baixa
renda que já contribuem com a Previdência Social e também de proporcionar um número maior de adesão ao regime
previdenciário, o Governo Federal criou nova possibilidade de contribuição. LEGISLAÇÃO: A Lei Complementar (LC) 123 de
14.12.2006, trouxe alterações na lei 8.212/91, com relação à contribuição mensal dos trabalhadores autônomos (que trabalham
sem vínculo) e dos segurados facultativos (que não trabalham) os quais poderão, facultativamente, optar pela contribuição
reduzida, a partir de 1º de abril de 2007, com um percentual de 11% (onze por cento) em vez de 20% (vinte por cento) como
estabelecia a lei anterior.Com esta medida, embora facultativa, o Governo espera que cerca de 28 (vinte e oito) milhões de
trabalhadores que não contribuem hoje com o financiamento da seguridade social, possam formalizar sua situação perante a
Previdência Social.
VANTAGENS E DESVANTAGENS DA NOVA CONTRIBUIÇÃO
Com a nova lei, os autônomos e segurados facultativos poderão optar em recolher 11% (onze por cento) sobre o limite mínimo
mensal de salário-de-contribuição (salário mínimo) ou em recolher os 20% (vinte por cento) sobre a remuneração como
estabelecia a lei anterior.
AUTÔNOMO é todo aquele que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de
seus próprios riscos. A prestação de serviços é de forma eventual e não habitual. Segurado FACULTATIVO é aquele que não é
segurado obrigatório do INSS, não pertence a regime próprio de previdência e tem 16 anos ou mais. Por não perceber
remuneração, a filiação na qualidade de segurado facultativo representa ato volitivo, ou seja, gerando efeito somente a partir da
inscrição junto a Previdência Social e do primeiro recolhimento.
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VANTAGENS DESVANTAGENS
Redução no valor mensal a recolher, ou seja, de 20% para 11%;
Direito a aposentadoria por idade, Invalidez, pensão por morte, auxílio-desemprego e auxílio-reclusão;
Optar no futuro pela aposentadoria por tempo de contribuição;
Possibilidade de pessoas já inseridas no programa de participar do novo sistema de contribuição.
Os contribuintes não terão direito a aposentadoria por tempo de contribuição;
Caso queira optar no futuro pela aposentadoria por tempo de contribuição, o segurado deverá pagar a diferença de 9% faltante mais juros de 0,5.
CARÊNCIA: É o tempo mínimo de contribuição.
A carência varia entre 120 (10 anos) e 180 (15 anos) contribuições mensais, sem interrupção, PARA OS CASOS DE APOSENTADORIA, COM EXCEÇÃO DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ.
Para computo do período de carência, serão consideradas as contribuições:
I. a partir da data da filiação ao Regime Geral de Previdência Social, no caso dos segurados empregados e trabalhadores avulsos;
II. da data do efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados empregado doméstico, contribuinte individual, especial e facultativo.
RESUMO: *ALÍQUOTA REDUZIDA: TRABALHADOR EM ATRASO PODE PAGAR APENAS 11% SOBRE O MÍNIMO (Fonte: MPS)
Os contribuintes individuais (autônomos) e os facultativos (pessoas que não têm renda) que estão com os pagamentos ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em atraso, e pretendem voltar ao sistema previdenciário, podem fazê-lo aderindo ao Plano Simplificado de Inclusão Previdenciária.
O Plano Simplificado foi regulamentado pelo presidente Lula, em fevereiro deste ano, para permitir que pessoas de baixa renda, e que têm dificuldades em pagar 20% sobre o salário de contribuição (renda mensal do trabalhador), não percam a proteção do seguro social do INSS.
Como voltar a contribuir - As pessoas que têm recolhimentos ao INSS em atraso e pretendem voltar a contribuir, podem fazer a opção pela alíquota reduzida. Basta pagar o correspondente a 11% sobre o salário mínimo até o dia 15 de cada mês. Quanto aos recolhimentos em atraso, serão quitados, posteriormente, com juros de mora e multa, pelo sistema anterior, ou seja, com recolhimento de 20% sobre o salário de contribuição.
Quem pode optar - Podem optar o contribuinte individual que trabalha por conta própria (autônomo), contanto que não tenha qualquer vínculo empregatício; o contribuinte individual - empresário ou sócio de empresa -, cuja receita bruta anual, no ano-calendário anterior, seja de até R$ 36 mil; e o contribuinte facultativo (donas de casa e pessoas acima de 16 anos, não remunerados, por exemplo).
Quem não pode optar - Não pode fazer a opção pela contribuição reduzida o contribuinte individual prestador de serviço (pessoa física que presta serviços a pessoa jurídica ou cooperativa), exceto o empresário ou sócio de empresa cuja receita anual no ano-calendário anterior seja de até R$ 36 mil.
Como fazer a opção - O trabalhador que optar pelo plano simplificado não precisa fazer nova inscrição no INSS. Basta colocar na Guia da Previdência Social (GPS) o Número de Inscrição do Trabalhador (NIT) ou o número do PIS ou do PASEP. Os trabalhadores que não são inscritos no INSS, podem fazer a inscrição por meio do telefone 135 ou pela Internet (www.previdencia.gov.br).
Benefícios e valores - Quem optar pela alíquota reduzida tem direito aos mesmos benefícios, exceto a aposentadoria por tempo de contribuição. Assim, podem obter aposentadoria por idade, aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, salário-maternidade, pensão por morte e auxílio-reclusão. Os valores dos benefícios serão calculados com base na média dos 80% melhores salários de contribuição, desde julho de 1994.
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Migração de plano - Caso o trabalhador passe a pagar ao INSS 11% sobre o salário mínimo, que não dá direito à aposentadoria por tempo de contribuição, e depois queira contar esse tempo para obter uma aposentadoria por tempo de contribuição, deve complementar a contribuição dos meses em que pagou 11%, mediante o recolhimento de mais 9% sobre o salário mínimo, mais juros de mora.
PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO (PERÍODO DE GRAÇA): DE 12 A 36 MESES- DEPENDE DO TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO E SE RECEBEU OU NÃO SEGURO DESEMPREGO
SE TIVER MENOS DE 120 CONTRIBUIÇÕES (10 ANOS): pode ficar sem contribuir por até doze meses, pelo menos em tese (Consultar tabela abaixo)
SE TIVER MAIS DE 120 CONTRIBUIÇÕES (10 ANOS), SEM INTERRUPÇÃO E ESTIVER INSCRITO NO SINE (TEM): pode ficar sem contribuir por até VINTE E QUATRO meses.
Neste sentido, temos o art. 102, da Lei nº 8.213/91, e o art. 240, do Decreto n. 611/92, que assim dispõem:
"Art. 102 - A perda da qualidade de segurado após o preenchimento de todos os requisitos exigíveis para a concessão de aposentadoria ou
pensão não importa em extinção do direito a esses benefícios.
“Art. 240 - A perda da qualidade de segurado não implica a extinção do direito à aposentadoria ou pensão, para cuja obtenção tenham sido
preenchidos todos os requisitos".
A FALTA DE REGISTRO NA CTPS NÃO É PROVA ÚNICA QUE POSSA GARANTIR ATÉ 36 MESES COMO SEGURADO DO INSS
Sergio Ferreira Pantaleão
O trabalhador que fica desempregado ainda continua na qualidade de segurado do INSS e, portanto, assistido pela entidade autárquica quanto aos benefícios que o tempo de trabalho e as contribuições lhe proporcionaram.
Assim, mesmo que um empregado esteja desempregado por 6 (seis) meses, após ter trabalhado por 4 (quatro) anos numa empresa, caso ocorra algum acidente em casa ou na rua e este precise se afastar por auxílio-doença, basta requerer o benefício diretamente ao INSS, passar pela perícia e, sendo constatada incapacidade temporária para o trabalho, passar a perceber o benefício.
O período em que o trabalhador, mesmo desempregado, continua como segurado do INSS é chamado de "período de graça". Este período, dependendo do tempo de contribuição, pode ser computado por até 36 meses.
O contexto do art. 15 da Lei 8.213/91 dispõe que manterão a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
a) Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
b) Até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
Aumento do prazo em até 24 meses
Entretanto, de acordo com o § 1º do art. 15 da referida lei, este prazo poderá ser aumentado em 12 meses (totalizando 24 meses) quando:
a) O segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado;
b) O trabalhador comprovar a situação de desemprego pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Aumento do prazo em até 36 meses
Considerando que o trabalhador desempregado, há um ano, tenha comprovado as 120 contribuições mensais sem interrupção, somando então 24 meses, este prazo poderá ser elastecido até o limite máximo de 36 meses, caso comprove que esteve desempregado durante todo este período (§ 2º do art. 15 da lei).
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O § 3º dispõe que, nestas condições, durante este prazo o trabalhador ainda mantém a qualidade de segurado e, portanto, conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
Como o legislador quis preservar os benefícios àquele trabalhador que não dispõe de renda por um longo período, a comprovação da falta de vínculo e de renda torna-se imprescindível.
Neste aspecto, não basta apresentar a CTPS afirmando que continua desempregado há mais de 26 ou 30 meses, pois a falta de registro não significa, necessariamente, falta de trabalho ou de renda.
Se após 16 meses desempregado o trabalhador passa a exercer atividade como autônomo ou qualquer outra forma que lhe proporcione renda, mas sem vínculo empregatício (sem registro em CTPS), pode-se concluir queo mesmo poderia passar a contribuir como autônomo ou como contribuinte individual e assim, ser considerado segurado pelo exercício da contribuição.
Havendo a comprovação por parte da Previdência Social de que o trabalhador optou por trabalhar sem registro e mesmo obtendo renda, deixou de contribuir para com a Previdência, o período de graça que poderia ser estendido em até 24 ou 36 meses pode não ser considerado pelo INSS.
Neste caso, o trabalhador manteria a qualidade de segurado somente durante os 12 meses que a Previdência garante após a cessação das contribuições por conta do último registro em carteira.
Em julgamento recente a Justiça Federal anulou acórdão da Justiça Federal do RS sob a égide da súmula 27 da TNU, in verbis:"A ausência de registro em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito."
Veja abaixo notícia sobre o julgado:
Fonte: JF- 09/11/2011
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais (TNU) decidiu anular a sentença e o acórdão da Justiça Federal do Rio Grande do Sul que consideraram procedente o pedido de pensão por morte indeferido administrativamente pelo INSS, tendo em vista a falta de anotação na Carteira de Trabalho do segurado falecido.
É que, segundo a autarquia, a ausência de vínculo empregatício comprovaria a situação de desemprego, ensejando a prorrogação do período de graça do segurado por mais 12 meses. Período de graça é aquele em que o segurado não contribui para a Previdência Social, mas mantém a qualidade de segurado e o direito aos benefícios.
A decisão da TNU teve como argumento o fato de que a ausência de registro em órgão do Ministério doTrabalho não impede a comprovação do desemprego por outros meios admitidos em Direito (Súmula 27 da TNU). De acordo com o relator da matéria, juiz federal Paulo Arena, julgados no Superior Tribunal de Justiça (STJ) consolidam a posição de que a ausência de vínculos empregatícios na Carteira de Trabalho e Previdência Social não pode, por si só, atestar o desemprego involuntário, já que é possível o exercício de atividade no mercado informal.
O STJ defende que a situação pode ser comprovada por outros meios que não apenas o registro no Ministério do Trabalho.
Diante desse posicionamento e tendo em vista a ausência de outras provas produzidas no processo que comprovem a situação de
desempregado do segurado falecido, o relator decidiu anular o acórdão e determinar o retorno da ação à origem para que seja reaberta a
instrução probatória. (Processo 2007.71.95.000394-2).
BENEFÍCIO
IMPORTÂNCIA PAGA EM DINHEIRO AO SEGURADO OU SEUS DEPENDENTES:
DE QUE FORMA É PAGO: DE 13 MANEIRAS OU ATRAVÉS DOS 13 BENEFÍCIOS: AUXÍLIOS, SALÁRIO FAMÍLIA, MATERNIDADE, APOSENTADORIA ou PENSÃO, QUAIS SÃO:
Auxílio-doença: PREVIDENCIÁRIO
Auxílio-doença: ACIDENTÁRIO
Auxílio-acidente
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Auxílio-reclusão
Salário-maternidade
Salário-família
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por invalidez
Aposentadoria por tempo de contribuição
Aposentadoria especial
Aposentadoria de Pessoa com deficiência
Pensão por morte
Pensão Especial aos Portadores de Talidomida-Lei nº 7.070, de 20 de dezembro de 1982. Veja também:
Benefício assistencial ao idoso e ao deficiente (benefício assistencial): Inexistência de Renda própria e renda familiar inferior a ¼do salário mínimo-65 anos –idoso e também ao que tiver incapacidade de 0 a 12 anos ou deficiência de 12-18 anos.
Reabilitação profissional (serviço previdenciário) Serviço Social (serviço previdenciário)
BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS/ACIDENTÁRIOS (13)
O artigo 124 da Lei n. 8.213/91, enumera o rol das hipóteses em que não é admitida a acumulação.
OBS: ALGUNS BENEFÍCIOS na prática, PODEM SER ACUMULADOS!
A lei 8.212/91 dispõe sobre a organização da Seguridade Social que tem por fim assegurar, aos seus beneficiários, meios indispensáveis
de manutenção, por motivo de incapacidade, idade avançada, tempo de serviço, desemprego involuntário, encargos de família e reclusão
ou morte daqueles de quem dependiam economicamente.
*AUXÍLIOS (4): DOENÇA ACIDENTÁRIO, AUXÍLIO DOENÇA PREVIDENCIÁRIO, ACIDENTE E RECLUSÃO.
*SALÁRIO-MATERNIDADE (1)
*SALÁRIO-FAMÍLIA (1)
*APOSENTADORIAS (5): IDADE, POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO, ESPECIAL, INVALIDEZ e de PESSOA COM DEFICIÊNCIA
*PENSÃO (2): POR MORTE e ESPECIAL
A HISTÓRIA: A Lei n. 5.316 de 1967 traz uma inovação: o seguro previdenciário passa a ser monopólio do chamado, na época, INPS –
Instituto Nacional de Previdência Social (atual Instituto Nacional do Seguro Social), e as prestações previdenciárias passam a ser mensais
ao invés de únicas. O auxílio-doença passa a corresponder ao salário integral do trabalhador (art. 6º, inciso I - o valor mensal era igual ao
salário-de-contribuição devido ao empregado no dia do acidente, deduzida a contribuição previdenciária, não podendo ser inferior ao seu
salário-de-benefício, com a mesma dedução). Foi estipulado também o pagamento pela empresa dos 15 primeiros dias e pelo INPS a partir
do 16º dia. No entanto, efetuando a empresa a contribuição acidentária na porcentagem de 1% e não 0,5%, a responsabilidade pelo
pagamento dos primeiros 15 dias seria também do INPS (§2º, art. 12). Observe-se que este dispositivo foi logo alterado pela Lei n.
6.367/76, já que determinou que o auxílio-doença deveria ser pago pela Previdência Social apenas a partir do 16º dia, ficando
necessariamente sob a responsabilidade da empresa os primeiros 15 dias. Em seguida, tivemos a Consolidação das Leis da Previdência
Social (CLPS - Decreto n. 77.077 de 27 de janeiro de 1976), a Lei 6.439/77 (que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência
Social) e o Regulamento de Benefícios da Previdência Social (Decreto n. 83.080 de 02/01/1979), que não trouxeram qualquer inovação ao
auxílio-doença. Atualmente, o benefício encontra-se regido pela Lei n. 8.213/91, em seus artigos 59 a 64.
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O auxílio-doença é benefício substitutivo do salário, possuindo natureza jurídica nitidamente alimentar. Justamente por isso, não
poderá ser inferior ao salário mínimo (salvo nas situações em que o segurado exerce várias atividades, ficando doente apenas para
uma delas, conforme veremos em tópico próprio). Tal obrigatoriedade decorre de dispositivo constitucional que estabelece que
"nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor inferior ao salário-
mínimo" (§2.º, art. 201, CF). É preciso esclarecer que a previdência social não visa garantir o padrão de vida do segurado, mas tão
somente o mínimo vital, para que, durante o período em que receber auxílio-doença (seja em decorrência de doença comum ou
acidentária), ou qualquer outro benefício substitutivo do salário, possa o segurado manter-se dignamente.
Risco Social protegido
Risco social é, via de regra, o evento futuro e incerto que, ocorrendo, acarreta não só danos ao segurado, como também a toda
sociedade (justamente por isso é chamado "social"). Trata-se de um evento que traz certo dano/necessidade ao segurado e, em
alguns momentos, apenas necessidade (como ocorre com o salário-maternidade, em que não se verifica o dano, mas tão-somente a
necessidade). Desta forma, o que importa é a necessidade do segurado que, durante a incapacidade, não terá condições de trabalhar
e prover seu sustento e de sua família.
Em se tratando de auxílio-doença, o risco social protegido é o risco incapacidade laborativa temporária (incapacidade total ou parcial).
Se não houvesse proteção a este risco, o trabalhador ficaria à margem da sociedade, sem qualquer amparo. Pensando nisso, a
previdência social ampara o trabalhador, garantindo, ao mesmo, proteção quando diante do risco social. No caso em questão, a
necessidade de amparo surge a partir de uma incapacidade laborativa temporária.
Importa destacar que a Carta Constitucional visa à proteção ao trabalhador, como meio utilizado a se chegar ao fim último pretendido
pela ordem social: bem-estar e justiça sociais (art. 193, CF). Ademais, o inciso VIII do artigo 170 da Constituição Federal coloca como
princípio da ordem econômica a busca do pleno emprego.
Como se vê, o trabalhador é protegido, já que ao protegê-lo estaremos protegendo toda a sociedade, bem como a ordem econômica.
1- AUXÍLIO DOENÇA: PREVIDENCIÁRIO E ACIDENTÁRIO: para quem ficar mais de 15 dias sem poder trabalhar.
Art. 201 da CF c/c arts. 59 a 64 da lei nº 8.213/91
AUXÍLIO DOENÇA (art. 201, CF)
É o benefício a que tem direito o segurado que, após cumprir a carência, quando for o caso, ficar incapaz para o trabalho (mesmo que
temporariamente), por doença por mais de 15 dias consecutivos.O empregado que se afasta por auxílio-doença tem seu contrato de
trabalho suspenso a partir do 16º (décimo sexto) dia.
COMPROVAÇÃO
A incapacidade para o trabalho deve ser comprovada através de exame realizado pela perícia médica do INSS.
DOENÇA PRÉ-EXISTENTE -Não é concedido auxílio-doença ao segurado que, ao filiar-se à Previdência Social, já era portador da doença
ou da lesão que geraria o benefício, salvo quando a incapacidade decorreu de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
CARÊNCIAS
A carência, ou seja, o número mínimo exigido de contribuições para que o empregado faça jus ao recebimento do benefício previdenciário,
é de 12 contribuições mensais.
Será devido auxílio-doença, independentemente de carência, ao segurado que sofrer acidente de qualquer natureza.
Também não terá carência o segurado especial (rural) que comprove o exercício da atividade rural, ainda que de forma descontínua, no
período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, no valor de 1 (um) salário mínimo.
OBRIGAÇÕES DA EMPRESA
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Cabe ao empregador as seguintes obrigações:
abonar as faltas e garantir o pagamento do salário do empregado dos 15 (quinze) primeiros dias e de afastamento;
emitir o relatório de salário-contribuição e encaminhar o empregado para perícia média junto ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS.
A Medida Provisória nº 242 de 24 de março de 2005 alterou algumas regras do auxílio doença. Entretanto, em 20.07.2005, o plenário do Senado, através do Ato Declaratório 1/2005, rejeitou os pressupostos constitucionais de relevância e urgência da referida MP, determinando seu arquivamento. Portanto, a partir de 21.07.2005 (data da publicação do Ato Declaratório no DOU), voltarão os benefícios serem calculados pelas regras anteriores. Como Ficou o Auxílio-doença após a Rejeição da MP 242:
Forma de cálculo
O auxílio-doença é calculado com base na média dos 80% maiores salários de contribuição de todo o período contributivo. Esta regra
vale para os trabalhadores inscritos na Previdência a partir de novembro de 1999. Para aqueles inscritos antes desta data, o
benefício corresponde à média dos 80% maiores salários de contribuição, corrigidos monetariamente, desde julho de 1994, e não de
todo o período de contribuição.
Carência
O tempo de carência para a concessão do benefício é de 12 meses de contribuição. Contudo, os trabalhadores que ficam um tempo
sem contribuir para o INSS e perdem a qualidade de segurado, quando voltam a ser segurados da Previdência, precisam de apenas
quatro meses de contribuição para reaverem o direito de pedirem o auxílio-doença.
Não existe carência para a concessão de auxílio-doença em casos de acidente de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou
fora do trabalho), de doenças profissionais ou do trabalho, bom como nos casos de doenças e afecções especificadas em lista
elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social (Portaria Interministerial nº 2.998, de 13/8/2001).
Data de início
No caso de empregados com carteira assinada, a data de início do auxílio-doença é fixada no 16º dia do afastamento do trabalho. Já
no caso dos contribuintes individuais, a data de início é fixada na data de início da incapacidade, se o auxílio-doença for requerido
até 30 dias após a incapacidade; contudo, se o requerimento do auxílio for feito após 30 dias da aquisição da incapacidade, a data de
início do benefício corresponderá à data de requerimento.
13º SALÁRIO
O 13º salário é devido integralmente ao empregado afastado sendo responsável pelo pagamento, a empresa, referente ao período
trabalhado incluindo os 15 (quinze) dias e a Previdência Social, referente ao período de afastamento.
FÉRIAS
O empregado que se afastar por auxílio-doença por mais de 6 (seis) meses no decorrer do período aquisitivo, perderá o direito à estas
férias, iniciando novo período aquisitivo quando da data de retorno ao trabalho.
SALÁRIO FAMÍLIA
O artigo 86 do RPS dispõe que salário-família correspondente ao mês de afastamento do trabalho será pago integralmente pela empresa,
pelo sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra, conforme o caso, e o do mês da cessação de benefício pelo Instituto Nacional do Seguro
Social.
FGTS
O depósito é obrigatório nos casos de afastamento para prestação do serviço militar obrigatório e licença por acidente do trabalho.
Portanto, nos casos de auxílio-doença, não há obrigação do depósito do FGTS a partir do 16º dia.
AVISO PRÉVIO
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Ocorrendo afastamento do empregado no curso do aviso prévio, por motivo de auxílio-doença, os 15 (quinze) primeiros dias são
computados normalmente no prazo do aviso, suspendendo-se a contagem a partir do 16º dia de afastamento.
O auxílio-doença é benefício substitutivo do salário, possuindo natureza jurídica nitidamente alimentar Justamente por isso, não poderá ser
inferior ao salário mínimo (salvo nas situações em que o segurado exerce várias atividades, ficando doente apenas para uma delas,
conforme veremos em tópico próprio). Tal obrigatoriedade decorre de dispositivo constitucional que estabelece que "nenhum benefício que
substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor inferior ao salário-mínimo" (§2.º, art. 201,
CF).Precisa-se esclarecer que a previdência social não visa garantir o padrão de vida do segurado, mas tão somente o mínimo vital, para
que, durante o período em que receber auxílio-doença (seja em decorrência de doença comum ou acidentária), ou qualquer outro benefício
substitutivo do salário, possa o segurado manter-se dignamente.
EMPRESA NÃO SE ISENTA DE RESPONSABILIDADE POR ACIDENTE FATAL FORA DO EXPEDIENTE - Fonte: TST -
A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso de embargos de uma empresa de extração mineral, por meio do qual buscava afastar a condenação por responsabilidade objetiva pela morte de um empregado em acidente ocorrido em suas dependências por culpa de outro empregado.
A decisão manteve o entendimento da Quarta Turma do TST que, ao julgar recurso ordinário, manteve a condenação a indenizar em R$ 100 mil, por danos morais, os herdeiros do trabalhador.
O acidente ocorreu no pátio interno da empresa, situada na Mina Morro do Gama, zona rural de Nova Lima (MG), fora do expediente normal. No dia, os empregados foram dispensados antecipadamente devido a um jogo de futebol da Seleção Brasileira pela Copa do Mundo de 2006. Segundo testemunhas, um empregado que operava uma carregadeira com a caçamba levantada foi de encontro a quatro colegas que estavam de pé na varanda de um dos dormitórios da empresa. Três deles conseguiram escapar ilesos do acidente, mas o quarto foi fatalmente atingido pelo equipamento e decapitado.
Segundo o inquérito policial e as testemunhas ouvidas na Justiça do Trabalho, o acidente ocorreu por culpa do condutor da carregadeira, que, numa brincadeira com outros colegas, conduziu o equipamento em direção ao dormitório. O condutor negou a brincadeira e alegou que teria ficado sem freios durante o recolhimento do lixo, como ordenado pelo encarregado.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) valeu-se da previsão do Código Civil de que o empregador responde pelos atos de seus empregados independentemente de culpa de sua parte e majorou o valor da indenização por danos morais de R$ 30 mil, conforme fixado pelo juízo de primeiro grau, para R$ 100 mil, dada a grave repercussão do acidente (morte do trabalhador) e o número de pessoas lesadas (viúva e sete filhos).
No julgamento do recurso do empregador, a Quarta Turma manteve a responsabilidade da empresa. O entendimento majoritário foi o de que o empregador agiu com imprudência do dever geral de cautela ao permitir que os empregados permanecessem no local de trabalho após o expediente sem a supervisão de superior hierárquico e com livre acesso aos equipamentos da empresa. A indenização por dano moral foi confirmada, e assegurou-se também aos herdeiros pensão mensal equivalente a um salário do empregado falecido.
No julgamento dos embargos pela SDI-1, o relator, ministro José Roberto Freire Pimenta, constatou que a empresa não demonstrou a existência de divergência jurisprudencial, condição necessária para o conhecimento do recurso, e aplicou ao caso a Súmula 296, item I, do TST.
Ficou vencido o ministro Milton de Moura França, que excluía a responsabilidade da empresa pelo fato ocorrido. (Processo: RR-64200-50.2008.5.03.0091).
EMPRESA NÃO SE ISENTA DE RESPONSABILIDADE POR ACIDENTE FATAL FORA DO EXPEDIENTE
Fonte: TST -
A Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho não conheceu de recurso de embargos de uma empresa de extração mineral, por meio do qual buscava afastar a condenação por responsabilidade objetiva pela morte de um empregado em acidente ocorrido em suas dependências por culpa de outro empregado.
A decisão manteve o entendimento da Quarta Turma do TST que, ao julgar recurso ordinário, manteve a condenação a indenizar em R$ 100 mil, por danos morais, os herdeiros do trabalhador.
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O acidente ocorreu no pátio interno da empresa, situada na Mina Morro do Gama, zona rural de Nova Lima (MG), fora do expediente normal. No dia, os empregados foram dispensados antecipadamente devido a um jogo de futebol da Seleção Brasileira pela Copa do Mundo de 2006. Segundo testemunhas, um empregado que operava uma carregadeira com a caçamba levantada foi de encontro a quatro colegas que estavam de pé na varanda de um dos dormitórios da empresa. Três deles conseguiram escapar ilesos do acidente, mas o quarto foi fatalmente atingido pelo equipamento e decapitado.
Segundo o inquérito policial e as testemunhas ouvidas na Justiça do Trabalho, o acidente ocorreu por culpa do condutor da carregadeira, que, numa brincadeira com outros colegas, conduziu o equipamento em direção ao dormitório. O condutor negou a brincadeira e alegou que teria ficado sem freios durante o recolhimento do lixo, como ordenado pelo encarregado.
O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) valeu-se da previsão do Código Civil de que o empregador responde pelos atos de seus empregados independentemente de culpa de sua parte e majorou o valor da indenização por danos morais de R$ 30 mil, conforme fixado pelo juízo de primeiro grau, para R$ 100 mil, dada a grave repercussão do acidente (morte do trabalhador) e o número de pessoas lesadas (viúva e sete filhos).
No julgamento do recurso do empregador, a Quarta Turma manteve a responsabilidade da empresa. O entendimento majoritário foi o de que o empregador agiu com imprudência do dever geral de cautela ao permitir que os empregados permanecessem no local de trabalho após o expediente sem a supervisão de superior hierárquico e com livre acesso aos equipamentos da empresa. A indenização por dano moral foi confirmada, e assegurou-se também aos herdeiros pensão mensal equivalente a um salário do empregado falecido.
No julgamento dos embargos pela SDI-1, o relator, ministro José Roberto Freire Pimenta, constatou que a empresa não demonstrou a existência de divergência jurisprudencial, condição necessária para o conhecimento do recurso, e aplicou ao caso a Súmula 296, item I, do TST.
Ficou vencido o ministro Milton de Moura França, que excluía a responsabilidade da empresa pelo fato ocorrido. (Processo: RR-64200-50.2008.5.03.0091).
1- PREVIDENCIÁRIO (www.previdencia.gov.br:preencher auxílio-doença e p/agendar perícia)
BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (B31)
*NÃO RECOLHE FGTS E NÃO GERA ESTABILIDADE
- Carência: em tese 12 meses; - Ao voltar do benefício basta contribuir por quatro meses e já adquire novamente o direito; - Empregado c/ CTPS assinada: A Empresa paga os quinze primeiros e o INSS a partir do 16º dia em diante; - Para quem não tem CTPS: Desde o primeiro dia de impedimento o INSS paga- Exemplo: Domésticos e os que não tem
carteira assinada (QUE MESMO DE BENEFÍCIO DESCONTAM A PREVIDÊNCIA NO RECEBIMENTO DO BENEFÍCIO, SENDO E NO CASO DA DOMÉSTICA O PATRÃO FICA CONTRIBUINDO APENAS COM 12%);
- Pedido de Prorrogação: até 15 dias antes da alta (término do benefício)-marca a perícia pela internet ou pelo número 135);
- Pedido de Reconsideração: avaliada por outro médico; - Perícia: fone 135. (Norte, Nordeste e Centro-Oeste); - A Ouvidoria Geral da Previdência Social, que em 2007 conseguiu resolver 82% dos casos registrados, inaugura
hoje (31.03.2008), o SOU-WEB, um novo sistema que permite solucionar ainda mais rapidamente as demandas recebidas.
*Exceção: Doença Pré-existente, mas se esta se agravar pode conseguir o Auxílio.
- Valor do Benefício: 91% do salário (não pode ser inferior ao salário mínimo). (calculado a partir de julho de 94 na base de 80% MAIORES SALÁRIOS- ACHA-SE 91%)
(3ª TURMA DECIDE: AUXÍLIO-DOENÇA PRORROGA PERÍODO CONCESSIVO DE FÉRIAS -Fonte: TRT/MG - 15/06/2007-Enquanto o
empregado encontra-se afastado do trabalho recebendo benefício previdenciário, o seu contrato permanece suspenso. Em conseqüência,
prorroga-se o fim do período concessivo de férias daquele ano. Isto porque, somente com a cessação do auxílio-doença, recomeça a
contagem do restante do prazo para a concessão das férias, sendo o empregador obrigado a concedê-las a seu empregado até o final
desta prorrogação, sob pena de ter de pagá-lo em dobro.Por este fundamento, a 3ª Turma do TRT-MG, com base no voto do
desembargador Bolívar Viégas Peixoto, manteve condenação de empresa ao pagamento de férias em dobro pelo período 2003/2004,
rejeitando o argumento de que o afastamento de autor por auxílio-doença durante parte do período concessivo teria levado à
impossibilidade material do gozo das férias naquele período.O relator esclarece que, nos termos do artigo 133, IV, da CLT, o trabalhador só
perde o direito às férias quando recebe auxílio-doença por 6 meses efetivamente, ou seja, por todos os dias deste seu afastamento. “Não
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se admite, para estes fins, a proporcionalidade preceituada pelo artigo 146, parágrafo único, da CLT, que foi indevidamente invocada pelo
recorrente. Não se faz uma projeção fictícia de tempo de concessão de benefício, pelo fato de o obreiro ter recebido o auxílio-doença em
fração superior a 14 dias, já que a percepção deste valor é contada, repita-se, dia a dia”)
RETORNAR AO TRABALHO, MESMO INCAPACITADO, NÃO COMPROMETE DIREITO A BENEFÍCIO-Fonte: CJF - 18/03/2011
O segurado que, mesmo considerado incapaz em termos previdenciários, retorna ao trabalho para manter seu sustento enquanto aguarda a definição sobre a concessão de auxílio-doença, não deve ser penalizado com o não recebimento do benefício.
Com esse entendimento a Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, deu ganho de causa ao autor do processo 2008.72.52.004136-1.
O segurado recorreu à TNU depois que acórdão da 1ª Turma Recursal de Santa Catarina restringiu o pagamento do auxílio ao período compreendido entre o requerimento administrativo do benefício e o momento em que ele retornou ao trabalho.
Segundo a decisão recorrida, embora a incapacidade laborativa tenha sido comprovada pela perícia médica, o vínculo empregatício demonstraria que o trabalhador estaria apto para o trabalho.
Na Turma Nacional, o relator do processo, juiz federal Antonio Fernando Schenkel do Amaral e Silva teve entendimento diferente em seu voto.
“O trabalho remunerado em período em que atestada incapacidade não pressupõe aptidão física, principalmente quando o laudo pericial é categórico em afirmar a data de início da incapacidade, ainda mais considerando a necessidade de manutenção do próprio sustento pela parte-autora, enquanto aguarda a definição acerca do benefício pleiteado”, afirma o magistrado.
Ainda segundo o voto, ao contrário do que argumenta o INSS, trabalhar doente não pressupõe capacidade laborativa, pelo contrário, prejudica ainda mais a saúde e a produtividade do trabalhador, influenciando negativamente na sua remuneração e no seu conteúdo profissional.
“Apenas quando há dúvida a respeito da data de início da incapacidade, o trabalho pode ser considerado como indício de capacidade. Se dúvida não existe, o trabalho sem condições de saúde não pode prejudicar o segurado”, explicou o relator.
O juiz federal José Antonio Savaris, que participou das discussões, lembrou ainda que não cabe a preocupação de se estar permitindo uma suposta acumulação indevida entre a remuneração do trabalhador e os valores que receberá a título de auxílio-doença. “Essas remunerações derivam de fatos geradores distintos.
O trabalhador tem direito de receber a remuneração pelo trabalho e a empresa tem o dever de remunerá-lo, (...) e tem o direito de receber os valores referentes ao auxílio-doença por estarem preenchidos todos os requisitos legais que condicionam a concessão desse benefício, e corresponde a dever jurídico e moral do INSS pagar as diferenças”, acrescentou.
O magistrado, que também é integrante da TNU, acrescentou que retirar da entidade previdenciária o dever de conceder o benefício a quem realmente faz jus seria como premiar a Administração Pública com o enriquecimento sem causa. (Processo 2008.72.52.004136-1).
*ACIDENTÁRIO
Nos seguintes casos:
a) Acidente do Trabalho (dentro ou fora);
b) ACIDENTE DE PERCURSO OU DE TRAJETO;
BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO (B91):
*RECOLHE FGTS E GERA ESTABILIDADE
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ACIDENTE DE TRAJETO NÃO CARACTERIZA CULPA DA EMPRESA
Fonte: TRT/CAMPINAS - 14/01/2009 -
A 3ª Câmara do TRT da 15ª Região negou provimento a recurso ordinário ajuizado pelos três herdeiros de um trabalhador que faleceu quando estava a caminho do trabalho, num acidente de trânsito na Rodovia Washington Luiz.
Os recorrentes – viúva e filhos, um deles menor - pretendiam a condenação das reclamadas – um frigorífico e uma transportadora – a pagar indenização por danos morais. A decisão manteve sentença da 3ª Vara do Trabalho de São José do Rio Preto, que julgou improcedente a reclamação.
Sem ignorar a gravidade do infortúnio, o relator do acórdão no TRT, desembargador federal do trabalho Edmundo Fraga Lopes, cujo voto foi seguido unanimemente pelos demais componentes da Câmara, observou que a condenação ao pagamento de indenização por danos morais “pressupõe a inequívoca conclusão no sentido de que o empregador tenha agido com dolo ou culpa, sendo que a jurisprudência admite a responsabilidade subjetiva se a culpa se verificar em qualquer um de seus graus - grave, leve ou levíssimo”.
Para o magistrado, no caso em discussão não há como reconhecer a existência de dolo ou culpa das empresas. “Nem mesmo a culpa levíssima”, enfatizou.
Os recorrentes fundamentaram seu pedido no artigo 2º, parágrafo 1º, da Lei 6.367, de 1976, de acordo com o qual se equipara ao acidente de trabalho o acidente sofrido pelo empregado no percurso da residência para o trabalho ou deste para aquela (alínea “d” do inciso V).
O relator reforçou, no entanto, que, embora não haja dúvida de que o acidente fatal sofrido pelo trabalhador deva ser considerado, para efeitos previdenciários, como acidente de trabalho, a reparação por danos morais envolve, necessariamente, a análise a respeito da participação do empregador no evento, seja por dolo ou culpa.
A Lei 6.367, lecionou Edmundo, “não impõe ao empregador obrigação de indenizar o trabalhador - ou seus sucessores - por eventual acidente sofrido no trajeto de ida ou volta ao local de trabalho”.
O objetivo da lei, na verdade, esclareceu o desembargador, é garantir ao trabalhador contribuinte o direito ao recebimento de eventual benefício previdenciário, no caso de qualquer infortúnio no deslocamento. (Processo 1595-2006-082-15-00-3 RO).
ATRIBUÍDO AO EMPREGADO CULPA EXCLUSIVA DO ACIDENTE DE TRABALHO
A 8ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT-RS) aceitou o recurso interposto por uma empresa de fabricação de cimentos, que no primeiro grau havia sido condenada a pagar R$ 32.000,00 a um mecânico, por danos decorrentes de acidente de trabalho. Os desembargadores consideraram que a culpa foi exclusiva do empregado, afastando o dever da empresa de indenizá-lo.
O mecânico teve parte do dedo indicador esquerdo amputado enquanto trocava uma engrenagem de máquina rotativa, de ensacagem de cimento. A tarefa deveria ser feita somente com o uso de talhas, as quais o mecânico possuía no momento do acidente. Porém, ao ter uma dificuldade em remover a peça usando as talhas, ele resolveu usar o próprio dedo, que acabou preso na engrenagem, causando o ferimento.
De acordo com a relatora, Desembargadora Cleusa Regina Halfen, os autos comprovam que o autor era qualificado para a função. Além da experiência de três anos, ele havia recebido treinamento, assim como todos os equipamentos de proteção necessários.
Sendo assim, a Turma entendeu que a causa do acidente foi a imprudência do próprio empregado. Ele sabia dos riscos que corria ao não realizar a tarefa com os instrumentos apropriados. Da decisão cabe recurso.
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu a responsabilidade objetiva da Transportes KM e Montagens Ltda. no assalto
sofrido por um motorista carreteiro que após ser atingido por três tiros foi aposentado por invalidez. A decisão reformou entendimento do
Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas /SP).
O motorista narra que em maio de 2002 foi abordado por assaltantes à mão armada, que dispararam dois tiros em sua direção, atingindo-o
nos membros inferiores, o que causou sequelas irreversíveis, e forçou a aposentadoria por invalidez. O assalto teria ocorrido enquanto
aguardava no interior do caminhão a abertura dos portões de descarga da Cargill, na cidade de Cubatão (SP).
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A empresa em sua defesa alega que o motorista havia descumprido ordem de estacionar em local seguro, pago pela empresa, dotado de
pátio iluminado e dependência para banho e refeição, e parou em local ermo e mal iluminado, para conversar com um amigo, segundo
consta do boletim de ocorrência policial.
Alega que não pode ser responsabilizada por atos praticado por terceiro. Argumenta que não havia concorrido com culpa para o fato que
vitimou o motorista. Segundo a empresa, a culpa deveria recair primeiramente sobre o assaltante causador direto do acidente, mas também
sobre o Estado por não propiciar à sociedade brasileira uma segurança forte e incorruptível.
A Vara do Trabalho de Catanduva (SP) concluiu que houve comprovação do nexo de causalidade entre a tentativa de latrocínio e as
sequelas que resultaram na incapacidade do motorista para o trabalho. Todavia a sentença esclarece que não se pode atribuir à empresa a
culpa por um ato praticado por terceiro, em situação considerada risco social a que todos estão expostos. Aplica no caso a culpa subjetiva
disciplinada no art. 7º, XXVIII, da Constituição da República.
Da mesma forma entendeu o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região que manteve a impossibilidade de responsabilização da
empresa, sob o entendimento de que o motorista não exercia atividade de risco.
Ao analisar o recurso do motorista para a Turma, o relator ministro Aloysio Corrêa da Veiga entendeu que a responsabilidade deveria recair
sobre a empresa. Em seu voto o ministro entende que, de acordo com a teoria objetiva do risco, o motorista carreteiro exerce função de
risco.
Explica que a responsabilidade do empregador tem fundamento na teoria do risco da atividade econômica inserida no artigo 2º da CLT,
pois é do trabalho e do risco a ele inerente que o empregado se coloca na situação de sofrer danos, quando cumpre sua obrigação
contratual. Dessa forma entende que mesmo com a comprovação de culpa de terceiro (assaltante), fato que afastaria o dolo ou a culpa da
empresa, recai sobre a empresa a responsabilidade objetiva pelo dano.
Após o reconhecimento da responsabilidade da empresa, a Turma por unanimidade determinou o retorno dos autos à 2ª Vara do Trabalho
de Catanduva (SP), para o exame dos pedidos de pagamento de aposentadoria, dano moral e material e pensão mensal vitalícia pleiteados
na inicial. (Dirceu Arcoverde/RA)
c) Doenças ou afecções especificadas pela legislação do INSS (Exceção: Doença Pré-existente, mas se esta se agravar pode conseguir o Auxílio);
- Carência: sem carência, bastando a filiação; - Exceção: Domésticas e os segurados especiais; - Gera estabilidade ao Trabalhador de 1 ano após seu retorno ao trabalho (Lei nº 8.213/91 em seu Art. 118 e 151) - Quadro de Doenças: Art. 151. Independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao segurado que, após
filiar-se ao Regime Geral de Previdência Social, for acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa;
hanseníase; alienação mental; neoplasia maligna; cegueira; paralisia irreversível e incapacitante; cardiopatia grave;
doença de Parkinson; espondiloartrose anquilosante; nefropatia grave; estado avançado da doença de Paget
(osteíte deformante); síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids); lúpus, epilepsia; contaminação por
radiação e outras que a lei indicar, com base em conclusão da medicina especializada.
Valor do Benefício: 91% do salário(não pode ser inferior ao salário mínimo)- calculado a partir de julho de 94 na base de
80% MAIORES SALÁRIOS- ACHA-SE 91%)
- Preenchimento da CAT (Comunicado de Acidente do Trabalho): 4 vias. (se a empresa não comunicar o empregado, seus dependentes e os sindicatos podem registrar a ocorrência de acidente de trabalho-mas não isenta a empresa da aplicabilidade da multa).
ATUALIZAÇÃO DO APLICATIVO DE CADASTRAMENTO DA CAT PELA INTERNET
O acidente de trabalho ocorrido deverá ser comunicado ao INSS por meio da CAT e deve se referir às seguintes ocorrências:
CAT inicial: acidente do trabalho típico, trajeto, doença profissional, do trabalho ou óbito imediato;
CAT de reabertura: afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho; ou
CAT de comunicação de óbito: falecimento do empregado decorrente de acidente ou doença profissional ou do trabalho, após o registro da CAT inicial.
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A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos campos, em quatro vias, com a seguinte destinação:
1ª via: ao INSS;
2ª via: ao segurado ou dependente;
3ª via: ao sindicato dos trabalhadores; e
4ª via: à empresa.
O cadastramento da "Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT" via internet visa facilitar e agilizar o registro dos Acidentes de Trabalho e das Doenças Ocupacionais, pelo Empregador, havendo ou não afastamento do trabalho por parte do acidentado.
A CAT registrada pela Internet é válida para todos os fins perante o INSS.
No ato do cadastramento da CAT por meio da Internet, o emissor deverá transcrever as informações constantes no atestado médico para o
respectivo campo da CAT, sendo obrigatória a apresentação do atestado médico original por ocasião do requerimento de benefício e da
avaliação médico-pericial.
A CAT registrada por meio da Internet deverá ser impressa, constar assinatura e carimbo de identificação do emitente e médico assistente,
a qual será apresentada pelo segurado ao médico perito do INSS por ocasião da avaliação médico-pericial.
A aplicação permite também imprimir o formulário da CAT em branco para preenchimento das informações do Empregador, do Acidentado, do Acidente e do Atestado Médico.
O documento só será cadastrado com todas as informações preenchidas.
CAT- Comunicação de Acidente do Trabalho (INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 20, DE 11 DE OUTUBRO DE 2007 - DOU DE 10/10/2007
Art. 228. A CAT deverá ser preenchida com todos os dados informados nos seus respectivos campos, em quatro vias, com
a seguinte destinação:
I - 1º via: ao INSS;
II - 2º via: ao segurado ou dependente;
III - 3º via: ao sindicato dos trabalhadores;
IV - 4º via: à empresa”
Contrato de Trabalho por prazo determinado- Não dá direito em caso de acidente de trabalho ocorrido na vigência do mesmo, à manutenção do emprego nos termos do Art. 118 da Lei nº 8.213/91.
TST, através do item II da Súmula 138, que estabelece: “São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a conseqüente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego”.
*Art.171 e 299 do Código Penal: Sanções ao preenchimento inexato da CAT. *ART. 22 da Lei nº 8.213/91: Prazo (1 dia útil) para comunicar o acidente de Trabalho.
DECISÃO NO TRT É FAVORÁVEL À EMPRESA EM ACIDENTE QUE NÃO HOUVE NEXO CAUSAL
O empregado exercia sua atividade como porteiro em shopping no município de Canoas.
Ao acompanhar um descarregamento de mercadorias na doca do shopping, enganchou o pé esquerdo num arame e arranhou o pé, não tendo havido necessidade de sutura.
O exame pericial revelou que o trabalhador possuía insuficiência venosa crônica em ambos os membros inferiores, com quadro de varizes e dermatite ocre.
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De acordo com a relatora do acórdão, Desembargadora Federal do Trabalho Ana Luiza Heineck Kruse, a conclusão da perícia evidencia que não há nexo causal entre o acidente de trabalho e a doença da qual é portador o empregado.
Assim, o TRT-RS manteve a sentença proferida pelo Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Gravataí, a qual declarou a improcedência da ação. Da decisão, cabe recurso.
EMISSÃO DA CAT NO CONTRATO TEMPORÁRIO OU DE EXPERIÊNCIA GERA ESTABILIDADE?
Sergio Ferreira Pantaleão
Empregado temporário é o trabalhador contratado por empresa de trabalho temporário para prestação de serviço destinado a atender necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente, ou a acréscimo extraordinário de serviços.
O contrato de experiência é uma modalidade do contrato por prazo determinado, cuja finalidade é a de verificar se o empregado tem aptidão para exercer a função para a qual foi contratado, bem como para avaliar a adaptação mútua entre as partes.
A emissão da CAT, além de se destinar para fins de controle estatísticos e epidemiológicos junto aos órgãos Federais, visa principalmente a garantia de assistência acidentária ao empregado junto ao INSS ou até mesmo de uma aposentadoria por invalidez.
O art. 22 da Lei nº 8.213/91 prevê que todo acidente de trabalho ou doença profissional deverá ser comunicado pela empresa ao INSS até o primeiro útil seguinte ao da ocorrência e, de imediato, em caso de morte, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social.
Portanto, ocorrendo o acidente de trabalho é obrigatória a emissão da CAT por parte do empregador, independentemente do prazo do contrato e se houve afastamento ou não.
Fica a empresa tomadora ou cliente obrigada a comunicar à empresa de trabalho temporário qualquer acidente, cuja vítima seja trabalhador posto à sua disposição.
O encaminhamento do acidentado ao INSS pode ser feito diretamente pela empresa tomadora de serviço ou cliente, em conformidade com as normas expedidas pelo INSS.
Caso a empresa se recuse a emitir a CAT, podem formalizá-la as seguintes pessoas:
a) O próprio acidentado ou seus dependentes;
b) A entidade sindical competente;
c) O médico quem o atendeu ou qualquer autoridade pública, não prevalecendo, nestes casos, o prazo citado anteriormente.
A legislação prevê por meio do artigo 118 da Lei nº 8.213/91 a estabilidade ao empregado segurado que sofreu acidente do trabalho, pelo prazo de 12 meses após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-acidente.
Assim, podemos entender que a partir do término do auxílio-doença acidentário será garantida a estabilidade ao empregado pelo período de 12 meses, independente deste ter ou não recebido o benefício da Previdência Social (auxílio-acidente), ou seja, bastando que o afastamento pela Previdência tenha ocorrido.
A corroborar com o disposto na norma previdenciária, o TST incluiu o inciso III na Súmula 378, ratificando o direito à estabilidade provisória mesmo nos contratos firmados a títulos precários (contrato determinado), conforme abaixo:
"Súmula 378 do TST: .... III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego, decorrente de acidente de trabalho, prevista no art. 118 da Lei nº 8.213/91. (Inclusão dada pela Resolução TST 185 de 14.09.2012)." Conforme dispõe o art. 443 § 1º da CLT, considera-se contrato por prazo determinado o contrato de
trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado, ou seja, não há expectativa das partes da
continuidade do contrato, pois ambas tem ciência do seu término no ato da contratação.
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No entanto, o entendimento extraído do inciso III da referida súmula está consubstanciado no fato de que a estabilidade provisória objetiva
exatamente a continuidade do vínculo empregatício e a proteção do trabalhador, situação esta que sobrepõe uma relação de emprego por
tempo determinado.
Seja no contrato de experiência ou no contrato determinado (temporário) a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho - CAT
vincula o empregador à obrigação de que dispõe o art.118 da Lei 8.213/91, garantindo assim a estabilidade a todo empregado pelo período
de 12 meses, a contar da cessação do auxílio-doença acidentário.
RESUMO:
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO
É o beneficio devido ao segurado empregado que ficar temporariamente incapacitado para o trabalho em decorrência de acidente do
trabalho.
DEFINIÇÃO DE ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente do trabalho é aquele que ocorre no exercício de atividade a serviço da empresa e provoca lesão corporal ou perturbação
funcional, que pode causar a morte, a perda ou a redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho.
Consideram-se, também, como acidente do trabalho:
A doença profissional ou do trabalho, produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade;
Acidente típico, que é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa;
Acidente de trajeto, que é aquele que ocorre no percurso do local de residência para o de trabalho ou desse para aquele, considerando a distância e o tempo de deslocamento compatíveis com o percurso do referido trajeto.
NOTA: Não se caracteriza como acidente de trabalho o acidente de trajeto sofrido pelo segurado que, por interesse pessoal, tiver
interrompido ou alterado o percurso habitual.
Auxílio-doença por prazo determinado: Até 8 de agosto de 2005, o benefício auxílio-doença era concedido por prazo indeterminado, ou
seja, o benefício seria devido enquanto houvesse a incapacidade que lhe deu origem. O segurado deveria, no entanto, dirigir-se a cada dois
meses ao Instituto Nacional do Seguro Social para perícia médica, com intuito de averiguar se ainda existia ou não a incapacidade
laborativa.A partir do dia 9 de agosto, o benefício do auxílio-doença será concedido apenas pelo tempo determinado pelo médico como
necessário para a recuperação. O intuito é evitar que o segurado retorne a cada dois meses para nova perícia, sobrecarregando o INSS.
Assim, o segurado considerado incapacitado temporariamente vai receber o benefício por um período determinado pelo médico perito como
suficiente para a recuperação. Ao final do prazo, o pagamento será suspenso. O segurado que não se considerar pronto para voltar ao
trabalho mesmo após o prazo terá de marcar nova perícia para continuar recebendo o auxílio-doença.Com essa alteração, ficam os
segurados em uma situação ainda mais vulnerável, já que ao final do prazo de "cura" estipulado pelo médico perito do INSS deverão
retornar ao trabalho independentemente da situação em que se encontrem, devendo fazer outro requerimento. O sistema, com certeza,
estará dificultando o recebimento de um benefício do segurado; benefício esse ligado ao direito à saúde, à vida e à dignidade da pessoa
humana.Ademais, não é possível, um médico, estipular com precisão a data em que o segurado estará apto à retornar à atividade que
habitualmente exercia. Tais peritos médicos passarão a ser chamados, com certeza, de os homens "da previsão da saúde".
Findo o prazo do auxílio-doença, o segurado deverá retornar às suas atividades.Interessante mencionar a Súmula 32 do TST que
estabelece que presume-se o abandono de emprego se o trabalhador não retornar ao serviço no prazo de 30 dias após a cessação do
benefício previdenciário nem justificar o motivo de não o fazer.Observe-se que o empregado não passará pela perícia do INSS, em se
tratando dos primeiros 15 dias, já que ele ainda não estará em gozo de qualquer benefício. Caso a empresa disponha de serviço médico
próprio, ou de convênio, deverá arcar com o do exame médico e do abono de faltas correspondentes.
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Não cabe exigir pedido de prorrogação ou prévio requerimento administrativo para restabelecer pagamento de auxílio-doença
Conselho Federal da Justiça Federal - 20/6/2011
A Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, reunida no dia 14 de junho em Brasília, confirmou o entendimento de
que, para o ajuizamento de ação de restabelecimento de auxílio-doença, não é necessário que o segurado tenha formulado pedido de
prorrogação na esfera administrativa. A decisão foi dada em pedido de uniformização de uma segurada que ficou inconformada com a
extinção, em 1ª e 2ª instâncias, do processo no qual ela pleiteava o restabelecimento de seu benefício. Em ambos os casos, os
magistrados não julgaram o mérito da questão alegando falta de interesse de agir da segurada ao não comprovar pedido de prorrogação de
benefício ou de novo requerimento administrativo à Previdência Social.
A TNU teve entendimento diferente: considerou que a cessação administrativa do pagamento do auxílio-doença já é suficiente para
caracterizar o interesse de agir, pois a alta administrativa equivale por si só a uma negativa da pretensão do segurado a que o benefício
continue sendo pago. Como não se exige o exaurimento da instância administrativa, não é de se condicionar o acesso à jurisdição à
interposição de recurso administrativo. Se isso fosse exigido, estaríamos então separando o indivíduo que sofre os efeitos imediatos de um
ato administrativo da possibilidade de buscar judicialmente a realização de seu direito material, explicou o relator do processo na TNU, juiz
federal José Savaris.
O juiz relator também deixou clara sua preocupação de que o conflito fosse solucionado por uma decisão que fizesse sentido tanto no
sistema normativo quanto no dia-a-dia das pessoas. Ele destacou ainda que o procedimento da alta programada(*), em que pese se afigure
legítimo em princípio, vem apresentando mal funcionamento e causando transtornos dos mais diversos às pessoas que buscam proteção
social quando mais necessitam.Ainda sobre a questão do interesse de agir em matéria previdenciária, Savaris ponderou que o princípio do
acesso à Justiça, fundado no propósito de efetiva pacificação social, deve orientar toda a atividade jurisdicional, especialmente em matéria
previdenciária e destacadamente quando se está diante de uma pessoa que, por circunstâncias alheias à sua vontade, encontra-se
desprovida de recursos materiais para fazer frente às suas mais elementares necessidades. E completou: isso tudo ganha cores ainda mais
intensas no sistema dos juizados especiais federais, que é regido pelos princípios do efetivo acesso ao Judiciário, da informalidade e da
não-burocracia - princípios não raras vezes malferidos.
O magistrado lembrou ainda que esse entendimento já está consolidado na TNU. Deve ser reafirmada a jurisprudência desta Turma
Nacional de Uniformização, que orienta pela desnecessidade de prévio requerimento administrativo para o ajuizamento de ação de
restabelecimento de auxílio-doença, concluiu o juiz José Savaris. Processo nº 2009.72.64.002377-9
(*) Instituído em agosto de 2005, o Copes (Programa Cobertura Previdenciária Estimada), também conhecido como alta programada, é um
procedimento administrativo adotado pelo INSS que estima o tempo de alta do segurado já no momento de concessão de um benefício. Por
meio deste mecanismo, no ato da perícia médica que concede o auxílio, o segurado tem o seu tempo de cura pré-estimado pelo médico
perito. Quando o prazo se encerra, a alta médica é automática e o pagamento do auxílio-doença é suspenso.
ENFERMEIRA CONTAMINADA COM SERINGA COM VÍRUS HIV SERÁ INDENIZADA EM R$ 500 MIL
Fonte: TST - 12/11/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
Duas empresas foram condenadas pela 1ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho após acidente de trabalho que resultou na
contaminação, pelo vírus HIV, de uma técnica de enfermagem. Os ministros restabeleceram a decisão do juízo de primeiro grau, que
arbitrou a indenização no valor de R$ 500 mil, sendo R$ 200 mil por danos morais e R$ 300 mil por danos materiais.
Em 8 de fevereiro de 2008, a enfermeira tentava desobstruir a veia de uma paciente quando, por acidente, furou o dedo com uma seringa, resultando em sangramento. No mesmo dia foi realizado exame para o vírus, dando negativo. Porém, ao repetir o exame em 22 de setembro do mesmo ano, o mesmo deu positivo para HIV.
Como se não bastasse, o coordenador de enfermagem violou o documento contendo o resultado e revelou o resultado não só para a vítima, mas para todos os colegas do quadro de empregados. No dia 31 de julho de 2009, o mesmo coordenador telefonou para a enfermeira e comunicou sua dispensa. Alegou que a nova empresa, que substituiu a então empregadora, não tinha interesse em manter empregados doentes.
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Ação
Inconformada, a enfermeira ajuizou ação trabalhista contra as duas pessoas jurídicas. O juízo de primeiro grau, considerando a
gravidade da doença, a dificuldade na obtenção de nova colocação no mercado de trabalho, o sofrimento decorrente do preconceito e a necessidade de tratamento com medicamentos diversos além do ‘coquetel' fornecido pelo SUS, deferiu indenização de R$ 500 mil em substituição à pensão vitalícia e obrigatoriedade de custear assistência médica.
TRT-6
Não satisfeitas, as empresas recorreram sob a argumentação de que não ficou provado que a autora contraiu o vírus HIV em decorrência do acidente em suas dependências e, muito menos, que as empresas teriam concorrido com culpa para o evento.
O Regional afastou a condenação por dano moral e material por entender que não houve nexo e nem efetivo dano e que "o simples fato
de o acidente ter ocorrido nas dependências do hospital não é suficiente para concluir que tenha ocorrido com culpa, sobretudo em se tratando de profissional habilitada na área de enfermagem, que, logicamente, é treinada para evitar esse tipo de incidente", destacou o acórdão Regional.
TST
No entanto, para o ministro relator, Hugo Carlos Scheuermann, a decisão se baseia no parágrafo único do artigo 927 do Código Civil, que atribui a "obrigação de reparação quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem".
Na decisão, o ministro Scheuermann entendeu que, como a empregada era técnica em enfermagem, o fato dela ter perfurado o dedo e o dano da contaminação são incontestáveis. O relator reformou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (PE), que julgou não haver nexo causal para a condenação. A decisão foi unânime. (Processo: AIRR-124900-50.2009.5.06.0001).
SÍNDROME DE BURNOUT GERA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - Fonte: TST - 05/12/2013 -
Um hospital do Paraná, foi condenado ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 25 mil, a uma psicóloga obrigada a se
aposentar precocemente, em decorrência de um distúrbio psíquico , denominado "síndrome de burnout", ligado à vida profissional. O
hospital insistiu na absolvição, mas seu recurso não foi conhecido pela Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho.
Na reclamação, a empregada informou que desenvolveu doença ocupacional, depressão aguda e depois a síndrome, decorrente de trabalho estressante, em meio ambiente desregrado, permitido pelo empregador.
A chamada síndrome de burnout, conforme definição fornecida na inicial da ação trabalhista, "é uma doença psicológica decorrente da tensão emocional crônica vivenciada pelos profissionais cujo trabalho envolve o relacionamento intenso e frequente com pessoas que necessitam de cuidado e/ou assistência", e se caracteriza por "exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização profissional". Laudo pericial atestou o nexo de concausa entre a doença e o trabalho que ela realizava no hospital.
Condenada ao pagamento da indenização à empregada, o hospital recorreu, sem êxito, ao TST. Seu recurso foi examinado na Sétima Turma pelo ministro Aloysio Corrêa da Veiga.
Ele observou que o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) avaliou que o valor da condenação condizia com o dano, servindo para compensar o sofrimento da psicóloga e inibir a reiteração da prática pelo empregador. (Processo: RR-326600-65.2006.5.09).
2- AUXÍLIO ACIDENTE: É concedido em forma de Indenização ao empregado com CTPS assinada- Desde que este tenha ficado com sequelas definitivas que tenham provocado a redução da capacidade de trabalho.
- Carência: sem carência, porque normalmente sucede o Auxílio-Doença. - O trabalhador recebe até se aposentar - normalmente 50% do valor do benefício antes recebido. - Quem não recebe: Domésticos, contribuinte individual e facultativo e desempregados. - Não precisa mais apresentar documentos que já tenham sido fornecidos.
NEM TODOS OS TRABALHADORES TÊM DIREITO AO AUXÍLIO ACIDENTE
Auxílio-acidente é um benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e fica com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. De acordo com o art. 86 da Lei 8.213/91 este benefício será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das
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lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Comprovado a redução da capacidade e tendo o segurado retornado ao trabalho, o referido auxílio será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
Consoante o disposto no art. 104 do RPS, bem como no art. 311 da IN INSS 45/2010, têm direito ao benefício o trabalhador:
empregado;
o trabalhador avulso;
segurado especial.
Não recebem esse benefício:
empregado doméstico;
o contribuinte individual;
facultativo.
Não dará ensejo ao benefício o caso:
I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa; e
II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.
A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente quando, além do reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que o segurado habitualmente exercia.
A renda mensal do benefício será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício o percentual equivalente a 50% (cinquenta por cento) do salário de benefício.
O salário de benefício do auxílio-acidente consiste na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo.
Não há necessidade de requerer o auxílio-acidente. Quando do encerramento do auxílio-doença acidentário, a pericia médica do INSS reconhecerá o direito ao beneficio indenizatório se ficar caracterizada sequela irreversível.
Para concessão do auxílio-acidente não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter qualidade de segurado e comprovar a impossibilidade de continuar desempenhando suas atividades, por meio de exame da perícia médica da Previdência Social.
Por ter caráter de indenização, tal benefício pode ser acumulado com outros benefícios pagos pela Previdência Social exceto aposentadoria ou auxílio doença concedido em razão da mesma patologia que deu origem à sequela. Assim, essa modalidade de benefício, concedida para segurados que recebiam auxílio-doença acidentário, deixa de ser paga se o trabalhador se aposentar ou vier a falecer.
Para atualizações, exemplos e jurisprudências, acesse Auxílio Acidentário no Guia Trabalhista On Line. Conheça a obra Direito Previdenciário (abaixo) e tenha outras informações sobre este de outros benefícios previdenciários, exemplos práticos que demonstram o valor da renda mensal inicial, carência, beneficiários, início e cessação do benefício.
DECRETO Nº 6.042, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007
Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, disciplina a aplicação,
acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP e do Nexo Técnico Epidemiológico, e dá outras providências. (EM
VIGOR DEDE 1º DE ABRIL DE 2007)
O Decreto nº 6.042/2007 criou duas formas de a Previdência regular a incidência de doenças profissionais, a saber, o Nexo Técnico
Epidemiológico (NTE) e o Fator Acidentário Previdenciário (FAP).
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NETP: ATIVIDADE E DOENÇA X FAP (FATOR MULTIPLICADOR QUE VAI 0,5 A 2,0)
NETP: NASCE DO CRUZAMENTO DO CNAE X CID 10- PODENDO INCLUSIVE DISPENSAR A EMISSÃO DA CAT (HOJE
SUBNOTIFICADAS): GERANDO UMA LISTA DE ACIDENTES CONSIDERADOS (GERADA ATRAVÉS DO FAP)- AS EMPRESAS
TIVERAM ATÉ 31/08/07 PARA CONTESTAR ESTA LISTA-PORTARIA Nº 269, DE 02/07/07: SE O CRIZAMENTO DER:
-POSITIVO(DOENÇA): É BENEFÍCIO ACIDENTÁRIO (B91): RECOLHE FGTS E GERA ESTABILIDADE
-NEGATIVO(DOENÇA): É BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO (B31): NÃO RECOLHE FGTS E NÃO GERA ESTABILIDADE
*DIANTE DO RESULTADO ACIMA A EMPRESA TEM 15 DIAS PARA RECORRER C/ EFEITO SUSPENSIVO: 1º AO INSS E DEPOIS
AO CONSELHO DE RECURSOS DO INSS.
- GRANDE RESPONSABILIDADE ATRIBUÍDA AO PERITO DO INSS- ELE AVALIA ATRAVÉS DE ESTATÍSTICAS (EM TESE A FALHA
SERIA MENOR);
-A EMPRESA VAI ESCOLHER SEU CNAE DE ACORDO COM SUA ATIVIDADE (PRINCIPAL E SECUNDÁRIA) E GRAU DE RISCO;
--A TRIBUTAÇÃO SE DÁ POR MEIO DO FGTS (GUIA) EM 1%, 2% OU 3%- SE HOUER ERRO NA ESCOLHA A EMPRESA PODE SER
MULTADA EM ATÉ 100%;
FAP:
- LEVA EM CONTA FREQUÊNCIA, GRAVIDADE E CUSTO DO ACIDENTE;
- RESULTA EM DIMUNUIÇÃO OU AUMENTO DA ALÍQUOTA DO SAT, OU SEJA, PAGA-SE MENOS OU MAIS IMPOSTO PARA O
GOVERNO, DE ACORDO COM O INVESTIMENTO POR PARTE DAS EMPRESAS EM SEGURANÇA E PREVENÇÃO;
NETPS X FAP= INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA À FAVOR DO EMPREGADO
****Críticas: O NETP deveria considerar outras varáveis além do CNAE a da CID 10 como o tipo de Cargo, Função, Sexo, Idade e
tempo de Serviço.-Por isso pode haver hipernotificação de Acidente de Trabalho.Ex.: CNAE 0210-Cultivo de Mudas em viveiros
Florestais e o 1532- Fabricação de Tênis de qualquer material x CID S00-S09- Traumatismo de cabeça. (Visão distorcida).O NETP
deveria indicar o nexo causal ao invés de ser o próprio nexo causal. (É um nexo sem nexo).O NETP é voltado para um
determinado tipo de doença com grande incidência numa atividade econômica, deixando outras doenças de lado, como por
exemplo o bancário da CEF que trabalha no penhor e fica em contato com substâncias químicas... não há NETP ainda para este
caso!
FAP - FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO O Decreto 6.042/2007 instituiu a aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de Prevenção - FAP e do Nexo Técnico Epidemiológico, através da inclusão do artigo 202-A no Regulamento da Previdência Social. DA VIGÊNCIA DO DECRETO
O Decreto 6.042/2007 produzirá efeitos a partir do primeiro dia: I - do mês de abril de 2007, quanto aos arts. 199-A e 337 e à Lista B do Anexo II do Regulamento da Previdência Social; II - do quarto mês subseqüente ao de sua publicação, quanto à nova redação do Anexo V do Regulamento da Previdência Social; e III - do mês de setembro de 2008, quanto à aplicação do art. 202-A do Regulamento da Previdência Social, observado, ainda, o disposto no § 6º do mencionado artigo. ATIVIDADE PREPONDERANTE E CORRESPONDENTE GRAU DE RISCO
Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de segurados empregados e trabalhadores avulsos. É de responsabilidade da empresa realizar o enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social revê-lo a qualquer tempo. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos percentuais seguintes,
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incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: Quadro I
Grau Risco Tipo de Risco (%) Contribuição
Grau 1 Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado leve 1 %
Grau 2 Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado médio 2 %
Grau 3 Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado grave 3 %
AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DAS ALÍQUOTAS POR DESEMPENHO DA EMPRESA
As alíquotas constantes no quadro I serão reduzidas em até 50% (cinqüenta por cento) ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da empresa em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção - FAP.
PUBLICAÇÃO DOS ÍNDICES
O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, sempre no mesmo mês, os índices de freqüência, gravidade e custo, por atividade econômica, e disponibilizará, na Internet, o FAP por empresa, com as informações que possibilitem a esta verificar a correção dos dados utilizados na apuração do seu desempenho. CARACTERIZAÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo.Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID) em conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II do RPS. DOS RECURSOS - EMPRESA X SEGURADO
Da decisão do requerimento da inexistência do nexo causal cabe recurso, com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da Previdência Social, nos termos dos artigos 305 a 310 do Decreto 3.048/99. DA APLICAÇÃO DA LEI E DO COMUNICADO ÀS EMPRESAS
A aplicação inicial quanto ao aumento ou diminuição das alíquotas em função do cálculo anual do FAP fica condicionada à avaliação do desempenho das empresas até 31 de dezembro de 2006. Para obter a íntegra do presente tópico, atualizações, exemplos e jurisprudências, acesse FAP - Fator Acidentário Previdenciário no Guia Trabalhista On line.
EMPRESA VOLTA A PAGAR SAT COM INCIDÊNCIA DO FAP
Fonte: TRF/4ªRegião - 01/08/2011 -
A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), reformou decisão de primeiro grau e considerou legal a incidência do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) sobre o Seguro de Acidente do Trabalho (SAT) a serem pagos por uma indústria.
A empresa ajuizou mandado de segurança na 1ª Vara Federal de Curitiba em fevereiro de 2010 e obteve liminar determinando a suspensão da exigibilidade da cobrança do SAT com a alíquota majorada pelo FAP, decisão essa confirmada pela sentença, proferida em julho de 2010.
A empresa alega que o decreto nº 6.957/2009, que instituiu o FAP, e as Resoluções nºs 1.308/2009 e 1.309/2009 do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) invadem a reserva de lei ordinária, sendo inconstitucionais.
O FAP é um índice aplicado sobre a contribuição SAT, e é apurado de acordo com o desempenho da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, a partir da criação de um índice composto pelos seguintes parâmetros: gravidade, frequência e
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custo dos benefícios previdenciários decorrentes de afastamentos por doença e/ou acidentes de trabalho sofridos pelos seus empregados.
Esse cálculo, tanto pode resultar em aumento, como em diminuição da contribuição. Em síntese, a empresa paga mais quanto maiores os acidentes de trabalho ocorridos.
A Fazenda Nacional apelou contra a decisão no tribunal argumentando que a metodologia do FAP foi aprovada pelo Conselho Nacional de Previdência Social, através de decreto e que o fator possui caráter pedagógico, pois estimula as empresas a adotarem políticas mais eficazes de saúde e segurança no trabalho.
Após analisar o recurso, a desembargadora federal Maria de Fátima Freitas Labarrère, relatora do processo, decidiu pela reforma da sentença. Segundo a magistrada, a regulamentação do FAP pelo Decreto 6.957/2009, não implica em afronta ao princípio da legalidade insculpido artigo 150, I, da Constituição, já que as disposições essenciais à cobrança da contribuição se encontram delineadas nas leis 8.212/91 e 10.666/2003.
“A metodologia aprovada do FAP acabou por implementar o aumento da cobrança em relação às empresas nas quais se verificou a ocorrência de acidentes do trabalho superiores à média, recompensando, por outro lado, as empresas que tenham empreendido melhorias, dando efetividade à cultura de prevenção de acidentes e doenças do trabalho”, escreveu em seu voto. (AC 5000771-41.2010.404.7000/TRF).
NEGLIGÊNCIA DE EMPRESA EM ACIDENTE DE TRABALHO ASSEGURA RESSARCIMENTO DE QUASE R$ 1 MILHÃO AO INSS
Fonte: AGU - 02/09/2011 -
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na Justiça Federal, a condenação de uma Companhia de Energia Elétrica, para que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seja ressarcido em R$ 950 mil reais por despesas com o pagamento de benefício por morte a dependente de empregado da que se acidentou durante o expediente. Os procuradores federais sustentaram que o acidente foi causado por negligência da empresa no cumprimento de regra de segurança. O empregado da empresa exercia a função de eletricista e, enquanto fazia manutenção de linha aérea de distribuição a cerca de oito metros de altura, caiu do poste. Na queda, bateu com a cabeça no piso da calçada e faleceu. Diante disso, foi concedido o benefício de pensão por morte para a dependente.
A Procuradoria Regional Federal da 4ª Região (PRF4) e a Procuradoria federal Especializada junto ao INSS destacaram que a fiscalização e o cumprimento das normas de proteção à saúde e segurança do trabalhador eram insuficientes, pois os equipamentos de proteção individual - como paraquedas, trava-queda, corda de linha de vida e talabarte de segurança - estavam em falta e a cesta aérea que deveria estar fixada no poste também. Além disso, os procuradores demonstraram que a empresa não preparou o empregado para a correta e pronta análise dos riscos que envolviam as atividades de manutenção de redes elétricas, tampouco realizou a manutenção preventiva na área de transmissão de energia elétrica. A empresa chegou a argumentar que ação era inconstitucional, pois já paga o Seguro Acidente do Trabalho (SAT/RAT) para situações como essa. Para a companhia, seria indevida a cobrança feita na ação regressiva.
Entretanto, com base nos laudos da Seção de Segurança e Saúde do Trabalhador (Segur) da Superintendência Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul (SRTE/RS), os procuradores federais conseguiram comprovar a culpa da empresa. A Justiça Federal do Rio Grande do Sul acolheu integralmente os argumentos das procuradorias e condenou a empresa ao ressarcimento das parcelas vencidas e vincendas da pensão por morte acidentária. Estima-se que o ressarcimento da ação será de aproximadamente R$ 950 mil.Para o procurador federal que atuou no caso, Humberto Macelaro, "a condenação imposta ao empregador nos autos da ação regressiva em referência é exemplar, pois atesta inequívoca chancela do Poder Judiciário aos argumentos expostos pelo INSS quanto à caracterização do comportamento negligente da empresa como causa direta do lamentável acidente de trabalho". Segundo ele, a decisão conforta e reforça a atuação proativa que a Procuradoria-Geral Federal (PGF) vem revelando na seara das ações regressivas acidentárias, "cujo objetivo reside fundamentalmente na adoção de uma cultura de proteção do trabalhador no meio empresarial e, em última análise, na redução dos infortúnios laborais". A PRF4 e PFE/INSS são unidades da PGF, órgão da AGU. Ref.: Ação Ordinária nº 5031282-13.2010.404.7100- JFRS.
EMPRESAS DE NAVEGAÇÃO TERÃO QUE RESTITUIR QUASE R$ 1 MILHÃO AO INSS EM AÇÃO REGRESSIVA
Fonte: AGU - 18/11/2011 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu, na Justiça, mais uma ação de ressarcimento aos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pelo pagamento de pensão por morte à viúva de beneficiário acidentado enquanto realizava trabalho para empresas de navegação.
O acidente fatal aconteceu em 2004 quando um empregado de duas empresas de reparos navais realizava pintura no casco de um navio. A passarela de pintura rompeu-se, projetando-o no piso do dique de uma altura de aproximadamente 15 metros de altura. Desde então, o INSS vem pagando pensão mensal à viúva no valor de R$ 1.938,30.
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Os procuradores federais que atuam na Seção de Cobrança e Recuperação de Crédito da Procuradoria Seccional Federal (PSF) de Niterói (RJ) comprovaram a responsabilidade civil das duas empresas contratantes. A ação da Procuradoria visa o ressarcimento ao Instituto dos valores já pagos e das parcelas futuras, tendo em vista que o dano foi causado à autarquia e, indiretamente, à sociedade. "Os responsáveis pelos eventos decorrentes da negligência em relação às normas padrão de segurança e higiene do trabalho devem indenizar a autarquia pelos gastos com o pagamento de benefícios originados da conduta culposa", diz um trecho da defesa da PSF Niterói.
Fiscalização De acordo com laudo Delegacia Regional do Trabalho no Rio de Janeiro (DRT), a passarela que se rompeu provocando a queda estava em estado avançado de corrosão, além de suas vigas principais de sustentação, de espessura inferior à constante do projeto, também estarem visivelmente comprometidas pela ferrugem.
Apesar de a empresa alegar que cumpriu as normas de segurança previstas, os procuradores demonstraram que, segundo a Lei 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social, a empresa não somente é responsável pela garantia da segurança do trabalhador, como também, pela tomada das medidas necessárias para o seu uso, como, por exemplo, a prática de fiscalização efetiva.
Os procuradores acrescentaram, ainda, já haver súmula (nº 289) no Tribunal Superior do Trabalho com o entendimento de que "a responsabilidade do empregador inclui a fiscalização do uso do equipamento, sob pena de persistir a incidência do adicional de insalubridade".
O juízo da 2ª Vara Federal de Niterói acatou os argumentos da PSF e decidiu condenar as empresas "solidariamente, ao pagamento de valor correspondente às mensalidades da pensão pela morte do segurado, vencidas e vincendas entre março de 2004 e novembro de 2023, corrigidas monetariamente e acrescidas de juros de mora na forma do Manual de Cálculos do CJF".
O valor da causa em 2004 era de R$ 125.393.21, mas levando-se em conta, pela tábua de mortalidade do IBGE, que a expectativa de vida da viúva seria de 415 meses, o INSS espera um ressarcimento de aproximadamente R$ 950 mil.
A PSF/Niterói é uma unidade da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU. (Ref.: Ação Regressiva nº 0001476-86.2009.4.02.5102 - Vara Federal de Niterói)
FATOR ACIDENTÁRIO: MINISTÉRIO LIBERA CONSULTA NESTA SEXTA -Fonte: MPS - 30.11.2007
Os dados de doenças e acidentes do trabalho, registrados entre 1º de maio de 2004 e 31 de dezembro de 2006, que servirão de base para
o cálculo do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), estarão disponíveis na página do Ministério da Previdência Social (MPS) a partir desta
sexta-feira (30). A empresa pode conferir as informações de casos envolvendo seus funcionários no ícone "Fator Acidentário de Prevenção"
no endereço www.previdencia.gov.br.
No mesmo endereço, o MPS colocou à disposição todos os textos legais relativos ao FAP, como as leis 11.430, de 2006, e 10.666, de
2003, portarias e decretos. Para consultar os dados, a empresa deverá fornecer o número de CNPJ e a senha que usa para consulta ao
cadastro de empresa de extrato de contribuições. Caso ainda não tenha a senha, pode requerê-la na Receita Federal do Brasil
(www.receita.fazenda.gov.br).
As empresas terão 30 dias, a partir desta sexta-feira, para apresentar contestação, caso discordem das informações da Previdência. O
recurso terá que ser apresentado nas Agências da Previdência Social (APS).
Com a aplicação do FAP individual, a partir de janeiro de 2009, as empresas que registram maior número de acidentes e doenças
ocupacionais terão uma alíquota maior de contribuição ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que hoje é de 1%, 2% e 3%. Esses
percentuais podem ser aumentados em até 100%. Já aquelas com menor risco terão as alíquotas de contribuição reduzidas.
O diretor do Departamento de Políticas de Segurança e Saúde Ocupacional do MPS, Remígio Todeschini, ressalta que a implantação do
FAP individual faz parte do esforço do governo para criar no país a cultura da prevenção. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais,
diz, têm um alto custo para o país. Só a Previdência Social gasta, por ano, R$ 9,8 bilhões com pagamento de auxílios-doença,
aposentadorias e outros benefícios acidentários. Considerando os gastos com saúde e os impactos na produção, o custo chega a R$ 39,32
bilhões por ano.
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OHSAS 18001:2007
A nova OHSAS 18001 especifica os requisitos para um sistema de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho (SST), para permitir
que qualquer tipo de organização controle de forma mais eficaz seus riscos de acidentes e doenças ocupacionais e melhore seu
desempenho em SST (o que, aliás, vai ao encontro da nova legislação brasileira sobre o FAP - Fator Acidentário de Prevenção - e
sobre o NTEP - Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário).
Sumário das mudanças mais significativas entre a OHSAS 18001:2007 e a edição de 1999:
Foi dada maior ênfase à importância da “Saúde”.
A OHSAS 18001 agora se autodenomina uma norma, e não uma especificação ou documento como na edição anterior. Isso reflete o aumento da adoção da OHSAS 18001 como base de normas nacionais para sistemas de gestão da Segurança e Saúde no Trabalho.
O diagrama do modelo PDCA (Plan-Do-Check-Act = Planejar-Fazer-Verificar-Agir) somente é apresentado na Introdução, em sua íntegra, e não também como diagramas segmentados, no início de cada uma das seções principais.
Foram adicionadas definições novas e as definições existentes foram revisadas.
Houve em toda a norma melhoria significativa no alinhamento com a ISO 14001:2004 e aumento da compatibilidade com a ISO 9001:2000.
Foi introduzido um novo requisito para que seja considerada a hierarquia dos controles como parte do planejamento da SST.
A gestão de mudanças é agora tratada de maneira mais explícita.
Foi incluída uma nova seção sobre “Avaliação de Compliance”, ou seja, “Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros”.
Foram introduzidos novos requisitos para a participação e consulta.
Foram incluídos novos requisitos para a investigação de incidentes.
Para as organizações já certificadas pela OHSAS 18001:1999, ou que estejam prestes a obter a certificação, será considerado um
"período de transição" de 2 anos para que elas façam a mudança para a nova norma. O período de transição terminará no dia 01
de julho de 2009.
Para as organizações que estão iniciando o caminho rumo à certificação OHSAS 18001 e estão buscando orientações que as
auxiliem no processo de implantação, recomenda-se a utilização de sua "norma irmã": a OHSAS 18002:2000 - Diretrizes para a
implementação da OHSAS 18001. Embora a OHSAS 18002 tenha suas seções alinhadas à edição anterior da OHSAS 18001, ela
ainda contém valiosas recomendações sobre como atingir a conformidade. O OHSAS Project Group irá iniciar em breve a revisão
da OHSAS 18002, estando prevista sua publicação como norma revisada no terceiro trimestre de 2008.
CUIDADO
INSS vai ampliar ações regressivas contra empresas São Paulo/SP - Uma nova resolução do Conselho Nacional de Previdência
Social determinou que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) incremente o ingresso de ações regressivas na Justiça contra
os empregadores considerados responsáveis por acidentes de trabalho nos quais há negligência ou imprudência no
cumprimento de normas de segurança e higiene por parte das empresas. O objetivo da Resolução nº 1.291 é garantir o
ressarcimento dos gastos do INSS com o pagamento de benefícios de auxílio durante períodos de afastamento e nos casos de
morte, com a transferência dos benefícios pagos aos familiares.
Segundo dados do INSS, atualmente Manaus e Londrina, no Paraná, são as cidades onde se localizam as empresas que mais
sofrem ações regressivas no país. Com a nova resolução, o órgão pretende priorizar as situações que envolvam empresas
consideradas grandes causadoras de danos e de acidentes graves, dos quais tenham resultado a morte ou a invalidez de
empregados segurados.
A norma está baseada nos artigos 120 e 121 da Lei nº 8.213, de 1991, que define os planos de benefício da Previdência Social, que
estabelecem que o pagamento dos benefícios relacionados a acidentes de trabalho feito pelo INSS não exclui a responsabilidade
civil da empresa. Alguns especialistas em direito previdenciário já contestam a nova regra da Previdência, com o argumento de
que a ação regressiva é injusta, já que as empresas pagam mensalmente o Seguro Acidente de Trabalho (SAT). "É no mínimo
estranho exigir que a empresa pague duas vezes pelo mesmo motivo", diz o advogado José Alberto Fernandes Lourenço,
especialista em direito previdenciário do escritório Albino Advogados Associados. Lourenço acredita que a Justiça tende a ser
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favorável às empresas que contestarem as ações egressivas do INSS, pois não vê fundamento jurídico na nova resolução. Mas,
para Helmut Schwarzer, secretário de políticas de previdência social do NSS, a cobrança do SAT não deve coibir as ações
regressivas. "O SAT não exime o empregador de tomar as medidas devidas para garantir a saúde e segurança do trabalhador",
afirma. Segundo a assessoria de imprensa do NSS, as ações regressivas tendem a aumentar gradativamente e evitarão que as
empresas dividam com a sociedade um prejuízo com o qual elas é que deveriam arcar. "Bons empregadores não têm motivo para
temer ações Regressivas", diz Schwarzer. Com a nova resolução da Previdência, as empresas tendem a investir mais em
segurança do trabalho e a exigir uma maior atuação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa), para minimizar os
riscos de acidentes. "Estou recomendando aos meus clientes que destaquem a importância da Cipa na empresa para evitar os
processos", diz a advogada Akira Valeska Sabrin, da banca Martinelli Advocacia Empresarial. (LC)*
ENFERMIDADE DEGENERATIVA PODE SER CLASSIFICADA COMO DOENÇA OCUPACIONAL
Fonte: TRT/MG - 29/08/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
As doenças degenerativas indicam o desgaste anormal dos diversos tecidos humanos. Elas podem ocorrer em qualquer idade, sendo
errôneo relacioná-las exclusivamente ao processo natural de envelhecimento das pessoas. Quando são desencadeadas por determinadas
condições existentes nas atividades desenvolvidas pelo trabalhador ou nos ambientes de trabalho são classificadas como doenças de
origem ocupacional.
Adotando esse entendimento, expresso no voto do desembargador César Machado, a 3ª Turma do TRT-MG, deu provimento parcial ao
recurso do empregado, não só para manter a indenização por danos morais deferida, mas também para aumentar o seu valor para
R$10.000,00.
Ao ajuizar a ação, o reclamante alegou que adquiriu doença ocupacional em razão das condições em que exercia o seu trabalho, o que lhe causou danos de ordem moral e material. Ele pleiteou indenizações e pensão vitalícia. Já a ré se defendeu, negando a existência de qualquer ato ilícito, por ação ou omissão, que pudesse causar lesão à saúde do empregado.
Afirmou que ele não foi vítima de qualquer acidente de trabalho ou doença ocupacional, não tendo a doença dele qualquer relação com
as atividades desenvolvidas na empresa. Mas, para o juiz de 1º Grau, houve sim a ocorrência de acidente típico de trabalho e falha no dever da empregadora de zelar pela saúde e segurança do trabalhador. É que ela deveria adotar as medidas necessárias para impedir o adoecimento ou lesão à saúde do empregado. Como falhou nessa missão, foi condenada a pagar indenização por danos morais, no valor de R$4.000,00.
Tanto o empregado quanto a empresa recorreram da sentença, o primeiro pleiteando o aumento da indenização e a segunda, a exclusão da obrigação de pagá-la.
Ao confirmar a condenação, o relator destacou que o fato de a doença ser considerada degenerativa não exclui a possibilidade de que venha a ser classificada como doença do trabalho, pois ela pode ser desencadeada por condições especiais existentes nas atividades e/ou nos ambientes de trabalho. Ele frisou que a expressão doença degenerativa, por possuir várias causas, não deve ser utilizada de forma genérica para afastar a ligação entre o que a causou e o trabalho desenvolvido pelo empregado. Até porque a doença degenerativa indica o desgaste anormal dos diversos tecidos humanos, podendo ocorrer em qualquer idade, inclusive em crianças.
Para o magistrado o perito agiu com acerto ao estabelecer o nexo causal indireto e concausa para o caso da doença do reclamante. E, mesmo que ele não esteja incapacitado para o trabalho, houve redução em sua capacidade laboral, pois, para que voltasse a atuar como
operador de empilhadeira, haveria necessidade de adaptar a máquina à sua nova condição ergonômica. Além disso, a reclamada não
apresentou qualquer documento assinado pelo reclamante atestando que ele tenha recebido treinamento sobre o risco ergonômico referente a posturas específicas na linha de produção.
Diante da natureza das lesões e do descaso da ré em oferecer um ambiente de trabalho sadio, o relator entendeu ser necessária a elevação da indenização por danos morais para R$10.000,00. Acompanhando esse entendimento, a Turma deu provimento parcial aos recursos da reclamada e do reclamante, mantendo a decisão de 1º Grau quanto ao pagamento da indenização por danos morais, que foi aumentada para R$10.000,00. (0000212-11.2011.5.03.0104 RO).
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EMPRESA INDENIZARÁ INSS POR GASTOS DE PENSÃO POR MORTE POR ACIDENTE DE TRABALHO -Fonte: TRF- 2ª Região- 17/03/2011 -
A 8ª Turma Especializada do TRF2, de forma unânime, condenou uma empresa de empreendimentos imobiliários a indenizar o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) por todos os gastos com o pagamento de pensão por morte às filhas de um empregado vítima de acidente de trabalho. A empresa deverá ressarcir os atrasados e repor mensalmente os valores pagos às beneficiárias. O relator do caso no Tribunal é o desembargador federal Poul Erik Dyrlund.De acordo com os autos, o empregado, que trabalhava na construção de um condomínio, no Espírito Santo, faleceu quando removia peças de sustentação do andaime. Para isso, a vítima subiu até a 10ª laje e, apoiando-se no caibro de suporte da cancela, tentou alcançar o elevador, que estava 1,40m acima do piso.A peça de sustentação, entretanto, não suportou o peso do empregado, deslocando-se, o que gerou a queda livre da vítima no poço do elevador.O INSS, em suas ponderações, afirmou que o acidente foi provocado por desrespeito às normas de segurança e medicina do trabalho. Além disso, sustentou que a Previdência Social, nos termos da Lei n° 8.213/91, deve propor "ação regressiva contra quem deixar de cumprir o dever legal de observância das normas de segurança e higiene do trabalho, objetivando a reparação dos cofres públicos de seguros acidentários concedidos em função de acidente".Já a empresa, alegou, entre outros argumentos, que não seria a empresa empregadora do referido trabalhador, sendo apenas a administradora do condomínio, e que não poderia "sofrer os efeitos de uma condenação, firmada em obrigações trabalhistas de proteção ao trabalhador sobre as quais não poderia direta ou indiretamente intervir". Segundo a empresa, o verdadeiro contratante seria o próprio condomínio. No entanto, para o relator do processo, desembargador federal Poul Erik Dyrlund, o simples fato de a vítima não ser empregada da empresa não é capaz de afastar sua responsabilidade. "Nos termos do art. 120 da Lei n° 8.213/91, a ação regressiva poderá ser proposta em face dos responsáveis. E é possível vislumbrar pelos diversos documentos acostados aos autos que a empresa, era a responsável pela obra, estando ao alcance da mesma agir para evitar o acidente", explicou.O magistrado também ressaltou que a principal razão do acidente foi o fato de que a cancela do elevador estava aberta, permitindo à vítima entrar “sem que o elevador estivesse nivelado ao pavimento, o que ocasionou sua queda". (Proc. 2009.50.01.000040-8).
AÇÕES REGRESSIVAS DO INSS CONTRA AS EMPRESAS - O CERCO ESTÁ SE FECHANDO!
Fonte: CSJT - 25/10/2011 –
Juízes do Trabalho de todo o Brasil têm à sua disposição um canal com o INSS de sua região para informar ao órgão a respeito de ações trabalhistas sobre acidentes de trabalho.
A ideia é dar rapidamente ao Instituto conhecimento da existência de tais ações, de forma a permitir que ele adiante as providências necessárias para entrar com as ações regressivas contra o empregador a fim de obter o ressarcimento de valores pagos a títulos de benefícios previdenciários quando um acidente de trabalho acarretar a morte, deficiência ou incapacidade ao exercício profissional do trabalhador, por inobservância das normas de segurança e higiene do trabalho, como possibilita o artigo 120 da Lei n.º 8.213/91 (Lei da Previdência Social).
O aviso deverá ser feito pelos juízes do Trabalho por meio de e-mail institucional, após a decisão sobre a culpa do empregador em 1º e 2º graus, independente do trânsito em julgado. Ele será destinado aos órgãos de execução da Procuradoria Regional Federal, que entra com as ações regressivas em nome do INSS.
O e-mail antecipado vai permitir que o INSS possa, por exemplo, aproveitar as provas do processo trabalhista para iniciar de imediato as ações regressivas cabíveis, evitando as prescrições que comumente ocorrem quando a ação de regresso só é iniciada após a ação trabalhista já tiver transitado em julgado.
A medida é resultado de uma proposta do Comitê Institucional criado pelo Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho, do qual o INSS é parceiro do TST desde setembro último. Ela tem relevância social, pois facilitará ao Instituto reaver o que foi gasto com o segurado por culpa da negligência da empresa em fornecer equipamentos de segurança ou fiscalizar sua utilização, por exemplo.
Além da questão econômica, a ação de regresso tem caráter pedagógico, na medida em que incentiva as empresas a adotarem as medidas necessárias para a garantia da higiene e segurança do trabalho
ASSALTO EM LOCAL DE TRABALHO NÃO GARANTE INDENIZAÇÃO A EMPREGADO
Fonte: TRT/RJ - 22/07/2011 -
Dois empregados da uma companhia responsável pela limpeza urbana e outros serviços de conservação na cidade serrana – não conseguiram o direito à indenização por danos moral e material.
Os trabalhadores foram vítimas de um assalto nas dependências da empregadora. A ação previa indenização de 200 salários mínimos, além do custeio de despesas médicas com tratamento por estresse pós-traumático até os 65 anos de idade.
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O fato aconteceu na madrugada do dia 31 de outubro de 2008, quando o local foi invadido por assaltantes. Armados, os criminosos renderam um vigia e um motorista em serviço e roubaram dois caixas eletrônicos de um banco, instalados na empresa.
O pedido foi julgado improcedente pela 2ª Vara do Trabalho de Petrópolis, com a fundamentação de que não houve nexo de causalidade entre o evento ocorrido e a responsabilidade do empregador, não podendo ser imputada qualquer culpa à ré.
Esse entendimento foi mantido em 2ª instância, onde a desembargadora Edith Maria Corrêa Tourinho, relatora do recurso ordinário interposto pelos trabalhadores, afirmou que a segurança pública é dever do Estado e não do empregador e o nexo causal não restou comprovado.
A magistrada ressaltou que “a obrigação de indenizar está condicionada à existência de prejuízo decorrente de ato ou omissão de determinado agente e, justamente nesse aspecto, se conclui que não há elementos nos autos para que se estabeleça a responsabilidade da ré”.
Ainda segundo a relatora, a aplicação da teoria da responsabilidade objetiva – segundo a qual a obrigação de reparar o dano existe independentemente da culpa que possa ser atribuída ao responsável pela reparação – somente é cabível quando a atividade normal da empresa caracterizar-se como perigosa.
“No caso dos autos, restou demonstrado que o assalto tinha por finalidade subtrair caixas eletrônicos que sequer pertenciam à empresa.
Cabe ressaltar que além de assalto à mão armada consistir em caso fortuito, derivado de ato de terceiro, não se pode imputar culpa à ré sob a alegação de que esta não adotou medidas necessárias à prevenção do incidente, porquanto não se trata de fato que pudesse ser previsto ou evitado”, concluiu a desembargadora.
EMPRESA PAGARÁ INDENIZAÇÃO SUBSTITUTIVA DO SEGURO POR INVALIDEZ AO TRABALHADOR
Fonte: TRT/MG - 20/07/2011 -
Na Vara do Trabalho de Araxá, a juíza substituta Sandra Carla Simamoto da Cunha condenou uma grande empresa de fertilizantes a pagar
a um trabalhador, que foi dispensado após se acidentar em serviço, indenização substitutiva do seguro por invalidez.
É que o empregado teria direito a receber esse seguro, caso a reclamada não o tivesse dispensado no período da estabilidade acidentária e nem tivesse cancelado a apólice que havia sido estipulada em seu benefício, conforme previsto nas normas coletivas da categoria.
Visando à solução do processo, a magistrada enviou ofício à seguradora com a qual a reclamada mantinha contrato de seguro e obteve a informação de que a apólice estabelecida em favor do empregado previa cobertura para, entre outras hipóteses, invalidez permanente, total ou parcial, por acidente, mas a vigência ocorreu de novembro de 2003 a fevereiro de 2008, quando o trabalhador foi dispensado.
Ocorre que, conforme observou a julgadora, o reclamante propôs ação anterior, pedindo a declaração de nulidade da dispensa, alegando se encontrar no período de estabilidade por acidente de trabalho, tendo recebido benefício previdenciário até novembro de 2007.
Segundo a juíza, a decisão daquele processo, amparada em laudo médico e da qual não cabe mais recurso, reconheceu que o reclamante sofreu de doença equiparada a acidente de trabalho. O laudo detectou que o empregado perdeu parcialmente a sua capacidade para o trabalho, no percentual de 80%, e de forma permanente.
Sendo assim, aquela sentença declarou a nulidade da dispensa do trabalhador e assegurou a ele indenização pelo período de estabilidade, considerando, ainda, que o término do contrato somente ocorreu em novembro de 2008.
Diante da decisão do processo anterior, a magistrada verificou que a norma coletiva aplicável ao contrato de trabalho do autor estabelecia a obrigação de a reclamada firmar apólice de seguro em benefício dos empregados. A julgadora destacou que o fato de o trabalhador não ter solicitado o benefício primeiramente na esfera administrativa não altera o seu direito, pois, ainda que ele o fizesse, não teria sucesso, pois não se encontra mais coberto pelo contrato de seguro.
Assim, a julgadora considerou preenchidos os requisitos legais para a percepção do benefício, já que a apólice não foi renovada por omissão da reclamada.
Com base no artigo 927 do Código Civil, a juíza sentenciante condenou a empresa a pagar ao reclamante indenização substitutiva do seguro por invalidez, permanente e parcial, não recebido pelo trabalhador.(0001395-25.2010.5.03.0048 RO).
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3- AUXÍLIO RECLUSÃO - Carência: sem carência, bastando ser segurado. - Quem recebe é a família do trabalhador (dependentes) - normalmente 100% do que receberia em caso de estar
aposentado. - Deixa de receber se o segurado for solto, fugir ou se a mulher falecer ou os filhos atingirem a maioridade. - Exige comprovação, de três em três meses, de que o segurado se encontra preso.
Auxílio-reclusão – Será devido aos dependentes do segurado cujo salário-de-contribuição seja igual ou inferior a R$ 1.025,81 no dia da prisão.
EMPREGADO QUE CUMPRIU PENA DE PRISÃO NÃO PODE SOFRER JUSTA CAUSA
O trabalhador condenado criminalmente não pode ser demitido por justa causa por esse motivo, se já houver cumprido a pena de prisão quando da sua dispensa pela empresa.
Com esse entendimento, a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, por maioria, não conhecer recurso de uma empresa petrolífera e, na prática, manteve a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região (BA) nesse sentido.
No caso, o trabalhador foi condenado a um ano de prisão por ocultação de cadáver, após passar três anos preso sob a acusação de matar a esposa grávida de oito meses. Depois do julgamento, a empresa o demitiu por justa causa, com base no artigo 482 da CLT (alínea “d”) que coloca a condenação criminal como motivo para a demissão por justa causa.
No entanto, como ressaltam as decisões da Vara do Trabalho de Santo Amaro (BA) e do TRT da Bahia, nesse artigo consta também que a demissão por justa causa só pode acontecer quando não houver a suspensão da pena com a liberdade condicional ou com sursis. Como a condenação de um ano foi cumprida pelo autor do processo, pois ele ficou três anos preso, o juiz de execução penal não poderia ter lhe concedido o benefício da suspensão.
De acordo com a decisão da Vara do Trabalho, “da interpretação literal da lei vislumbra-se uma condicionante para a autorização da ruptura do pacto, qual seja, a ausência de suspensão da execução punitiva”. Pela “finalidade da lei”, a continuidade do contrato de trabalho ficaria impedida “com o recolhimento do empregado condenado para o cumprimento da pena”.
O ministro Maurício Godinho Delgado, relator do processo na Sexta Turma, ressaltou que em razão do trabalhador já ter cumprido a pena de um ano de prisão no momento da sua dispensa, “faz-se necessário reconhecer que não se tornou inviável, por culpa sua, o cumprimento da prestação de serviço”. Isso, “por consequência”, leva-se à conclusão da não incidência de justa causa. (RR-1020100-44.2002.5.05.900).
4- AUXÍLIO OU SALÁRIO-MATERNIDADE (mulheres e mães adotivas-ART. 10, II “b” do ADCT da CF/88): - Carência: sem carência para todas as mulheres.
- Exceção: A contribuinte facultativa, especial e a individual (10 meses) terão que comprovar estes meses.
- A contribuinte recebe por 120 dias e não pode ser demitida até um mês de seu retorno, inclusive as domésticas (LEI
nº 11.324/2006, de 19/07/2006): 5MESES DE ESTABILIDADE. (ANTES A DOMÉSTICA NÃO TINHA).
- Quem paga: A empresa/patrão e depois será ressarcida pela Previdência Social através de abatimento no Imposto (Lei 10.710/2003, cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada gestante).
Salário-maternidade
Outra decisão inédita que fortalece as uniões homoafetivas, agora no âmbito da Previdência Social, foi proferida ontem (30/08/2012) pela
1ª Câmara de Julgamentos do Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS). Pela primeira vez, um homem que tem uma união
homoafetiva e adotou uma criança terá direito ao salário-maternidade, concedido pelo CRPS. A decisão foi baseada nas análises da
Constituição brasileira e do Estatuto da Criança e Adolescência (ECA), que garantem o direito da criança aos cuidados da família, e na
concessão do benefício pelo INSS a uma segurada que também mantém união homoafetiva. O que foi levado em conta é a concessão de
salário-maternidade para um homem. A decisão, porém, vale apenas para o caso específico.
Para concessão do salário-maternidade, não é exigido tempo mínimo de contribuição das trabalhadoras empregadas, empregadas domésticas e trabalhadoras avulsas, desde que comprovem filiação nesta condição na data do afastamento para fins de salário maternidade ou na data do parto. A contribuinte facultativa e a individual têm que ter pelo menos dez contribuições para receber o benefício. A segurada especial receberá o salário-maternidade se comprovar no mínimo dez meses de trabalho rural. Se o nascimento for prematuro, a carência será reduzida no mesmo total de meses em que o parto foi antecipado. Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23ª semana de gestação, inclusive natimorto. Nos abortos espontâneos ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a mãe),
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será pago o salário-maternidade por duas semanas. A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos simultâneos tem direito a um salário-maternidade para cada emprego/atividade, desde que contribua para a Previdência nas duas funções. O salário-maternidade é devido a partir do oitavo mês de gestação (comprovado por atestado médico) ou da data do parto (comprovado pela certidão de nascimento). Em casos comprovados por atestado médico, o período de repouso poderá ser prorrogado por duas semanas antes do parto e ao final dos 120 dias de licença.
2013
É EQUIPARADO O BENEFÍCIO SALÁRIO-MATERNIDADE PARA HOMENS E MULHERES ADOTANTES
Fonte: MPS - 25/10/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
Foi sancionada a Lei 12.873/2013 que garante salário-maternidade de 120 dias para o segurado ou segurada da Previdência Social que
adotar um filho, independente da idade da criança.
A nova regra também equipara homem e mulher no direito ao benefício em caso de adoção.
Por exemplo, se em um casal adotante, a mulher não é segurada da Previdência Social, mas o marido é, ele pode requerer o benefício e
ter o direito ao salário-maternidade reconhecido pela Previdência Social, sendo afastado do trabalho durante a licença para cuidar da
criança. A mesma regra vale para casais adotantes do mesmo sexo.
A Lei também estende para o cônjuge ou companheiro o pagamento do salário-maternidade no caso de falecimento da segurada ou
segurado. Até então, com a morte do segurado o pagamento do salário-maternidade era cessado e não podia ser transferido. Com a transferência, o pagamento do benefício ocorrerá durante todo o período ou pelo tempo restante ao qual teria direito o segurado que morreu.
No entanto, para que o cônjuge tenha direito a receber o benefício ele deverá ser segurado da Previdência Social. O salário-maternidade
percebido será calculado novamente de acordo com a remuneração integral – no caso de segurado e trabalhador avulso – ou com o
último salário de contribuição, para o empregado doméstico.
Para garantir o direito de receber o salário-maternidade após o falecimento do segurado (a) que fazia jus ao benefício, o cônjuge ou companheiro deverá requerer o benefício até o último dia do prazo previsto para o término do salário-maternidade originário.
LICENÇA MATERNIDADE 180 DIAS - A VALIDADE ATINGE SOMENTE AS SERVIDORAS PÚBLICAS
Sérgio Ferreira Pantaleão Algumas dúvidas vêm surgindo em relação ao direito à licença maternidade pelo período de 180 dias em algumas cidades e estados em que este período já está valendo. No entanto, é importante ressaltar que estas leis só valem para as respectivas cidades ou estados em que já houve a aprovação e atingem somente as servidoras públicas, ou seja, este benefício não se estende aos trabalhadores sob o regime CLT. De acordo com Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), atualmente nove Estados já aprovaram leis que estendem às servidoras públicas o período de licença maternidade para 180 dias, conforme citamos:
Amapá;
Rondônia;
Piauí;
Ceará;
Rio Grande do Norte;
Paraíba;
Pernambuco;
Alagoas e
Espírito Santo Há também várias outras cidades brasileiras que já aprovaram leis que estendem este benefício, mas que também só atingem as servidoras públicas das respectivas cidades, como é o caso da Lei 6.587/06 da cidade de Vitória/ES.
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Um levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revela que em aproximadamente 100 municípios do país a proposta já virou lei, beneficiando suas servidoras. Além da ampliação da licença maternidade, há cidades e estados que também ampliaram a licença paternidade de 5 dias (previstos na Constituição Federal) para 10 dias, o que vale também somente para os servidores públicos.
AMPLIAÇÃO DA LICENÇA-MATERNIDADE PARA 180 DIAS VALERÁ A PARTIR DE 2.010
A Câmara dos Deputados aprovou ontem (13.8) a ampliação da licença-maternidade, prevista no Projeto de Lei 2513/07, que irá a sanção presidencial. O texto faculta às empresas elevar de quatro para seis meses o período da licença. Em troca, terão desconto no Imposto de Renda (IR). A ampliação da licença maternidade será estendida às mães adotivas. O benefício também valerá para as servidoras públicas, e entrará em vigor logo após a sanção da lei. No caso do setor privado, a ampliação ainda dependerá de análise, pelo Executivo, do impacto fiscal da renúncia do IR, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00). Como a análise não estará pronta a tempo de ser incluída no Orçamento de 2009, a ampliação da licença só entrará em vigor em 2010.
Conquista tímida
Entre especialistas, ainda que o aumento da licença tenha sido encarado como uma conquista, o debate está longe de ter acabado. "Foi um avanço. Hoje já se sabe que, quanto mais tempo a criança tem com a mãe, melhores serão a sua saúde e o seu desenvolvimento psicossocial. Mas não tenho dúvida de que ainda precisamos avançar mais", disse o procurador do Trabalho da 10ª Região, Sebastião Caixeta. Para ele, o aumento do tempo de licença, ainda que facultativo, é uma prova de amadurecimento da sociedade. O próximo passo é tornar a ampliação obrigatória. No Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), a aprovação do projeto também foi vista como um avanço, mas tímido. De acordo com a consultora para a área de trabalho e previdência da entidade, Eneida Dutra, a proposta peca por beneficiar apenas as mulheres formalmente empregadas, deixando de fora as que vivem na informalidade. Outro fator preocupante, segundo ela, é que o benefício só veio porque foi atrelado a um incentivo fiscal. "É uma conquista importante, mas tem uma dimensão reduzida. Não é uma solução definitiva", disse Eneida. Para ela, o Estado deve adotar políticas que alcancem todas as mulheres, e não apenas as que trabalham com carteira assinada. Ela salientou também que tão importante quanto ampliar o tempo da licença-maternidade é pensar nas "soluções pós-parto", como a construção de creches e pré-escolas.
AFASTAMENTO DE AUXÍLIO-DOENÇA OU ACIDENTE E SALÁRIO-MATERNIDADE
A segurada em gozo de auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente de trabalho, terá o benefício suspenso administrativamente
enquanto perdurar o salário-maternidade, devendo o benefício por incapacidade ser restabelecido a contar do primeiro dia seguinte ao
término do período de 120 (cento e vinte) dias, caso a data de cessação de benefício - DCB tenha sido fixada em data posterior a este
período.
DECRETO Nº 6.122, DE 13 DE JUNHO DE 2007-DOU de 14.6.2007-Dá nova redação aos arts. 97 e 101 do Regulamento da Previdência
Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o
art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 15 e 73 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991,DECRETA:Art. 1o
Os arts. 97 e 101 do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, passam a vigorar com a
seguinte alteração:“Art. 97. O salário-maternidade da segurada empregada será devido pela previdência social enquanto existir relação de
emprego, observadas as regras quanto ao pagamento desse benefício pela empresa.Parágrafo único. Durante o período de graça a que se
refere o art. 13, a segurada desempregada fará jus ao recebimento do salário-maternidade nos casos de demissão antes da gravidez, ou,
durante a gestação, nas hipóteses de dispensa por justa causa ou a pedido, situações em que o benefício será pago diretamente pela
previdência social.” (NR)“Art. 101............III - em um doze avos da soma dos doze últimos salários-de-contribuição, apurados em período
não superior a quinze meses, para as seguradas contribuinte individual, facultativa e para as que mantenham a qualidade de segurada na
forma do art. 13. § 3o O documento comprobatório para requerimento do salário-maternidade da segurada que mantenha esta qualidade é
a certidão de nascimento do filho, exceto nos casos de aborto espontâneo, quando deverá ser apresentado atestado médico, e no de
adoção ou guarda para fins de adoção, casos em que serão observadas as regras do art. 93-A, devendo o evento gerador do benefício
ocorrer, em qualquer hipótese, dentro do período previsto no art. 13.” (NR)- LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA)
INSS PUBLICA SENTENÇA SOBRE SALÁRIO-MATERNIDADE PARA MÃES ADOTANTES
Fonte: MPS - 01/06/2012 -
O INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS torna público que, em cumprimento à sentença de procedência proferida na ACP nº 5019632-23.2011.404.7200, em trâmite perante a 1ª Vara Federal de Florianópolis/SC, os benefícios de salário-maternidade em manutenção ou concedidos com fundamento no art. 71-A da Lei nº 8.213/91 (casos de adoção ou obtenção de guarda judicial para fins de
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adoção), passarão a ser devidos pelo prazo de 120 (cento e vinte dias), independentemente da idade do adotado, desde que cumpridos os demais requisitos legais para a percepção do benefício.
Nos casos de salário-maternidade em manutenção, a prorrogação do prazo para 120 dias será efetivada de ofício pelo INSS, independentemente de requerimento administrativo da segurada.
5- SALÁRIO-FAMÍLIA (Art. 84 do Decreto nº 3.048/99)
De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº 15, de 10 de janeiro de 2013 valor do salário-família será de R$ 33,16, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido, para quem ganhar até R$ 646,55.
Salário-Família - A cota do salário-família passa a ser de R$ 35,00 para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 682,50 e de R$ 24,66 para o segurado com remuneração
mensal superior a R$ 682,50 e igual ou inferior a R$ 1.025,81.
Quem tem direito ao benefício o o empregado e o trabalhador avulso que estejam em atividade; o o empregado e o trabalhador avulso aposentados por invalidez, por idade ou em gozo de auxílio doença; o o trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador avulso) que tenha se aposentado por idade aos 60 anos, se
homem, ou 55 anos, se mulher; o os demais aposentados, desde que empregados ou trabalhadores avulsos, quando completarem 65 anos (homem) ou
60 anos (mulher).
Os desempregados não têm direito ao benefício.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-família.
Atenção:
O benefício será encerrado quando o(a) filho(a) completar 14 anos, em caso de falecimento do filho, por ocasião de desemprego do segurado e, no caso do filho inválido, quando da cessação da incapacidade.
NOVA VERSÃO DO SIMULADOR DE APOSENTADORIA ESTÁ DISPONÍVEL NA INTERNET
Fonte: MPS - 12/05/2011 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
O Simulador de Tempo de Contribuição é uma ferramenta que permite ao trabalhador calcular o tempo de contribuição dos segurados do
Regime Geral de Previdência Social.
A nova versão deste aplicativo substitui a anterior, trazendo uma interface mais didática, com mais facilidade e clareza para o usuário
executar o cálculo do seu tempo de contribuição.
Ao acesar o serviço na página da Previdência Social:
Calcule sua Aposentadoria > Simulação da Contagem do Tempo de Contribuição), o usuário deve informar as datas de admissão e
demissão de cada um dos contratos de trabalho.
Ao final da simulação é possível saber se o usuário tem as condições para a aposentadoria, assim como o tempo que falta para ter direito à
aposentadoria integral.
No caso de aposentadoria proporcional, além do tempo de contribuição o aplicativo verifica se o usuário possui a idade mínima, requisito
obrigatório para o reconhecimento do direito ao benefício.
Esta versão do aplicativo inova na medida em que realiza a validação dos dados cadastrais inseridos pelo cidadão, verificando os dados já
existentes no Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS).
Ao identificar divergência entre os dados inseridos e os do CNIS, o usuário é informado que deve agendar um atendimento em uma
Agência da Previdência Social para a regularização do cadastro.
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São contados como tempo de contribuição:
período de exercício de atividade remunerada abrangida pela Previdência Social urbana e rural, ainda que anterior à sua
instituição, mediante indenização das contribuições relativas ao respectivo período;
o período de vínculo empregatício do segurado empregado;
o período de atividade do empregado doméstico;
o período de atividade exercida como contribuinte individual, desde que devidamente recolhidas as contribuições, ressaltando-se
que, a partir de 04/2003, para o contribuinte individual prestador de serviço à empresa contratante e para o assim associado à
cooperativa, são presumidos os recolhimentos contributivos, observados os artigos 4º, 5º e 15 da Lei nº 10.666/2003;
o período de atividade anterior à filiação obrigatória ao Regime Geral de Previdência Social, desde que devidamente comprovada
e indenizada;
o período de atividade do bolsista e do estagiário que prestem serviços a empresa em desacordo com a Lei nº 11.788/ 2008;
período de atividade como ministro de confissão religiosa, desde que recolhidas as respectivas contribuições;
tempo de serviço do segurado trabalhador rural anterior à competência novembro de 1991;
tempo de serviço de segurado especial exercido a partir de novembro de 1991, desde que haja contribuição facultativa à
Previdência Social;
período de contribuição efetuada por segurado depois de ter deixado de exercer atividade remunerada que o enquadrava como
segurado obrigatório da Previdência Social;
período em que o segurado esteve recebendo auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, entre períodos de atividade;
período em que o segurado esteve recebendo benefício por incapacidade por acidente do trabalho, intercalado ou não;
tempo de serviço militar, salvo se já contado para outro regime de previdência;
período em que a segurada esteve recebendo salário-maternidade;
período de contribuição efetuada como segurado facultativo;
período de afastamento da atividade do segurado anistiado que, em virtude de motivação exclusivamente política, foi atingido por
atos de exceção, institucional ou complementar, ou abrangido pelo Decreto Legislativo nº 18/1961, pelo Decreto-Lei nº 864/1969,
ou que, em virtude de pressões ostensivas ou expedientes oficiais sigilosos, tenha sido demitido ou compelido ao afastamento de
atividade remunerada no período de 18/09/1946 a 05/10/1988;
tempo de serviço público federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, inclusive o prestado à autarquia ou à sociedade de
economia mista ou à fundação instituída pelo Poder Púbico, regularmente certificado na forma da Lei nº 3.841/1960, desde que a
respectiva certidão tenha sido requerida na entidade para a qual o serviço foi prestado até 30/09/1975, véspera do início da
vigência da Lei nº 6.226 de 14/06/1975;
tempo de exercício de mandato classista junto a órgão de deliberação coletiva em que, nessa qualidade, tenha havido
contribuição para a previdência social;
tempo de serviço público prestado à administração federal direta e autarquias federais, bem como às estaduais, do Distrito
Federal e municipais, quando aplicado a legislação que autorizou a contagem recíproca de tempo de contribuição;
período de licença remunerada, desde que tenha havido desconto de contribuições;
período em que o segurado tenha sido colocado pela empresa em disponibilidade remunerada, desde que tenha havido desconto
de contribuições;
tempo de serviço prestado à Justiça dos Estados, às serventias extrajudiciais e às escrivanias judiciais, desde que não tenha
havido remuneração pelos cofres públicos e que a atividade não estivesse à época vinculada a regime próprio de Previdência
Social;
tempo de atividade patronal ou autônoma, exercida anteriormente à vigência da Lei nº 3.807/1960, desde que indenizado;
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período de atividade na condição de empregador rural, desde que comprovado o recolhimento da contribuições na forma da Lei
nº 6.260/1975, com indenização do período anterior;
período de atividade dos auxiliares locais de nacionalidade brasileira no exterior, amparados pela Lei nº 8.745/1993,
anteriormente a 1º/01/1994, desde que sua situação previdenciária esteja regularizada junto ao Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS);
tempo de exercício de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal, desde que tenha havido contribuição em época
própria e não tenha sido contado para efeito de aposentadoria por outro Regime de Previdência Social;
tempo de contribuição efetuado pelo servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias e
fundações, ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;
tempo de contribuição do servidor do Estado, Distrito Federal ou Município, bem como o das respectivas autarquias e fundações,
ocupante de cargo efetivo, desde que, nessa qualidade, não esteja amparado por Regime Próprio de Previdência Social;
tempo de contribuição efetuado pelo servidor contratado pela União, Estado, Distrito Federal ou Município, bem como pelas
respectivas autarquias e fundações, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse
público, nos termos do inciso IX do art.37 da Constituição Federal;
para o trabalhador avulso, o período em que, efetivamente, tenha exercido atividade, computando-se os respectivos meses
integralmente e excluindo-se aqueles em que, embora o segurado estivesse à disposição do sindicato, não tenha havido exercício
de atividade;
o tempo exercido na condição de aluno-aprendiz, referente ao período de aprendizado profissional realizado em escola técnica,
desde que comprovada a remuneração, mesmo que indireta, à conta do orçamento público e o vínculo empregatício.
TÁBUA DE MORTALIDADE DO IBGE MUDA FATOR PREVIDENCIÁRIO- Fonte: MPS
A nova expectativa de vida, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), altera o Fator Previdenciário, usado para
calcular o valor das aposentadorias por tempo de contribuição.
A nova tabela incidirá nos benefícios requeridos a partir de 02/12/2013, pois, de acordo com a lei, a Previdência Social deve considerar a
expectativa de sobrevida do segurado na data do pedido do benefício para o cálculo do Fator Previdenciário.
Na nova tábua, considerando-se a mesma idade e tempo de contribuição, um segurado com 55 anos de idade e 35 anos de contribuição que requerer a aposentadoria a partir de hoje, terá que contribuir por mais 153 dias corridos para manter o mesmo valor de benefício se tivesse feito o requerimento no último sábado (30/11). Um segurado com 60 anos de idade e 35 de contribuição deverá contribuir por mais 173 dias para manter o valor.
As projeções do IBGE mostram que a expectativa de vida cresce a cada ano. Dessa forma, um segurado que se aposente aos 60 anos de idade tinha uma sobrevida estimada de 21,2 anos em 2012, agora tem uma sobrevida de 21,6 anos. Pelas projeções do IBGE, a expectativa de vida ao nascer subiu de 74,1 anos de idade para 74,6, de 2011 para 2012.
O Fator Previdenciário é utilizado somente no cálculo do valor da aposentadoria por tempo de contribuição. Na aposentadoria por invalidez não há utilização do fator, e, na aposentadoria por idade, a fórmula é utilizada opcionalmente, apenas quando aumentar o valor do benefício.
Pelas regras da aposentadoria por tempo de contribuição, se o fator for menor do que 1, haverá redução do valor do benefício. Se o fator for maior que 1, há acréscimo no valor e, se o fator for igual a 1, não há alteração.
O novo Fator Previdenciário será aplicado apenas às aposentadorias solicitadas a partir de hoje (02/12). Os benefícios já concedidos não sofrerão qualquer alteração em função da divulgação da nova tábua de expectativa de vida do IBGE. A utilização dos dados do IBGE, como uma das variáveis da fórmula de cálculo do fator, foi determinada pela Lei 9.876/1999, quando se criou o mecanismo.
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- APOSENTADORIA COMPULSÓRIA: Carência + 70 anos (h) ou 65 (mulher)
- APOSENTADORIA ESPONTÂNEA NÃO EXTINGUE O CONTRATO DE TRABALHO: nova decisão do STF –garante ao recebimento
também da multa de 40% sobre o FGTS depositado. (já que esta não extingue o Contrato de Trabalho- lei nº 8.036/90)
APOSENTADOS QUE CONTINUAM NA ATIVA NA MESMA EMPRESA JÁ PODEM SACAR FGTS
Os trabalhadores aposentados pela Previdência Social mas que continuam trabalhando na mesma empresa onde estavam quando
solicitaram a aposentadoria já podem sacar, todos os meses, na Caixa Econômica Federal, o valor referente ao Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS).Na última sexta-feira (30), o Supremo Tribunal Federal (STF) definiu que a aposentadoria não acaba
obrigatoriamente com o vínculo entre a empresa e o trabalhador.Segundo o Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas, cerca de
4,2 milhões de trabalhadores devem ser beneficiados com o saque mensal do FGTS.Para sacar o benefício, o aposentado deve
comparecer a uma agência da Caixa Econômica Federal para dar entrada no pedido. "Ele pode se dirigir a qualquer agência da Caixa
portando carteira de trabalho, certidão de aposentadoria fornecida pela previdência oficial e um documento de identificação pessoal",
esclarece o Superintendente Nacional do FGTS, Nelson Antônio de Souza. Quem recebe até R$ 600 de fundo de garantia e tem o Cartão
do Cidadão pode sacar o valor nos postos de auto-atendimento da Caixa, sem precisar ir a uma agência e apresentar a
documentação.Qualquer beneficiário também pode, na primeira vez que for efetuar o saque, pedir um agendamento para que a Caixa
disponibilize o FGTS nos caixas e terminais de auto-atendimento, sem precisar que ele compareça sempre a uma agência.
**DECRETO Nº 6.208, DE 18 DE SETEMBRO DE 2007-DOU de 19.9.2007: Dá nova redação ao parágrafo único do art. 181-B do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto nas Leis nos 8.212 e 8.213, de 24 de julho de 1991,
DECRETA: Art. 1o O parágrafo único do art. 181-B do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Parágrafo único. O segurado pode desistir do seu pedido de aposentadoria desde que manifeste esta intenção e requeira o arquivamento definitivo do pedido antes da ocorrência do primeiro de um dos seguintes atos:
I - recebimento do primeiro pagamento do benefício;
ou II - saque do respectivo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ou do Programa de Integração Social.” (NR)
É AUTORIZADO O CANCELAMENTO DE APOSENTADORIA SEM DEVOLUÇÃO DE DINHEIRO AO INSS
Fonte: TRF/1ª Região - 28/11/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
Em relação à devolução dos valores recebidos na primeira aposentadoria, entendeu o relator, seguindo orientação jurisprudencial do STJ que: “o ato de renunciar à aposentadoria tem efeito ex nunc e não gera o dever de devolver valores, pois, enquanto perdurou a aposentadoria pelo regime geral, os pagamentos, de natureza alimentar, eram indiscutivelmente devidos” (REsp- 692.628/DF, Ministro Nilson Naves, DJu, I, de 05/09/2005), daí não havendo qualquer violação ao art. 96, III, da Lei 8.213/91. (Processo: 0017724-49.2010.4.01.3800).
DESAPOSENTAÇÃO NÃO TEM PRAZO DE DECADÊNCIA
Fonte: STJ - 28/11/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
O prazo decadencial previsto no artigo 103 da Lei de Benefícios da Previdência Social (Lei 8.213/91) não se aplica aos casos de
desaposentação. A decisão é da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em julgamento de recurso repetitivo interposto pelo
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
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O referido artigo dispõe que “é de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou beneficiário para a
revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebimento da primeira prestação ou, quando
for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitória definitiva no âmbito administrativo”.
No caso julgado, o segurado postulou a declaração do direito de renúncia e o consequente desfazimento de sua aposentadoria por tempo
de contribuição, com a averbação do tempo de serviço prestado após a inativação, para aferir aposentadoria mais vantajosa no mesmo
regime de previdência.
A) POR IDADE (CÓDIGO 41) Homens: 65 anos e Mulheres: 60 anos: Urbanos
Homens: 60 anos e Mulheres: 55 anos: Rurais (Segurado Especial-Min. Prev. Social-Luiz Marinho-Quer conceder aos invasores de
Terra29/01/08-aguardar a Ação Direta de Inconstitucionalidade do DEM)
Carência: Inscrição:
- Até 24/07/1991: 144 contribuições (12 anos) - A partir de 25/07/1991: 180 contribuições (15 anos) -
COMPROVAÇÃO DA IDADE A comprovação da idade do segurado será feita por um dos seguintes documentos:
a. Certidão de Registro Civil de Nascimento ou de Casamento, que mencione a data do nascimento;
b. pelo Título Declaratório de Nacionalidade Brasileira, se segurado naturalizado, Certificado de Reservista, Título de Eleitor e Carteira ou Cédula de Identidade Policial;
c. Carteira de Identidade, Título Eleitoral, Certificado de Reservista, ou qualquer outro documento emitido com base no Registro Civil de Nascimento ou Casamento, desde que constem os dados do registro de nascimento ou casamento e não deixe dúvida quanto à sua validade para essa prova.
d. A existência de contribuições além da carência é importante, pois pode aumentar o valor do benefício. Isso acontece porque a lei
determina que o valor da aposentadoria por idade corresponde a 70% do salário de benefício, acrescidos em 1% para cada grupo de 12 contribuições mensais, até completar 100% do salário de benefício.
b) POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO (CÓDIGO 42)
Homens: 35 anos de contribuição
MULHERES: 30 anos
*Professsores (ensino infantil, médio e fundamental): Reduzem em 5 anos o tempo acima
*Se tiver contribuído anteriormente como Militar das Forças Armadas: precisa apresentar "Certidão de Tempo de Contribuição"
emitida pelo órgão de origem.
APOSENTADO QUE RETORNA À ATIVIDADE
Quando o segurado que recebe aposentadoria por idade ou por tempo de contribuição pelo INSS voltar a exercer atividade remunerada, terá de contribuir, obrigatoriamente, para o INSS. Se o aposentado retornar como segurado empregado, a contribuição será calculada mediante a aplicação das alíquotas constantes da tabela de salário de contribuição, obedecendo às faixas salariais. Se retornar como contribuinte individual, a partir de 01.04.2003, deverá recolher pela remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês, observando o valor mínimo e máximo de contribuição.
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BENEFÍCIOS ASSEGURADOS AO APOSENTADO QUE RETORNA À ATIVIDADE
*Salário-família; * Salário-maternidade; *Reabilitação profissional, caso a perícia médica do INSS indique. * Não terá direito a auxílio doença e auxílio acidentário.
APOSENTADORIA: COMO CALCULAR O TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO-Fonte: MPS
O segurado que pretende se aposentar por tempo de contribuição deve ficar atento às exigências legais. A aposentadoria integral requer tempo de contribuição de 35 anos, para o homem, e 30, para a mulher. Professores de Educação Infantil, Ensino Médio ou Ensino Fundamental têm uma regra diferenciada, com redução de cinco anos.O valor da aposentadoria por tempo de contribuição corresponde a 100% do salário-benefício - quanto maior a contribuição e o tempo, maior o valor do benefício. É que o salário de benefício é calculado pelo Fator Previdenciário, que leva em consideração - no momento da aposentadoria - o tempo de contribuição, a expectativa de sobrevida e a idade. Quanto maior for o tempo de contribuição e idade, maior será o Fator Previdenciário e, conseqüentemente, o valor do salário de benefício. (Proporcional - Mas quem deseja se aposentar por tempo de contribuição proporcional é preciso ficar ciente que a Emenda Constitucional nº 20, de 1998, acabou com esta modalidade. Somente os segurados inscritos no Regime Geral da Previdência Social (RGPS) até o dia 16 de dezembro de 1998 têm direito a requerê-la.)
TRABALHADORA RURAL GANHA DIREITO DE APOSENTAR-SE POR TEMPO DE SERVIÇO
Fonte: TRF/1.ª Região - 07/06/2013 - Adaptado pelo Guia Trabalhista
A 2.ª Turma do TRF da 1.ª Região concedeu a uma trabalhadora rural de Minas Gerais o direito de aposentar-se por tempo de serviço. A segurada já havia garantido o benefício previdenciário em primeira instância, mas o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) recorreu ao Tribunal.
Ao apreciar o caso, o relator, juiz federal convocado Cleberson José Rocha, destacou que a trabalhadora deveria ter buscado, primeiramente, a Previdência Social para requerer a aposentadoria administrativamente, o que não ocorreu. “Ao Poder Judiciário não compete, em primeira mão, sem que se tenha configurado uma lide, sem que haja pretensão resistida, substituir-se ao Poder Executivo, praticando atos de natureza administrativa”, frisou no voto. Todavia, o magistrado reconheceu que, nesses casos, o Judiciário tem se posicionado a favor do benefício previdenciário.
Dessa forma, o relator abriu mão de seu ponto de vista pessoal sobre a questão para dar razão à segurada, que atende à idade mínima de 55 anos prevista na chamada Lei de Benefícios – Lei n.º 8.213/91. O mesmo dispositivo legal condiciona a concessão do benefício à demonstração do trabalho rural, mediante carência de contribuição referente ao período anterior à idade limite.
Como a segurada nasceu em 1939 e completou 55 anos em 1994, ela precisou comprovar, a título de carência, que exerceu atividade rural durante os seis anos anteriores, conforme rege a tabela anexa ao artigo 142 da lei.
Para tanto, a trabalhadora apresentou a certidão de casamento, que qualifica o marido como lavrador. “Os documentos em nome do esposo configuram início razoável de prova material da atividade de rurícola em atenção à solução pro misero, adotada no âmbito do Colendo STJ e pelos TRFs”, confirmou o relator. Além disso, o magistrado valeu-se do depoimento das duas testemunhas, que afirmaram conhecer a autora há cerca de 30 anos e atestaram que a ela trabalhava como diarista.
“É cediço que o trabalhador volante ou boia-fria experimenta situação desigual em relação aos demais trabalhadores, uma vez que, em regra, ou não tem vínculos registrados ou os tem por curtíssimo período”, assinalou o juiz federal Cleberson José Rocha.
Como a segurada não buscou, primeiramente, o INSS – o benefício previdenciário é devido, por lei, a partir da data do requerimento administrativo –, o relator decidiu que a aposentadoria deverá ser implantada a partir da propositura da ação judicial, com incidência de juros moratórios. O voto foi acompanhado pelos outros dois magistrados que compõem a 2.ª Turma do Tribunal. (Processo n.º 0000336-38.2010.4.01.9199).
c) ESPECIAL (CÓDIGO 46)
- Condição: Expostos aos agentes físicos, biológicos ou químicos durante 15/ 20 ou 25 anos de trabalho-Relação de
doenças contidas no anexo IV do Decreto nº 3.048/99 e desde que possuam carteira assinada ( Exceção:
Domésticos , avulsos e contribuintes individuais).
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- O trabalhador recebe 100% do salário-benefício. - Direito ao 13º salário anual. - Comprovação através do PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) com base no LTCAT (Laudo Técnico de Condições
Ambientais de Trabalho): Fornecido ao trabalhador na hora em que for demitido- ele avalia as condições do ambiente de trabalho como salubre ou insalubre, conforme a NR15.
- PPP: PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO- DESDE 01/07/2003. (ART. 148, I DA IN Nº 95/2003): É um documento histórico-laboral, individual do trabalhador que presta serviço à empresa, destinado a prestar informações ao INSS relativas a efetiva exposição a agentes nocivos-tudo com base no LTCAT-este parte integrante do PPRA e do PCMSO): guardados por 20 anos (nr9). As multas são por itens, em cerca de nove mil e poucos reais cada um....)
(Quem lavra o Auto de Infração: o Auditor Fiscal da Prev. Social-AFPS)
(Deverá ser mantido por 20 anos e atualizado, de preferência ano a ano- entregue ao trabalhador qdo. requisitar ou for
demitido, sendo passível de multa ato contrário por parte do empregador) Instruções para Preenchimento: Anexo XV da
IN 118/2005, 14/04/2005.
INSTRUÇÃO NORMATIVA DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL-INSS - PRESIDENTE INSS Nº 69 DE 09.07.2013
Altera a redação do § 4º do art. 272 da Instrução Normativa nº 45/PRES/INSS, de 6 de agosto de 2010.
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL:
Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991;
Lei nº 12.815, de 5 de junho de 2013;
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999; e Decreto nº 8.033, de 27 de junho de 2013.
O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, no uso da competência que lhe confere o Decreto nº 7.556, de 24 de agosto de 2011, e considerando a necessidade de estabelecer rotinas para uniformizar a análise dos processos de reconhecimento, de manutenção e de revisão de direitos dos beneficiários da Previdência Social, para melhor aplicação das normas jurídicas pertinentes,
Resolve:
Art. 1º Fica alterada a redação do § 4º do art. 272 da Instrução Normativa nº 45/PRES/INSS, de 6 de agosto de 2010, que passa a vigorar com a seguinte redação:
"Artigo 272. (...)
§ 4º O PPP deverá ser emitido pela empresa empregadora, no caso de empregado; pela cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperado filiado; pelo órgão gestor de mão de obra ou pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso portuário que exerça suas atividades na área dos portos organizados e pelo sindicato da categoria, no caso de trabalhador avulso portuário que exerça suas atividades na área dos terminais de uso privado e do não portuário." (NR).
Art. 2º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação. BENEDITO ADALBERTO BRUNCA
PODER EXECUTIVO - DECRETO Nº 8123 DE 16.10.2013- D.O.U.: 17.10.2013
Altera dispositivos do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, no que se refere à aposentadoria especial.
A Presidenta da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput , incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e tendo em vista o disposto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991,
Decreta:
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Art.1º O Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 64. .....
§ 1º A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da comprovação, durante o período mínimo fixado no caput :
I - do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e
II - da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física.
§ 2º Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou esteja caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa dispostos no § 2º do art. 68." (NR)
"Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68." (NR)
"Art. 66. Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados após conversão, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento.
§ 1º Para fins do disposto no caput , não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava sujeita a condições especiais, observado, nesse caso, o disposto no art. 70.
§ 2º A conversão de que trata o caput será feita segundo a tabela abaixo:
Tempo a Converter Multiplicadores
Para 15 Para 20 Para 25
De 15 anos - 1,33 1,67
De 20 anos 0,75 - 1,25
De 25 anos 0,60 0,80
"Art. 67. A renda mensal inicial da aposentadoria especial será equivalente a cem por cento do salário de benefício, observado, quanto à data de início do benefício, o disposto na legislação previdenciária." (NR)
"Art. 68. .....
.....
§ 2º A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de trabalho durante toda a jornada;
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II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do contato.
§ 3º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
§ 4º A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada na forma dos §§ 2º e 3º, de agentes nocivos reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva exposição do trabalhador.
§ 5º No laudo técnico referido no § 3º, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos pelo INSS.
§ 6º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades previstas na legislação.
§ 7º O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial, podendo, se necessário, confirmar as informações contidas nos documentos mencionados nos § 2º e 3º.
§ 8º A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.
§ 9º Considera-se perfil profissiográfico, para os efeitos do § 8º, o documento com o históricolaboral do trabalhador, segundo modelo instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes.
§ 10. O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico, podendo inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em ato do Ministro de Estado da Previdência Social.
§ 11. A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra atenderão ao disposto nos §§ 3º, 4º e 5º com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço for prestado em estabelecimento da contratante.
§ 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.
§ 13. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do Trabalho e Emprego definir outras instituições que os estabeleçam." (NR)
"Art. 69. A data de início da aposentadoria especial será fixada:
I - para o segurado empregado:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria especial, até noventa dias após essa data; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando a aposentadoria for requerida após o prazo estabelecido na alínea "a"; e
II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento.
Parágrafo único. O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de
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segurado, será imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado." (NR)
Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de outubro de 2013; 192º da Independência e 125º da República.
DILMA ROUSSEFF
Garibaldi Alves Filho
d) DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I - cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no § 2º.
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física E QUANDO SE TRATAR DE SEGURADOS PORTADORES DE
DEFICIÊNCIA, nos termos definidos em lei complementar.
LEI COMPLEMENTAR Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:
Art. 1o Esta Lei Complementar regulamenta a concessão de APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS de que trata o § 1o do art. 201 da Constituição Federal.
Art. 2o Para o reconhecimento do direito à aposentadoria de que trata esta Lei Complementar, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
Art. 3o É assegurada a concessão de aposentadoria pelo RGPS ao segurado com deficiência, observadas as seguintes condições:
I - aos 25 (vinte e cinco) anos de tempo de contribuição, se homem, e 20 (vinte) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave;
II - aos 29 (vinte e nove) anos de tempo de contribuição, se homem, e 24 (vinte e quatro) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência moderada;
Regulamenta o § 1o do art. 201 da Constituição Federal, no tocante à APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.
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III - aos 33 (trinta e três) anos de tempo de contribuição, se homem, e 28 (vinte e oito) anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve; ou
IV - aos 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, se mulher, independentemente do grau de deficiência, desde que cumprido tempo mínimo de contribuição de 15 (quinze) anos e comprovada a existência de deficiência durante igual período.
Parágrafo único. Regulamento do Poder Executivo definirá as deficiências grave, moderada e leve para os fins desta Lei Complementar.
Art. 4o A avaliação da deficiência será médica e funcional, nos termos do Regulamento.
Art. 5o O grau de deficiência será atestado por perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos para esse fim.
Art. 6o A contagem de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência será objeto de comprovação, exclusivamente, na forma desta Lei Complementar.
§ 1o A existência de deficiência anterior à data da vigência desta Lei Complementar deverá ser certificada, inclusive quanto ao seu grau, por ocasião da primeira avaliação, sendo obrigatória a fixação da data provável do início da deficiência.
§ 2o A comprovação de tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência em período anterior à entrada em vigor desta Lei Complementar não será admitida por meio de prova exclusivamente testemunhal.
Art. 7o Se o segurado, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau de deficiência alterado, os parâmetros mencionados no art. 3o serão proporcionalmente ajustados, considerando-se o número de anos em que o segurado exerceu atividade laboral sem deficiência e com deficiência, observado o grau de deficiência correspondente, nos termos do regulamento a que se refere o parágrafo único do art. 3o desta Lei Complementar.
Art. 8o A renda mensal da aposentadoria devida ao segurado com deficiência será calculada aplicando-se sobre o salário de benefício, apurado em conformidade com o disposto no art. 29 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991, os seguintes percentuais:
I - 100% (cem por cento), no caso da aposentadoria de que tratam os incisos I, II e III do art. 3o; ou
II - 70% (setenta por cento) mais 1% (um por cento) do salário de benefício por grupo de 12 (doze) contribuições mensais até o máximo de 30% (trinta por cento), no caso de aposentadoria por idade.
Art. 9o Aplicam-se à pessoa com deficiência de que trata esta Lei Complementar:
I - o fator previdenciário nas aposentadorias, se resultar em renda mensal de valor mais elevado;
II - a contagem recíproca do tempo de contribuição na condição de segurado com deficiência relativo à filiação ao RGPS, ao regime próprio de previdência do servidor público ou a regime de previdência militar, devendo os regimes compensar-se financeiramente;
III - as regras de pagamento e de recolhimento das contribuições previdenciárias contidas na Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991;
IV - as demais normas relativas aos benefícios do RGPS;
V - a percepção de qualquer outra espécie de aposentadoria estabelecida na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que lhe seja mais vantajosa do que as opções apresentadas nesta Lei Complementar.
Art. 10. A redução do tempo de contribuição prevista nesta Lei Complementar não poderá ser acumulada, no tocante ao mesmo período contributivo, com a redução assegurada aos casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Art. 11. Esta Lei Complementar entra em vigor após decorridos 6 (seis) meses de sua publicação oficial.
Brasília, 8 de maio de 2013; 192o da Independência e 125o da República. DILMA ROUSSEFF-Miriam Belchior Garibaldi Alves Filho
E Maria do Rosário Nunes
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PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A APOSENTADORIA ESPECIAL PARA PESSOA COM DEFICIÊNCIA-Fonte: MPS - 03/12/2013 –
1.O que traz a Lei Complementar 142/2013?
A Lei garante ao segurado da Previdência Social, com deficiência, o direito à aposentadoria por idade aos 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher, e à aposentadoria por tempo de contribuição com tempo variável, de acordo com o grau de deficiência (leve, moderada ou grave) avaliado pelo INSS.
2.Quem são os beneficiários da Lei Complementar 142/2013?
O segurado da Previdência Social com deficiência intelectual, mental, física, auditiva ou visual, avaliado pelo INSS.
3. O que a pessoa precisa ter para pedir a aposentadoria à pessoa com deficiência?
Ela deve ser avaliada pelo INSS para fins da comprovação da deficiência e do grau.
Na aposentadoria por idade os critérios para ter direito ao benefício são:
Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS;
Ter deficiência na data do agendamento/requerimento, a partir de 04/12/ 2013;
Ter idade mínima de 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher;
Comprovar carência de 180 meses de contribuição;
O segurado especial não terá redução da idade em cinco anos, pois já se aposenta aos 55 anos de idade, se mulher, e 60 anos de idade, se homem.
Na aposentadoria por tempo de contribuição os critérios para ter o direito ao benefício são:
Ser segurado do Regime Geral da Previdência Social – RGPS;
Ter deficiência há pelo menos dois anos na data do pedido de agendamento;
Comprovar carência mínima de 180 meses de contribuição;
Comprovar o tempo mínimo de contribuição, conforme o grau de deficiência, de:
Grau de Deficiência Tempo de Contribuição
homem mulher
Leve 33 anos 28 anos
Moderada 29 anos 24 anos
Grave 25 anos 20 anos
Os demais períodos de tempo de contribuição, como não deficiente, se houver, serão convertidos proporcionalmente.
O segurado especial tem direito à aposentadoria por tempo de contribuição, desde que contribua facultativamente.
4. Como o segurado poderá calcular o tempo contribuição para a Previdência Social?
Basta acessar o link ‘Simulação de Contagem de Tempo de Contribuição Previdenciária’.
5.Como é classificada a deficiência?
Para classificar a deficiência do segurado com grau leve, moderado ou grave, será realizada a avaliação pericial médica e social, a qual esclarece que o fator limitador é o meio em que a pessoa está inserida e não a deficiência em si, remetendo à Classificação Internacional de Funcionalidades (CIF).
O segurado será avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência, como os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo e as atividades que o segurado desempenha. Já na avaliação social, serão consideradas as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social.
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Ambas as avaliações, médica e social, irão considerar a limitação do desempenho de atividades e a restrição de participação do indivíduo no seu dia a dia.
Por exemplo, um trabalhador cadeirante que tem carro adaptado e não precisa de transporte para chegar ao trabalho pode ter a gradação de deficiência considerada moderada, enquanto um trabalhador também cadeirante com necessidade de se locomover para o trabalho por meio de transporte público pode ter a gradação de deficiência considerada grave.
6.Como será avaliado o grau da deficiência?
Para avaliar o grau de deficiência, o Ministério da Previdência Social e o Instituto do Seguro Social – INSS, com participação das entidades de pessoas com deficiência, adequaram um instrumento para ser aplicado nas avaliações da deficiência dos segurados.
Esse instrumento, em forma de questionário, levará em consideração o tipo de deficiência e como ela se aplica nas funcionalidades do trabalho desenvolvido pela pessoa, considerando também o aspecto social e pessoal.
7.Como será realizada a comprovação das barreiras externas (fatores ambientais, sociais)?
A avaliação das barreiras externas será feita pelo perito médico e pelo assistente social do INSS, por meio de entrevista com o segurado e, se for necessário, com as pessoas que convivem com ele.
Se ainda restarem dúvidas, poderão ser realizadas visitas ao local de trabalho e/ou residência do avaliado, bem como a solicitação de informações médicas e sociais (laudos médicos, exames, atestados, laudos do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, entre outros).
8.Qual a diferença de doença e funcionalidade?
A doença é um estado patológico do organismo. Ocorre quando há alteração de uma estrutura ou função do corpo. Ela nem sempre leva à incapacidade. Por exemplo, uma pessoa que tem diabetes precisa de tratamento, mas isso pode não torná-la incapaz para determinado tipo de trabalho.
Já a funcionalidade pode ser compreendida como a relação entre as estruturas e funções do corpo com as barreiras ambientais que poderão levar a restrição de participação da pessoa na sociedade. Ou seja, como a deficiência faz com que o segurado interaja no trabalho, em casa, na sociedade.
9. Pessoas com doenças ocupacionais se enquadram como deficientes? Por exemplo, casos como perda de função de um braço, ou de uma mão.
O que a perícia médica e social leva em consideração são as atividades e as barreiras que interferem no dia a dia e os fatores funcionais, ou seja, o contexto de vida e trabalho. Não basta a patologia ou a perda de função, a análise é particular, de caso a caso, levando-se em consideração a funcionalidade.
10. Deste grupo, quantas estão aptas a se aposentar?
A concessão da aposentadoria por idade e da aposentadoria por contribuição para a pessoa com deficiência é inédita. Por isso não sabemos a quantidade de pessoas que podem esse direito reconhecido.
11. Quais são os canais de atendimento para a solicitação da aposentadoria?
O segurado deve agendar o atendimento na Central telefônica da Previdência Social, no número 135, e no Portal da Previdência Social, e comparecer na data e hora marcados na Agência da Previdência Social escolhida.
Na Central 135, as ligações são gratuitas de telefones fixos e o segurado pode ligar de segunda a sábado, das 7h às 22h, horário de Brasília.
No site da Previdência Social, basta acessar o link ‘Agendamento de Atendimento’ e seguir as informações.
12.Quais são as etapas para aposentadoria?
Serão quatro etapas:
1ª etapa O segurado faz o agendamento do atendimento pela Central 135 ou no site da Previdência Social (www.previdencia.gov.br);
2 ª etapa O segurado é atendido pelo servidor na Agência da Previdência Social para verificação da documentação e procedimentos administrativos;
3ª etapa O segurado é avaliado pela perícia médica, que vai considerar os aspectos funcionais físicos da deficiência e a interação com as atividades que o segurado desempenha;
4ª etapa O segurado passa pela avaliação social, que vai considerar as atividades desempenhadas pela pessoa no ambiente do trabalho, casa e social;
A avaliação do perito médico e do assistente social certificará a existência, ou não, da deficiência e o grau (leve, moderada ou grave).
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13. Com a entrada em vigor da lei, o sistema do INSS está apto a receber as demandas?
Cabe ressaltar que o direito do segurado, caso seja concedido o benefício, passa a contar a partir do dia em que ele efetivamente agendou o atendimento.
Por necessidade de adequação dos sistemas e das agendas dos serviços já prestados pelo INSS:
O atendimento terá início a partir do dia 03/02/2014. Mas, o agendamento tem início no dia em que a lei entra em vigor,a partir de 04/12/2013;
A avaliação pericial médica e social será realizada a partir de março.
Contudo, o atendimento poderá ser antecipado na medida em que os sistemas forem disponibilizados. Por isso, é importante que o segurado, no momento do agendamento, informe na Central 135 ou no portal da Previdência Social o número de telefone correto para contato.
14. Entre a data do agendamento do atendimento e a data da conclusão do processo pelo INSS, o segurado precisará continuar trabalhando?
O direito do segurado, se efetivamente preencher os requisitos da Lei, conta a partir do dia em que ele agendou o atendimento. Assim, o pagamento também retroagirá a essa data.
A decisão de continuar trabalhando, após o agendamento, cabe exclusivamente ao segurado, tendo em vista que o INSS, não terá meios de confirmar se os requisitos estarão preenchidos, antes do atendimento, onde será realizada a análise administrativa dos documentos e as avaliações médico pericial e social.
15. Se o segurado continuar trabalhando terá que pagar o Imposto de Renda?
Os segurados terão que recolher normalmente, de acordo com a legislação tributária em vigor.
16. Qual a vantagem para os trabalhadores com deficiência com a nova lei?
As pessoas com deficiência terão a redução da idade de cinco anos, no caso da aposentadoria por idade. Já na aposentadoria tempo de contribuição, a vantagem é a redução do tempo de contribuição em dois anos, seis anos ou 10 anos, conforme o grau de deficiência.
17. As pessoas já aposentadas antes da Lei Complementar 142/2013 entrar em vigor podem pedir revisão do seu benefício?
A Lei Complementar 142/2013 só se aplica aos benefícios requeridos e com direito a partir do dia 04/12/2013.
Benefícios com datas anteriores à vigência da Lei Complementar 142/2013, não se enquadram nesse direito e nem têm direito à revisão.
PPP DEVE SER FORNECIDO PARA EMPREGADO QUE TRABALHA EM CONDIÇÕES INSALUBRES OU PERIGOSAS
Fonte: TRT/MG - 18/02/2011
Se o trabalhador exerce as suas funções em condições insalubres ou perigosas, o empregador fica obrigado a lhe fornecer o perfil
profissiográfico profissional (formulário PPP), detalhando as atividades realizadas e o agente nocivo a que estava exposto.
Esse é o teor de decisão da 5a Turma do TRT-MG, ao negar razão ao recurso de uma empresa, que não se conformou em ter que entregar
o PPP ao ex-empregado.
A reclamada alega, basicamente, que a legislação que trata da aposentadoria especial não inclui a eletricidade entre os agentes que dão
causa a esse tipo de benefício. Por isso, o pedido deveria ser julgado improcedente.
Mas, conforme esclareceu a desembargadora Lucilde D`Ajuda Lyra de Almeida, na outra ação movida pelo reclamante contra a empresa, o
pedido de adicional de periculosidade foi julgado procedente, em razão da exposição à eletricidade e disso já não cabe mais recurso.
Nesse processo, a perícia constatou a insalubridade, em grau máximo, nas funções de cabista, pelo contato com esgoto, a partir de 1995
até a dispensa. Tanto que ele recebia adicional de insalubridade.
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"Logo, restando comprovado o labor em condições insalubres e periculosas, compete à empregadora a emissão do PPP, nos termos do
disposto no artigo 58, §4º, da Lei 8.213/91 e artigo 68, §6º, do Decreto 3.048/99" - frisou a relatora, registrando que o deferimento da
emissão do PPP não significa concessão da aposentadoria especial.
O formulário servirá para que o trabalhador requeira o benefício, perante o INSS, que é o órgão que analisará se a aposentadoria será ou
não concedida.
"Não é atribuição da empregadora, e nem deste Juízo, avaliar se o autor faz jus ou não à aposentadoria especial, para fins de entrega do
PPP" - finalizou. (RO nº 01151-2009-010-03-00-2).
*******Nos termos da Lei nº 8.213/91 e Decreto nº 3.048/99, a aposentadoria especial é devida aos segurados que tenham trabalhado em
condições prejudiciais à sua saúde ou à sua integridade física, cuja comprovação é feita através do formulário PPP, emitido pela empresa,
na forma estabelecida pelo INSS. Mas, de acordo com a Instrução Normativa n. 11/06 do INSS, o documento só será exigível para todos os
segurados após a implantação do PPP em meio magnético pela Previdência Social, o que ainda não ocorreu.
PPP - PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO-Júlio César Zanluca
O Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades.
Tendo sua elaboração obrigatória a partir de 01.01.2004 (data fixada pela IN INSS/DC 96/2003) o PPP tem por objetivo primordial fornecer informações para o trabalhador quanto às condições ambientais de trabalho, principalmente no requerimento de aposentadoria especial.
O PPP tem como finalidade: Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em particular, o benefício de aposentadoria especial;Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo; Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores; Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.
Criado para substituir os antigos formulários denominados SB 40, DISES BE 5235, DSS 8030 e DIRBEN 8030, os quais sempre foram de preenchimento obrigatório apenas para aqueles trabalhadores que laboram expostos a agentes nocivos à sua saúde, sua exigência legal se encontra no artigo 58 da Lei 8.213/91.
Anteriormente somente os trabalhadores que tinham direito a se aposentar precocemente, com a chamada aposentadoria especial, recebiam os formulários substituídos pelo PPP.
Em decorrência da IN INSS 118/2005, a partir de 1º de janeiro de 2004, a empresa ou equiparada à empresa deve elaborar o PPP, conforme anexo XV da referida Instrução, de forma individualizada para seus empregados, trabalhadores avulsos e cooperados.
A exigência abrange aqueles que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, ainda que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos equipamentos de proteção, coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a permanência.
MICROEMPRESAS
Observe-se também que as Micro Empresas e as Empresas de Pequeno Porte não estão dispensadas da emissão do PPP.
RESPONSABILIDADE
A responsabilidade pela emissão do PPP é: Da empresa empregadora, no caso de empregado; Cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperados filiados,Orgão Gestor de Mão de Obra – OGMO, no caso dos Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA e Sindicato de Categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário.
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O PPP deve ser preenchido, atualizado e entregue ao trabalhador no momento da rescisão somente em relação àqueles empregados que durante o contrato de trabalho estejam em contato com agentes nocivos à saúde, sob pena de multa a partir de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos).
A atualização do Perfil Profissiográfico Previdenciário deve ser feita sempre que houver alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções ou pelo menos uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações.
Júlio César Zanluca é Contabilista e co-autor da obra Manual Prático de Rotinas Trabalhistas, além de outras obras nas áreas tributárias,
contábeis e trabalhistas.
DECRETO Nº 8.123, DE 16 DE OUTUBRO DE 2013
Altera dispositivos do Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, no que se refere à aposentadoria especial.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em
vista o disposto nos arts. 57 e 58 da Lei no 8.213, de 24 de julho de 1991,
DECRETA:
Art. 1o O Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar com as seguintes
alterações:
“Art. 64. ........................................................................
§ 1º A concessão da aposentadoria especial prevista neste artigo dependerá da comprovação, durante o período mínimo fixado no caput:
I - do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente; e
II - da exposição do segurado aos agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou a associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física.
§ 2o Consideram-se condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física aquelas nas quais a exposição ao agente nocivo ou
associação de agentes presentes no ambiente de trabalho esteja acima dos limites de tolerância estabelecidos segundo critérios quantitativos ou esteja
caracterizada segundo os critérios da avaliação qualitativa dispostos no § 2º do art. 68.” (NR)
“Art. 65. Considera-se tempo de trabalho permanente aquele que é exercido de forma não ocasional nem intermitente, no qual a exposição
do empregado, do trabalhador avulso ou do cooperado ao agente nocivo seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput aos períodos de descanso determinados pela legislação trabalhista, inclusive férias, aos de
afastamento decorrentes de gozo de benefícios de auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez acidentários, bem como aos de percepção de
salário-maternidade, desde que, à data do afastamento, o segurado estivesse exposto aos fatores de risco de que trata o art. 68.” (NR)
“Art. 66. Para o segurado que houver exercido duas ou mais atividades sujeitas a condições especiais prejudiciais à saúde ou à integridade
física, sem completar em qualquer delas o prazo mínimo exigido para a aposentadoria especial, os respectivos períodos de exercício serão somados
após conversão, devendo ser considerada a atividade preponderante para efeito de enquadramento.
§ 1o Para fins do disposto no caput, não serão considerados os períodos em que a atividade exercida não estava sujeita a condições
especiais, observado, nesse caso, o disposto no art. 70.
§ 2o A conversão de que trata o caput será feita segundo a tabela abaixo:
Tempo a Converter
Multiplicadores
Para 15 Para 20 Para 25
De 15 anos - 1,33 1,67
55
De 20 anos 0,75 - 1,25
De 25 anos 0,60 0,80
“Art. 67. A renda mensal inicial da aposentadoria especial será equivalente a cem por cento do salário de benefício, observado, quanto à data de início do
benefício, o disposto na legislação previdenciária.” (NR)
“Art. 68. ........................................................................
..............................................................................................
§ 2º A avaliação qualitativa de riscos e agentes nocivos será comprovada mediante descrição:
I - das circunstâncias de exposição ocupacional a determinado agente nocivo ou associação de agentes nocivos presentes no ambiente de
trabalho durante toda a jornada;
II - de todas as fontes e possibilidades de liberação dos agentes mencionados no inciso I; e
III - dos meios de contato ou exposição dos trabalhadores, as vias de absorção, a intensidade da exposição, a frequência e a duração do
contato.
§ 3o A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita mediante formulário emitido pela empresa ou seu
preposto, com base em laudo técnico de condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.
§ 4o A presença no ambiente de trabalho, com possibilidade de exposição a ser apurada na forma dos §§ 2o e 3o, de agentes nocivos
reconhecidamente cancerígenos em humanos, listados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, será suficiente para a comprovação de efetiva
exposição do trabalhador.
§ 5o No laudo técnico referido no § 3o, deverão constar informações sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual, e de
sua eficácia, e deverá ser elaborado com observância das normas editadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e dos procedimentos estabelecidos
pelo INSS.
§ 6o A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de seus
trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita às penalidades
previstas na legislação.
§ 7o O INSS estabelecerá os procedimentos para fins de concessão de aposentadoria especial, podendo, se necessário, confirmar as
informações contidas nos documentos mencionados nos § 2o e 3o.
§ 8o A empresa deverá elaborar e manter atualizado o perfil profissiográfico do trabalhador, contemplando as atividades desenvolvidas
durante o período laboral, documento que a ele deverá ser fornecido, por cópia autêntica, no prazo de trinta dias da rescisão do seu contrato de
trabalho, sob pena de sujeição às sanções previstas na legislação aplicável.
§ 9o Considera-se perfil profissiográfico, para os efeitos do § 8o, o documento com o históricolaboral do trabalhador, segundo modelo
instituído pelo INSS, que, entre outras informações, deve conter o resultado das avaliações ambientais, o nome dos responsáveis pela monitoração
biológica e das avaliações ambientais, os resultados de monitoração biológica e os dados administrativos correspondentes.
§ 10. O trabalhador ou seu preposto terá acesso às informações prestadas pela empresa sobre o seu perfil profissiográfico, podendo
inclusive solicitar a retificação de informações quando em desacordo com a realidade do ambiente de trabalho, conforme orientação estabelecida em
ato do Ministro de Estado da Previdência Social.
§ 11. A cooperativa de trabalho e a empresa contratada para prestar serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra atenderão ao
disposto nos §§ 3o, 4o e 5o com base nos laudos técnicos de condições ambientais de trabalho emitidos pela empresa contratante, quando o serviço
for prestado em estabelecimento da contratante.
§ 12. Nas avaliações ambientais deverão ser considerados, além do disposto no Anexo IV, a metodologia e os procedimentos de avaliação
estabelecidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.
§ 13. Na hipótese de não terem sido estabelecidos pela FUNDACENTRO a metodologia e procedimentos de avaliação, cabe ao Ministério do
Trabalho e Emprego definir outras instituições que os estabeleçam.” (NR)
56
“Art. 69. A data de início da aposentadoria especial será fixada:
I - para o segurado empregado:
a) a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida a aposentadoria especial, até noventa dias após essa data; ou
b) a partir da data do requerimento, quando não houver desligamento do emprego ou quando a aposentadoria for requerida após o prazo
estabelecido na alínea “a”; e
II - para os demais segurados, a partir da data da entrada do requerimento.
Parágrafo único. O segurado que retornar ao exercício de atividade ou operação que o sujeite aos riscos e agentes nocivos constantes do
Anexo IV, ou nele permanecer, na mesma ou em outra empresa, qualquer que seja a forma de prestação do serviço ou categoria de segurado, será
imediatamente notificado da cessação do pagamento de sua aposentadoria especial, no prazo de sessenta dias contado da data de emissão da
notificação, salvo comprovação, nesse prazo, de que o exercício dessa atividade ou operação foi encerrado.” (NR)
Art. 2o Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 16 de outubro de 2013; 192o da Independência e 125o da República.
DILMA ROUSSEFF
Garibaldi Alves Filho
Este texto não substitui o publicado no DOU de 17.10.2013
e) Invalidez (código: 32 ou 92)
*SUSPENSÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - APOSENTADORIA POR INVALIDEZ-
A aposentadoria por invalidez é um benefício de prestação continuada cujas regras para concessão foram instituídas pela Lei nº 8.213/91 no seu art.42, regulamentada pelo Decreto nº 3.048/99, bem como pelo artigo 475 da CLT. A aposentadoria por invalidez é devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz para o trabalho e sem condições de se submeter a programa de reabilitação profissional que lhe permita o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência. Enquanto perdurar a incapacidade para o trabalho, o empregado terá direito ao recebimento das prestações relativas ao benefício.
- Condição: Segurado afastado do trabalho por doença ou acidente do trabalho (IN Nº 161-AGOSTO DE 2005 APÓS NO MÍNIMO 2 ANOS DE AUXÍLIO DOENÇA);
- Carência: No mínimo 12 meses de contribuição em caso de doença; - Carência: sem , no caso de acidente de trabalho; - O trabalhador recebe 100% do salário-benefício e tem direito ao 13º salário anual; - Pode perdê-la caso retome sua capacidade laborativa ou não se submeta à perícia de dois em dois anos; - Em caso de necessitar de assistência permanente de outra pessoa- desde que atestado pela perícia médica, pode
conseguir um acréscimo de 25% sobre o valor que estiver recebendo (Quadro de Doenças: Art. 151, de Lei nº 8.213/91: tuberculose, hanseníase, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, paralisia irreversível, aids, etc.): soma mesmo que a aposentadoria esteja sendo recebida pelo valor máximo.
- Art. 468 e 475 da CLT: A aposentadoria por Invalidez suspende o Contrato de Trabalho apenas nos efeitos principais do vínculo de emprego, como a prestação de serviço, a contagem do tempo e o salário. Permanecem válidas as outras cláusulas contratuais, às quais impõem direitos e obrigações ao patrão e ao empregado, como plano de saúde e seguro de vida. Além do que apenas as alterações mais benéficas ao empregado devem ser admitidas.
A relação das situações que permitem o referido acréscimo está descrita no Anexo I do Decreto nº 3.048/99. São elas: cegueira total; perda de nove dedos das mãos ou superior a esta; paralisia dos dois membros superiores ou inferiores; perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível; perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível; perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível; alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social; doença que exija permanência contínua no leito e incapacidade permanente para as atividades da vida diária. Essa relação não é taxativa, vez que outras situações podem levar o aposentado a necessitar de assistência permanente, o que pode ser constatado pela perícia.
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TNU: é possível acumular aposentadoria rural por invalidez e pensão por morte
Conselho Federal da Justiça Federal - 13/9/2011
A Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais (TNU), reunida em Brasília no dia 13 de setembro,
confirmou entendimento de que é possível a acumulação dos benefícios de aposentadoria rural por invalidez e pensão por morte, mesmo
nos casos em que os fatos geradores dos benefícios tenham ocorrido na vigência da Lei Complementar 16/73, que impedia tal prática. A
Turma entendeu que o fato da atual legislação em vigor (Lei 9528/97) não impedir a acumulação faz com que os dois benefícios possam
ser legitimamente recebidos de forma simultânea.
De acordo com o relatório, a requerente apresentou o pedido de uniformização à TNU na expectativa de reverter o acórdão proferido pela
1ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Rio Grande do Sul, que manteve a sentença de primeiro grau que julgara
improcedente seu pedido de concessão de pensão por morte. Inconformada, a requerente sustentou que o beneficio de pensão por morte
pretendido não é inacumulável com a aposentadoria rural por invalidez que já recebe, ainda que o óbito tenha ocorrido antes da lei
8.213/91. A interessada apontou como fundamentos as seguintes decisões do Superior Tribunal de Justiça: AgRg no Resp 437.965/RS,
REsp 168.522/RS e REsp 203.722/PE.
Segundo o voto da relatora, Juíza Federal Simone Lemos Fernandes, a TNU já apreciou caso idêntico no julgamento do processo
2005.72.95.0181928, no qual reconheceu e deu provimento ao pedido de uniformização, editando a súmula 36 segundo a qual: Não há
vedação legal à acumulação da pensão por morte de trabalhador rural com o beneficio da aposentadoria por invalidez, por apresentarem
pressupostos fáticos e fatos geradores distintos.
Dessa forma, a TNU permitiu a aplicação da lei em vigor aos casos de benefícios pendentes de concessão, acompanhando, por
unanimidade, o voto da relatora. Na prática, a decisão anula o acórdão recorrido e determina que o processo retorne ao juizado de origem
para prosseguir no julgamento da causa, desta vez, com base no entendimento firmado pela TNU. No caso, a instrução do processo deverá
ser reaberta para aferição da condição de segurado especial do instituidor da pensão por morte.
Processo 2006.71.95.002910-0
6- PENSÃO: SOMENTE EM CASO DE MORTE
Lei nº 8.213/91: Art. 74. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a
contar da data: (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 10.12.97):
I - do óbito, quando requerida até trinta dias depois deste; (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso anterior; (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.528, de
10.12.97)
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida. (Inciso acrescentado pela Lei nº 9.528, de 10.12.97)
- Carência: sem carência, bastando ser segurado. - Não deixa de receber se casar novamente. - Quem recebe é a família do trabalhador (dependentes).
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais. (Artigo, parágrafos
e incisos com a redação dada pela Lei nº 9.032, de 28.4.95)
*PREFERENCIAIS: CÔNJUGE, COMPANHEIRA (O)-UNIÃO ESTÁVEL E O FILHO ATÉ 18 ANOS NÃO
EMANCIPADOS OU INVÁLIDOS - DEPENDÊNCIA PRESUMIDA.HOMOSSEXUAL (PENSÃO POR MORTE E
AUXÍLIO-RECLUSÃO: DESDE 05/04/1991).
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PENSÃO POR MORTE CESSA QUANDO O ÓRFÃO COMPLETA 21 ANOS
Mesmo que o dependente de segurado falecido não tenha renda própria e esteja cursando ensino superior, a pensão por morte
estabelecida pela Lei 8.213/91 termina quando ele completa 21 anos, a menos que seja inválido. Para os ministros da Primeira Seção do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), a lei é clara e não admite extensão.
O entendimento foi reafirmado pelo STJ no julgamento de um recurso especial sob o rito dos repetitivos (artigo 543-C do Código de
Processo Civil), que serve de orientação para todos os magistrados do país. Somente decisões contrárias a essa tese serão passíveis de
recurso à Corte Superior.
A decisão do STJ reforma acórdão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que reformou sentença para manter o benefício do
jovem. No julgamento da apelação, o TRF3 adotou o fundamento de que, “embora na lei previdenciária não haja previsão de continuidade
do benefício para os não inválidos que completam 21 anos de idade, a decisão deve ser norteada pelo princípio da razoabilidade”. Dessa
forma, considerou razoável o limite de 24 anos para recebimento da pensão, para permitir a conclusão do nível superior.
Jurisprudência
A Súmula 340 do STJ estabelece que a lei aplicável à concessão de pensão previdenciária por morte é a vigente na data do óbito do
segurado. No caso, os pais do estudante faleceram um em 1994 e outro em 2001 – portanto, na vigência na Lei 8.213/91, que admite como
dependentes, além do cônjuge ou companheiro, os filhos menores de 21 anos, os inválidos ou os que tenham deficiência mental.
Para o relator do processo, ministro Arnaldo Esteves Lima, o Poder Judiciário não pode contrariar o comando legal. Segundo ele, não é
possível o restabelecimento da pensão por morte ao beneficiário maior de 21 anos e não inválido, “diante da taxatividade da lei
previdenciária, porquanto não é dado ao Poder Judiciário legislar positivamente, usurpando função do Poder Legislativo”.
NA FALTA DOS ACIMA: PAIS, IRMÃOS ATÉ 18 ANOS NÃO EMANCIPADOS OU INVÁLIDOS- DESDE QUE COMPROVEM C/DOCUMENTOS PESSOAIS E TRÊS PROVAS MATERIAIS(MESMO ENDEREÇO, CONTA BANCÁRIA CONJUNTA, SEGURO DE VIDA, BENS MÓVEIS, JUSTIFICAÇÃO/ IRPF, ETC.)
Pensão Especial aos portadores da Síndrome da Talidomida
É garantido o direito à Pensão Especial (Espécie 56) aos portadores da Síndrome da Talidomida nascidos a partir de 1º de jane iro de 1957, data do início da comercialização da droga
denominada “Talidomida (Amida Nfálica do Ácido Glutâmico), inicialmente vendida com os nomes comerciais de Sedin, Sedalis e S lip, de acordo com a Lei nº 7.070, de 20 de dezembro
de 1982.
Quem tem direito
O benefício é devido ao portador de deformidade física decorrente do uso da Talidomida, independentemente da época de sua uti lização.
Valor A Renda mensal inicial será calculada mediante a multiplicação do número total de pontos indicadores da natureza e do grau de dependência resultante da deformidade física, constante do processo de concessão, pelo valor fixado em Portaria Ministerial que trata dos reajustamentos dos benefícios pagos pela Previdência Social.
Informações complementares
Vitalício e intransferível;
Não gera pensão a qualquer eventual dependente;
Não gera resíduo de pagamento a seus familiares.
Não pode ser acumulado com benefícios assistenciais (LOAS) e Renda Mensal Vitalícia paga pela União.
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Requerimento O requerente deverá comparecer diretamente a uma Agência da Previdência Social para protocolar o pedido de Pensão Especial.
Para a formalização do processo, deverão ser apresentados pelo pleiteante, no ato do requerimento, os seguintes documentos:
fotografias que comprovem a deformidade característica pelo uso da Talidomida;
certidão de nascimento;
prova de identidade do pleiteante ou de seu representante legal; e
quando possível, apresentar outros subsídios que comprovem o uso da Talidomida pela mãe do pleiteante, tais como:
o receituários relacionados com o medicamento
o relatório médico; e
o atestado médico de entidades relacionadas à patologia.
Após a formalização do requerimento será agendado exame médico–pericial para a avaliação do requerente.
Indenização por danos morais devida às vítimas da talidomida instituída pela Lei nº 12.190, de 13 de janeiro de 2010.
Indenização por dano moral devida às pessoas com deficiência física decorrente do uso da Talidomida, no valor equivalente a R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) para cada ponto indicador da natureza e do grau da dependência resultante da deformidade física.
A quantidade de pontos a ser utilizada como referência para o cálculo da indenização será aquela atribuída pela perícia-médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para fins da Pensão Especial devida aos Deficientes Físicos Portadores da Síndrome da Talidomida prevista na Lei nº 7.070, de 1982, limitada ao máximo de oito pontos.
O requerente deverá comparecer diretamente a uma Agência da Previdência Social para protocolar o pedido de Pensão Especial.
Termo de opção
Para o recebimento da indenização o interessado pode firmar requerimento de próprio punho, entretanto, para a liberação da indenização, será imprescindível a apresentação do Termo de Opção, considerando que a indenização da Lei nº 12.190, de 2010, não pode ser acumulada com outra indenização de mesma natureza concedida judicialmente.
O termo de opção encontra-se anexo ao Decreto nº 7.235/2010, também servindo como requerimento quando apresentado pelo interessado em uma Agência da Previdência Social.
Informações complementares
Sobre a indenização não incidirá imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza (IR).
O valor correspondente à indenização será atualizado monetariamente desde 1º/1/2010, na forma do art. 6º da Lei nº 12.190, de 2010.
A indenização poderá ser requerida e recebida por representante legal ou procurador do beneficiário.
PAGAMENTO DAS VERBAS RESCISÓRIAS NO FALECIMENTO DO EMPREGADO
O falecimento do empregado constitui um dos meios de extinção do contrato individual de trabalho, extinguindo automaticamente o contrato.
Para determinação do cálculo das verbas rescisórias considera-se esta rescisão do contrato de trabalho como um pedido de demissão, sem aviso prévio. Os valores não recebidos em vida pelo empregado serão pagos em quotas iguais aos dependentes habilitados perante a Previdência Social ou, na sua falta, aos sucessores previstos na lei civil, indicados em alvará judicial, independentemente de inventário ou arrolamento.
Os dependentes ou sucessores deverão receber do empregador do falecido as seguintes verbas rescisórias:
Empregado com menos de 1 ano
Saldo de salário;
13º salário;
Férias proporcionais e seu respectivo adicional de 1/3 constitucional;
60
Salário-família;
FGTS do mês anterior;
FGTS da rescisão;
Saque do FGTS - código 23.
Empregado com mais de 1 ano
Saldo de salário;
13º salário;
Férias vencidas;
Férias proporcionais;
1/3 constitucional sobre férias vencidas e proporcionais;
Salário-família;
FGTS do mês anterior;
FGTS da rescisão;
Saque do FGTS - código 23.
O FGTS deverá ser recolhido normalmente na GFIP - Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social.
Pagamento das Verbas Rescisórias
O pagamento das verbas rescisórias deve ser em quotas iguais aos seus dependentes habilitados ou sucessores, no prazo máximo de 10 (dez) dias da data de desligamento (falecimento).
Para isto os dependentes deverão apresentar para a empresa a Certidão de Dependentes Habilitados à Pensão Por Morte ou, no caso dos sucessores, a Certidão de Inexistência de Dependentes Habilitados à Pensão Por Morte, além de alvará judicial. Tais certidões devem ser requisitadas nos órgãos de execução do INSS.
Havendo dúvida em relação aos dependentes ou se estes forem desconhecidos, o empregador poderá se eximir do pagamento da multa prevista no art. 477, § 8º da CLT, fazendo um depósito judicial do valor líquido das verbas rescisórias até o prazo máximo previsto na legislação para pagamento.
BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL AO IDOSO E AO DEFICIENTE – LOAS
O benefício de assistência social será prestado, a quem dele necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, conforme
prevê o art. 203, V da Constituição Federal.
A regulamentação deste benefício se deu pela Lei 8.742/93, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), e do Decreto
1.744/95, os quais estabelecem os seguintes requisitos para concessão:
a) Ser portador de deficiência ou ter idade mínima de 65 (sessenta e cinco) anos para o idoso não-deficiente;
b) Renda familiar mensal (per capita) inferior a ¼ do salário mínimo;
c) Não estar vinculado a nenhum regime de previdência social;
d) Não receber benefício de espécie alguma, salvo o de assistência médica;
e) Comprovar não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família;
61
Para análise do direito ao Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC-LOAS), instituída pela Lei nº 8.742/93, serão
consideradas como:
a) idoso: aquele com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou mais;
b) pessoa portadora de deficiência (PPD): é aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho, ou seja, aquela que apresenta
perdas ou reduções da sua estrutura, ou função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, de caráter permanente, em
razão de anomalias ou lesões irreversíveis de natureza hereditária, congênita ou adquirida, que geram incapacidade para
viver independentemente ou para exercer atividades, dentro do padrão considerado normal ao ser humano, consoante
estabelece a súmula 29 da Turma Nacional de Uniformização dos JEFs;
c) incapacidade: fenômeno multidimensional que abrange limitação do desempenho de atividade e restrição da participação, com redução
efetiva e acentuada da capacidade de inclusão social, em correspondência à interação entre a pessoa com deficiência e seu
ambiente físico e social;
d) família: o conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto, assim entendido o cônjuge, o companheiro ou a companheira, os pais, os
filhos e irmãos não emancipados de qualquer condição, menores de 21 (vinte e um) anos ou inválidos, e os equiparados a
filhos, caso do enteado e do menor tutelado (na forma do art. 16 da Lei nº 8.213/1991);
e) família incapacitada de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa: aquela cujo cálculo da renda per capita, que
corresponde à soma da renda mensal bruta de todos os seus integrantes, dividida pelo número total de membros que
compõem o grupo familiar, seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo.
f) família para cálculo da renda per capita, conforme disposto no § 1º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993: conjunto de pessoas que vivem sob o
mesmo teto, assim entendido, o requerente, o cônjuge, a companheira, o companheiro, o filho não emancipado, de qualquer
condição, menor de 21 anos ou inválido, os pais, e o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou
inválido;
Nota¹: O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante comprovação de dependência econômica e desde que
não possuam bens suficientes para o próprio sustento e educação;
Nota²: O filho ou o irmão inválido do requerente que não esteja em gozo de benefício previdenciário ou do Benefício de
Prestação Continuada, em razão de invalidez ou deficiência, deve passar por avaliação médico pericial para comprovação da
invalidez.
g) renda mensal bruta familiar: a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pelos membros da família composta por salários,
proventos, pensões, pensões alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada, comissões, pró-labore, outros
rendimentos do trabalho não assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo, rendimentos auferidos do
patrimônio, Renda Mensal Vitalícia e Benefício de Prestação Continuada, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 19
do Decreto nº 6.214/2007, o qual transcrevemos na íntegra:
"O Benefício de Prestação Continuada será devido a mais de um membro da mesma família enquanto atendidos os requisitos
exigidos neste Regulamento."
Anteriormente a idade mínima para ter direito ao benefício era de 70 anos, mas com a edição de novas leis, a idade teve redução conforme
quadro abaixo:
Período Lei Idade Mínima
1º de janeiro de 1996 a 31 de dezembro de 1997 Art. 38 da Lei nº 8.742/1993 70 anos
1º de janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 2003 Lei nº 9.720/1998 67 anos
A partir de 1º de janeiro de 2004 Artigo 34 da Lei nº 10.741/2003 65 anos
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Perícia Médica
A avaliação da deficiência e do grau de incapacidade será composta de avaliação médica e social. As avaliações serão realizadas,
respectivamente, pela perícia médica e pelo serviço social do INSS, por meio de instrumentos desenvolvidos especificamente para este fim.
A avaliação médica da deficiência e do grau de incapacidade considerará as deficiências nas funções e nas estruturas do corpo, e a
avaliação social considerará os fatores ambientais, sociais e pessoais, e ambas considerarão a limitação do desempenho de atividades e a
restrição da participação social, segundo suas especificidades.
Menores de 16 Anos de Idade:Para fins de reconhecimento do direito ao Benefício de Prestação Continuada às crianças e adolescentes
menores de 16 (dezesseis anos) de idade, deve ser avaliada a existência da deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho de
atividade e restrição da participação social, compatível com a idade, sendo dispensável proceder à avaliação da incapacidade para o
trabalho.
RENDAS DO MARIDO E DA NETA NÃO SÃO CONSIDERADAS PARA CONCESSÃO DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL À ESPOSA
IDOSA Fonte: DPU - 18/10/2012 - Uma assistida da Defensoria Pública da União no Paraná (DPU/PR) obteve na Justiça decisão favorável à concessão de benefício assistencial ao idoso. H.S.C., de 67 anos, portadora de diabetes e hipertensão arterial, tem renda de cerca de R$ 100,00, que obtém eventualmente por consertar roupas. Ela vive com o marido, também idoso, que recebe R$ 475,00 de aposentadoria especial, e uma neta que trabalha como vendedora e ganha um salário mínimo por mês. O benefício de assistência social será prestado, a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, conforme prevê o art. 203, V da Constituição Federal. A regulamentação deste benefício se deu pela Lei 8.742/93, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), e do Decreto 1.744/95, os quais estabelecem os seguintes requisitos para concessão: a) Ser portador de deficiência ou ter idade mínima de 65 (sessenta e cinco) anos para o idoso não deficiente;
b) Renda familiar mensal (per capita) inferior a ¼ do salário mínimo;
c) Não estar vinculado a nenhum regime de previdência social;
d) Não receber benefício de espécie alguma, salvo o de assistência médica;
e) Comprovar não possuir meios de prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) havia negado o benefício alegando que a assistida não se enquadra no requisito de limite da renda previsto na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), já que o valor obtido por pessoa da família ultrapassaria um quarto do salário mínimo. O defensor público Flávio Henrique Siviero argumentou que o benefício recebido pelo marido não deve ser considerado para cálculo da renda por pessoa, “isto porque em todos os casos o benefício percebido visa a amparar unicamente seu beneficiário, não sendo suficiente para alcançar os demais membros do grupo familiar”, disse. Ainda de acordo com o defensor, a renda da neta da assistida também não deve ser considerada, por falta de previsão na LOAS. O juiz Alexandre Moreira Gauté, do Juizado Especial Cível Federal de Curitiba, acatou o argumento do defensor, condenando o INSS a implantar o benefício de assistência social retroativo a outubro de 2011 e a pagar as parcelas vencidas até o trânsito em julgado da sentença.
Obs:O valor mínimo dos benefícios pagos pelo INSS – aposentadorias, auxílio-doença, auxílio-reclusão e pensão por morte, das aposentadorias dos aeronautas e das pensões especiais
pagas às vítimas da síndrome da talidomida – será de R$ 724,00.
O mesmo piso vale também para os benefícios da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas) para idosos e pessoas com deficiência, para a renda mensal vitalícia e para as pensões especiais
pagas aos dependentes das vítimas de hemodiálise da cidade de Caruaru (PE). Já o benefício pago aos seringueiros e seus dependentes, com base na Lei nº 7.986/89, terá valor de R$
1.448,00.