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As principais características de duas religiões do oriente.
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Escolha duas as religiões do Oriente que foram estudadas e elucide suas principais características míticas e étnicas.
BUDISMO
O budismo é um dos fenómenos mais antigos do mundo. É a quarta religião
depois do Cristianismo, do Judaísmo e do Hinduísmo. O Budismo não é
propriamente uma religião mas mais uma filosofia de vida, visto que, no centro da
sua mensagem está o homem; Deus fica numa enigmática penumbra.
O objetivo do Budismo – não é a fusão em Brama (o Absoluto), nem a união
com Deus, mas chegar ao Nirvana que significa apagar os fogos da saudade e do
apego (este pode ser atingido nesta vida). Ensina a via para fugir ao sofrimento e à
dor.
"Há uma esfera que não é certa, nem água, nem fogo, nem ar: a esfera do nada. é só aí o fim do
sofrimento"
Buda
O fundador do budismo viveu entre os séculos VI e IV antes de Cristo, na
Índia. Sidarta Gautama nasceu em uma família do clã Shakya.
Viveu parte de sua vida cercado pelos muros do palácio de seu Pai, pois ele não
queria que o filho conhecesse o sofrimento das pessoas. Mas um dia saindo do
palácio, escondido de seu pai, conheceu o sofrimento e a morte. Fugiu de casa,
deixando tudo. Depois de seis anos, durante uma meditação sob a árvore Bodhi,
atingiu a iluminação.
A partir deste momento, Sidarta passou a ser o Buda (“O iluminado”) e
dedicou-se a ensinar até o fim de sua vida.
Um dos princípios fundamentais do budismo é o desenvolvimento de uma atitude de
compaixão ou benevolência, de amor, e de comunidade com todos os seres vivos,
sem ferir, ofender ou depreciar nenhum deles.
A Primeira Característica: Carma
O carma é um ensinamento budista fundamental. É a sua mais importante
característica e, ao mesmo tempo, a mais complexa e a mais frequentemente mal
compreendida. Carma é um termo sânscrito que significa ação ou ato. Qualquer
ação física, verbal ou mental executada com uma intenção pode ser chamada de
carma. Em outras palavras, pode-se dizer que carma é qualquer volição moral ou
imoral, ou qualquer ação, reação ou resultado volitivo.
A Segunda Característica: Gênese Condicionada
O Buda Shakyamuni, fundador do Budismo, iluminou-se sentado sob a árvore
Bodhi, em Bodhgaya, na Índia. Qual foi a verdade que ele compreendeu quando se
iluminou? Ele compreendeu o Princípio de Causa e Condição e a verdade da
Gênese Condicionada. Percebeu que o princípio de todos os fenômenos surge de
causas e condições e que a Gênese Condicionada é uma verdade imutável da vida
e do universo. Durante os 49 (alguns dizem 45) anos em que ensinou o Dharma, o
Buda dirigiu seus esforços a elucidar a verdade da Gênese Condicionada para os
demais. A Gênese Condicionada é outra característica singular que diferencia o
Budismo de outras religiões.
A Terceira Característica: Shunyata
De modo geral, as pessoas não compreendem o conceito de shunyata
(vazio), pois pensam que shunyata é o nada. Essa é uma interpretação errônea. Já
falamos sobre o fenômeno da Gênese Condicionada, que significa que todos os
dharmas se originam de causas e condições e findam como resultado de causas e
condições. Todos os dharmas surgem por causa da combinação correta de causas e
condições e findam como consequência da desintegração das causas e condições
que resultaram em sua formação. Portanto, a natureza de todos os dharmas é o
vazio. Ou seja, os dharmas não têm uma verdadeira natureza específica e, portanto,
são descritos como "vazios".
A quarta característica: Os Três Selos do Dharma
Os "Três Selos do Dharma" (Três Características da Existência) são uma
importante doutrina do Budismo. Os Três Selos do Dharma podem determinar se um
dado ensinamento budista é a Verdade Absoluta. Os Três Selos do Dharma são
como um carimbo oficial através do qual pode-se reconhecer a autenticidade de
mercadorias do cotidiano. Uma doutrina que não esteja em consonância com os
Três Selos do Dharma não é um ensinamento completo, mesmo que tenha sido
proferida pelo Buda. Por outro lado, uma doutrina que esteja de acordo com os Três
Selos do Dharma é um Dharma genuíno, mesmo que não tenha sido pessoalmente
transmitida pelo Buda.
O Nirvana é a paz perfeita
Essa afirmação significa que as coisas acabarão por alcançar um estado de
paz, independentemente de quão caóticas estejam no mundo. Não importa que as
coisas pareçam diferentes, no fim tudo será igual. O estado de Nirvana é, na
verdade, de paz e igualdade. De acordo com o Budismo, o resultado de se alcançar
o estado de Nirvana é que todas as aflições e o ciclo de nascimento e morte são
exterminados, o sofrimento deixa de existir, a felicidade eterna é alcançada, a
sabedoria perfeita torna-se realidade e todas as ilusões são erradicadas. As pessoas
comuns acreditam que o Nirvana só pode ser alcançado depois da morte. Na
verdade, a definição de Nirvana é "sem nascimento nem morte". Nirvana significa a
extinção do apego, a eliminação do atmagraha (aferro à noção de "individualidade")
e do dharma-graha (aferro à crença de que as coisas são reais), a erradicação dos
obstáculos gerados pela impureza e dos impedimentos ao conhecimento. Significa
dar um fim ao ciclo de nascimento e morte. Nirvana é liberação. A impureza é
cativeiro. Um criminoso acorrentado não é livre, da mesma forma que não o são os
seres vivos agrilhoados por cobiça, raiva e ilusão. Praticando o Dharma e se
purificando, os seres vivos liberam-se e alcançam o Nirvana. Esse processo é o
único caminho para o Nirvana.
Na época do Buda, seus discípulos viajavam a diferentes lugares para ensinar
o Dharma, depois de terem alcançado o Nirvana. Seus exemplos nos fazem
compreender que o Nirvana não é algo para ser alcançado fora do contexto dos
dharmas. Todos os dharmas eram originalmente Nirvana. No entanto, uma vez que
a mente dos seres vivos está obscurecida pela ignorância, pela ilusão, pelo apego e
pela crença de que a individualidade e os dharmas têm existência substancial que
pode ser alcançada, as pessoas encontram obstáculos, impedimentos e cativeiro em
todos os lugares. Se pudermos ser como os sábios budistas que entenderam que
tudo se origina por causa da Gênese Condicionada, então, ainda que continuemos a
existir neste mundo, perceberemos que toda a existência está em permanente
mutação e não tem uma verdadeira natureza individual. Não mais seremos
apegados, estaremos libertos onde quer que estejamos. Liberação é Nirvana.
REFERÊNCIAS:
DOMEZI, M. C. História das Religiões. Batatais: Claretiano, 2013. Unidade 4WILKINSON, p. O Livro Ilustrado das Religiões. São Paulo: Publifolha, 2000. p. 37HERMÓGENES. Autoperfeição com hatha yoga. 35ª edição. Rio de Janeiro: Record, 1995. p. 61WILKINSON, P. O livro ilustrado das religiões. São Paulo: Publifolha, 2001. P. 57GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. São Paulo: Martin Claret, 2003. p. 19GAUTAMA, S. A Doutrina de Buda. São Paulo: Martin Claret, 2001. p. 17
HINDUÍSMO
O hinduísmo, a principal religião da Índia, cuja grande massa da população é
hindu, é como que uma federação de credos e de formas de vida, uma cultura
religiosa pluralista e um agregado de tradições étnicas que oferece uma vasta gama
de alternativas. São hindus todos aqueles que nasceram de pais hindus e
assimilaram as tradições familiares. O hinduísmo atual resulta da confluência das
diversas correntes culturais e religiosas a seguir referidas. Entre elas está o
bramanismo védico, que consagrava a divisão da sociedade em quatro classes: os
sacerdotes, os chefes, o povo e, por último, a população de origem não ariana. É
daqui que provém o complexo sistema de castas. Por outro lado, encontramos o
xramanismo, doutrina de três grupos ascetas não bramânicos, dois dos quais, jainas
e budistas, professam e popularizam a crença da reencarnação que é determinada
pelas ações passadas e pela natureza efémera do mundo, pregando também a não
violência, a bondade com todos, a veracidade, o domínio das paixões, a castidade e
o desprendimento. O hinduísmo purânico, por sua vez, é formado por todos os
novos elementos resultantes do processo de encontro e de adaptação seletiva que
se foi desenrolando. Estes novos elementos são a teoria do avatara; a teoria da
graça divina e correspondente devoção (bhakti), os cultos de Vishnu, Shiva e outras
divindades; a interpolação hinduizantes nos poemas épicos; a composição de 18
puranas exaltando Vishnu, Shiva e Brama; a elaboração de seis sistemas filosóficos;
a assimilação da moralidade xramânica nos códigos brâmanes da lei; a organização
de ordens religiosas sectárias; a sacralização da vaca cerca de 300 d. C.; e a geral
aceitação da não violência como virtude fundamental. O hinduísmo medieval, por
seu lado, é caracterizado por uma enorme difusão popular da espiritualidade
do bhakti (fé-devoção). Esta devoção caracteriza-se por uma entrega total à
divindade escolhida por cada um, em especial Vishnu, Krishna ou Rama. Tende
para o monoteísmo; no entanto, sendo uma preferência pessoal, dá origem a muitas
seitas; professa, também, o culto das imagens. Foi este o hinduísmo mais humano,
mais humilde e confiado na graça divina. O hinduísmo reformado surgiu desde o
final do século XIV com novas seitas que rompem com o bramanismo. O neo-
hinduísmo surgiu a partir do início do século XIX pelo contato com o Cristianismo
inglês e com as modernas ideias ocidentais. Este neo-hinduísmo é uma forma de
hinduísmo muito simplificado, enriquecido, no entanto, com a adoção dos
ensinamentos morais de Jesus Cristo e dos ideais da democracia ocidental. Este
neo-hinduísmo exalta a tolerância, a autossuficiência, a universalidade e a
espiritualidade idealista, sendo dele um exemplo a personalidade de Gandhi.
As principais características do hinduísmo são:
Respeito pela antiguidade e tradição;
A confiança nos livros sagrados;
A crença em Deus sob alguma forma e a sua adoração em algum aspecto;
A persistência do sistema de castas, apesar da oposição vigorosa de alguns chefes
e da sua existência ser negada pela constituição;
A importância dos ritos, apesar de atualmente os hindus não fazerem tanto caso
deles; confiança nos guias espirituais;
A crença nas encarnações anteriores e futuras reencarnações.
Atualmente, apesar da aspiração dos neo-hindus à universalidade e dos
esforços missionários de alguns deles, o hinduísmo permanece uma religião étnica.
Nota-se hoje uma alteração da sua esfera de influência; as suas manifestações são
menos numerosas e relacionam-se sobretudo com alguns aspetos da vida
quotidiana, como casamentos e outras ocasiões festivas.
REFERÊNCIAS:
Shraddha Banglapedia Sociedade Asiática de Bangladesh. Visitado em 20-4-152007.
Vivekananda 1987, pp. 6–7 Vol I
Vivekananda 1987 , pp. 118–120 Vol III
Sargeant & Chapple 1984, p. 3
Nikhilananda 1990, pp. 3–8
E-REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hindu%C3%ADsmo
http://www.gotquestions.org/Portugues/Hinduismo.html
http://mokshadharma.blogspot.com.br/2008/10/hindusmo-budismo.html