Principais Mudancas CodigoComercial

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Comercial

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PRINCIPAIS MUDANAS NO CDIGO COMERCIAL

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Resumo: Principais Mudanas no Cdigo Comercial por Desconhecido

Resumo de Direito Comercial

Assunto:

PRINCIPAIS MUDANAS NO CDIGO COMERCIALAutor:

DESCONHECIDO

Direito Comercial

I. Introduo Com a entrada em vigor do Novo Cdigo Civil brasileiro em 11 de janeiro de 2003, institudo pela Lei n 10.406, de 10 de janeiro de 2002, deixou de existir a clssica diviso existente entre atividades mercantis (indstria ou comrcio) e atividades civis (as chamadas prestadoras de servios). Para melhor compreenso do assunto, faz-se necessrio uma rpida abordagem do sistema que vigeu por mais de um sculo entre ns.

II. Como se dividiam as empresas?

O nosso Cdigo Comercial de 1850, e o Cdigo Civil de 1916, que regulavam o direito das empresas mercantis e civis no Brasil at 11 de janeiro de 2003, adotavam, como critrio de diviso das empresas, as atividades exercidas por elas, isto , dispunham que a sociedade constituda com o objetivo social de prestao de servios (sociedade civil), tinha o seu contrato social registrado no Cartrio de Registro Civil das Pessoas Jurdicas (exceto as Sociedades Annimas e casos especficos previstos em lei), enquanto que uma sociedade mercantil, constituda com o objetivo de exercer atividades de indstria e/ou comrcio, tinha o seu contrato social registrado nas Juntas Comerciais dos Estados (inclusive todas as Sociedades Annimas e raras excees previstas em lei, na rea de servios).

Tratamento semelhante era conferido s firmas individuais e aos autnomos. O empreendedor que desejava atuar por conta prpria, ou seja, sem a participao de um ou mais scios em qualquer ramo de atividade mercantil (indstria e/ou comrcio, ainda que tambm prestasse algum tipo servio), deveria constituir uma Firma Individual na Junta Comercial, ou, caso quisesse atuar, exclusivamente, na prestao de servios em carter pessoal e com independncia, deveria registrar-se como autnomo na Prefeitura local.

III. Como ficou com o novo Cdigo Civil?

Ocorre, porm, que estas divises no fazem parte mais de nossa realidade. O nosso sistema jurdico passou a adotar uma nova diviso que no se apia mais na atividade desenvolvida pela empresa, isto , comrcio ou servios, mas no aspecto econmico de sua atividade, ou seja, fundamenta-se na teoria da empresa.

De agora em diante, dependendo da existncia ou no do aspecto econmico da atividade, se uma pessoa desejar atuar individualmente (sem a participao de um ou mais scios) em algum segmento profissional, enquadrar-se- como EMPRESRIO ou AUTNOMO, conforme a situao, ou, caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas para, juntos, explorarem alguma atividade, devero constituir uma sociedade que poder ser uma SOCIEDADE EMPRESRIA ou SOCIEDADE SIMPLES, conforme as diferenas que sero apresentadas mais adiante.

Portanto, devemos nos acostumar a conviver com a nova diviso entre: EMPRESRIO ou AUTNOMO e SOCIEDADE EMPRESRIA ou SOCIEDADE SIMPLES.

O novo Cdigo Civil, que entrou em vigor no dia 11 janeiro de 2003, trouxe muitas mudanas ao Direito de Empresa que afetar no apenas os que vivem, mas tambm os que convivem no universo das micros e pequenas empresas brasileiras. Diante das mudanas que se apresentam, o empreendedor poder encontrar-se em umas das trs situaes seguintes:

1) ABERTURA DE NOVAS EMPRESAS: a constituio de novas empresas a partir de 11 de janeiro de 2003, dever observar as regras estabelecidas pelo novo Cdigo Civil, bem como pelas regulamentaes baixadas pelos rgos de registro de empresas (Cartrios de Registro das Pessoas Jurdicas e Departamento Nacional de Registro de Comrcio DNRC).

2) EMPRESAS J CONSTITUDAS (ANTES DE 11 DE JANEIRO DE 2003): as empresas constitudas com base na legislao anterior, ainda que no tenham interesse em promover qualquer alterao do contrato social, tero o prazo de 1 (um) ano para se adequarem s novas regras estabelecidas pelo NCC, isto , tero, necessariamente, que ajustarem seus contratos sociais at janeiro de 2004.

3) EMPRESAS J CONSTITUDAS (ANTES DE 11 DE JANEIRO DE 2003) QUE NECESSITAREM PROMOVER QUALQUER ALTERAO DO CONTRATO SOCIAL: as empresas constitudas com base na legislao anterior e que tenham necessidade de promover qualquer alterao do contrato social aps 11 de janeiro de 2003, seja para alterar o endereo, a composio societria, o objeto social ou mesmo solicitar o encerramento de suas atividades (baixa da empresa), devero faz-lo observando-se as novas regras do Cdigo.

IV. Empresrio, Firma Individual, No-Empresrio e Autnomo

1) O que Empresrio?

Considera-se Empresrio quem exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou circulao de bens ou de servios (art. 966).Veja que o dispositivo trata do empresrio como sendo o sujeito individualmente considerado, o que nos permite concluir que todos aqueles que atuavam na condio de Firma Individual passam, agora, a ser considerados empresrios, j que, ou atuavam na produo (indstria) ou na circulao (comrcio) de produtos ou mercadorias (bens).

Como podemos verificar no conceito trazido pelo novo Cdigo Civil, Empresrio no aquele que somente produz ou circula mercadorias, mas tambm aquele que produz ou circula servios. Assim, muitos dos que at ento eram considerados autnomos, passam a ser Empresrios, como o caso do representante comercial, do mecnico de automveis, do profissional que conserta eletrodomsticos, do encanador, do pintor, do pedreiro etc.

2) No ficou muito clara a definio de Empresrio para mim. Poderia esclarecer melhor?

Para melhor compreenso do conceito de Empresrio, apresentamos abaixo a Exposio de Motivos do novo Cdigo Civil que traz traos caractersticos do empresrio definidos em trs condies:

a) Exerccio de atividade econmica e, por isso, destinada criao de riqueza, pela produo de bens ou de servios ou pela circulao de bens ou servios produzidos;

b) Atividade organizada, atravs da coordenao dos fatores da produo trabalho, natureza e capital em medida e propores variveis, conforme a natureza e objeto da empresa;

c) Exerccio praticado de modo habitual e sistemtico, ou seja, PROFISSIONALMENTE, o que implica dizer em nome prprio e com nimo de lucro.

3) Quer dizer que no existe mais a Firma Individual?

Esta denominao deixa de existir. Daqui para frente todas as firmas individuais passam a ser consideradas Empresrio, devendo para tanto, providenciar as alteraes nos rgos de registro competentes at janeiro de 2004.

4) E o Autnomo? Tambm no existe mais?

A figura do autnomo continua existindo, entretanto, dentro de um conceito bem mais restrito.

O Novo Cdigo Civil no traz a definio de autnomo, contudo, o pargrafo nico do art. 966, nos revela quem no considerado empresrio, o que nos permite afirmar que estes so autnomos. Vejamos o que diz a lei:

NO SE CONSIDERA EMPRESRIO: Aquele que exerce profisso intelectual, de natureza cientfica, literria ou artstica, mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exerccio da profisso constituir elemento de empresa".

O ELEMENTO DE EMPRESA refere-se atividade desenvolvida pela empresa, isto , faz parte do seu objeto social e de sua estrutura organizacional para atuar.

De modo geral, podemos afirmar que se considera autnomo aquele que atua, por conta prpria (sem scios) como profissional liberal, isto , o advogado, o dentista, o mdico, o engenheiro, o arquiteto, o contabilista, etc., que, na verdade, vendem servios de natureza intelectual. Alm desses, podemos citar tambm o escritor, o pintor (de obras de arte), o artista plstico, o escultor etc.

V. Sociedade Empresria, Sociedade Simples e tipos de sociedades

1) E se eu quiser atuar com outros scios?

Neste caso, voc dever constituir uma sociedade.

2) Mas o que uma Sociedade?

O novo Cdigo Civil assim define sociedades: Celebram contrato de sociedades as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou servios, para o exerccio de atividade econmica (um ou mais negcios determinados) e a partilha, entre si, dos resultados (art. 981 e pargrafo nico).

Portanto, sempre que duas pessoas ou mais se reunirem com o objetivo de, juntas, organizarem uma empresa para explorarem uma atividade qualquer e partilharem seus resultados, estaro constituindo uma sociedade.

3) O que vem a ser uma Sociedade Empresria? A Sociedade Empresria tem por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio sujeito a registro, inclusive a sociedade por aes, independentemente de seu objeto, devendo inscrever-se na Junta Comercial do respectivo Estado (art. 982 e pargrafo nico).

Isto , Sociedade Empresria aquela onde se exerce profissionalmente atividade econmica organizada para a produo ou circulao de bens ou de servios, constituindo elemento de empresa.

Desta forma, podemos dizer que Sociedade Empresria a reunio de dois empresrios ou mais, para a explorao, em conjunto, de atividade(s) econmica(s).

4) E o que uma Sociedade Simples?

Sociedades simples so sociedades formadas por pessoas que exercem profisso intelectual (gnero), de natureza cientfica, literria ou artstica (espcies), mesmo se contar com auxiliares ou colaboradores, salvo se o exerccio da profisso constituir elemento de empresa.

Desta forma, Sociedade Simples a reunio de duas ou mais pessoas (que, caso atuassem individualmente seriam consideradas autnomas), que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou servios, para o exerccio de atividade econmica e a partilha, entre si, dos resultados, no tendo por objeto o exerccio de atividade prpria de empresrio.

Exemplos:

a) Dois mdicos se unem e constituem um consultrio para, juntos, explorarem atividade intelectual relacionada aos seus conhecimentos cientficos na rea mdica;

b) Dois arquitetos se unem e constituem um escritrio para, juntos, explorarem atividade intelectual relacionada aos seus conhecimentos artsticos na rea da arquitetura.

Devemos esclarecer que o objetivo da Sociedade Simples ser somente prestao de servios relacionados habilidade profissional e intelectual pessoal dos scios, no devendo conter outros servios estranhos, caso em que poder configurar o elemento de empresa que, neste caso, se transformar em uma Sociedade Empresria.

Vejamos alguns exemplos em que o elemento de empresa se apresenta:

a) Dois mdicos que se unem e constituem um consultrio mdico para, juntos, explorarem atividade intelectual relacionada aos seus conhecimentos cientficos na rea mdica, mas que, tambm, realizam exames clnicos laboratoriais oferecidos ao pblico em geral;

b) Dois engenheiros que se unem e constituem uma empreiteira para construir imveis;

c) Dois mdicos que se unem e constituem um hospital para prestar servios;

d) Dois profissionais da rea de marketing que se unem para constituir uma agncia de propaganda e marketing.

Obs.: Embora tenhamos utilizado exemplos contemplando a pluralidade de scios (nos casos: dois scios), cujas sociedades passaram a constituir o elemento de empresa e, conseqentemente, deixando de ser Sociedade Simples para se tornar uma autntica Sociedade Empresria, o mesmo efeito ocorrer se o elemento de empresa estiver presente ao profissional que atua individualmente (sem scio) que, neste caso, deixar de ser autnomo para transformar-se em empresrio.

H uma outra corrente doutrinria que sustenta que outras atividades, ainda que no relacionadas a profisses de cunho intelectual, tambm se enquadrariam na condio de sociedades simples, bastando, para tanto, no se encaixarem nos exatos termos do conceito de empresrio, segundo uma interpretao restritiva s Exposies de Motivos que acompanharam o novo Cdigo Civil.

Tal divergncia interpretativa do texto natural neste momento, uma vez que, como vimos, estamos diante de uma lei muito recente. Assim sendo, a ttulo de prudncia, devemos aguardar e ficar atentos aos novos entendimentos que se firmaro sobre a questo, sobretudo quanto aos procedimentos e recomendaes a serem emitidas pelos rgos de registro de empresas: Departamento Nacional de Registro do Comrcio - DNRC e dos Cartrios de Registro das Pessoas Jurdicas.

5) E a Sociedade Limitada? No existe mais?

A Sociedade Limitada, assim como, a Sociedade em Nome Coletivo, Sociedade em Conta de Participao, Sociedade em Comandita Simples e por Aes e a Sociedade Annima, continuam existindo e so tipos de sociedades.

Sociedade Simples e Sociedade Empresria so consideradas gnero (padro), ou seja, todas as sociedades empresrias sero, necessariamente, Sociedade Empresria ou Sociedade Simples e podero adotar um dos tipos mencionados.

A Sociedade Simples possui regras prprias que a regulamenta, entretanto, o novo Cdigo Civil prev que ela poder optar por um dos tipos acima mencionados, com exceo da Sociedade Annima, que ser sempre Sociedade Empresria.

A Sociedade Empresria, por sua vez, no possui regras prprias, devendo, portanto, adotar, necessariamente, um dos tipos mencionados.

Por fim, vale lembrar que as sociedades do tipo Annima e Limitada so as mais comuns no Brasil em virtude da responsabilidade dos scios ser limitada em relao sociedade e a terceiros. Significa dizer que, em regra, os scios no respondem pelas obrigaes sociais com seus bens particulares. Os demais tipos societrios possuem scios que respondem ilimitadamente pelas obrigaes sociais e, por esta razo, no so muito utilizados. Para se ter uma idia, segundo dados divulgados no site do DNRC, aproximadamente 99% das sociedades registradas entre 1985 e 2001, foram Sociedades por Cotas de Responsabilidade Limitada".

VI. Capacidade Civil e Empresa entre marido e mulher

1) Qual a idade mnima para que uma pessoa possa ser Empresrio?

Outra importante mudana promovida pelo novo Cdigo Civil brasileiro com relao reduo da idade mnima para que o empreendedor possa ter o seu prprio negcio. A capacidade civil para ser Empresrio passa de 21 anos para 18 anos, desde que a pessoa no seja legalmente impedida.

2) Meu filho tem 17 anos e quer ser Empresrio. Ele pode constituir uma empresa?

Sim, para tanto, ele dever ser emancipado. A emancipao do menor tambm foi reduzida e poder se dar entre 16 e 18 anos. A emancipao se faz pela outorga dos pais ou por sentena do juiz, cujo ato dever ser registrado em Cartrio das Pessoas Naturais e, posteriormente, averbado no rgo de registro de empresas. Lembramos que podem exercer a atividade de Empresrio os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e no forem legalmente impedidos.

3) O menor de 18 anos no emancipado pode ser scio de empresa?

O scio menor no emancipado s poder participar de uma sociedade se o capital social da empresa estiver totalmente integralizado, mas, lembre-se, neste caso ele no poder exercer a funo de administrador da empresa.

4) Marido e Mulher podem ser scios em uma mesma empresa?

Os cnjuges podem ser scios entre si, exceto se forem casados sob o regime da comunho universal de bens ou separao obrigatria (quando um dos cnjuges tiver mais de 60 anos).

VII. Administrao da Empresa

1) Quem o Administrador da Empresa? Agora, o representante legal da empresa passa a ser o Administrador, o qual substitui a antiga figura do scio-gerente.

2) E o Scio-Gerente, como fica? No h mais a figura do scio-gerente, conforme concebido pela legislao anterior. Como vimos, a funo de representante legal da empresa passou a ser atribuda ao Administrador. Entretanto, o novo Cdigo Civil conserva a figura do Gerente, que, a partir de agora passa a ser um cargo hierarquicamente inferior do Administrador, podendo ser conferido a um empregado de confiana.

3) O estrangeiro pode ser scio? E exercer a administrao?

Sim, o estrangeiro poder ser scio de uma empresa brasileira, entretanto, s poder fazer parte da administrao da empresa se tiver residncia no Brasil, isto , possuir visto permanente emitido pela autoridade competente e no estar enquadrado em caso de impedimento para exerccio da administrao.

4) Como se deve fazer a nomeao do Administrador na Sociedade Empresria Limitada?

O Administrador poder ser nomeado no prprio contrato social (em clusula especfica), ou em instrumento a parte (em ato separado).

5) Como se deve fazer a nomeao do Administrador na Sociedade Simples Pura?

Da mesma forma do item anterior, isto , em contrato ou em ato separado. Contudo, tendo em vista as dificuldades criadas pelo Cdigo Civil para se destituir o Administrador da Sociedade Simples de suas funes quando este estiver nomeado em contrato, sugerimos que os scios nomeiem o Administrador em ato separado.

Para se ter uma idia, o cdigo estabelece que so irrevogveis os poderes do scio investido na administrao por clusula expressa do contrato social, salvo justa causa, reconhecida judicialmente, a pedido de qualquer dos scios, enquanto que, so revogveis, a qualquer tempo, os poderes conferidos a scio em ato separado.

6) Como feita a nomeao em Ato Separado? Existe algum modelo?

A nomeao em ato separado deve ser averbada no rgo de registro pblico das empresas (Cartrio ou Junta Comercial) nos dez dias seguintes ao da investidura. O Departamento Nacional de Registro de Comrcio DNRC, baixou modelo que ser exigido pelas Juntas Comerciais dos Estados, onde o Administrador tambm dever declarar a Inexistncia de Impedimento para o Exerccio de Administrao da Sociedade. Veja o modelo:

PRIVATEIlmo. Senhor Presidente da Junta Comercial do Estado de So Paulo

(qualificao completa do Administrador, compreendendo: nome completo, nacionalidade, estado civil, endereo residencial completo, identidade, CPF) ________________________________ requer a averbao de sua nomeao em (indicar a data da nomeao) ___ de _____ de 2003 como Administrador da empresa _____________________ - NIRE ___________, conforme (indicar o ato de sua nomeao) ______________________________ iniciando-se o prazo de gesto em __/__/__ e terminando em __/__/__.Declaro, sob as penas da lei, que no estou impedido, por lei especial, de exercer a administrao da sociedade e nem condenado ou sob efeitos de condenao, a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos pblicos; ou por crime falimentar, de prevaricao, peita ou suborno, concusso, peculato; ou contra a economia popular, contra o sistema financeiro nacional, contra as normas de defesa da concorrncia, contra as relaes de consumo, a f pblica ou a propriedade.(local e data) :________________, ____ de _______________ de ______assinatura do Administrador: ____________________________________

Ao que tudo indica, este modelo, devidamente adaptado, tambm servir aos Cartrios de Pessoas Jurdicas quando se tratar de nomeao de Administrador das Sociedades Simples.

VIII. Nome Empresarial

1) E quanto ao nome da Empresa?

Dependendo do tipo de sociedade escolhida, o nome a ser adotado poder ser em forma de denominao social ou firma.

A firma ser composta com o nome de um ou mais scios, desde que pessoas fsicas, de modo indicativo da relao social.

Ex.: Jos Roberto Ramos e Luis Carlos Santos - Contabilidade

A denominao social deve designar o objeto da sociedade, sendo permitido nela figurar o nome de um ou mais scios.

Ex.: Bar e Restaurante Beija Flor Ltda.

A inscrio do nome da empresa (firma ou denominao social) no respectivo rgo de registro (Cartrio ou Junta Comercial), assegura o seu uso exclusivo nos limites do respectivo Estado. Entretanto, caso o empreendedor pretenda estender a exclusividade para todo o territrio nacional, dever registrar o nome da empresa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial INPI.

2) Como o Empresrio poder identificar sua empresa?

O interessado dever indicar o nome completo ou abreviado do Empresrio, aditando, se quiser, designao mais precisa de sua pessoa (apelido ou nome como mais conhecido) ou gnero de negcio, que deve constar do objeto.

No pode ser abreviado o ltimo sobrenome, nem ser excludo qualquer dos componentes do nome. No constituem sobrenome e no podem ser abreviados: FILHO, JNIOR, NETO, SOBRINHO etc., que indicam uma ordem ou relao de parentesco.

Sugere-se que seja requerida Junta Comercial pesquisa sobre a existncia de registro do nome empresarial escolhido, para evitar colidncia e a conseqente colocao do processo em exigncia. Havendo nome igual j registrado, o Empresrio dever aditar ao nome escolhido designao mais precisa de sua pessoa ou gnero de negcio que o diferencie do outro j existente.

Exemplos de nome empresarial (firma): Jos Carlos da Silva Filho, ou J. Carlos da Silva Filho, ou Jos C. da Silva Filho, ou Jos Carlos da Silva Filho Mercearia.

No necessria a indicao de pontos nas abreviaturas, o uso, entretanto, no invalida a informao. Ex.: G L de Almeida ou T. A. e Silva.

3) A Sociedade Limitada possui regras especficas para adoo de nome da empresa?

A sociedade limitada pode adotar firma ou denominao, integradas pela palavra final "limitada" ou a sua abreviatura.

A omisso da palavra "limitada" determina a responsabilidade solidria e ilimitada dos administradores que assim empregarem a firma ou a denominao da sociedade.

IX. Registro de empresa e responsabilidade do contador

1) Onde o Empresrio dever se registrar para exercer sua atividade? O Empresrio dever se registrar na Junta Comercial do respectivo Estado, conforme regulamentao baixada pelo Departamento Nacional de Registro de Comrcio DNRC. Alm disso, em linhas gerais, dever tambm se inscrever na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda do Estado (caso seja contribuinte do ICMS), na Previdncia Social, na Prefeitura local e no Sindicato da categoria.

2) E a Sociedade Empresria? Onde dever se registrar?

A Sociedade Empresria tambm dever se registrar na Junta Comercial do respectivo Estado, conforme regulamentao baixada pelo Departamento Nacional de Registro de Comrcio DNRC. Alm disso, em linhas gerais, dever tambm se inscrever na Receita Federal, na Secretaria da Fazenda do Estado (caso seja contribuinte do ICMS), na Previdncia Social, na Prefeitura local e no Sindicato da categoria.

3) Onde o Autnomo dever se registrar?

O profissional autnomo necessita apenas se registrar na Prefeitura Municipal e se inscrever na Previdncia Social. Nesta condio no ter o Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas - CNPJ, entretanto poder emitir recibos ou solicitar a confeco de Notas Fiscais de Servios que comprovem a prestao dos servios realizados e que serviro como base para a apurao dos tributos devidos.

4) E a Sociedade Simples? Onde dever se registrar?

A Sociedade Simples adquire personalidade jurdica com o registro de seus atos constitutivos no Cartrio de Registro de Ttulos e Documentos das Pessoas Jurdicas. Alm disso, em linhas gerais, dever tambm se inscrever na Receita Federal, na Previdncia Social, na Prefeitura local, no Sindicato da categoria e,conforme o caso, no respectivo Conselho Regional da Profisso (Ex.: Conselho Regional de Contabilidade - CRC, Conselho Regional de Administrao CRA, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, Conselho Regional de Medicina CRM, Conselho Regional de Odontologia - CRO etc.).

5) Existe alguma regra especfica para Produtor Rural?

O produtor, cuja atividade rural constitua sua principal profisso, poder, se quiser, requerer inscrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficar equiparado, para todos os efeitos, ao Empresrio sujeito a registro.

Caso contrrio, poder continuar na condio de produtor rural, ou seja, sem inscrio no Registro Pblico de Empresas Mercantis, desde que, neste caso, inscreva-se na Secretaria da Fazenda para obter Talo de Notas Fiscais de Produtor Rural.

6) Qual a Responsabilidade do Contador pelos Servios Prestados?

O pargrafo nico do art. 1.177 do Novo Cdigo Civil, estabelece que o contador responde empresa ou ao Empresrio pelos atos praticados com culpa (quando no h inteno de provocar o dano) no exerccio de sua atividade. Caso o contador pratique atos dolosos (com inteno ou assumindo o risco de provocar danos), ser responsvel solidrio com o preponente, isto , responde, juntamente com a empresa ou Empresrio, pelos prejuzos causados a terceiros.

7) Onde posso obter mais informaes a respeito do Registro de Empresas?

O interessado poder obter mais informaes a respeito do registro de empresas em outras publicaes desenvolvidas pelo SEBRAE/SP e nos seguintes sites na internet:

a) Constituio de Empresa Registro na Junta Comercial dos Estados:http://www.dnrc.gov.br/ Clique na margem direita em: Servios-Cdigo Civil/2002.

b) Secretaria da Receita Federal Cadastro Nacional das Pessoas Jurdicas CNPJ:http://www.receita.fazenda.gov.br Procure no site: Cadastros da Receita Federal, Cadastro Nacional da Pessoa Jurdica - CNPJ, Orientaes ao Contribuinte.

c) Previdncia Social:

http://www.previdenciasocial.gov.brd) Inscrio na Secretaria da Fazenda (Estado de So Paulo):

http://www.pfe.fazenda.sp.gov.br Servios Eletrnicos - "Abertura: Deca Inicial". Caso voc tenha dvidas sobre o procedimento, clique em "Treinamento" que o sistema ir simular o preenchimento das guias necessrias ao registro.

e) Secretaria de Finanas do Municpio de So Paulo:

http://www.prodam.sp.gov.br/sf/imagens/sssf.jpgf) Relao dos sindicatos:

Indstria e Comrcio:

http://www.cnc.com.br/sico/inte/Fes/c_sico_inte_fede_sp.htmlServios:http://www.fesesp.org.br/fesesp/sindicatos/intro.htmlX. Novas regras para encerramento da empresa

Com a entrada em vigor do novo Cdigo Civil brasileiro aps 11 de janeiro de 2003, os interessados em encerrar as atividades de suas empresas devero faz-lo de acordo com o previsto na nova legislao.

H vrios motivos que podem levar uma empresa encerrar suas atividades:

a) O final do prazo de durao estipulado em contrato social;

b) Por deliberao dos scios;

c) Falta de pluralidade de scios (a continuidade da sociedade pressupe a existncia de dois ou mais scios), no reconstituda no prazo de 180 dias;

d) Extino de autorizao para funcionar;

e) Em virtude de requerimento judicial;

f) Pela declarao da falncia (em caso de sociedade empresria);

g) Outras causas, conforme previso contratual.

Conforme disposto nos artigos 1.102 ao 1.112 do Cdigo Civil, o processo de encerramento da sociedade somente se concluir aps o cumprimento de trs etapas distintas e sucessivas:

A primeira refere-se ao ato de deciso dos scios (seja ela sociedade empresria ou sociedade simples) em encerrar as atividades, a qual a legislao denomina de Dissoluo da Sociedade.

A segunda etapa refere-se a todo um procedimento pr-estabelecido e organizado a ser seguido pela sociedade, denominado Liquidao da Sociedade.

A terceira e ltima etapa denomina-se Extino da Sociedade, que o ato que finda todo o processo mencionado, possibilitando, conseqentemente, efetivar a baixa da empresa nos rgos de registro.

Este trabalho no tem a pretenso de esgotar todos os assuntos relacionados ao direito de empresa no novo Cdigo Civil Brasileiro, uma vez que se trata de uma legislao bastante recente que, como era de se esperar, tem gerado controvrsias no mundo jurdico. No obstante, alm do tema aqui proposto, abordaremos tambm outros aspectos pontuais sobre o assunto em outras publicaes.

Assim, aps esta breve, mas necessria introduo sobre o tema, elaboramos um guia prtico no formato de perguntas e respostas, a fim de auxiliar e transmitir informaes bsicas sobre "O processo de encerramento de empresas ante as mudanas promovidas pelo novo Cdigo Civil Brasileiro - NCC".

XI. Dissoluo da Sociedade

1) Qual o primeiro passo que devemos dar para encerrar a nossa empresa?

Antes de tudo, os scios devero se reunir para deliberar sobre tal interesse. A deciso dos scios se dar em reunio ou em assemblia, conforme o caso, especialmente convocada para deliberar sobre este assunto, quando ser lavrada uma ata de dissoluo relatando a deciso final.

2) Em que casos a sociedade dever deliberar em reunio ou assemblia?

Nas sociedades limitadas* a deliberao poder se dar em Reunio ou em Assemblia, conforme o nmero de scios que a sociedade tiver. As sociedades limitadas com mais de 10 scios devero, necessariamente deliberar em Assemblia, mas se forem 10 scios ou menos, podero deliberar em Reunio.

Deve se ressaltar que o quorum mnimo para deliberar a dissoluo de sociedade limitada de, no mnimo, 3/4 do capital social, isto , da participao dos scios na empresa (Ex.: scios que detm 75% ou mais das cotas sociais podero decidir sobre a dissoluo da sociedade limitada).

Tratando-se de sociedade simples pura* a deliberao dever se dar por unanimidade no caso de sociedade constituda por prazo determinado, ou por deciso da maioria absoluta dos scios no caso de sociedade constituda por prazo indeterminado.

3) Quer dizer que os scios de sociedades limitadas devero sempre deliberar em reunio ou assemblia?

Em regra sim, entretanto o Cdigo Civil e a regulamentao baixada pelo DNRC estabelecem uma exceo que permite que as deliberaes dos scios possam ser formalizadas em alterao contratual, quando tomadas por todos os scios e por esses assinada, dispensando, nesse caso, a reunio ou assemblia de scios.

4) Que Ata de dissoluo que deve constar a deciso final dos scios?Conforme vimos anteriormente, a deciso tomada em reunio ou assemblia que determinou a dissoluo da sociedade dever ser transcrita em ata prpria para que possa ser averbada no rgo de registro de empresas. O Departamento Nacional de Registro de Comrcio - DNRC, baixou modelo que ser exigido pelas Juntas Comerciais dos Estados. Veja o modelo de Ata de Dissoluo de Sociedade por interesse dos scios:

PRIVATEMODELO BSICO DE ATA DE ASSEMBLIA/REUNIO - DISSOLUO

AUTO PEAS E SERVIOS MECNICOS LTDA.

NIRE 3220644432-3CNPJ n 17.345.678./0001-89

DATA, HORA E LOCAL: Aos vinte de abril de 2.002, s 10,00 horas, na sede da sociedade na Rua Esmeralda n 280, Bairro Berilo, em Pedra Azul, (Unidade Federativa), CEP 30.220.060; PRESENAS: scios representando mais de trs quartos do capital social; COMPOSIO DA MESA; Fulano de Tal, presidente e Beltrano de Tal, secretrio: CONVOCAO; anncio publicado no rgo oficial , "................" e no jornal .".............." nas edies de 10, 11 e 12 do corrente ms de abril s paginas 23, 32 e 45 e 2,4 e 7, respectivamente; ORDEM DO DIA; dissoluo da sociedade e nomeao de liquidante; DELIBERAES: dissolver a sociedade por no mais interessarem os scios a sua continuidade; nomear liquidante o Sr. Sicrano de Tal, brasileiro, solteiro, advogado, residente na Rua Berilo, n 22, Bairro Turmalina em (unidade Federativa) CPF n 002.324.567-98 identidade OAB/MG 9769, que restringir sua gesto aos negcios inadiveis e os necessrios liquidao da sociedade, empregando o nome empresarial acrescentado da expresso "EM LIQUIDAO" e de sua assinatura individual, com a declarao de sua qualidade (liquidante); ENCERRAMENTO E APROVAO DA ATA: Terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestao, lavrou-se a presente ata que, lida, foi aprovada e assinada por todos os scios.

aa) Fulano de Tal aa) Beltrano de Tal aa) Sicrano de Tal aa) Ferno Leme pp.. Comrcio de Peas 24 Horas Ltda.

5) Quem esta figura do "Liquidante" que foi nomeado no modelo de Ata no item anterior?

O liquidante, que pode ser um dos scios da empresa ou um terceiro nomeado pela sociedade, a pessoa que ir representar a sociedade e praticar todos os atos necessrios sua liquidao, inclusive alienar bens mveis ou imveis, transigir, receber e dar quitao.

6) Quer dizer que o liquidante pode ser algum que no seja scio da empresa?

Sim. No caso de liquidante, que no seja administrador da sociedade, investir-se- nas funes, averbada a sua nomeao no registro pblico de empresas (Cartrio de Registro das Pessoas Jurdicas ou Junta Comercial do Estado). Na prtica, comum as micro e pequenas empresas atriburem esta funo ao contabilista da empresa.

7) Afinal de Contas, quais os deveres do liquidante?

O artigo 1.033 do novo Cdigo Civil estabelece os deveres do liquidante, que so:

a) averbar e publicar a ata, sentena ou instrumento de dissoluo da sociedade;

b) arrecadar os bens, livros e documentos da sociedade;

c) proceder, nos 15 dias seguintes ao da sua investidura, elaborao do inventrio e do balano geral do ativo e do passivo;

d) ultimar os negcios da sociedade, realizar o ativo, pagar o passivo e partilhar o remanescente entre os scios ou acionistas;

e) exigir dos quotistas a integralizao de suas quotas (quando insuficiente o ativo soluo do passivo) e, se for o caso, as quantias necessrias, nos limites da responsabilidade de cada um e proporcionalmente respectiva participao nas perdas, repartindo-se, entre os scios solventes e na mesma proporo, o devido pelo insolvente;

f) convocar assemblia ou reunio dos quotistas, a cada seis meses, para apresentar relatrio e balano do estado da liquidao, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, ou sempre que necessrio;

g) confessar a falncia da sociedade e pedir concordata, de acordo com as formalidades prescritas para o tipo de sociedade liquidanda;

h) finda a liquidao, apresentar aos scios o relatrio da liquidao e as suas contas finais;

i) averbar a ata da reunio ou da assemblia, ou o instrumento firmado pelos scios, que considerar encerrada a liquidao.

8) Como averbar e publicar uma Ata?

Sem dvida nenhuma o legislador preocupou-se em aprovar uma legislao que garantisse ampla publicidade dos principais atos praticados pelas empresas, conferindo, assim, maior segurana a todos aqueles que contratam e negociam com estas sociedades.

Bem, a averbao um procedimento bem mais simples. Basta levar a ata que determinou a dissoluo da sociedade ao rgo de registro de empresas e solicitar que seja averbada. Para tanto, o interessado dever mencionar o nmero de inscrio de registro da empresa no respectivo rgo (Cartrio de Registro das Pessoas Jurdicas ou Junta Comercial do Estado).

J com relao publicao da ata, este procedimento bem mais complicado e oneroso, sobretudo para as micro e pequenas empresas. Conforme dispe o 1 do art. 1.152 do Cdigo Civil, as publicaes devero ser feitas no rgo oficial da Unio ou do Estado (Dirio Oficial da Unio - DOU ou Dirio Oficial do Estado - DOE), conforme o local* da sede do empresrio ou da sociedade, e em jornal de grande circulao.

* Tipo mais comum de sociedade que poder revestir a sociedade empresria como a sociedade simples.* Sobre sociedade simples pura, veja o ttulo: Manual do Empreendedor.* Exs.: Empresas sediadas em Braslia devero publicar a ata no DOU e em jornal de grande circulao.

XII. Liquidao da Sociedade

"Em Liquidao"

1) Quer dizer que todos sabero que nossa empresa encontra-se em processo de liquidao?

Sim, este um dos objetivos da lei. Mas no s. Em todos os atos, documentos ou publicaes, o liquidante empregar a firma ou denominao social sempre seguida da clusula "em liquidao" e de sua assinatura individual, com a declarao de sua qualidade.

Modelo de Ata de Sociedade em Liquidao

2) Conforme citado no item Dissoluo da Sociedade, haver uma assemblia ou reunio dos quotistas. H alguma formalidade a ser observada?

Trata-se de assemblia ou reunio que ocorre durante o processo de liquidao da sociedade quando o liquidante apresentar relatrio e balano do estado da liquidao, prestando conta dos atos praticados durante o semestre, cuja deliberao dever ser transcrita em ata prpria para que se possa ser averbada no rgo de registro de empresas. O Departamento Nacional de Registro de Comrcio - DNRC, baixou modelo que ser exigido pelas Juntas Comerciais dos Estados. Veja o modelo de Ata de Reunio ou Assemblia de Sociedade em Dissoluo:

PRIVATEMODELO BSICO DE ATA DE ASSEMBLIA/REUNIO - EM LIQUIDAO

AUTOPEAS E SERVIOS MECNICOS LTDA. - EM LIQUIDAO

NIRE 32206644432-8CNPJ n 17.345.6768/0001-89

DATA, HORA E LOCAL - Aos vinte de abril de 2.002, s dez horas, na sede da social na Rua Esmeralda n 280, Bairro Berilo, em Pedra Azul, em (Unidade Federativa), CEP 39220.060; PRESENAS - scios representando a totalidade do capital social; COMPOSIO DA MESA: FULANO DE TAL, presidente e BELTRANO DE TAL, secretrio; CONVOCAO: mediante anncio, contra recibo, contendo o local, data, hora e ordem do dia, assinado pelo liquidante; ORDEM DO DIA; deliberar sobre o balano semestral, relatrio do estado da liquidao e autorizao ao liquidante para contrair emprstimo; DELIBERAO: os scios sem restries aprovam o relatrio do liquidante e o balano semestral e autorizam o liquidante a contrair o emprstimo no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) para saldar obrigaes inadiveis, conforme planilha apresentada; ENCERRAMENTO E APROVAO DA ATA; terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestao, lavrou-se a presente ata, que, lida, foi aprovada e assinada por todos os scios.

aa) Fulano de Tal aa) Beltrano de Tal aa) Sicrano de Tal aa) Ferno Leme pp.. Comrcio de Peas 24 Horas Ltda.

Responsabilidade do Liquidante

3) E se o liquidante fizer alguma bobagem? Qual a responsabilidade dele?

As obrigaes e a responsabilidade do liquidante regem-se pelos preceitos peculiares s dos administradores da sociedade liquidanda. Conseqentemente, o liquidante dever ter, no exerccio de suas funes, o cuidado e a diligncia que todo homem ativo e probo costuma empregar na administrao de seus prprios negcios. O liquidante responde pelos danos que causar sociedade e aos terceiros prejudicados.

Atuao do Liquidante

4) H algum limite de atuao do liquidante?

Sem estar expressamente autorizado pelo contrato social, ou pelo voto da maioria dos scios, no pode o liquidante gravar de nus reais os mveis e imveis, contrair emprstimos, salvo quando indispensveis ao pagamento de obrigaes inadiveis, nem prosseguir, embora para facilitar a liquidao, na atividade social.

5) Como o liquidante dever efetuar o pagamento dos credores?

Respeitados os direitos dos credores preferenciais, o liquidante pagar as dvidas sociais proporcionalmente, sem distino entre vencidas e vincendas (as que ainda no venceram), mas, em relao a estas (vincendas), com desconto. Se o ativo for superior ao passivo, pode o liquidante, sob sua responsabilidade pessoal, pagar integralmente as dvidas vencidas.

6) E se os scios estiverem precisando de dinheiro? O liquidante pode antecipar alguma coisa?

Os scios podem resolver, por maioria de votos, antes de ultimada a liquidao, mas depois de pagos os credores, que o liquidante faa rateios por antecipao da partilha, medida em que se apurem os haveres sociais.

XIII. Extino da Sociedade

Prestao Final de Contas

1) E depois? O que deve acontecer? Isso no acaba nunca?

Bem, uma vez pago o passivo e partilhado o remanescente entre os scios, o liquidante convocar assemblia dos scios para a prestao final de contas. Aprovadas as contas, encerra-se a liquidao, e a sociedade se extingue, ao ser averbada no registro prprio a ata da assemblia ou reunio.

2) E se algum dos scios no aprovar as contas apresentadas pelo liquidante? O dissidente tem o prazo de trinta dias, a contar da publicao da ata, devidamente averbada, para promover a ao que couber.

Modelo de Ata de Sociedade em Extino

3) Como dever ser feita a ata quando ocorre a liquidao e a sociedade extinta?

Da assemblia ou reunio que determinar o encerramento da liquidao e a extino da sociedade ser lavrada ata prpria para que se possa ser averbada no rgo de registro de empresas. O Departamento Nacional de Registro de Comrcio - DNRC, baixou modelo que ser exigido pelas Juntas Comerciais dos Estados. Veja o modelo de Ata de Sociedade em Extino:PRIVATEMODELO BSICO DE ATA DE ASSEMBLIA/REUNIO - EXTINO

AUTO PEAS E SERVIOS MECNICOS LTDA. - EM LIQUIDAO

NIRE 3220644432-3CNPJ n 17.345.678./0001-89

DATA, HORA e LOCAL: 20 de abril de 2.002, s dez horas, na sede social, Rua Esmeralda n 280, Bairro Berilo, em Pedra Azul , em (unidade federativa), CEP 30.220.060; COMPOSIO DA MESA: Fulano de Tal, presidente e Beltrano de Tal, secretrio; PRESENAS: scios representando a totalidade do capital social; CONVOCAO: mediante aviso, contra recibo, entregue a todos os scios com a antecedncia de oito dias, contendo data hora e local de realizao, assinado pelo liquidante; ORDEM DO DIA: os scios aprovam sem restries as contas finais do liquidante declaram encerrada a liquidao da sociedade, com o arquivamento da ata desta assemblia/reunio, na Junta Comercial; ENCERRAMENTO E APROVAO DA ATA: terminados os trabalhos, inexistindo qualquer outra manifestao, lavrou-se a presente ata que, lida, foi aprovada e assinada por todos.

aa) Fulano de Talaa) Beltrano de Talaa) Sicrano de Talaa) Ferno Leme pp. Comrcio de Peas 24 Horas Ltda.

4) E se algum credor no receber o que lhe era devido? Encerrada a liquidao, o credor no satisfeito s ter direito a exigir dos scios, individualmente, o pagamento do seu crdito, at o limite da soma por eles recebida em partilha, e a propor contra o liquidante uma ao de perdas e danos.

XIV. Liquidao judicial da sociedade

1) O que pode acontecer se os scios brigarem entre si e causarem dificuldades para a liquidao da empresa?Neste caso, infelizmente, a liquidao poder se dar em juzo. No caso de liquidao judicial, ser observado o disposto na lei processual. No curso de liquidao judicial, o juiz convocar, se necessrio, reunio ou assemblia para deliberar sobre os interesses da liquidao, e as presidir, resolvendo sumariamente as questes suscitadas. As atas das assemblias sero, em cpia autntica, apensadas ao processo judicial.

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