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N. o 110 — 11 de Maio de 2004 DIÁRIO DA REPÚBLICA — I SÉRIE-A 2971 Artigo 43. o Norma revogatória É revogada a Lei n. o 38/98, de 4 de Agosto. Artigo 44. o Norma transitória Mantém-se em funções o CNVD previsto na Lei n. o 38/98, de 4 de Agosto, até à entrada em funções do CNVD previsto na presente lei. Aprovada em 1 de Abril de 2004. O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral. Promulgada em 19 de Abril de 2004. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendada em 22 de Abril de 2004. O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. Lei n. o 17/2004 de 11 de Maio Adita novas substâncias às tabelas anexas ao Decreto-Lei n. o 15/93, de 22 de Janeiro, que aprova o regime jurídico apli- cável ao tráfico e consumo de estupefacientes e substâncias psicotrópicas — décima segunda alteração. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161. o da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1. o Objecto A presente lei adita as substâncias 2C-B (4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina), GHB (c-ácido hidroxibutírico) e zolpidem { N, N, 6-trimetil- -2-q-tolilimidazol [1,2-a] piridina-3-acetamida} às tabe- las anexas ao Decreto-Lei n. o 15/93, de 22 de Janeiro, e que dele fazem parte integrante. Artigo 2. o Aditamentos às tabelas anexas ao Decreto-Lei n. o 15/93, de 22 de Janeiro 1 — São aditadas à tabela II-A anexa ao Decreto-Lei n. o 15/93, de 22 de Janeiro, e que dele faz parte inte- grante, as seguintes substâncias: 2C-B (4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina); GHB (c-ácido hidroxibutírico). 2 — É aditada à tabela IV anexa ao Decreto-Lei n. o 15/93, de 22 de Janeiro, que dele faz parte integrante, a substância zolpidem {N, N, 6-trimetil-2-q-tolilimidazol [1,2-a] piridina-3-acetamida}. Artigo 3. o Entrada em vigor A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Aprovada em 25 de Março de 2004. O Presidente da Assembleia da República, João Bosco Mota Amaral. Promulgada em 19 de Abril de 2004. Publique-se. O Presidente da República, JORGE SAMPAIO. Referendada em 27 de Abril de 2004. O Primeiro-Ministro, José Manuel Durão Barroso. Lei n. o 18/2004 de 11 de Maio Transpõe para a ordem jurídica nacional a Directiva n. o 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de Junho, que aplica o princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica, e tem por objectivo estabelecer um quadro jurídico para o combate à discriminação baseada em motivos de origem racial ou étnica. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161. o da Constituição, para valer como lei geral da República, o seguinte: Artigo 1. o Objecto A presente lei transpõe, parcialmente, para a ordem jurídica interna a Directiva n. o 2000/43/CE, do Conselho, de 29 de Junho, que aplica o princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica, e tem por objectivo estabelecer um quadro jurídico para o combate à discriminação baseada em motivos de origem racial ou étnica. Artigo 2. o Âmbito 1 — A presente lei é aplicável, tanto no sector público como no privado: a) À protecção social, incluindo a segurança social e os cuidados de saúde; b) Aos benefícios sociais; c) À educação; d) Ao acesso e fornecimento de bens e prestação de serviços postos à disposição do público, incluindo a habitação. 2 — A matéria relativa à não discriminação no con- trato de trabalho, nos contratos equiparados e na relação jurídica de emprego público, independentemente de conferir a qualidade de funcionário ou agente da Admi- nistração Pública, é regulada em diploma próprio.

Princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica

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Legislação portuguesa sobre Princípio da igualdade de tratamento entre as pessoas, sem distinção de origem racial ou étnica

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  • N.o 110 11 de Maio de 2004 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2971

    Artigo 43.o

    Norma revogatria

    revogada a Lei n.o 38/98, de 4 de Agosto.

    Artigo 44.o

    Norma transitria

    Mantm-se em funes o CNVD previsto na Lein.o 38/98, de 4 de Agosto, at entrada em funesdo CNVD previsto na presente lei.

    Aprovada em 1 de Abril de 2004.

    O Presidente da Assembleia da Repblica, JooBosco Mota Amaral.

    Promulgada em 19 de Abril de 2004.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendada em 22 de Abril de 2004.

    O Primeiro-Ministro, Jos Manuel Duro Barroso.

    Lei n.o 17/2004

    de 11 de Maio

    Adita novas substncias s tabelas anexas ao Decreto-Lein.o 15/93, de 22 de Janeiro, que aprova o regime jurdico apli-cvel ao trfico e consumo de estupefacientes e substnciaspsicotrpicas dcima segunda alterao.

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos daalnea c) do artigo 161.o da Constituio, para valercomo lei geral da Repblica, o seguinte:

    Artigo 1.o

    Objecto

    A presente le i adi ta as substncias 2C-B(4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina), GHB (c-cidohidroxibutrico) e zolpidem {N, N, 6-trimetil--2-q-tolilimidazol [1,2-a] piridina-3-acetamida} s tabe-las anexas ao Decreto-Lei n.o 15/93, de 22 de Janeiro,e que dele fazem parte integrante.

    Artigo 2.o

    Aditamentos s tabelas anexas ao Decreto-Lei n.o 15/93,de 22 de Janeiro

    1 So aditadas tabela II-A anexa ao Decreto-Lein.o 15/93, de 22 de Janeiro, e que dele faz parte inte-grante, as seguintes substncias:

    2C-B (4-bromo-2,5-dimetoxifenetilamina);GHB (c-cido hidroxibutrico).

    2 aditada tabela IV anexa ao Decreto-Lein.o 15/93, de 22 de Janeiro, que dele faz parte integrante,a substncia zolpidem {N, N, 6-trimetil-2-q-tolilimidazol[1,2-a] piridina-3-acetamida}.

    Artigo 3.o

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicao.

    Aprovada em 25 de Maro de 2004.

    O Presidente da Assembleia da Repblica, JooBosco Mota Amaral.

    Promulgada em 19 de Abril de 2004.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendada em 27 de Abril de 2004.

    O Primeiro-Ministro, Jos Manuel Duro Barroso.

    Lei n.o 18/2004

    de 11 de Maio

    Transpe para a ordem jurdica nacional a Directiva n.o 2000/43/CE,do Conselho, de 29 de Junho, que aplica o princpio da igualdadede tratamento entre as pessoas, sem distino de origem racialou tnica, e tem por objectivo estabelecer um quadro jurdicopara o combate discriminao baseada em motivos de origemracial ou tnica.

    A Assembleia da Repblica decreta, nos termos daalnea c) do artigo 161.o da Constituio, para valercomo lei geral da Repblica, o seguinte:

    Artigo 1.o

    Objecto

    A presente lei transpe, parcialmente, para a ordemjurdica interna a Directiva n.o 2000/43/CE, do Conselho,de 29 de Junho, que aplica o princpio da igualdadede tratamento entre as pessoas, sem distino de origemracial ou tnica, e tem por objectivo estabelecer umquadro jurdico para o combate discriminao baseadaem motivos de origem racial ou tnica.

    Artigo 2.o

    mbito

    1 A presente lei aplicvel, tanto no sector pblicocomo no privado:

    a) proteco social, incluindo a segurana sociale os cuidados de sade;

    b) Aos benefcios sociais;c) educao;d) Ao acesso e fornecimento de bens e prestao

    de servios postos disposio do pblico,incluindo a habitao.

    2 A matria relativa no discriminao no con-trato de trabalho, nos contratos equiparados e na relaojurdica de emprego pblico, independentemente deconferir a qualidade de funcionrio ou agente da Admi-nistrao Pblica, regulada em diploma prprio.

  • 2972 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o 110 11 de Maio de 2004

    3 A aplicao da presente lei no prejudica as dife-renas de tratamento baseadas na nacionalidade ou nasdisposies e condies que regulam a entrada e resi-dncia de nacionais de pases terceiros e de aptridasno territrio nacional nem qualquer tratamento quedecorra do respectivo estatuto jurdico.

    Artigo 3.o

    Definies

    1 Para efeitos da presente lei, entende-se por prin-cpio da igualdade de tratamento a ausncia de qualquerdiscriminao, directa ou indirecta, em razo da origemracial ou tnica.

    2 Consideram-se prticas discriminatrias asaces ou omisses que, em razo da pertena de qual-quer pessoa a determinada raa, cor, nacionalidade ouorigem tnica, violem o princpio da igualdade, desig-nadamente:

    a) A recusa de fornecimento ou impedimento defruio de bens ou servios;

    b) O impedimento ou limitao ao acesso e exer-ccio normal de uma actividade econmica;

    c) A recusa ou condicionamento de venda, arren-damento ou subarrendamento de imveis;

    d) A recusa de acesso a locais pblicos ou abertosao pblico;

    e) A recusa ou limitao de acesso aos cuidadosde sade prestados em estabelecimentos desade pblicos ou privados;

    f) A recusa ou limitao de acesso a estabeleci-mento de educao ou ensino pblico ouprivado;

    g) A constituio de turmas ou a adopo de outrasmedidas de organizao interna nos estabele-cimentos de educao ou ensino, pblicos ouprivados, segundo critrios de discriminaoracial, salvo se tais critrios forem justificadospelos objectivos referidos no n.o 2 do artigo 3.oda Lei n.o 134/99, de 28 de Agosto;

    h) A adopo de prtica ou medida, por parte dequalquer rgo, funcionrio ou agente da admi-nistrao directa ou indirecta do Estado, dasRegies Autnomas ou das autarquias locais,que condicione ou limite o exerccio de qualquerdireito;

    i) A adopo de acto em que, publicamente oucom inteno de ampla divulgao, pessoa sin-gular ou colectiva emita uma declarao outransmita uma informao em virtude da qualum grupo de pessoas seja ameaado, insultadoou aviltado por motivos de discriminao racial.

    3 Para os efeitos do n.o 1:

    a) Considera-se que existe discriminao directasempre que, em razo da origem racial outnica, uma pessoa seja objecto de tratamentomenos favorvel do que aquele que , tenhasido ou possa vir a ser dado a outra pessoa emsituao comparvel;

    b) Considera-se que existe discriminao indirectasempre que disposio, critrio ou prtica, apa-

    rentemente neutro, coloque pessoas de umadada origem racial ou tnica numa situao dedesvantagem comparativamente com outraspessoas;

    c) No se considera discriminao o comporta-mento baseado num dos factores indicados nasalneas anteriores, sempre que, em virtude danatureza das actividades em causa ou do con-texto da sua execuo, esse factor constitua umrequisito justificvel e determinante para o seuexerccio, devendo o objectivo ser legtimo e orequisito proporcional.

    4 O assdio considerado discriminao na acep-o do n.o 1 sempre que ocorrer um comportamentoindesejado relacionado com a origem racial ou tnica,com o objectivo ou o efeito de afectar a dignidade dapessoa ou de criar um ambiente intimidativo, hostil,degradante, humilhante ou desestabilizador.

    5 Uma instruo no sentido de discriminar pessoascom base na origem racial ou tnica considerada dis-criminao na acepo do n.o 1.

    Artigo 4.o

    Nveis mnimos de proteco

    A presente lei consagra os nveis mnimos de pro-teco e no prejudica as disposies mais favorveisestabelecidas noutra legislao, devendo prevalecer oregime que melhor garanta o princpio da igualdadede tratamento e da no discriminao.

    Artigo 5.o

    Tutela de direitos

    As associaes que, de acordo com o respectivo esta-tuto, tenham por fim a defesa da no discriminaobaseada em motivos de origem racial ou tnica tm legi-timidade para intervir, em representao ou em apoiodo interessado e com a aprovao deste, nos respectivosprocessos jurisdicionais.

    Artigo 6.o

    nus da prova

    1 Cabe a quem alegar ter sofrido uma discrimi-nao fundament-la, apresentando elementos de factosusceptveis de a indiciarem, incumbindo outra parteprovar que as diferenas de tratamento no assentamem nenhum dos factores indicados no artigo 3.o

    2 O disposto no n.o 1 no se aplica ao processopenal nem s aces em que a averiguao dos factosincumbe ao tribunal ou a outra instncia competente,nos termos da lei.

    3 O disposto nos nmeros anteriores aplica-seigualmente s aces intentadas nos termos do artigo 5.o

    Artigo 7.o

    Proteco contra actos de retaliao

    nulo o acto retaliatrio que implique tratamentoou consequncias desfavorveis contra qualquer pessoa

  • N.o 110 11 de Maio de 2004 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A 2973

    por causa do exerccio do direito de queixa ou de acoem defesa do princpio da igualdade de tratamento.

    Artigo 8.o

    Promoo da igualdade

    1 Compete, nos termos do Decreto-Lei n.o 251/2002,de 22 de Novembro, ao Alto-Comissariado para a Imi-grao e Minorias tnicas a promoo da igualdadede tratamento entre todas as pessoas, sem qualquer dis-criminao por motivo de origem racial ou tnica.

    2 Compete, ainda, ao Alto-Comissariado para aImigrao e Minorias tnicas:

    a) Promover, atravs do Conselho Consultivo paraos Assuntos da Imigrao, o dilogo entre osparceiros sociais neste representados, tendo emvista a promoo da igualdade de tratamento,sem prejuzo da interveno prpria de outrasentidades a quem incumba o dilogo social;

    b) Promover, atravs do Conselho Consultivo paraos Assuntos da Imigrao, o dilogo com asorganizaes no governamentais cujos fins seinscrevam no mbito do combate discrimina-o por razes raciais ou tnicas;

    c) Propor, atravs da Comisso para a Igualdadee contra a Discriminao Racial, medidas nor-mativas que visem suprimir disposies legis-lativas, regulamentares e administrativas con-trrias ao princpio da igualdade de tratamento;

    d) Prestar s vtimas de discriminao o apoio ea informao necessrios para a defesa dos seusdireitos.

    3 O disposto nos nmeros anteriores no prejudicao direito de interveno das entidades referidas noartigo 5.o

    Artigo 9.o

    Dever de comunicao

    Todas as entidades pblicas que tomem conhecimentode disposies que se integrem na previso do n.o 1do artigo 3.o devem informar desse facto a Comissopara a Igualdade e contra a Discriminao Racial.

    Artigo 10.o

    Contra-ordenaes

    1 A prtica de qualquer dos actos discriminatriosprevistos no artigo 3.o por pessoa singular constitui con-tra-ordenao punvel com coima graduada entre umae cinco vezes o valor mais elevado do salrio mnimonacional mensal, sem prejuzo da eventual responsabi-lidade civil ou da aplicao de outra sano que aocaso couber.

    2 A prtica de qualquer dos actos discriminatriosprevistos no artigo 3.o por pessoa colectiva de direitopblico ou privado constitui contra-ordenao punvelcom coima graduada entre duas e dez vezes o valormais elevado do salrio mnimo nacional mensal, semprejuzo da responsabilidade civil ou da aplicao deoutra sano que ao caso couber.

    3 Em caso de reincidncia, os limites mnimo emximo so elevados para o dobro.

    4 A tentativa e a negligncia so punveis.5 Sempre que a contra-ordenao resulte da omis-

    so de um dever, a aplicao da sano e o pagamentoda coima no dispensam o infractor do seu cumpri-mento, se este ainda for possvel.

    Artigo 11.o

    Sanes acessrias

    1 Sem prejuzo do disposto no artigo 10.o da Lein.o 134/99, de 28 de Agosto, podem ainda ser deter-minadas as seguintes sanes acessrias, em funo dagravidade da infraco e da culpa do agente:

    a) Perda de objectos pertencentes ao agente;b) Interdio do exerccio de actividades que

    dependa de ttulo pblico ou de autorizao ouhomologao de autoridade pblica;

    c) Privao do direito a subsdio ou benefciooutorgado por entidades ou servios pblicos;

    d) Privao do direito de participar em feiras oumercados;

    e) Privao do direito de participar em arrema-taes ou concursos pblicos que tenham porobjecto a empreitada ou a concesso de obraspblicas, o fornecimento de bens e serviospblicos e a atribuio de licenas ou alvars;

    f) Encerramento de estabelecimento cujo funcio-namento esteja sujeito a autorizao ou licenade autoridade administrativa;

    g) Suspenso de autorizaes, licenas e alvars.

    2 As sanes referidas nas alneas b) a g) donmero anterior tm a durao mxima de dois anoscontados a partir da deciso condenatria definitiva.

    Artigo 12.o

    Competncia

    So competentes para tomar conhecimento de factosusceptvel de ser considerado contra-ordenao asseguintes entidades:

    a) Membro do Governo que tenha a seu cargoa rea da igualdade e das minorias tnicas;

    b) Alto-Comissariado para a Imigrao e Minoriastnicas;

    c) Comisso para a Igualdade e contra a Discri-minao Racial;

    d) Inspeco-geral competente em razo da mat-ria.

    2 Logo que tomem conhecimento de facto suscep-tvel de ser considerado contra-ordenao, as entidadesmencionadas nas alneas a), b) e c) do nmero anteriorenviam o processo para a inspeco-geral mencionadana alnea d) do mesmo nmero, a qual procede suainstruo.

    Artigo 13.o

    Aplicao das coimas

    1 Instrudo o processo, o mesmo enviado Comisso para a Igualdade e contra a DiscriminaoRacial, acompanhado do respectivo relatrio final.

  • 2974 DIRIO DA REPBLICA I SRIE-A N.o 110 11 de Maio de 2004

    2 A definio da medida das sanes e a aplicaodas coimas e das sanes acessrias correspondentes da competncia do Alto-Comissrio para a Imigraoe Minorias tnicas, ouvida a comisso permanente men-cionada no n.o 2 do artigo 7.o da Lei n.o 134/99, de28 de Agosto.

    Artigo 14.o

    Destino das coimas

    O destino das coimas o seguinte:

    a) 60% para o Estado;b) 10% para o Alto-Comissariado para a Imigra-

    o e Minorias tnicas;c) 30% para a entidade administrativa que instruiu

    o processo de contra-ordenao.

    Artigo 15.o

    Legislao subsidiria

    1 Aos processos de contra-ordenao por prticadiscriminatria aplica-se o disposto nos artigos 9.o e 10.odo Decreto-Lei n.o 111/2000, de 4 de Julho.

    2 Em tudo o que no estiver regulado na presentelei so aplicveis a Lei n.o 134/99, de 28 de Agosto,e o regime geral das contra-ordenaes.

    Artigo 16.o

    Entrada em vigor

    A presente lei entra em vigor no dia seguinte ao dasua publicao.

    Aprovada em 1 de Abril de 2004.

    O Presidente da Assembleia da Repblica, JooBosco Mota Amaral.

    Promulgada em 26 de Abril de 2004.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, JORGE SAMPAIO.

    Referendada em 28 de Abril de 2004.

    O Primeiro-Ministro, Jos Manuel Duro Barroso.

    MINISTRIO DOS NEGCIOS ESTRANGEIROS

    Aviso n.o 67/2004

    Por ordem superior se torna pblico que a Repblicada Letnia depositou junto do Secretrio-Geral do Con-selho da Europa, em 29 de Julho de 2003, o seu ins-trumento de ratificao da Conveno Europeia paraa Salvaguarda do Patrimnio Arquitectnico da Europa,aberto para assinatura em Granada em 3 de Outubrode 1985.

    Portugal Parte nesta Conveno, que foi aprovada,para ratificao, pela Resoluo da Assembleia daRepblica n.o 5/91, publicada no Dirio da Repblica,

    1.a srie-A, n.o 19, de 23 de Janeiro de 1991, e ratificadapelo Decreto do Presidente da Repblica n.o 5/91, publi-cado no Dirio da Repblica, 1.a srie-A, n.o 19, de 23de Janeiro de 1991, tendo depositado o seu instrumentode ratificao em 27 de Maro de 1991, conforme avisopublicado no Dirio da Repblica, 1.a srie-A, n.o 123,de 29 de Maio de 1991.

    Direco-Geral dos Assuntos Multilaterais, 21 deAbril de 2004. O Director de Servios das Organi-zaes Polticas Internacionais, Bernardo FernandesHomem de Lucena.

    Aviso n.o 68/2004

    Por ordem superior se torna pblico que a Repblicada Polnia depositou junto do Secretrio-Geral do Con-selho da Europa, em 23 de Maio de 2002, o seu ins-trumento de ratificao da Conveno para a Protecodas Pessoas relativamente ao Tratamento Automatizadode Dados de Carcter Pessoal, aberta para assinaturaem Estrasburgo em 28 de Janeiro de 1981.

    Portugal Parte nesta Conveno, que foi aprovada,para ratificao, pela Resoluo da Assembleia daRepblica n.o 23/93, publicada no Dirio da Repblica,1.a srie-A, n.o 159, de 9 de Julho de 1993, e ratificadapelo Decreto do Presidente da Repblica n.o 21/93,publicado no Dirio da Repblica, 1.a srie-A, n.o 159,de 9 de Julho de 1993, tendo depositado o seu ins-trumento de ratificao em 2 de Setembro de 1993, con-forme aviso publicado no Dirio da Repblica,1.a srie-A, n.o 259, de 5 de Novembro de 1993.

    Direco-Geral dos Assuntos Multilaterais, 21 deAbril de 2004. O Director de Servios das Organi-zaes Polticas Internacionais, Bernardo FernandesHomem de Lucena.

    MINISTRIO DA ADMINISTRAO INTERNA

    Decreto-Lei n.o 108/2004

    de 11 de Maio

    A lei de concesso dos passaportes, aprovada peloDecreto-Lei n.o 83/2000, de 11 de Maio, no prev apossibilidade de atribuio de passaporte especial aostrabalhadores dos quadros nicos dos servios externosdo Ministrio dos Negcios Estrangeiros, o que vemcausando algumas dificuldades ao exerccio das respec-tivas funes ou correspondente acreditao junto dasautoridades locais dos pases em que residem.

    Considerando que estes trabalhadores no tm, porregra, direito atribuio de passaporte diplomticoe que se trata de indivduos de nacionalidade exclu-sivamente portuguesa, desempenhando funes ao ser-vio do Estado Portugus, afigura-se necessrio,mediante uma anlise casustica, possibilitar a atribuiode passaportes especiais a tais trabalhadores nas con-dies atrs mencionadas.