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UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Enfermagem
Raquel Nunes Sousa Lira dos Santos
Rebeca Nunes Meira
Rita de Cássia Pereira do Nascimento
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS RELACIONADOS ÀS
ROTINAS HOSPITALARES DO CUIDAR EM
ENFERMAGEM: REFLEXÃO SOBRE A
QUALIDADE DA ASSISTÊNCIA
LINS - SP
2016
RAQUEL NUNES SOUSA LIRA DOS SANTOS
REBECA NUNES MEIRA
RITA DE CÁSSIA PEREIRA DO NASCIMENTO
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS RELACIONADOS ÀS ROTINAS HOSPITALARES
DO CUIDAR EM ENFERMAGEM: REFLEXÃO SOBRE A QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Enfermagem, sob a orientação da Prof. (ª) Me. Daniela da Silva Garcia Regino e orientação técnica da ProfªMa. Jovira Maria Sarraceni
LINS – SP
2016
RAQUEL NUNES SOUSA LIRA DOS SANTOS
REBECA NUNES MEIRA
RITA DE CÁSSIA PEREIRA DO NASCIMENTO
PRINCÍPIOS BIOÉTICOS RELACIONADOS ÀS ROTINAS HOSPITALARES
DO CUIDAR EM ENFERMAGEM: REFLEXÃO SOBRE A QUALIDADE DA
ASSISTÊNCIA
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium,
para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem.
Aprovada em: _____/______/_____
Banca Examinadora:
Professora Orientadora: Daniela da Silva Garcia Regino
Titulação: Mestre em Enfermagem pela Universidade Guarulhos, Brasil (2008),
Especialista em Saúde Pública e Enfermagem do Trabalho
Assinatura: _________________________________
1º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _______________________________________
2º Prof(a): _______________________________________________________
Titulação: _______________________________________________________
_______________________________________________________________
Assinatura: _________________________________
Em primeiro lugar, Deus, que me segurou em todos os momentos, me
dando paciência, perseverança e estando sempre ao meu lado.
Aos meus pais, Lucilene e Edison que contribuíram incondicionalmente
na vitória de mais uma etapa em minha vida, jamais irei esquecer os sacrifícios
que fizeram durante esses cinco anos, onde muitas vezes, abriram mão dos
próprios sonhos para que o meu fosse concretizado.
Ao meu marido, que sempre me apoiou em todos os momentos de
dificuldades, ouvindo-me, aconselhando-me, sendo compreensivo e acima de
tudo estando ao meu lado, meu amor, eu te amo.
Ao grupo de TCC, que desempenhou tudo com muito amor, cuidado e
dedicação.
Raquel Nunes Sousa Lira dos Santos
A Deus, que fez os céus e a terra... Por me proporcionar saúde, família e
amigos, que são essência para meu desenvolvimento. Por me abençoar, estar
sempre ao meu lado nos momentos mais difíceis e permitir chegar onde estou.
Portanto, Ele é a luz do meu caminho.
A meu esposo Leandro e filhos Ana Caroline e Emanuel, que me permite
ao acordar e ver o vosso sorriso, uma vontade de lutar pelo nosso futuro cada
vez mais.
Aos meus pais, Edison e Lucilene, que sempre me incentivaram e
apoiaram nas escolhas que fiz, puxando minha orelha quando necessário.
Vocês contribuíram na formação da pessoa que sou hoje. Serei eternamente
grata.
Aos meus sogros, Cícero e Angelita, que me acolheram como filha e me
ajudam sempre.
As minhas irmãs e amigas, companheiras fieis de TCC, onde criamos
afinidades desde o começo, espero que nossa amizade nunca acabe. Gratas
por tê-las, neste momento de vitória.
Rebeca Nunes Meira
Primeiramente a Deus, por ser essencial na minha vida, poeta do meu
destino, meu guia, socorro presente na hora da angustia, que permitiu que tudo
isso acontecesse ao logo da minha vida, e não somente nestes anos em minha
trajetória acadêmica, mas que em todos os momentos esteve presente me
amparando e me dando forças para superar as dificuldades.
Com todo meu amor e gratidão, aos meus pais, Valdemar e Sebastiana,
que sempre apoiaram e respeitaram minhas escolhas. Pelo cuidado
incondicional, por tudo que fizeram por mim ao longo de minha vida. Desejo
poder ter sido merecedora do esforço dedicado por vocês em todos os
aspectos, em especial a minha formação. O meu eterno agradecimento. AMO
VOCÊS!
A minha irmã Talita (in memoriam), sua ausência me fortaleceu, apesar
da saudade.
Ao meu noivo André, por compreender minha ausência em certos
momentos principalmente pelo incentivo e companheirismo imprescindíveis,
contribuindo assim em mais essa etapa da minha vida!
As minhas amigas Raquel e Rebeca, sem vocês nada disso seria
possível. Obrigada pelo apoio, carinho, compreensão e dedicação. Desejo a
vocês um futuro cheio de muitas realizações.
Rita de Cássia Pereira do Nascimento
AGRADECIMENTOS
Primeiramente, a Deus, pelo dom da vida e por permitir a realização
deste sonho, por ter me ajudado em todos esses anos, sem Ele nada disso
adiantaria.
Ao meu amado esposo Saulo, companheiro para todas as horas,
incentivando e estimulando em todos os momentos difíceis. Te amo.
Aos meus pais Lucilene e Edison, se cheguei até aqui, é por
ensinamento e amor que me dedicaram. Amo vocês!
Aos meus sogros, Maria e Ademir, que sempre estiveram ao meu lado,
em todos os momentos da minha vida, desde o início, me acompanharam em
todas as dificuldades. Amo vocês!
As orientadoras Daniela e Jovira, que nos direcionou e orientou em toda
nossa trajetória para a realização deste trabalho, com certeza são exemplos a
serem seguidos. Obrigada!
Ao professor Francisco (Chico), que nos acompanhou na análise de
nosso trabalho, sua contribuição, ensinamentos, ficaram guardados para
sempre em meu coração, Obrigada!
Aos professores, muito obrigado, por contribuírem para nossa formação,
sempre exigindo o melhor de nós. Obrigada por tudo que conquistamos ao
longo desses anos.
Aos colegas de turma, obrigada pela convivência, amizade,
companheirismo, união... Obrigada por tudo!!!
Aos participantes da nossa pesquisa, pois com muito carinho nos
recebeu, e com toda a sinceridade participou da nossa pesquisa, vocês
colaboraram para nossa formação, Muito Obrigada!
As colegas de TCC, Rebeca e Rita, foram momentos difíceis, mas
obrigada por não desistirem de nós, formamos o “TRIO do R”... Agradeço a
paciência, o companheirismo e a dedicação. Obrigada por tudo, amo vocês!!!
Raquel Nunes Sousa Lira dos Santos
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, por ser essencial em minha vida, autor
de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia.
Agradeço de coração aos meus pais Lucilene e Edison, aos meus
sogros Angelita e Cícero, pelo amor incondicional, pelo apoio que me deram,
pelo incentivo nas horas difíceis, de desânimo e fraqueza. Pois, nos momentos
de minha ausência dedicados ao estudo superior, se dedicaram em cuidar de
meus filhos Ana Caroline e Emanuel. Serei eternamente grata.
Ao meu esposo Leandro, que me incentivou desde o começo a realizar
meus sonhos, me compreendeu e confiou em mim todos estes anos.
Aos meus filhos Ana Caroline e Emanuel, que me dão esperança a cada
dia, para conseguir lutar por meus objetivos. Amo muito vocês!
Agradeço também a todos os professores que me acompanharam
durante a graduação, em especial a professora Daniela, a professora Jovira, e
o professor Francisco responsáveis pela realização deste trabalho.
A minha prima Ana Claudia, pois nesta etapa foi essencial na construção
do abstract.
Aos colegas de turma, que estiveram ao meu lado em todos os
momentos, compartilhando momentos e retribuindo com muito amor.
Aos pacientes que contribuíram para nossa pesquisa.
As minhas parceiras de TCC, Raquel e Rita, que me aturaram todo este
tempo, que apesar da distância, fizemos o impossível para que nosso sonho se
concretizasse.
Deus abençoe a todos que de alguma maneira contribuiu com minha
carreira.
Rebeca Nunes Meira
AGRADECIMENTOS
A Deus, pelo fim de mais essa etapa na minha vida. Pelos sonhos que
se concretizam, por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.
Porque Dele, e para Ele são todas as coisas. Agradeço-te por nunca ter me
deixado esquecer que mesmo em meio aos desertos, que sou uma das suas
favoritas.
Ao meu pai Valdemar e minha mãe Sebastiana, meu abrigo seguro, de
onde recebi apoio incondicional, que me proporcionou a continuidade nos meus
estudos até a chegada da minha formação acadêmica. Agradeço por sempre
acreditarem em meu potencial. Pra vocês minha eterna gratidão
A minha orientadora Daniela, pela paciência na orientação e incentivo
que tornaram possível a conclusão desse trabalho.
A orientadora metodológica Jovira Sarraceni, pela competência e valiosa
contribuição para o andamento desse estudo.
A todo corpo docente do curso de Enfermagem por serem profissionais
capacitados na qual me espelho.
Aos colegas de sala, pelos cinco anos que passamos juntos. Valeu cada
momento, cada discussão, cada sucesso alcançado. Desejo a vocês muita
sorte e luz.
As minhas companheiras nesta etapa final, Raquel e Rebeca. Pela
paciência, companherismo e por ter entendido minhas limitações. Rogo a Deus
que vocês tenham muita sorte, sucesso e luz. Essa vitória é nossa!
Aos pacientes que colaboraram com a nossa pesquisa, deixo aqui meu
eterno agradecimento.
A minha parceira de serviço Nikka, que conduziu no inicio da minha
caminhada na área da saúde, e que acompanhou meu crescimento enquanto
pessoa, amigo e profissional. Deixo aqui de coração, meu muito obrigada por
tudo!
E por fim não menos importante, obrigado a todas as pessoas que de
maneira direta ou indireta contribuíram para o meu crescimento como pessoa.
Sou o resultado da confiança e da força de cada um de vocês.
Rita de Cássia Pereira do Nascimento
RESUMO
Considerar o ser humano como um ser biopsicossocial e espiritual, e
saber respeitar sua individualidade são hipóteses para o cuidado humanizado. Nesse processo, o respeito ao paciente e aos Princípios da Bioética exercem um papel básico para a consistência da humanização hospitalar. A rotina hospitalar deve ser compreendida como um instrumento de trabalho para a Enfermagem, mas diante dos Princípios da Bioética, fica o questionamento sobre o quanto essas rotinas de cuidados de Enfermagem em ambiente hospitalar influenciam positivamente ou negativamente no tratamento e bem-estar de pacientes submetidos à internação. Pesquisa transversal, descritiva e exploratória, com abordagem quantitativa. Realizado em um Hospital Estadual de médio porte, atualmente 21 leitos funcionantes distribuídos entre as diversas especialidades, localizado na cidade de Promissão/SP. Buscou como objetivo verificar se os Princípios da Bioética relacionados ao cuidar que a Enfermagem presta ao paciente internado estão sendo respeitados pela equipe multiprofissional; conhecer e quantificar as opiniões dos pacientes participantes da pesquisa sobre as rotinas de cuidado de Enfermagem estabelecidas em meio hospitalar. Através da discussão observou-se que a maioria dos pacientes estão satisfeitos com o atendimento prestado. Porém, uma minoria ainda se sente insatisfeitos no que diz respeito as orientações, esclarecimentos, atenção prestada pela equipe de Enfermagem. De acordo com os pacientes o atendimento esta muito bom, para eles a equipe de Enfermagem é bem comunicativa, explica todos os procedimentos que serão realizados, atendem quando precisam. Porém, alguns relataram que apesar de haver algumas falhas, ainda assim, os resultados da reforma e do atendimento se sobressaem. Portanto, conclui-se que houve uma assistência em quase todo o tempo eficaz, contemplando os Princípios da Bioética, com o reconhecimento por parte da maioria dos pacientes participantes do esforço do trabalho, mas não esquecendo que falhas ainda existem, e que se tratando de assistência holística e humanizada amparada nos Princípios da Bioética, a mesma deve ser sempre aprimorada. Palavras-chave: Bioética. Hospitalização. Assistência de Enfermagem.
ABSTRACT
Considering the human being as a biopsychosocial and spiritual, and
knowing how to respect their individuality have to be taken into account for humanized care. In this process, respect for the patient, through bioethics principles play a basic role in the consistency of hospital humanization. The hospital routine must be understood as a working tool for nursing, but on the Principles of Bioethics, is the question of how these routines of nursing care in the hospital influence positively or negatively the treatment and well - being of patients undergoing hospitalization. This research is cross-sectional, descriptive and exploratory with a quantitative approach. It was held in a state Hospital midsize with 21 functioning beds distributed among the various specialties, situated in a small town called Promissão / SP. The research sought to verify whether the principles of bioethics related to the care that nursing provides to the hospitalized patient is being respected by the professional staff, it also tried to know and to quantify the opinions of participants in the survey patients on nursing care routines established in hospitals. Through discussion, it was noted that most patients are satisfied with the care provided. However, a minority of those patients still feels dissatisfied regarding the guidelines, information, and the care provided by the nursing staff. According to some patients, the care of the professionals over that place is quite good, the nursing staff are very communicative, they explain all the procedures that has to be performed, and they help with all their needs. Nevertheless, this research also had some who reported that although there are some flaws, yet the results of the hospital reform and the service that the hospital gives stand out. Therefore, it is concluded that the nursing care service is effective at almost every time, it also takes into consideration the principles of Bioethics; the majority of patients participating recognizes the work effort, however, what cannot be forgotten is that flaws still exist, and when it comes to holistic and humanized care supported by the Principles of Bioethics, it must always be improved. Keywords: Bioethics. Hospitalization.Nursing care.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Gênero dos indivíduos da Pesquisa. Promissão - 2016................... 34
Tabela 2: Número de indivíduos pesquisados em função da cor da pele.
Promissão – 2016 ............................................................................................. 35
Tabela 3: Faixa etária dos indivíduos pesquisados em intervalos (Int.) de
idades. Promissão – 2016 ................................................................................ 35
Tabela 4: Classificação do nível de escolaridade. Promissão, 2016 ............... 36
Tabela 5: Estado Civil dos indivíduos internados. Promissão - 2016 .............. 36
Tabela 6: Tempo de internação dos participantes. Promissão – 2016 ............ 37
Tabela 7: Classificação dos indivíduos em relação ao tipo de internação.
Promissão – 2016 ............................................................................................. 37
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Número de indivíduos e a frequência relativa sobre as opiniões de
acordo com as variáveis pré-estabelecidas. Promissão, 2016 ......................... 38
LISTA DE SIGLAS
DRS: Departamento Regional de Saúde
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ITU: Infecção do Trato Urinário
NR: Não Respondeu
PHP: Permanência Hospitalar Prolongada
PNH: Política Nacional de Humanização
PNHAH: Programa Nacional de Humanização à Assistência Hospitalar
RT: Responsável Técnico
SSVV: Sinais Vitais
TCLE: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
LISTA DE SÍMBOLOS
< - Menor
> - Maior
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16
CAPÍTULO I – BIOÉTICA................................................................................. 18
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 18
2 BIOÉTICA .............................................................................................. 18
2.1 Definição ................................................................................................ 18
2.2 História da Bioética ................................................................................ 18
2.3 Princípios da Bioética ............................................................................. 19
2.3.1 Autonomia .............................................................................................. 19
2.3.2 Beneficência e não Maleficência ............................................................ 20
2.3.3 Justiça .................................................................................................... 21
2.4 Bioética e a Enfermagem ....................................................................... 21
CAPÍTULO II - ROTINAS HOSPITALARES E A ASSISTÊNCIA DE
ENFERMAGEM MEDIANTE OS PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA ........................ 24
1 DEFINIÇÃO ............................................................................................ 24
1.1 Percepções dos profissionais de Enfermagem sobre os Princípios da
Bioética ............................................................................................................. 24
1.2 As ações da Enfermagem no cumprimento das Rotinas Hospitalares e o
impacto destas ao contemplar ou não os Princípios Bioéticos no atendimento
das necessidades do paciente hospitalizado e família ..................................... 26
CAPÍTULO III - A PESQUISA .......................................................................... 31
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 31
2 OBJETIVOS .......................................................................................... 31
2.1 Geral ...................................................................................................... . 31
2.2 Específico ............................................................................................... 32
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA .... .......................... .............. 32
3.1 Tipo de pesquisa..................................................................................... 32
3.2 Local e participantes da pesquisa ........................................................... 32
3.3 Coleta de dados ...................................................................................... 33
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS .............................................. 34
4.1 Caracterização dos participantes da pesquisa ....................................... 34
5. PARECER FINAL ......................................................................................... 44
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ..................................................................... 46
CONCLUSÂO ................................................................................................... 47
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 48
APÊNDICES ..................................................................................................... 54
ANEXOS ........................................................................................................... 60
16
INTRODUÇÃO
Considerando que o exercício profissional deve assegurar uma visão
holística e lógica dos problemas de saúde, cada vez mais há necessidade de
aperfeiçoamento e qualificação da equipe preservando Princípios Bioéticos do
indivíduo (PERES; BARBOSA; SILVA, 2011).
A Resolução COFEN nº 168/1993 determina que cabe ao Enfermeiro
Responsável Técnico da instituição garantir os recursos humanos necessários
à assistência de Enfermagem e à segurança do paciente (Resolução COFEN,
1997). Portanto, a comunicação é um meio que favorece a convivência do
paciente/família num ambiente totalmente desconhecido. Sendo assim, cabe
ao enfermeiro interpretar os sinais que o paciente está apresentando, obtendo
uma visão holística do processo saúde-doença (KOENIG apud PERES;
BARBOSA; SILVA, 2011).
Para que o contexto da comunicação e humanização seja efetivo, torna-
se necessário o conhecimento dos Princípios da Bioética que incluem:
O princípio da beneficência relaciona-se ao dever de ajudar aos outros, de fazer ou promover o bem a favor de seus interesses. Reconhece o valor moral do outro, levando-se em conta que maximizando o bem do outro, possivelmente pode-se reduzir o mal. Neste princípio, o profissional se compromete em avaliar os riscos e os benefícios potenciais (individuais e coletivos) e a buscar o máximo de benefícios, reduzindo ao mínimo os danos e riscos. O princípio de não-maleficência implica no dever de se abster de fazer qualquer mal para os clientes, de não causar danos ou colocá-los em risco. O profissional se compromete a avaliar e evitar os danos previsíveis. Autonomia, o terceiro princípio, diz respeito à autodeterminação ou autogoverno, ao poder de decidir sobre si mesmo. Preconiza que a liberdade de cada ser humano deve ser resguardada. O principio da justiça relaciona-se a distribuição coerente e adequada de deveres e benefícios sociais (KOERICH; MACHADO; COSTA, 2005, p. 109).
A pesquisa teve como objetivo verificar se os Princípios da Bioética
relacionados ao cuidar que a Enfermagem presta ao paciente internado estão
sendo respeitados pela equipe multiprofissional além de conhecer e quantificar
as opiniões dos pacientes participantes da pesquisa sobre as rotinas de
cuidado de enfermagem estabelecidas em meio hospitalar.
Diante dos Princípios da Bioética, fica o questionamento sobre o quanto
as rotinas de cuidados de Enfermagem em ambiente hospitalar influenciam
17
positivamente ou negativamente no tratamento e bem-estar de pacientes
submetidos à internação? A partir dai, levantou-se a seguinte hipótese:
percebe-se que a assistência de Enfermagem no atendimento hospitalar vem
sofrendo dificuldades em abordar o paciente holisticamente, seja pela falta de
educação permanente nas instituições, pela ausência de humanização da
assistência, escassez de mão de obra ou por condições inadequadas de
trabalho se distanciando cada vez mais de proporcionar um atendimento digno
dentro dos Princípios da Bioética afetando diretamente os pacientes sob seus
cuidados.
Para demonstrar na prática a veracidade da hipótese, foi realizada
pesquisa em um Hospital Estadual de médio porte, localizado na cidade de
Promissão/SP, durante o período de março a outubro de 2016, cujos métodos
e técnicas estão descritos no Capítulo III.
O trabalho está assim organizado: Capítulo I, descreve a Bioética, seus
Princípios e a Enfermagem; Capítulo II, trata teoricamente das Rotinas
Hospitalares e Assistência de Enfermagem perante os Princípios da Bioética; e
o Capítulo III, Descreve e analisa a pesquisa realizada. Em seguida, há uma
Proposta de Intervenção e, finalmente, a Conclusão.
18
CAPÍTULO I
BIOÉTICA
1 INTRODUÇÃO
Este capítulo tem como objetivo demonstrar a importância da Bioética e
sua aplicação na Enfermagem, sendo, para isso, necessária uma reformulação
de conceitos, doutrinas e linhas de pensamento, além de questionamentos e
reflexões sobre as condutas profissionais frente ao processo do cuidar.
2 BIOÉTICA
2.1 Definição
O termo “bioética” significa “ética da vida”. A palavra, de origem grega, é
formada: bíos, que designa as ciências da vida, através do estudo dos seres
vivos e das leis gerais que governam a vida e éthos, que representa o
conhecimento dos valores humanos, através de regras que orientam a conduta
de uma profissão. A junção desses vocábulos em um mesmo termo, não só
criou uma nova palavra, mas também gerou uma transformação na maneira de
fazer ciência e ética, aproximando esses dois campos do conhecimento
humano (OGUISSO; ZOBOLI, 2006).
2.2 História da Bioética
No inicio dos anos 1970, criou-se o termo Bioética, por biólogos e
cientistas. Posteriormente, o precursor Van Rensselaer Potter, lançou o livro
“Bioethics: bridge to the future”, que enfatizava a busca da sabedoria capaz de
promover a saúde e a sobrevivência humana, bem como o seu papel cultural e
responsabilidade social do indivíduo (OGUISSO; ZOBOLI, 2006).
Em 1978, surge a primeira Enciclopédia de Bioética, que nesta fase era
ainda recente e entendida como, “o estudo sistemático da conduta humana no
19
âmbito das ciências da vida e da saúde, enquanto essa conduta é examinada à
luz de valores e princípios morais” (PESSINE; BARCHIFONTAINE, 2006, p.
26).
Já em 1995, criou-se a Segunda Enciclopédia de Bioética, abordando o
“estudo sistemático das dimensões morais, incluindo a visão, a decisão,
condutas e normas, das ciências da vida e saúde, usando variedade de
metodologias éticas num contexto interdisciplinar” (OGUISSO; ZOBOLI, 2006,
p.121). E em 2003 houve uma revisão da terceira edição, apresentando
questões sobre “bioterrorismo, holocausto, imigração, clonagem, reprodução,
fertilidade, transplantes de órgãos e tecidos, morte/morrer, religião e ética”
(PESSINE; BARCHIFONTAINE, 2006, p. 29).
A Bioética envolve múltiplos e complexos fatos, que estão diretamente
relacionados à vida, ou seja, tudo o que está intrínseca ou extrinsecamente
ligado aos seres humanos, utilizando-se de instrumentos morais, sociais,
econômicos, éticos, políticos e legais (MALAGUTTI, 2007).
Esta ciência visa defender a dignidade do ser humano e de sua
qualidade de vida, evitando inclusive abusos por parte dos profissionais ou
dirigentes. Esses dilemas morais são enfrentados diariamente pelos
profissionais de saúde.
Sabe-se que a equipe de Enfermagem deve sempre trabalhar a favor da
promoção da pessoa, garantindo autonomia e direito à dignidade. De nada
adianta o conhecimento sem a intervenção, sem a prática conduzindo suas
ações com responsabilidade para com o outro, exercendo seus princípios
consigo e com o próximo, praticando o amor fraternal (MALAGUTTI, 2007).
2.3 Princípios da Bioética
Para que a humanização do cuidado seja satisfatória, torna-se
importante conceituar os Princípios da Bioética que incluem: autonomia,
beneficência, não maleficência e justiça.
2.3.1 Autonomia
Deriva-se da união de termos gregos (autos, próprio e nomos, regra,
20
autoridade, lei, norma). Significa autogoverno, autodeterminação da pessoa de
tomar decisões que afetem sua vida, sua integridade físico-psíquica e suas
relações sociais. Refere-se à “capacidade do individuo de pensar, de decidir e
agir de modo livre e independente, sem qualquer impedimento” (BARBOSA;
SILVA, 2007, p.547).
Este princípio tem como objetivo direcionar os profissionais de saúde a
manter um equilíbrio na relação paciente/equipe, para que cada um ocupe seu
espaço, proporcionando um feedback positivo (MENEZES; PRIEL; PEREIRA,
2011).
Na essência da autonomia encontra-se a tomada de decisão, onde o
indivíduo age segundo suas vontades, enquanto aqueles que possuem
redução da autonomia são controlados ou incapazes de agir conforme aquilo
que almeja. Portanto, é necessário que a comunicação seja efetiva, facilitando
a compreensão do paciente, evitando possíveis situações de constrangimento
(POTT et al., 2013).
2.3.2 Beneficência e Não Maleficência
O princípio da beneficência indica a obrigatoriedade do profissional de
saúde de “favorecer a qualidade de vida”, promover o bem ao paciente, “cuidar
da saúde, proteger e defender os direitos do próximo, ajudar pessoas com
incapacidades, resgatar pessoas em perigo”, tentando diminuir ou evitar os
danos. Isto engloba a não maleficência que “significa obrigação de não causar
danos aos outros”; não prejudicar, incluindo “âmbitos psíquicos, social, moral”,
além de não matar, não causar dor ou sofrimento e não ofender (OGUISSO;
ZOBOLI, 2006, p. 126).
Deve-se colocar em primeiro lugar a não maleficência, porém, há
situações em que deve ser questionada a relação Risco X Benefício, onde será
avaliado primeiro o beneficio ao paciente. Por exemplo, passagem de sonda
vesical de alívio para urocultura, pode gerar risco de infecção do trato urinário
(ITU), do ponto de vista ético, este dano pode se justificar se o benefício
esperado com o resultado deste exame for maior que o risco de infecção.
O princípio da Beneficência obriga o profissional de saúde a ir além
21
da Não Maleficência (não causar danos intencionalmente) e exige que ele contribua para o bem estar dos pacientes, promovendo ações: a) para prevenir e remover o mal ou dano que, neste caso, é a doença e a incapacidade; e b) para fazer o bem, entendido aqui como a saúde física, emocional e mental. A Beneficência requer ações positivas, ou seja, é necessário que o profissional atue para beneficiar seu paciente. Além disso, é preciso avaliar a utilidade do ato, pesando benefícios versus riscos e/ou custos (LOCK, 2002, p. 12-19).
2.3.3 Justiça
Agir com justiça pressupõe a assistência equitativa a todos os pacientes, levando em consideração suas condições clínicas e sociais. Isso implica que, para ser justo, devem-se entender as necessidades de cada paciente e direcionar os cuidados tendo em
mente essas necessidades (BARBOSA; SILVA, 2007, p.1).
Portanto, sabe-se que todas as pessoas devem ter os mesmos direitos e
liberdades civis.
2.4 Bioética e a Enfermagem
Sabe-se que a equipe de Enfermagem diariamente encontra novos
desafios na assistência ao paciente que estão relacionados com a tomada de
decisões que necessitam do suporte Bioético.
Segundo a Resolução 311/2007, que aprova a Reformulação do Código
de Ética dos profissionais de Enfermagem, o profissional tem a obrigação de
suprir as necessidades da população, garantindo os princípios de
universalidade (acesso aos serviços de saúde) integralidade, resolutividade,
hierarquização, descentralização. Equidade, respeito a vida, dignidade e os
direitos humanos. Além disso, o Código de Ética traz os deveres e
responsabilidades, direitos e proibições em cada setor da saúde, seja ela
pessoa, família, coletividade, trabalhadores de saúde, organizações da
categoria, organizações empregadoras, sigilo profissional, ensino, pesquisa,
publicidade, até infrações e penalidades (SILVA; SILVA; VIANA, 2009). Sendo
assim:
O Código de Ética de Enfermagem está organizado por assunto e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições pertinentes à conduta ética dos profissionais. SEÇÃO I - Das relações com a pessoa, família e coletividade -
22
responsabilidades e deveres: Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência. Art. 15 - Prestar Assistência de Enfermagem sem discriminação de qualquer natureza. Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da Assistência de Enfermagem. Art. 18 - Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito da pessoa ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde, tratamento, conforto e bem estar. Art. 19 - Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano, em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte (COREN, 2007, p.1).
Portanto, o respeito à autonomia do paciente é de extrema importância
para a equipe de saúde, que deve se atentar para as questões que norteiam as
normas e rotinas das instituições e não desrespeitem sua liberdade de escolha,
princípios, crenças, valores e morais, visto que envolve o consentimento deste
para a realização de qualquer procedimento (OGUISSO; ZOBOLI, 2006).
O respeito à autonomia é o reconhecimento da pessoa como sujeito e não simplesmente como objeto. É um principio prima facie, ou seja, não absoluto, sendo seus limites estabelecidos pelo respeito à dignidade e a liberdade dos outros (OGUISSO; ZOBOLI, 2006, p.138).
Com esse princípio, a relação entre sujeitos torna-se uma troca mútua
de respeito e qualidade da assistência, fazendo com que o cliente não seja
visto apenas como objeto que recebe benefícios, mas como sujeito que discute
e limita opiniões sobre o plano de cuidados a serem prestados. Entretanto,
algumas vezes, a escolha do cliente não se iguala com as escolhas dos
profissionais, criando assim uma barreira na tomada de decisão, o que não
justifica o desrespeito à autonomia do paciente. É necessário que haja um
conhecimento técnico/científico para se respaldar nas suas decisões, ou deixar
de forma clara e precisa os riscos que esta possível escolha trará (OGUISSO;
ZOBOLI, 2006).
Sabe-se que a valorização do ser humano e a preservação de sua
dignidade são temas muito discutidos, porém os direitos dos pacientes nem
sempre são incluídos, e nem mesmo na prática há a preocupação em respeitá-
los (AMARAL; LEITE, 2015).
Para tanto, é necessário que o enfermeiro conheça suas limitações e
23
tenha pleno conhecimento de suas responsabilidades, regulamentado na Lei nº
7.498, de 25 de Junho de 1986:
Art. 11: I – Privativamente: a) Direção do órgão de Enfermagem integrante da estrutura básica
da instituição de saúde publica e privada, e chefia de serviço e de unidade de Enfermagem;
b) Organização e direção dos serviços de Enfermagem e de suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviços;
c) Planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de Enfermagem;
d) Consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de Enfermagem;
e) Consulta de Enfermagem; f) Prescrição da assistência de Enfermagem; g) Cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco
de vida; h) Cuidados de Enfermagem de maior complexidade técnica e que
exijam conhecimentos de base cientifica e capacidade de tomar decisões imediatas;
II – Como integrantes da equipe de saúde: a) Participação no planejamento, execução e avaliação da
programação de saúde; b) Participação na elaboração, execução e avaliação dos planos
assistenciais de saúde; c) Prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de
saúde publica e em rotina aprovada pela instituição de saúde; d) Participação em projetos de construção ou reformas de unidades
de internação; e) Prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar e de
doenças transmissíveis em geral; f) Prevenção e controle sistemático de danos que possam ser
causados a clientela durante a assistência de Enfermagem; g) Assistência de Enfermagem à gestante, parturiente e puérpera; h) Acompanhamento da evolução e do trabalho de parto; i) Execução do parto sem distocia; j) Educação visando à melhoria de saúde da população. (COFEN, [s.d], p.1).
24
CAPÍTULO II
ROTINAS HOSPITALARES E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
MEDIANTE OS PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA
Este capítulo tem como objetivo expressar a importância do
conhecimento acerca das rotinas hospitalares, sendo, para isso, necessária
uma reformulação de conceitos, doutrinas e linhas de pensamento, além de
questionamentos e reflexões sobre as condutas profissionais frente aos
Princípios Bioéticos, bem como, o processo de humanização.
1 DEFINIÇÃO
De acordo com dicionário Larousse, a palavra rotina significa: 1. Caminho utilizado normalmente, itinerário habitual; 2. Conjunto de atos ou procedimentos que se segue normalmente, regularmente; 3. Repetição monótona e mecânica de atos, procedimentos, etc. Já para a Enfermagem a mesma representa a prestação da assistência sistematizada de acordo com as necessidades individuais dos pacientes no cotidiano laboral (CARVALHO, 2008, p.733).
1.1 Percepções dos profissionais de Enfermagem sobre os Princípios da
Bioética
Foi observado, em pesquisas, que os profissionais de Enfermagem
demonstravam respeito pela autonomia do paciente, pois sabe-se que é um
princípio caracterizado pela “capacidade da pessoa de atuar em sociedade e
que conduz suas ações a serem condizentes com aquilo em que acredita e
com o que espera de si e dos outros” (VASCONCELOS, et al., 2013 p. 2562).
Para que isto ocorra, deve haver uma eficácia no processo de
comunicação entre a equipe e o individuo/família. “Esta ação fortalece o vínculo
e revela uma atitude ética de respeito à dignidade do paciente e sua família,
diante da finitude humana” (FÉLIX et al., 2014 p. 100); pois o paciente tem o
direito de saber sobre o seu estado de saúde, seu tratamento, bem como dos
procedimentos aos quais será submetido, possibilitando o poder de escolha.
25
Porém, em alguns casos, os indivíduos não querem que estas informações
sobre seu estado de saúde ou o seu diagnóstico sejam expostos. Portanto,
cabe ao profissional manter sigilo, demonstrando respeito às decisões dos
mesmos (VASCONCELOS et al., 2013).
Sendo assim, ressalta-se a importância da humanização dos cuidados
no ambiente hospitalar, tendo em vista o avanço de tecnologias duras, o
atendimento prestado pela equipe de Enfermagem, as rotinas a qual são
submetidos os pacientes, fazem com que o cuidado oferecido seja de forma
muito mecânica, e como consequência desfavorecedora dos Princípios
Bioéticos (PERES; BARBOSA; SILVA, 2011).
Sabe-se que o uso de tecnologias de última geração trazem benefícios
aos pacientes, entretanto, os aparelhos que veiculam essas tecnologias
substituem o trabalho manual, e, consequentemente, afastam os profissionais
do contato direto ao cliente. Assim, quando o olhar do profissional de
Enfermagem passa a ser mediado pelo olhar da máquina, desconhece a
empatia humana, fazendo com que esse olhar não seja mais tão fidedigno
(PESSALACIA; MATA; RATES, 2014).
A quebra das rotinas hospitalares surge como uma interrupção do
ideário capitalista, que prima pela excelência e produtividade do serviço,
enaltece o cumprimento rigoroso das rotinas e normas, sem considerar as
necessidades do doente e da família. Portanto, quando o enfermeiro revê as
rotinas para adequá-las às necessidades do doente e da família, abre-se
espaço para dignificação do ser humano, prestigiando-se o cuidado
humanizado (BARBOSA; SILVA, 2007). Considerar o ser humano como um ser
biopsicossocial e espiritual, e saber respeitar sua individualidade são hipóteses
para o cuidado humanizado. Nesse processo, o respeito ao paciente e aos
Princípios da Bioética exerce um papel básico para a consistência da
humanização hospitalar (MARTIN apud PERES; BARBOSA; SILVA, 2011).
No cenário atual de profunda pluralidade social, ao enfermeiro compete mais que um adestramento técnico de recursos de ponta e um obediente agente da equipe de saúde, mas um competente profissional-cidadão responsável por suas ações, capaz de perceber no ser cuidado, um sujeito do autocuidado (SILVA; FIGUEIREDO, 2010, p.842).
26
Alguns estudos evidenciaram o quanto os enfermeiros valorizam a
prática do cuidar de pacientes principalmente aqueles em estágio final de vida,
permitindo que as escolhas dos pacientes sejam levadas em conta durante as
tomadas de decisões. Demonstram, ainda, a busca desses profissionais em
respeitar as decisões dos pacientes para que, desse modo, prevaleça a
dignidade humana. Salienta que o profissional de saúde compreende que,
diante do cuidar, mesmo que sua atitude não favoreça o paciente, a sua ação,
ainda assim, será eticamente respaldada quando essa não causar nenhum
dano. Porém, caso ocorra displicência, essa poderá suscitar danos ou riscos na
sua prática assistencial (FÉLIX et al., 2014).
A construção de um modelo mais humanizado na área de saúde julga o exercício de uma ética profissional mais autônoma, comprometida com a clientela, com a comunidade e com o trabalho e muito menos com a técnica e com a doença. Isto é, a bioética do cuidar concentra sua base na promoção de saúde e muito menos no tratamento das doenças (SILVA; FIGUEIREDO, 2010, p.842).
1.2 As ações da Enfermagem no cumprimento das Rotinas Hospitalares e o
impacto destas ao contemplar ou não os Princípios Bioéticos no atendimento
das necessidades do paciente hospitalizado e família
Os hospitais são considerados organizações de prestação de serviço de
alta complexidade, pela quantidade de profissionais de diferentes categorias,
experiências e formações que executam diversas tarefas, para realização de
recursos que interagem entre si para produzir o cuidado (FREITAS, 2013).
Estudos demonstram que uma das dificuldades encontradas nos
hospitais está relacionada ao impacto negativo e ao stress causado pela rotina
dos pacientes (NOGUEIRA, 2015). Pois, quando ele é hospitalizado em um
serviço de saúde, é submetido a um regime de tratamento onde muitas vezes é
esquecida a sua autonomia, individualidade e humanidade. Os horários de
tratamento, descanso, higiene e alimentação passam a ser conduzidos por
uma rotina da qual a maioria das vezes ele não participa. Nem mesmo a
decisão sobre alternativas de cuidado pode ser escolhida (AMARAL; LEITE,
2015).
A assistência de Enfermagem de modo geral encontra-se mecanizada e
27
tecnicista, não reflexiva, esquecendo-se de humanizar o cuidado, devido à
sobrecarga imposta pelo cotidiano do trabalho. Por isto, os profissionais de
Enfermagem deixam de alcançar suas necessidades. “Esta situação contribui
para um contexto de insatisfações, o que leva a uma desvalorização do
cuidado” (REGIS; PORTO, 2011, p. 335).
A complexidade dos equipamentos exige dos profissionais maior
atenção no seu manuseio, ocupando muitas vezes, o centro do cuidado e
tornando as relações humanas distantes (BARRA, et al., 2006). No entanto, a
utilização das tecnologias duras/equipamentos é necessária para qualificar o
cuidado prestado ao doente hospitalizado. Na prestação do cuidado, é
fundamental que a equipe de Enfermagem leve em consideração a história de
vida de cada doente e de suas famílias, a fim de tratá-los com respeito e
atenção, considerando as normas e rotinas hospitalares existentes (PINHEIRO,
et al., 2011). Entretanto, percebe-se que a assistência de Enfermagem no
atendimento hospitalar vem sofrendo dificuldades em abordar o paciente
holisticamente, seja pela falta de educação permanente nas instituições, pela
ausência de humanização da assistência, escassez de mão de obra ou por
condições inadequadas de trabalho se distanciando cada vez mais de
proporcionar um atendimento digno dentro dos Princípios da Bioética afetando
diretamente os pacientes sob seus cuidados.
O conhecimento das necessidades e expectativas de quem se encontra
institucionalizado em relação à assistência, forma-se o primeiro passo na busca
da qualidade. Quando a assistência prestada recebe uma avaliação positiva
por parte dos pacientes, indica que estamos atendendo as suas necessidades
e com isso a satisfação é garantida. Os pacientes, ao ressaltarem o caráter
mecânico das ações de saúde e as falhas da assistência humanizada da
equipe de Enfermagem estão nos alertando sobre o perigo de guardarmos o
predomínio da forma racional de cuidar, pois essa maneira não vem
satisfazendo as pessoas. O que se verifica de imediato, se avalia e aprecia ou
detesta, é a forma de atendimento, a maneira como as técnicas são
desenvolvidas. Alguns pacientes, não sabem classificar, se ao fazer um
curativo ou outros procedimentos, estão sendo aplicadas as técnicas corretas,
entretanto, qualquer pessoa, mesmo analfabeta, percebe a humanização no
cuidado prestado (MENDES; SPÍNDOLA; MOTA, 2012).
28
Mesmo que os profissionais estejam tecnicamente preparados para utilização de métodos e procedimentos inovadores, muitas vezes não conseguirão minimizar o sofrimento e a dor do ser que recebe cuidados, pois nesta prática assistencial tecnológica faltou o cuidado ético, humano e respeitoso (SILVA; FIGUEIREDO, 2010, p.842).
O objetivo seria que a Enfermagem retomasse o seu vigor na realização
da assistência, ponderando sua trajetória profissional e deixando de lado
alguns dos aspectos e responsabilidades burocráticas que lhes foram
repassadas em favor do cuidado humano (MENDES; SPÍNDOLA; MOTA,
2012). Logo, o estado de doença não faz o paciente deixar de ser humano e de
ter direito à dignidade, pois na situação de enfermidade requer um tratamento
digno (AMARAL; LEITE, 2015).
Uma vez que, independentemente do local de atendimento, é
fundamental que os profissionais que assistem o doente procurem encorajar o
diálogo para ajudá-lo a descobrir e a escolher a melhor opção para a tomada
de decisão diante de suas necessidades individuais. Caso não tenha condições
de decidir sobre si mesmo, os profissionais devem recorrer à família, que
poderá decidir sobre qual o melhor caminho a ser adotado para o seu
tratamento. O enfermeiro, como membro da equipe multidisciplinar,
desempenha um papel fundamental na promoção do cuidado, minimizar o seu
sofrimento e lhe favorecer uma melhor qualidade de vida, fundamentado no
conhecimento técnico – cientifico e em princípios éticos (VASCONCELOS et
al., 2013). Entende-se que a hospitalização é um desafio tanto para o paciente,
como para a família. Esta se sente insegura com a situação do seu ente
querido. O acompanhante, quando sensibilizado pelo medo de uma possível
perda, e pela aflição de ver o familiar em estado crítico recorre à equipe de
Enfermagem para compartilhar seus sentimentos e preocupações (BARROS et
al., 2013).
A informação oferecida ao acompanhante – familiar é de extrema
importância, sobretudo para saber o motivo da internação, o que se faz para os
clientes internados e como é a rotina do trabalho da unidade. O familiar precisa
ter convicção de que a pessoa internada irá receber toda a assistência de que
necessita (BARROS et al., 2013).
29
Frequentemente observa-se a influencia das rotinas em cada dia,
tornando a assistência automática, esquecendo que o intuito é o atendimento e
o cuidado do paciente (AMIN, 2001).
Na internação, as rotinas acabam sendo pré-determinadas pela instituição, proporcionando ao paciente uma relação mais dependente, com menos autonomia, mais regredida e infantilizada (AMIN, 2001, p. 18).
Sendo assim, nota-se que a internação de um paciente sempre será
realizada em conformidade com uma rotina pré-estabelecida, proporcionando a
eficiência da atividade do pessoal hospitalar (AMIN, 2001).
Em casa, o paciente faz a hora, no hospital espera acontecer. Nas instituições a hora é feita pelas rotinas, porém, mesmo com as tensões que o sujeito vivencia, ele se modifica e modifica a instituição. (...) Assim, como as rotinas são necessárias para o funcionamento da instituição, as exceções são essenciais, quando lidamos com seres humanos, pois possibilitam a individualidade e liberdade do sujeito (AMIN, 2001, p.29).
Os Princípios da Bioética estão pautados na humanização do cuidado
prestado, que exige uma técnica precisa acerca dos valores que direcionam a
atividade profissional, tendo em vista uma melhor assistência, garantindo que
os valores, morais, ética, pudor, individualidade e todas as opiniões dos
pacientes sejam respeitadas (BACKES; LUNARDI; LUNARDI FILHO, 2006).
Todos devem ter a consciência de que o paciente deve ser visto como um todo, além da parte física, é preciso considerar também a parte emocional, familiar, social, financeira e tudo o que puder atrapalhar o bem-estar durante o tratamento. Para esta abordagem é fundamental a integração humanizada de toda equipe multidisciplinar (NUNES, [s.d.], p.1).
O Programa Nacional de Humanização à Assistência Hospitalar
(PNHAH) instituiu a Política Nacional de Humanização (PNH), recomenda que
os serviços hospitalares necessitem inserir a família nas atividades em saúde,
conforme cada instituição. Pois, não só o paciente, mas a família também
padece de anseios relacionados a vários fatores, como incerteza sobre o
prognóstico, à falta de privacidade e de individualidade, além de estar em
ambiente desconhecido. Portanto, ser familiar e acompanhante é uma missão
30
árdua, por causa das expectativas, ansiedades, preocupações, apresentadas
pelo mesmo (PERES; LOPES, 2012).
31
CAPÍTULO III
A PESQUISA
1 INTRODUÇÃO
No processo de tomada de decisão ética, sentimentos, emoções e
sensações, positivas ou negativas, surgem e integram nessa ação. Porém,
muitos profissionais consideram que apenas a lógica basta e que a
demonstração de sentimentos é um ato de esmorecimento (GREENFIE apud
PAIVA; GUILHEM; SOUSA, 2014).
A formação dos profissionais da saúde ainda carece de maior investimento sobre a utilização dos fundamentos da Bioética, principalmente no que diz respeito à relação com o paciente. Para alcançar esses objetivos torna-se indispensável que as instituições adequem os programas curriculares de graduação, com vistas a proporcionar conhecimento e reflexão sobre o tema de forma contínua (PAIVA; GUILHEM; SOUSA, 2014, p. 367).
Segundo Puplaksis et al, o processo do aprendizado da bioética está
incompleto quando não existe um seguimento de argumentos e de questões
que apliquem esses valores a atos concretos, para tanto faz-se “necessário
envolver o ensino da bioética numa forma transversal em todos os níveis de
formação da graduação, tanto do pessoal médico, como dos profissionais de
saúde” (2010, p. 73).
A bioética como matéria pode ajudar no enfrentamento de momentos
difíceis como o fim da vida, eutanásia, distanásia, negligência, abortamento.
Portanto, torna-se fundamental que hajam profissionais qualificados para tal
(PAIVA; GUILHEM; SOUSA, 2014).
2 OBJETIVOS
2.1 Geral
32
Verificar se os princípios da Bioética relacionados ao cuidar que a
Enfermagem presta ao paciente internado está sendo respeitados pela equipe
multiprofissional.
2.2 Específicos
Conhecer e quantificar as opiniões dos pacientes participantes da
pesquisa sobre as rotinas de cuidado de Enfermagem estabelecidas em meio
hospitalar.
3 MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
3.1 Tipo de pesquisa
Trata-se de uma pesquisa transversal, descritiva e exploratória, com
abordagem quantitativa, que busca atender os objetivos propostos.
De acordo com Hochman et al (2005), pesquisa transversal descreve
uma situação ou fenômeno em um momento não definido. Rodrigues (2007)
afirma que na pesquisa descritiva, os fatos são observados, registrados,
analisados, classificados e interpretados, sem interferência do pesquisador
com uso de técnicas padronizadas de coleta de dados (questionário e
observação sistemática). E a pesquisa exploratória proporciona maior
familiaridade com o problema, através de levantamento bibliográfico ou
entrevistas, até mesmo se pesquisa bibliográfica ou estudo de caso, bem como
método quantitativo, contribui para a ampliação do conhecimento, deve ser
considerada como uma opção importante a ser adotada, constituindo-se numa
base confiável para outros pesquisadores.
3.2 Local e Participantes da Pesquisa
Para realização da pesquisa foram definidos os critérios de inclusão dos
participantes: pacientes conscientes, maiores de 18 anos ou acompanhantes
para 18 anos ou 65 anos, com mais de 24 horas de internação
submetidos à rotina hospitalar e que aceitaram colaborar com a pesquisa, após
33
ter conhecimento do que se trata o estudo, leitura e assinatura do Termo de
Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) – (APENDICE A). Já os critérios de
exclusão respeitaram o inverso dos termos de inclusão.
A pesquisa teve como local um Hospital Estadual de médio porte,
localizado na cidade de Promissão/SP. Este distrito surgiu em 1919,
denominado Hector Legru, passando em 1921 para Promissão, em virtude do
seu rápido desenvolvimento, quando ficou conhecida como a “terra
promissora”. Segundo IBGE, a população estimada em 2016 é de 39.139
habitantes. Devido a reforma houve uma redução no numero de leitos. Possui
um serviço de Pediatria, Clinica Médica, Cirúrgica, Pronto Socorro e
Ambulatório que oferece consultas nas seguintes especialidades: Cardiologia,
Cirurgia Geral, entre outros. Atende também pacientes de Hemodiálise que são
referenciados para esta Unidade.
Os serviços são ofertados prioritariamente aos municípios participantes
do Departamento Regional de Saúde (DRS) VI – Bauru.
3.3 Coleta de Dados
O Projeto de Pesquisa foi cadastrado na Plataforma Brasil, após
submetido ao Comitê de Ética e posteriormente aprovado com o parecer
favorável do Comitê, apresentando o Nº 1.952.539, em 15 de junho de 2016
(ANEXO A).
Para obter acesso aos participantes foram cumpridas as seguintes
etapas:
a) Solicitou-se autorização da Responsável Técnica (RT)
responsável pelo local de pesquisa;
b) Foi elaborada, juntamente com os enfermeiros, uma lista dos
pacientes que atenderam os critérios de inclusão;
Foi esclarecida sobre a garantia do sigilo e autonomia quanto a
participação, resguardadas as determinações da Resolução 466 de 12/12/2012
do Conselho Nacional de Saúde, subsequentemente solicitado a assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A), e a Carta de
Informação ao Participante da Pesquisa (APÊNDICE B) pelo participante ou
responsável. A amostra foi composta de 21 participantes, que foram
34
selecionados a partir dos critérios de inclusão e que se encontravam
hospitalizada no momento da pesquisa tendo como técnica utilizada foi a
aplicação de auto questionário contendo questões estruturadas tendo modelo
embasado em trabalho de pesquisa realizado anteriormente por Nogueira
(2015), (APENDICE C), contendo duas partes: a primeira, constituiu-se dos
dados de identificação e a segunda, questionário com perguntas objetivas,
sobre rotinas hospitalares e a conservação dos princípios da Bioética
relacionados ao paciente. Essas dimensões foram mensuradas através de
dezenove itens onde o respondente teve quatro opções de resposta, como
“bom, regular, ruim e não sei responder” em escala de imagens. Após a coleta
dos dados os mesmos foram codificados e distribuídos em planilhas.
Posteriormente foram dispostos em tabelas e/ou gráficos com o uso de
Frequência Absoluta (N) e Frequência Relativa (%), e realizada a análise
descritiva e estatística dos resultados.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
4.1Caracterizações dos Participantes da Pesquisa
O levantamento da caracterização é relevante para o conhecimento dos
participantes da pesquisa que de acordo com os resultados da Tabela 1,
verifica-se que 13 (62%) são do sexo feminino, e que 08 são do sexo
masculino, que corresponde a 38% dos participantes da pesquisa, associando
com a Figura 1 (Apêndice D).
Tabela 1: Gênero dos indivíduos da pesquisa. Promissão - 2016. Gênero N %
Feminino
Masculino
13
08
62
38
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Na Tabela 2, observa-se o aspecto cor da pele dos indivíduos, 10 (48%)
35
são de cor branca, 09 (42%) parda e 02 (9%) negra, associando com a Figura
2 (Apêndice D).
Tabela 2: Número de indivíduos pesquisados em função da cor da pele. Promissão - 2016. Cor da pele N %
Branca 10 48
Parda 09 43
Negra 02 09
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Já em questão das idades (Tabela 3), 03 (15%) estão classificados entre
20 e 40 anos, 12 (57%) entre 41 e 60 anos e 06 (38%) > 60 anos.
Tabela 3: Faixa etária dos indivíduos pesquisados em intervalos (Int.) de idades. Promissão - 2016. Int. de idades
(anos) N %
[20 – 40] 03 15
[41 – 60] 12 57
> 60 06 28
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Na Tabela 4, percebe-se que o nível de escolaridade predominante é do
ensino fundamental 13 (62 %), seguido do ensino médio 03 (14%), e apenas 01
(equivalente a 05 %) é do ensino superior, sendo que 04 (19 %) não quiseram
responder.
Segundo IBGE, 49,25% da população Brasileira com 25 anos ou mais, é
classificada sem instrução e fundamental incompleto. E associando a pesquisa
realizada, 62% dos participantes correspondem ao ensino fundamental.
Provavelmente, este resultado associa-se a necessidade de conceituar e
analisar o tipo de atendimento oferecido pela equipe, classificando a maior
parte dos resultados como “bom” (CENSO, 2010). “Tendo sido a única variável
sociodemográfica a revelar associação com capacidade funcional: quanto
36
maior a escolaridade, menor a ocorrência de relato de dificuldade em atividade
de vida diária”, ou seja, quanto menor a escolaridade, maior a ocorrência de
dificuldade em relatar, desenvolver as atividades propostas (SIQUEIRA, et al,
2004, p. 690).
Tabela 4: Classificação do nível de escolaridade. Promissão, 2016.
Nível Escolar N %
Ensino Fundamental 13 62
Ensino Médio 03 14
Ensino Superior 01 05
Não respondeu 04 19
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
A Tabela 5 demonstra o estado civil dos participantes; portanto,09 que
corresponde a 47%, são casados, 07 (33%) são solteiros, enquanto que viúvos
e divorciados ambos representam02 (10%).
Tabela 5: Estado Civil dos indivíduos internados. Promissão - 2016
Estado Civil N %
Casado 10 47
Divorciado 02 10
Solteiro 07 33
Viúvo 02 10
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Encontra-se, na Tabela 6, o tempo de internação de acordo com a
distribuição em dias, sendo que dos 21 (100%) participantes, 13 (62%) ficou
internado entre 1 a 6 dias, e 08 (38%) entre 1à 12 dias.
A internação é um método do sistema de saúde aplicado na tentativa de
resgatar a saúde dos indivíduos. Estudos descrevem que a taxa e o percentual
de internação por razões que podem ser evitadas, são indicadores pertinentes
a qualidade da assistência. Além do mais, a taxa de internação demonstra
37
indiretamente a resolubilidade ambulatorial, pois como um atendimento eficaz
irá diminuir esta taxa. Sabe-se que para os idosos, a internação é considerada
como alto risco, uma vez que, gera redução da capacidade funcional e, muitas
vezes, mudanças na qualidade de vida. A permanência hospitalar prolongada
(PHP) é um indicador indireto da qualidade do cuidado, visto que acrescenta os
custos e reduz a oportunidade de outros pacientes para receber atenção
hospitalar (RUFINO, et al, 2012).
Tabela 6: Tempo de internação dos participantes. Promissão - 2016.
Dias N %
[01 –06] 13 62
[ 01 – 12 ] 08 38
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
Observa-se na Tabela 7, a distribuição dos pacientes em relação ao tipo
de internação, sendo 16 (76%) em Clínica Médica e 05 (24%) Clinica Cirúrgica.
Tabela 7: Classificação dos indivíduos em relação ao tipo de internação. Promissão - 2016.
Tipo Internação
N %
Clinica Médica 16 76
Clinica Cirúrgica 05 24
TOTAL 21 100
Fonte: Elaborada pelas autoras, 2016.
No Quadro 1, encontra-se descrito as opiniões dos participantes sobre
as rotinas e a assistência prestada de acordo com a escala de imagens: “Bom,
Regular, Ruim ou Não sei”, relacionado às seguintes variáveis que serão
discutidas:
Ambiente físico (Ruídos, conservação) 20 (95%) classificou como Bom e
apenas 01 (5%) Regular, fica visível que grande parte dos indivíduos
hospitalizados encontram-se satisfeitos, visto que pode ser observado a olho
nu a conservação da edificação.
De acordo com os resultados da questão “Orientações e
38
esclarecimentos pela Enfermagem”, os resultados analisados demonstraram
que 76% classificaram como bom, e 19% classificaram como regular. Este
dado nos demonstra que apesar de uma grande parte dos entrevistados
estarem satisfeitos, existe uma pequena parcela que sente falta de ser
orientada e esclarecida pela equipe de Enfermagem, o que não é menos
relevante, pois nos remete à uma assistência tecnicista que não visa o paciente
holisticamente em todas as suas necessidades acarretando em uma ação
ineficiente da Enfermagem para com paciente que de acordo com Mourão et al
(2009) o enfermeiro deve ter saberes básicos sobre os fatores teóricos da
comunicação e alcançar habilidades de contato interpessoal para agir
asseguradamente na assistência ao paciente. Para que a orientação possa
tornar-se eficaz, o profissional “deve escutar, falar quando necessário, oferecer
abertura para realização de perguntas, ser honesto, mostrar respeito, dispensar
tempo suficiente para a conversa e mostrar interesse” [s.n.]. Pode-se afirmar
que enfermeiro exerce uma função relevante na promoção e manutenção da
saúde do paciente, incentivando nas necessidades do paciente, esclarecendo
as dúvidas e dando as informações necessárias. Visando à integralidade do
cuidado, melhoria dos sintomas, diminuindo o tempo de internação,
consequentemente reduzindo os gastos (CRAVEN; HIRNLE, 2006).
Quadro 1: Número de indivíduos e a Frequência Relativa sobre as opiniões de acordo com as variáveis pré-estabelecidas. Promissão, 2016
(cont.)
VARIÁVEIS
BOM
REGU-LAR
RUIM
NÃO SEI
NR* TOTAL
N % N % N % N % N % N %
1. Ambiente físico (ruídos,
conservação)
20 95 01 05 - - - - - - 21 100
2. Orientações e
esclarecimentos pela
enfermagem
16 76 04 19 - - 01 05 - - 21 100
3. Comunicação entre
equipe e paciente
16 76 03 14 - - - - 02 10 21 100
4. Conforto e segurança 21 100 - - - - - - - - 21 100
5. Horários de verificação
de Sinais Vitais (SSVV)
19 90 - - - - 01 05 01 05 21 100
39
6. Horários de realização de
medicação
19 90 02 10 - - - - - - 21 100
7. Horários de visitas 19 90 01 05 - - - - 01 05 21 100
8. Tratamento ao
acompanhante
06 28 01 05 - - - - 14 67 21 100
9. Respeito à privacidade 18 85 02 10 - - - - 01 05 21 100
10. Serviços (exames) 17 80 02 10 - - 02 10 - - 21 100
11. Horário do banho e
outras higienizações
16 76 05 24 - - - - - - 21 100
12. Respeito a sua
identidade
17 80 02 10 - - 01 05 01 05 21 100
13. Horários estabelecidos
das refeições
18 85 01 05 - - 02 10 - - 21 100
14. Respeito ao pudor 14 67 01 05 - - 03 14 03 14 21 100
15. Respeito à
individualidade
17 80 02 10 - - 02 10 - - 21 100
16. Grau de atenção dada
pela equipe
15 71 02 10 - - 01 05 03 14 21 100
17. Atendimento de
solicitações feitas à equipe
16 75 02 10 - - 01 05 02 10 21 100
18. Valorização do ser
humano
18 85 02 10 - - 01 05 - - 21 100
19. Preservação da
autonomia
12 57 06 28 - - 02 10 01 05 21 100
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2016. *NR = Não Respondeu
Já na questão que abordou “Comunicação entre a equipe e o paciente”,
obteve-se: 76% (Bom) e 14% (Regular) que ao confrontarmos com a literatura,
a mesma nos trás que a comunicação é um recurso mediador da humanização
da assistência, que estabelece um relacionamento efetivo, possibilitando a
transmissão de um sentimento de confiança, tranquilidade, por meio da fala,
escuta, toque, gesto, expressões faciais e em alguns momentos o silêncio que
é capaz de modificar a posição de insegurança e medo. Além disso, um diálogo
efetivo demonstra respeito ao individuo que esta sendo cuidado, e favorece um
melhor convívio entre equipe e paciente (POTT et al., 2013).
Mas como 14% demonstrou que esta comunicação ainda não se
encontra plena ficando no âmbito da regularidade apenas, percebe-se que a
mesma necessita ser aprimorada, pois a comunicação é um recurso primordial
40
nas relações humanas, que integra um meio de informação que se expõem de
vários modos, tais como a forma verbal, não verbal e a paraverbal, visto que é
de extrema relevância nas relações de trabalho de Enfermagem, já que
envolvem pacientes/familiares/profissionais. A comunicação é uma
necessidade humana básica, é um processo sequencial que transforma o ser
humano um ser social. Logo, é a maneira como as pessoas convivem e
conseguem se relacionar, e deve ser inferida como um processo que assimila e
distribui as informações enviadas e recebidas contribuindo, desse jeito, com a
interação entre as pessoas, determinando uma barganha entre elas e seu meio
(RODRIGUES; FERREIRA; MENEZES, 2010).
O item “Conforto e segurança” demonstra que 100% dos pacientes estão
satisfeitos, porém, em questionamento sobre o motivo da resposta, ficou claro
que a reforma a qual foi submetido o local da pesquisa colaborou para o
resultado alcançado.
Como podemos observar a segurança é o primeiro domínio da qualidade na assistência à saúde. São desnecessários os esforços de humanização em qualquer hospital, se este não incluir a qualidade da assistência como meta. Relacionando a melhoria da efetividade na comunicação é um assunto de extrema relevância, pois pode minimizar erros graves como informações errôneas (FASSARELLA, et al., 2013, p. 04).
Em conformidade com os resultados obtidos para a questão “Horário de
verificação dos SSVV”, onde 90% consideraram “bom”, ressalta que os sinais
vitais atuam como parâmetros de avaliação da situação fisiológica em que se
encontra o paciente. Sua aferição constante torna-se necessária para
prognosticar e agir rapidamente a alterações no funcionamento de seus
diversos sistemas, tais como: respiratório, circulatório, renal e endócrino. Para
executar tal aferição, analisa-se a pulsação, respiração, temperatura corporal,
pressão arterial, e a dor. Dessa forma, é necessário o comprometimento da
equipe na realização dos procedimentos de forma constante e periódica
(CAVALHEIRO et al., 2014).
O estudo de Massuia, Mendes, Cecilio (2012), avaliou a Satisfação dos
Usuários – SUS/SP para itens como: a equipe médica e a equipe de
Enfermagem; estrutura do hospital; horário de visitas; verificação dos sinais
41
vitais e orientações aos pacientes. E em comparação com a presente pesquisa,
percebe-se que ambos contemplaram resultados positivos e satisfatórios.
Para a questão “Horários de Realização de Medicação”, obteve-se como
resultado 90% (BOM), demonstrando que essa rotina tem sido bem aceita
pelos pacientes se ao compararmos com outros estudos podemos verificar que
a administração de medicamentos, é uma das funções assistenciais mais
executadas pela equipe de Enfermagem, sendo o enfermeiro, o líder e
responsável pelos procedimentos que abrangem o paciente que se encontra
em terapia medicamentosa. No entanto, para ser eficaz e ser considerada de
maneira positiva pelos pacientes, não deve ser um ato mecanicista na
execução da técnica, pois requer reflexão e o exercício de juízo profissional. Ao
favorecer exclusivamente a técnica em detrimento ao ser humano, reforça
desumanização (POTT et al., 2013).
Avaliando o Horário de visitas obteve-se: Bom 19 (90%), 01 (5%)
classificou como Regular e a mesma frequência não respondeu, fica evidente
que a maioria dos pacientes estão satisfeitos com esse item. A participação da
família junto ao paciente internado torna mais simples a estadia dele no
Hospital. As visitas são essenciais para o paciente, já que diminuem essa
delimitação quanto às informações de casa, da família, dos amigos, do
trabalho. Conseguintemente proporcionam alegria aos pacientes com sua
presença, favorecendo ao hospital um clima familiar, oferecendo conforto e
segurança (AMIN, 2001).
Na questão “Tratamento ao acompanhante” obteve-se um resultado
surpreendente: 06 (28%) bom, 01 (5%) Regular e 14 (67%) não respondeu,
porém na análise ficou claro que os pacientes que não responderam não
encontravam-se na faixa etária preconizada para tal, ou seja, não possuíam
acompanhantes no momento da internação.
Se o paciente internado for menor de 18 anos de idade, tem assegurado um acompanhante - um dos pais ou responsável - e a cobertura de suas despesas (art. 12 da Lei 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente). O mesmo direito é assegurado aos idosos (60 anos ou mais) submetidos à internação hospitalar, (art. 16 da Lei 10.741/03 - Estatuto do Idoso).(IDEC, 2016, p.1).
Associando o envolvimento da família no ambiente hospitalar, ele realiza
42
um papel significativo como cuidador, principalmente quando se trata da
intimidade do paciente, uma vez que, ele apresente sentimentos de
insegurança, medo e vergonha (PERES, LOPES, 2012).
Faz-se necessário que profissionais estejam atentos às dificuldades das pessoas internadas. Diante delas, a presença de um acompanhante pode minimizar esses medos e proporcionar bem-estar, uma vez que potencializado nessa direção (PERES, LOPES, 2012, p.31).
Sendo assim, o acompanhante irá proporcionar bem-estar, visando o
apoio emocional, auxilio com cuidados que poderá manipular, estimular a
comunicação, diminuindo seus medos e receios (PERES, LOPES, 2012).
Percebe-se que as pessoas podem sentir-se constrangidas com o tipo de cuidado. Dessa forma, os acompanhantes precisam criar estratégias que possibilitem a aproximação do paciente e a minimização da sensação de desconforto, o que precisaria ser extensivo para a equipe. Esse auxílio ocorre, também, na ajuda ao paciente no momento de ele se alimentar, tomar banho, trocar de roupa, cobri-lo, levá-lo até o banheiro, caminhar com ele, realizar massagem (PERES, LOPES, 2012, p.33).
Serviço (exames): Bom 17 (80%), Regular 02 (10%) e a mesma
frequência não soube responder, relacionado ao tempo de internação, e estar
aguardando avaliação e solicitação de exames, ou até mesmo, por não
necessitarem deste serviço.
Quanto ao horário do banho e outras higienizações obteve-se: Bom 16
(76%) e Regular 05 (24%). Sabe-se que as funções e benefícios do banho são
inúmeros, dentre elas podemos apontar:
a) Limpeza da pele, remoção da perspiração, de bactérias, de sebo, e células epiteliais, de revestimento morto, minimizando a irritação cutânea e risco de infecções;
b) Estimulação da circulação, pela utilização de água e ativação da superfície cutânea e extremidades, contribuindo para a prevenção de trombose venosa profunda e consequente tromboembolia pulmonar. Também é favorecida a circulação diária circunstancialmente (por conta da pouca mobilidade) e/ou patologicamente (insuficiência vascular periférica) isquêmicas, prevenindo o aparecimento de lesão por pressão, sobretudo em proeminências ósseas, onde a tensão sobre a pele é maior e a vascularização diminuída;
c) Melhora da autoimagem, promoção de relaxamento, e os
43
sentimentos de estar refrescado e confortável; d) Redução de odores corpóreos; e) Promoção da amplitude de movimento; f) Alivio do desconforto e relaxamento muscular. (LIMA apud FLORES, 2016, p.43)
A durabilidade e a execução do banho é responsabilidade da equipe de
Enfermagem, pois a interrupção do procedimento pode ocasionar mal estar e
constrangimento. O planejamento inclui o preparo adequado do material,
verificação da programação de exames ou procedimentos, e também que não
seja horário de visitas (LIMA apud FLORES, 2016). Quanto ao melhor horário
da realização do banho, o mais frequente é no período matinal, pois facilita e
colabora com a rotina hospitalar, por exemplo, a limpeza e organização da
instituição. Além disso, os pacientes que recebem banho noturno são
interrompidos do seu sono e descanso (TAMBURRIET et al. apud FLORES,
2016). Entretanto, a variável 24%, indica que alguns pacientes encontram-se
um pouco insatisfeitos com o horário, visto que, pela explicação obtida para a
resposta, ficou claro que muitos deles tem o desejo de realizar o banho em
outros horários e a rotina a qual ele é submetido acaba por não dar essa
autonomia ao individuo.
Respeito a sua identidade: Bom 17 (80%), Regular 02 (10%), e 01 (5%)
não souberam responder e a mesma frequência não respondeu.
Para o questionamento sobre “Horários para alimentação” encontra-se
que apesar da falta de apetite, alterações do paladar, mudanças de hábitos e
ambiente e do tipo de atendimento prestado contribuírem para redução da
aceitação alimentar. Para o indivíduo hospitalizado, o tratamento, a
alimentação, o conforto, bem estar físico e mental, que são necessidades
básicas do ser humano, irão fazer parte da preservação e da reabilitação da
saúde. A alimentação em horários adequados favorece uma melhora do quadro
e contribui para a recuperação (JORGE et al., 2014). Esta afirmação é
comprovada pelo resultado obtido onde 18 (85%) consideraram “bom”.
Na questão “Respeito à privacidade, 85% dos entrevistados considera
“bom”, sendo que para Pupulim; Sawada (2010) isso deve-se a preservação ao
pudor, a individualidade”, “Valorização do ser humano” e “Preservação da
autonomia” entende-se que privacidade física, é o quão acessível
corporalmente uma pessoa esta da outra, incluindo o espaço, o respeito, o
44
pudor e a intimidade do individuo. Respeito ao Pudor foi de 67% bom, “apesar
de institucionalmente ser ‘permitido’ aos Profissionais de Saúde tocar no corpo
do paciente, permanece a família como portadora das intimidades do paciente”
(AMIN, 2001, p. 61). Enquanto que 14% não souberam responder,
considerando aqui pudor a modéstia, vexame, humilhação, mal-estar, são
fatores que devem ser levados em conta e analisados. Fatores que foram
considerados nesse trabalho.
Para Respeito à Individualidade foi de 80% bom; Valorização do ser
humano: 85% bom; Preservação da Autonomia: 57% bom,28% regular.
Segundo Pupulim; Sawada (2010) no ambiente hospitalar, a violação desses
conceitos está diretamente relacionada à invasão da privacidade,
principalmente quando envolve as regiões íntimas, o que vem a responder
pelos pacientes que consideraram regular. Para modificar esse resultado, as
ações de enfermagem devem ser pautadas nos ensinamentos éticos,
englobando toda a equipe, para que não haja desrespeito ao principio de
dignidade do sujeito, seguindo as crenças, valores, preservação da autonomia,
valorização do ser humano e desejos individuais.
Nas questões “Grau de atenção dada pela equipe” e “Atendimento de
solicitações feitas à equipe”, obteve-se como resultado em média 71% e 75%
bom, 14% e 10% não responderam, respectivamente, demonstrando que
apesar da alta porcentagem de satisfação, uma pequena parcela dos
indivíduos optou por não responder.
5. PARECER FINAL
Durante a pesquisa foram levantados aspectos tanto individuais como da
equipe de Enfermagem envolvida no cuidar, além da rotina a qual o paciente é
submetido dentro de um ambiente hospitalar. A pesquisa demonstrou que a
hipótese sugerida anteriormente apesar de não ser representada na totalidade
dos dados se confirmou em uma minoria. O resultado obtido após análise do
trabalho indica que os Princípios Bioéticos estão sendo respeitados na maioria,
ainda assim a pesquisa apresentou uma parcela, que apesar de ser pequena,
faz atentar para questões relevantes relacionados aos cuidados prestados pela
Enfermagem dentro dos Princípios da Bioética.
45
Após analisar o estudo, ficou claro que a reforma a qual foi submetido o
local da pesquisa causou um grande impacto para o hospital, como por
exemplo, a redução do número de leitos, favorecendo um resultado positivo.
Observou-se que, a respeito da privacidade, os pacientes estavam
satisfeitos, visto que, a disposição de cada um se dava pelo sexo, o que
favorece uma boa comunicação e diminui a insegurança, timidez,
proporcionando melhores condições de individualidade e respeito ao pudor.
Através da discussão observou-se que a maioria dos pacientes estão
satisfeitos com o atendimento prestado. Porém, uma minoria ainda se sente
insatisfeito no que diz respeito às orientações, esclarecimentos, atenção
prestada pela equipe de Enfermagem. De acordo com os pacientes, o
atendimento está muito bom, para eles a equipe de Enfermagem é bem
comunicativa, explica todos os procedimentos que serão realizados, atendem
quando precisam. Porém, teve alguns que relataram que apesar de haver
algumas falhas, ainda assim, os resultados da reforma e do atendimento se
sobressaem. E em relação à alimentação, a maioria está satisfeita, pois
oferecem ao acompanhante o almoço e o jantar, entretanto, alguns solicitaram
algum complemento ao café, como por exemplo, uma bolacha ou pão, pois
muitos moram em outras cidades, dificultando assim a saída.
A redução no número de leitos e o porte da Instituição proporcionam à
Enfermagem melhores condições holísticas de atendimento, tendo em vista
que o quantitativo de pessoal é suficiente para suprir a demanda de pacientes.
46
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Diante dos resultados obtidos pela pesquisa, verificou-se a importância
de se ter conhecimento a cerca dos Princípios da Bioética, que é uma das
ferramentas para o cuidado humanizado. Portanto, apesar dos resultados em
sua maioria terem sido favoráveis, ainda existem pontos a serem melhorados.
Assim, sugere-se a intensificação da educação permanente com os
profissionais, com o objetivo de que não haja falhas na assistência desde o
acolhimento, permanência e alta hospitalar.
Sugere-se também, a realização de palestras que expliquem os
princípios, a importância da humanização, além dos ensinamentos éticos.
Outro ponto indicado é o incentivo à valorização do ser humano,
enfatizando a comunicação entre equipe-paciente, a importância da explicação
e esclarecimento de dúvidas como: patologia, medicação, entre outros, que
contribuem para uma assistência de qualidade.
Com o déficit de capacidade e domínio da equipe, referente à
comunicação ao paciente hospitalizado, deve-se propor educação continuada,
visando o estabelecimento de uma comunicação eficaz, reduzindo o índice de
despreparo para trabalhar com sentimentos que são despertados durante a
hospitalização de seus pacientes, considerando o valor de sua utilização como
recurso terapêutico (RODRIGUES; FERREIRA; MENEZES, 2010).
Para que haja uma constante evolução na qualidade da assistência
sugere-se uma avaliação periódica dos serviços prestados, analisando as
opiniões dos pacientes e funcionários, proporcionando assim, intervenção
necessária, para que o nível do atendimento esteja sempre favorável.
47
CONCLUSÃO
Diante do exposto, pode-se concluir que o tema abordado, apesar de ser
simples, necessita ainda de grandes estudos, visto o quanto à literatura é
limitada.
Sabe-se que os Princípios da Bioética incluem: autonomia, beneficência,
não maleficência e justiça, e estes são fundamentais para a garantia de um
cuidado de qualidade.
Esta pesquisa fez perceber que o cuidado muitas das vezes complexo,
não será empecilho para fomentar uma assistência adequada e humanizada.
Conclui-se que houve uma assistência eficaz em quase todo o tempo,
contemplando os princípios da Bioética, com o reconhecimento por parte da
maioria dos pacientes participantes do esforço do trabalho, mas não
esquecendo que falhas ainda existem, como foram apresentadas aqui, e que
se tratando de assistência holística e humanizada amparada nos princípios da
Bioética, a mesma deve ser sempre aprimorada assim como foi sugerido nas
intervenções deste trabalho para melhoria na assistência.
Devido à reforma que ocorreu na instituição, houve diminuição dos
leitos, permitindo, assim, uma visão holística do cuidado, mas mesmo assim,
sentimos a falta da contemplação de detalhes importantes na assistência ao
paciente permitindo resultados regulares.
Vale ressaltar a importância da realização de novos estudos em outras
instituições, contrapondo as diferentes realidades, para maior compreensão
desses aspectos aqui abordados. Faz-se importante o aprofundamento na
temática para que se possa subsidiar ainda mais o aprimoramento das ações
da Enfermagem.
48
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APÊNDICES
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APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Eu............................................................................................................. ,
portador do RG n°............................................................., atualmente com
.............anos, residindo........................................................................................ ,
após leitura da CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DA
PESQUISA, devidamente explicada pela equipe de pesquisadores Raquel N.
S. L. Sousa, Rebeca N. Meira e Rita de Cássia Pereira do Nascimento,
apresento meu CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO em participar da
pesquisa proposta, e concordo com os procedimentos a serem realizados para
alcançar os objetivos da pesquisa.
Concordo também com o uso científico e didático dos dados,
preservando a minha identidade.
Fui informado sobre e tenho acesso a Resolução 466/2012 e, estou
ciente de que todo trabalho realizado torna-se informação confidencial
guardada por força do sigilo profissional e que a qualquer momento, posso
solicitar a minha exclusão da pesquisa.
Ciente do conteúdo, assino o presente termo.
........................., ............. de ............... de 2016.
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
.............................................................
Pesquisador Responsável: Daniela da Silva Garcia Regino
Endereço: Rua Nestor E. Ferreira, 443 – Jd. Santa Clara – Lins/SP
Telefone: 14 9 9869 3739
56
APÊNDICE B – CARTA DE INFORMAÇÃO AO PARTICIPANTE DE
PESQUISA
Sr. (a) foi selecionado(a) e está sendo convidado(a) para participar da
pesquisa intitulada “Princípios Bioéticos relacionados às rotinas
hospitalares do cuidar em Enfermagem: reflexão sobre a qualidade da
assistência”, que tem como objetivo geral: conhecer e quantificar as
opiniões dos pacientes participantes sobre as rotinas de cuidado de
Enfermagem estabelecidas em meio hospitalar. Como objetivo específico
verificar se os Princípios da Bioética relacionados ao cuidar que a
Enfermagem presta ao paciente internado está sendo respeitados pela
equipe multiprofissional. O Sr (a) foi selecionado (a) a participar dessa
pesquisa por compor a lista de pacientes que se encontram internados em
uma unidade hospitalar, ser maior de idade ou estar com acompanhante e
que está recebendo cuidados de Enfermagem durante o período de
internação. Esta é uma pesquisa de abordagem quantitativa e, caso aceite
participar da mesma, gostaria que soubesse que os dados serão obtidos por
meio de aplicação de instrumento formulário de entrevista, com duração de
aproximadamente trinta minutos. Quando terminar a análise dos dados, os
resultados obtidos serão utilizados para fins científicos (construção de
trabalho de conclusão de curso – TCC) e poderão ser apresentados em
encontros científicos e publicados em revistas. Porém, a identidade dos
participantes será preservada em todos os momentos. Suas respostas serão
tratadas de forma anônima e confidencial, isto é, em nenhum momento será
divulgado o seu nome em qualquer fase do estudo. Quando for necessário
exemplificar determinada situação, sua privacidade será assegurada, uma
vez que seu nome será substituído de forma aleatória. Sua participação é
voluntária, isto é, a qualquer momento você pode recusar-se a responder
qualquer pergunta ou desistir de participar e retirar seu consentimento. Sua
recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com
a instituição que forneceu os seus dados ou na qual trabalha. O (a) Sr (a) não
terá nenhum custo ou quaisquer compensações financeiras. Não haverá
riscos de qualquer natureza relacionada à sua participação e o benefício
relacionado a ela será a colaboração para a melhoria da assistência de
57
saúde destinada aos pacientes. Este documento após aprovação do Comitê
de Ética em Pesquisa será elaborado em duas vias, sendo uma entregue a
o(a) Sr(a) e outra será mantida em arquivo pelo pesquisador. Desde já
agradeço!
Faça a leitura atenciosa desta carta e das instruções oferecidas pela
Equipe e/ou pesquisador e, caso concorde com os termos e condições
apresentadas, uma vez que os dados obtidos serão utilizados para pesquisa e
ensino (respeitando sempre sua identidade), você ou seu representante legal
deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e esta Carta de
Informação ao Participante da Pesquisa, ressaltando que você tem total
liberdade para solicitar sua exclusão da pesquisa a qualquer momento, sem
ônus ou prejuízo algum.
Por estarem entendidos, assinam o presente termo.
Local, ............. de ............... de 2016.
.............................................................
Assinatura do Participante da Pesquisa
...............................................................
Assinatura do Pesquisador Responsável
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APÊNDICE C – FORMULÁRIO DE ENTREVISTA
Data: Data de nascimento:
Idade: Sexo F M
Cor: Branco Pardo Preto Outro
Nível de Escolaridade:
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Ensino Superior
Estado Civil:
Casado Divorciado Solteiro Viúvo
Tipo de Internação:
Tempo de internação:
Motivo:
Faz uso de medicamentos? Quais?
Para as questões abaixo, dê a sua opinião quanto aos itens descritos sobre a rotina do hospital e cuidados prestados pela equipe de
enfermagem durante sua internação. Responda segundo a escala sugerida, com:
BOM
REGULAR
RUIM
NÃO SEI RESPONDER
Avalie e Responda:
01 - Ambientefísico (ruídos, conservação)
02-Orientações e esclarecimentos pela
enfermagem
03-Comunicação entre equipe e paciente:
04- Conforto e segurança
05-Horários de verificação de ssvv
06-Horários de realização de medicação
07-Horários de visitas
08 - Tratamentoaoacompanhante
09- Respeito a privacidade
10- Serviços (exames)
11- Horário do banho e higienizações
12- Respeito a suaidentidade
13- Horáriosestabelecidos das refeições
14- Respeitoaopudor 15- Respeito à individualidade
16- Grau de atenção dada pelaequipe
17- Atendimento de solicitações feitas à
equipe
18- Valorização do ser humano
19- Preservação da autonomia
OBS___________________________________________________________
_______________________________________________________________
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APÊNDICE D – FIGURAS
Figura 1: Distribuição do estado civil de cada participante. Promissão - 2016.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2016.
Figura 2: Distribuição das frequências absoluta e relativa de acordo com o tipo de internação. Promissão, 2016.
Fonte: Elaborado pelas autoras, 2016.
10
02
07
02
47
10
33
10
Casado
Divorciado
Solteiro
Viúvo
Frequencia Absoluta (N) Frequencia Relativa (%)
165
76
24
Clínica Médica Clínica Cirúrgica
Frequencia Absoluta (N) Frequencia relativa (%)
60
ANEXOS
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ANEXO A – APROVAÇÃO COMITÊ DE ÉTICA
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64