UMA PUBLICAÇÃO DO INSTITUTO ACENDE BRASIL

#1MAR / AbR 2007

2ª edição eM 2010

PrincíPios, Valores e TransParência

• Compromissos éticos: adoção de princípios e valores

• Enraizamento na cultura organizacional• Diálogo com as partes interessadas• Relações com a concorrência• Balanço social• A prática dos princípios e valores

O futurO cOm métOdOA atuação socialmente responsável exige a elaboração de regras e o respeito às mesmas. pág. 3

Quem nãO se cOmunica...Diálogo está na alma do negócio e sempre gera dividendos que não se traduzem só em cifrões. pág. 4

mais Que um livrO de cabeceira“Código de Ética”, instrumento vivo de conduta para funcionários e parceiros de uma empresa. pág. 7

• Princípios, Valores e Transparência • Consumidores • Público Interno • Fornecedores • Financiadores • Acionistas • Governo • Comunidade

SUSTeNTAbiLidAde • ECONÔMICA • AMBIENTAL SOCIAL

O Instituto Acende Brasil deu início a um processo importante em 2005, quando então se denominava Câmara Brasileira de Investidores em Energia Elétrica: lançou o Índice de Responsabilidade Social Empresarial para o setor privado de energia elétrica no Brasil, uma iniciativa pioneira.

O livro “Responsabilidade Social e os Empreendedores Privados no Setor Elétrico – Uma Metodologia de Gestão Sustentável dos Investimentos Sociais” registra como se construiu o Índice, confirma a importância da Responsabilidade Social Empresarial no setor, e revela questões importantes que nem sempre aparecem nos relatórios anuais das empresas.

E esta primeira edição do Energia, com o tema “Princípios, Valores e Transparência”, indica a continuidade do trabalho, a partir do conceito de Responsabilidade Social Empresarial, e marca o lançamento da nova publicação do Instituto Acende Brasil.

Quantas vezes ouvimos falar sobre a “crise de princípios e valores” no Brasil atual? Quantas vezes discutimos a necessidade de transparência nas relações entre pessoas, organizações e entre essas e a sociedade? Pois muitas empresas, há algum tempo, preocupam-se em provocar tal debate e tomar ações concretas, inclusive envolvendo “atores externos” (financiadores, clientes e comunidades) no processo.

Hoje, existem à disposição das empresas instrumentos internacionais e nacionais de medição que apontam práticas consideradas como de excelência para o tema “Princípios, Valores e Transparência”.

Tais instrumentos procuram dar transparência ao que a empresa faz para cumprir seu papel de ator fundamental no desenvolvimento do país.

Nas páginas a seguir, abordaremos algumas das melhores práticas das empresas privadas do setor elétrico brasileiro quando se trata da dimensão “Princípios, Valores e Transparência” em Responsabilidade Social Empresarial.

Boa leitura!

Thereza Lobo

A reportagem, para esta edição do Energia, buscou práti-cas de Responsabilidade Social Empresarial em empresas de três grupos membros do Instituto Acende Brasil. A Elektro, distribuidora controlada pela Ashmore Energy, presente em 223 cidades no estado de São Paulo, cinco no Mato Grosso do Sul, atende a uma população de quase 6 milhões de pessoas. O grupo CPFL Energia, de geração e distribuição, que atinge 16,5 milhões pessoas, espalhadas por 523 cidades nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul, com as distribuidoras CPFL Paulista, Piratininga e RGE. E a Duke Energy Brasil, que tem capacidade instalada de geração de energia elétrica de 2.237 MW, produzidos em oito usinas hidrelétricas, ao longo do rio Paranapanema, na divisa dos estados de São Paulo e Paraná.

Presidente: Claudio J. D. Sales Diretor Executivo: Eduardo Müller Monteiro Assuntos Econômicos e Regulatórios: Richard Lee Hochstetler Desenvolvimento Sustentável: Alexandre Uhlig Análise Política: Cibele Perillo Staff: Eliana Marcon e Melissa Oliveira

São Paulo: Rua Joaquim Floriano, 466 Edifício Corporate, conj. 501 CEP 04534-004, Itaim Bibi - São Paulo, SP, Brasil Telefone: +55 (11) 3704-7733

Brasília: SCN Quadra 5, Bloco A, sala 1210 Brasília Shopping and Towers CEP 70710-500 - Brasília, DF, Brasil Telefone: +55 (61) 3963-6007

Email Corporativo: contato@acendebrasil.com.br

Assessoria de Imprensa: Tania Regina Pinto Telefone: +55 (11) 3704-7733 / (11) 8383-2347

energia, uma publicação do Instituto Acende Brasil, aborda a sustentabilidade nas suas três dimensões: econômica, ambiental e social.

Versão impressa e online: www.acendebrasil.com.br

Jornalista Responsável: Tania Regina Pinto (Mtb 11.580) Projeto Gráfico e diagramação: Cacumbu Design Ilustrações: Rafael Cazes Tiragem da 1ª edição: 2.000 exemplares

O Instituto Acende Brasil é um Centro de Estudos que desenvolve ações e projetos para aumentar o grau de Transparência e Sustentabilidade do Setor Elétrico Brasileiro. Para alcançar este objetivo, adotamos a abordagem de Observatório do Setor Elétrico Brasileiro.Atuar como um Observatório significa pensar e analisar o setor com lentes de longo prazo, buscando oferecer à sociedade um olhar que identifique os principais vetores e pressões econômicas, políticas e institucionais que moldam as seguintes dimensões do Setor Elétrico Brasileiro:

MEIO AMBIENTE E SOCIEDADE

GOVERNANÇA CORPORATIVA

LEILÕES

OFERTA DE ENERGIA

IMPOSTOS E ENCARGOS

AGÊNCIASREGULADORAS

RENTABILIDADE

TARIFA E REGULAÇÃO

SUSTENTABILIDADE SOCIAL - PrINCíPIOS, VALOrES E TrANSPArêNCIA 3

O livro e a formação do Índice de responsabilidade social para as empresas do setor O Instituto Acende Brasil, na época CBIEE, assumiu posição de vanguarda ao propor à Organização Comunitas a es-truturação de um Índice de Responsabilidade Social (IRS) exclusivo do setor privado de energia elétrica. O objetivo do IRS é direcionar e dar transparência à gestão de ações sociais em investimentos de longo prazo.

A cultura da Responsabilidade Social Empresarial (RSE), quando implementada, maximiza os efeitos positivos de to-das as ações de uma empresa sobre consumidores, funcio-nários, fornecedores, acionistas, financiadores e governo.

Empresas socialmente responsáveis são vistas como aquelas que têm bom relacionamento com a comunidade e com o meio ambiente, que desenvolvem programas de recursos hu-manos preocupados com a formação, saúde e bem-estar de seus trabalhadores e possuem boa governança corporativa.

A consolidação do IRS se deu a partir da análise de dados de três geradoras e onze distribuidoras privadas (41% do merca-do de distribuição e 16% do mercado de geração) e partiu de quatro conceitos básicos: Princípios e Valores, Desempenho Econômico, Desempenho Social e Desempenho Ambiental.

Com base nesses indicadores foram construídos índices de responsabilidade social para dois temas específicos - “Meio Ambiente” e “Princípios, Valores e Transparências“- e para os públicos que atuam no setor: “Consumidores”, “Público Interno” (funcionários/colaboradores), “Fornecedores”, “Fi-nanciadores”, “Acionistas”, “Governo” e “Comunidade”.

Já para a formação do Índice e desenvolvimento de sua metodologia foram construídos indicadores qualitativos e quantitativos que levaram em conta tanto parâmetros gerais, nacionais e internacionais, quanto parâmetros pró-prios do setor elétrico.

A disseminação de valores e princípios para uma atua-ção socialmente responsável; o relacionamento com os clientes, com o governo, fornecedores, comunidade e o meio ambiente; o custo da energia para o consumidor; a interação com acionistas; a política de remuneração e de privacidade das informações; benefícios, previdência pri-vada, plano de carreira, participação nos lucros, cuidados com saúde, segurança e condições de trabalho serviram de base para o cálculo não só do Índice de Responsabilidade Social, mas também para a análise da distribuição do Va-lor Adicionado das empresas.

O Valor Adicionado se refere à diferença entre receitas geradas e custos de operação, investimentos e impostos consumidos por uma empresa. Esse valor é distribuído, no caso do setor elétrico, entre governo, funcionários, finan-ciadores e acionistas.

Responsabilidade Social em Megawatts

Em sua segunda edição, o livro que explica em detalhes a formação do Índice de Responsabilidade Social do Setor Elétrico Brasileiro.

4 Uma pUblicação do institUto acende brasil

nas ondas do rádioA Elektro Eletricidade e Serviços S.A., controlada pela Ashmore Energy, distribuidora de energia elétrica, presente em uma área de concessão superior a 120 mil quilômetros quadrados, é um exemplo de investimento diferenciado em comunicação. De seus 5,7 milhões de consumidores – a empresa fez um levantamento -, 70% são analfabetos funcionais. Para se comunicar com essa clientela, criou-se a Rádio Elektro, uma inovação no setor.

Dessa forma, a empresa divulga informações de interesse por meio de boletins informativos para fornecedores, po-der público e grandes clientes. Com a comunidade, man-tém um canal direto por meio da Rádio Elektro, do call center (foto) e do site corporativo; direciona newsletters a fornecedores e acionistas; relaciona-se com os colaborado-res por telefone e e-mail na intranet. E, ainda, utiliza con-sultores de Recursos Humanos, que atendem a diretorias especificas, como captadores de demandas e insatisfações. Esses consultores atuam, também, como orientadores no desenvolvimento de carreiras dos funcionários.

diálogo lucrativoA CPFL Energia , de geração e distribuição, contabiliza com clareza os “dividendos” gerados por uma boa comunicação. Em 2000, ao preparar-se para atender às exigências de al-gumas certificações, a empresa decidiu trilhar o caminho da consolidação de critérios éticos em todos os seus processos decisórios. O resultado foi a introdução, na cultura organiza-

cional, de uma preocupação permanente com os impactos de cada decisão junto aos seus diferentes públicos.

Para promover uma cultura de sustentabilidade em sua ca-deia produtiva, entre iniciativas consideradas muito impor-tantes, está a Criação da Rede Valor, um fórum de empresas fornecedoras da CPFL Energia, que se encontram mensalmen-te para troca de aprendizados e construção de uma agenda para a promoção do desenvolvimento sustentável.

Nesse processo de monitoramento das decisões da compa-nhia junto aos diferentes públicos com os quais se relacio-na, a companhia identifica inúmeros benefícios:

• Processo decisório responsável, orientado pela ética;• Gestão dos impactos e riscos empresariais junto à rede

de relacionamento;• Participação ativa no desenvolvimento socioeconômico do

país, de forma a promover a inclusão, minimizar as desigual-dades, valorizar as diferenças e respeitar o meio ambiente.

Nos encontros com fornecedores, ainda, a empresa procu-ra disseminar suas práticas sociais e incentivá-los a agir na mesma direção. Como resultado, tem obtido compro-metimento cada vez maior dos fornecedores e o intercâm-bio de práticas exemplares de negócios.O processo de seleção e qualificação dos fornecedores é baseado no Sistema de Gestão Integrado, cabendo a eles atenderem aos requisitos de gestão de qualidade, meio ambiente, saúde e segurança dos trabalhadores e Res-ponsabilidade Social.

quem não secomunica...

diálogo está na alma do negócio das empresas que se propõem a ser socialmente responsáveis. na era da tecnologia, vale tudo: e-mails, newsletters, encontros informais, telefonemas, programas de rádio, site corporativo...

SUSTENTABILIDADE SOCIAL - PrINCíPIOS, VALOrES E TrANSPArêNCIA 5

com direito a cafezinhoNa geradora Duke Energy Brasil, a comunicação inclui des-de telefone vermelho para chamadas internacionais - a matriz da empresa é na Carolina do Norte, Estados Unidos - até cafezinho com o presidente no Brasil, Mickey Peters. O diretor de Recursos Humanos, Jairo Campos, explica: “Na Duke Energy funciona o direito à livre expressão. Qualquer funcionário pode emitir sua opinião”. Em toda a empresa, a gestão dos negócios é influenciada por esta cultura. Edu-camos o gestor para que ele ouça seu funcionário. Não é simples na cultura latina, mas agrega valor para o desen-volvimento das pessoas e para o negócio.” O “Café com Prosa” percorre todas as unidades da empre-sa. E o presidente da Duke Energy Brasil mantém uma con-versa descontraída com funcionários, com liberdade para perguntas e comentários sobre o dia a dia na empresa.

O que os olhos vêem...A Duke, entretanto, quer aprimorar sua comunicação com os vários parceiros e, nessa direção, encomendou uma pesquisa para aferir a Imagem da empresa entre públicos estratégicos. “Invertemos a mão, poucas empresas escutam seus parcei-ros”, compara Patrícia Sant’Anna, gerente de Comunicação.Diretores, autoridades, terceirizados, parceiros técnicos, fornecedores, empregados, organizações não-governa-mentais, entidades de classe, sindicatos, clientes, jornalis-tas, comunidades, órgãos reguladores, todos foram ouvi-dos. Antes, porém, investiu-se em uma solução inovadora:

troca de idéias com outras empresas do setor sobre a pesquisa que se pretendia realizar. No total, foram rea-lizadas 1.464 entrevistas, sendo 1.223 com moradores das comunidades nas regiões onde a Duke atua, na divisa dos estados de São Paulo e Paraná.

As perguntas relativas à percepção e notoriedade da Duke Energy indagavam sobre: empresa mais próxima da ideal no Brasil, empresa mais distante da ideal no Bra-sil, preocupação e cuidado com meio ambiente, melhores práticas de Responsabilidade Social.

Pontos fortes e frágeis da companhia foram levantados: diferencial em relação ao relacionamento com o clien-te, com o governo, diferencial em relação à comunicação com funcionários e com a sociedade, à preocupação com o meio ambiente, com a comunidade no entorno, impacto dos projetos sociais ou ambientais, impacto dos projetos de Responsabilidade Social e ambiental, sugestões sobre projetos sociais ou ambientais.

O resultado da pesquisa servirá de base para atuação da Duke Energy a partir deste ano, informa Patrícia Sant’Anna. “Muitas vezes um problema simples pode passar desper-cebido e sua correção depende apenas de diálogo”.

quem não secomunica...

6 Uma pUblicação do institUto acende brasil

Após avaliar seu desempenho recente, a Elektro Eletricida-de e Serviços S.A. fez a opção, em 2004, pela transparência na divulgação do seu Mapa Estratégico 2005-2009 e pelo reforço na disseminação de informações que caracterizam sua visão, missão e valores, como segurança, respeito, inte-gridade, comunicação e excelência.

Dessa forma, informações detalhadas do negócio não se-riam mais privilégio de gerentes e diretores. Da faxineira ao gestor, cerca de cinco mil colaboradores e terceiros, coor-denados por dezenas de facilitadores e divididos em equi-pes, debruçaram-se sobre tabuleiros onde estava toda a es-tratégia da companhia, em formato de jogo que recebeu o nome de “Mapa do Aprendizado”, conforme foto abaixo.

Assim, de maneira lúdica, a Elektro transmitiu a relação entre o trabalho do dia-a-dia de cada um e o atendimento a fatores críticos de sucesso. Cada colaborador ou terceiro pode colocar-se no lugar de clientes, acionistas etc. Com isso, todos podem compreender os objetivos estratégicos relacionados a segurança, gestão, Responsabilidade Social, desempenho operacional, produtividade, satisfação do consumidor, clima organizacional e sustentabilidade eco-nômica do negócio.

A transparência, no tabuleiro, entrou no jogo para trans-formar cada colaborador ou prestador de serviços em um agente da estratégia da empresa. Depois das etapas venci-

além do jOgO

das, as equipes subiam os últimos degraus, representados pelos valores, para chegar ao grande palco onde estava em cartaz “O Show da Energia!”

Terminado o processo de divulgação do Mapa Estratégico 2005-2009, o outro desafio percebido pela Elektro foi man-ter vivo na memória todo o aprendizado. Com este objeti-vo, foram criadas ferramentas para divulgação e acompa-nhamento das metas.

Funciona assim: em vários locais da empresa - como pró-ximo à máquina do cafezinho -, painéis, usando a lógica do semáforo, atualizam o desempenho da companhia de acordo com as metas estabelecidas para cada foco estraté-gico – verde para as metas atingidas, amarelo chamando a atenção para alguns entraves e vermelho traduzindo o seu não-cumprimento. O detalhamento dos indicadores é atualizado e está disponível na intranet corporativa.

Durante muitas discussões, antes de se optar pela divulga-ção da estratégia da empresa, avaliou-se a hipótese de as informações vazarem para a concorrência. Mas, prós e con-tras na balança, a empresa considerou que envolver os fun-cionários na estratégia da empresa e disseminar valores era mais importante. “A transparência e a governança corpora-tiva são grandes aliadas para que todos caminhem no mes-mo sentido e alcancem os resultados”, defende a gerente de Planejamento Estratégico, Cristiane Fernandes.

revelar estratégias, metas, reconhecer desvios, buscar parceiros - sem importar-se com seu grau de escolaridade ou posição na empresa - indicam a opção pela transparência, na prática.

A divulgação da estratégia da empresa aconteceu durante evento anual da Elektro para comunicar e celebrar os resultados. Aproveita-se o encontro para mostrar metas e objetivos para o ano. Esta prática vem sendo incrementada nos últimos 3 anos.

SUSTENTABILIDADE SOCIAL - PrINCíPIOS, VALOrES E TrANSPArêNCIA 7

mais que um LIvRO de

CAbeCeIRA

O código de ética é o instrumento gerencial mais conhecido quando se fala de compromissos éticos. sua existência, entretanto, não é suficiente para garantir-lhe o papel de “ferramenta ativa de gestão”. Por isso, as empresas têm-se dedicado a formar colaboradores para sua utilização e monitoramento, aplicando penalidades, auditando seu desempenho e prevendo atualizações periódicas.

ética no mundoCom pequenas alterações no nome, o Có-digo de Ética, nas três empresas escolhidas para esta primeira edição do “Energia”,- funciona como instrumento vivo de condu-ta para funcionários e parceiros. As “leis” do Código, não raro, estão presentes nos con-tratos com fornecedores.

Na CPFL Energia, grupo formado por uma holding e cinco empresas de geração, dis-tribuição e comercialização de energia, por exemplo, o nome oficial é “Código de Ética e de Conduta Empresarial da CPFL”. Ele é re-sultado de ampla reflexão interna e data de 2001, ano em que tiveram início as ativida-des regulares do Comitê de Gestão de Res-ponsabilidade Social e de Ética Empresarial.

Novo alinhamento do Código da CPFL Ener-gia aconteceu em 2005, com os preceitos da Lei americana Sarbanes Oxley, que preten-de coibir a conduta antiética de adminis-tradores e auditores e se aplica, no Brasil, às empresas com ações negociadas nos EUA.

O Código deixa clara a determinação da companhia contra práticas de suborno, cor-rupção, participação em contribuições polí-ticas e concorrência desleal.

Além de ser um guia para a tomada de de-cisões de todos os profissionais da empresa, o Código de Conduta explicita o posiciona-mento da empresa quanto à transparência e à integridade das informações fornecidas pela empresa, quanto às práticas discrimi-natórias, quanto ao assédio de qualquer es-pécie e quanto à diversidade. A foto ao lado é um exemplo do trabalho realizado pelos funcionários no programa de diversidade da CPFL Energia.

Para disseminar estes princípios em toda a empresa, desde 2002, foi intensificado o pro-cesso de divulgação do Código, bem como a reflexão sobre ética e cidadania, envolven-do 1.500 colaboradores e fornecedores.

Atualmente, uma ação conjunta e co-ordenada de leitura e discussão visa ao aprimoramento do texto. A proposta é que o Código passe a responder às preo-cupações e aos enfrentamentos concre-tos da empresa. Quando pronto, todos os funcionários assinarão um termo de compromisso para reforçar a adesão de cada um com a ética nas atividades pes-soais e profissionais.

Oportunidade de desenvolvimento

profissional e educacional para

portadores de deficiência.

Programa Diversidade CPFL

Programa Diversidade CPFL

Oportunidade de desenvolvimento

profissional e educacional para

portadores de deficiência.

0800 77 02050

Indique seus amigos ou conhecidos!As inscrições poderão ser feitas de 18 de julho a 19 de agosto de 2005:•cpfl@institutoprocidadania.org.br

•http://www.cpfl.com.br/, com link direto ao site do

Instituto Pró-Cidadania

•Caixa Postal 15026 – CEP: 01519-970 – São Paulo – SP

•0800-7702050

Programa Diversidade CPFL.A CPFL dando força para a pessoa

com deficiência trabalhar.

A diversidade é contemplada no código de ética e está presente no dia a dia das empresa. A diferença é

entendida como riqueza, agrega valor.

8 Uma pUblicação do institUto acende brasil

treinamentoBatizado como “Código de Conduta”, na Elektro, o livro de princípios é alinhado às normas éticas da controla-dora americana, mas ajustado à cultura e à realidade brasileiras. Revisto em 2005, contou com a participação de 20 colaboradores, selecionados entre aqueles que re-presentavam liderança e respeitabilidade em suas á- reas, abrangendo as oito regionais e a sede corporativa. Um consultor externo, especialista em ética, forneceu apoio ao grupo, que participou de treinamento específico.

A independência do Comitê de Ética na avaliação das denún-cias e sua credibilidade é um dos pontos fortes do Código, na opinião de Sérgio Nabas, gerente de Auditoria e Melhoria de Processos da Elektro.

Nabas conta que a adesão formal do colaborador ao Código é precedida por treinamento on line. Questões específicas são respondidas após cada módulo, para garantir o enten-dimento de todo o conteúdo. A sua disseminação é feita por meio dos veículos internos, com destaque para os murais ou na revista corporativa, que é recebida também pelas fa-mílias dos colaboradores. “Assim, o Código é mantido vivo”, assegura o gerente.

Em caso de denúncias, os canais específicos para comuni-cá-las são: 1) enviar e-mail ao Comitê de Ética, que o iden-tifica, 2) ligar gratuitamente para o 0800, 3) utilizar e-mail disponível no site da empresa. Os dois últimos garantem o anonimato do denunciante. Sanções existem e já foram aplicadas em casos de violação ao Código. As penalidades previstas podem ir desde advertência até demissão.

Os princípios éticos da companhia pontuam as obrigações dos colaboradores frente a acionistas, clientes, mercado, go-

verno, fornecedores, mas também exigem compromisso, em especial, dos parceiros que atuam diretamente na empresa.

O Código, por exemplo, é enviado a todos os fornecedores que participam dos processos de compras e contratações e é anexado aos contratos firmados. Qualquer violação é tratada pelo Comitê de Ética.

código Globalizado Seguindo a mesma linha proposta pela Elektro, o Código de Ética nos Negócios da Duke Energy Brasil, disponível no seu site, contém as normas e princípios empresariais que orientam as decisões, os serviços prestados e as soluções propostas pela empresa em todo mundo, com ajustes que refletem a cultura e a legislação de cada país.

Transparência nas informações contábeis, comportamen-to anti-suborno e antipropina, reconhecimento das contri-buições individuais, disciplina para gerenciar riscos, com-partilhamento de idéias e talentos para gerar soluções, medição de resultados e concorrência leal são alguns dos itens do Código.

Em caso de desrespeito ao Código, os funcionários da Duke Energy, sejam da sede em São Paulo, das usinas que se es-palham ao longo do rio Paranapanema, ou de qualquer outra empresa do grupo com matriz na Carolina do Norte, Estados Unidos, podem acionar a Linha de Conduta Ética e relatar, em anonimato, suspeitas de desvio ético. O siste-ma de comunicação mundial funciona 24 horas, todos os dias da semana, com atendimento terceirizado e nos vá-rios idiomas dos funcionários.

envie sua opinião sobre o energia, uma publicação do instituto acende brasil, para: contato@acendebrasil.com.br