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DIPE – DIRETORIA DE PELOTIZAÇÃO NORMA DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS Nº: PRO 0057 GASTP Pág.: 1 de 35 Classificação: Uso Interno Rev.: 00-27/11/2008 Responsável Técnico: Marcelo Pedro DIPE/GEMAP/GASTP Código de Treinamento: N.A Público-alvo:. Os empregados da VALE e Contratadas envolvidas em trabalhos em espaços confinados. Palavras-chave: Espaço confinado 1. OBJETIVO Esta Norma estabelece práticas seguras para prevenir acidentes de trabalho em Espaços Confinados, nas áreas da Vale – Complexo de Tubarão, suas Contratadas e sub contratadas. 2. REFERÊNCIAS Política de Segurança e Saúde Ocupacional da VALE; (portal vale) Instrução Normativa MTE nº 01 de 11 de abril de 1994; (portal vale) Lei 6514/77 (site) Portaria 3214/78 – NR 1 e NR 33 (site) NBR 14606 – “Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado” (site) NBR 14787 – “Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção”. (site) NB 1318 – “Prevenção de Acidentes em Espaço Confinado”. (site) Instrução para Requisitos de Atividades Críticas INS-0021-DECG - Instrução para Requisitos de Atividades Críticas (RAC’s) NOR-0052 – Requisitos Sistêmicos de Saúde e Segurança; (portal valer)

PRO 0057 GASTP NORMA DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

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Procedimento Vale para executar trabalhos em espaços confinados

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NORMA DE SEGURANÇA PARA TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS

Nº: PRO 0057 GASTP Pág.: 1 de 25

Classificação: Uso Interno Rev.: 00-27/11/2008

Responsável Técnico: Marcelo Pedro DIPE/GEMAP/GASTP

Código de Treinamento: N.A

Público-alvo:. Os empregados da VALE e Contratadas envolvidas em trabalhos em espaços confinados.

Palavras-chave: Espaço confinado

1. OBJETIVO

Esta Norma estabelece práticas seguras para prevenir acidentes de trabalho em Espaços Confinados, nas áreas da Vale – Complexo de Tubarão, suas Contratadas e sub contratadas.

2. REFERÊNCIAS

Política de Segurança e Saúde Ocupacional da VALE; (portal vale)

Instrução Normativa MTE nº 01 de 11 de abril de 1994; (portal vale)

Lei 6514/77 (site)

Portaria 3214/78 – NR 1 e NR 33 (site)

NBR 14606 – “Postos de Serviço – Entrada em Espaço Confinado” (site)

NBR 14787 – “Espaço Confinado – Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção”. (site)

NB 1318 – “Prevenção de Acidentes em Espaço Confinado”. (site)

Instrução para Requisitos de Atividades Críticas INS-0021-DECG - Instrução para Requisitos de Atividades Críticas (RAC’s)

NOR-0052 – Requisitos Sistêmicos de Saúde e Segurança; (portal valer)

PRO 0046 GASTP – Bloqueio em suas diversas formas de energia. (SISPAD)

3. GERAL

Todas as unidades operacionais devem:

Ter seus Espaços Confinados identificados e sinalizados individualmente;

Localização e descrição da área ou ambiente a ser caracterizada;

Fotografia dos pontos de acesso;

Sumário descritivo dos principais riscos.

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Para todo espaço confinado identificado deverá ser elaborado um Procedimento Operacional que deverá contemplar, além das instruções operacionais, todas as instruções de S&S referente a cada atividade que possa ser realizada nos mesmos, e definindo o nível de proteção adequado e necessário;

Somente poderão executar atividades em espaços confinados os empregados credenciados pelo SESMT;

Qualquer atividade em espaço confinado somente poderá ser realizada com a emissão de APT, o que deverá estar previsto no PRO específico;

Deverá possuir avaliação e monitoramento do Espaço Confinado atendendo o LT de exposição ao calor, concentração de oxigênio entre 20,9 e 23% em volume e de agentes químicos e o percentual do LT de explosividade igual a ZERO.

Os equipamentos e acessórios de medição de agentes químicos e físicos em espaço confinado devem possuir certificado de aprovação emitido por órgão competente, ser calibrados por laboratórios de referência/certificados e utilizados dentro do prazo de validade. Devem ser mantidos registros das calibrações com as respectivas datas de validade.

4. REQUISITOS PARA AS PESSOAS:

4.1. SAÚDE

Para assegurar o melhor desempenho físico e mental dos trabalhadores durante execução das atividades, estes devem estar:

Realizar APT´S- Avaliação Pré- Tarefa Saúde, será critério para aptidão os exames ocupacional (periódicos) vigentes,

Orientar sobre a ingestão moderada de alimentos, bem com alto teor calórico, gorduroso, a fim de evitar sonolência, diminuição dos reflexos, baixa concentração durante atividade,

Considerar cultura alimentar de cada região e fator climático,que são preponderante para ingesta alimentar e re-hidratação, quando houver exaustão,

Atividades executadas demandar exaustão e sudorese intensa, os colaboradores deverão re-hidratar no intervalo mínimo de 30 minutos durante execução da atividade, considerando as condições climáticas local.

De acordo com as diretrizes da DISS/GASOP

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De acordo com as diretrizes da DISS/GASOP

4.2. CAPACITAÇÃO

De acordo com as diretrizes do RH

5. DEFINIÇÕES

Espaço Confinado

Qualquer área não projetada para ocupação contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída, e onde a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou onde a deficiência/enriquecimento de oxigênio possa existir ou se desenvolver. Potencial de risco grave, se medidas preventivas não forem tomadas. As condições atmosféricas IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida e a Saúde) desses espaços devem ser avaliadas e monitoradas, onde pode o percentual de oxigênio e concentração de gases estarem dentro ou fora dos limites de tolerância. Exemplo: coletores de pó, caixas de passagem de cabos elétricos, caixa de esgoto sanitário, tanques de óleo diesel e BPF, etc...

Avaliação do local

Processo de análise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos num

espaço confinado são identificados e quantificados. A avaliação inclui a especificação dos

ensaios que devem ser realizados e os critérios que devem ser utilizados.

Área Classificada

Área na qual uma atmosfera explosiva de gás está presente ou na qual é provável que haja atmosfera a ponto de exigir precauções especiais.

Atmosfera Pobre em Oxigênio

Atmosfera contendo menos de 20,9% de oxigênio em volume.

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Atmosfera Rica em Oxigênio

Atmosfera contendo mais de 23% de oxigênio em volume.

Atmosfera de Risco

Condição em que a atmosfera, em um espaço confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores a perigo de morte, incapacitação, restrição da habilidade para auto-resgate, lesão ou doença aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

a) Gás, vapor ou névoa inflamável em concentrações superiores a 10% do seu limite inferior de explosividade (LIE).

b) Poeira combustível viável em uma concentração igual ou que exceda o limite inferior de explosividade (LIE).

c) Gás, vapor ou névoa asfixiantes e/ou tóxicas.

Condição Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde (IPVS)

Qualquer condição que cause uma ameaça imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou, ainda, que interfira na habilidade dos indivíduos.

Abertura de entrada

Local/dispositivo/área do espaço confinado pelo qual o trabalhador pode acessar e sair do interior do mesmo.

Entrada

A ação pela qual as pessoas ingressam através de uma abertura para o interior de um espaço confinado. Essa ação passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador ultrapasse o plano de uma abertura de espaço confinado.

Equipamentos de Resgate

Materiais necessários à equipe de resgate utilizar nas operações de salvamento em espaços confinados.

Limite Inferior de Explosividade (LIE)

Mínima concentração na qual a mistura se torna inflamável

Limite Superior de Explosividade (LSE)

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Concentração em que a mistura possui uma alta porcentagem de gases e vapores, de modo que a quantidade de oxigênio é tão baixa que uma eventual ignição não consegue se propagar pelo meio.

Permissão de Entrada

Autorização escrita fornecida pelo empregador ou seu representante com habilitação legal para permissão e controle de entrada em um espaço confinado.

Ventilação Natural

É a ventilação produzida pelas correntes atmosféricas, sem a adição de quaisquer aparelhos que façam a renovação sistemática de ar.

Ventilação Forçada

É a ventilação produzida através da utilização de aparelhos específicos como: ventiladores, insufladores e exaustores.

Supervisor (Supervisor de Entrada)

Trabalhador responsável em assinar a permissão de entrada para o desenvolvimento de entrada e trabalhos seguros no interior dos espaços confinados. Esse trabalhado pode exercer a função de vigia, desde que seja treinado para tal.

Vigia

Trabalhador que deve estar postado à entrada do espaço confinado, a fim de servir como elemento de ligação entre o interior e o exterior e, além disso, de providenciar o socorro imediato no caso de emergências, como também, de controlar a entrada e saída de pessoal.

O trabalhador designado como vigia externo deve receber treinamento específico com reciclagem anual, quanto aos procedimentos a serem adotados em caso de emergência envolvendo os trabalhadores dentro do Espaço Confinado.

O vigia pode desempenhar o papel de supervisor, desde que seja treinado para tal.

Serviço de Resgate de Emergência

Equipe mínima formada com pessoas capacitadas e regularmente treinadas para, em situação de emergência, retirar empregados do interior de espaços confinados e prestar-lhes os primeiros socorros.

Atmosferas Tóxicas

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Atmosferas nas quais foi detectada a presença de qualquer substância tóxica que pode causar danos à saúde dos empregados a ela expostos

Poeiras explosivas

São as partículas de determinadas substâncias em suspensão em concentrações tais que em presença do ar podem sofrer ignição espontânea e brusca.

6. ATMOSFERA

Com deficiência de oxigênio:

Quando uma atmosfera contém menos de 20,9% de oxigênio por volume ao nível do mar.

Com a presença de inflamáveis:

Quando uma atmosfera está contaminada por líquidos inflamáveis e/ou suas emanações de gases, existindo o risco de explosões e intoxicações.

Atmosferas Tóxicas

Atmosferas nas quais foi detectada a presença de qualquer substância tóxica que pode causar danos à saúde dos empregados a ela expostos.

Poeiras explosivas

São as partículas de determinadas substâncias em suspensão em concentrações tais que em presença do ar podem sofrer ignição espontânea e brusca.

6.1. MONITORAMENTO DA ÁREA CONFINADA

Antes da entrada e início do trabalho no Espaço Confinado classes as condições atmosféricas devem ser avaliadas e monitoradas com o auxílio de instrumentos de leitura direta.

Condições de concentrações favoráveis para a entrada:

Oxigênio ð Maior que 20,9% e menor que 23,0%

Vapores ou Gases Inflamáveis ð Menor que 10% do LIE (limite inferior de explosividade)

Monóxido de Carbono ð Menor que 25 ppm (partes por milhão)

Gás Sulfídrico ð Menor que 8%

Cloro ð Menor que 0,5ppm

Outros tipos de Gases ð Menor que o valor do teto limite de tolerância, dentre os valores mencionados no anexo 11 da NR – 15. Na ausência, verificar ACGIH.

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Poeiras Explosivas - O LIE está geralmente situado entre 20 e 60 g/m3, (em condições normais de pressão e temperatura), ao passo que o LSE situa – se entre 2 e 6 Kg/m3 (em condições normais de pressão e temperatura). Se as concentrações de pó podem ser mantidas fora de seus limites de explosividade, as explosões de pós serão evitadas.

Monitorar o ambiente em espaço confinado, na parte inferior, mediana e superior. Caso ocorra situações de espaços longos e horizontais (vigas caixão), deverão ser monitorados meio e ambos os cantos.

Registrar as monitorações realizadas no Anexo 1.

Além da avaliação inicial, deverá ser mantido um monitoramento das condições da atmosfera, realizando outras avaliações em quantidade e periodicidade definidas na (Permissão para Trabalhos Especial) PTE emitida para a atividade a ser executada.

7. CLASSIFICAÇÃO DE ESPAÇO CONFINADO:

CLASSE A

Potencial de ameaça imediata à vida ou à saúde das pessoas (IPVS). São espaços em que as condições do seu interior podem mudar a qualquer momento, independentemente de qualquer atividade. Normalmente há deficiência de oxigênio, potencial para geração de gases tóxicos, resíduos e inflamáveis e/ou explosivos. Para acesso, será necessário a utilização de equipamentos de respiração autônoma. Ex: Tanque de combustível, (BPF, Diesel etc.).

Nível de oxigênio igual ou menor que 16% (122mmHg) ou maior que 25% (190mmHg);

Inflamabilidade igual ou maior que 20% do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII);

Socorro a eventuais vítimas requer a entrada de mais de uma pessoa equipada com máscara e/ou roupas especiais;

A comunicação exige a presença de mais uma pessoa de prontidão dentro do espaço confinado.

CLASSE B

Potencial de ameaça à saúde e à integridade, se medidas preventivas não forem tomadas. As condições atmosféricas desses espaços não ameaçam a vida ou a saúde das pessoas de imediato. As condições internas se alteram, se não forem seguidos procedimentos básicos de Segurança. Ex: tanques (TCT), precipitador eletrostático.

Nível de oxigênio de 16,1% à 19,4% (122 – 147mmHg) ou 21,5% à 25% (163 - 190mmHg);

Socorro a eventuais vítimas requer a entrada de não mais de uma pessoa equipada com máscara e/ou roupas especiais;

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Inflamabilidade entre 10% e 19% do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII);

A comunicação é possível através de meios indiretos ou visuais, sem a presença de mais uma pessoa de prontidão dentro do espaço confinado.

CLASSE C

Potencial de risco pequeno e controlado sem necessidade de modificações especiais dos procedimentos de trabalhos e sem necessidade de EPI´s especiais. Ex. “Shuts”, porão de navio, caixa d´água.

Potencialmente perigoso à vida, porém, não exige modificações nos procedimentos habituais de trabalho normal nem socorro e a comunicação com os trabalhadores pode ser feita diretamente do lado de fora do espaço confinado;

Nível de oxigênio de 19,5% à 21,4% (148 – 163mmHg);

Socorro a eventuais vítimas requer a entrada de não mais de uma pessoa equipada com máscara e/ou roupas especiais;

Inflamabilidade de 10% do Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) ou menor.

8. PERIGOS

8.1.Mecânicos

São perigos inerentes as condições estruturais do local: falta de espaço, iluminação deficiente, presença de equipamentos que podem produzir lesão e dano.

8.2. Elétricos

Todos os perigos relacionados às instalações energizadas existentes no local ou relacionados à introdução de máquinas e equipamentos elétricos, que possam causar eletrocussão do empregado.

8.3. Corte e solda

Os trabalhos a quente, solda e corte realizados em espaços confinados acrescentam ao local os perigos próprios destas atividades.

8.4. Líquidos e gases

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O espaço confinado tem características próprias que o torna catalisador de umidade, líquido e gases. A existência destes contaminantes gera condições inseguras e facilitadoras para acidentes e doenças ocupacionais.

8.5. Soterramento

Quando os espaços confinados estiverem abaixo do nível do solo ou em terrenos instáveis existirá a possibilidade de soterramento por pressão externa.

8.6. Temperaturas extremas

Em razão das características de pouca ou nenhuma ventilação, os espaços confinados tendem a picos de temperatura.

8.7. Outros Riscos

Pedestres

Trânsito

Gravidade

Energia Armazenada

9. REQUISITOS PARA ACESSO

9.1. IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS

Preencher a Análise Preliminar da Tarefa - APT e identificar todos os perigos potenciais existentes para a atividade.

Avaliar as condições estruturais (acessos, escadas, paredes, tubulações), os equipamentos a serem introduzidos (ferramentas e máquinas), as instalações elétricas (as existentes e as adicionadas) e a presença de seres vivos (insetos e animais peçonhentos);

A entrada em espaços confinados deverá ocorrer somente após a emissão da Permissão para Entrada e Trabalho (Anexo 1) em 3 vias;

A Permissão de Entrada é válida somente para cada entrada, com horário de entrada e saída pré-estabelecido.

9.2. CONTROLE DOS RISCOS

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Proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos.

Sinalizar e isolar a abertura da entrada do espaço confinado;

A sinalização deve atender no mínimo aos seguintes requisitos:

o Ser durável no ambiente onde será utilizada (resistência à umidade, ambiente

corrosivo e produtos químicos), visando evitar que se torne ilegível;

o Ser padronizada em relação a cor, forma, tamanho (mínimo 40x60 cm) e tipo e de

fácil identificação.

Monitorar a atmosfera avaliando os níveis de concentração O2 por volume e os níveis de concentração de gases combustíveis antes da atividade e durante todo o seu transcorrer;

Os equipamentos portáteis e fixos de monitoramento de gases devem possuir no mínimo os

seguintes requisitos:

o Leitura direta e com alarme;

o Capacidade de medir com precisão níveis de gases tóxicos;

o Adequados para atmosferas explosivas e intrinsecamente seguros;

o Registro de dados;

o Autocalibração do sensor de oxigênio, sistema de alarme triplo (visual, sonoro e

vibratório) e resistente a respingos.

As bombas de amostragem devem possuir, no mínimo, os seguintes requisitos:

o Sistema eletrônico para garantir uma maior eficiência na captação;

o Fluxo contínuo;

o Sistema de bloqueio automático;

o Indicador de falha de sucção;

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o Filtro para partículas.

Insuflar ar respirável para dentro do espaço confinado;

O sistema de arco filtro deve possuir, no mínimo, os seguintes requisitos:

o Filtro para partículas, óleo. Vapores orgânicos, odores e umidade ;

o Regulagem de pressão, válvula de alívio e indicador de saturação dos filtros;

o Adequados para atmosferas explosivas e intrinsecamente seguros;

o Sistema de engate rápido universal. Caso a área da VALE possua outras linhas de

gases (oxigênio, nitrogênio etc) devem ser previstos engates diferenciados em cor e

formato para evitar uso inadequado;

O exaustor/insuflador deve possuir, no mínimo, os seguintes requisitos:

o Ser adequado à classificação elétrica das áreas;

o Não deve possuir dispositivo de permutação de exaustor para insuflador, e vice-

versa;

o Caso possua carcaça metálica, esta deve ser aterrada ou possuir dispositivo de

escoamento de energia eletrostática;

o A hélice deve ser de material não metálico para evitar centelhamento;

o Deve possuir plug adequado à classificação elétrica da área;

o O duto deve possuir sistema de aterramento ou de material não-metálico resistente;

o Não possuir chave local liga/desliga.

O sistema de venturi deve possuir, no mínimo, os seguintes requisitos:

o Alimentação por ar comprimido (ar limpo respirável, sem contaminação);

o Dispositivo de aterramento;

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o Válvula de alívio para sobrecarga da linha;

Os equipamentos de comunicação devem atender no mínimo aos seguintes requisitos;

oEm áreas classificadas, os rádios de comunicação devem a ser adequados à classificação elétrica da área e possuir certificação por órgão competente;

oDevem existir rádios para o vigia,a equipe de resgate e o chefe da equipe da atividade dentro do espaço confinado;

oA utilização de celular como meio de comunicação é proibida;

oTravar, bloquear e etiquetar todas as fontes de energia;

Esvaziar e sangrar todas as linhas hidráulicas e pneumáticas;

Fechar, travar e sinalizar todas as tubulações com acesso ao espaço confinado;

Imobilizar partes mecânicas móveis;

Limpar e descontaminar o interior do espaço confinado;

Operar em equipe de pelo menos dois trabalhadores, onde um deles atuará como vigia, sempre do lado de fora;

Garantir um sistema de resgate através de pessoas, equipamentos e treinamentos.

Os Guinchos devem atender no mínimo aos seguintes requisitos:

o Devem ser certificados por órgãos competentes e periodicamente inspecionados e testados mantendo-se os registros;

o Construídos em aço inox ou galvanizados (inclusive o cabo de aço), redução de carga de 5:1 para facilitar em caso de resgate, resistência mínima do conjunto de 1500 kg, mosquetão de conexão com giro de 3600, indicador de estresse e possuir o sistema “thee-way” (sobe, desce e trava).

O Tripé deve ser em duralumínio em bases quadradas com regulagem de altura (mínimo de 1,80 m e máximo de 2,50 m):

O Monopé deve ser totalmente articulado, possuir base fixa e regulagem de altura, além de possuir giro de 3600 e um único suporte para guincho;

O Exaustor/insuflador deve atender no mínimo aos seguintes requisitos:

o Devem ser certificados por órgãos competentes e periodicamente inspecionados e testados mantendo-se os registros;

o Construídos em aço inox ou galvanizados(inclusive o cabo de aço), redução de carga de 5:1 para facilitar em caso de resgate, resistência mínima do conjunto de 1500 kg, mosquetão de conexão com giro de 3600, indicador de estresse e possuir o sistema “thee-way” (sobe, desce e trava).

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Os trabalhadores designados para trabalhos dentro do Espaço Confinado deverão estar munidos de cinto de segurança tipo pára-quedista preso a uma corda salva-vidas, cuja extremidade deve permanecer constantemente presa a um ponto fixo, na parte externa do Espaço Confinado, para operações de resgate.

Nos trabalhos em que vários empregados estejam no interior do espaço confinado, todos devem estar usando o cinto de segurança, e pelo menos um, deve estar com a corda salva-vidas fixada ao anel D.

Obrigatoriamente a corda salva-vidas deverá ser de poliéster, sendo proibido o uso de cordas de nylon.

Para realização de trabalhos a quente dentro de espaço confinado, deverá ser seguida a Norma de Trabalhos a quente. Nos serviços de solda e oxi-corte dentro de Espaço Confinado cuidados especiais deverão ser tomados, tais como:

o Monitorar a área confinada e controlar a concentração de gases gerados por solda e corte dentro do Espaço Confinado;

o Os cilindros devem permanecer fora do Espaço Confinado e todas as válvulas (do cilindro, dos reguladores, do maçarico) devem ser fechadas e as mangueiras despressurizadas imediatamente após o uso.

Os trabalhos em altura realizados dentro de espaço confinado deverão seguir a Norma de Prevenção de Quedas.

A tensão dos equipamentos elétricos que serão utilizados dentro do Espaço Confinado deverá ser no máximo de 24 Volts. As luminárias devem ter grade de proteção. Para atmosferas explosivas as luminárias devem ser a prova de explosão ou intrinsecamente seguras.

As ferramentas a serem utilizadas no espaço confinado deverão ser do tipo pneumático ou anti-estáticas.

Quando houver necessidade comprovada de equipamentos com energia elétrica com mais de 24 Volts dentro No Espaço Confinado, poderá ser utilizada uma alternativa técnica onde pode ser instalado no sistema de alimentação elétrica, ou seja, antes da alimentação dos equipamentos a serem usados internamente ao Espaço Confinado, um sistema com DISJUNTOR DIFERENCIAL DE FUGA PARA TERRA com tensão de resposta de no Maximo 30 mA (mili Amperes). Este, obrigatoriamente deve ter seu projeto aprovado por um Engenheiro Eletricista.

Nos trabalhos onde se desenvolve atividade física intensa ou que obrigam o uso de respiração autônoma, devem ser observados os tempos recomendados para descanso (NR-15), bem como o sistema de rodízio, de maneira a se permitir períodos de repouso ao ar livre, conforme procedimento específico da tarefa.

9.3. COMPETE AO RESPONSÁVEL PELA EMISSÃO:

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Implantar as medidas de neutralização e eliminação relacionadas na Análise Preliminar da Tarefa – APT;

Definir e providenciar os equipamentos de resgate para atuação no espaço confinado, deixando-o pronto para qualquer eventualidade, os observadores de segurança (vigias) e equipe de resgate;

Verificar todos os itens do “Controle de Riscos” (item 9.2);

Garantir que todos os empregados envolvidos no trabalho sejam conhecedores do procedimento específico da tarefa do Espaço Confinado, antes da entrada neste;

Manter atualizado o procedimento específico de entrada em espaço confinado, e este deverá definir o número máximo de pessoas que podem entrar ou permanecer com segurança dentro de um espaço confinado, os pontos de etiquetamento e bloqueio, os tipos de energia envolvidos, os procedimentos de resgate e todos os riscos e medidas prevencionistas associadas à tarefa;

Informar os riscos, sintomas e conseqüências da exposição a produtos manuseados no espaço confinado;

Assegurar-se de que todos os empregados designados para trabalhos no espaço confinado são treinados e habilitados para a atividade;

O vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;

Garantir através de teste o estado de energia zero e que os procedimentos de etiquetamento e bloqueio foram corretamente executados;

Verificar/inspecionar todos os equipamentos e sistemas de proteção antes do início das atividades e substituídos em caso de detecção de anormalidades, mantendo os respectivos registros no SESMT da área;

Garantir que todos os empregados envolvidos na tarefa estejam de posse dos EPI’s necessários e saibam usá-los corretamente;

Realizar as medições do ambiente ou solicitá-las junto ao SESMT. Antes da medição, deve-se verificar a data de calibração do equipamento e realizar o teste do sensor (BUMP TEST);

Testar cada equipamentos de medição e do sistema de ar mandado e autônomo (se utilizado) antes de cada utilização e manter o respectivo registro;

Após garantir o cumprimento dos procedimentos desta norma, aplicados à tarefa, deverá ser preenchida e assinada a Permissão para a Entrada e Trabalho (Anexo 1), liberando-se o trabalho.

Encerrar a Permissão para a Entrada e Trabalho (Anexo 1),

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Cancelar a Permissão para a Entrada e Trabalho (Anexo 1), quando houver pausa, interrupção ou ocorrer mudanças nas condições iniciais.

9.4. PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA

A Gerência garantirá aos empregados que acessem ou trabalhem em espaços confinados um Serviço de Resgate com os seguintes requisitos:

a) Assegurar que cada membro do serviço de resgate tenha e seja treinado no uso de Equipamento de Proteção Individual, de Proteção Respiratória e de Resgate;

b) Treinar os membros do serviço de resgate nos Procedimentos Operacionais e de Segurança em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados;

c) Realizar, a cada 12 meses, simulados com a retirada de manequins ou pessoas;

d) Credenciar os membros do Serviço de Resgate;

e) Descrição dos possíveis cenários de acidentes, obtidos a partir da Análise de Riscos;

f) Descrição das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergência;

g) Seleção e técnica de utilização dos equipamentos de comunicação, iluminação de emergência, busca, resgate, primeiros socorros e transporte de vítimas;

h) Acionamento de equipe responsável, pela execução das medidas de resgate e primeiros socorros para cada serviço a ser realizado.

9.5. TREINAMENTO

Público Alvo: Os empregados da VALE e Contratadas envolvidas em trabalhos em espaços confinados.

Carga Horária: O treinamento deverá ter duração 16 horas.

Freqüência: Na implementação, na revisão deste procedimento e na admissão de novos empregados.

* Para supervisão a carga horária é de 40 h.

A VALE determinará que as Gerências de Área, o SESMT e o Desenvolvimento de Recursos Humanos elaborem treinamento para os Procedimentos Operacionais e de Segurança em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados, com emissão de certificado contendo nome, conteúdo programático, carga horária, a especificação do tipo de trabalho e espaço confinado, data e local de realização com as devidas assinaturas do instrutor e participante, conteúdo mínimo programático requerido de:

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Definição de Espaços Confinados

Riscos de Espaços Confinados

Identificação de Espaços Confinados

Avaliação de riscos

Controle de riscos

Calibração e/ou testes de resposta de instrumentos utilizados

Uso correto de equipamentos utilizados

Técnicas de resgate

Prevenção e combate a Incêndios.

Primeiros socorros

Simulação

Conhecimento sobre práticas seguras em espaço confinado (supervisor)

Legislação de segurança e saúde no trabalho (supervisor)

Programa de proteção respiratória (supervisor)

Área classificada (supervisor)

Todo empregado treinado deverá realizar um teste de entendimento e compreensão, em que o índice de acerto mínimo será de 80% (oitenta por cento).

9.6. REVISÃO DO PROCEDIMENTO

Sempre que houver alteração, os Procedimentos Operacionais e de Segurança em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados deverão ser revisados para correção de possíveis não conformidades e ajustes de conteúdo ou a qualquer momento, caso haja alterações significativas em aspectos legais e ou de riscos de área e na ocorrência de uma das situações:

Entrada não autorizada em um espaço confinado;

Identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho;

Acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada;

Mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado;

Solicitação do SESMT ou CIPA;

Identificação de condição de trabalho mais segura.

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10. INVENTÁRIO

Deverá ser realizado e mantido atualizado um inventário dos espaços confinados, inclusive dos desativados conforme Anexo 3, com no mínimo as seguintes informações:

a) Identificação individualizada;

b) Localização e descrição da área ou ambiente a ser caracterizado e respectivo risco;

c) Fotografia dos pontos de acesso;

d) Sumário descritivo dos principais riscos;

e) Todos os espaços confinados devem estar cadastrados em sistema informatizado e com os devidos planos de inspeção e manutenção.

11. BLOQUEIO / SINALIZAÇÃO

Seguir o PRO 0046 GASTP.

12. VENTILAÇÃO

Providenciar equipamento específico e próprio para ventilação, purga e exaustão;

Manter a concentração de oxigênio (O2) no ambiente entre 20,9% e 22,0% por volume, através de ventilação natural ou forçada;

Fazer a exaustão para gases mais leves que o ar no topo do espaço confinado;

Fazer a exaustão para gases mais pesados que o ar na base do espaço confinado, onde haja a necessidade de execução de trabalhos a quente ou com uso de motores à explosão. Onde houver emanação de monóxido de carbono, o empregado deve usar equipamento pessoal de monitoramento contínuo de monóxido de carbono, que emita alarme sonoro, se registrar concentração de 25 ppm;

Ventilar o ar da base para o topo quando houver gases mais leves que o ar;

Ventilar o ar do topo para a base quando houver gases mais pesados que o ar;

Insuflar ar através de dutos flexíveis para ventilar a área antes de se ingressar nela;

Utilizar equipamento de respiração autônoma para trabalhos em atmosferas irrespiráveis;

Observar o fluxo externo de ar para que não haja a recirculação do ar para dentro da área confinada;

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É obrigatório o uso de equipamentos de ventilação com componentes elétricos e mecânicos à prova de explosão;

É proibido utilizar oxigênio puro para ventilar ou resfriar Espaço Confinado.

13. INSTRUMENTOS

As Gerências que desenvolvem Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados em comum acordo com o SESMT, determinarão a guarda, conservação e uso dos instrumentos de medição e de avaliação de atmosfera.

Analisadores portáteis de multigás.

Fica o SESMT responsável pela aferição e calibragem de todo o instrumental utilizado.

Os equipamentos de medição só poderão ser usados dentro do período de validade da calibração indicado na etiqueta afixada ao equipamento e após realização do teste do sensor (bump test). Os equipamentos que não possuam a etiqueta, não devem ser usados, neste caso, devem ser encaminhados ao SESMT para calibração e aferição.

14. E.P.I.

O SESMT especificará os Equipamentos de Proteção Individual para cada atividade e para cada local classificado como espaço confinado.

Os EPI’s deverão propiciar:

Proteção para crânio e face.

Proteção para olhos.

Proteção auditiva.

Proteção química.

Proteção respiratória.

Nos casos onde for necessária a utilização de equipamento de proteção respiratória, o

executante do serviço deve estar barbeado e não possuir outra condição que dificulte a

vedação da máscara;

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O equipamento de resgate deve ser instalado nas proximidades do espaço confinado e

utilizado por pessoal habilitado (equipe de resgate);

O acesso aos espaços confinados com atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa para

a Vida e Saúde) e deve ser realizado utilizando-se conjunto de respiração com linha de

ar respirável, o qual deve possuir cilindro para fuga ligado à peça facial do conjunto

autônomo;

As válvulas de demanda das máscaras faciais para espaços confinados com atmosfera

IPVS devem ser de modelo reforçado para maior confiabilidade.

15. EMPRESAS CONTRATADAS

Todas as empresas contratadas para realizarem serviços nas dependências da VALE –COMPLEXO DE TUBARÃO devem, obrigatoriamente, seguir as recomendações desta norma.

As empresas devem ser devidamente cadastradas, com comprovação formal de sua capacitação técnica, assim como a de seus empregados designados e orientados para a realização do trabalho pela área contratante (GESTOR DO CONTRATO), responsável pelo trabalho.

Nenhuma contratação será feita, sem que a Contratada receba na época da cotação o escopo técnico para a realização do trabalho por parte do departamento contratante ou gestor do contrato. Neste escopo devem constar os perigos e riscos da área identificados, para que a Empresa Contratada apresente as formas de controles a serem adotados, visando a minimização e/ou eliminação dos riscos identificados, bem como, daqueles inerentes à condição do trabalho. Esta instrução deve seguir os procedimentos descritos no Manual de Contratação de Serviços, estabelecidos pela VALE.

A VALE integrará todas a contratadas e sub contratadas nos Procedimentos Operacionais e de Segurança em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados, fazendo com que atuem em consonância com as Áreas Operacionais e com o SESMT.

16. RESPONSABILIDADES

16.1.GERÊNCIAS

Garantir o cumprimento desta Norma por todos os empregados diretos e de empresas contratadas e sub-contratadas em suas respectivas áreas de autorização;

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Garantir que todos os empregados qualificados e habilitados para a função, no desenvolvimento de Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados, estejam aptos para a realização do trabalho;

Garantir a formação do Serviço de Resgate de Emergência e o treinamento dos seus componentes.

Relacionar os empregados que deverão receber treinamentos específicos para Trabalhos em Espaços Confinados e enviar para a área de Recursos Humanos para que seja providenciado o treinamento específico;

Manter uma lista atualizada dos empregados credenciados (treinados e aptos) a realizar atividades em espaços confinados.

Adquirir, conservar e calibrar os instrumentos de medição e avaliação de atmosfera, de acordo com a orientação do SESMT;

Gerenciar os riscos potenciais identificados em sua área de autorização, para a prevenção de acidentes em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados;

Disponibilizar e gerir recursos material, financeiro e humano, em sua área de autorização;

Garantir que as tarefas sejam PARALISADAS pelos seus empregados quando condições de risco forem identificadas na execução do trabalho;

Garantir a realização dos exames complementares conforme estabelecidos no Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional;

Inventariar/identificar todos os Espaços Confinados de sua área de atuação.

16.2.SUPERVISOR DE ENTRADA EM ESPAÇO CONFINADO:

Inspecionar a realização de Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados;

Adotar os equipamentos de proteção individual e de sistemas de prevenção contra incêndio e explosão, como parte integrante do pré-planejamento do trabalho;

Fornecer e manter os equipamentos apropriados para o trabalho;

Treinar os empregados na aplicação, uso e inspeção, de forma apropriada, dos equipamentos para Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados;

Garantir que as tarefas sejam PARALISADAS pelos seus empregados quando condições de risco forem identificadas na execução do trabalho.

Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes de iniciar os trabalhos em espaços confinados definindo, em caso de necessidade de monitoramento, quantas avaliações deverão ser feitas e a periodicidade das mesmas;

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Participar da elaboração da APT;

Garantir que todas as atividades descritas no item 8 sejam cumpridas integralmente.

16.3.SESMT:

Identificar e afixar na entrada de cada espaço confinado avisos de advertência;

Fornecer apoio técnico para a identificação de perigos e riscos e a identificação dos meios de prevenção;

Especificar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e os Métodos de Proteção Coletiva para a realização de Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados, aprovados junto ao Ministério do Trabalho e Emprego;

Garantir o processo de treinamento e reciclagem periódicos para os empregados diretos e indiretos, quanto ao uso correto dos meios de prevenção em Acessos e Trabalhos em Espaços Confinados;

Treinar empregados das Gerências que executem trabalhos em Espaços Confinados, no uso dos equipamentos de avaliação da qualidade da atmosfera. Em caso de necessidade executar a referida avaliação.

16.4.EMPREGADOS DESIGNADOS A ENTRAR EM ESPAÇOS CONFINADOS

Conhecer e cumprir os Procedimentos específicos da tarefa e do espaço no qual vai adentrar, paralisando o trabalho para nova avaliação toda vez que novos e/ou diferentes riscos surgirem;

Seguir todas as orientações contidas nesta Norma;

Conhecer a APT na condição de executante e requisitar a emissão da Permissão de Entrada e Trabalho;

Analisar com o supervisor, antes do início do trabalho, os riscos potenciais que por ventura possam aparecer durante a realização da tarefa. Caso sejam identificadas alterações ou condições de risco que inviabilizem o trabalho, emitir o DIREITO DE RECUSA e comunicar à Supervisão imediata, para que seja reavaliada e reconduzida à situação segura;

Zelar pela manutenção, guarda e higienização dos dispositivos de segurança utilizados na realização dos trabalhos, bem como pela manutenção e limpeza dos equipamentos e periféricos, além, do ambiente de trabalho.

16.5. GERÊNCIA DE RECURSOS HUMANOS

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Elaborar junto com as Áreas Operacionais e ao SESMT os programas de treinamento para Acessos e Trabalhos em Locais Confinados.

Habilitar os empregados designados para trabalhar em espaços confinados.

Manter cópias dos certificados de Treinamento para Acessos e Trabalhos em Locais Confinados.

16.6.OBSERVADOR EXTERNO/ VIGIA

É obrigatório a presença de um vigia externo em qualquer trabalho executado em um local considerado como espaço confinado. É de responsabilidade do VIGIA externo:

Manter contato permanente com os trabalhadores dentro do espaço confinado. Preferencialmente visual. Quando não aplicável, poderá ser usado toques de corda através da corda salva-vidas, comunicação verbal, rádio, etc;

Quando um empregado acessar verticalmente ao espaço confinado, o observador deve estar atento para que a folga da corda salva-vidas, não permita uma queda superior a 1,50 m (um metro e meio), em caso de incidente;

Quando necessário, realizar o monitoramento contínuo do Espaço Confinado e ordenar a evacuação imediata, caso haja alguma condição perigosa;

Ao VIGIA externo é proibido deixar a vizinhança do espaço confinado por qualquer razão ou executar qualquer outra atividade que interfira em sua responsabilidade de olhar pelos trabalhadores no interior do Espaço Confinado;

Controlar o acesso de pessoas dentro do espaço confinado. Somente podem adentrar o espaço confinado os empregados relacionados na permissão, com a condição de deixarem suas etiquetas pessoais na entrada do espaço confinado;

Nos trabalhos noturnos, se a área for classificada, portar lanternas blindadas e sistemas para iluminação de emergência e, elétricos blindados para os casos de falta de corrente elétrica.

Realizar o monitoramento contínuo das condições internas do espaço confinado, quando solicitado, e ordenar o abandono imediato caso haja alguma condição perigosa;

Acionar a equipe de resgate, caso ocorra situação de emergência.

16.7.PREPOSTO DE CONTRATADA

Garantir o cumprimento integral deste procedimento e o preenchimento do seu registro;

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Designar os empregados que serão credenciados (aptidão médica e treinamentos específicos) para executar trabalhos em espaço confinado mantendo registro atualizado;

Disponibilizar os treinamentos específicos para trabalhos em espaço confinado para os empregados designados pelas Gerências;

Manter registros e avaliação dos treinamentos por 20 anos;

Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento deste procedimento;

Adquirir os instrumentos de medição e avaliação de atmosfera de acordo com o padrão Vale e orientação do SESMT, garantindo a conservação e calibração;

Garantir que todos os trabalhadores da empresa e suas subcontratadas que adentrarem em espaços confinados disponham de todos os equipamentos para controle de riscos, previstos na PET, garantindo ainda que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da Permissão de Entrada e Trabalho PET;

Garantir a formação do Serviço de Resgate de Emergência e o treinamento dos seus componentes;

Encaminhar os empregados para os exames médicos específicos da atividade, constantes do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional – PCMSO;

Garantir que todos os empregados da empresa contratada e subcontratada que atuarem em espaços confinados sejam qualificados, habilitados e estejam aptos para a realização do trabalho;

Garantir a todos os trabalhadores da empresa e suas subcontratadas o acesso a informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaços confinados, interrompendo todo e qualquer trabalho em caso de suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;

17. CONTROLES E REGISTROS

Os documentos e registros deverão ser controlados e mantidos pelas áreas responsáveis pelo desempenho das atividades em espaço confinado.Registros devem ser legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis. O arquivamento deve ser feito em condições seguras de forma a garantir a preservação e sua pronta disponibilização. Vencido o prazo de retenção, a disposição pode ser feita por: picotamento, incineração, descarte para lixo (coleta seletiva) ou arquivo inativo.

18. CONTROLE DE REGISTRO

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Ref. Interna

Título do Registro

Recuperação

Tempo mínimo

de Retenç

ão

Local de arquivo

Resp. pelo arquivamento

Disposição após tempo de retenção

ANEXO 1

Permissão de Entrada e

Trabalho em espaço confinado

PET

Gerência 5 anos

Gerência responsável pelas atividade

s

Gerência Descarte

ANEXO 2

Credenciamento e autorização para trabalhos em espaços confinados

Gerência 5 anos

Gerência responsável pelas atividade

s

Gerência Descarte

ANEXO 3Inventario Espaço

ConfinadoGerência 5 anos

Gerência responsável pelas atividade

s

Gerência Descarte

Registros e

avaliação dos

treinamentos

Registros e avaliação dos treinamentos

RH 20 anos RH RH Descarte

19. ANEXOS

Anexo 1 – PET – Permissão de Entrada e Trabalho em Espaço confinado

Anexo 2 – Modelo para credenciamento e autorização para trabalhos em espaço confinado

Anexo 3 – Inventário de Espaço Confinado

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Anexo 4 – Sinalização para identificação de Espaço Confinado