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Pró-Reitoria de Graduação Curso de Comunicação Social Trabalho de Conclusão de Curso TCC Memorial Rádios e Comunidades: uma grande reportagem televisiva sobre rádios comunitárias do Distrito Federal Autor: Júlia Amarante Garcia Batista Orientador: MSc. Angélica Córdova Brasília DF Dezembro de 2014

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Pró-Reitoria de Graduação

Curso de Comunicação Social

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC

Memorial

Rádios e Comunidades:

uma grande reportagem televisiva sobre rádios

comunitárias do Distrito Federal

Autor: Júlia Amarante Garcia Batista

Orientador: MSc. Angélica Córdova

Brasília – DF

Dezembro de 2014

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JÚLIA AMARANTE GARCIA BATISTA

Rádios e Comunidades:

Uma grande reportagem televisiva sobre rádios comunitárias do Distrito Federal

Memorial Descritivo do produto apresentado ao

curso de Comunicação Social – Jornalismo da

Universidade Católica de Brasília, como requisito

parcial para obtenção do título de Bacharelado em

Jornalismo.

Orientadora: MSc. Angélica Córdova.

Brasília – DF

Dezembro de 2014

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Agradeço a Deus por ter me dado forças para concluir essa

etapa e às pessoas maravilhosas que Ele colocou em minha

vida tornando essa caminhada mais fácil. Em especial

minha família, muito amada, por todo apoio e confiança,

meus amigos pela torcida. À minha querida orientadora

Angélica Córdova pela paciência e a grande colaboração

nesse projeto. Aos meus mestres por todos os

ensinamentos e a todos que estiveram presentes de alguma

forma durante esses quatro anos: toda minha gratidão.

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RESUMO

Este é o memorial descritivo da produção da grande reportagem televisiva “Rádio e

Comunidades” referente a três rádios comunitárias do Distrito Federal, com o objetivo

abordar as dificuldades e problemas enfrentados por essas emissoras comunitárias e discutir a

relação dessas rádios com o desenvolvimento da comunidade em que atuam.

Palavras-chave: Rádio Comunitária. Comunidades. Distrito Federal. Grande reportagem.

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SUMÁRIO

1. Introdução .................................................................................................................... 05

2. Breve Histórico das Rádios no Brasil ........................................................................ 06

3. Rádios e Comunidades ................................................................................................ 09

4.1 A Cidade Estrutural ..................................................................................................... 09

4.2 Recanto das Emas ........................................................................................................ 09

4.3 Gama ............................................................................................................................ 10

4. Grande Reportagem .................................................................................................... 11

5. A Produção da Grande Reportagem ......................................................................... 12

5.1 Recursos Necessários .................................................................................................. 12

5.2 Diário de Bordo ........................................................................................................... 12

6. Considerações Finais .................................................................................................. 14

7. Referências ................................................................................................................... 15

Anexo ............................................................................................................................ 16

Anexo A - Ficha Técnica ............................................................................................... 16

Anexo B - Roteiro da Reportagem ................................................................................ 17

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1. Introdução

Este trabalho de conclusão de curso (TCC) desenvolveu uma grande reportagem no

formato televisivo sobre o cotidiano de três emissoras comunitárias no Distrito Federal, são

elas a rádio “A voz do Povo” da Cidade Estrutural, a “Líder FM” do Recanto das Emas e a

“Comunidade FM” do Gama. No vídeo, foram abordadas questões como as dificuldades e

problemas enfrentados por esses veículos de comunicação comunitária e discutiu-se relação

das emissoras com o desenvolvimento da comunidade.

Para dar conta dessa demanda, o memorial esta estruturado da seguinte forma:

primeiro, apresenta-se um breve histórico do rádio no Brasil, seguindo para as primeiras

emissoras no país até chegar às emissoras comunitárias. Em seguida, é feita uma

contextualização das três emissoras comunitárias presentes na produção audiovisual. É,

também, abordado o formato jornalístico escolhido nesse projeto, a reportagem televisiva. Por

fim, diário de bordo de como se deu a produção da reportagem.

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2. Breve Histórico das Rádios1 no Brasil

A tecnologia de transmissão de sons através de ondas propagadas no ar surgiu no fim

do século XIX, após avanços do telégrafo e do telefone que levaram à radiodifusão. No que

diz respeito ao rádio, não existe uma concordância mundial sobre o inventor da rádio. Alguns

creditam a invenção do rádio ao cientista italiano Guglielmo Marconi, outros contestam e

acreditam que o verdadeiro inventor do rádio é o padre brasileiro Roberto Landell de Moura.

“Não cabe aqui discutir de quem é o mérito da invenção, pois há muita controvérsia, mesmo

entre os estudiosos do tema” (JUNG, 2007, p. 23).

No Brasil, oficialmente, a primeira transmissão radiofônica ocorreu no dia 07 de

setembro de 1922, no pavilhão da Exposição Internacional do Rio de Janeiro, em

comemoração ao centenário da Independência, com o discurso do presidente Epitácio Pessoa,

seguido da ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes.

Após essa transmissão, começaram a surgir emissoras de rádio, graças ao governo

federal, que emprestou os transmissores doados por empresas americanas que vieram fazer

demonstrações na Exposição do Centenário. A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro foi a

primeira a atuar com regularidade, e os ouvintes eram sócios e financiavam a emissora,

contribuindo com um determinado valor por mês (JUNG, 2007, p. 20).

Na década de 1920 e 1930, dezenas de emissoras de rádio se estruturaram no Brasil. O

primeiro marco legal específico sobre a atividade foi o decreto-lei 21.111/1932. Nesse decreto,

o governo federal foi oficialmente imbuído da responsabilidade de gerenciar as concessões de

rádio. Além disso, regulamentou a publicidade e criou um programa diário obrigatório, Hora

do Brasil (hoje, Voz do Brasil).

Para Venício Lima (2011), o Brasil priorizou desde o princípio os modelos comerciais

de rádio.

A primeira característica “moderna” da nossa mídia é que o Estado

Brasileiro fez uma opção – ainda na década de 30 do século passado – por um

modelo de exploração da radiodifusão que privilegia a atividade privada

comercial. Poderia ter sido de outra forma. (LIMA, 2011, p. 28).

Lima (2011) defende que deve haver uma democratização das concessões no Brasil.

1 Colocamos “rádios” no plural para abranger os três tipos de concessões de radiodifusão sonora existentes no

Brasil: comercial, educativa e comunitária.

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Uma das formas para promover essa pluralidade é o fortalecimento e a consolidação das

rádios comunitárias.

A história da rádio comunitária no Brasil começa a partir do movimento de rádios

livres, que se destaca no início dos anos 1980, com grande concentração em São Paulo. Esta

foi uma iniciativa de jovens que, insatisfeitos com as programações das rádios comerciais FM

e AM, criaram as primeiras rádios locais não autorizadas do país. Até o ano de 1984, já

existiam cerca de 40 estações (MOREIRA, 2000, apud LEAL, 2008, p. 212).

Para Leal (2008), o surgimento das rádios comunitárias brasileiras não está ligado a

movimentos revolucionários, sindicatos ou à Igreja, mas não pode ser desvinculado dos

movimentos políticos. Isso porque, naquele período, as emissoras comerciais eram muito

fiscalizadas pelo SNI - Serviço Nacional de Informações - e eram submetidas à censura, como

lembra Ferraretto (2000, p.169 - 172).

As comunidades não se identificavam com o que era veiculado nas rádios

convencionais. Algumas comunidades, como a da Vila Nossa Senhora de Fátima2 em Belo

Horizonte, iniciaram transmissões, irregulares naquele período, voltadas aos interesses locais.

É que aqueles foram anos de grande agitação política e cultural em escala

mundial. Era um período propício para os movimentos de rádios livres,

populares e comunitárias. Tudo o que ocorreu com o movimento das rádios

livres e comunitárias nos anos 1980 e seguintes tem suas raízes no sentimento

libertário que marcou aquele período da história no mundo e no Brasil

(GHEDINI, 2009, p.35 apud PRADO, 2012, p.325).

Para Pinheiro (in PRADO, 2012) o papel das rádios comunitárias é “provocar a

reflexão, indagar, propor, educar, promover cultura e inovar com a comunidade, buscando dar

voz a todos moradores da região, informando e formando cidadãos que vivem na comunidade

em que a rádio atua”.

Essas rádios passaram por um longo período de perseguição até a aprovação da Lei

9.612, no ano de 1998. Contra as rádios comunitárias era aplicado o artigo 70, do Código

Brasileiro de Telecomunicações, que previa pena de detenção de um a dois anos. No Brasil,

16 anos após a aprovação da Lei 9612/98, existem 4.641 emissoras comunitárias com

autorização para funcionar. É uma média de 0,83 emissora por município brasileiro. No

2 Trata-se da emissora Favela FM, que entro no ar no ano de 1981 e virou tema do filme “Uma onda no ar”

(2002).

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Distrito Federal, são 34 emissoras que funcionam na frequência modulada em 98,1 MHz. 3

O

número mostra a relevância desse tipo de transmissão para o país.

O número de radios comunitárias no País teve um aumento significativo desde 2011,

quando foi lançado o Plano Nacional de Outorgas (PNO) pelo governo federal. Mesmo assim,

atuantes da área de comunicação comunitária ainda se queixam de muitas dificuldades para

autorização de funcionamento das rádios, dificuldades de manutenção financeira, restrições

referentes ao transmissor, canal e sinal. Tais questões serão abordadas na reportagem

audiovisual.

2 Dados disponíveis em <http://comunicacoes.gov.br/listas-de-entidades>. Acesso em 01/11/2014.

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3. Rádios e Comunidades

3.1 A Cidade Estrutural

Uma das localidades periféricas, que possuem rádios comunitárias, escolhida para ser

abordada na reportagem, é a Cidade Estrutural, uma subdivisão do Setor Complementar de

Indústria e Abastecimento (SCIA), uma das Regiões Administrativas do Distrito Federal. É

uma comunidade que teve início com a invasão de catadores de lixo, e foi, por muito tempo,

conhecida pela falta de infraestrutura, saneamento básico e segurança, mas atualmente já é

possível ver o desenvolvimento da cidade.

A rádio comunitária da Cidade Estrutural, “A Voz do Povo” está no ar desde o ano de

2001, quando começou de forma irregular. A regulamentação foi apenas no ano de 2009. A

maior parte da programação da rádio é de caráter religioso, voltado para o público evangélico.

Na comunidade, o número de igrejas é grande. Segundo o presidente da rádio, Reginaldo

Carvalho, a comunidade é predominantemente evangélica. Contudo, pesquisa da Codeplan

indica que 51% da população é católica, enquanto 40,2% é evangélica. Na programação há,

também, espaços de debates com os moradores, relacionados aos problemas de segurança,

falta de escola, que a comunidade vem enfrentando.

Durante a programação da rádio “A Voz do Povo” também são veiculadas campanhas

de utilidade pública, como a de prevenção contra drogas, e programetes do Ministério da

Saúde. A comunidade participa ativamente pedindo músicas, quase todas gospel, segundo

Reginaldo. Todos os locutores da rádio são moradores da Cidade Estrutural, e trabalham de

forma voluntária.

3.2 Recanto das Emas

A 15ª Região Administrativa do Distrito Federal, Recanto das Emas, foi criada no ano

de 1993, para atender a demanda do Programa de Assentamento do Governo do Distrito

Federal.

Hoje, mais desenvolvido, o Recanto das Emas tem em torno de 160 mil habitantes.

Possui escolas, hospital, Unidade de Pronto atendimento.

Com uma área de 101,22 km², o Recanto das Emas possui apenas uma emissora

comunitária de rádio. A “Líder FM”, está no ar desde o ano de 2007 quando a Associação de

Moradores do Recanto das Emas passou a ter direito as transmissões.

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Durante a programação da rádio são divulgadas vagas de emprego, além de abrir

espaço para o trabalho de artistas e cantores da própria comunidade. A programação musical é

eclética e veicula diversos estilos e ritmos musicais.

3.3 Gama

O Gama foi fundado no ano de 1960, e é a 2ª Região Administrativa do Distrito

Federal. Assim como outras cidades do DF, foi criada para assentar famílias vindas de várias

partes do Brasil durante a construção de Brasília. Atualmente, o Gama tem em torno de 150

mil habitantes, sendo uma área de 276,30 km².

A emissora comunitária da cidade, “Rádio Comunidade FM,” surgiu a partir de uma

rádio livre de nome “Ágape FM” criada por um grupo jovem da igreja católica no ano de

1996, na época ainda não existia legislação que permitisse o funcionamento de emissoras

comunitárias. A Comunidade FM começou a funcionar legalmente no ano de 2000 quando a

Associação Comunitária de Comunicação e Cultura do Gama (AC3G) recebeu a autorização

do Ministério das Comunicações para as transmissões.

A rádio foi a primeira emissora comunitária outorgada pelo Ministério das

Comunicações no Distrito Federal. Durante a programação, tem espaço para músicas de

estilos e ritmos variados, notícias, esporte e cultura local. Os 34 funcionários da rádio

trabalham voluntariamente.

Segundo o presidente da emissora, Wander Teles, a população da comunidade tem

uma participação ativa na rádio. É comum ligações de moradores durante a programação

cobrando melhorias na cidade, e avisando de problemas locais, como buracos e falta de

segurança.

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5. Grande Reportagem

A grande reportagem é um dos formatos jornalísticos pertencente ao gênero

interpretativo. Por isso, não pode ser confundida com a notícia. Para Marques de Melo (1985,

p. 65) “a reportagem é o relato ampliado de um acontecimento que já repercutiu no organismo

social e produziu alterações que são percebidas pela instituição jornalística”.

Dessa forma pode-se entender a grande reportagem como um aprofundamento de um

fato, de uma realidade que pode ser desenvolvida com um tempo maior. E a notícia como

factual, com a necessidade de informar com rapidez o que aconteceu no momento.

A reportagem televisiva, além do texto, conta com um recurso muito importante: a

imagem. Para Paternostro (1999, p. 72), “quando existe uma imagem forte de um

acontecimento, ela leva vantagem sobre as palavras. Ela é suficiente para transmitir, ao

mesmo tempo, informação e emoção”.

Em contrapartida, não se faz uma reportagem apenas com imagens, ou apenas com

texto. Dessa maneira, na reportagem telejornalística, é importante que o texto e a imagem

andem juntos e se completem.

O vídeo produzido observa esses preceitos descritos pelo autor. Procurou-se tomadas

de imagens das comunidades. As entrevistas foram feitas em lugares relacionados ao espaço

de fala das fontes. Foram entrevistados os presidentes das emissoras, locutores e ouvintes das

rádios comunitárias. Também foram entrevistados especialistas sobre o assunto, como

representantes do Ministério das Comunicações, Associação Brasileira de Rádios

Comunitárias (Abraço), e um professor da Universidade de Brasília (UnB).

Dessa forma, a reportagem “Rádios e Comunidades” procurou unir texto e imagem

para a construção de uma narrativa compreensível, capaz de sensibilizar quem a assiste.

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6. A Produção da Grande Reportagem

5.1 Recursos Necessários

Os recursos utilizados para o desenvolvimento da grande reportagem foram: câmera,

microfone, tripé, cinegrafista, carro para o deslocamento, computador para edição de vídeo.

5.2 Diário de Bordo

O primeiro contato com o tema escolhido foi no ano de 2013 na disciplina de

“Produção e Edição de Rádio” na qual tive a oportunidade de conhecer a rádio comunitária

“A Voz do Povo” na Cidade Estrutural. Na mesma disciplina assisti ao longa-metragem de

Helvécio Ratton, “Uma Onda no Ar” que retrata a historia da “Rádio Favela” em Belo

Horizonte, uma das primeiras emissoras livres no Brasil. A partir disso surgiu o interesse de

pesquisa sobre as rádios comunitárias.

No primeiro semestre de 2014 realizei as leituras e escrevi a parte teórica do projeto,

também visitei outras duas emissoras comunitárias, a “Comunidade FM” no Gama e a “Ativa

FM” na Samambaia, entrevistei os presidentes das rádios e conheci o histórico de cada uma

delas. Ainda no primeiro semestre de 2014 finalizei a primeira parte do memorial descritivo e

apresentei à banca avaliadora.

Durante o segundo semestre de 2014 realizei nos meses de julho e agosto a produção e

desenvolvimento do roteiro da reportagem. Nos meses de setembro e outubro visitei

novamente as emissoras para gravar as entrevistei e conheci outra rádio, a “Líder FM” no

Recanto das Emas, que optei por mostrar na reportagem substituindo a emissora da

Samambaia que estava no projeto inicial. Entrevistei também um representante do Ministério

das Comunicações, um professor da Universidade de Brasília UnB e o presidente da

Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço - DF).

Ainda no mês de outubro realizei a decupagem de todas as entrevistas, foram

necessários cinco dias nessa etapa e no mês de novembro realizei a edição, fase final da

reportagem, tive a ajuda do editor do Centro de Rádio e Televisão – CRTV.

Para a conclusão das entrevistas e captação de todas as imagens foram necessárias oito

saídas, contei com a ajuda de um cinegrafista nesse processo. Uma das dificuldades

encontradas no desenvolvimento da reportagem foi a mudança nas regras do Centro de Rádio

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e Televisão – CRTV, que não permite mais as saídas dos cinegrafistas da Universidade, o que

resultou em desembolso de recurso maior do que o previsto inicialmente.

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6. Considerações Finais

Este trabalho se propôs retratar algumas das rádios comunitárias do Distrito Federal.

Para isso, trouxe um breve histórico de cada uma das três emissoras, mostrando a participação

da rádio nas comunidades em quem estão localizadas.

Foi possível perceber que pela falta de “voz” em outros veículos, as rádios

comunitárias retratadas nesse trabalho, apesar de cometerem algumas falhas como a

influência religiosa na programação, se mostraram um instrumento importante de

reivindicação por melhores condições de vida. Além de um instrumento para a difusão da

cultura e notícias locais. Mas ainda há grandes desafios a serem vencidos por essas emissoras.

O acesso à informação é um direito fundamental de todo cidadão e as rádios

comunitárias são um caminho para a democratização da comunicação, pois possibilita a

população esse acesso.

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7. Referências

FERRARETO, Luiz Artur. Rádio: Veículo, História e técnica. Porto Alegre: Editora Sagra

Luzzatto, 2001.

JUNG,Milton. Jornalismo de rádio. São Paulo: Editora Contexto, 2007.

LEAL, Sayonara. Rádios comunitárias no Brasil e na França: democracia e esfera pública.

Aracajú: Editora UFS, 2008.

LIMA, Venício. Regulamentação das comunicações: história, poder e direitos. São Paulo:

Paulus, 2011.

MARQUES DE MELO, José. A opinião no jornalismo brasileiro. São Paulo: Vozes, 1985.

PATERNOSTRO, Vera Íris. O texto na TV: manual de telejornalismo. Rio de Janeiro:

Editora Elsevier, 1999.

PRADO, Magaly. A história do rádio no Brasil. São Paulo: Editora da Boa Prosa, 2012.

SILVA, Terezinha. Gestão e mediações nas rádios comunitárias: um panorama do estado

de Santa Catarina. Chapecó: Editora Argos, 2008.

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ANEXO A

- Ficha Técnica

Produção, direção e roteiro: Júlia Amarante

Reportagem: Júlia Amarante

Orientação: Angélica Córdova

Imagens: Célio Roberto

Edição: Fábio Lima

Entrevistados: Reginaldo Carvalho, Wander Teles, Divino Cândido, Jairo Faria, Rodrigo

Gebrin, Walter Bonfim, Davi Guedes, Niny Pereira, João Ferreira.

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ANEXO B

- Roteiro

SOBE SOM: ÁUDIO DE RÁDIO

OFF 1: EM CASA, NO CARRO E ATÉ NO TRABALHO/ PRATICAMENTE TODO MUNDO

TEM ACESSO AO RÁDIO.

SOBE SOM: LOCUÇÃO REGINALDO CARVALHO

OFF 2: PARA ALGUNS PODE SER QUE O RÁDIO SIGNIFIQUE APENAS UM CANAL DE

ENTRETERIMENTO/MAS EM MUITAS COMUNIDADES A RÁDIO TEM UM PAPEL AINDA

MAIOR/O DE SER A VOZ DA POPULACAO.

SOBE SOM: LOCUÇÃO REGINALDO CARVALHO

SONORA REGINALDO CARVALHO= “O PROCESSO DE CRIAÇÃO DA RÁDIO PARTIU DE

UMA INICIATIVA POPULAR ONDE NA ÉPOCA OS VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO

MASSACRAVAM A ENTÃO CHAMADA VILA ESTRUTURAL, PORQUE AQUI FAZIA PARTE

DE UMA ÁREA SEGUNDO OS AMBIENTALISTAS ECOLOGICOS ESTAVAM A MARGEM

DO LIXÃO E DIZIAM QUE ERA UM BOMBA E IA EXPLODIR E DE REPENTE VIAMOS A

SOCIEDADE DO DF TODA CONTRA A ESTRUTURAL PORQUE NOS NÃO TINHAMOS

PODER DE VOZ, VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO ALGUM E POR TRÁS DISSO HAVIA UM

INTERESSE MUITO GRANDE DAQUELES EMPRESÁRIOS QUE QUERIAM A RETIRADA DA

CIDADE PORQUE QUERIA A EXTENSÃO ATE ENTÃO DO PROJETO DA CIDADE DO

AUTOMÓVEL ATÉ AQUI PRÓXIMO ESSE CORREGO CHAMADO CABICERA DO VALO. AI

COMEÇAMOS A FALAR VAMOS MONTAR UMA RÁDIO, VAMOS. PORQUE A GENTE

PRECISA SER O MULTIPLICADOR DA INFORMAÇÃO, A GENTE TEM QUE CONVERSAR

COM A COMUNIDADE. ”

SOBE SOM: ÁUDIO DE RÁDIO

SONORA PROF. JAIRO: “UM DOS PRINCÍPIOS DA RÁDIO COMUNITÁRIA, UMA DAS

FINALIDADES SERIA DE FAZER UTILIDADE PÚBLICA OUTRO SERIA DE FAZER UMA

COMUNICAÇÃO EDUCATIVA, UM CONTEÚDO EDUCATIVO ESPECÍFICO PARA AQUELA

COMUNIDADE, ISSO É IMPORTANTE. E DAR VOZ PARA QUE A COMUNIDADE POSSA

FALAR, POSSA SE EXPRESSAR DA MANEIRA QUE ELA QUER SE EXPRESSAR”

SOBE SOM: ÁUDIO DE RÁDIO

SONORA WALTER BONFIM (OUVINTE): “É DIFÍCIL A COMUNIDADE FM PASSAR

NOTICÍAS DE FORA, ELA PASSA REALMENTE DA CIDADE, O QUE VAI TER NA CIDADE,

EVENTOS, CULTURA, UM APOIO PARA OS ARTISTAS LOCAIS, DA IGREJA TAMBÉM. É

MUITO LEGAL. ”

SOBE SOM: LOCUÇÃO WANDER TELES

OFF 3: A RÁDIO “COMUNIDADE FM” É UMA DAS 38 EMISSORAS COMUNITÁRIAS DO

DISTRITO FEDERAL QUE FUNCIONAM NA FREQUENCIA 98,1 MEGA HERTZ/

LOCALIZADA NA REGIÃO ADMISTRATIVA DO GAMA, FOI UMA DAS PRIMEIRAS

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RÁDIOS NO DF A FUNCIONAR COM UM PERFIL COMUNITÁRIO.

SONORA WANDER TELES: “A RÁDIO COMUNIDADE FM ELA SURGIU DE UMA RÁDIO

PIRATA. EM 1996 UM GRUPO DE JOVENS QUE EU FAZIA PARTE NÓS ÉRAMOS DA

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO DA IGREJA CATÓLICA, ENTÃO SURGIU A

NECESSIDADE DE EVANGELIZARMOS MAIS PESSOAS. ENTÃO SURGIU A IDÉIA DE

FAZER EM RÁDIO. ENTÃO NAQUELA ÉPOCA TINHA MUITAS RÁDIOS PIRATAS EM

BRASÍLIA, NÃO EXISTIA LEGISLAÇÃO PARA RÁDIO COMUNITÁRIAS, ENTÃO ERAM AS

RÁDIOS LIVRES QUE CHAMAVA. ENTÃO NÓS COMEÇAMOS A TRABALHAR NA

PARÓQUIA COMO RÁDIO ÁGAPE FM. NÓS FOMOS FECHADOS PELA POLÍCIA FEDERAL

NA ÉPOCA. MAS NÓS DESCOBRIMOS QUE EM 1998 SERIA CRIADO UM PROJETO PARA

CONTEMPLAR ESSA RÁDIOS QUE ESTAVAM ILEGAIS E SERIAM CONTEMPLADOS

PRINCIPALMENTE QUEM JÁ ESTARIA FUNCIONANDO ENTÃO NO NOSSO CASO NÓS

FUNCIONAMOS FOMOS PRESOS, ATÉ O PADRE NA ÉPOCA FOI PRESO TAMBEM, FOI

DETIDO NA VERDADE. A PARTIR DAI NÓS ENTRAMOS COM O PROCESSO PARA

CONSEGUIRMOS LEGALIZAR AQUELA RÁDIO QUE NÃO ERA LEGALIZADA. O

PROCESSO PARA ENTRAR NAS RADIOS COMUNITÁRIAS. ”

OFF 5: ATÉ 1998 NÃO EXISTIA LEGISLAÇÃO QUE PERMITESSE A EXISTÊNCIA DE

RÁDIOS COMO A COMUNIDADE FM. ATUALMENTE, 16 ANOS APÓS A CRIAÇÃO DA LEI,

OS RADIODIFUSORES AINDA ENFRENTAM DIFICULDADES.

SONORA DIVINO CÂNDIDO (ABRACO): “A MAIOR LUTA DA ABRAÇO É A

DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO, A NOSSA MAIOR LUTA É A QUESTÃO DA

MUDANÇA DA LEI, DA QUESTÃO DE CONSEGUIRMOS TER APOIOS CULTURAIS

VERDADEIRAMENTE DO ÓRGÃOS PÚBLICOS. A QUESTÃO DA DIFICULDADE DA

SOBREVIVÊNCIA DAS RÁDIOS”

OFF 6: O PRESIDENTE DA RÁDIO COMUNITÁRIA DA CIDADE ESTRUTURAL,

REGINALDO CARVALHO TAMBÉM SE QUEIXA DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS

PELAS RESTIRÇÕES DA LEI 9.612.

SONORA REGINALDO: “AQUI NÓS TEMOS O RATEIO DAS DESPESAS QUE ENTRAM

COMO APOIO CULTURAL. SE TIVESSEMOS UMA RÁDIO RICA, QUEM SABE

ESTARIAMOS COM O TETO FORRADO, COM AR CONDICIONADO, DANDO UM

CONFORTO ATÉ MAIOR. MAS AQUI UTILIZO UM PEDAÇO DO LOTE ONDE RESIDO, NÃO

PAGAMOS ALUGUEL. E ESSE APOIO CULTURAL AS PESSOAS CONTRIBUEM

JUSTAMENTE PARA PODER NOS AJUDAR NESSA QUESTÃO, PORQUE TEMOS A

INTERNET, A RÁDIO WEB E TUDO ISSO TEM UM CUSTO”

OFF 7: O ÓRGÃO RESPONSÁVEL POR AUTORIZAR E REGULAMENTAR O

FUNCIONAMENTO DAS RÁDIOS É O MINISTÉRIO DA COMUNICAÇÕES EM PARCERIA

COM A ANATEL. / AS CRÍTICAS QUE EXISTEM SOBRE A LEGISLAÇÃO SÃO LEVADAS

EM CONSIDERAÇÃO PELAS AUTORIDADES.

SONORA ROGRIGO GEBRIM (MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES): “A GENTE TINHA A

LEGISLAÇÃO ANTERIOR A DE 2011 QUE ERA MUITO CONTESTADA PRINCIPALMENTE

PELOS RADIODIFUSORES, QUE FALAVAM QUE ELA NÃO ERA CLARA E ATÉ PARA NÓS

AQUI MESMO O TRABALHO INTERNO, AS VEZES HAVIA ALGUM PONTO DUBIO QUE A

GENTE SEMPRE PRECISAVA ESTAR BUSCANDO ESCLARECIMENTOS COMO MANUAL

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DE PROCEDIMENTO. ENTÃO A NORMA DE 2011 VEIO PARA SANAR DIVERSOS DESSES

PROBLEMAS. PORÉM ALGUMAS OUTRAS BRECHAS SÃO ABERTAS, ALGUNS

PROBLEMAS SÃO ENCONTRADOS A PARTIR DO MOMENTO DA PUBLICAÇÃO DESSA

NORMA. A GENTE SEMPRE TRABALHA, ANOTA TUDO QUE VÊ, UMA PREVISÃO

CONCRETA DE MUDANÇA DA NORMA NÃO TEMOS, MAS A GENTE SEMPRE BUSCA

MELHORAR E ANOTA TUDO ISSO PARA QUE EM UMA POSSÍVEL REVISÃO ESSES

PONTOS QUE HOJE SÃO PROBLEMAS POSSAM SER SANADOS. ”

OFF 8: A PROGRAMAÇÃO DE UMA RÁDIO COMUNITÁRIA DEVE SER FEITA PELA

COMUNIDADE E RETRATAR AQUILO QUE ELA NECESSITA. / COMO EXPLICA O

COMUNICADOR COMUNITÁRIO DO GAMA, JOÃO FERREIRA.

SONORA JOAO FERREIRA: “A PROGRAMAÇÃO NOSSA AQUI É FALAR DO QUE ESTA

ERRADO, O QUE ACONTECE NA CIDADE E O QUE É DE BOM TAMBÉM. QUANDO NÓS

ACHAMOS, POR EXEMPLO, O QUE SE PASSA QUE NÃO É BEM FEITO NA CIDADE NÓS

VAMOS FALAR. QUANDO A PESSOA TA ERRADA, QUE TA FAZENDO AS COISAS

ERRADAS NÓS VAMOS FALAR QUE ESTA ERRADO E O QUE É DE BOM NÓ DIZEMOS

QUE É BOM E BATEMOS PALMAS. ”

OFF 9: SEU NINY PEREIRA É MORADOR DO GAMA HÁ MAIS DE 50 ANOS E ESCUTA A

RÁDIO DESDE O ÍNICIO DAS TRASMIÇÕES.

SONORA SEU NINY: “A GENTE PRECISA DE MAIS VEÍCULOS, ALÉM DA RÁDIO

COMUNIDADE A GENTE PRECISA DE MAIS VEÍCULOS AQUI QUE NOS VIABILIZE

FALAR AS COISAS, O QUE SENTE, O QUE PRECISA. PORQUE AQUI A GENTE TEM MUITO

POUCO, ESSAS RÁDIOS POR AÍ, ESSAS TV QUE VEM AQUI QUASE NÃO PROCURA AS

PESSOAS, VEM SÓ QUANDO É UM CASO DE MORTE, DE BRIGA DESSES PROBLEMAS

SÉRIO, PARA AS COISAS NECESSÁRIAS NÃO APARECE”

OFF 10: PARA O LANTERNEIRO WALTER BONFIM, A RÁDIO “COMUNIDADE FM” DO

GAMA É UMA COMPANHEIRA FIEL.

SONORA WALTER: “SEMPRE LIGO, SEMPRE CONVERSO COM OS LOCUTORES. E

PARTICIPO DAS PROMOÇÕES TAMBÉM, DE VEZ EM QUANDO EU PASSO A RASTEIRA

EM ALGUÉM E GANHO SEMPRE UM PRÊMIO PORQUE EU SEMPRE SOU ASSÍDUO. ”

OFF 11: O PRESIDENTE DA RÁDIO WANDER TELES FALA DA IMPORTÂNCIA DO

DIÁLOGO COM A COMUNIDADE E SUA PARTICIPAÇÃO.

SONORA WANDER TELES: “POR QUE NÓS TEMOS MAIS AUDIÊNCIA COMO RÁDIO

COMUNITÁRIA, PORQUE A GENTE TRATA COM O POVO. A RÁDIO QUE OUVE VOCÊ O

OUVINTE LIGA NÓS ATENDEMOS ELE NA HORA, A PRIORIDADE NÃO É

PROGRAMAÇÃO, A PROGRAMAÇÃO TA RODANDO, A PRIORIDADE É O CIDADÃO, O

OUVINTE, ELE QUER RECLAMAR DO BURACO, NÓS VAMOS ANOTAR A RECLAMAÇÃO

DELE E VAMOS BUSCAR A SOLUÇÃO DO PROBLEMA DELE. ELE QUER OUVIR AMADO

BATISTA, ELE QUER OUVIR UMA MÚSICA DE CIDADE ELE VAI OUVIR UMA MÚSICA DA

CIDADE. ”

SOBE SOM: LOCUÇÃO WANDER TELES

OFF 12: NO RECANTO DAS EMAS A RÁDIO “LÍDER FM” TAMBÉM PROCURA INTEGRAR

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A COMUNIDADE EM SUA PROGRAMAÇÃO. / EXEMPLO DISSO É O LOCUTOR DAVI

GUEDES QUE VENCEU AS DIFICULDADES E REALIZOU UM SONHO.

SOBE SOM: LOCUÇÃO DAVI GUEDES

SONORA DAVI GUEDES: “EU SEMPRE TIVE O SONHO DE TRABALHAR EM RÁDIO. NÃO

PASSAVA PELA CABEÇA RÁDIO COMUNITÁRIA, ACABOU QUE A RÁDIO COMUNITÁRIA

FOI UMA FUGA, PORQUE EU DECIDI IR PARA A CARREIRA PÚBLICA ABRINDO MÃO DO

SONHO DE SER COMUNICADOR DE RÁDIO CONVENCIONAL OU ENTÃO RÁDIO DO

GOVERNO, DO ESTADO. E AÍ NA RÁDIO COMUNITÁRIA EU ESTOU TENDO A

EXPERIÊNCIA DE TRABALHAR REALMENTE COM O INTERESSE DA COMUNIDADE. ”

SOBE SOM: LOCUÇÃO DAVI GUEDES

OFF 13: A RÁDIO “A VOZ DO POVO” DA CIDADE ESTRUTURAL É OUTRA RÁDIO

COMUNITÁRIA LEGALIZADA DO DISTRITO FEDERAL /A EMISSORA EXISTE DESDE O

ANO DE 2001 MAS RECEBEU A AUTORIZAÇÃO DEFINITIVA DO MINISTERIO DAS

COMUNICAÇÕES APENAS NO ANO DE 2011.

SONORA REGINALDO: “NO COMEÇO FOI AQUELA NOVIDADE, O PESSOAL TINHA

AQUELES RADINHOS QUE NÃO ERA A PILHA, ERA A BATERIA. ATÉ ENTÃO NÃO TINHA

ENERGIA ELÉTRICA. AQUI NO COMEÇO FOI MUITO DIFÍCIL, PARA FUNCIONAR NOSSO

TRANSMISSOR PUXAVAMOS UMA GANBIARRA DO SIA, A ENERGIA CAIA TODO HORA

E CONSEGUIMOS EMITIR O SINAL. ENTÃO FUNCIONAVAM OS RADINHOS, UM VIZINHO

IA PASSANDO PARA O OUTRO, NEM TODOS TINHAM O RÁDIO E ALI A GENTE VIA A

PARTICIPAÇÃO POPULAR, O POVO SE MOBILIZANDO. ”

OFF 14: A LEI DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS NÃO PERMITE PROSELITISMO, QUE É A

PROPAGAÇÃO IDEOLÓGICA RELIGIOSA OU POLÍTICA /APESAR DISSO NA RÁDIO “A

VOZ DO POVO” EXISTE UMA FORTE INFLUÊNCIA RELIGIOSA NA PROGRAMAÇÃO/O

PRESIDENTE DA RÁDIO JUSTIFICA.

SONORA REGINALDO: “HÁ UMA PARTICIPAÇÃO MAIOR RELIGIOSA AQUI NESSA

EMISSORA DEVIDO A COMUNIDADE. NESSES 144 MIL HABITANTES, NESSE PEQUENO

TRAÇO QUE É A CIDADE ESTRUTURAL AQUI AGREGA 180 TEMPLOS RELIGIOSOS”

OFF 15: AS RÁDIOS COMUNITÁRIAS SÃO UM INSTRUMENTO IMPORTANTE PARA A

DEMOCRATIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO/ NOS ÚLTIMOS SEIS ANOS A QUANTIDADE DE

RÁDIOS COMUNITÁRIAS NO BRASIL AUMENTOU EM QUASE 38%/ MAS AINDA, HÁ

MUITOS DESAFIOS AS SEREM VENCIDOS.

MUSICA: PARABOLICAMÁRA – GILBERTO GIL