33
PROBLEMAS COMUNS DA INFÂNCIA Alessandra Marques- CFBS Gleida Pêgo -CFAAN

Problemas comuns da infancia22 04 2014

Embed Size (px)

Citation preview

PROBLEMAS COMUNS DA INFÂNCIA

Alessandra Marques- CFBSGleida Pêgo -CFAAN

IDENTIFICANDO A CRIANÇA GRAVE

AIDIPI neonatal (2m) :

-Está mamando no peito? Está vomitando?-Febre? -Letargia ou Irritabilidade? -Apresentou convulsao?-Gemido ou Sibilancia?-Distensao abdominal- Sangramento? Equimose, Petéquia ou Hemorragia-Enchimento capilar >2s-Peso < 2000g-Ictericia < 24hs de vida-Secrecao purulenta do ouvido, conjuntiva (edema) ou umbigo?

IDENTIFICANDO A CRIANÇA GRAVE

-Ha sinais de esforço espiratorio?

Tiragem subcostal Retracao furcula esternal Batimento de asa de nariz Cianose central

-Frequencia respiratoria: 2m: 60 2m-1a: 50 1a-4a:40 5a: 20

-Frequencia cardiaca (bpm):

Rn: 160 2m a 2a: 120 3a a 6a: 100 7a a 11a:90

OTITES

OMA-30% IVAS em <3a-Diferenciar entre OMA e OME.

-Febre+ otalgia irritabilidade IVAS

- Uso de ATB: otite bilateral, <6m, Tax >39, sem possibilidade de follow up,

(Dose dobrada de ATB) Amoxacilina- 50mg/kg/dia, 12/12hs, 7d. Clavulin- 50-90mg/kg/dia, 12/12, 7d.

DOENCAS RESPIRATÓRIASO meu filho está com...

-Nunca banalizar a queixa!!!-Proceder a coleta de dados e ex. fisico sistemático

‘’ muita tosse`` ``ta resfriado`` ``cheio de catarro no pulmão’’`` o nariz ta entupido`` ``o catarro ta verde!``

SISTEMATIZANDO O MEU EXAME-Dados da história: quais sintomas;início;tempo de duração; entender bem a evolução;presença de febre;padrão alimentar;hábitos fisiológicos

-NÃO examinar: ao choro, em decubito, enquanto mama - Criança maior: pedir para tossir!

- Frequências respiratória e cardíaca -Saturação O2: >92% cianose- Esforco batimento de asa de nariz, retracao furcula tiragem subcostal -AR estertoracao roncos grosseiros sibilos ronco de transmissao

MINHAS PRINCIPAIS HIPÓTESESPNEUMONIA

Febre,taquipneia, sinal de esforco, tosse,taquicardia,estertor (roncos)

ATB (idade) :amoxacilina ou macrolideo (>5a)Atencao aos a criterios de internaçãoIntervalo curto entre revisões

BRONQUIOLITE

Sazonal, Febre, tosse, sibilancia, Tto suporte: antitermico, O2, Controverso- NBZ fenoterol corticoesteroide

Intervalos entre revisões

AVAL. NIVEL SECUNDARIO/ INTERNAÇÃO: <6m, Sat O2 < 92%, taquipneia, sinal de esforco, letargia, desidratacao, falha a terapeutica, imunodeficiencia, dificuldade de organizacao familiar (BQL- prematuro, dca cardiopulmonar)

FEZES DO RECÉM NASCIDO

-Mecônio: ate o 3º dia de vida

-Frequencia >10x/dia

-Consistencia: Amamentada X Leite de vaca

Como diferenciar da diarréia?

Nesta idade, diarréia costuma ser bacteriana. Além dela tambem haverá: febre, distensao , perda de peso, desidratacao, odor fetido.

A CRIANCA ESTÁ COM DIARRÉIA?

Há quanto tempo?N episodios? (>4)Há sangue ou muco nas fezes?

OBSERVAR: -Condição geral da criança: Letargia ou Irritabilidade - Avaliar hidratação: olhos, língua, sinal da prega

-Oferecer líquidos à criança⚫ Não consegue beber.⚫ Bebe avidamente, com sede?

HIDRATACAO (EV ou VO) + AMAMENTAÇÃO

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

IMPORTANTE:• Desvincular a ideia de Intervalo• Associar ao aspecto das fezes • Hábito Intestinal• Entender o que é Constipacão

Funcional

COMO AVALIAR:

• Exame fisico detalhado• Distensão abdominal• Fezes endurecidas no abdome• Fissuras anais• Localizacao do anus• Toque retal (5º dedo ou sonda)

• Avaliar Crescimento: mostrar a familia no cartão - ganho de peso e altura.

• Alimentacão Mista: incentivar suco de fruta (ameixa, pera ou maca

• NÃO orientar uso de óleo mineral, laxativo ou enema

• Preservar uso de supositório de glicerina

Atenção : AM + fezes duras+ volumosas +distensão

CÓLICAS DO LACTENTE

Quando pensar em cólica?

``Episódios repetidos de choro e irritação em intensidade suficientes para causar dificuldade e apreensao familiar``

→Comum! Mas, sem causas estabelecidas!

1) alergia ao leite de vaca? intolerancia a lactose? excesso de gases?2) Pouco vínculo mãe- bebe?3) choro extremo da criança?4)entidades clinicas de dificil diferenciacao

CÓLICAS DO LACTENTE

Tratamento: Empirico. Retirar leite de vaca da mae (complementacao calcio) Retirar ovos, trigo, nozes e frutas citricas Indicar uso de chá (cuidado com amamentacao exclusiva) Nao esta indicado: antiespasmódico, analgesico, supositorio. IMPORTANTE: Orientação aos pais- desaparecem nos primeiros meses, não

deixam sequelas!

Anamnese e exame fisico detalhados: diagnostico de exclusao!Afastar: ITU, RGE, otoscopia, lesões cutâneas…

MONILÍASE ORAL

• “Sapinho”: placas esbranquicadas, halo hiperemiado.

• Contaminação: canal do parto, mãos contaminadas, bicos de mamadeira e chupetas- C. albicans

• Área acometida: língua, lábios, gengiva, bochechas

• Diagnostico clinico.

• Tratamento: nistatina- 1ml/ 6hrs, 7dias.

miconazol gel- 4x/dia, 7dias ( se resistência)

• Tratar a mãe?- Inspecionar as mamas

• Recorrencia ou dificil tratamento: imunodeficiencia?

PROBLEMAS DA PELE

-Descamação da pele do Rn : furfuracea.

- pós maduro

-resolução espontânea (2 semanas)

- Atentar a bolhas e exsudacao

MILIÁRIA: ‘’brotoejas’’ -Áreas de calor

-Protejer do calor

solucao acetato de aluminio (maceração)

tratar infecção secundária (bact. ou fungo)

DERMATITE SEBORREICA

- Fungo Malassesia furfur -Em geral ocorre no 1 ano de vida

-Exantema eritematoso oleoso: areas com concentracao de gl. sebaceas- Inicia em couro cabeludo, dispersando por face, retroauricular- Conduta expectante- autolimitada-Recorrência: oleo vegetal pela noite - remocao das crostas pela manha

IMPETIGO

BOLHOSOS. aureusRn face e periumbilicalPouco sinal sistemicoCefalexina ou clavulin- 90mg/kg/dia,12/12,10d

NAO BOLHOSOS. pyogenesMMIIPrecedido por cocadura, picadaPen.benzatina 50.000UI

ContagiosoMacula eritematosa- bolha ou vesicula- secrecao amarela- crosta15 dias: remissao espontaneaTto Topico: tirar bolhas e vesiculas- agua quente e sabao + neomicna- ate cicatrizacaoHigiene do cuidadorTto sistemico: lesao extensa ou sinal sistemico

BOLHOSO E NÃO BOLHOSO

DERMATITE DAS FRALDAS

- Área acometida: úmida e quente!

-Como ocorre? contato com urina e fezes + maceração da pele + infecção secundária (C.albicans)

-Dermatite em ‘’W’’

-Afecções: irritação primária dermatite de contato alérgica dermatite atópica dermatite seborréica impetigo bolhoso psoríase sifilis congênita

SÍFILIS CONGÊNITA IRRITATIVA PRIMÁRIA

-Deixar sem fralda

-Trocar com frequência

-Sabão Neutro

-Acetato de alumínio 1:30

Eritema

-Principal diag diferencial!-Lesoes que nao melhoram-Mácula, papula, bolha + erosões-Palma da mão, planta dos pes

CANDIDOSE CONTATO ALÉRGICA

Descamação leve Incomum <2aCreme de barreira+ retirar alérgeno

Borda bem delimitadaMiconazol- 10d

DERMATITE SEBORRÉICA DERMATITE POR PSORÍASE

Lesao gordurosaCouro cabeludo, face, pescocoCE tópico

1a de vida: inicia em area da fraldaDescamacao intensaCotovelo, joelho

RGE- REFLUXO GASTROESOFAGICO

• Caracterizado por retorno de conteúdo gastrico para o esôfago, com ou sem regurgitação (sem esforco, pós prandial, ruminacao).

• Como se apresenta? Lactente: refluxo e/ ou vomito.

Pre escolares e Escolares: epigastalgia e pirose

• 50% : epsiodio diario ate os 3m.

• Ansiedade dos pais = maior N de consultas.

• 100% resolucao espontanea ate os 18m (sem sequelas).

DRGE

-IMPORTANTE: sempre diferenciar →DRGE.

-DRGE (1:300) : refluxo + baixo ganho pondero- estatural esofagite sintomas respiratorios persistentes

-Condicoes clinicas associadas: prematuridade, hernia hiatal, hist. familiar, acalasia, dca respiratoria cronica.

RGE- Como abordar?

- Explorar preocupacoes dos pais; experiencia com sintomas; esclarecer carater benigno e evolucao autolimitada.

- Dados importantes da entrevista:

-Historia alimentar: tipo, quantidade, frequencia, posicao, comportamento da crianca.

-``Diario de sintomas``: correlacionar sintomas com alimentacao.

-Sintomas respiratorios:

sibilancia? estridor laringeo? PNM aspiracao? apneia?

RGE- O que fazer?

• Exame fisico, em geral sem alteracoes.

• Buscar sempre por sinais de alerta.

-Tecnica aleitamento :posicao e quantidade.

-Sinais vitas (Tax e Fr)-Graficos: peso e altura-Irritabilidade e Choro: Esofagite?-Opistotono ou Torcicolo: SINAIS

ESPECIFICOS

-Sinais cutaneos de atopia: alergia alimentar

• Investigacao Complementar:

1) pHmetria: frequencia e duracao episodios, resposta ao tratamento medicamentoso.

2) Rx do trato digestivo superiror: hernia hiatal, estenose piloro, acalasia. Baixa sensibilidade e especificidade- DRGE.

3) EDA: nenhum achado endo ou histo e especifico.

RGE- Tratamento

NAO MEDICAMENTOSO

*Quem tem bom crescimento e ausencia de sinais de alerta.

-Espessamento da dieta, nao amamentado.

- Alimento Frequencia

- Ambiente tranquilo

- Posicao vertical apos

- Decubito Lateral ou pronacao para dormir

- Nao alimentar no choro

MEDICAMENTOSO E ENCAMINHAMENTO

*TTO: Sem beneficio para RGE nao complicado

*ENCAMINHAMENTO :

- suspeita DRGE

-persistencia do RGE apos 18m

-recorrencia apos 18m, mesmo com medidas nao farmacologicas

FIMOSE E PARAFIMOSE

FIMOSE

• Dificuldade na exposicao da glande (anel prepucial)

• 96% nasce com fimose• Descolamento fisiologico:• -25%- 6m• -50%-1a• -80%- 2a• -94%- 5a• 6%: correcao cirurgica Massagem no penis???

PARAFIMOSE

-Quando o prepucio nao recobre a glande

-Perigo: comprometer retorno venoso e linfatico da glande

-Tto: reducao manual com anestesico topico ou reducao cirurgica

ICTERICIA -Hiperbilirrubinemia -98%>1mg/dL nas 1as semanas- adaptacao ao metabolismo Bb

-Principal complicacao: Kernicterus- sequela neurologica permanente- Periodo neonatal: pre termo e termo sadios-Nosso papel: estar atento a identificacao da ictericia neonatal avaliacao de sua gravidade. Sinais de alerta: ictericia nas primeiras 24 hs, Bb> 12mg/dl.

UMBIGO DO RN

-Queda entre a 2 e 3 semana de vida-potencial porta de entrada-manter limpo: alcool 70%-apos queda: agua + sabao

-lesao vegetante, umida, rosa- palido -sol nitrato de prata 10%

-S. pyogenes e estafilo- grave-edema, hiperemia, calor local, sinais sistemicos- ao redor umbigo

-requer internacao

-ausente ao nascer, surge 1-2m -remissao espontaneo 4 m-correcao:apos 3-4 ano de vida-NAO: moeda, faixas e cintos

Cuidados com o coto:

Granuloma umbilical:

Onfalite:

Hernia:

HERNIA INGUINAL E HIDROCELE-Presente ao nascimento ou surgir apos.-Abaulamento, massa ou nodulo em regiao inguinal com esforco ou choro.-Correcao cirurgica imediata: 17% encarceramentoCirurgia + comum da infancia!

- Dificuldade para palpar testiculo- Lanterna em ambiente escuro:tranluminacao do escroto

-Correcao cirurgica, se: esvaziamento do escroto durante a compressao- comunicacao com peritoneo.

-Expectante- remissao aos 12m.

TESTICULO RETIDO

-Uni ou bilateral, D>E (70%)-Por onde procurar: canal inguinal (72%), pre escrotal (20%), intra abdominal (8%)

-Descida espontanea: ate 3m- a termo e ate 6m- prematuros (pode estender ate 1a)-Potencial para tumor testicular-Apos prazo: avaliacao cirurgia pediatrica

DISPLASIA DO QUADRIL

-Cabeca do femur esta fora da fossa acetabular-Fatores de risco: cesariana, apresentacao pelvica, macrossomia-Pesquisa atraves da manobra de Ortolani : abducao do quadril repetir ao longo do 1 semestre: pode manifestar se tardiamente estar atento a correta posicao das maos-Suspeita: USG- <6m ou Rx- >6m → Avaliacao Ortopedica

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS