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Processamento dos Materiais 1 PROFESSOR OTÁVIO C. GAMBONI

PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

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PARA O CURSO DE MECANICA: PROCESSOS DE SOLDAGEM.PARA A AULA PROCESSOS DE FABRICAÇÃO

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Page 1: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Processamento dos Materiais 1

PROFESSOR OTÁVIO C. GAMBONI

Page 2: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Formas de avaliação• 2 provas teóricas

• 1 seminário sobre conformação em chapas

• Listas de exercícios a serem entregues valendo ponto

• Nota de participação/comportamento em sala de aula

Page 3: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Por que estudar os meios de processos de materiais metálicos?

Propriedades desejadas

MicroestruturaProcessamento

Composição química

Page 4: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

ProcessosFundição: Liga metálica é fundida e vazada em um molde, onde se solidifica com a forma total ou parcial da cavidade do molde. Peças com geometrias complexas podem ser fabricadas por fundição.

Conformação: Uma carga é aplicada sobre peças de geometria simples, obtendo geometrias mais complexas. Normalmente utiliza-se matrizes como ferramentas.

Metalurgia do pó: Processos de compactação e sinterização. Aplicada à peças pequenas como ferramentas, engrenagens, filtros e etc.

Soldagem: União de duas ou mais peças. Processo muito utilizado pela indústria aeronáutica, naval e etc. Além de fabricar peças, a solda também é um processo de manutenção.

Usinagem: Utilizam-se ferramentas de corte para remoção do material, onde, o que restante tem a geometria desejada da peça.

Page 5: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

MinériosEx: Hematita (Fe2O3), Bauxita (Al2O3), Cassiterita (SnO2)

Metais e LigasEx: Fe-C, Al, Al-Si, Cu, Ni, Sn

Lingotes e placas

Pó metálico

Peça semiacabadaEx: pistões,

engrenagens

Produtos primáriosEx: Chapas, barras,

trilhos, etc

Peça semiacabadaEx: portas de carro,

martelos, parafusos, etc

FundiçãoEstado líquidoSolidificação;

Processos de lingotamento

Estado sólido

Processos de moagem

Deformação plástica;Ex: Laminação e extrusão

Deformação plástica;Ex: Forjamento

Produto FinalEx: peças de carro e

de aviões

Processos de atomização

Fusão e solidificação;Processos de fundição

Metalurgia do pó:Prensagem (acomodação do pó)Sinterização (difusão)

Redução

Usinagem e/ou tratamento térmico

Usinagem e/ou tratamento térmico

Page 6: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Principais Processos de Fabricação

Fundição

Fusão do metal

Metalurgia do Pó

Compactação e Sinterização

Usinagem

Com perda de material por usinagem

Ferramentas de corte (cavaco)

Conformação

Sem perda de material

“Deformação plástica”

Quente Frio

Soldagem

União de componentes

Principais processos de fabricação

Page 7: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Processo de Fundição

Vídeo de introdução – teleaula 2 telecurso 2000

Page 8: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Etapas do processoDesenho técnico da peça

Modelo Areia preparada

Molde

Conjunto fundido Areia usada

Metal líquido

Canais e massalotes

Peça semi-acabada Peça acabada

Sucata

Modelagem

Moldagem e macharia

Recliclagem

Vazamento e solidificação

Desmoldagem

Corte

Fusão

Rebarba e limpeza

Controle de qualidade

Page 9: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Fundamentos

Como você faria para fabricar gelos em forma de pinguins?

1. Precisamos saber qual o formato do pinguim...

2. Precisamos de um modelo do pinguim...

3. Precisamos de um material para fazer a forma com o formato do pinguim...

4. Precisamos de água para encher a forma, e...

5. Congelamos a água para formar os pinguins e alegrar a nossa festa!

Page 10: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

O que os pinguins têm a ver com a fundição?Os fundamentos e as necessidades são EXATAMENTE as mesmas!!!!

• O gelo em forma de pinguim é o PRODUTO DE FUNDIÇÃO.

• O pinguim é o MODELO.

• A forma de gelo é o MOLDE.

Page 11: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

FusãoTransformação do estado sólido para o líquido. No caso da fundição, sucata e metais bases sãoliquefeitos e misturados a fim de formar as ligas metálicas com Composição Química (CQ)rigorosamente controladas.

Importante saber exatamente a concentração de cada componente dentro dos metais a seremvazados. Quando utiliza-se sucatas, o controle passa a ser crítico análises químicas domaterial fundido (espectroscopia de emissão ótica ou de raios-X).

Fusão é realizada em fornos:◦ Cubilot

◦ Arco elétrico

◦ Indução

Page 12: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Forno cubilot – fundição de ferro

Escória

Metal líquido

Soprador de

Ar

-Ferro gusa

-Sucata

-Coque

-Ferros

-Liga fundente

Tampa

Panela de

espera

Forno vertical com revestimento refratário. Forno a carvão.Ferro guso é o produto da primeira redução do minério de ferro, dentro do alto-forno, ~ 5% de C.

• Carregamento periódico:• Gusa + sucata de aço + ferro ligas +

fundente (calcário) + carvão (coque)

• Ferro é carregado com camadas alternadas defundente e carvão

• Sopradores de ar quente garantir umaelevada temperatura da chama e retirar oexcesso de C do ferro gusa, fazendo o refino.Excesso de ar causa solidificação do metal noscanais.

• Escórias ficam na superfície (escoreador) e ometal líquido é recolhido na panela.

Page 13: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Forno cubilot

Chaminé: saída de gases (fumaça)provenientes da queima do carvão;

Câmara de fagulhas: recolhimentodas fagulhas evitando sua saída

poderia causar incêndios

Cortina d’água: apaga as fagulhas

Page 14: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Fornos à energia elétrica

A arco elétrico.

Câmaras com dimensões de 3 a 7 m de diâmetro;

Calor gerado por eletrodos de grafita de diâmetro de 15 a 50 cm;

Capacidade para 0,5 a 180 toneladas de metal;

Podem trabalhar com sucata e possibilitam um bom controle da CQ (pode-se interromper o processo para corrigir a CQ).

Vantages: Altas temperaturas e melhor produtividade

Page 15: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Distribuição da sucata no forno a arco elétrico

Sucata leve para

permitir uma rápida

penetração dos

eletrodos

Sucata leve/média que

permita a penetração

da chama dos

maçaricos + cal

Sucata média/pesada

com tamanho limitado

para evitar a quebra

dos eletrodos

Sucata pesada

colocada abaixo do

nível dos eletrodos

Sucata de chapa leve

para amortecer o

impacto da sucata

pesada e facilitar a

rápida formação do

banho

Page 16: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Forno de indução eletromagnéticaCorrente alternada gera um campo magnético que, por sua vez, cria uma corrente cíclica nomaterial, aumentando sua temperatura até a temperatura de fusão.

Pode trabalhar sob vácuo vantagem: baixaoxidação e produção de bolhas.

Temperatura de trabalho: 600 a 1750 °C

Agitação do metal fundido homogeneização

Page 17: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vídeo Telecurso 2000Vídeos sobre os fornos

Vídeo sobre a produção de aços

Page 18: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Problemas durante a fusão: bolhas e escória

Bolhas de gases rejeitadas pelo metal durante a solificaçãodão origem aos poros reduzem drasticamente aspropriedades mecânicas do material.

Alternativas:• Temperatura de fusão mais baixa possível• Cuidado durante o vazamento• Molde com permeabilidade e canais para escape de gás• Uso de vácuo• Bolhas de gás inerte são inseridas no metal fundido• Reação das bolhas com algum outro composto de

menor densidade produto da reação pode serretirado na escória

Page 19: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Escória – “semelhante” à nata do leite Resultado da reação entre o metal fundido e o ambiente. Oxigênio e metal reagem formandoóxidos, produto com menor densidade que tendem a “boiar” no banho. Porém, podem serlevados para dentro do material fundido defeitos!

Alternativas:

• Proteger a superfície do metal do contato com a atmosfera

• Realizar o vazamento sob vácuo ou atmosfera inerte

• Aglomeração dos óxidos na superfície do metal e posterior vazamento pela parte inferior dapanela (cadinho).

• Uso de filtros cerâmicos para impedir a passagem das impurezas para dentro do molde

Page 20: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Escória de ferro fundido

A escória é o subproduto sólido neste processo; éproduzida em maior volume do que o próprioferro-gusa. Ela provém dos silicatos, carbonatos ealuminatos que acompanham todo minério. Suaestrutura é má definida (isto é, grande parteamorfa ou micro-cristalina) e a composição variaconsideravelmente.

Apresentam principalmente: CaO, Al2O3 e SiO2

Composição da escória:

As vezes é adicionado CaCO3 à escória produção de mais CaO indústria de cimento alto valor agregado!

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Modelos e moldes – etapa de moldagemModelo: mesma geometria que a peça (dimensões aproximadas)

Molde: recipiente na qual é vazado o metal líquido (contém a cavidade na forma do modelo)

Page 22: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Características de um bom moldeResistência mecânica e erosiva suficiente para suportar a pressão e erosão do metal líquido queescorre sobre ele;

Produção de uma menor quantidade possível de gás impedir contaminação do metal e/ourompimento do próprio molde durante o processo de vazamento;

Permeabilidade suficiente para permitir a saída dos gases produzidos ;

Refratariedade suportar altas temperaturas;

Deve permitir a contração da peça;

Descartáveis: areia, cerâmicaPermanentes: coquilha (metal)

Page 23: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Fundição em areiaMais utilizada na indústria: mais barata, pode ser reciclada e bem fácil de ser utilizada. O molde é quebrado após a solidificação da peça e a areia é reutilizada.

Areia apresenta plasticidade, moldabilidade,elevada dureza, permeabilidade e refratariedade.

Materiais: ferro fundido, aços, ligas de Al, ligas deCu e ligas de Mg. Peças de 200 g a 400 t, limite deespessura de 3 a 6 mm.

Aplicações comuns: blocos de motores, cilindrosde laminadores, bombas, etc.

Page 24: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Etapas da moldagem

Page 25: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Moldagem em casca – shell moldingMolde constituído de areia e resina, normalmente fenólica. A cura acontece a quente.

Aditivos:

Hexametileno tetra-amida: realizar ligações cruzadas ncas cadeias do polímero (melhorar propriedades mecânicas do molde).

Estearato de cálcio: melhorar fluidez da areia

Óxido de ferro: evitar trincas térmicas e minimizar geração de gases

Page 26: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Etapas – processo automatizado

1

2

4

3

Page 27: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vantagens e desvantagens

Vantagens:

• Produção de peças simples e/ou complexas

• Taxa de produção elevada

• Facilmente automatizada

• Alta precisão dimensional

• Ótimo acabamento superficial

• Possibilidade de estocagem de moldes prontos

Desvantagens:

• Alto custo do modelo metálico

• Custo da resina (muitas vezes elevado)

• Gastos com energia para aquecer o modelo e o molde

• Limitação no tamanho das peças (necessidade de cascas muito grandes)

Page 28: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Fundição de precisão – molde cerâmicoTambém conhecido como microfusão ou fundição de cera perdida.

1) Modelo é feito de cera, por injeção em uma matrizmetálica.

2) Monta-se o cacho pelo canal de alimentação,formando a árvore.

3) Mergulha-se a árvore na lama refratária e o materialendurece ao ar.

4) O material do molde endurece e o modelo éderretido. (cera líquida é recolhida e pode serreaproveitada)

5) Molde aquecido e recebe o metal líquido porgravidade.

6) Após a solidificação, os moldes são quebrados e aspeças podem ser retiradas.

7) Cortam-se as peças das árvores e faz-se a limpeza erebarba das peças fundidas

Page 29: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vantagens e desvantagensVantagens:

• Produção em massa de peças contendo geometrias complexas

• Reprodução de detalhes precisos (canto vivo ou parede fina)

• Possibilidade de fundir qualquer tipo de metal

• Peça sai praticamente acabada, sem qualquer tipo de usinagem

• Controle de propriedades mecânicas e dimensional muito bom

• Pode-se utilizar atmosfera protetora ou sob vácuo

Desvantagens:

• Crescimento de grãos em peças grandes (perda de propriedades mecânicas)

• Limitação no tamanho e peso das peças a serem fundidas: no máximo 5 kg

Page 30: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vídeo Telecurso 2000Teleaula 3 e vídeo sobre fundição de precisão

Page 31: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Moldes permantentes

Utilizam-se moldes feitos de aço ou ferro fundido. Podem ser reutilizados e chegam a produziraproximadamente 100 mil peças. Aplicado para fundir ligas com ponto de fusão abaixo do pontode fusão do aço, ou do material de fabricação do molde. Ligas de Al, Pb, Mg e Zn podem serfundidas com moldes permanentes.

Apresentam maior uniformidade, melhor acabamento, um bom controle dimensional emelhores propriedades mecânicas. Porém, o custo dos moldes permanentes limita sua utilizaçãopara pequenas produções.

Necessita de canais de vazamento de gases – metal não permite o escape dos gases da mesmaforma que a areia.

Aplicações: pistões, cabeçotes de cilindros e etc.

Page 32: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

VazamentoMaterial fundido deve preencher todas as partes da cavidade do molde. Defeito comum é faltarmaterial fundido e a peça ficar incompleta. Parâmetro importante é a fluidez. A fluidez depende daCQ, da temperatura de fusão e principalmente do superaquecimento.

Superaquecimento é um indicativo de quantos graus acima da temperatura de fusão o metal está.Quanto maior for o superaquecimento, maior será a fluidez.

Temperatura de vazamento: se muito baixa, pode fazer com que o metal se solidifique antes da hora.Se muito alto, pode apresentar problemas como:

• Aumento no uso de energia

• Reação mais acelerada entre o metal e o molde

• Fluxo turbulento durante o preenchimento do molde

• Aumento da solubilidade do gas no metal

• Aumento da oxidação

Page 33: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Sistema de alimentação

O metal é vazado pelo bocal (ou bacia) de alimentação canal de descida canal dedistribuição armadilha para escória cavidade da peça

A quantidade de metal gasta para fazer os canais e massalotes pode chegar ao mesmo volumeda peça final. Objetivo é que o metal fundido preencha todas as cavidades da peça.

Software de simulação chamado MAGMA auxilia na confecção do sistema.

Page 34: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vazamento por gravidade

Processo automatizado – produção de grande volume de peças. Retirada de peça dos moldesdeve ser facilitada (molde particinado). Moldes permanentes devem ser limpos antes de receberum novo metal vazado. Importante lubrificar os moldes para facilitar a retirada do fundido.

Resfriamento é rápido – estrutura refinada de grãos.

Uso de moldes permanentes...

Page 35: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vantagens e desvantagensVantagens:◦ Molde pode ser usado até 250 mil vezes

◦ Boa precisão dimensional

◦ Resfriamento rápido – estrutura refinada Boas propriedades mecânicas

◦ Molde pode ter cavidade para mais de uma peça

Desvantagens:◦ Alto custo do molde

◦ Limitação da forma, tamanho e complexidade da peça

◦ Limitação da vida útil do molde para metais com elevado ponto de fusão

Page 36: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vazamento sob pressãoUm pistão empurra o metal líquido para dentro da matriz a fim de preencher totalmente acavidade. A pressão é mantida também, durante a solidificação.Dois tipos: câmara fria e câmaraquente.

Pressões em câmara quente são menores que as utilizadas em câmara fria. Também, podem ser processadosa quente, apenas ligas de baixa temperatura (Zn, Sn,Pb e Mg). A frio, além destas, ligas de Al também podemser fabricadas.

Page 37: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vantagens e desvantagensVantagens:◦ Bom acabamento superficial

◦ Excelente precisão dimensional

◦ Economia para grandes lotes de produção

◦ Consegue confeccionar peças com geometrias complexas e paredes finas

Desvantagens:◦ Alto custo do molde e do equipamento

◦ Limitação à ligas não ferrosas

◦ Peças pequenas, até 5 – 10 kg

◦ Dificuldade para saída dos gases porosidade

◦ Temperatura até 1083 °C, aproximadamente

Page 38: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vazamento por centrifugaçãoMetal fundido é vazado enquanto o molde está em movimento rotacional.Heterogeneidade microestrutural na espessura da parede.

Ótimo rendimento de material, visto que não necessita de canal de alimentação e nem de massalotes.

Muito utilizada para produção de tubos sem costura, vasos de pressão, cilindros de laminação, etc.

Tubos bimetálicos são fabricados por este processo de fabricação:

- Aço de baixo teor de carbono na parede externa e aço inoxidável ou superligas na parte interna: tubulações para materiais corrosivos.

Movimento

Page 39: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vantagens e desvantagensVantagens:

• Solidificação e contração acontecem de forma homogênea – de fora pra dentro

• Porosidade é bem menor do que a fundição estática

• Processo rápido e barato produtos com preços mais competitivos

• Uso de um menor espaço físico

Desvantagens:

• Limitação da peça

• Energia para fazer a rotação do molde

Page 40: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Vídeo fabricação de tubosTubos sendo fabricados via fundição por centrifugação

- Tubos sem costura – já saem prontos

Page 41: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Revisão - ExercíciosO que são os modelos de fundição? De que materiais eles podem ser feitos?

O que são os moldes de fundição? De que materiais eles podem ser feitos?

Quais características os moldes devem apresentar para serem considerados “bons moldes”?

O que são os moldes permanentes? Que tipos de vazamentos podemos utilizar com eles?

Explique como funciona o processo de moldagem em casca (shell moulding).

Explique como funciona o processo de fundição de precisão (cera perdida, microfundição).

Page 42: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Princípio da solidificação e recristalização dos metais

embriões

grãos

Solidificação: nucleação + crescimento

Pode crescer ou redissolver-se no

líquido

Page 43: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Solidificação

Temperatura de solidificação é uma função da CQ.

Transformação do material líquido para o estado sólido. Retirada do calor específico e do calor latente.

Substância pura Mistura (ligas)

Ao contrário do que se pensa, a solidificação não se inicia à temperatura de solidificação.É necessário um super-resfriamento, que age como força motriz para formação da fase sólida.

Page 44: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Nucleação:

• Homogênea: Temperatura do líquido é igual em todos os pontos.Ocorre sem interferência ou contribuição energética de elementosou agentes estranhos ao sistema líquido / metal sólido. Átomoslivres. Muito difícil a sua ocorrência, visto que praticamente todosos metais de uso industriais são ligas. Quanto maior for o super-resfriamento, menor será o r*, ou seja, mais fácil acontecerá anucleação.

• Heterogênea: Ocorre com interferência de impurezas, paredes domolde ou presença de inoculantes. Interferentes diminuem o r*,facilitando a nucleação.

Ex: TiB2 → ligas de Al

TiC → aços

Ocorre quando os embriões (núcleos) são grandes o suficiente (r = rcrítico) para se manter estáveis e crecer.

Page 45: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Super-resfriamentoMaterial Temp. Fusão (°C) Super-resfriamento para nucleação homogênea (°C)

Ga 30 76

Bi 271 90

Pb 327 80

Ag 962 250

Cu 1085 236

Ni 1453 480

Fe 1538 420

NaCl 801 169

CsCl 645 152

H2O 0 40 A água não se solidifica a 0° C!!!

Page 46: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Crescimento planar: metal puro

Considerando o uso de inoculantes -> nucleaçãoheterogênea...

A temperatura da interface líquido/sólido é sempreinferior a do metal líquido. Logo, o crescimento se dá deforma uniforme, na direção contrário àquela em que ocalor é retirado. Qualquer pretuberância que ocorradurante o resfriamento, está cercada por líquido com Tmaior do que Tsolid, logo, o crescimento é interrompidoaté que o crescimento se homogeinize.

O crescimento se inicia na parede do molde.

Calor latente é absorvido pelo molde...

O crescimento é influenciado pela forma como o calor latente é retirado do metal fundido.

Page 47: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Crescimento dendrítico

Ocorre normalmente sob uma baixa taxa de nucleação(sem uso de inoculantes), necessitando-se de um super-resfriamento. Temperatura a frente da interfacesólido/líquido é mais baixa (dado o super-resfriamento).Desta forma, há um favorecimento deste “braço” emcrescer, formando as dendritas.

Super-resfriamento indica quantos graus abaixo datemperatura de fusão, o metal líquido está para sesolidificar. Quanto maior for o super-resfriamento, maiorserá a energia cedida ao sistema para a solidificação.

Mais comum em ligas metálicas.

Calor latente é absorvido pelo líquido...

Page 48: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Resfriamento de ligasCrescimento dendrítico provocado por um gradiente de concentração de soluto na matriz. Eelevadas taxas de resfriamento.

Rejeição do soluto pela fase sólida aumento da concentração de soluto na interface, bloqueando o crescimento homogêneo favorece crescimento

dendrítico

Impede o crescimento planar

Baixas taxas de solidificação, existe tempo paradifusão favorece crescimento planar.

Alta taxa de solidificação, não existe tempopara difusão até interface favorececrescimento dendrítico

Page 49: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Tipos de solidificação

a) Gradiente de temperatura elevado

b) Gradiente de temperatura intermediário

c) Gradiente de temperatura baixo

Page 50: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Inoculacação A inoculação dos ferros fundidos se baseia na introdução de pequenas quantidades de material compostode partículas nucleantes no metal fundido, pouco antes ou durante o vazamento deste, buscandocontrolar a microestrutura final e, consequentemente, as propriedades mecânicas do material.

Aumenta o número de núcloes disponíveis e estáveis a fim de aumentar a taxa de nucleação e refinar otamanho de grão. Tal aumento, diminui o superresfriamento necessário na solidificação.

Normalmente, é utilizada uma quantidade de aproximadamente 0,10% em peso de inoculantes.

Uma quantidade muito grande de inoculantes pode prejudicar resfriamento do banho

Page 51: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Formas de inoculaçãoMais comuns:

A) Inoculação na panela: Inoculante é depositado no fundo da panela e o metal é vazado sobre ele.

B) Inoculação no molde: Inoculante em forma de pó ou pastilha é colocado em um ponto específico do canal de alimentação.

C) Inoculação por “arame recheado”: Utilizado em sistemas automáticos de vazamento. Injeção no metal líquido de um arame contendo inoculante no seu interior.

D) Inoculação no jato: Inoculante em pó é adicionado ao metal líquido no momento do vazamento. Também utilizado em sistemas automáticos.

Page 52: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Curvas de resfriamento

Sem inoculante Com inoculante

Page 53: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Solidificação de lingotesZona coquilhada: nucleação alta devido ao rápidoresfriamento quando o líquido entra em contatocom a parede do molde.

Zona colunar: favorecimento do crescimento degrão na direção da retirada de calor (da regiãomais fria para a mais quente - perpendicular àparede do molde).

Zona equiaxial: grãos equiaxiais aleatoriamentedistribuídos na região central do lingote. Issoacontece quando se usa inoculantes ou umabaixa temperatura de vazamento. Pequenosfragmentos de sólidos que se desprendem dosgrãos colunares também agem como núcleos.

Page 54: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Estrutura de metais fundidos

Ilustração esquemática da estrutura dos fundidos após a

solidificação

a) Metal puro

b) Liga metálica

c) Uso de inoculantes

Page 55: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Refino da estruturaDiminuir a temperatura de vazamento dificulta a difusão freia o crescimento de grão

Inoculantes

Diminuição da temperatura de vazamento

Page 56: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Contração de volume

Page 57: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Problemas...rechupe!

Page 58: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Massalotes

Problema!!! Correto!!!

Page 59: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Massalotes

Page 60: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Porosidade:

Causas: Falta de respiros e demais mecanismos de retirada de gases da peça em processo desolidificação, produção/expulsão excessiva de gases durante resfriamento, baixa permeabilidadea gases do molde em areia, umidade no sistema, baixa temperatura do metal durantevazamento.

Característica – bolhas de gás pequenas e grandes de paredes internas lisas, internas ousuperficiais. Podem originar trincamentos.

Soluções:

◦ Canais de vazamento e saída de gás

◦ Atmosfera sob vácuo

◦ Adição de elementos metálicos para reagir mais facilmente com os gases

Page 61: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

InclusõesInclusões de Areia – Causas: Quebra de partes do molde (machos, cantos e detalhesmais frágeis), má compactação da areia no molde, resistência a quente do molde deareia insuficiente, tempo muito longo de vazamento;

Inclusões de Escória - Causas: Resultam do aprisionamento de óxidossuperficiais ou outros materiais estranhos, durante o vazamento; outra causa é a máou falta de limpeza de escória realizada de forma deficiente tanto no forno quanto napanela de vazamento.

Observações:• Frequentemente, as inclusões não aparecem imediatamente, e, somente podem ser vistas claramente após ausinagem da superfície do fundido• Tais defeitos resultam invariavelmente de uma prática de fundição muito pobre

Soluções:• limpeza dos moldes e panelas• limpeza e proteção do banho metálico• substituir o tipo da areia de moldagem, modificar a distribuição e geometria dos canais e, também, se for

possível• diminuir a temperatura do metal, o tempo e a pressão de vazamento.

Page 62: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Macho quebradoMandamentos do macho:

◦ Macho deve ser colocado na posição certa

◦ Deve permanecer na posição certa

Page 63: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Ponto quente

Principais causas: variações abruptasde espessura na peça; localizaçãoequivocada de canais

Soluções: alterar desenho do projeto,utilização de resfriadores, mudarlocalização dos canais

Page 64: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Rebarba

Principais causas: mal fechamento das partesdo molde, abaulamento/empenamento,pressão de vazamento muito alta).

Solução: fechamento/travamento correto.

Rebarba excessiva, ao longo da linha divisória deuma peça de ferro fundido cinzento.

Page 65: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

TrincasPrincipais causas:

Geometria complexas taxas de resfriamento diferentes gradientes de tensão gerados durante a solidificação trincas.

Normalmente nucleiam em poros ou outros tipos dedefeitos concentradores de tensão

Choque térmico tembém pode levar à trincas:

Trincas a quente: a cima de 250 °C – opacas (oxidação)

Trincas a frio: abaixo de 250 °C - brilhanteTrinca de contração na mudança de

geometria de uma peça de bronze fundida em areia

Page 66: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Desencontro

Principais causas: Erros operacionais, com desvios dacolocação de diferentes partes do molde durantefechamento; falhas no modelo, com marcações dos machosdesgastadas ou de fixação de diferentes partes soltas,gerando falhas no formato da peça final;

Solução: Treinar e supervisionar fechamento, além deprovidenciar substituição de guias e partes desgastadas.

Desencontro – latão fundido em

areia

Page 67: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Metal insuficiente

Principais causas: molde fechado deslocado causando paredemais fina em determinado local, cálculo equivocado do volumea ser preenchido, canais obstruídos, muito estreitos ou mallocalizados; temperatura de vazamento baixa.

Solução: cuidados no fechamento do molde, checar projeto decanais e temperatura de vazamento.

Peça incompleta – latão fundido

Page 68: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Areia aderida

Principais causas: Má compactação da areia verde,peças muito espessas ou temperatura de vazamentomuito elevada;

Solução: temperatura de vazamento mais baixa,outro tipo de areia de moldagem, menor pressãometalostática.

Areia aderida em peça de ferro fundido cinzento

Page 69: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Defeito Causa Básica Soluções Práticas Soluções de Projeto

Bolhas e vazios Oclusão de gases (a) Aumento dos canais(b) Eliminação de materiais que

possam reagir(c) Desgaseificação

Evitar sistemas de alimentação que tenham alta velocidade de fluxo.

Gotas frias Defasagens direcionais dos fluxos

de metal líquido

(a) Aumento da velocidade de vazamento

(b) Pré aquecimento do molde

Fazer novos arranjos dos sistemas de corrida e de

entrada, e evitar mudanças abruptas de secção.

Trincas de contração

Destacamento do metal sob tensão

térmica

(a) Uso de moldes colapsáveis(b) Controle de gradientes térmicos como resfriadores

Nenhuma

Rebarbas Fluxo de líquido na junção do molde

(a) Diminuição da temperatura de vazamento

(b) Aumento da fixação das caixas do molde

Nenhuma

Inclusões de óxidos Aprisionamento de materiais estranhos

Maior cuidado e limpeza durante a operação de vazamento.

Nenhuma

Cavidades de contração e rechupes

Falta de suficiente alimentação de metal

(a) Promoção de solidificação direcional por controle do fluxo

de calor(b) Aumento da temperatura de

vazamento

Recompor o sistema de alimentação e alívio,

principalmente os massalotes

Vazios por falta de alimentação

Baixa fluidez do metal Aumento da temperatura de vazamento

Reconsiderar posição, tamanho e número de portas de entrada e de

alívio

Page 70: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

MoldagemProcessos de fabricação 1

Prof. Otávio gamboni

Page 71: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

2

FERRAMENTAIS

Projeto ferramental (modelos + caixas de macho)

Modelo geometria idêntica à peça

Caixa de macho detalhes e cavidades

Medidas compensam contração

Material: madeira, resina, metal, isopor

Ecolab Acabamento, geometria e quantidade

2

Page 72: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

3

Moldagem molde: negativo da peça

Moldes: areia, cerâmicos ou permanentes

Areia: areia + aditivos + misturador (manual ou não)

Areia + modelo molde descartável

Fechamento molde + macho + pintura

MOLDAGEM E MACHARIA

3

Page 73: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

4

MOLDAGEM

Tipos de moldes

Descartáveis Permanentes

Areia Cerâmico Coquilha

Refrigerada

Não-refrigerada

Verde ou sintética

Silicato/CO2

Cura a frio

Shell-moulding

4

Page 74: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

CARACTERÍSTICAS DE UM BOM MOLDE

Resistência mecânica e erosiva suficiente para suportar a pressão eerosão do metal líquido que escorre sobre ele

Produção de uma menor quantidade possível de gás impedircontaminação do metal e/ou rompimento do próprio moldedurante o processo de vazamento

Permeabilidade suficiente para permitir a saída dos gasesproduzidos

Refratariedade suportar altas temperaturas

Deve permitir a contração da peça

Page 75: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

6

TIPOS DE AREIA

Areia é constituída por:

SiO2, elementos aglomerantes, aditivos

Controle da umidade

Areia natural: areia encontrada na natureza

Areia sintética: sintetizada artificialmente

Areia de moldagem:

Faceamento e enchimento

Areia de macho: confecção dos machos6

Page 76: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

7

CARACTERÍSTICAS DE AREIA

• Plasticidade: aplicar uma força e “deformar a areia”,quando retira-se a força, a forma criada não é alterada.

• Moldabilidade: facilmente moldada, compactada, “socada”• Dureza elevada• Permeabilidade: capacidade de permitir a passagem de

gases através do material• Influência da granulometria• Teor de alomerante• Umidade

• Refratariedade

Page 77: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

8

AREIA VERDE OU SINTÉTICA

Menor rigidez não deve ser utilizada para confeccionar machos

Composição: areia, argila e água

Areia pode ser reajustada (antes da moldagem) e reutilizada (após a desmoldagem)

Cuidados:

- Compactar com força- Controlar a umidade- Utilizar tinta a base de grafite aumentar resitência

Page 78: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

9

Areia Verde – Vantagens e desvantagens

9

Vantagens:

• Mais barato• Estabilidade dimensional• Menos defeitos• Reutilização da areia

Desvantagens:• Controle da areia é bem crítico• Maior erosão em peças maiores• Acabamento pior em peças maiores• Estabilidade dimensional menor em peças maiores• Baixa resistência do molde

Page 79: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

10

ETAPAS DE MOLDAGEM

Page 80: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

11

ETAPAS DE MOLDAGEM COM USO DE

MACHOS

Page 81: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

12

MOLDAGEM COM SILICATO/GÁS

CARBÔNICO

Silicato de sódio/CO2:

Mistura de areia com o aglomerante silicato de sódio

(Na2SiO3), 2,5 a 6% em peso

Endurecimento curto e à temperatura ambiente

Na2SiO3 +CO2+H2O Na2CO3 + SiO2 + H2O

moldes rígidos utilizado na macharia

Acabamento melhor que aquele obtido com areia verde

ferrosos e não ferrosos

12

Page 82: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

13

CURA A FRIO

Uso de resinas fenólicas

Molde rígido passa por reação de polimerização da resina

Elevada resistência pode ser usada na macharia

Resina + catalizador (diversos tipos)

Cura à temperatura ambiente e pouco tempo

Alta resistência a quente

Areia pode ser reutilizada após passar por calcinação (600 °C)

Óxido de ferro pode ser adicionado à areia melhorarresistência a quente

13

Page 83: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

14

Areia Cura a Frio – Ideal

Características:

poluir pouco

menor custo relativo

temperatura de cura flexível

boa tolerância à temperatura da areia

compatibilidade com maior nº de tintas

exalar pouco odor na moldagem

tempo de cura adequado ao tamanho das peças

fácil desaglomeração na reciclagem

14

Page 84: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

15

Tipos de Areia

Shell moulding (casca):

molde rígido

também em macharia

resina + catalizador

cura a quente

óxido de ferro elevada resistência a quente

boa precisão e acabamento

máquina própria (facilmente automatizado)

modelo metálico aquecido

casca queimada em forno

15

Page 85: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Etapas do processo shell molding

1

2

4

3

Page 86: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Moldes – Shell molding

Placas metálicas são aquecidas até aproximadamente 200 °C

Areia + resina formando a cascaForno aquece esta mistura até

temperatura entre 300 – 400 °C

Espessura dos moldes varia de 10 – 15 cm

Page 87: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Shell molding – Vantagens e desvantagens

Vantagens:

• Estocagem de moldes e machos• Estabilidade dimensional• Acabamento superficial muito bom• Fácil liberação dos gases• Fabricação de peças com geometrias complexas

Desvantagens:• Elevado custo

Page 88: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

19

Material Cerâmico

Processo de confecção de moldes em material cerâmico,

com modelos de cera, é chamado de cera perdida,

investimento, microfusão ou fundição de precisão:

molde rígido

ferrosos e não ferrosos

modelo de cêra

banhos de lama cerâmica

cêra retirada em estufa

molde aquecido antes do vazamento

precisão medidas e ótimo acabamento

peças pequenas

processo muito caro e demorado

19

Page 89: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Fundição de Precisão

1) Modelos é feito de cera, por injeção em uma matrizmetálica.

2) Monta-se o cacho pelo canal de alimentação,formando a árvore.

3) Mergulha-se a árvore na lama refratária e o materialendurece ao ar.

4) O material do molde endurece e o modelo éderretido. (cera líquida é recolhida e pode serreaproveitada)

5) Molde aquecido e recebe o metal líquido porgravidade.

6) Após a solidificação, os moldes são quebrados e aspeças podem ser retiradas.

7) Cortam-se as peças das árvores e faz-se a limpeza erebarba das peças fundidas

Utilizada quando a peça que se quer não pode ser obtida por nenhum outro processo de fundição “convencional”

Page 90: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Cera perdida – Vantagens e desvantagens

Vantagens:

• Fabricação de peças em grande quantidade • Mínima tolerância dimensional• Acabamento superficial muito bom• Reprodutibilidade de detalhes (cantos vivos e paredes finas)• Pode fundir peças com materiais difíceis de usinar• Pouca ou praticamente nenhuma usinagem

Desvantagens:• Elevado custo• Ciclos de fabricação longos• Peso limitado

Page 91: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

22

Molde Permanente

Moldes permanentes são confeccionados em

materiais metálicos:

Coquilhas metais (ex: ferro fundido)

usados inúmeras vezes

Moldes podem ser fundidos ou usinados

refrigeradas ou não com água após resfriamento da peça

pré-aquecidas diminuir a diferença de temperature entre a peça

e o metal líquido

bom acabamento

granulometria superficial mais fina

22

Page 92: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

23

LISTA DE

EXERCÍCIOS1) Qual a definição do processo de industrialização por

fundição?

2) O que é nucleação homogênea e nucleação heterogênea?

3) Quais as condições para o crescimento planar e para o

crescimento dendrítico?

4) Quais os fatores que devem ser levados em conta no

projeto de peças fundidas?

5) O que é o ferramental de fundição? 23

Page 93: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

24

LISTA DE

EXERCÍCIOS7) Para que servem as luvas exotérmicas e onde devem ser

colocadas?

8) Quais os tipos de moldes? O que os diferencia?

9) Quais os tipos de areia de moldagem mais utilizadas?

Qual é a menos rigida e que não serve para macharia ou

para moldar peças de aço?

10)Qual o processo de fundição mais caro, utilizado para

produzir peças com alta precisão dimensional? Escreva o

que sabe sobre ele.

11)O que são coquilhas? Para que servem?

12)Qual o objetivo principal de se adicionar elementos de liga

no aço?

24

Page 94: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Processos de

FABRICAÇÃO I

Prof. Otávio Gamboni

Page 95: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Principais Processos de Fabricação

Fundição

Fusão do

metal

Metalurgia do Pó

Compactação e Sinterização

Usinagem

Com perda de material por usinagem

Ferramentas de corte (cavaco)

Conformação

Sem perda de material

“Conformação plástica”

Quente Frio

Soldagem

Reparo de defeitos

Manutenção

União de componentes

2

Page 96: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

3

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS

Page 97: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

4

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA DOS METAIS

Processos de Conformação

Conformação de Volume

Laminação

Forjamento

Extrusão

Trefilação

Conformação de Chapas

Corte

Dobramento

Calandragem

Rebordeamento

Prensagem

Page 98: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

5

CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO

Page 99: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

6

DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

Deformação permanente sofrida pelo material;

Após o limite de deformação elástica ser alcançado;

Deslizamento de planos cristalinos uns em relação aos

outros.

Page 100: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

7

CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA

Compressão direta

• Forjamento;

• Laminação.

Compressão indireta

• Trefilação;

• Extrusão;

• Estampagem;

Trativo

• Estiramento.

Dobramento

• Calandragem.

Cisalhamento (há ruptura)

• Corte.

Page 101: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

8

A Quente

• Executado em temperaturas acima de 0,5Tf ;

A Morno

• Executado na faixa compreendida (grosseiramente) entre 0,3 e 0,5 Tf ;

A Frio

• Executado entre 0 e 0,3 Tf.

CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO PLÁSTICA

Page 102: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Temperaturas típicas de recristalização de metais

Material Temp de fusão (ºC) Temp de recristalização(ºC)

Sn 232 -4

Pb 327 -4

Zn 420 10

Al 660 150

Mg 650 200

Ag 962 200

Cu 1085 200

Fe 1538 450

Ni 1453 600

Mo 2610 900

W 3410 1200

9

Trabalho a quente

Trabalho a frio

Page 103: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

10

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA a quente

Conformação a quente: Realizada a temperatura maior que a temperatura derecristalização ocorre recristalização contínua pode-se aplicar grandes níveis dedeformação.

Conforme se aumenta a temperatura, aumenta-se a ductilidade do material diminui-se o limite de escoamento necessário baixa tensão para deformar o material.

Homogeneização química das estruturas brutas de fusão (por exemplo: eliminação desegregações) em virtude da rápida difusão atômica interna e eliminação de bolhas eporos.

Necessidade de fornos elevado custo; Reações do metal com a atmosfera do forno,levando as perdas de material, por oxidação e outros problemas relacionados. Desgastedas ferramentas é maior e a lubrificação é difícil;Necessidade de grandes tolerâncias dimensionais por causa de expansão e contraçãotérmicas.

Page 104: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

11

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A QUENTE

Page 105: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

12

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A FRIO

Conformação a frio: Realizada a temperatura menor que a temperatura de recristalização não ocorre recristalização contínua pode-se aplicar baixos níveis de deformação.

Melhor acabamento e dureza superficial. Não existe expansão térmica do material dimensões são facilmente controladas.

Se o trabalho a frio for muito intenso, pode ocorrer a falha do material antes da deformação

Cargas relativamente altas.

Deformação do material a frio leva ao encruamento aumento da resistência e diminuição da ductilidade.

Page 106: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

CONFORMAÇÃO PLÁSTICA A FRIO

Page 107: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

VARIÁVEIS QUE INFLUEM NA CONFORMABILIDADE

• Composição química

• Tamanho de grão

• Percentagem de elementos de liga

• Distribuição dos grãos

• Morfologia dos grãos

• Tamanho e natureza de precipitados

• Soluções sólidas

Relacionadas com o

material trabalhado

14

Page 108: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

• Grau de deformação

• Taxa de deformação

• Temperatura

• Atrito

• Estado de tensão Estas variáveis determinam a microestrutura do material deformado e o modo de escoamento durante o processo.

Relacionadas ao processo de conformação

VARIÁVEIS QUE INFLUEM NA CONFORMABILIDADE

15

Page 109: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

16

LAMINAÇÃO

Page 110: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

17

LAMINAÇÃO

• É o processo que o material é passado por entre dois rolos de um equipamento denominado de laminador, provocando uma redução da sua espessura.

Introdução

Page 111: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

18

LAMINAÇÃO

Ao passar entre os cilindros, o material sofredeformação plástica, tem redução daespessura e aumento na largura e nocomprimento. Como a largura é limitada pelocomprimento dos cilindros, o aumento docomprimento é sempre maior.

Page 112: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

19

LAMINAÇÃOA laminação pode ser feita a quente ou a frio:

• Grandes reduções deespessura. Ex: Para reduzir oaço, a laminação é semprefeita a quente, pois a estruturacristalina é CFC, o que facilitaa laminação (forças de coesãosão menores, o que facilita adeformação planoscristalinos).

Quente

Page 113: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

LAMINAÇÃO

• Na laminação primária, faz redução oudesbaste inicial dos lingotes em blocos, tarugosou placas. Transforma seções de lingotes emoutras menores de formatos diversos. Nestaetapa ocorre o refinamento da microestruturados lingotes e o caldeamento (fechamento) debolhas e vazios;

• Uma nova etapa de laminação a quentetransforma o produto em chapas grossas, tirasa quente, vergalhões, barras, tubos, trilhos ouperfis estruturais.

Quente

Page 114: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

21

LAMINAÇÃO

• Ocorre após a laminação primária a quente, éresponsável por produtos de excelenteacabamento superficial, com boas propriedadesmecânicas, controle dimensional preciso,microestrutura de grãos alongados no sentido dalaminação anisotropia de propriedadesmecânicas.

A Frio

Page 115: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

22

LAMINAÇÃOAs instalações de uma laminação são compostas porfornos de aquecimento e reaquecimento de lingotes,placas e tarugos, sistemas de roletes para deslocar osprodutos, mesas de elevação e basculamento,tesouras de corte e principalmente o laminador.

Page 116: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

23

LAMINAÇÃOOs cilindros são as peças-chave dos laminadores,porque aplicam os esforços para deformar o metal.Podem ser fundidos ou forjados, de ferro fundido ouaço especial, dependendo das condições de trabalho.Podem ser lisos, para a produção de placas e chapas, oucom canais, para a produção de perfis.

Page 117: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

24

LAMINAÇÃOTipos de Laminadores:

• dois cilindros demesmo diâmetro,que giram emsentidos opostos, namesma velocidade.

Duo

• três cilindros dispostos unssobre os outros. Na primeiravez, passa entre o cilindroinferior e médio. No retorno,entre o médio e o superior.

Trio

Page 118: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

25

LAMINAÇÃO

• quatro cilindros: doisinternos (de trabalho) e doisexternos (de apoio).

Quádruo

• quatro cilindros combinados: dois horizontais e dois

verticais. É utilizado para a laminação de trilhos.

Universal

Page 119: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

26

LAMINAÇÃO

• seis cilindros dosquais dois são detrabalho equatro de apoio.

Sendzimir

Para peças de menor espessura, utilizam-se cilindros de menor

diâmetro para um melhor acabamento dimensional risco de sofrer flexão durante a laminação

utilizam-se cilindros de apoio com diâmetros maiores.

Page 120: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

LAMINAÇÃO

• As ranhuras são responsáveis pela

formação dos perfis de trilhos, canaletas e vigas.

Cilindros com

ranhuras

Page 121: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

28

• É o método mais eficiente e barato de reduzir a seção transversal de uma peça.

• Obtenção de espessuras uniformes ao longo de grandes comprimentos.

• Apresenta alta produtividade e um controle dimensional do produto acabado bastante preciso.

Vantagens

LAMINAÇÃO

• Problema de flexão dos rolos resultando na produção de chapas de espessura maior no centro do que nas bordas.

Desvantagem

Page 122: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

29

LAMINAÇÃOEsforços Envolvidos:

Tensões

Compressivas

O material é submetido a tensões

compressivas elevadas, resultantes da

ação de prensagem dos rolos.

Cisalhantes

O material é submetido a tensões

cisalhantes superficiais, resultantes do

atrito entre os rolos e o material. (As

forças de atrito são também responsáveis

pelo ato de "puxar" o metal para dentro

dos cilindros)

Page 123: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

30

LAMINAÇÃO

Laminação

a quente

Laminação

a frio

Placas Blocos Tarugos

Chapas

Folhas

Tubos

Perfis Trilhos Barras

Barras

Trefilados

Tubos

Page 124: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

31

LAMINAÇÃO

Page 125: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

32

LAMINAÇÃODefeitos em

produtos laminados

Desvios de forma

Irregularidades de superfície

trincas fissurascascas

(carepas)

Internos

trincasescamas

Page 126: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

33

Defeitos em produtos laminados

• Poros, inclusões, segregações devido ao processo de obtenção dolingote (processo de fundição);

• Após a laminação existe uma melhora na homogeneidade e distribuiçãodestes defeitos, quando se trata de inclusões estas se alinham de acordocom uma das direções principais de deformação (anisotropia).

• Como existe uma alta relação entre superfície/volume em produtoslaminados, deve-se ter o cuidado com o acabamento superficial.

• Durante a laminação deve-se ter um controle da espessura da chapa quepode variar no sentido longitudinal quando se trata de material nãohomogêneo , ou no sentido transversal devido a flexão do cilindro.

• Muitas vezes a variação da espessura no sentido longitudinal pode serocasionada pela variação da velocidade de laminação ou variação natensão de tração na chapa.

LAMINAÇÃO

Page 127: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

LAMINAÇÃO

Page 128: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

35

LAMINAÇÃO

Classificação dos produtos - Planos

• Chapas grossas > 6mm de espessura.

• Chapas finas a quente – de 1,2 a 6mm.

• Chapas finas a frio – de 0,3 a 2mm.

• Chapas galvanizadas – laminadas com revestimentoprotetor de zinco, por imersão em zinco fundido(processo mais usado) ou por deposição eletrolítica.

• Chapas estanhadas (folha de flandres) – laminados afrio com revestimento protetor de estanho ( porimersão ou deposição eletrolítica.

Page 129: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

36

LAMINAÇÃO

Classificação dos produtos - Não-Planos

• Diversos tipos de perfis: T, Y, V, L duplo T...

• Tarugos de seção quadrada, redonda, sextavada...

• Ferros finos de seção quadrada, redonda, chata...

• Fio máquina (materiais ferrosos de seção redonda, condicionados em bobinas)

Page 130: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

37

Cálculos.

LAMINAÇÃO

Porcentagem de Redução de Laminação (r):

100.%0

0

h

hhr

f

h0 = Espessura inicial

hf= Espessura final

Page 131: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

38

Cálculos

LAMINAÇÃO

0l

l f

ff

f

fff

hw

hw

l

l

hlwhlw

.

.

....

00

0

000

Coeficiente de Alongamento (δ):

l0 = Comprimento inicial da chapa

lf= Comprimento da chapa laminada

Volume Constante:

w0 = Largura inicial

wf= Largura final

h0 = Espessura inicial

hf= Espessura final

Page 132: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

39

Cálculos

LAMINAÇÃO

Velocidade de Saída do Material (vf):

O acumulo de material entre os cilindros é zero, então por unidade de tempo no

processo de laminação tem-se que todo:

“MATERIAL QUE ENTRA = MATERIAL QUE SAI”

Considerando que a largura praticamente não se altere e da condição de volume

constante, temos:

fff whvwhv .... 000

f

fh

hvv 0

00vv f

Page 133: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

LAMINAÇÃO

Encruamento: Criação e acúmulo de discordâncias provenientes da deformaçãoplástica do material aumento na resistência da peça laminada.

Alongamento dos grãos na direção de laminação.

Page 134: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

41

EXERCÍCIOS - LAMINAÇÃO

.

41

1) Responda às seguintes questões.

a) O que é laminação?

b) Qual a diferença entre um produto final e um

produto intermediário?

c) Por que o aço é sempre aquecido para ser laminado?

Page 135: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

42

EXERCÍCIOS - LAMINAÇÃO

.

42

2) Responda às seguintes questões.

a) Qual é a função do laminador?

b) Preencha os espaços em branco-

- Apresenta quatro cilindros, dois horizontais e dois

verticais: ..................

- Apresenta dois cilindros de mesmo diâmetro: ..............

- Apresenta seis cilindros, dois de trabalho e quatro de

apoio: ...............

- O material passa entre o cilindro inferior e o médio e

volta passando entre o médio e o superior: ................

- Tem quatro cilindros, dois de trabalho e dois de apoio:

.........

Page 136: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

1

FORJAMENTO

Page 137: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

2

Introdução

Vantagens e Desvantagens

Esforços Envolvidos

A Quente

A Frio

Carga Mecânica

Matriz Aberta

Matriz Fechada

Defeitos de Forjamento

FORJAMENTO

Page 138: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

3

FORJAMENTO = MARTELAMENTO

Introdução:

3

Page 139: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Introdução:

FORJAMENTO

O forjamento é um processo que utiliza prensas ou

martelos de impacto repetitivo para conformar uma

peça.

Page 140: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

5

Vantagens:

FORJAMENTO

Os forjados são produzidos a partir de pré-formas simples.

Produzem-se os componentes com tolerâncias apertadas.

Eficiente com relação ao aproveitamento da matéria-prima e

da diminuição do desperdício.

O controle da seqüência de fabricação garante uma elevada

taxa de repetibilidade das peças forjadas.

Os custos, em geral, são baixos. (desde que se trabalhe com

grandes quantidades)

Page 141: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

6

Desvantagens:

FORJAMENTO

Elevado custo das matrizes que são fabricadas de aço-

ferramenta.

Não é viável para quantidades pequenas de produtos.

Apenas pode ser aplicado em geometrias não muito

complexas.

As peças a serem forjadas necessitam de corte para ficarem do

tamanho ideal.

Page 142: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

7

A quente:

FORJAMENTO

Permite grandes deformações.

Menores valores de carga mecânica.

Boa precisão dimensional,

Page 143: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

8

A Frio:

FORJAMENTO

Deformações limitadas.

Maiores valores de carga mecânica.

Excelente precisão dimensional,

Page 144: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

9

Carga Mecânica:

FORJAMENTO

O método de aplicação da carga mecânica pode

ser dividido em:

Por impacto martelo

Por pressão prensa

Page 145: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

10

Carga Mecânica:

FORJAMENTO

IMPACTO - O método preferido para forjamento individual, isto é, o

“shapeamento” do metal ou outro material. É feito através da aplicação

de uma pressão instantânea em uma área relativamente pequena. O

martelo pode ser acionado por ar comprimido, hidraulicamente, ou

manual. Este tipo de forjamento pode produzir uma grande variedade de

formas e tamanhos. A desvantagem é a necessidade de usinagem após o

processo.

PRESSÃO - Nesse tipo de processo uma pressao contínua e lenta é

aplicada na área a ser forjada. Esta operação pode ser realizada a quente

ou a frio.

Page 146: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

11

Toda a operação de forjamento precisa de uma

matriz. É ela que ajuda a fornecer o formato

final da peça.Tais matrizes podem ser:

Matrizes abertas ou forjamento livre

Matrizes fechadas

FORJAMENTO

11

Classificação do Processo de Forjamento:

Page 147: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

FORJAMENTO

Page 148: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

13

Matriz Aberta:

FORJAMENTO

Aplicação de forças de compressão ocorre em regiões

localizadas da peça.

A forma final da peça é obtida por intermédio da sua

manipulação (ex: avanço, rotação...) – golpes sucessivos

da prensa.

Page 149: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Matriz Aberta:

FORJAMENTO

Page 150: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Matriz Aberta:

FORJAMENTO

Page 151: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

16

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

O material é conformado entre duas metades de matriz que

possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões com o

formato que se deseja fornecer à peça. A deformação ocorre

sob alta pressão em uma cavidade fechada ou semi-fechada,

permitindo assim obter-se peças com tolerâncias dimensionais

mais apertadas.

Nos casos em que a deformação ocorre dentro de uma

cavidade totalmente fechada, sem zona de escape, é

fundamental a precisão na quantidade fornecida de material

Page 152: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

17

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

Uma quantidade insuficiente de material implica na falta de enchimento da

cavidade e falha no volume da peça.

Um excesso de material causa sobrecarga no ferramental, com probabilidade

de danos ao mesmo e ao maquinário.

Dada a dificuldade de dimensionar a quantidade exata fornecida de material,

é mais comum empregar um pequeno excesso. As matrizes são providas de

uma zona oca especial para recolher o material excedente ao término do

preenchimento da cavidade principal.

O material excedente forma uma faixa estreita (rebarba) em torno da peça

forjada. A rebarba exige uma operação posterior de corte (rebarbação) para

remoção.

Page 153: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

18

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

Peças forjadas em matriz, com peso inferior a 2 ou 3 kg, são

normalmente produzidas a partir de barras laminadas; as de

maior peso são forjadas a partir de tarugos ou palanquilhas,

quase sempre também laminados, e cortados previamente no

tamanho adequado.

Peças delgadas, como chaves de boca, alicates, tesouras,

facas, instrumentos cirúrgicos, etc, podem ser forjadas a partir

de recortes de chapas laminadas.

O forjamento em matriz fechada pode ser classificado em: a)

forjamento a partir da barra, b) a partir de tarugos e c)

elementos estampados.

Page 154: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

19

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

Page 155: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

20

Para peças não muito complexas, são aplicadas as seguintes

etapas no forjamento em matriz fechada:

• Corte do blank, ou seja, do pedaço de metal em barra no

tamanho necessário.

• Aquecimento - realizado em fornos.

• Forjamento intermediário, realizado somente quando é

difícil a conformação em uma única etapa.

• Forjamento final - feito em matriz, já com as dimensões

finais da peça.

• Tratamento térmico - para a remoção das tensões,

homogeneização da estrutura, melhoria da usinabilidade e das

propriedades mecânicas.

Matriz Fechada (Etapas do Processo):

FORJAMENTO

20

Page 156: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

21

Matriz Fechada Progressiva:

FORJAMENTO

21

Page 157: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

Page 158: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

Matriz Fechada:

FORJAMENTO

Page 159: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

FORJAMENTO

Peças Forjadas Típicas:

Page 160: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

25

FORJAMENTOPeças Forjadas Típicas:

Page 161: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

FORJAMENTO

Defeitos dos Produtos Forjados:

Falta de redução - caracteriza-se pela penetração incompleta do

metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e

acontece quando são usados golpes rápidos e leves do martelo.

Trincas superficiais - causadas por trabalho excessivo na periferia da

peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente.

Trincas nas rebarbas - causadas pela presença de impurezas nos

metais ou porque as rebarbas são pequenas. Elas se iniciam nas rebarbas

e podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação.

Trincas internas - originam-se no interior da peça, como

consequência de tensões originadas por grandes deformações.

Page 162: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

27

FORJAMENTO

Defeitos dos Produtos Forjados:

Gotas frias - são descontinuidades originadas pela dobra de superfícies,

sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de

material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas,

colocação inadequada do material na matriz.

Incrustações de óxidos - causadas pela camada de óxidos que se

formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se

desprendem, mas ocasionalmente, podem ficar presas nas peças.

Descarbonetação - caracteriza-se pela perda de carbono na superfície

do aço, causada pelo aquecimento do metal.

Queima - gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos

grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento

próximo ao ponto de fusão.

27

Page 163: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

COMPARATIVO

Page 164: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

COMPARATIVO

Page 165: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

COMPARATIVO

Page 166: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

31

EXERCÍCIOS - FORJAMENTO

1. Relacione as características listadas com o tipo de forjamento.

Coluna A Coluna B

( ) Matrizes de geometria simples. 1- Forjamento livre.

( ) Peças de tamanho grande como 2- Forjamento/ matriz fechada.

eixos de navios.

( ) Utiliza uma matriz na qual está

esculpida a cavidade da peça.

( ) Necessita de várias matrizes com

formatos intermediários.

( ) As matrizes apresentam calhas

para conter as rebarbas.

31

Page 167: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

32

2. Complete as definições a seguir.

• O forjamento é um processo de...............................no qual o material

é........................................

• O forjamento ................................... é feito aplicando-se golpes rápidos e

sucessivos ao metal.

• No forjamento .............................................., a força de compressão é aplicada

em baixa velocidade de forma contínua.

EXERCÍCIOS - FORJAMENTO

32

Page 168: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

33

EXERCÍCIOS - FORJAMENTO

.

33

Exercício 3: Descreva, com suas palavras, as etapas do forjamento em matriz fechada.

Exercício 4: Uma peça forjada apresenta uma rachadura próxima à periferia da peça na

região da rebarba. Na sua opinião, qual a possível causa desse defeito?

Exercício 5: Relacione a característica com o respectivo processo de forjamento.

Coluna A Coluna B

( ) Golpes rápidos e sucessivos. 1 - Forjamento por martelamento.

( ) A deformação atinge camadas profundas 2 - Forjamento por prensagem.

do material.

( ) A deformação das fibras do material é mais regular.

( ) A pressão máxima ocorre quando a matriz toca o metal

( ) A pressão máxima é atingida pouco antes da carga ser retirada.

( ) A deformação é maior nas camadas superficiais da peça

( ) A deformação das fibras do material é irregular.

Page 169: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

1

EXTRUSÃO

Page 170: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

2

Introdução

Direta, Indireta, Hidráulica e Lateral

A Quente

A Frio

Efeito da Temperatura

Vantagens e Desvantagens

Cálculo da Força de Extrusão

Ferramentas de Extrusão

Equipamentos

Defeitos na Extrusão

Geometrias das Matrizes

Dispositivo de Extrusão

EXTRUSÃO

Page 171: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

3

EXTRUSÃO

(a) (b)

Êmbolo

Êmbolo

Introdução:

A extrusão é um processo no qual o material é forçado a

escoar através de um orifício.

EXTRUSÃO

Page 172: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

4

EXTRUSÃO

Introdução:

EXTRUSÃO

Page 173: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

5

EXTRUSÃO

Direta

Page 174: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

6

EXTRUSÃO

Indireta

Page 175: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

EXTRUSÃO

Hidráulica

Page 176: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

8

EXTRUSÃO

Lateral

Page 177: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

9

EXTRUSÃO

A adequação do material depende da

temperatura de extrusão, de sua rigidez,

resistência e abrasão.

Temperaturas muito baixas de extrusão

tornam o material muito rígido.

Temperaturas muito altas favorecem a

formação de trincas.

Efeito da Temperatura:

Page 178: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

10

EXTRUSÃOA Quente:

Características:

Grandes reduções de seção numa só etapa;

A maioria dos processos para se obter produtos contínuos semi-

acabados (barras) e acabados (perfis e tubos);

Desgaste excessivo da matriz;

Esfriamento do tarugo na câmara pode gerar deformações não-

uniformes;

Tarugo aquecido é coberto por filme de óxido (exceto quando

aquecido em atmosfera inerte) que afeta o comportamento do fluxo

do metal por suas características de atrito e pode gerar um produto

com acabamento ruim.

Page 179: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

ETAPAS DA EXTRUSÃOA Quente:

Page 180: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

12

EXTRUSÃO

A Quente:

Existem basicamente três variações de extrusão em

função da técnica de lubrificação usada

Extrusão não lubrificada

Extrusão lubrificada

Extrusão hidrostática

Page 181: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

13

EXTRUSÃO

A Quente:

Extrusão a quente sem lubrificação

Neste processo os fatores metalúrgicos e de processos

interagem, afetam as propriedades mecânicas, o

acabamento superficial e a resistência a corrosão do

produto

Produz formas bastantes complexas, superfícies

espelhadas e tolerâncias dimensionais fechadas e utiliza

matriz plana.

Page 182: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

14

EXTRUSÃO

A Quente:

Extrusão a quente com lubrificação

Reduz a carga requerida, o desgaste da matriz e a

necessidade de aumento de temperatura devido ao menor

atrito e menor cisalhamento.

Melhora a uniformidade das propriedades mecânicas.

Vidro fundido geralmente é utilizado como

lubrificante.

Page 183: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

15

EXTRUSÃO

A Quente:

Extrusão a quente hidrostática

Transmissão de pressão ao tarugo por meio de um

fluido hidráulico.

O diâmetro do tarugo é menor que o diâmetro da

câmara, que é preenchida por um fluido . O fluido sob

pressão empurra o tarugo pela matriz. Não há atrito nas

paredes da câmara.

Baixo atrito, pequenos ângulos de matriz e altas

relações de extrusão.

Page 184: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

16

EXTRUSÃOA Frio:

Características:

Desenvolvida nos anos 40, combina operações de extrusão

direta, indireta e forjamento.

O processo foi aceito na indústria particularmente para

ferramentas e componentes de automóveis , motocicletas,

bicicletas, acessórios e equipamento agrícola.

Pequenas reduções de seção em vários estágios;

Obtenção de peças de precisão;

Embora componentes extrudados a frio sejam mais leves,

fabricam-se componentes de até 45 kg e com comprimentos de

até 2m.

Page 185: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

17

EXTRUSÃO

Facilidade de produção.

Baixo custo do ferramental.

Bom acabamento do produto final.

Possibilidade de intercambio com outros

processos (Forjamento).

Vantagens:

Page 186: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

18

EXTRUSÃO

Anisotropia do material na direção da

extrusão.

Temperatura e velocidade de extrusão

devem ser controlados de maneira a

evitar defeitos.

Desvantagens:

Page 187: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

19

EXTRUSÃOCurvas de Pressão:

Page 188: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

20

EXTRUSÃO

Influenciam na qualidade do produto

Ferramentas:

Page 189: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

21

Ferramentas:

Êmbolos, recipientes e matrizes fabricadas em aços

para trabalho a quente, ligados ao Cr, V, Mo, W e Ni.

Em aços para trabalho a frio ligados ao Cr, V, Mo e W

ou,

Matrizes com núcleo de metal para grandes

produções. São fabricadas por sinterização e sofrem

nitretação (aumento de dureza superficial).

Matrizes com geometrias específicas para grupos de

ligas metálicas extrudadas.

EXTRUSÃO

Page 190: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

22

Equipamentos:

De Extrusão:

Prensas hidráulicas (horizontais para extrusão a quente e

verticais para extrusão a frio) com capacidade de 1000 a

8000 T.

Ação contínua, por acionamento hidro-pneumático ou

óleo-dinâmico.

Auxiliares:

sistemas de corte de barras

sistemas de retrocesso do pistão

fornos para aquecimento de tarugos (indutivos para maior

rapidez e uniformidade de aquecimento)

controle da atmosfera de aquecimento

EXTRUSÃO

Page 191: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

23

EXTRUSÃO

Prensa Hidráulica:

Extrusão a Quente

Page 192: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

24

EXTRUSÃO

Formas Resultantes:

Praticamente qualquer forma de seção transversal vazada ou cheia pode ser

produzida por extrusão. Como a geometria da matriz permanece inalterada, os

produtos extrudados têm seção transversal constante .

Page 193: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

25

EXTRUSÃO

Defeitos na Extrusão:

1) Devido às deformações não homogêneas: pode ocorrer que o centro do

material extrudado mova-se mais rapidamente que a periferia, resultando em

“zonas mortas” ao longo da superfície externa do material

Anel de Oxido: Centro do tarugo move-se mais rapidamente. Quando a maior

parte do tarugo já tiver passado pela matriz, a espessura de material mais

externa “desaba” e é empurrado pelo pistão. Como a superfície do que

desabou continha uma película de óxidos, vão aparecer linhas centrais de

óxidos no interior do produto final. Se for feito um corte transversal observar-

se-á um anel de óxido quase que destacado do material adjacente a ele.

Cavidade no centro: em função da diferença de velocidade entre o núcleo e a

superfície do tarugo acontece a formação de uma cavidade no centro do

material em contato com o pistão, quando o processo de extrusão atinge a

etapa final. Esta cavidade cresce gradualmente em diâmetro e profundidade

transformando, naquele pedaço, a barra em tubo (rechupe).

Page 194: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

26

EXTRUSÃO

Defeitos na Extrusão:

2) Devido a temperaturas de processo inadequadas:

Trincamento (fragilização): Quando a temperatura de

extrusão está acima da ideal, o material pode apresentar

trincas durante o resfriamento no final do processo.

Marcas de Escorregamento (arrancamento): Quando a

temperatura do processo está abaixo da indicada, a

velocidade estabelecida pode ser excessiva e ocasionar

perda de material da superfície do produto (marcas).

Page 195: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

27

EXTRUSÃO

Defeitos na Extrusão:

3) Devido a gases:

Bolhas de gás: Produtos fabricados pelo processo de extrusão

podem também bolhas de ar na superfície. Elas podem ser

oriundas de um processo de fundição do lingote não adequado

ou, ainda que menos provavelmente, do ar contido nas

“câmaras” de extrusão

Page 196: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

28

EXTRUSÃO

Defeitos na Extrusão – como evitá-los ou eliminá-los do produto

Anel de Óxido: não extrudar o tarugo até o fim; aquecer o recepiente de

passagem a uma temperatura 50ºC menor que a temperatura do tarugo; não

deixar o diâmetro do produto extrudado ultrapassar um valor a partir do qual o

anel de óxido começa a aparecer.

Cavidade no Centro: descartar a porção final do produto.

Trincamento: utilizar temperaturas de processo adequadas.

Marcas de Escorregamento (arrancamento): diminuir a velocidade de

extrusão e/ou adequar a temperatura da operação.

Bolhas de Gás: eliminar gases dissolvidos no metal líquido durante a fundição

do lingote

Page 197: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

29

a) Al puro, AlMn, AlMgSi

b) AlCuMg, AlMg, AlZnMg

c) MgAl, MgZnZr

d) PbCu, PbSb

e) CuZnPb

f) CuCd, CuSb

g) Ligas de Zn

h) Aços

i) Ligas de Ti

k) Ligas de Ni, Cr (altas T)

EXTRUSÃO

Geometrias das Matrizes:

Page 198: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

30

EXERCÍCIOS - EXTRUSÃO

1) Responda às seguintes questões:

- O que é extrusão?

- Que tipos de produtos são fabricados pelo processo de extrusão?

2) Escreva “C” para as afirmações corretas e “E” nas incorretas. Por

que estão erradas?

( ) Rolos de arame, cabos e fios elétricos são produtos fabricados

por extrusão.

( ) O alumínio pode ser extrudado em uma grande variedade de

perfis.

( ) A temperatura de aquecimento do bloco a ser extrudado deve

ser a mais alta possível.

Page 199: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

31

EXERCÍCIOS - EXTRUSÃO

3) Complete as definições abaixo:

- Na extrusão direta, o bloco metálico é ______________.

- Na extrusão indireta, a matriz é ___________________.

4) Como é possível evitar os seguintes defeitos?

- Cavidade no produto.

- Anel de óxido.

- Arrancamento.

- Bolhas.

Page 200: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

1

TREFILAÇÃO

Page 201: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

2

Introdução

Características gerais

Etapas do Processo de Fabricação

Geometria

Vantagens

Equipamentos

Produtos

TREFILAÇÃO

Page 202: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

3

TREFILAÇÃO = PUXAMENTO

Page 203: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

4

TREFILAÇÃO

• A trefilação é uma operação que a matéria-prima é estirada através de uma matriz em forma de canal convergente (FIEIRA ou TREFILA) por meio de uma força trativa, aplicada do lado de saída da matriz. O escoamento plástico é produzido principalmente pelas forças compressivas provenientes da reação da matriz sobre o material.

Introdução

Page 204: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

TREFILAÇÃOIntrodução:

Matéria-prima para a trefilação é um material

em forma de tubo, barra ou arame.

Em muitos casos, o material a ser trefilado

é chamado de fio máquina.

Page 205: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

6

TREFILAÇÃO

Características gerais

• O processo de trefilação consiste em puxar o metal através de uma matriz(fieira), por meio de uma força de tração aplicada na saída da matriz.

• A maior parte do escoamento plástico é causada por esforços decompressão resultantes da reação do metal com a matriz.

• Os processos de trefilação são realizados à temperatura ambiente, usandoum número de passes ou reduções através de fieiras consecutivas. Apósum certo número de passes de trefilação é comum o recozimento do fio.

• Na redução sucessiva de diâmetro de uma barra metálica maciça podemresultar barras, vergalhões e arames.

• A geometria da fieira determina as dimensões finais (a área da seçãotransversal do produto trefilado).

Page 206: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

7

TREFILAÇÃO

• Fio-máquina(diâmetro ≥ 5,5mm): Laminado a quente e recozido.

• Decapagem mecânica ou química que retira os óxidos presentes na superfície do fio máquina.

• Trefilação propriamente dita.

• Tratamento térmico de recozimento, quando é necessário restabelecer a ductilidade do material.

Etapas do

processo de

trefilação

Page 207: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

8

TREFILAÇÃO

• A geometria da fieira tem grande influência sobre a força de trefilação. Para qualquer passe de redução a ser realizado no material existe uma geometria de fieira ideal que exige um menor esforço de tração para que o material atinja o limite de escoamento.

Geometria

Page 208: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

9

TREFILAÇÃOGeometria: Representação das 4 regiões da fieira

a) Cone de entrada: guia o fio e o lubrificante;

b) Cone de trabalho: ocorre a redução do diâmetro. Forças compressivas são mais intensas;

c) Cilindro de calibração: define o diâmetro do fio;

d) Cone de saída: saída livre do material trefilado.

Page 209: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

10

TREFILAÇÃO

• Na região de deformação é aplicado o esforço de compressão (minimizando o atrito), reduzindo assim o desgaste da fieira.

• Ocorre a conformação, acontece a redução da seção transversal do fio através da transformação de uma parcela da tensão de tração em tensão de compressão.

• Quanto maior a resistência do fio menor deve ser o ângulo de redução.

• Ângulos maiores tendem a empenar mais facilmente uma peça (área de contato é menor forças ficam concentradas em uma superfície menor)

• Este valor pode variar de 6º a 30º.

Geometria

Page 210: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

11

TREFILAÇÃO

• Tem a função de calibrar ou ajustar o diâmetro do fio.

• Auxilia o ângulo 2b, mantendo a camada de lubrificante espessa na interface de deformação.

• Controla o diâmetro final do fio trefilado garantindo assim as tolerâncias geométricas (cilindricidade) e o acabamento superficial.

• A escolha de um valor correto auxilia na manutenção de uma lubrificação mais eficiente, aumentando assim a vida útil da fieira [MAXWELL, 1991].

Geometria (cilindro

de calibração)

Page 211: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

12

TREFILAÇÃO

Vantagens

• O material pode ser estirado e reduzido em secção transversal mais do que com qualquer outro processo.

• A precisão dimensional obtida é maior que em qualquer outro processo exceto a laminação a frio, que não é aplicável às bitolas comuns de arames.

• A superfície produzida é uniformemente limpa e polida.

• O processo influi nas propriedades mecânicas do material, permitindo, em combinação com um tratamento térmico adequado, a obtenção de uma gama variada de propriedades com a mesma composição química.

Page 212: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

13

TREFILAÇÃO

Materiais da Trefila: Características Necessárias

• Permitir a trefilação de grande quantidade de fios sem desgaste acentuado na fieira;

• Permitir a trefilação em altas velocidades (produtividade);

• Permitir a adoção de elevadas reduções de secção;

• Produzir fio de diâmetro constante;

• Conferir longa vida à ferramenta para evitar perdas de tempo para controle dimensional e/ou substituição da mesma;

• Permitir a obtenção de superfície lisa e brilhante no fio pelo maior tempo possível.

Page 213: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

14

TREFILAÇÃO

Materiais para Trefila de Fios

Diamante Industrial

• Para fios de diâmetros menores ou iguais a 2mm;

Metal-duro

• Para fios de diâmetros maiores que 2mm. Comumente se emprega um material com 95% de carboneto de tungstênio e 5% de cobalto, podendo conter ainda cromo e tântalo. Núcleo de metal-duro de elevadíssima dureza em suporte de aço carbono

Page 214: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

15

TREFILAÇÃO

Lubrificação na Trefilação

• O fenômeno do atrito é muito importante no processo de trefilação –movimento relativo fio/fieira.

• Maior atrito maior desgaste da ferramenta, defeitos superficiais no fio, maior força de trefilação e maior temperatura.

• Ação do lubrificante – película constante entre as superfícies de contato; temperatura na superfície do fio constante, decrescendo para o seu interior.

Características do lubrificante

• Evitar engripamento que ocorre quando filme é interrompido

• Resistência à temperatura de trefilação.

• Resistência química à ação desagregadora de óleos minerais presentes.

• Capacidade de manter a superfície do fio isenta de resíduos carbônicos provenientes de recozimento.

Page 215: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

TREFILAÇÃO

Condições ideias

• Otimização do processo de trefilação...

• Alta velocidade de trefilação aumento da produtividade

• Pequenas forças de trefilação possibilitar o uso de máquinas menosrobustas

• Trefilados com qualidades mecânicas e metalúrgicas adequadas ao uso docliente: uniformidade dimensional e ausência de defeitos.

Page 216: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

17

TREFILAÇÃO

• Diâmetro escalonado, causado por partículas duras retidas na fieira, que se desprendem depois.

Defeitos Típicos

Page 217: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

18

TREFILAÇÃO

• Fratura irregular, com estrangulamento, causada por esforço excessivo devido à lubrificação deficiente, excesso de espiras no anel tirante, anel tirante rugoso, anel tirante com diâmetro incorreto, redução excessiva.

Defeitos Típicos

Page 218: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

19

TREFILAÇÃO

• Fratura com risco lateral, ao redor da marca de inclusão, causada por partícula dura inclusa no fio inicial proveniente da laminação ou extrusão.

Defeitos Típicos

Page 219: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

20

• Fratura com trinca aberta em duas partes, causada por trincas de laminação.

Defeitos Típicos

TREFILAÇÃO

Page 220: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

21

• Marcas em forma de V ou fratura em ângulo, causadas por redução grande e parte cilíndrica pequena, com inclinação do fio na saída; ruptura de parte da fieira com inclusão de partículas no contato fio-fieira; inclusão de partículas duras estranhas.

Defeitos Típicos

TREFILAÇÃO

Page 221: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

22

TREFILAÇÃO

• Ruptura taça-cone, causada por redução pequena e ângulo de fieira muito grande, com acentuada deformação da parte central.

Defeitos Típicos

Page 222: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

23

TREFILAÇÃOEquipamentos:

Page 223: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

24

TREFILAÇÃOEquipamentos:

Page 224: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

25

TREFILAÇÃOEquipamentos:

Desenroladores

Endireitadores

Compactadores

de rolo

Guia Fio

Page 225: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

26

TREFILAÇÃOProdutos:

Não

Ferrosos

Ferrosos

Page 226: PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS

27

1. Complete as seguintes frases:

a)A trefilação é o processo utilizado para a produção de .......................... ,

............................................. e ....................................................

b)Na trefilação, o material é .........................através de uma matriz e é normalmente realizada a

............................................

c)A barra a ser trefilada é chamada de.....................................

2. Em uma empresa de fios e cabos elétricos esta ocorrendo a fratura no fio de cobre durante

o processo de produção. Liste as possíveis causas e dê as soluções necessárias.

3. Descreva a função das seguintes partes da fieira: a) cone de entrada; b) cone de trabalho; c)

cilindro de calibração e d) cone de saída.

TREFILAÇÃOExercícios: