Processo Penal

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Prof. Flvio MartinsTwitter: @sigaoflavio28/02/2013 Aula 1/9

PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO PENAL1. Princpio do juiz natural (art.5, LIII, CF):

LIII - ningum ser processado nem sentenciado seno pela autoridade competente;

a) proibio dos tribunais de exceo (tribunal criado para julgar fato ad hoc ou pessoa ad persona especfica);

b) garantia do juiz competente.Se o ru julgado pelo juiz incompetente o processo ser nulo (nulidade absoluta); h ainda uma corrente minoritria que acredita que o processo julgado por juzo incompetente inexistente.2. Devido processo legal (art.5, LIV, CF):

LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;

a soma de todos os direitos e garantias aplicados ao processo, sejam eles expressos (ex.: juiz natural) ou implcitos na Constituio. Como exemplo de garantia implcita temos ningum obrigado a produzir prova contra si mesmo, que no vem expresso no texto constitucional.3. Contraditrio e ampla defesa (art.5, LV, CF):

LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral so assegurados o contraditrio e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;

a) Contraditrio = comunicao obrigatria + reao possvel. Comunicao obrigatria significa que as partes devem ser informadas sobre todos os atos processuais. (se o autor produz uma prova, o ru deve ser informado; se o juiz decide algo, as partes devem ser informadas, etc). Caso no queira responder no h problema, ela arcar com o seu silncio.b) Ampla defesa = direito de presena + direito de audincia. O ru tem o direito de estar presente em todos os atos processuais. H, porm, uma exceo a esta regra, que se trata do interrogatrio por videoconferncia, possibilidade trazida pela Lei 11.900/09. O direito de audincia o direito de ser ouvido.No Processo Penal existem dois tipo de defesa:

( defesa tcnica: defensor habilitado (advogado nomeado pela parte, pelo juiz, ou um defensor). Esta defesa tcnica indispensvel, assim, caso o ru comparea sem advogado o juiz lhe nomear um.

( autodefesa: defesa realizada pelo prprio ru. Esta defesa dispensvel, podendo o ru permanecer em silncio.

4. Princpio da presuno de inocncia (art.5, LVII):

LVII - ningum ser considerado culpado at o trnsito em julgado de sentena penal condenatria;

Ningum considerado culpado at sentena irrecorrvel. Alguns chamam este princpio de estado de no culpabilidade.

So conseqncias:

as prises processuais so excepcionais;

o uso de algemas excepcional (smula vinculante n11); a condenao penal exige certeza (in dbio pro reo);

inquritos policiais e processos em andamento no constituem maus antecedentes.LEI PROCESSUAL NO TEMPOA lei penal e a lei processual no tempo so tratadas de formas distintas.

( A lei penal no retroage, salvo para beneficiar o ru.( A lei processual regida pelo princpio do efeito imediato. (tempus regit actum). Assim, a nova lei processual ser aplicada a todos os processos em curso, no importando se beneficia ou no o ru. Os atos processuais j realizados permanecero vlidos.CONTAGEM DE PRAZOPRAZO PENALPRAZO PROCESSUAL

Conta a dia do comeo, exclui o dia do final.Comea a contar no prximo dia til a partir da intimao (e no da juntada do mandado de intimao, como no civil).

Ex.: preso no dia 28/02/13 com pena de 1 ano, sair em 27/02/2014Ex.: advogado intimado em 25/02 (segunda feira) para apelar (prazo de 5 dias), o prazo comear a contar em 26/02, terminando no dia 30/02, porm, como cai no sbado, prorroga para segunda.

improrrogvel prorrogvel

INQURITO POLICIAL

Inqurito no processo, mas sim um procedimento administrativo destinado colheita de provas.

Caractersticas do inqurito policial:

a) escrito (art.9), inclusive os testemunhos orais; Art.9oTodas as peas do inqurito policial sero, num s processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

b) inquisitivo: no tem contraditrio e ampla defesa;c) sigiloso (art.20), ao contrrio do processo que , via de regra, pblico. Existem duas razes para este sigilo, assegurar a eficcia (para que ningum atrapalhe as investigaes) e para preservar a intimidade do acusado.

Art.20.A autoridade assegurar no inqurito o sigilo necessrio elucidao do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.

Existem algumas pessoas para as quais o inqurito no sigiloso, quais sejam: juiz, ministrio pblico e advogado. Sobre a possibilidade de o advogado ter acesso ao inqurito:

( art.7, EOAB tem sempre acesso aos autos do inqurito policial.

( smula vinculante n14 o advogado de defesa tem sempre acesso aos autos da investigao. Contra ato ou deciso que desrespeita smula vinculante cabe reclamao para o STF (art.103-A, CF).d) indisponvel: o delegado no pode arquivar o inqurito policial, quem o arquiva somente o juiz.

e) dispensvel para o incio da ao penal. O que so indispensveis so as provas, assim, caso no necessite de inqurito por j possuir provas, nada impede que se inicie a ao penal.CPI Comisso Parlamentar de Inqurito: um exemplo de investigao que no realizada pela polcia mas sim por parlamentares, estando prevista no art.58, par.3, CF. ( pode ser criada por qualquer casa parlamentar.

( necessrio 1/3 dos parlamentares da casa para que seja proposta a CPI.( investiga fato certo por prazo determinado.( tem poderes instrutrios de juiz, ou seja, pode produzir as mesmas provas que um juiz. Pode: requisitar documentos;

determinar intimao de testemunhas;

decretar a quebra do sigilo bancrio e fiscal (questo pacfica na jurisprudncia do Supremo). decretar quebra do sigilo telefnico (registro telefnico, lista dos nmeros com quem determinado telefone mantinha contato com o tempo das ligaes)

( CPI no pode: decretar prises; com exceo da priso em flagrante;

decretar interceptao telefnica (grampo telefnico); s o juiz pode; decretar a busca domiciliar ( s o juiz).(1h 10min)

CUIDADO: A incomunicabilidade prevista no art.21 CPP no foi recepcionada pela CF/88.

Hoje temos no Brasil o regime disciplinar diferenciado (RDD) que vem previsto no art.52 da lei de execuo penal. O RDD:( punio disciplinar imposta ao preso, provisrio ou condenado.

( decretado por juiz.

( dura at 360 dias, prorrogvel em caso de nova falta grave. Essa prorrogao, entretanto, deve respeitar o limite de 1/6 da pena.( caractersticas:

celas individuais;

duas visitas semanais (exceto as crianas) (advogado no conta como visita);

2h por dia de banho de sol.Incio do inqurito policial:

Depende da ao penal de cada crime.CRIMES DE AO PENAL PBLICA INCONDICIONADA de ofcio pelo delegado;

requisio (ordem) do MP ou do juiz;

requerimento do ofendido.

CRIMES DE AO PENAL PBLICA CONDICIONADA representao do ofendido; requisio do Ministro da Justia.

CRIMES DE AO PENAL PRIVADA mediante requerimento do ofendido.

Encerramento do inqurito policial:O delegado far um minucioso relatrio, onde descrever quais provas produziu e como se desenrolou a investigao. Este relatrio no vincula o MP.Prazo para concluso:

se o indiciado est preso: 10 dias (improrrogvel);

se estiver solto: 30 dias prorrogveis pelo juiz por quantas vezes entender necessrio.Existem diversas excees a estes prazos, a que se mostra mais importante a da Lei de Drogas, para a qual triplicamos o prazo, assim, para investigado preso o prazo ser de 30 dias, e em caso de investigado solto, o prazo de 90 dias.Opes do MP quando recebe o IP:a) oferecer a denncia;

b) requerer o arquivamento para o juiz; o juiz poder arquivar;

caso discorde do arquivamento, o juiz remeter os autos para o Procurador Geral (chefe do MP), conforme o art.28.

Art.28.Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia, requerer o arquivamento do inqurito policial ou de quaisquer peas de informao, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa do inqurito ou peas de informao ao procurador-geral, e este oferecer a denncia, designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la, ou insistir no pedido de arquivamento, ao qual s ento estar o juiz obrigado a atender.

c) solicitar novas diligncias, novas provas.

11/03/2013

Prof. Guilherme MadeiraTwitter: @madeiradez

//Guilhermemadeiradezem

Professormadeira.com

Arts.24 a 68 CPPAO PENAL

CLASSIFICAO DA AO PENAL

1. AO PENAL PBLICA: no silncio da lei a ao penal pblica incondicionada.A) INCONDICIONADA: sempre que o crime for praticado contra bens ou interesses da Unio, Estado ou Municpio. (art.24, par.2). I) Legitimado ativo: MP

II) Veculo: denncia, cujos requisitos esto no art.41. A denncia inepta quando no permite o exerccio do direito de defesa por no descrever os fatos.III) Princpios: ODIO

Obrigatoriedade (legalidade): o MP tem o dever funcional de oferecer denncia uma vez presentes os requisitos para o oferecimento da denncia. No JECrim vale o princpio da obrigatoriedade mitigada ou discricionariedade regrada por fora da transao penal. (art.76 da lei 9.099/95) Divisibilidade: se o MP no oferecer denncia contra todos no h nenhuma sano processual. (ver mais a frente, no tem indivisibilidade) Indisponibilidade: o MP no pode desistir da ao penal. O MP pode pedir absolvio e o juiz pode mesmo assim condenar. Oficialidade (1) e oficiosidade (2): a acusao promovida por rgos oficiais (1); o MP atua de ofcio (2).B) CONDICIONADA:

Representao: natureza jurdica de condio de procedibilidade. Requisio do Ministro da Justia: natureza jurdica de condio de procedibilidade.

I) Legitimados:

Para a representao o ofendido ou seu representante legal;

Para a requisio, ser o Ministro da Justia.

Para a ao penal, o Ministrio Pblico.

II) Veculo:

Para o MP, denncia.

Para o ofendido, representao.

Para o Ministro da Justia, requisio.

III) Princpios:

Para o MP so os mesmos da ao penal pblica incondicionada (ODIO).

Para o ofendido ou seu representante legal, vale o princpio da oportunidade. IV) Representao: um pedido-autorizao necessrio tanto para o inqurito como para a ao penal. Se o ofendido for maior de 18 anos, somente ele poder representar. Se ele for menor de 18 anos ou incapaz por qualquer forma, ser legitimado o seu representante legal. Se for incapaz e houver conflito de interesses com o representante legal, o juiz nomeia um curador especial. Curador especial: substituto processual, no precisa ser bacharel em direito e no obrigado a representar.Prazo: 6 meses a contar do conhecimento da autoria. Este um prazo decadencial, e por isso deve ser contado como direito penal material. Ex.: tomou conhecimento no dia 11/04, inclui o incio e exclui o final, assim, acaba o prazo no dia 10/10.Retratao da representao: possvel at o oferecimento da denncia (art.25), em regra. EXCEO: na lei Maria da Penha fala-se em renncia de representao, que deve ser feita perante o juiz em audincia especialmente designada para esta finalidade.(41min)ATENO: na lei maria da penha, o nico crime que muda a leso corporal leve, cuja ao pblica incondicionada. Para os demais crimes no muda.V) Requisio do Ministro da Justia:

No h o prazo decadencial de 6 meses. S h o prazo prescricional.No h previso no CPP de retratao da requisio

2. AO PENAL PRIVADA: existem 3 modalidades.I) Legitimado ativo: ofendido e o representante legal. Pode ocorrer tambm a sucesso processual, que a morte do ofendido antes do trmino do prazo decadencial. Poder suced-lo cnjuge, ascendente, descendente e irmo. (CADI). Sempre vale a vontade positiva, assim, se cnjuge, descendente e irmo no quiserem processar, e o ascendente quiser, ocorrer o processo. Se todos quiserem processar observa-se a sequncia CADI.II) Veculo: queixa-crime, cujos requisitos esto nos arts.41 e 44. Tem que ter procurao com poderes especiais.

III) Princpios: Oportunidade

Disponibilidade

Indivisibilidade: a queixa crime deve ser oferecida contra todos os agentes conhecidos. A excluso voluntria de um dos agentes causa de renncia extensvel aos demais. Ex.: Madeira apresenta queixa-crime contra Marlia e Camila por difamao j que ouviu quando as duas, juntamente a Catharina ofendiam a ele. Madeira renunciou da queixa-crime Catharina, assim no prosperar.IV) Prazo: seis meses a contar da autoria, em regra. Excees:

Seis meses a contar do aniversrio de 18 anos caso o representante legal no tenha oferecido queixa-crime.

Nos crimes contra a propriedade imaterial so 30 dias para oferecer a queixa-crime, a contar da homologao do laudo, nos termos do art.529. Ver ao penal privada personalssima ( ). O prazo de 6 meses a contar do trnsito em julgado da sentena que anular o casamento.A) PROPRIAMENTE DITA

B) PERSONALSSIMA: somente o ofendido pode oferecer a queixa-crime, no havendo possibilidade de substituio processual. Ex.: art.236 do CP.C) SUBSIDIRIA DA PBLICA: Art.29 CPP e art.5 inc. 55. Em caso de inrcia do MP o ofendido tem o prazo de 6 meses para oferecer queixa-crime. Se o MP pede arquivamento no h inrcia.

I) Atitudes do MP aps o oferecimento da queixa-crime:

Aditar a queixa-crime;

Repudiar a queixa-crime e oferecer denncia substitutiva. (no pode repudiar e propor arquivamento).EXTINO DA PUNIBILIDADE:

1. Morte: art.62. S se prova a morte com a certido de bito.

2. Renncia e perdo: a renncia pr-processual, perdo processual (arts.51 e 58). A renncia no precisa da concordncia, o perdo precisa.(1h11min)

AO PENAL EM ESPCIE:A) Racismo e injria racial: o primeiro mais grave, sendo de ao penal pblica incondicionada, onde ofendida a generalidade das pessoas. Na injria racial a ofensa ao indivduo, com elementos de raa, e a ao penal pblica condicionada.B) Crimes contra a honra de funcionrio pblico em razo do exerccio da funo. Smula 714 do STF, legitimidade concorrente: o ofendido, mediante queixa ou o MP mediante representao.12/03/2013

Prof Flvio Martins

REPARAO DO DANO

1. Execuo civil da sentena penal condenatria: a vtima deve aguardar o trnsito em julgado da sentena penal condenatria para depois execut-la no juzo cvel. Ela um ttulo executivo judicial.Desde 2008 o juiz, na sentena penal condenatria, deve fixar o valor mnimo da reparao do dano. (art.387). A vtima poder pleitear um valor maior no juzo cvel.Art.387.O juiz, ao proferir sentena condenatriaIV - fixar valor mnimo para reparao dos danos causados pela infrao, considerando os prejuzos sofridos pelo ofendido;A execuo poder ser apresentada contra o condenado ou contra os herdeiros (no limite da herana). No pode executar o responsvel civil, pois este no se defendeu na ao penal (no era parte).2. Ao civil ex delicto: uma ao de conhecimento, na qual sero discutidos todos os fatos e todo o direito.

Ser ajuizada em determinados casos, quais sejam:

Urgncia na reparao do dano (tramita concomitantemente ao processo penal); Se o inqurito policial foi arquivado; Extino da punibilidade; Absolvio penal. Ex.: absolvio porque o fato atpico art.386, III.

ATENO: Em regra a absolvio no impede a ao civil ex delicto, porm existem excees: Reconhecimento da inexistncia do fato (art.386, I);

Reconhecimento da no autoria (art.386, IV);

Excludente da ilicitude, em regra (art.386, VI, 1 parte) (ex.: legtima defesa, estado de necessidade);

Contra quem

Criminoso;

Herdeiros (no limite da herana);

Responsvel civil pblico.

(27min)COMPETNCIACompetncia de Justia (ou jurisdio): serve para descobrir qual a Justia competente (Estadual, Federal, Eleitoral, Militar, do Trabalho).

Justia do Trabalho: nunca julga matria penal Justia Eleitoral: julga os crimes eleitorais + crimes conexos. Justia Militar: julga os crimes militares (mas no os conexos). Desde 1996, a Justia Militar no competente para julgar crime doloso contra a vida praticado por militar contra civil. Justia Federal (art.109, CF):

Crimes praticados contra a Unio (Administrao Direta ou Indireta) Ex.: apropriao indbita previdenciria (INSS autarquia federal).ATENO: no vale para sociedade de economia mista como Banco do Brasil e Petrobrs ( Justia Estadual ser competente.

Crime praticado por (prevaricao, corrupo, etc) ou contra funcionrio pblico federal (no exerccio de suas funes). Crime poltico Crime distncia: quando conduta e resultado ocorrem em pases diferentes, como exemplo o trfico internacional de drogas.

Crime a bordo de navio ou avio (no importando se navio ou avio estrangeiros ou a posio, se no porto/aeroporto ou mar/ar). Crime contra o sistema financeiro. Crime de permanncia de estrangeiro (estrangeiro expulso do Brasil e que aqui permanece).

Crime contra direitos indgenas (coletividade) Ex.: expulsar indgenas de uma reserva. Nos crimes com grave violao dos direitos humanos, o Procurador Geral da Repblica pode requerer ao STJ o deslocamento da competncia para a Justia Federal. Justia Estadual: tem competncia residual, julgando tudo aquilo que no se compreende na competncia de outra Justia.Competncia hierrquica (ou por prerrogativa de funo): aquela que serve para descobrir qual a instncia competente (1 instncia, 2 instncia). Prefeito ( TJ

(crime federal ( TRF)

Governador ( STJ

Presidente ( STF(crime de responsabilidade ( Senado Federal)

Deputado Federal ou Senador ( STF Juiz Estadual ou membro do MP Estadual ( TJ (do lugar da autoridade e no do local do crime)ATENO: terminado o mandato da autoridade o processo descer para comarca onde o crime aconteceu. EXCEO: segundo o STF, se a autoridade renuncia para escapar da condenao, o processo continua no Tribunal.A competncia por prerrogativa de funo se comunica aos corrus.

A competncia por prerrogativa de funo prevalece sobre o jri quando est prevista na Constituio Federal (casos acima).

Competncia territorial: qual o foro competente a comarca da conduta do resultado

A regra do art.70 do CPP diz que o lugar do resultado que determina. Ex.: A manda carta bomba a B, em Campinas. B, ao abrir a carta, explode. Ser competente o foro de Campinas.Na ao privada o ofendido possui duas alternativas: Lugar do resultado

Domiclio do acusado

Quando no se sabe o lugar do crime, ser competente o domiclio do acusado.Em se tratando de crime permanente, como o sequestro em que a vtima levada para vrios lugares, ou continuado, ser competente o foro prevento, ou seja, aquele que primeiro tomou conhecimento do fato.Competncia de juzo: qual a vara fixada em regra pela distribuio.Varas especializadas:

Tribunal do Jri: crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os crimes conexos.

CONEXO (art.76) E CONTINNCIA (art.77): tem como finalidade a reunio de processos.Regras de atrao: Jri

Justia Especial (ex.: Justia eleitoral) Justia Federal

Separao Obrigatria dos processos:

Justia Miliar X Justia Comum.

Justia Comum X Justia de Menores.Questo 2 alternativa (a)

18/03/2013

Prof. Guilherme Madeira

PROVAS NO PROCESSO PENAL (art.155 a 250)1. O nus da prova incumbe a quem alega (art.156). A acusao deve comprovar a autoria e a materialidade, a defesa deve comprovar o libi.

2. Poderes instrutrios do juiz (art.156): trata-se da possibilidade do juiz produzir prova de ofcio.a) Antes de iniciada a ao penal: s se for prova urgente e relevante, alm disso precisa observar a adequao, a necessidade e a proporcionalidade da medida.b) Durante a instruo ou antes da sentena se houver dvida sobre ponto relevante.3. Prova ilcita (VAI CAIR):

art. 157 CPP: prova ilcita a obtida com violao a normas constitucionais ou legais; diz que inadmissvel; diz que deve ser desentranhada e inutilizada (as partes podem acompanhar a destruio) art.5, LVI: no define; inadmissvel;

(11min)

Obs.: o juiz que toma contato com a prova ilcita no afastado do processo.

ATENO Hipteses de admissibilidade da prova ilcita:

prova ilcita pr-ru; princpio da proporcionalidade (ler O proporcional e o razovel Virglio Afonso da Silva)3.1. Prova ilcita derivada (art.157, par.1): a CF no prev e o CPP diz que sempre que houver um nexo de causalidade entre a prova ilcita e a prova derivada a prova derivada ser tambm ilcita. O que ilcito na origem contamina tudo que dele decorre.Hipteses de admissibilidade da prova ilcita derivada: Teoria do nexo causal atenuado: teoria adotada no art.157, par.1 do CPP, se o nexo de causalidade entre a prova ilcita e a prova ilcita derivada for tnue ou inexistente poder ser usada a prova derivada.

Teoria da fonte independente: art.157, par.2, considera-se fonte independente aquela que, seguindo os trmites tpicos e de praxe, prprios da investigao ou instruo criminal, seria capaz de chegar ao resultado da prova.(30min)

4. Exame de corpo de delito e outras percias (art.158 a 184):

4.1 Obrigatoriedade (art.158): obrigatrio nas infraes que deixam vestgio, e nem mesmo a confisso do acusado supre a sua falta.ATENO: se os vestgios desaparecerem a prova testemunhal poder suprir-lhe a falta. (art.167)(ex.: caso Eliza Samdio)

4.2 Nmero de peritos: como regra 1 perito oficial ou 2 no oficiais.

EXCEO: nos crimes contra propriedade imaterial de ao penal privada so 2 peritos oficiais, nos termos do art.527, CPP.4.3 Laudo: o prazo para fazer o laudo de 10 dias.

As partes podem apresentar quesitos at o incio da realizao da percia. 4.4 Assistente tcnico (art.159): s atua no processo aps a elaborao do laudo oficial e sua admisso em juzo.4.5 Percia no caso de leso corporal grave por incapacidade para as ocupaes habituais por mais de 30 dias.Existe o fato ( 1 laudo ( 2 laudo (deve ser feito 30 dias aps fato).Prova testemunhal tambm pode substituir o 2 laudo.

5. Interrogatrio (art.185 a 196): obrigatrio O juiz pode determinar a realizao de novo interrogatrio de ofcio ou a pedido das partes.(46min)

5.1 Interrogatrio por vdeo conferncia (art.185, par.2 e 3): s para o ru preso. As partes devem ser intimadas com 10 dias de antecedncia em relao ao interrogatrio. Cabimento: faco criminosa/fuga

ru doente

ru intimidador gravssima questo de ordem pblica (dificuldade para ouvir)Obs.: Incidente de julgamento colegiado: nas hipteses envolvendo organizao criminosa o juiz poder requerer ao Tribunal que designe mais dois juzes para julgar a causa ou decidir outros atos do processo junto com ele.5.2 Procedimento do interrogatrio

Entrevista reservada com advogado; Qualificao

Direito ao silncio

Interrogatrio sobre a pessoa do ru

Interrogatrio sobre os fatos

Esclarecimentos das partes.

O acusado no pode mentir sobre sua qualificao.ATENO: as partes no perguntam diretamente ao ru (mas por intermdio do juiz), salvo no plenrio do jri.6. Confisso (art.197 a 200): a confisso retratvel e divisvel (art.200).7. Ofendido (art.201): obrigatria a oitiva da vtima, desde que possvel. A vtima no integra o nmero mximo de testemunhas.8. Testemunhas:

8.1 Nmero mximo de testemunhas: procedimento comum ordinrio e 1 fase do jri = 8; procedimento comum sumrio e 2 fase do jri = 5.

8.2 Classificao de testemunhas:a) Testemunhas dispensadas (art.206): so pessoas que, por relao de parentesco, no esto obrigadas a depor. Porm, se for a nica fonte de prova obrigado a depor mas no presta compromisso.b) Testemunhas proibidas (art.207): so pessoas que, em razo de funo, ofcio ou profisso, so proibidas de depor. Ex.: terapeuta, padre. MAS, se o beneficirio do sigilo autorizar e o destinatrio concordar haver o depoimento COM compromisso.(1h12min)

8.3 Cross examination (art.212): as partes perguntam diretamente s testemunhas e o juiz o ltimo a perguntar, salvo no plenrio do jri em que o juiz o primeiro a perguntar.9. Acareao (art.229 e 230): o pressuposto da acareao que haja divergncia sobre circunstncia relevante. Todos podem ser acareados (testemunhas com testemunhas, testemunha com ru, ru com vtima, etc).10. Documentos (art.231 a 238): o documento pode ser juntado a qualquer tempo no processo, salvo no plenrio do jri, em que s pode ser lido documento que tenha sido juntado com 3 dias teis de antecedncia.11. Busca e apreenso (art.240 a 250): a) Pessoal: no precisa de mandato, basta que haja fundada suspeita. (art.240, par.2).b) Domiciliar: precisa de mandato e s poder ocorrer durante o dia, salvo: Flagrante;

Desastre;

Consentimento do morador.

Questo 4 alternativa dPRISO CAUTELARQualquer priso que antecede o trnsito em julgado de uma condenao penal, pois prende-se algum que ainda presumidamente inocente. A priso visa assegurar o processo e no punir o indivduo. Ex.: priso de sujeito que representa ameaa s testemunhas.Temos 4 espcies:

Priso em flagrante;

Priso temporria: s para fins de investigao, ela decretada pelo juiz durante o inqurito.

Priso preventiva: cabe a qualquer momento da persecuo (inqurito, ao ou fase recursal);

Priso domiciliar: pode substituir a preventiva quando a lei possibilita, ou seja, ela pressupe a priso preventiva.

A priso em regra depende sempre de ordem judicial, sendo a priso em flagrante a nica dentre estes 4 tipos que no depende de ordem do juiz.

PRISO EM FLAGRANTE

Ela pressupe uma situao de flagrncia que a autorize. As nicas situaes de flagrncia so (art.302):

I - Quem foi preso cometendo a infrao penal. O termo cometendo indica que ele estava praticando atos de execuo do crime. Flagrante prprio ou real. Ex.: sujeito preso enquanto estava esfaqueando a vtima;II - Quem acabou de cometer o crime. J findou a fase de execuo do crime. Flagrante prprio ou real . Ex.: preso no local do crime, mas no mais esfaqueando a vtima.III - Quem for perseguido. Flagrante imprprio ou quase flagrante.IV - Quem no estava cometendo, no estava no local do crime e tambm no foi perseguido, mas foi encontrado. o flagrante do azarado. Encontrado em poder de objeto que faz com que se presuma autor do crime. Flagrante ficto ou presumido. Ex.: h notcia de crime de furto de televiso de 60 polegadas. 30min aps a denncia, um indivduo encontrado no mesmo bairro andando com uma televiso de mesmas caractersticas.Os flagrantes I e II so chamados de flagrantes prprios ou reais, o III denominado imprprio ou quase flagrante e o flagrante do inciso IV o flagrante ficto ou presumido. Flagrante preparado ou provocado: criao doutrinria. Sujeito no pratica o crime de forma espontnea. H a atuao do agente provocador que faz com que o sujeito pratique o crime. Ex.: policial suspeita de um sujeito e assim finge que consumidor de drogas para tentar comprar cocana, o policial pede a droga e o sujeito a vende. Esta venda no consumada pois feita a um policial e no a um usurio. De um lado o policial provoca mas por outro se prepara para evitar a consumao, tornando assim impossvel essa consumao, assim, a conduta atpica. O que pode ocorrer a priso por trazer consigo a droga, pois esta conduta j havia sido consumada antes da presena dos policiais, mas nunca por vend-la. (smula 145 do STF)Smula 145, STF - No h crime, quando a preparao do flagrante pela polcia torna impossvel a sua consumao.(29min)Ex.: policial encomenda droga de um sujeito. Este compra a droga, carrega consigo e vende. No pode ser preso, o crime putativo ou imaginrio, pois s havia na imaginao do sujeito, mas na realidade as condutas eram de impossvel consumao pois provocadas pelo policial. O que pode ocorrer aqui a provocao do sujeito para que adquira de seu fornecedor drogas para que o policial prenda o fornecedor, pois este no foi provocado pelo policial, mas possua drogas para vender.Trata-se a encomenda de crime putativo ou imaginrio, pois se crime houve foi na imaginao do agente, porque na realidade as condutas eram de impossvel consumao em face do acompanhamento dos policiais que fizeram a encomenda.Flagrante esperado:

Os policiais ficam esperando a consumao de crime que presumiam. Ou seja, aqui eles no provocam ningum a nada, no interferem na conduta.Ex.: suspeitam que exista algum traficante em determinado bar, assim se encaminham ao local, notam aps algum perodo que um usurio chega ao bar para compra de drogas. As prises do usurio e do traficante sero plenamente vlidas.

Flagrante forjado:

Onde no h crime, o crime inexistente. Algum forjou um crime que no existia.

Ex.: policial pega drogas que trazia consigo e, durante busca em carro, planta a droga no veculo.

Este flagrante criminoso por parte do policial.

Flagrante retardado/postergado/diferido:S encontrado na lei de crimes organizados (lei 9.04/95), em seu art.2, II.

Os policiais podem postergar o momento da realizao da priso em flagrante para alcanar o momento ideal do ponto de vista probatrio.(47min)

Formalidades legais da priso em flagrante1- Auto de priso em flagrante (art.304): a primeira pessoa que deve ser ouvida o condutor do preso; ouve as testemunhas; interroga ao final o preso.A inverso da ordem de inquirio causa relaxamento da priso pois fere a ampla defesa.2- Delegado entrega para o preso a nota de culpa, que um resumo dos motivos da priso, dando cincia dos motivos pelos quais se encontra preso.3- Comunicao obrigatria para: Juiz; Ministrio Pblico; Famlia do preso, ou na falta, pessoa indicada por ele; A Defensoria Pblica ser comunicada quando o preso no disser o nome de seu advogado.Caso o preso no queira assinar o auto de priso em flagrante ou a nota de culpa, o juiz colher assinatura de duas testemunhas confirmando que ouviram a leitura ao preso.ATENO: no momento que o indivduo foi fisicamente preso ou capturado comea a contar o prazo de 24 horas para que se ultimem estas formalidades.(1h04min)ATITUDES DO JUIZ:

O flagrante perdura da captura fsica at a comunicao ao juiz.

Ao receber a comunicao da priso em flagrante o juiz poder tomar uma das atitudes do art.310.

I- Relaxamento da priso em caso de ilegalidade (normalmente decorre da falta de uma das formalidades tratadas anteriormente);

II- Se a priso for necessria e legal pode converter a inicial priso em flagrante em priso preventiva;III- Onde no couber priso preventiva o juiz dever conceder liberdade provisria (art.321).

PRISO TEMPORRIA (Lei 7.960/89)

Depende de ordem judicial que deve ser provocada pelo Ministrio Pblico ou pela autoridade policial, no podendo o juiz decret-la de ofcio. S cabe no decorrer da investigao ou do inqurito policial. NUNCA HAVER DURANTE O PROCESSO. Tem o prazo de 5 dias que admitem uma nica prorrogao. Se for crime hediondo ou equiparado a hediondos (trfico de drogas, tortura, terrorismo) poder ter prazo de 30 dias, tambm prorrogvel uma nica vez por igual perodo.PRISO PREVENTIVA (art.311 a 316)

Depende de ordem judicial que pode ser decretada de ofcio ou a requerimento das partes caso esteja em momento distinto ao da investigao (ou inqurito policial), onde s poder ser decretada se requerida pelo MP ou autoridade policial. Cabe em qualquer momento da persecuo. Em tese ela pode perdurar desde a investigao at a fase recursal. ordenada sem prazo determinado.

PRISO DOMICILIARO indivduo fica preso em sua prpria casa, no podendo sair.Ocorre em substituio preventiva, nos casos do art.318:

Preso maior de 80 anos;

Preso extremamente debilitado por doena grave (ex.: casos terminais de cncer, HIV etc);

Quando o preso for indispensvel aos cuidados de uma criana menor de 6 anos ou deficiente (qualquer idade); Gestante a partir do 7 ms ou gestao de alto risco.27/03/2013

PROCEDIMENTOS Procedimento Comum

Procedimento ordinrio: crimes com pena mxima igual ou superior a 4 anos.

Procedimento sumrio: crimes com pena mxima maior que 2 e menor que 4 anos.

Procedimento sumarssimo: o previsto na Lei 9.099/95, reservado s infraes de menor potencial ofensivo, que so todas as contravenes penais (perturbao do sossego, jogo do bicho etc) e os crimes cuja pena mxima no excede a 2 anos.

Procedimentos Especiais

Juri: Tribunal do Jri julga os crimes dolosos contra a vida, consumados ou tentados e os conexos;

Crimes funcionais;

Crimes contra a honra;

Lei de drogas (Lei 11.343/06)

PROCEDIMENTO ORDINRIO

Sequncia cronolgica de atos:

Denncia ou queixa: a petio inicial do processo penal. A denncia (ao penal pblica) feita pelo promotor (MP), e a queixa (ao penal privada) realizada pela vtima ou seu representante legal.

Requisitos:

a) Exposio minuciosa dos fatos (no se admite denncia vaga, imprecisa) (havendo corrus deve-se descrever a conduta de cada um deles);

b) Qualificao do acusado ou seus sinais caractersticos;c) Classificao do crime (no se admite a imputao alternativa, ou seja, denunciar o ru por um ou outro crime);d) Rol de testemunhas (no limite de 8) (se a acusao no arrolar as testemunhas ocorre precluso, salvo no caso de surgimento posterior das testemunhas. (neste caso pode exceder o nmero de 8 testemunhas)ATENO: EXCLUSIVAMENTE NA QUEIXA CRIME deve haver procurao com poderes especiais para oferecer a queixa fazendo meno ao fato praticado (fato criminoso) e ao nome do querelado.

(22min)

Recebimento ou rejeio da denncia ou queixa: da deciso que recebe a denncia no cabe recurso, s habeas corpus. Da deciso que rejeita a denncia cabe recurso em sentido estrito (RESE). (se ocorrer no JECRIM cabe apelao, nos termos do art.82 da Lei 9.099/95).Hipteses de rejeio (art.395):

a) Inpcia da denncia ou queixa;b) Falta de pressuposto processual (ex.: incompetncia);

c) Falta de condio da ao (ex.: ilegitimidade de parte);d) Falta de justa causa (falta de um mnimo probatrio). Citao: o chamamento do ru para se defender em juzo.

citao pessoal: a regra geral do processo penal. Se o ru estiver em outra comarca, carta precatria, se em outro pas, carta rogatria (at o seu cumprimento a prescrio ficar suspensa). (o preso deve ser citado pessoalmente por meio do oficial de justia) (o militar citado na pessoa de seu superior) (se o ru, citado pessoalmente, no comparecer ser considerado revel, o juiz nomear defensor e o processo seguir sem a presena do ru) citao por edital: realizada quando o ru est em local incerto e no sabido. Caso este ru no comparea, aplica-se o art.366, suspendendo o processo e a prescrio. A prescrio ficar suspensa pelo mesmo prazo prescricional previsto na Lei Penal (ex.: furto tem o prazo prescricional de 8 anos; sero 8 anos com o processo suspenso, mais 8 anos para que seja decretada a prescrio).(45min)

citao com hora certa: quando o ru se oculta para no ser citado pessoalmente. Adota-se aqui o mesmo procedimento que o CPC, assim, o oficial de justia procura pelo ru por 3x, verificando que o ru se oculta para no ser citado, marca dia e hora para realizar a citao, caso neste dia e hora marcada o ru no se encontrar o oficial citar um familiar ou um vizinho. Se o ru no comparecer, ser decretada a revelia, o juiz nomear um defensor e o processo seguir sem a presena do ru. Resposta acusao (art.396): prazo de 10 dias a contar da citao (e no da juntada do mandato, como no processo civil). Esta resposta uma pea obrigatria, ou seja, o processo no pode seguir sem ela, sob pena de nulidade. Se o ru no responder, o juiz nomeia defensor para faz-lo em 10 dias.Pode alegar:a) Matria processual: nulidade.

b) Rol de testemunhas. Se a parte no arrolar as testemunhas, ocorre a precluso, salvo no caso de surgimento de novas testemunhas (neste caso pode exceder o nmero de 8 testemunhas)c) Requerimento de absolvio sumria (art.397). Absolvio antecipada sem ouvir testemunhas e sequer o ru.i. Fato atpico (ex.: sujeito que dirige sem habilitao e sem apresentar risco para algum);ii. Excludente da ilicitude;iii. Excludente da culpabilidade, exceto a inimputabilidade;iv. Extino da punibilidade.(1h7min)

ATENO: da absolvio sumria cabe apelao. Se no absolve sumariamente no cabe qualquer recurso.

Audincia (art.400): caso no seja absolvido sumariamente o ru, o juiz marcar audincia no prazo de at 60 dias. Sequncia dos atos na audincia:

Oitiva do ofendido

Oitiva das testemunhas de acusao e defesa

Perito

Reconhecimento e acareao

Interrogatrio do ru

Debates orais (prazo de 20 minutos prorrogveis por mais 10 minutos para cada parte)

Sentena

H 3 casos de converso do debates orais em memorial: Vrios rus;

Caso complexo; Surgimento de novas provas.A acusao ter o prazo de 5 dias para fazer os memoriais, depois mais 5 dias para a defesa responder. Aps isto o juiz ter o prazo de 10 dias para decidir.PROCEDIMENTO SUMRIO

PROC. ORDINRIOPROC. SUMRIO

Nmero de testemunhasAt 8At 5

Prazo da audincia60 dias30 dias

Casos de converso dos debates em memoriais3 casosNo h previso legal

02/04/2013

Prof. Guilherme Madeira

PROCEDIMENTO ORDINRIOPROCEDIMENTO SUMRIO

N de testemunhasAt 8At 5

Prazo p/ audinciaAt 60 diasAt 30 dias

Memoriais3 casos de converso dos debates em memoriaisNo h previso legal

PROCEDIMENTO SUMARSSIMO JECRIM

COMPETNCIA: Crime com pena mxima igual ou superior a 2 anos cumulado ou no com multa; Contraveno penal.Hipteses de afastamento da competncia do JECRIM:

a) se o ru no for encontrado (no existe citao por edital no JECRIM);

b) causa complexa (ex.: crime ciberntico que precisa de pericia complexa como a quebra de IP).FLUXOGRAMA

Termo circunstanciado ( audincia preliminar (composio civil, transao penal, denncia oral) ( audincia de instruo, debates e julgamento ( apelao ( turma recursal (recurso extraordinrio ( STF; HC ( TJ)

** No cabe recurso especial para o STJ

O procedimento comea com a lavratura de um termo circunstanciado que vai para a audincia preliminar, fez a denncia, vai para audincia de instruo, da sentena cabe apelao para a turma recursal, da deciso da turma recursal caber recurso extraordinrio ao STF ou HC ao Tribunal de Justia.

As principais diferenas entre JEC e JECRIM so:

No JEC cabe recurso inominado da sentena, no JECRIM cabe apelao;

No JEC no cabe HC ao TJ, no JECRIM cabe.Termo circunstanciado (art.69)

No JECRIM no existe inqurito, assim o termo circunstanciado substitui o inqurito policial.

Se o autor do fato concordar em comparecer na audincia preliminar no se impe a priso em flagrante.

ATENO: no caso de infrao do art.28 da Lei 1343/2006 no h priso em flagrante pois no h pena de priso.

(15min)

Audincia preliminar (arts.70 a 76)

Composio civil: trata-se de um acordo entre as partes. Se houver acordo civil entre as partes nos crimes de ao penal privada ou pblica condicionada representao a consequncia ser a renncia, que gera extino da punibilidade.

Transao penal (art.76): no havendo composio civil e no sendo hiptese de arquivamento, proposta a transao penal. Trata-se de proposta feita pelo MP de aplicao imediata de pena restritiva de direitos ou multa e uma vez cumprida gera a extino da punibilidade. No perde a primariedade e no gera maus antecedentes. A transao penal uma vez aceita somente poder ser usada novamente aps 5 anos.

Denncia oral: Se o promotor no fizer a proposta, aplicar o art.28 e remeter os autos ao Procurador Geral.

Audincia de instruo, debates e julgamento (arts.80 a 89)

Sequncia: defesa preliminar ( recebimento ou rejeio da denncia ( proposta suspenso condicional do processo (SURSIS processual - art.89) ( testemunhas de acusao ( testemunhas de defesa ( interrogatrio ( debates ( sentena

(27min)

ATENO: em regra, da rejeio da denncia cabe RESE, mas no JECRIM cabe apelao.

A aplicao do SURSIS processual se d em crimes com pena mnima menor ou igual a 1 ano, abrangido ou no pela lei do JECRIM.

Se o promotor no fizer a proposta, o juiz remeter os autos ao Procurador Geral (art.28).

PROCEDIMENTO DO TRIBUNAL DO JRI

COMPETNCIA: julga os crimes dolosos contra a vida consumados ou tentados e crimes conexos.

1 FASE DO JRI:

Denncia recebimento citao resposta rplica

audincia de instruo, debates e julgamento pronncia ( desclassificao ( RESE OU impronncia ( absolvio sumria ( apelao Se for pronncia ou desclassificao caber RESE (deciso com consoante, recurso com consoante);

Se for impronncia ou absolvio sumria caber apelao

o nico procedimento do Processo Penal em que h a rplica, o MP fala em 5 dias.

Pronncia (art.413 do CPP): A pronncia o juzo de admissibilidade da acusao para ir ao jri.Requisitos:

indcios suficientes de autoria;

prova da existncia do crime (materialidade)

Contedo:

tipo;

qualificadora;

causas de aumento de pena

ATENO: No entram agravantes ou atenuantes.

CUIDADO: Para a defesa a matria no preclui, ou seja, ainda que rejeitada a alegao da defesa na primeira fase, poder a defesa alegar novamente esta matria em plenrio. Por outro lado, a acusao, em regra, no poder sustentar em plenrio matria rejeitada pelo juiz na primeira fase. Como EXCEO, se houver mudana na situao ftica decorrente do crime aps a pronncia poder haver alterao da pronncia.(45min)

ATENO: o ru deve ser intimado pessoalmente da pronncia, mas se no for encontrado haver a sua intimao por edital.

Impronncia (art.414)

Quando faltar indcios suficientes de autoria e/ou prova de existncia do crime (materialidade). Para a pronncia tem que haver os dois. Para que haja a impronncia, basta a falta de um dos dois.

ATENO: se no estiver extinta a punibilidade e surgirem novas provas, ento poder ser desarquivado o processo e surgir nova ao. o mesmo que ocorre com o inqurito policial.Desclassificao (art.419) ( rever

(55min)

Absolvio sumria (art.415)Deve haver prova segura! A absolvio sumria faz coisa julgada material. Ex.: legtima defesa, comprovao da no autoria etc.

NO CONFUNDIR COM A ABSOLVIO SUMRIA DO ART.397. Se a nica tese defensiva alegada for a inimputabilidade poder ser aplicada medida de segurana. Isto s possvel no jri e no se aplica ao art.397.

Se o inimputvel alegar outra tese e comprov-la ser absolvido por esta outra tese.2 FASE DO JRIDesaforamento (art.427, 428 e Smula 712 do STF)Trata-se da modificao do julgamento de uma cidade para outra.

A defesa sempre ser ouvida em relao ao desaforamento.

Ela pode ocorrer nas seguintes hipteses:a) se houver dvida sobre a imparcialidade dos jurados;b) se o interesse da ordem pblica o exigir;

c) se houver risco segurana do acusado;

d) se aps o trnsito em julgado da pronncia o julgamento no for realizado em 6 meses. (a demora por culpa exclusiva da defesa no ser aproveitada)PlenrioInstalao ( sorteio dos jurados ( juramento ( instruo ( interrogatrio ( debates ( sala especial

So convocados 25 jurados e para instalao do jri so necessrios 15, havendo os 15 o sorteio realizado.

As partes podero, no momento do sorteio, recusar os jurados. Podem ser feitas 3 recusas imotivadas por cada parte. ATENO: a defesa a primeira a exercer o direito da recusa.

Debates:

No podem ser mencionados no plenrio:

o uso do direito ao silncio;

o uso de algemas;

no pode ser lida a pronncia como argumento de autoridade;

s pode ser lido documento em plenrio que tenha sido juntado com 3 dias teis de antecedncia.

Na sala especial so votados os quesitos que esto no art.483. O quesito no pode ser feito na forma negativa (ex.: O ru no matou a vtima)Questo 7 alternativa (d)

______________________________________________________________________11/04/2013TEORIA GERAL DOS RECURSOS1. Princpio da proibio do reformatico in pejus: Art.617, a proibio de reforma da sentena em prejuzo do ru. Ela s se aplica quando se tratar de recurso exclusivo da defesa. Ex.: mesmo que esteja comprovado nos autos a reincidncia do ru e esta no tenha sido considerada na pena, no poder o Tribunal passar a considera-la em recurso exclusivo do ru.Ex.: a defesa alega que no houve entrevista prvia entre ru e advogado e recorre alegando cerceamento de defesa, o TJ pode anular a sentena, baixando os autos para que o juiz de primeiro grau refaa a instruo da entrevista prvia para frente, refazendo, no poder na nova sentena passar a considerar a reincidncia que no havia considerado anteriormente, pois a primeira sentena foi anulada atravs de recurso exclusivo do ru.Se o juiz pudesse piorar a situao do acusado na nova sentena, isso implicaria reformatio in pejus indireta, que tambm proibida.

Este exemplo um caso extraordinrio em que um ato nulo gera efeitos. chamado de efeito prodrmico, que se trata de efeito incomum do ato, pois a sentena anulada limitou a sentena futura.Reformatio in mellius quando h melhora em recurso exclusivo da acusao ela permitida, porque no vedada pela lei.(19min)2. Efeito extensivo:Art.580, s pode ser pensado em crime onde houve concurso de agentes. Ex.: concorreram para o crime de furto 3 indivduos, sendo os 3 condenados a 2 anos de deteno o sujeito 1 recorre enquanto os demais se conformam e no recorrem. A apelao provida e o sujeito 1 absolvido. Nesse caso os outros dois sujeitos tambm aproveitaro deste recurso, desde que este seja fundado em motivo no exclusivamente pessoal. O que no pessoal diz respeito ao fato, assim, se relaciona aos trs, visto que concorreram para o mesmo.Caso a absolvio ocorra por atipicidade do fato, como exemplo, se estender ao demais.

3. Pressupostos recursais:

Tempestividade: o recurso dever, para ser conhecido, ser interposto com observncia do prazo. No processo penal o prazo contado da seguinte maneira: Termo inicial: ser a intimao (que d cincia, permitindo o contraditrio) e ser excludo (art.798, 1), assim o primeiro dia da contagem do prazo ser o primeiro dia til aps a intimao (o prazo comea a sua contagem no primeiro dia til subsequente intimao). Ex.: intimao feita na quinta feira, assim comea a contar a partir de sexta feira. Termo final: considerado na conta.

Importante lembrar que os prazos processuais penais so contados do ato de comunicao, e no da juntada desta (smula 710, STF)ATENO: em penal ningum tem prazo em dobro, exceto para a Defensoria Pblica, por conta do art.5, 5 da Lei 1060/50.Obs.: em sentena condenatria, o STF entende que devem ser intimados tanto o advogado quanto o acusado, esta regra denominada como dupla intimao, isso ocorre pois o ru tem capacidade postulatria para recorrer (na prtica, o oficial de justia leva, quando da intimao, um formulrio com a opo de recorrer ou renunciar da possibilidade de recorrer). Nesse caso, o prazo para a defesa comea a correr da ltima intimao, seja do advogado ou do ru. (mesmo a sentena absolutria dever apresentar dupla intimao) Legitimao para recorrer: quem pode agir e reagir so as mesmas pessoas que podem recorrer. Assim: Pela acusao: se ao penal pblica o MP; se ao penal privada o querelante. O ofendido pode recorrer tambm na ao penal pblica, porm no de forma direta, sendo uma legitimao subsidiria (tambm chamada de supletiva), ou seja, s pode recorrer se o Ministrio Pblico (titular da ao) no o fizer no prazo (art.598), caso em que seu prazo se iniciar quando findo o prazo do MP (no havendo intimao), o prazo de 15 dias. Pela defesa: o advogado e o prprio acusado tm legitimao concorrente e autnoma pois os dois tem o mesmo direito em igualdade de condies.(52min)Se houver divergncia entre o advogado e o acusado prevalece a vontade positiva de quem quer recorrer (smula 704, STF).

Interesse recursal:O interesse recursal no se identifica com a sucumbncia, mas a possibilidade de ser beneficiado por esse recurso.O MP pode recorrer como fiscal da lei (custus legis) em favor da correta aplicao da lei penal que pode representar benefcio ao ru.A defesa tem interesse recursal em recorrer tambm da sentena absolutria para pedir outra absolvio com fundamento diferente. Ex.: ru absolvido por falta de provas pede absolvio fundada em estar provada a inexistncia do fato, absolvio por provada no concorrncia do ru ou absolvio por excludentes da ilicitude ou da antijuridicidade (estado de necessidade, legtima defesa, estrito cumprimento do dever legal, exerccio regular de direito) (pois estas absolvies probem o pedido de reparao civil, produzindo efeitos extrapenais).Recursos em espcie:

RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RESE):

Recurso de cabimento taxativo, s cabendo para as decises especificadas em lei.

Deciso que no receber (rejeitar) denncia ou queixa (a deciso que receber denncia ou queixa irrecorrvel, cabendo apenas ao de HC visando o tracamento de ao penal).22/04/2013

RECURSOS EM ESPCIE

Denncia ( rejeio (RESE pro TJ) (no JECRIM apelao) ( sentena (apelao por TJ) ( nega seguimento da apelao (RESE pro TJ) ( nega seguimento do RESE (carta testemunhvel pro TJ)

ATENO: se a acusao interpe RESE de rejeio da denncia o ru deve ser intimado para apresentar contrarrazes no sendo suficiente a nomeao de defensor dativo.APELAOCabimento: art.593

Da sentena absolutria ou condenatria;

Das decises definitivas ou com fora de definitivas. As hipteses mais comuns so: Deciso que julga o pedido de explicaes nos crimes contra a honra;

Deciso do juiz que julga o pedido de restituio de coisa apreendida (ex.: carro roubado, encontrado pela polcia, sujeito pede para o juiz que restitua a ele o carro. CUIDADO, pode tambm pedir ao delegado, e da deciso do delegado caber mandado de segurana.) Decises posteriores da pronncia no jri (2 fase do jri):

Nulidade posterior pronncia: se der provimento apelao, o Tribunal anula o processo.

Se a deciso do juiz for contra a lei ou a deciso dos jurados (ex.: jurados deram qualificador e o juiz no aplicou) ( nesse caso o tribunal retifica a sentena.

Se a sentena do juiz tiver erro ou injustia no tocante aplicao da pena (ex.: aumenta a pena por haver inqurito policial em andamento). Se a deciso dos jurados for manifestamente contrria prova dos autos. O Tribunal manda a novo julgamento. Esta s pode ser usada uma nica vez, mesmo que a primeira utilizao tenha sido realizada pela defesa, a acusao no pode.CARTA TESTEMUNHVEL: s cabe da deciso que nega seguimento ao RESE; negativa de seguimento de agravo em execuo.EMBARGOS DE DECLARAO:CPPJECRIM

Contradio, omisso, obscuridade E AMBIGUIDADEContradio, omisso, obscuridade E DVIDA

Prazo de 2 diasPrazo de 5 dias

Interrompe o prazo para outros recursosSuspende o prazo para outros recursos

EMBARGOS INFRINGENTES:

No tem nada a ver com os embargos infringentes do CPC. Tambm no tem relao com os embargos infringentes do Supremo (que so regulados por regimento interno).

Cabe sempre que houver voto vencido favorvel defesa, no mbito de apelao, RESE ou agravo em execuo.

Trata-se de recurso exclusivo da defesa, embora o MP possa opor em favor da defesa.

AES AUTNOMAS IMPUGNATIVAS

1. Habeas Corpus

2. Reviso criminal

3. Mandado de seguranaNo so recursos, mas aes autnomas impugnativas. No entanto, o CPP prev o Habeas Corpus e a Reviso Criminal como recursos.

MANDADO DE SEGURANA

Cabimento no processo penal:

Da deciso do delegado que nega acesso aos autos do Inqurito Policial.

Da deciso do delegado sobre restituio de coisa apreendida.

Para conceder efeito suspensivo a recurso que no tenha (ex.: da deciso que concede liberdade provisria em caso manifestamente incabvel caber RESE sem efeito suspensivo, assim o promotor poder impetrar Mandado de Segurana contra o juiz, pedindo que o Tribunal d efeito suspensivo para que o acusado fique preso at o julgamento do RESE. Como o prejudicado em caso de deferimento ser o acusado, nesse mandado de segurana impetrado pelo MP, este dever ser citado como litisconsorte passivo necessrio).HABEAS CORPUS

Cabimento (art.5, LXVIII, CF e art. 648 do CPP)

Cabe quando houver leso ou ameaa de leso liberdade de locomoo. Smula 693 do STF no cabe HC se o crime tiver previso apenas de pena de multa ou se s foi condenado pena de multa, pois ela no pode ser convertida em priso.Smula 695 do STF no cabe HC se j estiver extinta a pena privativa de liberdade.

Liminar competncia:

A competncia sempre dada em vista da autoridade coatora.Se a autoridade coatora for o promotor, quem julga o HC o Tribunal de Justia, ou se for procurador federal ser o TRF.

A lei no prev liminar em HC, mas a jurisprudncia extrai esta liminar do mandado de segurana.Smula 691 do STF no cabe HC contra deciso que nega liminar em outro HC.ATENO: se a deciso pela priso for manifestamente ilegal ento afasta-se a incidncia da smula 691 e analisa-se o HC. Esta exceo no est na smula mas na jurisprudncia do Supremo.REVISO CRIMINAL

Cabimento/pressuposto: cabe quando houver trnsito em julgado de sentena penal condenatriaATENO: o ru poder apelar para mudar o fundamento da absolvio, mas no pode fazer reviso criminal para isso. No caso de sentena absolutria S CABER REVISO CRIMINAL DA SENTENA ABSOLUTRIA IMPRPRIA, ou seja, aquela que aplica medida de segurana.Requisitos: art.621 Se a deciso violar lei penal/processo penal.

Se houver novas provas de inocncia ou de que a condenao foi baseada em prova falsa.

Legitimidade:

Prprio condenado, ainda que foragido.

CADI (cnjuge, ascendente, descendente, irmo).O Ministrio Pblico no pode apresentar reviso criminal.Consequncias:

Absolver;

Diminuir a pena.

Pode reconhecer direito indenizao pelo erro judicirio. ATENO: o valor da indenizao ser arbitrado em liquidao de sentena na vara da Fazenda Pblica.ATENO: na reviso criminal no pode agravar a situao do ru.Competncia:

O juiz no julga a Reviso Criminal. sempre causa de competncia originria, ou seja, regra geral julgada no TJ ou TRF e excepcionalmente poder ser julgada no STJ ou STF. O STJ e o STF s fazem reviso criminal dos seus julgados.OBS.: a Reviso Criminal pode ser apresentada tantas vezes quantas forem necessrias, desde que haja fundamento novo.