Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Ano 8 • nº 1959

Julho/2014

Desde muito cedo, o agricultor Pedro dos Reis Soares aprendeu com seu pai a manejar a terra para o plantio. Sua infância e juventude sempre foram baseadas nas raízes da agricultura familiar.

Hoje, após anos de dificuldades por causa da falta de água no final de 2013, sua família conquistou uma Cisterna Calçadão, tecnologia do Programa Uma Terra e Duas Águas - P1+2, onde, com sua família, teve o incentivo e a oportunidade de plantar e expandir sua pequena produção exclusivamente de forma agroecológica.

Seu Pedro Alves dos Santos têm 70 anos casado há 54 anos, com dona Julita Soares de 71 anos, são

companheiros em todos os momentos e com alegria relatam que tiveram 12 filhos que casaram e foram embora, para cidades do Norte de Minas e região. Idosos, esbanjam disposição no dia a dia para dedicar aos afazeres da roça.

É com muita alegria e satisfação que seu Pedro conta sobre a roça que tem uma área de cinco hectares, localizada na comunidade Malhada Real, no município de Capitão Enéas/MG. A família explica que acordam cedo para dedicar mais tempo no seu plantio.

Na propriedade a família produz hortaliças, verduras, frutas: couve, alface, cheiro verde, abóbora, maxixe, pimentão, banana, mamão, cenoura, mandioca, cana. Tudo é plantado de acordo com a época e as pragas são combatidas com defensivos naturais sem uso de nenhum veneno.

Produção agroecológica garante saúde, renda e transforma vidas em felicidade!

O agricultor Pedro valoriza o uso da água em sua propriedade.

Seu Pedro e dona Julita cheios de cuidados com a Cisterna Calçadão.

Capitão Enéas

Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas Articulação Semiárido Brasileiro – Minas Gerais

já passaram por muitas dificuldades. Hoje, com a cisterna eles têm acesso à água e estão vivendo momentos abençoados. A família ressalta que é uma satisfação produzir e colher seu próprio alimento, sem depender de uma produção de fora. Ela afirma que a saúde da família melhorou bastante depois de consumir alimentos e remédios homeopáticos naturais e que antes sempre aparecia alguma doença.

Na pequena propriedade todo o espaço é aproveitado. Ao redor de sua cisterna a família também utiliza para plantar hortaliças, utilizando a água de forma planejada, para evitar o desperdício.

Da venda dos produtos da roça a família arrecada mais de um salário mínimo por mês. Comercializam os produtos na feira livre da cidade, que acontece nos sábados. Eles contam que a oportunidade de comercializar é uma realidade diferente de anos atrás que não tinham perspectiva de aumento de renda.Seu Pedro e dona Julita afirmam que a vida mudou bastante depois que foi construída a cisterna – é só felicidade os momentos em família.

Em meio à produção, a família dedica-se ainda a criação de pequenos animais: porcos, ovelhas, galinhas, patos, peru e vacas, alimentados com verduras e insumos naturais. Em todo o processo de produção o agricultor respeita o manejo agroecológico e relata que com isso aprendeu a preservar mais ainda a natureza.

A vida na propriedade gira em torno do aproveitamento de tudo que é plantado. Hoje, a água é muito bem distribuída. Sr. Pedro conta, com os olhos brilhantes, que após a construção da cisterna a satisfação é imensa. Segundo ele cada dia tem vontade de plantar mais! E que não têm lugar melhor para viver. Todos os dias, sente-se renovado e mais feliz e que vive muito feliz na sua propriedade.

Dona Julita explica que em função da falta d'água

Dona Julita colhe maxixe da horta agroecológica.

A família planta frutas e verduras ao redor da Cisterna Calçadão.

A horta da família é diversificada com hortaliças e verduras.

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