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PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS EM SISTEMA ORGÂNICO Ronessa Bartolomeu de Souza Eng. Agrônoma, Dra., Pesquisadora - Embrapa Hortaliças Setembro de 2009

PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS EM SISTEMA ORGÂNICO · Beneficiamento da casca do coco verde para produção de substrato Coleta da matéria prima: • Escolher cascas de mesma procedência

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PRODUÇÃO DE HORTALIÇAS EM

SISTEMA ORGÂNICO

Ronessa Bartolomeu de SouzaEng. Agrônoma, Dra., Pesquisadora - Embrapa Hortaliç as

Setembro de 2009

BIODIVERSIDADE

- Diversificação de cultivos

- Cordões de contorno

Desenhos Agroecológicos

- Cordões de contorno

Diversificação da paisagem

o solo é um simples suporte para o

desenvolvimento vegetal, um reservatório

de nutrientes.

o solo é um sistema vivo e complexo, e

sua sustentabilidade deve ser mantida.

sustentabilidade do solo

manutenção de sua capacidade produtiva ao longo do tempo.

A agricultura orgânica busca, através do manejoorgânico do solo, produzir alimentos de formaambientalmente viável, mantendo e melhorando aqualidade do solo e promovendo suasustentabilidade.

Considera o solo um sistema vivo e complexo,que abriga uma grande diversidade de fauna eflora.

Base do manejo orgânico do solo

Todo o carbono orgânico presente no solo na forma de resíduos

MATÉRIA ORGÂNICA (MO)

presente no solo na forma de resíduos frescos ou em diversos estágios de

decomposição, compostos humificados e materiais carbonizados, associados ou

não à fração mineral; assim como a porção viva, composta por raízes e pela

micro, meso e macrofauna.

Efeitos benéficos da MO:

� fornecedora de nutrientes (principalmente N, P, S emicronutrientes): decomposição/mineralização deresíduos orgânicos

� condicionadora de solo: aeração, capacidade deretenção de água, estrutura, capacidade de troca decátions, capacidade tampão, corrige a acidez do solo,

O preparo e o manejo da fertilidade do solo nossistemas orgânicos de produção levam emconsideração a manutenção (e o aumento) dos teores deMO do solo.

cátions, capacidade tampão, corrige a acidez do solo,redução da variação térmica, aumento da atividademicrobiana, substrato para os microorganismos.

Preparo do solo e manejo de sua fertilidade no sistema orgânico

Preparo

� Abordagem conservacionista

� Movimentação mínima do solo

� Primeiro ano: aração, gradagem e levantamentodos canteiros.

� Anos seguintes: utilizar mecanização reduzida,mantendo cobertura verde ou morta sobre o solo, erealizar o novo plantio sem que seja feito um novopreparo de solo.

Fertilidade

� No início: análise química do solo para conhecer opH e os teores de nutrientes e MO.

� Anos seguintes: novas análises para acompanhar a fertilidade.

� Correção da acidez: pH entre 5,5 e 6,5.

� Fosfatagem corretiva: termofosfatos e fosfatosnaturais de baixa ou alta reatividade, permitidos pelasnormas técnicas de produção orgânica / InstruçãoNormativa do Ministério da Agricultura .

insumos:

calcário

fosfato natural

Produção de mudas- Fibra de coco verde

Beneficiamento da casca do coco verde para produção de substrato

Coleta da matéria prima:

• Escolher cascas de mesma procedência ; Selecionar cocos verdes

Desintegração/trituração da casca:• Cortar a casca com o facão em pedaços; • Desfibrar com picadeira de forragem; Deixar secar; • Triturar com peneira de 3mm ou 4mm.

Lavagem das fibras:Lavagem das fibras:• Lavar por imersão; Evitar perda de fibras menores• Deixar escorrer.

“Compostagem” (Fermentação):• 3 :1 fibra: cama de matriz de aves; 2 kg/m3 de termofosfato ou fosfato natural• 60 dias para cultivo; 90 dias para mudas.

Armazenamento:

• Local limpo, seco e coberto.

Colocação em contentor:• Produção de mudas;

•Cultivo de hortaliças e flores.

Melhoria características químicas e físicas: Misturas com outros materiais

Bandeja de 72 células (sem suplementação)Bandeja de 128 células (aplicação de humus de minhoca ou Biofertilizante)

Ingredientes Quant. (volume)

Fibra da casca coco verde compostada (fibra + cama de frango 3:1 + fosfato

50%(fibra + cama de frango 3:1 + fosfato natural ou rocha moida Ipirá)

Vermiculita ou areia lavada 30 a 40%

Bokashi (composto farelos) 10%

cinzas 2,5 a 5%

� O manejo equilibrado da fertilidade do solo pode serrealizado por meio de:

♦adubos orgânicos: estercos animais compostados,compostos ou outras fontes orgânicas recomendadaspelas normas técnicas de produção (por exemplo, póde ossos)

♦adubação verde com leguminosas e/ou gramíneas;

♦adubações complementares com biofertilizanteslíquidos via solo (de acordo com a necessidade);

♦adubações auxiliares com adubos minerais de baixasolubilidade permitidos pelas normas técnicas deprodução;

♦Rotação de culturas e outras associações entreplantas

Pal

hada

Cer

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Est

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Ave

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Principais Adubos Orgânicos

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Efeitos físicos e Biológicos diminuem Efeitos químicos aumentam

� Adubos verdes

♦ Plantas cultivadas ou crescidas espontaneamente no própriolocal ou importadas de outra área, deixadas, preferencialmente,na superfície do solo, com a finalidade de preservar e/oumelhorar a fertilidade das terras agrícolas

♦ Adubos verdes em Rotação, Sucessão ou Consórcio com acultura principal.

♦ Uso isolado ou em conjunto (coquetel)

♦ Características principais: crescimento rápido, boa coberturado solo e com grande produção de biomassa vegetal, fixaçãode N e/ou aumento na disponibilidade de nutrientes no solo.

� Adubos verdes

♦ escolha de espécies que melhor se adaptem ao local -comportamento diferente de acordo com o ambiente

♦ espécies tolerantes à acidez do solo: feijão bravo do Ceará(Canavalia brasiliensis), feijão de porco (Canavalia ensiformes) emucuna preta (Mucuna aterrima)

♦ espécies de verão: mucuna preta (Mucuna aterrima), Crotalaria♦ espécies de verão: mucuna preta (Mucuna aterrima), Crotalariajuncea, Crotalaria ocroleuca, Crotalaria spectabilis, Crotalariapaulina, feijão-de-porco (Canavalia ensiformis), guandu (Cajanuscajan), girassol (Helianthus annus), milheto (Pennisetum glaucum) esorgo forrageiro (Sorghum bicolor).

♦ espécies de inverno: aveia preta (Avena strigosa Scheb), naboforrageiro (Raphanus sativus), ervilhaca (Vicia sativa) e ervilhaforrageira (Pisus arvense).

Vista geral do ensaio de AV no campo e casa de vegetação

sorgo

Semeio: 01/12/2004

Florescimento: 21/02/2005

milheto

Semeio: 01/12/2004

Florescimento: 24/01/2005

aveia preta

Semeio: 01/12/2004

Florescimento: 02/02/2005

guandu

Semeio: 01/12/2004

Florescimento: 28/02/2005

Crotalaria spectabilis

Feijão de porco

Semeio: 01/12/2004

Florescimento: 21/03/2005

Adubos verdes em florescimento pleno

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110

Sorgo Forrageiro

Nabo Forrgeiro

Milheto

Crotalaria juncea

Feijão de Porco

Aveia Preta b

Produção de Matéria Fresca (t/ha)

Aveia Preta b

Mucuna

Gundu Anão

Crotalaria spectabillis

Feijão Bravo do Ceará a

Verão, Embrapa Hortaliças, Brasilia/DF. Espécies com cores iguais não diferem estaticamente pelo Teste de Scott-Knott a 5% de prob.

0

5

10

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Rotação de culturasRotação de culturas

Rotação

Rotação de culturas� mais exigentes com menos exigentes� com estrutura radicular diferente� com relação C/N diferente� evitar acúmulo de inóculos (# famílias)

Alface crespa CenouraMilho + mucuna

Rotação

Culturas Nº frutos/planta Produção/planta

(kg)

Produção/área

(t/ha)

Tomate 18,38 2,70 71,88

Pimentão 2,92 0,25 6,77

Pepino 12,25 2,27 60,66

Crotalaria/Sorgo - - 25,2/27,6

Crotalária - - 27,68

6. Consorciação de culturasTipos: - em linha

- em faixa

CULTURAS COMPAHEIRAS ANTAGONISTAS

ABÓBORAMilho, vagem, abóbora,taioba, chicória, etc

batata

ALFACECenoura, rabanete, morango,pepino, beterraba, rúcula,cebola, etc

salsa

Esquema para consorciação de culturas - hortaliças

cebola, etcCEBOLA Beterraba, morango, tomate,

cenoura, pepino, couve, etc.ervilha, feijão

TOMATE Cebola, salsa, cenoura, alho,etc

Couve, batata,repolho, pepino,milho,etc.

BATATA Feijão, milho, repolho,ervilha, alho, couve,berinjela, etc

Abóbora, pepino,tomate

CENOURA Ervilha, alface, tomate,cebola, acelga, cebolinha, etc

(Debarba, 2000)

Em linhas

Em faixas

Consorciação

Monitoramento de pragas e inimigos naturais na cultura do tomateiro

Maria Alice Medeiros - Embrapa Hortaliças

traça adulto

0

50

100

150

200

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

orgânico

convencional

inimigos naturais

0

20

40

60

80

100

120

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

orgânico

convencional

Manejo e controle de plantas espontâneas

Estratégias de convívio: período de competição capinas em faixascanteiros

Estratégias de controle: manual ou mecanizadasolarizaçãocobertura mortacobertura com adubo verdecobertura com adubo verde

� Cobertura morta (mulching)

♦ Cobertura com capins secos triturados (sem sementes),palhas, ou outros resíduos vegetais de alta relação C/N emcamada de aproximadamente 5 cm.

♦ Vantagens: características químicas, físicas e biológicasdo solo; decomposição mais lenta da biomassa do solo pordo solo; decomposição mais lenta da biomassa do solo porefeito da temperatura; economia de água; controle depatógenos, pragas do solo e plantas espontâneas

♦ Preferência por materiais abundantes no local e dedecomposição relativamente lenta (manter nível adequadode organismos no solo)

Quantidade: 1 a 2 kg/ m2

SOLO TEMP(ºC)

Umidade(%)

IPE(20 DAS)

IPE(45 DAS)

Controle 31,99 a 9,79 b 90,25 a 48,75 a

Serragem 28,53 bc 12,10 a 25,50 bc 25,50 b

Casca arroz 28,80 b 12,16 a 46,50 b 23,25 bc

Infestação de plantas espontâneas (IPE) na cultura da cenoura com cobertura de solo

Maravalha 28,27 c 11,41 a 13,75 c 14,0 bc

Capim seco 28,84 b 11,72 a 13,00 c 11,25 c

Tratamentos E. Final

( Nº pl./m2)

PRBC

(t/ha)

PMBC

(g/bulbo)

Com Cobertura

Sem Cobertura

47,63 b

55,20 a

46,55 a

28,40 b

112,68 a

73,00 b

Cobertura de solo em cebola

PLANTIO DIRETO SOBRE COBERTURAS VIVAS PERMANENTES

Amendoim forrageiroGrama batatais

Repolho - Amendoim forrageiro

� Estercos puros de animais, tortas e restos deculturasEstercos puros de animais (compostados) – menos utilizados queo composto orgânico

esterco de aves - bastante solúvel com rápida disponibilização denutrientes para as plantas

Composição de macro e micronutrientes é variável de acordocom a fonte – tabelas disponíveis na literatura

� Esterco curtidoEnvelhecimento sob condições não controladas;Microorganismos presentes consomem parte do carbonoorgânico concentrando os nutrientes minerais.

Local Coberto

� Compostagem

♦ Decomposição aeróbica de resíduos vegetais (alto C) e animais (alto N)

♦ Relação C/N ideal 25 a 30 : 1- Maior eficiência na decomposição

75% de restos vegetais diversos + 25% de esterco ou 75% de restos vegetais diversos + 25% de esterco ou

50% de restos vegetais frescos + 50% restos vegetais velhos

Esquema simplificado do processo de compostagem

Resíduos Microorga- O2 e Mat. Org. Calor e + + +

Nutri-+

Resíduos orgânicos

Microorga-nismos

O2 e H2O

Mat. Org. estável

Calor e CO2

+ + +Nutri-entes+

Métodos de Compostagem

• Natural: compostagem com revolvimento periódico das

leiras, manual ou mecânico

• Acelerada:- leira estática com aeração forçada • Acelerada:- leira estática com aeração forçada

(injeção, sucção ou misto), sem revolvimento

- reatores fechados (controle total temp. um.

gases e chorume, menor tempo (30 dias) e menor área

utilizada (50%)

Compostagem com revolvimento manual:

Leiras estáticas aeradas por sucção (exaustão) – SANEPAR

Leira estática aeradaComposto pronto

Resíduos orgânicos

Composto pronto

Resíduos orgânicos

Sistema de drenagem

Composto pronto (para reduzir odores)

Resíduos orgânicos

Sistema de drenagem

Tubulação plástica ou em PVC, perfurada, em forma de retângulo

ligada a um compressor ou exaustor

Aeração por Injeção, Sucção ou Misto (Nobrega, 1991):

Misto mais eficiente, > degradação mat. Orgânica, menor tempo de aeração, e maior eficiência na eliminação de patógenos

Reatores aeróbios

Biorreatores

• Mais utilizado para compostagem de resíduos urbanos (lixo ebiossólido) e para tratamento de solos/resíduos contaminados• O material orgânico ou solo contaminado é transferido para umreator contendo água, microrganismos(micróbios capazes dedegradar os contaminantes alvos), nutrientes, com adição dedegradar os contaminantes alvos), nutrientes, com adição deoxigênio e agitação contínua• Maior controle do processo•Permite controle dos gases desprendidos - reciclagem,combustão, biofiltração• Alto custo• Baixo tempo de compostagem – muitíssimo acelerado (30 dias)

Compostagem com revolvimento manual-Embrapa Hortaliças

�Materiais por camada: 15 carrinhos de mão de capimBrachiaria roçado, 30 carrinhos de capim Napier, 20carrinhos de Cama de matriz de aviário, 13 kg de Fosfatonatural ou Termofosfato;

�Medas: Formar camadas alternadas na seguinte ordem:�Medas: Formar camadas alternadas na seguinte ordem:Brachiaria, Napier, Cama de Matriz e Termofosfato. Medasde 1m x 10m x 1,5m de altura;

�Reviramentos: Quinzenalmente, por 4 vezes, e molhar;

�Tempo: Revira-se até 60 dias, aos 90 estará pronto;

�Esta quantidade produzirá ~2.500kg de composto,suficientes para 800-2400m de canteiros.

4ª. Camada Capim roçado

Capim triturado

3ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato

Cama de matriz

Capim triturado

Capim roçado

2ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato

MONTAGEM DA LEIRA OU MEDA:

2ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato

Cama de matriz

Capim triturado

Capim roçado

1ª. Camada Fosfato natural ou Termofosfato

Cama de matriz

Capim triturado

Capim roçado

Revolvimento e Umedecimento

- Manual

- Mecânico: pá carregadeira ou compostador

Composto pronto – matéria orgânica humificada

Leira estática aerada• túnel de ventilação natural

Fonte: Processo de compostagem, a partir de lixo orgânico urbano, em leira estática com ventilação natural. Circular técnica 33. 2004. Embrapa Amazônia Oriental, Belem/PA

Leira estática aerada com monitoramento remoto da temperatura – D’Ró

• Três tubos de aeração perfurados em todos os sentidos colocados a 50 cm do piso – injeção

• túnel todo perfurado, colocado sobre o piso, ligado a um exaustor

• Nenhum revolvimento• Nenhum revolvimento

• Sensores de temperatura colocados em 5 diferentes alturas da pilha ligados a um computador

•Água é nebulizada sobre a leira, quando necessário

• Chorume é recolhido e retorna à pilha de composto

• Inoculação do composto com microorganismos

Leira estática aeradaVantagens:

• menor gasto com mão de obra

• menor perda de nutrientes do chorume

• permite produção em grande escala

• acelera a decomposição dos resíduos ~ 54 a 60 dias? (em estudo)

• Caracterização, Avaliação da Qualidade e da Eficiência Agronômica do composto estão em andamento

Compostagem – Embrapa Hortaliças

�Montagem da pilha : local seco, arejado, plano e de fácillocalização

�Irrigações : se formar um torrão e este se desmanchar com facilidade (não pode escorrer água entre os dedos)

�Reviramentos : o primeiro deve ser feito a 10 dias os �Reviramentos : o primeiro deve ser feito a 10 dias os demais a cada 15 dias

�Temperatura : ~ 60ºC

�O composto estará pronto quando a sua cor estiver escura e a temperatura em torno de 30ºC.Aproximadamente de 80-90 dias.

�Materiais: 15 carrinhos de mão de capim Brachiaria roçado. 30 carrinhos de capim Napier, 20 carrinhos de Cama de matriz, 14 kg de Fosfato Natural ou Termofosfato;

�Medas: Formar camadas alternadas na ordem: Brachiaria, Napier, Cama de Matriz e Termofosfato. Medas de 1m x 10m x 1,5m de altura1,5m de altura

�Tempo : Revira-se até 60 dias, aos 90 estará pronto;

�Esta quantidade produzirá 2.500kg de composto

� Composto de farelos (‘Bokashi’)

Mistura de farelos fermentada

Rico em nutrientes, principalmente N P e K

Preparo rápido (3 a 21 dias)

Matéria prima: farinha de ossos, farinha de peixe, farelos de Matéria prima: farinha de ossos, farinha de peixe, farelos de arroz, de oleaginosas ....

Umidade ideal 50 a 60% e Temperatura ~ 50 C

Revolvimento diário (temperatura sobe com facilidade)

Pode ser aeróbico ou anaeróbico

Bokashi

5kgFarelo de mamona

20kgFarelo de arroz ou algodão

25kgComposto pronto ou esterco de gado

25kgTerra de mata (inoculante)

100kgTerra virgem (barranco)

QuantidadeIngredientes

0,5kgFubá de milho

45 %Água

0,5kgAmido de mandioca

1kgRapadura, açúcar mascavo

5kgCinzas (munha de carvão)

25kgResíduos de sementes

10kgFarinha de ossos

5kgFarelo de mamona

Bokashi anaeróbico (sem ar)

Ingredientes quantidade Proporção (%) Cama de matrizes de aviário 480 kg 55 Calcário dolomítico 40 kg 5 Torta de mamona 100 kg 12 Farelo de Trigo 120 kg 14 Farinha de ossos 50 kg 6 Cinzas ou carvão 10 kg 1 Cinzas ou carvão 10 kg 1 solução ~ 65 L 8

Ingredientes quantidade Agua 60 L Leite 2 L EM (microorganismos eficazes) 2 L Açúcar cristal 1,5 kg

SOLUÇÃO:

�Biofertilizantes

♦ Fertilizantes orgânicos líquidos – aplicação via solo emfertirrigação

♦Fornece todos os macro e micronutrientes, aumenta aresistência das plantas a pragas e doenças e auxilia no controledos mesmos

� Biofertilizantes

♦ Extrato de Composto – Composto orgânico + água (1:2) – usoimediato

♦Biofertilizante Líquido: Esterco bovino fresco + água (1:1),sistema fechado (anaeróbico) por 30 dias –

♦ Variações: Agrobio, Super Magro, Vairo, biofertilizantesenriquecidos (↑N↑K; ↓N ↑K; ↓K ↑N e etc.)

♦ Agrobio : 200 litros de água; 100 litros de esterco bovinofresco; 20 litros de leite de vaca ou soro de leite; 3kg demelaço

- Misturar, fermentar 1 semana; Nas 7 semanas subseqüentesacrescentar:

430 g de bórax ou ácido bórico, 570 g de cinza de lenha, 850 gde cloreto de cálcio, 43 g de sulfato ferroso, 60 g de farinha d eosso, 60g de farinha de carne, 143 g de termofosfatomagnesiano, 1,5 kg de melaço, 30 g de molibdato de sódio, 30magnesiano, 1,5 kg de melaço, 30 g de molibdato de sódio, 30g sulfato de cobalto, 43 g de sulfato de cobre, 86 g de sulfatode manganês, 143 g de sulfato de magnésio, 57 g de sulfatode zinco, 29 g de torta de mamona e 30 gotas de solução deiodo a 1%, semanalmente;

- Nas 4 últimas semanas acrescentar 500 mL de urina de vaca;Mexer a calda 2 x ao dia ; após 8 semanas, completar ovolume para 500 L e coar

Produto final - cor bem escura e odor característico deproduto fermentado, pH 5 a 6; Análise química: 34,69 g/lde matéria orgânica; 0,8% de carbono; 631 mg/l de N; 170mg/l de P; 1,2 g/l de Ca e 480 mg/l de Mg e traços deMicro.

Recomendação de Uso:

produção de mudas : preventivo em pulverização,produção de mudas : preventivo em pulverização,Agrobio a 2%;

Produção Folhosas: pulverização semanal, Agrobio a 4%ou 2 vezes por semana a 2%;

Hortaliças de fruto: pulverização semanal, Agrobio 4%

Biofertilizante Bioembrapa

Ingrediente p/ 100 L Quantidade

Inoculante Shigeo Doi 1 LFarinha de sangue 1 kgFarelo de arroz ou algodão 4,4 kgFarelo de mamona 1 kgFarinha de ossos 2,2 kgFarinha de ossos 2,2 kgResíduo de sementes 1 kgCinzas 1 kgRapadura ou açúcar mascavo 0,5 kgPolvilho 0,5 kgÁgua 88 L

Agitar 3 vezes ao dia com haste de madeira ou aeração constante

Pronto em 8 a 10 dias

Inoculante (Shigeo Doi)

Ingredientes p/ 200 L Quantidade

Melaço 8 L

Vinhoto 4 L

Rapadura ou açúcar cristal 5 kg

Polvilho ou batata cozida amassada 500 gPolvilho ou batata cozida amassada 500 g

Terra de mata (camada de cima) 10 L

Água não clorada Completar para 200 L

Agitar 3 vezes ao dia com haste de madeira ou aeração constante

Pronto em 10 a 15 dias

Quantidade em função biofertilizanteN = 150kg/ha de NitrogênioSemanas após transplante Quantidade (mL por m2 de canteiro por semana)

Alface Pimentão Tomate

Bioembrapa Agrobio Bioembrapa Agrobio Bioembrapa Agrobio

1a. Semana 100 370 35 130 45 1702a. Semana 287 1070 170 630 90 3403a. Semana 2000 7480 520 1940 90 3404a. Semana 2000 7480 520 1940 90 3405a. Semana 2000 7480 520 1940 160 6006a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6007a. Semana7a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6008a. Semana 1200 4540 570 2130 160 6009a. Semana 680 2550 600 225010a. Semana 680 2550 600 225011a. Semana 680 2550 600 225012a. Semana 880 3300 600 225013a. Semana 880 3300 600 225014a. Semana 880 3300 600 225015a. Semana 620 2300 1220 460016a. Semana 620 2300 1220 4600

17a. Semana 620 2300 1220 4600

18a. Semana 750 280019a. Semana 750 2800

20a. Semana 750 2800

Uso Bioembrapa

Aplicação com Regador

Aplicação por Gotejamento

Bio N P K Ca Mg Sg.kg-1 mg.l-1

Agrobio 0,4 78 1405,1 2174,3 561,5 419,5

Bioembrapa 1,5 170,5 1861,4 984,5 495,6 82,3

Ext. composto 0,2 108,1 3065,8 72,5 57,6 164,6

Análise química dos biofertilizantes Macronutrientes:

Ext. composto 0,2 108,1 3065,8 72,5 57,6 164,6

Bio B Cu Fe Mn Znmg.l-1

Agrobio 702,4 47,7 57,3 227,3 91Bioembrapa 89,2 0,6 12,5 9 1,4Ext. Composto 8,9 1,6 6 1,1 1,8

Micronutrientes:

Análise química dos biofertilizantes

Contaminantes minerais:

Bio As Cd Pb Cr Hg Ni Se

mg.l-1

Agrobio <0,01 0,01 0,1 0,4 0,1 0,8 <0,01Agrobio <0,01 0,01 0,1 0,4 0,1 0,8 <0,01

Bioembrapa <0,01 <0,01 <0,01 0,3 <0,01 0,2 0,1

Composto <0,01 <0,01 0,04 <0,01 <0,01 0,1 <0,01

Agentes e contaminantes biológicos dos biofertilizantes

Bioembrapa AgrobioListeria monocytogenes Ausente/25ml Ausente/25ml

Clostridium Sulfito redutores

2,0x104 <1,0x100

Clostridium perfringens <1,0x100 <1,0x100

Escherichia coli <1,0x100 <1,0x100Escherichia coli <1,0x100 <1,0x100

Salmonella ausente/25 mL ausente/25mL

Ovos viáveis de Helmintos ausente/4 g ausente/4g

Bolores e leveduras 3,7x105 <1,0x100

Microorganismos mesófilos aeróbios estritos e facultativos viáveis

4,0x104 UFC/ml 5,9x102 UFC/ml

Contaminante Valor máximo admitido

Arsênio (mg/kg) 20,0

Cádmio (mg/kg) 3,0

Chumbo (mg/kg) 150,0

Cromo (mg/kg) 200,0

Mercúrio (mg/kg) 1,0

Instrução Normativa SDA Nº. 27/2006ANEXO V

Limites máximos de contaminantes admitidos em fertilizantes orgânicos

Mercúrio (mg/kg) 1,0

Níquel (mg/kg) 70,0

Selênio (mg/kg) 80,0

Coliformes termotolerantes - número mais provável por grama de matéria seca (NMP/g de MS)

1.000,0

Ovos viáveis de helmintos - número por 4 gramas de sólidos totais (nº em 4g ST)

1,0

Salmonella sp Ausência em 10 g de matéria seca

Resultados obtidos com Alface Americana

Cultivar

Produção Comercial (t ha-1) c/ 67900 plantas ha-1

Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto

OGR 326 27,1 A a 35,4 A a 23,9 B b 15,9 C a

Gloriosa 29,0 B a 36,7 A a 25,1 B b 15,8 C a

Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Gloriosa 29,0 B a 36,7 A a 25,1 B b 15,8 C a

Tainá 29,2 A a 31,6 A a 28,9 A ab 17,0 B a

Laurel 27,8 B a 35,4 A a 30,6 AB a 15,7 C a

Resultados obtidos com Alface Americana

Cultivar

Massa média de cabeça comercial (g cabeça-1)

Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto

OGR 326 399,7 A a 522,0 A a 352,7 B b 234,0 C a

Gloriosa 426,9 B a 540,1 A a 369,3 B b 233,3 C aGloriosa 426,9 B a 540,1 A a 369,3 B b 233,3 C a

Tainá 430,0 A a 465,3 A a 424,9 A ab 250,0 B a

Laurel 409,3 B a 521,7 A a 450,0 AB a 231,3 C a

Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

Resultados obtidos com Alface Americana

CultivarMassa Média de Cabeça Inteira (g cabeça-1)

Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto

OGR 326 468,3 B a 601,0 A a 399,0 B b 280,7 C a

Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

OGR 326 468,3 B a 601,0 A a 399,0 B b 280,7 C a

Gloriosa 484,0 B a 626,0 A a 427,3 B ab 292,0 C a

Tainá 506,3 A a 540,3 A a 499,3 A a 304,3 B a

Laurel 484,7 B a 594,7 A a 513,7 AB a 273,7 C a

Resultados obtidos com Alface Americana

Cultivar

Número de Folhas

Testemunha Bioembrapa AgrobioExtrato de Composto

OGR 326 23,4 BC b 27,6 A a 26,6 AB a 21,8 C a

Médias seguidas por letras minúsculas iguais nas colunas e maiúsculas nas linhasnão diferem entre si a 5% de probabilidade pelo teste de Tukey.

OGR 326 23,4 BC b 27,6 A a 26,6 AB a 21,8 C a

Gloriosa 28,8 A a 27,8 A a 26,6 AB a 22,8 C a

Tainá 24,0 AB b 27,8 A a 28,0 A a 20,4 B a

Laurel 28,0 A a 29,6 A a 26,4 AB a 23,8 B a

Aplicação Foliar

Biofertilizantes com componentes de origem vegetal:sem restrições

Biofertilizantes com componentes de origem animal :

menos de 1 ovo viável de helmintos por 4 gramas,quando em aplicação foliar ou nas partes comestíveis.

Hortaliças

RENDIM. COMERCAL (kg/ha)

ESPÉCIES SISTEMAORGÂNICO

MÉDIA / SISTEMACONVENCIONAL

DIFERENCIAL (%)

Abóbora 7.325 6.000 + 26

Alho 6.102 5.000 + 22

Tabela 1. Produções comerciais de algumas olerícola s em sistema orgânico e convencional. Média de 10 anos.

Batata 19.451 15.000 + 30

Batata baroa 15.355 13.000 + 18

Cenoura 23.535 22.000 + 7

Couve-flor 13.686 15.000 - 9

Inhame 23.805 12.000 + 98

Repolho 55.325 45.000 + 23

Tomate 34.545 48.400 - 29

Fonte: INCAPER, 2000

Custos de Produção

São Paulo ParanáIndicador

Pr. 01 Pr. 02 Pr. 03 Conv. Pr. 01 Conv.

Mão de obra

Máquinas

70,85

13,47

80,11

1,63

59,91

10,71

25,39

13,89

73,08

7,04

26,78

15,55

Tabela . Indicadores de eficiência econômica (%) da cultura da alface (1 ha) em sistema orgânico e convencional

Máquinas

Equipamentos

Insumos

Desp. Gerais

13,47

3,72

10,73

1,23

1,63

6,93

11,33

-

10,71

5,12

24,26

-

13,89

7,53

57,16

-

7,04

2,69

12,99

4,21

15,55

8,69

45,81

4,37

Custo (R$) 10.419,19 7.294,48 3.672,77 3.053,84 4.336,87 2.992,55

Receita (R$) 56.700,00 21.875,00 54.545,45 17.700,00 45. 805,56 17.233,33

(Carmo & Magalhães, 1999) - Informações Econômicas

� Exemplo de cálculo de Adubação

Recomendação de acordo com a análise de solo:

1 ha de Cebola:

120 kg de N, 180 de K2O e 300 kg de P2O5

Fertilizante orgânico Composição químicaFertilizante orgânico Composição químicaN P K

%MS fc %MS fc %MS fcEsterco Bovino 5 20 2,5 40 5 20Fosfato Natural - - 30 3,3 - -Cinzas - - 2,5 40 10 10

fc = 100/ %MS

� Exemplo

Esterco Bovino compostado ou curtido:N = 120 x 20 = 2.400 kg ha-1 de esterco bovino que fornecetambém:P = 2.400/40 = 60 kg ha-1

K = 2.400/20 = 120 kg ha-1

Cinzas:Cinzas:K = 180 – 120 = 60 x 10 = 600 kg ha-1 de cinzas que fornecetambém:P = 600/40 = 15 kg ha-1

Fosfato Natural:P = 300 – 60 – 15 = 225 x 3,3 = 742 kg ha-1 de fosfato natural

Obrigada!

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