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Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva ERGONOMIA 1
ERGONOMIA
ERGONOMIA 2Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Os comportamentos do ser humano no trabalho podem ser
estudados sob dois ângulos:
Sistema de transformação de energia: atividades motoras (ou
musculares) de trabalho, que permitem a transformação da energia
físico-muscular em energia mecânica de aplicação de forças, de
deslocamentos, de movimentos, de manutenção de posturas,...
2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
Sistema de recepção e tratamento de informação: atividades
cognitivas de trabalho, que permitem a detecção, a percepção e o
tratamento das informações recebidas do meio ambiente de
trabalho.
ERGONOMIA 3Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
Os músculos do corpo humano classificam-se em três tipos:
estriados ou esqueléticos; lisos e do coração;
Os músculos estriados estão sob controle consciente do homem,
e é através deles que o organismo realiza trabalhos externos,
portanto apenas o estudo destes é de interesse para a ergonomia;
40% dos músculos do corpo são estriados, somente 75 pares
desses estão envolvidos na postura e movimentos globais do
corpo;
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2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 5Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
O tecido muscular é um tecido adaptado à contração.
Distingue-se: A contração estática ou isométrica; A contração dinâmica ou anisométrica.
A tensão desenvolvida ao nível da extremidade dos
tendões depende dos seguintes aspectos: número de fibras musculares excitadas; ângulo de articulação; estado do músculo;
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 6Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Atividade Muscular:
Cada fibra muscular se contrai com uma determinada
força e a força total do músculo é a soma das forças das
fibras envolvidas na contração;
A força absoluta do músculo está na faixa de 30 à 40
N/cm2 da seção transversal de músculo. Isto significa que
um músculo com 1cm2 de seção transversal pode
suportar de 3 à 4 Kg no sentido vertical;
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
7
Aspectos físico-químicos da atividade muscular :
Toda atividade muscular implica em um gasto de
energia. Esta energia necessária à contração muscular
é de origem química:
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
O organismo produz trabalho a partir da energia química.
A alimentação aporta os nutrientes que, uma vez
metabolizados no organismo, servirão para cobrir as
necessidades básicas e energéticas do conjunto das
células. É principalmente a partir dos glicídeos e dos
lipídeos que as necessidades energéticas serão cobertas;
ERGONOMIA 8Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Ao nível dos músculos esta cobertura se fará:
diretamente, a partir da glicose ou do metabolismo dos
ácidos graxos, segundo o tipo de músculo;
Os músculos estriados utilizam em geral os ácidos
graxos como principal combustível. São músculos
posturais ricamente vascularizados.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 9Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
O corpo humano como um sistema de alavancas:
Os músculos, ossos e juntas formam diversas alavancas
no corpo, semelhantes as alavancas mecânicas. Para cada
movimento, há pelo menos dois músculos que trabalham
antagonicamente: quando um se contrai, o outro se
distende. Por exemplo, ao dobrar o braço sobre o cotovelo,
há uma contração do bíceps e uma distensão do tríceps.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 10Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Alavanca interfixa ou de 1º Grau: o apoio situa-se entre a força e a
resistência. Um exemplo típico é o tríceps. Este tipo de alavanca é o
mais adequado para transmitir velocidade e pouca força;
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 11Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Alavanca inter-resistente ou de 2º Grau: a resistência situa-se
entre o ponto de apoio e a força. É o caso dos músculos da face
posterior da perna (panturrilha), que se ligam ao calcanhar e permitem
suspender o corpo na ponta dos pés. Este tipo de alavanca sacrifica a
velocidade para ganhar força.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 12Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Alavanca interpotente ou de 3º Grau: a força é aplicada entre o
ponto de apoio e a resistência. É caso do bíceps. Este tipo de alavanca
é um dos mais comuns no corpo humano. Os músculos se inserem
próximos à articulação e facilitam a realização de movimentos rápidos e
amplos.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 13Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 14Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 15Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é constituída de 33 vértebras, classificadas
em cinco grupos:
Vértebras cervicais (7);
Vértebras torácicas ou dorsais (12);
Vértebras lombares (5);
Vértebras sacrococcigenas (9): (5) estão fundidas e formam o
sacro e as (4) da extremidade inferior são pouco desenvolvidas e
formam o cóccix.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 16Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Das 33 vértebras, apenas 24 são flexíveis e, destas, as que têm
mais mobilidade são as cervicais e as lombares;
As vértebras dorsais estão unidas a 12 pares de costelas,
formando a caixa torácica, que limitam os movimentos;
Entre uma vértebra e outra existe um disco intervertebral
cartilaginoso. As vértebras também se conectam entre si por
ligamentos;
Os movimentos da coluna são possíveis pela compressão e
deformação dos discos e pelo deslizamento dos ligamentos.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 17Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 18Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
Fc = Força de CompressãoFs = Força de CisalhamentoFr = Força Resultante (peso)
ERGONOMIA 19Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 20Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
As principais deformações da coluna são:
Escoliose: é um desvio lateral da coluna;
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 21Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
As principais deformações da coluna são:
Cifose: é o aumento da convexidade, acentuando-se a curva
para a frente na região torácica, correspondendo ao corcunda;
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 22Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
As principais deformações da coluna são:
Lordose: é um aumento da concavidade posterior da
curvatura na região cervical ou lombar, acompanhado
por uma inclinação dos quadris para a frente.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 23Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Noção de trabalho muscular:
A força muscular: é uma ação com uma direção, um sentido
e uma intensidade. Ela varia em função:
dos músculos solicitados;
das atitudes (alongamento, obliqüidade e gravidade);
dos sujeitos (sexo, idade, lateralidade, treinamento).
Noção de trabalho estático: é um trabalho sem
deslocamento aparente. Ele corresponde à contrações
musculares isométricas. Este trabalho permite a manutenção dos
segmentos ósseos numa determinada atitude (postura, segurar
um objeto,...)
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 24Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
Noção de trabalho dinâmico: é um trabalho que permite
contrações anisométricas sucessivas com alternância de
relaxamentos dos músculos, como nas tarefas de martelar,
serrar, girar um volante ou caminhar.
A atividade dinâmica resulta da ação:
dos músculos sinérgicos envolvidos no início do movimento;
dos músculos de controle que regulam o movimento em curso
da ação, permitindo assim a precisão do gesto.
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 25Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
ERGONOMIA 26Prof. Adolfo Sérgio Furtado da Silva
TRABALHO ESTÁTICO e QUEIXAS do CORPO:
2.2 - Fisiologia do Trabalho Muscular
Tipo de Trabalho Queixas e conseqüênciaspossíveis
De pé no lugar Pés e pernas, eventualmente varizesPostura sentado, mas sem apoio para as
costasMusculatura distensora das costas
Assento demasiado alto Joelhos, pernas e pésAssento demasiado baixo Ombros e nuca
Postura de tronco inclinado, sentado ou depé
Região lombar, desgaste de discosintervertebrais
Cabeça curvada demasiado para frente oupara trás
Nuca e desgaste dos discos intervertebrais
Postura de mão forçada em comandos ouferramentas
Antebraço, eventualmente inflamações dostendões