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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA “LUIZ DE QUEIROZ”.
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA DO SOLO
LSO-526 Adubos e Adubação
Piracicaba, 08 e 09 de março de 2018
Prof. Dr. Godofredo Cesar VittiDoutorandos: Lílian Angélica Moreira
Acácio Bezerra de Mira
Fluxograma da lei,
decretos, instrução
normativa e
portarias do
MAPA
I) Macronutrientes:
-Primários
Nitrogênio (N); Fósforo (P2O5); Potássio (K2O);
-Secundários:
Cálcio (Ca ou CaO); Magnésio (Mg ou MgO);
Enxofre (S)
II) Micronutrientes:Boro (B); Cloro (Cl); Cobalto (Co); Cobre (Cu);
Ferro (Fe); Manganês (Mn); Molibdênio (Mo);
Níquel (Ni); Silício (Si); Zinco (Zn)
Fertilizante:
Substância mineral ou orgânica, natural ou
sintética, fornecedora de um ou mais nutrientes de
plantas, sendo:
I. Fertilizante mineral
Produto de natureza fundamentalmente mineral, natural ou
sintético obtido por processo físico, químico ou físico-químico,
fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas
Decreto Nº 4954, de 14 de janeiro de
2004 - Artigo 2º
Natural:
Fluorapatita: Ca3(PO4)2CaF2 ou Ca10(PO4)6F2
Fosfato natural
Sintético:
CO2 + NH3 CO(NH2)2 (45% N)
Cloreto de potássio (KCl) (60% K2O)
Superfosfato Triplo: Ca(H2PO4) (42% P2O5)
Exemplos: Fertilizante Mineral
Uréia
Mineral: Natural Fosfato Reativo
Fertilizante mononutriente
Produto que contém um só dos macronutrientes
primários
N ou P2O5 ou K2O
Exemplos:
N - uréia: CO(NH2)2
P2O5 - SPS: Ca(H2PO4) CaSO4.2H2O
K2O – Cloreto de potássio: KCl
CLASSIFICAÇÃO DOS FERTILIZANTES MINERAIS
Fertilizante binário
Produto que contém dois macronutrientes primários
N-P2O5 ou N-K2O ou P2O5-K2O
Exemplos:
MAP (Fosfato Monoamônio) NH4H2PO4
Nitrato de potássio KNO3
Fertilizante ternário
Produto que contém os três macronutrientes primários
N - P2O5 - K2O
Exemplos: Formulação 04 - 14 - 08
4 kg N
14 kg P2O5
8 kg K2O
100 kg
Fertilizante mineral simples
Produto formado, fundamentalmente, por um
composto químico, contendo um ou mais
nutrientes de plantas
Uréia - N CO(NH2)2
MAP - N + P2O5 - NH4 H2PO4
Fertilizante mineral misto
Produto resultante da mistura física de dois ou
mais fertilizantes simples, complexos ou ambos
Uréia + MAP
KCl + Uréia
SPS + KCl
Fertilizante mineral complexo
Produto formado de dois ou mais compostos
químicos, resultante da reação química de seus
componentes, contendo dois ou mais nutrientes
primários
NH3 + H3PO4 + KCl complexo (N-P2O5-K2O)
gás líquido sólido sólido
Fertilizante com outros macronutrientes
Produto que contém macronutrientes secundários,
isoladamente ou em misturas destes, ou ainda com
outros nutrientes
Ca, Mg, S
Exemplos: Gesso: CaSO4 2H2O
Sulfato de Mg: MgSO4 x H2O
Fertilizante com micronutrientes
Produto que contém micronutrientes, isoladamente ou
em misturas destes, ou com outros nutrientes
B - Ácido Bórico: H3BO3 (17%B)
Zn - Sulfato de zinco: ZnSO4 x H2O (20% Zn)
Cu - Sulfato de cobre: CuSO4 x H2O (24% Cu)
Mn - Sulfato de manganês: MnSO4 .H2O (26% Mn)
Mo - Molibdato de sódio: Na2MoO4.2H2O (39% Mo)
GARANTIAS
1. Fertilizantes minerais sólidos
a) Fertilizantes simples
As especificações dos principais fertilizantes
minerais simples comercializados no Brasil estão
apresentadas no Anexo V da Legislação (Anexo II –
páginas 22 a 49)
OBSERVAÇÃOOBTENÇÃOGARANTIA MÍNIMA/
CARACTERÍSTICASFERTLIZANTE
ESPECIFICAÇÕES DOS FERTILIZANTES MINERAIS SIMPLES
ANEXO II – IN SARC Nº10/2004
Boro solúvel em
água na forma
de ácido
(H3BO3)
17% de BÁcido bórico
Reação da Amônia
Anidra com água.
O Nitrogênio deverá estar
totalmente na forma
amoniacal.
10% de NAquamônia
Síntese catalítica
entre o Nitrogênio do ar
atmosférico e o Hidrogênio
proveniente do craqueamento de
hidrocarboneto.
O Nitrogênio
deverá ser
totalmente na
forma amoniacal
82% de NAmônia
Anidra
Moagem da fosforitaFósforo determinado como P2O5 total
e mínimo de 4% solúvel em Ácido
Cítrico a 2% na relação de 1:100
Granulometria: partículas deverão
passar 85% em peneira de 0,075mm
(ABNT nº200)
27% de P2O5
28% de Ca
Fosfato Natural
Reativo
Reação do Ácido Fosfórico com
Amônia
Fósforo determina-do em P2O5 solúvel
em citrato neutro de amônio mais água e
mínimo de 44% solúvel em água.
Nitrogênio na forma amoniacal.
9% de N
48% de P2O5
Fosfato
Monoamônico
(MAP)
Reação do Ácido fosfórico com
Amônia
Fósforo determinado como P2O5
solúvel em CNA mais água e mínimo
de 38% solúvel em água. Nitrogênio
na forma amoniacal
Fosfato
Diamônico
(DAP)
Mínimo de
45% de
Cloro (Cl).
A partir de sais brutos de
Potássio por dissoluções
seletivas, flotação ou outros
métodos de separação.
Potássio na forma de cloreto
determinado como K2O solúvel em
água
58% de K2OCloreto de
Potássio
17% de N
45% de P2O5
Reação do concentrado apatítico moido
com Ácido Sulfúrico
Fósforo determinado como
P2O5 solúvel em Citrato
Neutro de Amônio mais
água e mínimo de 15% em
água.
Cálcio e Enxofre total
18% de P2O5
16% de Ca
8% de S
Superfosfato
Simples
Poe meio da reação do Óxido de Zinco
com Ácido Sulfúrico
Zinco solúvel em água na
forma de Sulfato
(ZnSO4.XH2O)
20% de
Zn
9% de S
Sulfato de Zinco
O teor de
Tiocianato não
poderá exceder a
1%, expresso em
Tiocianato de
Amônio.
1) Neutralização do Ácido sulfúrico pelo
Amoníaco.
2) Reação do Carbonato de Amônio com
o gesso.
3) A partir de gases de coqueria de gases
provenientes de unidades de Ácido
Sulfúrico.
O Nitrogênio deverá estar na
forma amoniacal.20% de N
22% de S
Sulfato de
Amônio
Reação de Ácido Nítrico Óxido ou
Carbonato de Cálcio.
O Nitrogênio deve estar na
forma nítrica, podendo ter
até 1,5% na forma
amoniacal.
14% de N
16% de
Ca
Nitrato de Cálcio
Neutralização do Ácido Nítrico pela
Amônia Anidra
O Nitrogênio deverá estar
50% na forma amoniacal e
50% na forma nítrica
32% de NNitrato de
Amônio
O teor de
Biureto não pode
ser maior de
1,5% para
aplicação direta
no solo e 0,3%
para aplicação
foliar
Reação do Amoníaco
e Gás Carbônico sob
pressão
O Nitrogênio deverá
estar totalmente na
forma amídica
45% de NUréia
Mínimo de 7% de Ca
e 6% de Sódio.
Mínimo de 60% do
teor total de Boro (B)
solúvel em ácido
cítrico a 2%
Beneficiamento físico do mineral
naturalBoro na forma de Borato
de Sódio e Cálcio
(Na2O.2.CaO.5 B2
O3.16H2O)
8% de BUlexita
Reação de Ácido
Fosfórico com
concentrado apatítico
moido
Fósforo determinado
como P2O5 solúvel em
Citrato Neutro de Amônio
mais água e mínimo de
36% em água.
41% de
P2O5
10% de
Ca
Superfofato
Triplo
2. Fertilizantes minerais sólidos
b) Fertilizantes minerais mistos e complexos
- Devem conter NPK, ou dois deles;
- Somatória mínima N total + P2O5 solúvel em
ácido cítrico ou citrato neutro de amônio + H2O
+ K2O solúvel em água igual ou superior a 21%.
Fórmulas
Expressão dos Nutrientes (%)
4 – 14 – 8
Relação de uma fórmula e mínimos de garantia
Fórmulas Relação
4 – 14 – 8 1 – 3,5 – 2
4 – 16 – 8 1 – 4 – 2
10 – 10 – 10 1 – 1 – 1
27 – 3 –11 9 – 1 – 3,5
8 – 28 – 16 1 – 3,5 - 2
100 kg 4 kg N – 14 kg P2O5 – 8 kg K2O
Classificação das Fórmulas quanto à
concentração
a) Baixa < 25% Nutrientes
3 – 18 – 4
b) Média: 26 a 40% Nutrientes
10 –10 – 10
c)Alta > 40% Nutrientes
14 – 07 – 28
Em uso no Brasil: 90%
Das formulações > 40% (N + P2O5 + K2O)
Culturas Anuais e Cana Planta
* 63% do Total: Misturas mais ricas em P2O5
Culturas Perenes, Hortaliças e Cana-Soca
* 37% do Total: Misturas mais ricas em N e K2O
FÓRMULA
N - P2O5 - K2O
04 – 14 – 08
1t (1000kg)
40 kg N - 140 kg P2O5 - 80 kg K2O
a) Fontes dos nutrientes
N – uréia – CO(NH2)2 – 45%N
P2O5 – SPS – CaH2PO4.CaSO4.2H2O – 18%P2O5
K2O – Cloreto de potássio (KCl) – 60%K2O
b) Quantidade de matéria-prima
1. K2O: 1000kg KCl – 600kg K2O
x – 80kg K2O
x = 133,33kg KCl/t
2. P2O5: 1000kg SPS – 180kg P2O5
y – 140kg P2O5
y = 777,77kg SPS/t
3. N: 1000kg uréia – 450kg N
z – 40kg N
z = 88,88kg Uréia/t
4. Total: 88,88 + 777,77 + 133,33 = 999,88kg
Portanto, fechou a fórmula!
Quantidade de nutrientes em:
1t: 40 + 140 + 80 = 260 kg de N+P2O5+K2O
88,88kg + 777,77kg + 133,33kg
Uréia SPS KCl
6. Relação da fórmula: 04 – 14 – 08
(1) (3,5) (2)
c) Adubação de plantio de Milho
Necessidade: 40 kg N – 140 kg P2O5 – 80 kg K2O/ha
(1) (3,5) (2)
d) Quantidade da fórmula
Portanto, 1000 kg/ha de 04 -14 - 08
e) Fórmula mais concentrada: múltiplo da fórmula 04-14-08
2 x 04 - 14 - 08 = 08-28-16
500 kg/ha de 08-28-16 = 40 kg N – 140 kg P2O5 – 80 kg K2O/ha
Concentração da formulação x Custo de transporte
Tolerância - Fertilizantes simples, mistos
e complexos
a) Teores de N, P2O5, K2O, Ca, Mg e S
- até 15% quando o teor do elemento for igual ou menor
que 5%;
- até 10% quando o teor do elemento for superior a 5% e
inferior a 40%, sem exceder 1,0 unidade;
- até 1,5 unidade quando o teor do elemento > 40%.
a) Garantias Individuais
Tolerância Garantia
(1) até 15,0% 5,0%
(2) até 10,0% 5 a 40,0%
(sem exceder 1 unidade)
(3) até 1,5 unidade > 40,0%
Exemplo:
a) Uréia
CO(NH2)2 : 45,0%N
Logo: >40% até 1,5 unidade
45,0 - 1,5 = 43,5%N
Portanto, o mínimo de N na uréia permitido por lei é de
43,5%N.
b) Fosfato Monoamônico (MAP)
9,0% N
NH4H2PO4 48,0% P2O5 CNA + H2O
44,0% P2O5 : H2O
b1) N = 9,0% 5,0 a 40,0% (Garantia)
até 10,0% sem exceder 1 unidade
9,0 x 0,10 = 0,9
9,0 - 0,9 = 8,1% N ou
9,0 - 1,0 = 8,0% N
Portanto, o mínimo de N no MAP é de 8,1% N
b2) P2O5 CNA + H2O = 48,0 %
Garantia > 40% até 1,5 unidade
48,0 - 1,5 = 46,5% P2O5 CNA + H2O
Portanto, o mínimo de P2O5 CNA + H2O é de 46,5% P2O5 (a
tolerância, portanto é de 0,96% P2O5).
P2O5 em H2O = 44,0 %
44,0 - 1,5 = 42,5 % P2O5H2O
Tolerância é de 0,96% P2O5
No caso de fertilizantes mistos ou complexos,
somatória dos teores não poderá ser inferior
a 95 % do teor total, sem exceder 2,0
unidades da garantia total do produto.
Na somatória de N e/ou P2O5, e/ou K2O, até
5,0%, sem exceder 2 unidades.
c) Na somatória de N e/ou P2O5
e/ou K2O, até 5,0%, sem exceder 2 unidades
Exemplo: 04 - 14 - 08
(1) Nitrogênio = 4 %
15 % de 04 = 0,6
4 - 0,6 = até 3,4 % N
(2) Fósforo = 14 %
10 % de 14 = 1,4
14 - 1,4 = até 12,6 % P2O5
sem exceder 1,0 unidade
14 - 1,0 = 13 % P2O5
(3) Potássio = 8%
10 % de 8,0 = 0,8
8,0 - 0,8 = até 7,2% K2O(*)
não exceder 1,0 unidade
8,0 - 1,0 = 7,0 % K2O
Portanto, valor mínimo 7,2 % K2O
04 - 14 - 08 = N + P2O5 + K2O = 26
26 x 0,05 = 1,3
26,0 - 1,3 = 24,7 ( N + P2O5 + K2O)
sem exceder 2 unidades
26 - 2 = 24,0 ( N + P2O5 + K2O)
Portanto, valor tolerado = 24,7
Obs: 3,4N + 13P2O5 + 7,2K2O = 23,6 (fora da
legislação pelo critério dos teores individuais)
Na somatória de N e/ou P2O5, e/ou K2O,
até 5,0%, sem exceder 2 unidades.
Tolerância - Micronutrientes
a) Tolerâncias mínimas
(1) Quando produzidos ou comercializados em
misturas
- até 20% quando o teor do elemento ≤ 1,0%
- até 15% quando o teor do elemento 1,0 a 5,0%
- até 10% quando o teor do elemento > 5,0%
-
Para os micronutrientes
1. Quando produzidos ou comercializados em
misturas
Tolerância (%) Garantia (%)
até 20 1,0
até 15 1,0 a 5,0
até 10 > 5,0
Exemplo 1: 04 - 14 - 08 + 0,5% B + 2% Zn
0,5%B < 20 % (tolerância)
0,5%B x 0,2 = 0,1 % (tolerância)
0,5 - 0,1 = 0,4 %B
Portanto, valor mínimo é de 0,4% B
2% Zn < 15 % (tolerância)
2% Zn x 0,15 = 0,3 % (tolerância)
2 - 0,3 = 1,7% Zn
Portanto, valor mínimo é de 1,7% Zn
(2) Quando produzidos ou comercializados
isoladamente, ou quando se tratar dos fertilizantes
minerais simples constantes do (Anexo V da
Apostila de Legislação): até 10 % dos teores
garantidos desses nutrientes, sem exceder 1,0
(uma) unidade.
2. Quando produzidos ou comercializados isoladamente
ou quando se tratar de fertilizantes minerais simples
constantes do Anexo II.
Até 10 % sem exceder 1,0 unidade
Exemplo: Sulfato de Zinco
ZnSO4.H2O : 20 % Zn
• 10 % de 20 = 2
20,0 - 2,0 = 18,0 % Zn
• 20 - 1,0 = 19,0 % Zn
Portanto, o teor mínimo de zinco é de 19,0 % Zn
b) Tolerâncias máximas
I- Com relação aos nutrientes garantidos ou declarados
dos produtos
a) Para os fertilizantes para aplicação via solo
(1) Para Boro (B), até 1,5 vez o teor declarado, quando
produzido ou comercializado em misturas, e até 1/4 do
valor declarado quando produzido ou comercializado
isoladamente.
(1.1) Em misturas
Exemplo: 04 - 14 - 08 + 0,5 %
Limite: 1,5 x 0,5 = 0,75%B
Portanto, 0,75 % B (teor máximo)
(1.2) Comercialização isolado
Exemplo: Ácido Bórico (H3BO3) = 17,0 %B
17 4 = 4,25
17 + 4,25 = 21,25 %B (valor máximo)
(2) Para manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), até
3 vezes o teor declarado desses nutrientes quando
produzidos ou comercializados em misturas com
macronutrientes primários e até 1/4 do valor
declarado, quando produzidos ou comercializados
isoladamente.
(2.1) Misturas com macronutrientes primários
Exemplo: 4 - 14 - 8 +3,0 %Zn
2,0 %Mn
1,0 %Cu
Zn: 3 x 3 = até 9,0% Zn
Mn: 2 x 3 = até 6,0% Mn
Cu: 1 x 3 = até 3,0% Cu
(2.2) Produtos Simples
Sulfato de Zinco: ZnSO4H2O : 22%Zn
22 4 = 5,5
22 + 5,5 = 27,5 %Zn (valor máximo permitido)
II. Fertilizante orgânico
Produto de natureza fundamentalmente orgânica, obtido
por processo físico, químico, físico-químico ou
bioquímico, natural ou controlado, a partir de matérias-
primas de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou
animal, enriquecido ou não de nutrientes minerais
Fertilizante orgânico
Natural: Cama de frango, esterco de bovino, torta de
mamona
Controlado:
Compostagem: C/N (baixa) = C/N (alta)
esterco de curral + serragem de madeira
esterco de galinha + palha de milho
torta de filtro + bagaço de cana
a) Tipo da cama: casca de arroz;casca de amendoim; maravalha de madeira; resto de capineira;
b) Número de engordas, ou seja, quantos lotes passaram pela cama;
c) Retirada da cama e presença de restos animais, penas etc...
N P2O5 Total K2O Ca Mg S C/N M.O. Umidade
2,63 2,24 2,57 6,17 0,53 0,34 10,91 66,01 21,73
Tabela 1. Teores médios de nutrientes presentes na cama de frango (%)
Cama de frango
COMPOSTAGEM
Fertilizante orgânico simples
Produto natural de origem vegetal ou animal, contendo
um ou mais nutrientes de plantas;
Exemplo: Esterco de curral
Cama de frango
Torta de mamona
Torta de filtro
Esterco de poedeira
Fertilizante orgânico misto
Produto de natureza orgânica, resultante da mistura de
dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo
um ou mais nutrientes de plantas;
Exemplo: Esterco + Sangue
Esterco + Restos vegetais
Vinhaça + Tortas vegetais
Fertilizante orgânico composto
Produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou
bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de
origem industrial, urbana ou rural, animal ou vegetal, isoladas ou
misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais,
princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características
físicas, químicas ou biológicas
Exemplo: Compostagem
Umidade
Aeração
Materiais com diferentes C/N
III. Fertilizante organomineral
Produto resultante da mistura física ou combinação de
fertilizantes minerais e orgânicos.
Fosfato Natural + Esterco de curral
Gesso Agrícola + Cama de frango
IV. Corretivo
Produto de natureza inorgânica, orgânica ou ambas,
usado para melhorar as propriedades físicas, químicas e
biológicas do solo, isoladas ou cumulativamente, ou
como meio para o crescimento de plantas, não tendo em
conta seu valor como fertilizante, além de não produzir
característica prejudicial ao solo e aos vegetais, assim
subdividido
a) Corretivo de acidez
Produto que promove a correção da acidez do solo, além
de fornecer cálcio, magnésio ou ambos
Calcário: Ca, Mg(CO3)2
Cal virgem: CaO
Cal hidratada: Ca(OH)2
CaMg (CO3)2 Ca++ + Mg++ + OH- + HCO-3
OH- + H+ H2O
3OH- + Al+++ Al(OH)3
Aumenta o pH do solo
V. Inoculante
Produto que contém microorganismos com atuação
favorável ao crescimento de plantas.
Exemplo: Rhizobium (soja, feijão, amendoim, alfafa,
ervilha)
N2 + 3H2 2NH3
Rhizobium
N2 + 3H2 2NH3
Nitrogenase
Fe/ Mo 2H2O Ferrodoxina 4H+ + O2
S
Enxofre na soja
S x Nodulação
Carga
Material adicionado em mistura de fertilizantes, para o
ajuste de formulação, que não interfira na ação destes e
pelo qual não se ofereçam garantias em nutrientes no
produto final.
Exemplo: Granilha
Quartzo
Ver Anexo V da apostila de Legislação
Aditivo
Qualquer substância adicionada intencionalmente ao
produto para melhorar sua ação, aplicabilidade, função,
durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o
processo de produção.
Exemplo: Óleo / Cera
Ver Anexo V da apostila de Legislação (Anexo IV, p. 41)
Contaminantes
São agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem,
animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e
ervas daninhas.
Ver Anexo VIII da apostila de Legislação.
PROPRIEDADES FÍSICAS, FÍSICO-
QUÍMICAS E QUÍMICAS DOS
FERTILIZANTES E CORRETIVOS
1. Atributos de natureza física
1.1. Natureza física
1.2. Granulometria
1.3. Dureza dos grânulos
1.4. Fluidez ou escoabilidade
1.5. Densidade
1. Atributos de natureza física
1.1. Natureza física
Via solo
(1) Sólido Via foliar
Fertirrigação
Hidroponia
(2) Fluido
Via solo
A classificação dos fertilizantes sólidos via solo são:
a) Granulado e mistura granulada;
b) Mistura de grânulos;
c) Microgranulado;
d) Pó;
e) Farelado fino;
f) Farelado;
g) Farelado grosso.
Tabela. Natureza física e especificação granulométrica
(*) Os fertilizantes sólidos destinados a aplicação foliar,fertirrigação e hidroponia ficam dispensados de apresentargarantia granulométrica.
ESPECIFICAÇÃO GRANULOMÉTRICA
NATUREZA FÍSICA Peneira Passante Retido
GRANULADO E MISTURA GRANULADA: produto constituído de partículas em que cada grânulo contenha os elementos declarados ou garantidos do produto.
4 mm (ABNT nº 5) 1 mm (ABNT nº 18)
95% mínimo 5% máximo
5% máximo 95% mínimo
MISTURA DE GRÂNULOS: produto em que os grânulos contenham, separadamente ou não, os elementos declarados ou garantidos do produto.
4 mm (ABNT nº 5) 1 mm (ABNT nº 18)
95% mínimo 5% máximo
5% máximo 95% mínimo
Microgranulado
2,8 mm (ABNT nº 7) 1 mm (ABNT nº 18)
90% mínimo 10% máximo
10% máximo 90% mínimo
Pó 2,0 mm (ABNT nº 10) 0,84 mm (ABNT nº 20) 0,3 mm (ABNT nº 50)
100% 70% mínimo 50% mínimo
0% 30% máximo 50% máximo
Farelado Fino 3,36 mm (ABNT nº 6) 0,5 mm (ABNT nº 35)
95% mínimo 75% máximo
5% máximo 25% mínimo 5% máximo 25% mínimo
Farelado 3,36 mm (ABNT nº 6) 0,5 mm (ABNT nº 35)
95% mínimo 25% máximo
5% máximo 75% mínimo
Farelado Grosso 4,8mm (ABNT nº 4) 1,0 mm (ABNT nº 18)
100% 20% máximo
0% 80% mínimo
- Granulado:
a) Mistura de grânulos:
adubos simples misturador.
b) Granulado e Mistura Granulada
b1) Misturas granuladas:
adubos simples em pó granulador e secador.
b2) Misturas complexas:
matérias primas em diferentes estados físicos reator,
granulação e secagem
Sólido
Pó
Mistura de Fertilizantes
Grânulos
Mistura de Grânulos
GrânulosMistura Granulada
A) Mistura de Grânulos: fertilizante composto pela mistura mecânica
de dois ou mais elementos simples granulados.
= KCl
= SPS
= Uréia
Mistura granulada
N
Pó P2O5
K2O
Fertilizante simples pó Mistura granulada
Misturador
Granulador Secador P2O5 K2O
H2O N
B) Mistura Granulada: fertilizante composto originado da
mistura de produtos na forma de pó e posteriormente
granulado, tendo no mesmo dois ou três macronutrientes
primários
= SPS + Uréia + KCl
(P2O5 + N + K 2O)
C) Mistura Complexas
NH3 (Gás) + H3PO4 (Liquido) + KCl (Pó) reator
Grande Vantagem (B e C): Possuir 2 ou 3 nutrientes no mesmo grão.
N (NH3)
P2O5 (H2PO4)
K2O (KCl)
Matérias-primas básicas Mistura complexa
Reator
Granulador Secador
N
P2O5 K2O
Mistura Complexas
Fluido
I- Solução verdadeira: soluções puras ou perfeitas.
32-00-00 (UAN), 20-00-00-04S (SULFURAN)
II- Suspensão homogênea: consistência espessa e
viscosidade alta.
amônia anidra ou aquamônia + ácido fosfórico, como
10-30-00, 06-30-00
- Suspensão heterôgenea: 32-00-00, 10-30-00, 06-30-00 +
cloreto de potássio.
Exemplo: 12-06-12, 16-4-16, 5-15-10.
1.1.2. Granulometria
Segregação
Tamanho dos grãos
Densidade dos grãos
Formato dos grãos
Para evitar a segregação:
- Utilizar matérias-primas dentro de faixa
granulométrica adequada.
- Usar processos de manuseio adequados, desde a
matéria-prima até seu destino.
Segregação
* Tamanho
* Densidade
* Forma das partículas
* Maiores tamanhos e maiores densidades maiores
distâncias
* Menor densidade mais deriva
A forma das partículas influencia na fluidez,
higroscopicidade e empedramento
* Fluidez e empedramento forma com
menor superfície de contato
* Higroscopicidade forma com menor
superfície de exposição
RESUMO: FORMA ESFÉRICA
NP K
NP K
NP K
M
M
M
N
KP+M
N
P K
M M
P
N
K
SEGREGAÇÃO
Dificuldade industrial/ Inflexibilidade Formulação
ZnB
CuMn
0
20
40
60
80
100
Solubilidade em Água (Micro-P x BR12)
Sol H2O Micro Grão de P2O5
Sol H2O Micro BR12
1.3. Dureza dos grânulos
✓ Resistência a compressão;
✓ Resistência a abrasão;
✓ Resistência ao impacto.
Mole - Quando o grão pode ser rompido ao ser
comprimido entre os dedos indicador e polegar;
Mediamente Duro - Quando pode ser rompido ao
comprimirmos sobre uma superfície dura e com o
dedo indicador;
Duro - Quando não se rompe, mesmo comprimido
sobre uma superfície dura e com o dedo indicador.
1.4. Fluidez ou escoabilidade
Fluidez = escoamento dos fertilizantes sólidos
Comprometido: - higroscopicidade
- empedramento
- desuniformidade de tamanho e forma
das partículas
Fertilizantes fluidos: - natureza da mistura (solução ou suspensão)
- viscosidade
- densidade
Fluidez compromete uniformidade da distribuição e rendimento da
aplicação
Medida: Ângulo de repouso
Função: Higroscopicidade/ empedramento/
desuniformidade no tamanho/ forma das partículas
Afeta: Uniformidade de distribuição/ rendimento da
aplicação
1.4. Fluidez ou escoabilidade
Ângulo de repouso = arc tg x escala vertical (a)
escala horizontal (b)
Conclusão: A uréia por apresentar menor ângulo de
repouso, apresenta maior fluidez.
ÂNGULO DE REPOUSO =
a
b
Produto a b a/b
Uréia 14,4 22,8 0,63 32,28
Gesso 16,9 18,6 0,91 42,26
Calcário 13,8 16,7 0,83 39,57
NPK: 6-12-6 14,3 19,8 0,72 35,84
•
A seguir, figura que contém esquematicamente, a
determinação do ângulo de repouso
1.5. Densidade
Fertilizantes sólidos: pouca importância
Fertilizantes líquidos: relação com fluidez e
utilizado nas transformações de garantia peso/peso
para peso/volume
Ex.: UAN(*) densidade = 1,326 g.cm-3
SULFURAN densidade = 1,26 g.cm-3
(*) URAN
2. Atributos de natureza físico-química
2.1. Solubilidade
2.2. Higroscopicidade
2.3. Empedramento
2.4. Índice salino
PROPRIEDADES FÍSICAS, FÍSICO-
QUÍMICAS E QUÍMICAS DOS
FERTILIZANTES E CORRETIVOS
2. Atributos de natureza físico-química
2.1. SOLUBILIDADE
* alta solubilidade em água perdas acentuadas
* linhas de pesquisa obtenção de produtos de
solubilidade intermediária
Lenta liberação de nutrientes (“Slow release”)
Ex.: uréia revestida com enxofre (SCU) ou uréia
protegida com formaldeído
PRODUTO DE SOLUBILIDADE (PS): é a quantidade máxima do fertilizante ou corretivo (em
gramas) que conseguimos dissolver em 100 mL de água.
Tabela 5. Produto de solubilidade de alguns fertilizantesFertilizantes Produto de solubilidade
(g/100 mL água) a 20ºC
Ácido fosfórico 45,7
Ácido bórico 5
Cloreto de cálcio 60
Cloreto de potássio 34
DAP 40
MAP 22
Gesso 0,241
Nitrato de amônio 190
Nitrato de potássio 31
Sulfato de amônio 73
Sulfato de potássio 11
Superfosfato simples 2
Superfosfato triplo 4
Sulfato de manganês 105
Sulfato de zinco 75
Sulfato de cobre 22
Uréia 100
2.2) HIGROSCOPICIDADE
Conceito: é a propriedade que um adubo possui de
absorver água da atmosfera
Umidade crítica: umidade relativa do ar em que o
adubo inicia a absorção de água
Ex.: nitrato de amônio UR = 59,4
Interpretação: quando a temperatura estiver a 30 ºC e a
umidade relativa da atmosfera estiver acima de 59,4 % o
nitrato de amônio absorverá água.
Misturas: uréia + nitrato de amônio a 30 ºC
Umidade crítica = 18%
Umidades críticas de fertilizantes e misturas a 30ºC.
Valores em porcentagem de umidade relativa.
2.3) Empedramento
Cimentação das partículas do fertilizante
formando uma massa de dimensões muito maiores
que a das partículas originais
Causas: Efeito Químico
Efeito Físico
Ex: Uréia + Superfosfato
4(NH2)2CO + Ca(H2PO4)2 H2O Ca(H2PO4)2 4(NH2)2 CO + H2O
CaSO4 2H2O + (NH2)2CO (NH2)2COCaSO4 + 2H2O
Uréia SPT Aduto de uréia Água
Gesso Uréia Aduto de uréia Água
2.4. Índice Salino
Medida da tendência do adubo para aumentar a pressão
osmótica da solução do solo comparada à de igual peso
de nitrato de sódio, cujo valor é igual a 100.
Solução: fertilizantes com alto índice salino devem ser
aplicados parceladamente.
Ex.: cloreto de potássio, nitrato de amônio, uréia
93 (H2O) <pressão p/> pressão
H2OCl-
Cl-Cl-K+
K+
KCl
Índice Salino2.4. Índice Salino
Tabela 6. Índice salino de diversos fertilizantes, calculados
em relação ao nitrato de sódio tomado como índice 100.
Fertilizantes Índice salino
Nitrato de sódio 100
Nitrato de amônio 105
Sulfato de amônio 69
DAP 30
MAP 34
Nitrocálcio 61
Uréia 75
Amònia anidra 47
Superfosfato simples 8
Superfosfato triplo 10
Cloreto de potássio 116
Sulfato de potássio 46
Nitrato de potássio 74
Índice salino / Unidade de nutriente
* IS (NaNO3) = 100
%N = 16
16 100
x = 100 = 6,06
16
1 x
* IS (NH4)2SO4 = 69
%N = 21
69/21 = 3,25
N (NaNO3) > N(NH4)2SO4
6,06 / 3,25 = 2,0
Índice salino Solubilidade
Solubilidade Concentração salina
Conseqüência: Pressão osmótica
Manejo: Parcelamento
- Solos arenosos
- Altas doses de K2O
3. Atributos de natureza química
3.1. Origem
3.2. Formas e garantias dos nutrientes
3.3. Concentração de nutrientes
3.4. Poder acidificante dos adubos
3.5. Índice de basicidade
PROPRIEDADES FÍSICAS, FÍSICO-
QUÍMICAS E QUÍMICAS DOS
FERTILIZANTES E CORRETIVOS
2.3. Atributos de natureza química
3.1. Origem
a) Minerais ou orgânicos
b) Naturais ou artificiais
3.2. Formas e garantias dos nutrientes
a) Teor total
Ex.: nitrogênio
b) Teor solúvel em água
Ex.: Potássio (K2O)
c) P2O5 Água
Água + Citrato neutro de amônio (CNA + H2O)
Ácido Cítrico a 2,0% (1:100) (HCi)
Total
d) Micronutrientes
Teor Total: todos
CNA + H2O: Cu e Mn (mínimo 60% do teor total)
HCi a 2,0 %: demais micro (mínimo 60% do teor total)
3.4. Poder acidificante dos adubos
Conceito: índice de acidez de um fertilizante
quilogramas (kg) de carbonato de cálcio necessários para
neutralizar a acidez originada pelo uso de 100 kg do
fertilizante.
Adubos amoniacais: são de caráter ácido, em virtude da
presença do íon amônio (NH4), que é doador de H+,
responsável pela acidez, na reação de nitritação.
2 NH4+ + O2 NO2
- + 4H+H2O
Tabela 10. Índice de acidez de alguns fertilizantes
Fertilizante Índice Acidez
Amônia anidra (83%N) 147
Sulfato de amônio (20%N) 110
Nitrato de amônio (34%N) 62
Uréia (45%N) 71
MAP (9%N) 58
DAP (16%N) 75
Quanto > N, > Índice de Acidez
Sulfato de amônio: alta lixiviação
N/S 1,0/1,0
3.5. Índice de basicidade
É a quantidade em kg de CaCO3 que exercem a mesma ação
neutralizadora de 100 kg do fertilizante.
Ex.: I.B. do Termofosfato = 50
50kg CaCO3 100kg de Termofosfato
Tabela 11. Índice de basicidade (IB) de fertilizantes.Fertilizantes I.B.
Termofosfato 50
Escorias de desfosforização e Escorias silicatadas 50-65
Fosfato natural reativo 20(*)
(*) Valor médio.
Calcários
CaCO3 Ca + CO3- + OH–
CO3- + H+ HCO3
-
HCO3- + H+ H2CO3 H2O + CO2
OH- + H+ H2O
ou OH- + Al3+ Al(OH)3
Termofosfatos
CaSiO3 . MgSiO3 Ca2+ + Mg2+ 2SiO32-
SiO32- + H2O HsiO3
- + OH-
HSiO3- + H2O H2SiO3
- + OH-
H2SiO3 H2O + SiO2
Portanto: Calcário + Termofosfato
OH- + H+ H2O
3OH- + Al3+ Al(OH)3
Mistura de adubos
As misturas podem ser:
Compatíveis
Semi-compatíveis
Incompatíveis
* Compatíveis não traz alterações em suas
características físicas e/ou químicas
Ex.: Uréia + KCl
* Semi-compatíveis misturar um pouco antes da
aplicação
Ex.: Uréia + Superfosfatos
* Incompatíveis não podem ser misturados
Ex1.: Uréia + Termofosfatos
CO(NH2)2 NH4+ + OH- NH3 + H2O
Ex2: Fontes de cálcio + fontes contendo sulfato
(fertirrigação)
CaNO3 + (NH4)2SO4 Incompatível, pela formação de
CaSO4 (insolúvel)
XXX0X0X15
X14
013
0X12
0XX0XXX11
010
X0X09
X0XX08
XXX0X7
XXXXXXX6
0X0XX5
XXXX4
0X0XX000XXXX0X3
02
XXXX1
151413121110987654321
XXX0X0X15
X14
013
0X12
0XX0XXX11
010
X0X09
X0XX08
XXX0X7
XXXXXXX6
0X0XX5
XXXX4
0X0XX000XXXX0X3
02
XXXX1
151413121110987654321
Tabela 12. Possibilidade de mistura de fertilizantes.
Adubos que podem ser misturados
0 Adubos que só podem ser misturados umpouco antes da aplicação
X Adubos que não podem ser misturados
1 Sulfato de amônio
2 Nitrato de sódio e nitrato de potássio
3 Nitrato cálcio
4 Nitrato de amônio e sulfonitrato de amônio
5 Uréia
6 Calciocianamida
7 Superfosfatos
8 Fosfatos de amônio
9 Fosfatos bicálcico
10 Farinha de ossos
11 Termofosfatos e escórias
12 Fosfatos naturais ou rochas fosfatadas
13 Cloreto de potássio
14 Sulfato de potássio
15 Calcário
Maiores Problemas na Qualidade nos Fertilizantes
✓ Natureza Física
segregação
fluidez
✓ Natureza Química:
compostos indesejáveis
✓ Natureza Físico-Química
solubilidade dos micronutrientes (extratores)
higroscopicidade
empedramento
Mist. Grânulos > Mist. Granulada > Mist. Complexa
Importância da Qualidade Sucesso da Adubação
Qualidade tem custo, mas tem retorno!
FERTILIZANTES A BASE DE NITRATO DE AMÔNIO
FERTILIZANTES A BASE DE NITRATO DE AMÔNIO
Características do adubo
✓ excelente fertilizante;
✓ 50% de NO3 e 50% de NH4
✓ perolado ou granulado;
✓ NH3 + HNO3=NH4NO3
✓ acidifica menos o solo;
✓ sensível a temperatura, perdendo a estrutura
cristalina.
FERTILIZANTES A BASE DE NITRATO DE AMÔNIO
Características do adubo
✓ usado para fertirrigação;
✓ 34% de N;
✓ altamente higroscópico, com umidade crítica 62%;
✓ até a década de 80 foi o mais utilizado no mundo.
Limitações
✓ agente oxidante;
✓ efeito explosivo;
✓ contribuem na combustão de outros materiais
✓ registro
✓ comércio
✓ importação
✓ embalagem e
rotulação
✓ armazenamento
e transporte
Nitrato de amônio – Controlado pelo exército
Nitrato de amônio – Ficha de controle do exército
Capítulo 5 Art. 19. As embalagens de NA deverão conter:
✓ denominação, endereço e CNPJ do produtor (ou do
importador, no caso do produto importado);
✓ nome ou marca do produto;
✓ peso em quilogramas ou seus múltiplos ou submúltiplos.
Parágrafo único. o NA deverá ser entregue ao consumidor final
embalado, devendo conter nas embalagens, além das informações
previstas no caput, as inscrições “USO INDUSTRIAL” ou “USO
AGRÍCOLA”.
Nitrato de amônio – Normas de embalagem
Recomendações Especificas para Produtos com mistura de Nitrato de Amônio.
O nitrato de amônio trata-se de um fertilizante altamente higroscópico, com
Umidade crítica aproximadamente 62 %, contra 70% e 80 % da uréia e sulfato
De amônio, respectivamente. A quebra da estrutura cristalina dos Grânulos
de
Nitrato de Amônio (que ocorre devido a variações de
temperatura,Principalmente),
determina uma diminuição do ponto de umidade crítica, ou seja, causa
aumento
da higroscopicidade do material. O aumento da umidade pode causar o
“empedramento” dos grânulos, além de sítios de oxi-redução no material
E a perda de nitrogênio volatilizado na forma de óxidos ou amônia (NH3).
Medidas para correto armazenamento de Fertilizantes com Nitrato de Amônio.
• Evitar armazenar fertilizantes a base de Nitrato de Amônio a céu aberto;
• Se armazenado a céu aberto, colocar o fertilizante em áreas sombreadas
(diminuição do efeito de variações de temperatura);
• Utilização de papelão/isopor para isolamento parcial das fontes de calor;
• Outras mais que permitam o arejamento dos produtos e evitem o contato direto
com os
raios solares e variações extremas de temperatura e umidade no ambiente de
armazenagem.
✓ Explosivos, pólvoras;
✓Alumínio em pó, magnésio em pó;
✓ Metais pulverizados, enxofre;
✓ Serragem de madeira;
✓ Carvão vegetal, carvão, coque;
✓ Combustíveis derivados de petróleo;
✓ Graxas ou lubrificantes e derivados de
petróleo;
✓ Derivados de petróleo;
✓ Óleos vegetais;
✓ Gases engarrafados;
✓Acetileno;
✓ Carbeto de cálcio (Carbureto);
✓ Ésteres, cetonas, produtos químicos
orgânicos;
✓ Substâncias inflamáveis.
Nitrato de amônio – incompatível com
AMOSTRAGEM DE FERTILIZANTES
E CORRETIVOS PARA ANÁLISES
1. Coleta e preparo de amostras de fertilizantes
sólidos e corretivos
1.1. Procedimentos para coleta de amostras
a) Produtos ensacados com mais de 60 kg (“Big-Bag”);
b) Produtos ensacados de 10 a 60 kg;
c) Produtos ensacados até 10 kg;
d) Produtos a granel.
“Big-Bag”
1.1. Procedimentos para coleta de amostras
a) Produtos ensacados com mais de 60 kg (“Big-Bag”)
Figura. Ilustração do amostrador utilizado.
Figura. Como inserir a sonda de
amostragem de fertilizantes em “Big-
Bag”.
Tabela 13. Número de “Big-Bags”a serem amostrados em
função do tamanho do lote
Tamanho do lote
(numero de embalagens)
Número mínimo de
embalagens a serem
amostrados
Até 50 5
51 a 100 10
101 a 150 15
Superior a 151 até 200 20
1.1. Procedimentos para coleta de amostras
b) Produtos ensacados de 10 a 60kg
Figura 8. Como inserir o amostrador em embalagens de 10 a
60 kg.
Tabela. Número de sacos a serem amostrados, para embalagens de 10 a 60 kg.
Tamanho do lote
(numero de embalagens)
Número mínimo de
embalagens a serem
amostrados
Até 50 7
51 a 100 10
Superior a 100 até 4.000 10 + 2% do total do lote
c) Produtos ensacados até 10kg
Tabela 15. Número de embalagens, até 10 kg a serem amostrados em
função do tamanho do lote.
Tamanho do lote (numero de embalagens)
Número mínimo de embalagens a serem
amostrados
Até 20 5
21 a 50 7
51 a 100 10
Superior a 100 até 1.000 10 + 0,50% do total do lote
1.1. Procedimentos para coleta de amostras
1.1. Procedimentos para coleta de amostras
d) Produtos a granel
✓ Também usar uma sonda.
✓ Enfiar a sonda no lote de adubo de cima para baixo, no sentido do prumo.
✓ Retirar 10 porções em locais diferentes para cada 100 toneladas do produto
escolhido ao acaso.
✓ Em lotes superiores a 100 toneladas, deverão ser retiradas 10 porções mais 1
(uma) para cada 100 toneladas no caso de fertilizantes simples, complexos,
mistura granulada e corretivos de acidez, salinidade e sodicidade; ou 10
porções mais 3 para cada 100 toneladas no caso de fertilizantes minerais
mistos, quando em mistura de grânulos, pó e farelados, no caso de
fertilizantes orgânicos e substratos.
✓ Misturar bem as porções fazendo uma única amostra. Quartear até se obter
uma porção de 250 gramas.
✓ Enviar esta porção ao laboratório em embalagem de plástico.
✓ Proteger bem a embalagem para não ocorrer vazamento durante o transporte.
1.2. Método de quarteamento
a) Manual
✓ Depositar o material coletado em um local liso e
limpo. Com uma régua dividir o monte em quatro
partes iguais;
✓ Escolher duas partes e desprezar as outras duas.
✓ Juntar as duas partes escolhidas e misturar bem;
Repetir a operação, dividindo os montes em quatro
partes até se obter, na última mistura, a amostra de 250
gramas.
Figura . Esquematização do modo de quartear manualmente
b) Quarteador tipo Jones
✓ Deve-se usar quarteador tipo JONES), possuindo, no
mínimo, 8 vãos de separação, com largura mínima de
15 mm cada;
✓ Nivelar o quarteador em superfície lisa, jogar o
produto sobre os vãos, desprezar o produto de uma em
cada duas bandejas coletoras, repetindo até quantidade
suficiente para compor quatro subamostras.
1.2. Método de quarteamento
Figura 10. Quarteador tipo JONES.
“Quanto mais alimentos conseguirmos
tirar da terra, menos terra iremos tirar da
natureza”.AEASP
Godofredo Cesar Vitti
MUITO OBRIGADO !!!
Material de aula disponível em:
<http://www.solos.esalq.usp.br/arquivos.html>
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