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Microeletrônica
Aula 16
Prof. Fernando Massa FernandesSala 5017 E
https://www.fermassa.com/Microeletronica.php
Resistores, capacitores e MOSFETs
2
Já vimos todas as camadas (máscaras) responsáveis pelo processamento de dispositivos.
Neste momento, veremos em mais detalhes os leiautes de resistores, capacitores e MOSFETs.
Cap. 5
Resistores
3
Os valores dos resistores e capacitores em um processo CMOS são dependentes da temperatura e da tensão (~10-6/oC).
Coeficiente de temperatura
Coeficiente de temperatura de primeira ordem
TCR1 também varia com a temperatura!
R aumenta com a T
Revisão
Resistores
4
Cálculo SPICE (termo quadrático):
No cálculo a mão, consideramos TCR2 = 0
T0 → Temperatura de medida do
parâmetro nominal.
Revisão
Exercício
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→ (ppm) – partes por milhão
* Normalmente os testes e as caracterizações dos dispositivos são realizadas na temp de 27oC.
Revisão
Exercício
6
* Normalmente os testes e as caracterizações dos dispositivos são realizadas na temp de 27oC.
→ (ppm) – partes por milhão
Revisão
Resistores
7
A resistência sempre aumenta com a temperatura?
Mas o aumento da temperatura não causa um aumento de portadores livre?Mais portadores livres não causariam uma resistência menor?
Revisão
Resistores
8
A resistência também se altera com a aplicação de tensão. O coeficiente de tensão é dado por VCR:
V é a tensão média aplicada nos terminais do resistor.
Este fenômeno é observado principalmente por causa da largura da região de depleção entre o poço-n e o substrato que altera a resistência de folha.
Revisão
Exercício
9
Revisão
Exercício
10
Bem menor que a variação devido a temperatura!
Revisão
Exemplo
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Divisor de tensão. Relacionar Vout e Vin
VCR – Coef de tensãoTCR – Coef de temperatura
Revisão
Exemplo
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Divisor de tensão. Relacionar Vout e Vin
Em função da temperatura:
Independente da temperatura!
Revisão
Exemplo
13
Divisor de tensão. Relacionar Vout e Vin
Em função da temperatura:
Independente da temperatura!
Em função da tensão:
Com
e
Dependente da tensão!
→ Tensão média no resistor.
Revisão
Resistores – Estratégias de Leiaute
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Elementos unitários
Vantagens em utilizar uma série de elementos unitários:•Precisão sobre uma alta faixa de temperatura•Evitar erros devido aos cantos da serpentina•Variação da resistência nominal não afeta a tensão num divisor de tensão
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Guard ring
Todo circuito de precisão está sujeito a ruídos e interferências do substrato (corrente em circuitos adjacentes influenciando os vizinhos)
O guard ring (implantação de p+ entre os circuitos) é um método simples de reduzir o ruído.
•Mantém o potencial de referência na região do circuito.•Protege o circuito da injeção de portadores indesejados vindos do substrato.
Guard ring num resistor
Resistores – Estratégias de Leiaute
16
Leiaute interdigitado
O casamento de valores entre os resistores pode ser melhorado com o design abaixo
Variações na atmosfera do processo em diferentes regiões do substrato são minimizadas.
Note que a orientação dos resistores é a mesma (vertical).
Os resistores tem essencialmente os mesmos efeitos parasíticos.
Resistores – Estratégias de Leiaute
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Leiaute de centroide comum (common-centroid)
O casamento de valores entre os resistores pode ser melhorado também com o design abaixo
Variações na atmosfera do processo em diferentes regiões do substrato são minimizadas.Note que a orientação dos resistores é a mesma (vertical).As variações na atmosfera do processo são distribuídas de modo a serem compensadas nos resistores A e B.
Resistores – Estratégias de Leiaute
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Leiaute centroide comum X Leiaute Interdigitado
Resistor A teria 16 e B teria 20
Resistor A teria 18 e B teria 18
Melhor casamento entre os resistores!
Para um gradiente de 1Ω/posição
Resistores – Estratégias de Leiaute
Exercício
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→ Valor nominal de um resistor (unitário) deve ser 5kΩ.
Exercício
20
→ Valor nominal de um resistor (unitário) deve ser 5kΩ.
→ Da esq para dir varia de 5kΩ (posição 1) até 5,07kΩ (posição 8).
→ Qdo deslocado 7 posições varia 0,07kΩ. → Taxa de variação 0,01kΩ/posição.
Exercício
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Leiaute centroide comum
O Leiaute common-centroid melhora o casamento de MOSFETs e capacitores também!
Resistores – Estratégias de Leiaute
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Elementos dummy (falso, postiço)
Difusão desigual devido a variações de concentração de dopantes levaria a um descasamento entre elementos. O elemento dummy não tem função elétrica nenhuma, ele é normalmente aterrado ou ligado ao VDD em vez de ficarem flutuando.
Resistores – Estratégias de Leiaute
Capacitores - Camada Poly2
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Processos CMOS podem conter uma segunda camada de polisilício chamada poly2.
Importante para:Capacitores poly-polyMOSFETsDispositivos de portas flutuantes (EPROM, memória FLASH, por exemplo)
Muzaffer A. Siddiqi, Dynamic RAM technology advancements, CRC 2013
MOSFET de porta flutuante /para memória DRAM
Poly1
Poly2
Capacitores
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Processos CMOS podem conter uma segunda camada de polisilício chamada poly2.
Importante para:Capacitores poly-poly (capacitância específica alta)MOSFETsDispositivos de portas flutuantes (EPROM, memória FLASH, por exemplo)
Óxido formado por via seca (alta qualidade/GOX)
Capacitores - Poly1/Poly2
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Leiaute e seção reta
C´ox – capacitância específica (por área)
A- área
(?) F/μm2
(?) F/μm2
ε0 = 8,854.10-12 F/m
Capacitores - Poly1/Poly2
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Leiaute e seção reta
C´ox – capacitância específica (por área)
A- área
Capacitores - Poly1/Poly2
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Leiaute e seção reta
C´ox – capacitância específica (por área)
Imagem – MEV (microscópio eletrônico de varredura) Processo C5 AMI
Exercício:Estime C’ox1 e C’ox2
para o processo C5.
14nm (GOX)
Uddin et al, Nanotechnology 24 (2013) 155501
Capacitores
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Parasíticos
A maior capacitância parasítica é a entre o poly1 e o substrato (bottom plate parasitic –parasítico da placa inferior). Pode chegar a 20% do valor de capacitância desejado entre poly1 e poly2.
Capacitores
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Dependência com tensão e temperatura
Coeficiente de temperatura:
Coeficiente de tensão:
MOSFET
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Já sabemos como criar um MOSFET, a partir de agora veremos os detalhes de como otimizar o leiaute de um MOSFET para reduzir os efeitos parasíticos.
MOSFET
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Resistência parasítica de fonte e dreno
O comprimento da região ativa aumenta a resistência parasítica em série com o MOSFET, determinada pelo número de quadrados na fonte (NRS) e dreno (NSD)
NRS = comprimento da fonte / largura da fonte
Resistência de folha no modelo SPICE → RSH (confira o valor para o PMOS no processo C5)
Parâmetros de simulação (SPICE) – MOSFET
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Exemplo: MOSFET – PMOS (C5)
MOSFET
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Capacitância parasítica
Dispositivo operando na região de inversão forte (strong inversion region)
Capacitância de porta Cox → Depende apenas da área do canal!
Canal formado entre o dreno e a fonte
MOSFET
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Difusão lateral
Durante a fabricação: O dopante difunde lateralmente criando um MOSFET de comprimento Leff
MOSFET
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Na Foundry → Após na implantação LDD (lightly doped drain) é feita a deposição de um espaçador e só então a dopagem p+ ou n+ é realizada.
O espaçador e a implantação LDD garantem que o comprimento do canal fabricado seja aproximadamente igual ao (Ldrawn) projetado no leiaute!
Imagem mais realística da difusão
MOSFET
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Capacitância parasítica
Dispositivo operando na região de depleção. Não há canal entre o dreno e fonte.
Capacitância de porta depende da extensão da difusão lateral» Sobreposição entre a área do canal e a difusão lateral
Os parâmetros CGDO (gate-drain overlap capacitance) e CGSO são estipulados no modelo SPICE. Confira os valores no modelo do processo C5.
Parâmetros de simulação (SPICE) – MOSFET
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Exemplo: MOSFET – PMOS (C5)
MOSFET
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Capacitância parasítica de depleção de fonte (S) e dreno (D) / em relação ao substrato
Modelo SPICE:
Não confundir capacitância de depleção (polarização reversa) com capacitância de difusão (polarização direta)!
MOSFET
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Capacitância parasítica
→ Operando na região de depleção a capacitância de porta depende da extensão da difusão lateral
2) Capacitância parasítica de depleção de fonte (S) e dreno (D) em relação ao corpo (substrato) → Cjs,d
1) Capacitância parasítica entre terminais
Entre porta (G) e fonte (S) → CgsEntre porta (G) e dreno (D) → Cgd
→ Operando na região de inversão forte a capacitância de porta não depende da extensão da difusão lateral
Trabalho 1 – Comentários
Trabalho 2 – Par CMOSi) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
Data de entrega: 16/05
Trabalho 2 – Par CMOSi) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
ii) Faça a simulação do circuito e obtenha no mesmo gráfico a corrente no dreno do NMOS e na fonte do PMOS quando a tensão de alimentação (Vf) varia entre 0V e 5V com passo de 5mV e a tensão no gate (Vg) varia entre 0V e 5V com passo de 1V.
Data de entrega: 16/05
Trabalho 2 – Par CMOS
ii) Faça a simulação do circuito e obtenha no mesmo gráfico a corrente no dreno do NMOS e na fonte do PMOS quando a tensão de alimentação (Vf) varia entre 0V e 5V com passo de 5mV e a tensão no gate (Vg) varia entre 0V e 5V com passo de 1V.
*Para auxiliar no projeto e simulação dos transistores utilize o tutorial 2 do site cmosedu.com:
http://cmosedu.com/videos/electric/tutorial2/electric_tutorial_2.htm
i) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
Trabalho 2 – Par CMOSi) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
ii) Faça a simulação do circuito e obtenha no mesmo gráfico a corrente no dreno do NMOS e na fonte do PMOS quando a tensão de alimentação (Vf) varia entre 0V e 5V com passo de 5mV e a tensão no gate (Vg) varia entre 0V e 5V com passo de 1V.
*Para auxiliar no projeto e simulação dos transistores utilize o tutorial 2 do site cmosedu.com:http://cmosedu.com/videos/electric/tutorial2/electric_tutorial_2.htm
Trabalho 2 – Par CMOS
Enviar arquivo compactado do trabalho (.zip) para o email [email protected], contendo:
1. Arquivo do Electric (.jelib) 2. Arquivo do LTSpice (.spi)3. Print do gráfico de Id (nmos) e Is (pmos), do esquemático e do layout do circuito no Electric.
i) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
ii) Faça a simulação do circuito e obtenha no mesmo gráfico a corrente no dreno do NMOS e na fonte do PMOS quando a tensão de alimentação (Vf) varia entre 0V e 5V com passo de 5mV e a tensão no gate (Vg) varia entre 0V e 5V com passo de 1V.
Trabalho 2 – Par CMOSi) Desenhe no Electric o esquemático e o layout do par complementar (CMOS) conforme o circuito representado na figura, para ser fabricado na tecnologia C5 (de 300nm). O canal dos transistores deve ter 0.6 µm, a largura do NMOS deve ser de 3µm e a largura do PMOS deve ser de 6µm. O contato de corpo do NMOS deve ser conectado ao terra e o contato de corpo do PMOS deve ser conectado a VDD = 5V.
ii) Faça a simulação do circuito e obtenha no mesmo gráfico a corrente no dreno do NMOS e na fonte do PMOS quando a tensão de alimentação (Vf) varia entre 0V e 5V com passo de 5mV e a tensão no gate (Vg) varia entre 0V e 5V com passo de 1V.
Nome do arquivo: Exemplo
FernandoMF_Trab2_2018(2)_Microeletronica.zip
Data de entrega: 16/05
Enviar arquivo compactado do trabalho (.zip) para o email [email protected], contendo:
1. Arquivo do Electric (.jelib) 2. Arquivo do LTSpice (.spi)3. Print do gráfico de Id (nmos) e Is (pmos), do esquemático e do layout do circuito no Electric.