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Profª Drª Eliane L. da Silva Moro – CRB 10/8812015
O BIBLIOTECÁRIO COMO MEDIADOR DE LEITURA
Informação
LeituraInclusão
Acessibilidade
Bibliotecário
“A missão essencial dos bibliotecários e demais profissionais da informação é garantir acesso à informação para todos, seja para o desenvolvimento individual, a educação, o enriquecimento cultural, o lazer, a atividade econômica e a participação consciente no aperfeiçoamento da democracia”. (IFLA/UNESCO, 2002).
Do latim mediatore: aquele que medeia ou intervém.
Na Leitura: é aquele que aproxima o leitor da narrativa e que facilita esta relação.
Bibliotecário mediador
livro
Biblioteca: espaço de promoção e estímulo à leitura.
Bibliotecário
texto
leitor
Ler não é traduzir, mas sim compreender. Aprender a ler, é portanto, desenvolver os recursos para essa relação direta da escrita com o significado. (FOUCAMBERT, 1997).
Leitura
Importância e significado no desenvolvimento na vida das pessoas, como práticas e representações sociais desde o nascimento até a morte, permanente no processo do desenvolvimento humano em uma interação com o mundo e com o outro.
Mediação...Leitura...Sociedade
Narrativas: momento lúdico, prazeroso em que o hábito da leitura é substituído pelo “prazer da leitura”, em que o contador de histórias se torna um elo de ligação, o mediador entre a leitura e o leitor.
“Os acontecimentos são dependentes da mediação de um sujeito vivido que queira, saiba e possa pensá-los, interpretá-los, organizá-los e narrá-los” em que o processo da mediação narrativa se torna “a ponte para o conhecimento da realidade”. (MORIGI; ROCHA; BORGES, 2010).
Em uma sociedade que não lê: a conquista da leitura é o primeiro passo para
a formação dos valores da sociedade; propicia a inclusão social, informacional; a compreensão do homem pelo homem; nível cultural, forma de lazer, formação e
exercício da cidadania; melhor qualidade vida; enfim um cidadão mais crítico, mais reflexivo,
mais participativo, mais feliz.
A leitura é o primeiro passo para a formação dos valores da sociedade.
Decodificação de Sinais (leitura dinâmica): texto leitor
Comunicação: emissor receptor
Ato de compreensão (leitura crítica): texto leitor
transforma / reescreveComunicação:
expressor perceptor
Deve iniciar na família, sem que esta postergue para a escola o papel da formação do leitor e do incentivo à leitura.
No início da vida, no ventre materno, o ser humano interage com o meio social e se realizam assim as primeiras vivências de leitura.
Primeiras representações de leitura: referências afetivas, momentos prazerosos e lúdicos no convívio com pessoas próximas(pais, avós, irmãos, tios...)
Narrativas: representações que se formam na infância e acompanham o ser humano durante a vida.
Daí sua importância na vida da criança.
Quando a criança não vivencia o prazer da leitura na família, a escola influencia positiva ou negativamente na formação do leitor segundo atividades de leitura mediadas pelo professor e pelo bibliotecário.
Quando a escola incentiva leitura, a ação do professor e do
bibliotecário se efetiva com atividades que oportunizam e estimulam a leitura crítica e reflexiva.
Os pais são leitores?
E lêem para seus filhos?
Como a escola media a leitura?
O professor é mediador de leitura?
Que mediação de leitura a escola propicia?
A biblioteca propicia espaços de mediação de leitura?
O bibliotecário é mediador de leitura?
Pais, professores, bibliotecários e governantes
devem ser partícipes nas ações de leitura que deve iniciar na família, se implementar na
escola e continuar no processo de vida do adulto e do idoso pela mediação de políticas públicas de leitura para a comunidade.
Quando a escola incentiva leitura, a ação do professor e do bibliotecário se desenvolve com atividades que oportunizam e estimulam a leitura crítica e reflexiva.
Leitura crítica: ato de compreensão e de conhecimento, propicia a relação entre o leitor, o texto e o autor.
O leitor / sujeito, executa atividades de constatação, de cotejo, de transformação por meio da leitura que possibilita a reflexão, a crítica, a participação e o posicionamento em que vivencia o pleno exercício de cidadania.
Projetos de mediação de leitura (capacitação de professores e de bibliotecários).
Formação de leitores críticos: requisito básico ao acesso à informação e ao conhecimento de qualidade.
Atividades: Hora do Conto ou Contação de Histórias Hora da Leitura Brincando com histórias Encontro com Autores Feiras de Livro Mostra de Histórias Exposições e saraus literários Concursos literários...entre tantas outras.
É uma atividade coletiva. Propicia a interação entre quem conta e quem
ouve. Livro: elo de ligação, apresentado e sugerido
num contexto agradável e prazeroso. Realização, de preferência, no ambiente da
biblioteca, proporcionando às crianças um melhor conhecimento da mesma, familiarizando-as com o acervo e com as pessoas que lá trabalham, incentivando-as a retirarem livros para empréstimo domiciliar .
Nas narrativas, as crianças e os adolescentes se encantam e viajam para o mundo da magia e do encantamento que as histórias conduzem, esquecendo seus medos, suas angústias e suas dores. As narrativas se originam da literatura que é arte e “a arte é sempre portadora desse comportamento dialético que reconstrói a emoção e, por isso, sempre envolve a mais complexa atividade de uma luta interna que é resolvida pela catarse”. (VYGOTSKY, 2003).
Os mediadores de leitura possibilitam o acesso à leitura de maneira democrática, pois todos em condições de igualdade, independente de sua limitação, serão incluídos no mundo das palavras, das narrativas, dos sonhos e da fantasia.
As narrativas possibilitam a descoberta de umnovo mundo, um mundo melhor e de um cidadãomais feliz...possibilita navegar por lugares nuncaimaginados. Isso é possível quando obibliotecário realiza a mediação da leitura.
FOUCAMBERT, J. A. Criança, o Professor e a Leitura. Trad. Marleine Cohen e Carlos M. Rosa. Porto Alegre : Artes Médicas, 1997.
INTERNATIONAL FEDERATION OF LIBRARY ASSOCIATIONS (IFLA). Código de
Ética da IFLA para Bibliotecários e outros Profissionais da Informação. 2002. Disponível em: <http://www.ifla.org/files/assets/faife/codesofethics/portuguesecodeofethicsfull.pdf > Acesso em: 18 jun.2015.
MORO, Eliane Lourdes da Silva Moro; ESTABEL, Lizandra Brasil. O Encantamento da Leitura e a Magia da Biblioteca Escolar. In: Educação em Revista, Porto Alegre, v.7, n.40, p.30, out.2003.
MORIGI, Valdir Jose; ROCHA, Carla Pires Vieira da; BORGES, Márcia de Castro. A Mediação das Cartas dos Leitores na Mídia: mapas imaginários sobre Porto Alegre. In: Em Questão, Porto Alegre, v. 16, n. especial, p. 95 -108, out. 2010.
NEVES, Iara Conceição Bitencourt; MORO, Eliane Lourdes da Silva; ESTABEL, Lizandra Brasil (Org.) Mediadores de Leitura na Bibliodiversidade. Porto Alegre: Evangraf/SEAD/UFRGS, 2012.
VYGOTSKY, L. S. Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.